O jovem Everton Felipe mais uma vez brilhou com a camisa rubro-negra. E desta vez de uma forma ainda mais especial: diante do rival Santa Cruz, em plena Ilha do Retiro, numa partida que o Sport chegou a levar 2 a 0. O meia marcou o quinto gol leonino na vitória por 5 a 3, encobrindo o goleiro Tiago Cardoso num lance digno de muitos elogios. Na comemoração, veio o desabafo e perante a torcida coral.

De acordo com o atleta rubro-negro, a comemoração extravasante em frente aos tricolores foi uma resposta à gozação dos corais. “Jogamos pelo nosso clube, principalmente eu que sou torcedor do Sport desde pequeno. Sei qual é a emoção de jogar um clássico. Tenho um respeito imenso por eles (torcedores do Santa), mas dentro de campo tenho que jogar para vencer. Eles estavam tirando onda, provocando... Foi uma resposta, desabafo dentro de campo”, declarou Everton Felipe.

[@#video#@]

Em tom de brincadeira, o jovem leonino ainda explicou mais uma comemoração diante da massa tricolor. Levantado por Diego Souza, Everton segurou uma chuteira e lembrou quando, de forma descontraída, disse que o atacante coral Grafite não amarra a chuteira do DS 87. Para o meia, é preciso manter o espírito da provocação sadia no futebol.

“Foi uma brincadeira que eu fiz em relação ao Grafite. Futebol tem muita politicagem, mas acho que a brincadeira faz falta. Não podemos deixar o verdadeiro futebol morrer, e claro, com muito respeito. Quem sou eu para falar do Grafite? Tenho muito respeito por ele, foi melhor atacante brasileiro na Alemanha. Foi só uma provocação pra dar um gostinho a mais”, explicou o rubro-negro. 

LeiaJá também

---> Doriva, sobre futuro do Santa: 'Dificílimo'

---> Em clássico de oito gols, Sport vence o Santa de virada

---> Polícia trata espancamento de torcedor como 'barbárie'

[@#galeria#@]

Após o clássico entre Santa Cruz e Sport, nesta quarta-feira (4), pela final do Campeonato Pernambucano 2016, mais um caso de violência entre torcidas foi encontrado pela reportagem do Portal LeiaJá. Na Avenida Beberida, no bairro do Arruda, nas proximidades do reduto que recebeu o confronto, um torcedor trajado com camisa do Sport foi encontrado insconciente, no asfalto, com corte profundo na nuca, depois de encontro com um grupo de tricolores.

De acordo com o inspetor da Guarda Municipal do Recife que cuidava da região, Lúcio Flávio Santos, o corte pode ter sido originado por uma pedra ou objeto de madeira. Responsável pela segurança no local, ele contou como foi conduzido o caso. “Quando chegamos, o grupo de agressores correu e só a vítima ficou no chão. Não sabemos se ele chegou a confrontar os tricolores”, explicou o policial.

[@#video#@]

A Guarda Municipal informou, ainda, que o SAMU demorou mais de 20 minutos para chegar ao local e que o torcedor machucado será encaminhado ao Hospital da Restauração. Vale ressaltar que ninguém foi preso e que o rubro-negro agredido estava com roupa do seu time, mas não vestia camisa de torcida organizada. 

"Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar", frase marcante de Chico Sciense, que era torcedor do Santa Cruz. E essa é a situação do clube. O principal objetivo na temporada - bem como nos últimos dez anos - sempre foi a acesso à elite do Brasileirão. Mas, não por isso os tricolores se dão por satisfeitos. Existe a chance de garantir vaga à Copa Sul-Americana ainda nesta Série B e a possibilidade virou meta nos planos corais.

Após a vitória sobre o Mogi Mirim e o empate entre América-MG e Ceará, o Santa Cruz pode terminar o torneio na segunda colocação. E para isso, só precisa vencer o Vitória no próximo - e último - jogo desta Série B, no Arruda, sábado (28), às 16h30. A colocação pode colocar o equipe coral na Copa Sul-Americana 2016.

Vice-presidente do Santa Cruz, Constantino Junior garante que os jogadores não levarão a última partida do torneio despretensiosamente porque pretendem brigar justamente pela Copa Sul-Americana. "Não tem jogo festivo até porque vale uma vaga numa competição internacional. Festa é hoje e até amanhã. Na terça voltamos aos treinos e depois é trabalho. Lógico que mais aliviado porque conseguimos o objetivo principal, que era o acesso. Mas vamos buscar, sim, a vitória", falou.

Ainda durante a festa do acesso, a maioria dos torcedores corais destacaram que a briga agora é para se classificar ao torneio continental. "A nossa brigar ano que vem é para se manter e se estruturar, mas ainda tem briga neste ano, dá para garantir o segundo lugar e ir para a Sul-Americana", disse o tricolor Franklin Willams. Ramon Queiroz seguiu o mesmo discurso: "Se existe a possibilidade tem que ir atrás dessa vaga mesmo, porque aí sim fecha o ano com chave de ouro".

