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A declaração do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter ido armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes, causou reação de deputados e senadores.

Em um evento no Rio nesta sexta-feira, 27, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) desabafou: "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?". O assunto também ocupou, na manhã dessa sexta, a lista dos tópicos mais comentados no Twitter.

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Nas redes, parlamentares falam de Janot e Gilmar Mendes, desde uma manifestação de solidariedade até anotações de que a fala do ex-procurador teria sido 'irresponsável'.

"Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou o ex-PGR em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 26.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) manifestou solidariedade a Janot e afirmou que Gilmar Mendes 'sempre teve pouco escrúpulo'.

Já o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) considerou as declarações do ex-PGR "irresponsáveis" e indicou que a declaração poderia influenciar outras pessoas. A deputada Erika Kokay (PT-DF) anotou: "É o império da barbárie".

 

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu paz: "Quando o ódio dá lugar aos argumentos diante das divergências, chega a hora de repensar se o extremo é mesmo o melhor caminho a ser seguido. Por mais paz e por mais exemplos de engrandecimentos do ser humano."

Ex-secretário-geral do Ministério Público da União na gestão de Rodrigo Janot, o procurador regional da República Blal Dalloul disse ao Estado/Broadcast Político que as declarações do ex-procurador-geral da República representam "uma das páginas tristes para a história do Ministério Público".

Janot disse ao jornal O Estado de S. Paulo que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, ingressou armado no Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou Janot.

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A declaração do ex-chefe chocou não apenas Blal Dalloul, como também outros ex-auxiliares ouvidos pela reportagem, que engrossaram críticas, mas preferiram manter-se no anonimato.

"Estou realmente chocado com essa revelação. Não imaginava que tal situação tivesse acontecido e minha formação não admitiria conhecimento sem veemente discordância", disse Dalloul, que ficou em terceiro lugar na lista tríplice da categoria para a escolha do novo procurador-geral - ignorada pelo presidente Jair Bolsonaro, que indicou Augusto Aras.

"O evento é mais um das páginas tristes para a história do Ministério Público e sua revelação nada traz de positivo. É preciso perdoar e amar muito mais. Inclusive por e pela instituição tão maior do que qualquer das suas pessoas", completou Blal.

Outros auxiliares de Janot na época em que chefiou a PGR manifestaram "perplexidade" pela revelação feita. A reação entre as pessoas que compuseram a equipe do ex-procurador-geral e até de quem permaneceu como amigo após a gestão é péssima. O fato está sendo tratado como indigno e inaceitável.

Um desses integrantes disse à reportagem que já havia escutado um comentário de Janot de que tinha apenas pensado em matar Gilmar Mendes, mas entendeu que era uma bravata - e nunca que se chegou perto à consumação.

Para esse membro do MPF, o fato de a declaração ter vindo no contexto de venda de livro é ainda pior, mais vergonhoso. Até o motivo, crítica à filha, foi citado como ridículo.

Um outro ex-auxiliar de Janot, que pediu para não ser identificado nesta reportagem, disse estar preocupado com os reflexos das declarações do ex-procurador-geral da República sobre a "institucionalidade" do MP.

Para esse ex-auxiliar de Janot, o ex-PGR agiu "de forma incompatível com o estágio civilizacional" e o "desequilíbrio demonstrado tem sido repudiado em todos os ambientes internos".

O líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho (PE), disse que as declarações do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “são uma confissão de prevaricação”. 

Em entrevista ao Estadão e à revista Veja, Janot revelou que o agora deputado federal Aécio Neves (PSDB) e o ex-presidente Michel Temer (MDB) tentaram cooptá-lo para barrar investigações que atingia a eles e seus aliados.

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Além disso, Janot pontuou ter certeza que Lula “é corrupto” e disse que teve a intenção de matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, mas a “mão de Deus” o segurou. 

Na ótica de Daniel, “as declarações feitas pelo ex-chefe da PGR são uma confissão de prevaricação”. “Ele atesta ter participado, ter sabido e ter sido proposto a ele crimes a serem cometidos por autoridades. E preferiu o silêncio para revelá-los agora em um livro”, afirmou o deputado.

“É realmente estarrecedor que isto seja considerado normal: alguém que ocupou cargo tão importante na República brasileira ter a ciência de todos estes fatos e não ter revelado nenhum deles, guardando-os para a posteridade e, talvez, para criar uma polêmica para um livro a ser publicado”,  complementou o pernambucano. 

Prevaricação é retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício para satisfazer interesse pessoal.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, comentou na manhã desta sexta-feira, 27, as declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse, na véspera, ter pensado em matar o ministro do STF Gilmar Mendes. "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?", questionou Maia em evento no Rio.

Ao arrancar risadas da plateia, o parlamentar complementou: "Pelo menos a Polícia Federal já devia ter retirado o porte de arma dele para a gente ficar mais tranquilo."

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Após a palestra, a imprensa pediu para Maia analisar mais a fundo as declarações de Janot. "Sei lá", divagou o deputado. "Não se pode nem mais brincar..."

Outro alvo de críticas de Maia foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. "O ministro do Meio Ambiente nega os dados técnicos do Inpe, esse é o Brasil que nós temos", disse, também no contexto de crítica à insegurança que o País gera aos investidores.

Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) classificou, nesta sexta-feira (27), como “assustadora” a revelação do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que teve a intenção de matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Janot contou o ocorrido em entrevistas ao Estadão e à revista Veja. 

Para Humberto, episódio é a “falência da civilização”. “É absolutamente assustadora a confissão de Janot. Imaginar que um PGR entrou armado no STF determinado a matar um ministro da Suprema Corte é algo inacreditável. É a falência da civilização, é o fim do contrato social e do império da lei por parte de quem mais deveria zelá-los”, escreveu o petista, no Twitter.

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A fala de Janot também foi encarada por Humberto como “a forma mais bem acabada do modo de operação da Lava Jato, da qual Janot é expoente: é o desprezo pela resolução dos conflitos dentro do Estado de Direito, o lawfare aplicado à vida pessoal”. “Foi uma assunção dos métodos que sempre nortearam essa turma no privado e no público”, considerou o senador.

Nas entrevistas, Rodrigo Janot contou que pensou em matar Gilmar Mendes na sede do STF depois que o ministro disse que a filha dele, Letícia Ladeira Monteiro de Barros, advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). “Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar”, disse o ex-procurador-geral, na ocasião.

Responsável por denunciar e investigar políticos com direito ao foro privilegiado enquanto esteve à frente da Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot disse ter certeza que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é corrupto”.  

“É impossível que o Lula não fosse um dos chefes de todo esse esquema. Não tenho dúvida de que ele é corrupto”, disse em entrevista à revista Veja. 

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“Da mesma forma que não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta. Mas ela tentou atrapalhar as investigações com a história de nomear o Lula como ministro da Casa Civil. A obstrução de Justiça aconteceu, tanto que eu a denunciei”, complementou Janot. 

Como uma das suas últimas ações na PGR, em setembro de 2017, Janot chegou a denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os ex-presidentes e os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização criminosa.

"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande número] de delitos, em especial contra a administração pública em geral", justificou, na época, Janot.

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Rodrigo Janot era procurador-geral da República em maio de 2017 quando entrou armado no prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF) com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, por insinuações que ele supostamente fizera sobre sua filha.

O então chefe do Ministério Público Federal chegou a ver o ministro, porém desistiu no último segundo. O caso foi revelado nesta quinta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo. Os hoje desafetos eram amigos nos anos 1980 e chegaram a tomar cerveja juntos na Europa.

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Em 2017, quando a desavença entre os dois já era notória, Janot disse, em entrevista no 12º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, que todas as vezes em que teve de se dirigir "de uma maneira mais dura foi reagindo a uma agressão".

Na mesma ocasião relatou que os dois tomaram posse no Ministério Público Federal no mesmo dia - 1º de outubro de 1984 - e que, nos anos 1980, durante o período de formação acadêmica de ambos, simultaneamente Janot foi para Itália e Mendes para a Alemanha. "Lá a gente se frequentava, ele nunca veio à Itália, eu fui à Alemanha, nós saíamos, tomávamos cerveja. Nós éramos de um mesmo grupo e depois a vida foi encaminhando cada um para o seu lado. Eu não tenho nada contra ele, é da minha turma de concurso."