LeiaJáTambém

--> Enfim, após dez anos, o Santa está de volta à Série A

--> O renascimento coral

--> Lágrimas e lembranças de quem viveu o calvário tricolor

--> Mundão do Arruda fica pequeno em festa coral pelo acesso

--> Acesso pode ajudar o Santa a romper contrato com a Penalty

--> Martelotte: "É maior conquista da minha carreira"

--> Santa garante volta para a Série A depois de 10 anos

--> Tricolores extravasam alegria após o acesso no Arruda

[@#galeria#@]

Com pompa de jogador europeu e status de ídolo, o atacante Grafite, literalmente, desembarcou no Arruda para ser apresentado oficialmente como reforço do Santa Cruz. Cerca de sete mil torcedores acompanharam os shows de vários artistas tricolores como Nando Cordel e Maciel Melo até a chegada do atleta, que aconteceu de helicóptero no final da tarde desta quarta-feira (1º).

Surpreso com a receptividade, Grafite agradeceu ao carinho da massa coral. “Obrigado pela moral. Estou há três dias ensaiando palavras para falar aqui. Mas só tenho a agradecer ao presidente, ao Tininho (vice-presidente de futebol), jogadores, ao professor Martelotte e a vocês pelo carinho e respeito. Não imaginava tudo isso. Espero, de coração, retribuir tudo isso honrando a camisa do Santa Cruz. Espero que essa união entre torcedores, jogadores e diretoria seja por toda a temporada porque vamos precisar disso para voltar à Série A”, disse Grafite em meio à aplausos da torcida.

O atacante coral, que vestirá a camisa 23 seu número da sorte, autografou bolas e camisas para os torcedores. Grafite teve de enfrentar uma marcação cerrada dos tricolores para deixar o gramado do Arruda e seguir até o auditório para a entrevista coletiva. 

Entusiasmado com o grande reforço, o presidente do Santa Cruz, Alírio Morais, iniciou a cerimônia de apresentação de Grafite. “Hoje renasceu a esperança no torcedor do Santa Cruz de voltar a ser o que sempre fomos: um clube grande, forte e unido. Imaginamos que com a chegada do nosso G23 a gente possa encontrar o caminho das vitórias”, afirmou o mandatário coral, antes de agradecer ao responsável pela vinda do atacante.

“Quero fazer um agradecimento a Thomaz Barbosa conselheiro e amigo do clube. A gente deve muito a vinda de Grafite a ele. No Dia dos namorados, após uma conversa no clube, ele saiu falando que talvez no dia seguinte teria uma surpresa. E eis que a surpresa está ao nosso lado. Em nome da torcida, obrigado, Thomaz Barbosa”, agradeceu.

Após a palavra do presidente Alírio Morais, o atacante Grafite concedeu a entrevista coletiva de apresentação. Confira abaixo na íntegra:

Retorno

- Obrigado a todos. Espero estar voltando novinho. Estou contente e feliz por estar aqui nessa coletiva ao lado de vocês e da minha família para retornar o Santa Cruz depois de 13 anos. Foram conversas longas e, graças a Deus, chegamos a um acordo. Espero retribuir esse carinho da melhor maneira possível. Ajudando, fazendo gols e levando o Santa Cruz de volta à Série A. O projeto, a identidade que tenho com o clube e o fato de morar no Recife pesaram bastante para voltar. É um projeto que estou acreditando e posso me encaixar bem.

Recepção da torcida

 - Eu não sabia se fazia foto ou vídeo. Fiquei perdido. Não consegui nem tirar o cinto direito, estava descendo do helicóptero com o fone. Foi uma emoção grande por causa desses 13 anos fora do Santa Cruz. Nunca tive uma recepção dessa maneira e estou feliz com esse carinho. Foi difícil sair do helicóptero e ver aquele monte de torcedor. Nem sei quantos tinham.  Não tinha dimensão desse carinho. Hoje tive a noção do que eu represento para o clube e para o Estado. Espero retribuir em campo.

Outras propostas

- Houve contato de alguns clubes da Série A, mas não chegaram a ser oficial. Até duas semanas minha expectativa não era estar aqui. Eles (diretoria) realmente me surpreenderam e aceitei. Estou engajado com o compromisso.

Liderança

- Pelo fato da minha idade, ter rodado bastante e fui campeão nos últimos cinco anos, acho que posso ter esse papel ajudando. Dentro e fora de campo também. Minha conduta será importante para ser exemplo aos mais jovens. 

Condicionamento físico

- Meu último jogo foi no dia 26 de maio. Depois joguei algumas peladas, mas procurei descansar porque a temporada não foi fácil. Comecei desde a semana passada um trabalho de recondicionamento físico. Ainda terei de voltar para Dubai e depois Doha para agilizar a documentação para voltar o mais breve possível.