A cena do quase assassinato está narrada, sem detalhes, no livro Nada Menos que Tudo (Editora Planeta), que será lançado na próxima semana. Gilmar Mendes e Janot viviam trocando críticas e indiretas em público: o ministro é crítico dos métodos utilizados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, que foi comandada por Janot por quase quatro anos. Janot saiu do comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) em 17 de setembro de 2017.

Em 2016, ambos usaram o trabalho do então juiz federal Sergio Moro para se criticarem diretamente. Janot havia afirmado que os processos da Lava Jato têm ritmo "mais lento" por serem conduzidos por um tribunal, e não pela Justiça em primeiro grau. Mendes respondeu dizendo que a atuação de Moro era muito mais rápida. "Eu acho que há morosidade nas investigações na PGR. Curitiba é muito mais célere do que a PGR. Isso é evidente", disse o ministro.

Em março de 2017 Gilmar Mendes acusou a PGR de divulgar de forma indevida informações de processos sigilosos. "Quando praticado por funcionário público, vazamento é eufemismo para um crime que os procuradores certamente não desconhecem. A violação do sigilo está no artigo 325 do Código Penal (...) Mais grave é que a notícia dá conta dessa prática dentro da estrutura da PGR. Isso é constrangedor."

No dia seguinte, sem mencionar o ministro do STF em seu discurso, Janot rebateu as críticas de Mendes. "Não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre esta imputação ao Congresso, ao Palácio e até o Supremo", disse o ex-PGR.

Os dois exemplos foram os mais explícitos de trocas de farpas em declarações públicas da dupla. Em citações indiretas há dezenas de casos desde ao menos 2015 no noticiário político brasileiro. O tom estava mais forte nos últimos meses do mandato de Janot, quando a PGR já preparava a primeira denúncia contra o ex-presidente Michel Temer.

Após a saída de Janot, os dois chegaram a se estranhar até em avião para a Europa. Um mês após sair do cargo, em outubro de 2017, Janot insinuou que Gilmar Mendes tivesse algum problema de saúde que o levasse a ter ódio. "Ninguém tem essa capacidade de odiar gratuitamente a várias pessoas a não ser que tenha algum problema, né, de saúde", disse durante palestra na Universidade Georgetown, em Washington.

Pouco antes disso, Mendes chegou a sugerir durante sessão no STF que Janot deveria ter pedido a própria prisão diante do malogro das investigações do caso JBS. "Eu sou da turma de 84. Certamente já ouvimos falar de procuradores preguiçosos, de procuradores violentos, alcoólatras, mas não de procuradores ladrões. É disso que se cuida aqui, corruptos num processo de investigação. Essa pecha a Procuradoria não merecia ao fazer investigação criminal", disse Gilmar Mendes em setembro de 2017 em uma das primeiras sessões após a saída de Janot.

Mendes não deu trégua na língua afiada durante todo o mandato de Janot e chegou a falar de morte ao se referir ao ex-PGR. Instantes antes da última sessão plenária do Supremo durante o mandato de Janot, o ministro usou erroneamente um trecho de um poema para se referir à despedida. "Eu diria em relação ao procurador-geral Janot uma frase de Bocage: 'Que saiba morrer quem viver não soube'", disse o ministro em 14 de setembro de 2017, quatro meses depois do episódio que, segundo Janot, quase tirou sua própria vida. A frase do soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa Du Bocage diz, no entanto: "Saiba morrer o que viver não soube".

O ministro do Supremo Tribunal (STF) Federal Gilmar Mendes se disse surpreso com a afirmação do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot de que chegou a planejar assassiná-lo. No documento, divulgado nesta sexta-feira, 27, Mendes lamenta o fato e recomenda que o ex-PGR procure ajuda psiquiátrica.

Rodrigo Janot disse nesta quinta-feira (26) ao jornal O Estado de S. Paulo que, no momento mais tenso de sua passagem pelo cargo, chegou a ir armado para uma sessão do STF com a intenção de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. "Não ia ser ameaça, não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar", afirmou Janot.

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Segundo o ex-procurador-geral, logo depois de ele apresentar uma exceção de suspeição contra Mendes, o ministro difundiu "uma história mentirosa" sobre sua filha. "E isso me tirou do sério."

Leia a íntegra da carta de Gilmar Mendes em resposta a Janot:

"Dadas as palavras de um ex-procurador-geral da República, nada mais me resta além de lamentar o fato de que, por um bom tempo, uma parte do devido processo legal no país ficou refém de quem confessa ter impulsos homicidas, destacando que a eventual intenção suicida, no caso, buscava apenas o livramento da pena que adviria do gesto tresloucado. Até o ato contra si mesmo seria motivado por oportunismo e covardia.

O combate à corrupção no Brasil - justo, necessário e urgente - tornou-se refém de fanáticos que nunca esconderam que também tinham um projeto de poder. Dentro do que é cabível a um ministro do STF, procurei evidenciar tais desvios. E continuarei a fazê-lo em defesa da Constituição e do devido processo legal.

Confesso que estou algo surpreso. Sempre acreditei que, na relação profissional com tão notória figura, estava exposto, no máximo, a petições mal redigidas, em que a pobreza da língua concorria com a indigência da fundamentação técnica. Agora ele revela que eu corria também risco de morrer.

Se a divergência com um ministro do Supremo o expôs a tais tentações tresloucadas, imagino como conduziu ações penais de pessoas que ministros do Supremo não eram. Afinal, certamente não tem medo de assassinar reputações quem confessa a intenção de assassinar um membro da Corte Constitucional do País.

Recomendo que procure ajuda psiquiátrica.

Continuaremos a defender a Constituição e o devido processo legal."

Além de revelar que teve a intenção de matar Gilmar Mendes, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot disse que o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) chegou a convidá-lo, em 2017, para ser vice na chapa que concorreria às eleições em 2018. Aécio era senador na época e estava vendo o cerco se fechar contra ele diante das investigações sobre a Odebrecht. 

“Certo dia, em 2017, meu conterrâneo, o senador Aécio, sentiu que o clima estava aquecendo com as investigações sobre a Odebrecht e me convidou para ser ministro da Justiça quando ele fosse eleito presidente da República no ano seguinte. Eu, é claro, declinei”, afirmou em entrevista à revista Veja. 

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“Dias depois, ele voltou e me fez outra proposta: ‘Quero pedir desculpa. O convite não estava à sua altura. Eu acho que você podia ser o meu vice-­presidente. Você escolhe qualquer partido da base, filia-se e vai ser o meu vice-presidente. Isso vai ser um fato mundial. O vice-presidente chama embaixadores, representantes de Estado e ele vai para a cozinha cozinhar para essas pessoas. Eu sei que você gosta de cozinhar’. É óbvio que era uma tentativa de cooptação. As investigações da Odebrecht estavam andando e depois o caso JBS foi o tiro de misericórdia contra ele”, acrescentou Rodrigo Janot.

Aécio terminou virando centro de uma investigação sobre recebimento de propina e não concorreu à Presidência, mas a deputado federal por Minas Gerais e foi eleito.

Outro convite, que Janot disse ter recebido enquanto ainda era procurador, foi do ex-presidente Michel Temer. “Houve uma situação semelhante quando Michel Temer assumiu a Presidência da República. O ex-­ministro Eliseu Padilha me sondou para que eu partisse para um terceiro mandato como procurador-geral da República”, declarou.

Dois anos depois de deixar o comando da Procuradoria Geral da República (PGR), Rodrigo Janot revelou que chegou a ir armado para uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de matar a tiros o ministro Gilmar Mendes. Em entrevista ao Estadão e a revista Veja, ele disse que faria isso e, logo depois, cometeria suicídio. 

“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar”, disse o ex-procurador-geral. A intenção de atirar em Gilmar surgiu, segundo Janot, depois do ministro apresentar “uma história mentirosa” sobre a filha de Janot,  Letícia Ladeira Monteiro de Barros. “E isso me tirou do sério”, disparou o ex-PGR. 

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Em maio de 2017, o então chefe do Ministério Público Federal apresentou ao STF um impedimento de Gilmar Mendes diante da análise do julgamento do habeas corpus do empresário Eike Batista porque a mulher dele, Guiomar Mendes, atuava no escritório Sérgio Bermudes, responsável pela defesa de Eike. Depois dessa solicitação, segundo Janot, Gilmar disse que Letícia advogava para a empreiteira OAS em processo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“Foi logo depois que eu apresentei a sessão (...) de suspeição dele no caso do Eike. Aí ele inventou uma história que a minha filha advogava na parte penal para uma empresa da Lava Jato. Minha filha nunca advogou na área penal... e aí eu saí do sério”, afirmou o ex-procurador-geral.

Rodrigo Janot contou que no dia que foi armado ao STF, encontrou Gilmar Mendes na antessala do cafezinho da Corte, sozinho, mas não conseguiu cometer o crime. “Mas foi a mão de Deus. Foi a mão de Deus”, disse. “Cheguei a entrar no Supremo (com essa intenção). Ele estava na sala, na entrada da sala de sessão. Eu vi, olhei, e aí veio uma ‘mão’ mesmo”, emendou.

Janot ainda deu mais detalhes: “Esse ministro costuma chegar atrasado às sessões. Quando cheguei à antessala do plenário, para minha surpresa, ele já estava lá. Não pensei duas vezes. Tirei a minha pistola da cintura, engatilhei, mantive-a encostada à perna e fui para cima dele. Mas algo estranho aconteceu. Quando procurei o gatilho, meu dedo indicador ficou paralisado. Eu sou destro. Mudei de mão. Tentei posicionar a pistola na mão esquerda, mas meu dedo paralisou de novo. Nesse momento, eu estava a menos de dois metros dele. Não erro um tiro nessa distância. Pensei: ‘Isso é um sinal’. Acho que ele nem percebeu que esteve perto da morte”.

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot afirmou, nesta segunda-feira (2), que acredita ter algo de "muito errado" com a investigação do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). Marielle foi assassinada em março de 2018 e até o momento não há um desfecho sobre a investigação no caso. 

Ao compartilhar na manhã de hoje uma reportagem com uma declaração da viúva de Marielle, Mônica Benício, apontando que eles estão há um ano e meio sem respostas e pontuando que havia algo errado nisso, Janot corroborou e disparou: "[existe algo] muiiito erradoooooo mesmo".

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No fim da semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a Justiça do Rio fornecesse as cópias do processo do caso Marielle Franco para a Procuradoria-Geral da República (PGR). O pedido foi feito por Raquel Dodge que fica à frente da PGR até 17 de setembro.

Em entrevista ao LeiaJá no mês de agosto, o ex-ministro da Segurança Pública, na época do assassinato da vereadora, Raul Jungmann disse acreditar que há “interesses poderosos” por trás da não elucidação do crime.

O ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou no fim da noite dessa quarta-feira (24) que teve o celular “clonado ou hackeado”. Janot divulgou o ataque em publicação no Twitter. Na rede social, ele disse que se trata de um hacker “muito proativo” que já tentou acessar sua conta bancária, aplicativo de troca de mensagens e outros dados.  

“Amigos. Meu telefone foi clonado ou hackeado. Hacker muito proativo. Já tentou acessar minha conta Apple, Telegram, conta bancária e por aí vai. Tem muito interesse em meus bancos de informação”, contou o ex-PGR.

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Apesar de não dar mais detalhes, Janot disse que providências já foram tomadas e pontuou: “Vamos enfrentar! Tenho algumas desconfianças”. O ex-procurador-geral não expôs nomes. Rodrigo Janot deixou o comando da PGR em setembro de 2017.

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O ex-procurador-geral Rodrigo Janot entregou pedido de aposentadoria ao Ministério Público Federal (MPF). A informação é da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo. De acordo com a publicação, nos bastidores do MPF comenta-se que Janot aguardava apenas Michel Temer (MDB) deixar o cargo de presidente para fazer a solicitação.

Janot, que deixou o comando da PGR em setembro de 2017, ganhou notoriedade no país depois de travar embates com o emedebista a partir da delação dos executivos da J&F, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

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Ele foi autor de duas denúncias contra Temer em 2017. A primeira, apresentada em maio, por corrupção passiva. E a segunda por organização criminosa e obstrução de Justiça. O andamento das duas, enquanto o emedebista ainda era presidente foi rejeitado pela Câmara dos Deputados, mas agora, com a perda do foro privilegiado, o ex-presidente poderá responder pelas acusações.

'Grande Ministro Barroso', afirmou o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante a sessão do Tribunal Superior Eleitoral que barrou a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2018.

A votação foi encerrada no início da madrugada deste sábado, 1.º, após mais de 10 horas de sessão. O registro da candidatura de Lula foi rejeitado por 6 votos a 1. O tribunal deu prazo de dez dias para a coligação apresentar um novo cabeça de chapa.

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Luís Roberto Barroso representou um dos votos vencedores. "A Lei da Ficha Limpa não foi um golpe ou decisão de gabinetes. Foi em verdade fruto de uma grande mobilização popular em torno do aumento da moralidade e da probidade na política", comentou, durante a sessão.

Além do comentário, Janot também compartilhou notícias referentes ao voto de Barroso. O ex-procurador-geral é responsável por uma das denúncias contra o ex-presidente, que o envolve numa suposta organização criminosa na cúpula de seu partido. A peça ficou conhecida como 'Quadrilhão do PT', e elenca diversas delações e investigações sobre o suposto loteamento da Petrobras pela legenda, com o fim de cometer crimes.

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot tem utilizado sua conta no Twitter para comentar os acontecimentos políticos do país. Nesta sexta-feira (6), ele não poupou ironia ao compartilhar uma notícia que expunha a reação do ministro da Secretaria do Governo, Carlos Marun (MDB), sobre a Operação Registro Espúrio deflagrada nessa quinta (5) pela Polícia Federal. O emedebista chegou a dizer que havia uma “conspiração asquerosa contra governo e o presidente Temer”.

“Rindo alto”, publicou Rodrigo Janot ao registrar a observação feita por Marun. A investigação associou o ministro de Temer ao suposto esquema de fraudes de registros sindicais no Ministério do Trabalho. Na linha de frente de defesa do governo Temer,  Marun também disse que "se alguém fez isso pensando que ia me assustar, se enganou redondamente". 

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Janot foi autor de duas denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB) por corrupção e obstrução à Justiça no âmbito da investigações da Lava Jato. O ministro é o mesmo que disse ter ‘surrado’ a oposição ao adaptar letra da música Tudo Está no Seu Lugar, sucesso na voz do cantor Benito de Paula, para comemorar o arquivamento de uma das denúncias pela Câmara dos Deputados. 

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot comemorou, nesta terça-feira (24), o fato da Lava Jato seguir sendo executada. A postura de Janot sobre a operação foi exposta no Twitter ao comentar o cumprimento de mandados judiciais contra o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), em Brasília. 

“Que assim seja: Lava Jato continua seu inexorável caminho”, observou Janot. A nova ação da Polícia Federal (PF) também fez com que o ex-procurador-geral da República alertasse a população sobre eleger novamente os políticos corruptos. “E em ano de eleições vamos nos lembrar dos corruptos que querem ser reeleitos e dar a eles um rotundo NÃO [sic]”, completou. 

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A PF cumpre mandados de busca e apreensão nos gabinetes e nos apartamentos funcionais dos parlamentares. A ação foi autorizada pelo ministro Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação, que ocorre em conjunto com a Procuradoria Geral da República (PGR), diz respeito a tentativa de obstrução de Justiça.

Ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot questionou, em publicação no Twitter, a falta de respostas diante das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, no último dia 14, no Rio de Janeiro.

Para Janot, “quanto tempo mais passa pior o resultado”. “16 dias e nenhum resultado, nem preliminar, da investigação da execução de Marielle”, comentou no microblog.

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Ativista dos direitos humanos, Marielle Franco cumpria o primeiro mandato de vereadora e havia sido a quinta mais votada para exercer o cargo no município do Rio. Ela era conhecida por seus posicionamentos contrários à atuação arbitrária da Polícia Militar do Rio.

Na última segunda, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um comunicado exigindo uma investigação "rápida e imparcial" do assassinato da vereadora e do seu motorista. Até o momento, a polícia não apontou nenhum suspeito nem se pronunciou sobre o desfecho do caso.

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot questionou em seu Twitter os motivos que levaram a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e o presidente Michel Temer (MDB) a se reunirem, neste sábado, 10, na residência da ministra.

"Causa perplexidade que assuntos republicanos de tamanha importância sejam tratados em convescotes matutinos ou vespertinos", escreveu o ex-chefe do Ministério Público Federal.

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O encontro de sábado foi marcado por Temer na quinta-feira, 8, durante seminário de 25 anos da Advocacia-Geral da União. Cármen o recebeu em sua casa para discutir segurança pública, especificamente a intervenção federal no Rio e o caos nos presídios brasileiros.

A reunião foi mais uma oportunidade para Temer apresentar uma defesa contra a inclusão de seu nome no inquérito que apura suspeitas de repasses de propinas da Odebrecht para campanhas eleitorais do MDB em troca de favorecimento à empresa.

Autor das duas denúncias contra o emedebista ao Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Patmos - uma envolvendo suposta obstrução de Justiça e outra referente ao "Quadrilhão do MDB" em que Temer é acusado como líder de organização criminosa -, Janot passou a usar as redes sociais quando deixou a chefia do Ministério Público Federal.

Delações

Janot também não poupou sua sucessora na Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge, e, também no sábado, 11, criticou o lapso de seis meses sem novos acordos de delações. "Vai ser assim?".

Somente entre 2015 e 2017, sob a condução de Janot, o Ministério Público Federal firmou 159 acordos de delação. Entre elas, a da Odebrecht, que englobou 77 executivos e ficou conhecida como "delação do fim do mundo", e a da JBS, alvo de críticas e rescindida meses depois por supostas omissões de crimes pelos colaboradores.

O ex-diretor-geral da PF, Fernando Segovia, também foi duramente criticado por Janot, desde a sua posse, quando questionou a "materialidade" da mala dos R$ 500 mil da JBS ao ex-assessor do presidente Michel Temer como prova em investigação. Àquela época, Janot reagiu, também no limite dos 140 toques de seu Twitter. "Só pode ser brincadeira".

Outro lado

A reportagem fez contato com a assessoria do presidente Michel Temer mas ainda não obteve resposta.

A presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, não vai se manifestar.

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot questionou em sua conta no Twitter a atuação da sua sucessora e atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ao compartilhar uma nota publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que afirma que, em seis meses de mandato, Raquel não fechou nenhuma nova delação premiada, o ex-procurador pergunta: "vai ser assim?"

Com o título de "Pisada no freio", a nota diz que, no período, apenas as antigas delações caminharam. "Delação não é com ela", conclui o jornalista.

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Janot deixou o cargo de procurador-geral em setembro do ano passado. Seu mandato foi marcado pelo envio ao Congresso de duas denúncias contra o presidente Michel Temer, baseadas em delações do empresário Joesley Batista. Ambas foram rejeitadas e arquivadas pelos parlamentares. Raquel assumiu o posto depois de ter sido indicada por Temer, que teve de escolher entre os três candidatos mais votados por membros do Ministério Público Federal, a chamada lista tríplice.

O subprocurador da República, Rodrigo Janot, prestou nesta segunda-feira (15) depoimento à Polícia Federal (PF) na investigação que trata das gravações entregues por delatores do grupo empresarial J&F à Procuradoria-Geral República (PGR). 

Janot falou como testemunha por ter acompanhado todas as etapas do acordo de delação premiada envolvendo o empresário Joesley Batista e foi ouvido nas dependências da Procuradoria-Geral da República (PGR) em função da prorrogativa de marcar dia e local para prestar esclarecimentos.

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A investigação foi aberta no ano passado por determinação da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, após as citações de ministros da Corte nas gravações entregues pela J&F à PGR no contrato de delação premiada.

Janot ocupou o cargo de procurador-geral da República até setembro do ano passado e decidiu rescindir o acordo de colaboração de Joesley Batista, Ricardo Saud e Francisco e Assis e Silva, delatores ligados ao grupo J&F. O fato que motivou a decisão foram as suspeitas dos investigadores do Ministério Público Federal (MPF) de que o empresário Joesley Batista e outros delatores esconderam fatos criminosos durante o processo de delação.

Segundo a procuradoria, um dos suspeitos é o ex-procurador Marcelo Miller. A suspeita da PGR é que Miller atuou como “agente duplo” durante o processo de delação. Ele estava na procuradoria durante o período das negociações e deixou o cargo para atuar em um escritório de advocacia em favor da JBS. Miller nega as acusações e diz que não cometeu ato de improbidade administrativa.

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