Estreia

- A principio só depois do dia 31, porque tenho contrato com outro clube. Estou indo lá para rescindir e voltar para o Recife para ficar à disposição do professor Marcelo Martelotte. Pelo que me conheço, até o mês que vem terei condição de jogo.

Ídolo

- Graças a Deus tudo aconteceu muito rápido na minha carreira. Me profissionalizei com 22 anos e o começo foi difícil. Foi complicado, mas tive o apoio do professor Muricy aqui no Santa Cruz. Volto mais experiente, com mais rodagem no futebol brasileiro, europeu e asiático. Volto com status de ídolo, mas terei de provar em campo. Cheguei aqui um menino e, hoje, volto como um jogador consagrado no futebol brasileiro. Será uma experiência positiva. 

Aposentadoria

- É cedo. Vamos analisar como será esse ano. Há a possibilidade de renovação, por minha parte e espero que do clube também. Não é o meu objetivo parar no próximo ano. Mas, no final do contrato a gente conversa.

Projeção de gols

- Penso em marcar gols, mas uma coisa de cada vez. Não pode querer estar na Série B, chegar e ser artilheiro. Quero muito fazer gols, mas até fazer tem uma distância grande. Estou concentrado em ajudar a equipe. Sei que o time não depende única e exclusivamente do meu futebol, tem meus companheiros também. É um esporte coletivo. Espero agregar bem com eles em campo, fazer gol e dar passe. Não adianta eu ser artilheiro e o Santa Cruz ficar na Série B.  Tem que ter o conjunto e todos ganharão no final.

Camisa 23

- Esse número já vem me acompanhando há oito anos, desde que cheguei na Alemanha e vem me dando sorte. Conquistei títulos, marquei gols e joguei bem. Pedi para dar continuidade. Quando estava negociando, ouvia da diretoria que estavam precisando do camisa 9. Pensei que eles queriam que eu jogasse com a camisa 9. Mas ontem perguntei se podia jogar com a 23 e falaram que não teria problema. É o número que gosto e espero que continue dando sorte.

Em boa fase e embalado pela vitória no clássico contra o Flamengo na última rodada, o Fluminense vai a Porto Alegre para encarar o Grêmio, neste domingo, às 16 horas, na Arena Grêmio, pela quinta rodada, tentando se manter entre os líderes do Campeonato Brasileiro. E, mais uma vez, o técnico Cristóvão Borges deverá contar com força máxima.

A formação com todos os titulares é motivo de vibração para o treinador. "Logo que cheguei aqui fui questionado sobre a escalação de alguns jogadores. Disse que a busca era formar uma equipe equilibrada e com jogadores experientes. Conseguimos fazer isso. A zaga era muito criticada e eu disse que ela também fazia parte desse trabalho. Levamos poucos gols, conseguimos atacar e defender bem", destacou.

Poupado do treino da última sexta-feira devido a dores musculares, o meia argentino Darío Conca estará em campo. "Durante a semana alguns jogadores sentiram dores musculares. Justamente para evitar problemas a gente tira do treino. Para o jogo, sem problema", confirmou Cristóvão Borges.

Terceiro colocado na tabela de classificação com nove pontos em quatro jogos, o Fluminense poderá voltar à liderança neste domingo. Para tanto, além de um bom resultado no Sul, o time precisará torcer por um tropeço do Internacional, que tem um ponto a mais.

A classificação do Santa Cruz às semifinais na Copa do Nordeste não foi sofrida. A vantagem de 3x0 adquirida na primeira partida deu calma aos tricolores para jogar em Sobral. Até por isso, a atuação foi fraca, mas a equipe coral saiu de campo com a vitória por 1x0. Por isso, os atletas corais destacaram a postura da equipe.

“Tivemos a tranquilidade e, sem desespero, conseguimos nos portar bem em campo. Trabalhamos bastante para fazer esse jogo. Aprendemos muito aqui, foi uma partida muito difícil. Agora é temos que nos preparar para os clássicos”, afirmou o zagueiro Everton Sena.

 O melhor em campo, o goleiro Tiago Cardoso parabenizou a atitude do Santa Cruz na partida. “O importante foi não tomar gol. Principalmente devido à pressão e correria deles no começo do jogo. Nossa equipe segurou bem e conseguimos fazer o gol na hora certa”, pontuou o arqueiro.

Apenas 3% dos recifenses afirmaram não torcer pelos times Náutico, Santa Cruz ou Sport. Entretanto, o fanatismo não significa necessariamente em verba ou incentivo financeiro para as equipes da capital pernambucana. Isso porque 85,1% afirmou não ser associado aos clubes.  Os números são do senso “A Copa e a paixão do recifense pelo futebol” do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau.

A torcida do Náutico mostrou ter o maior número de associados. Dos entrevistados, 15% afirmou ser sócio alvirrubro. Já os recifenses sócio-torcedores de Sport e Santa Cruz empataram: 14%.

A pesquisa ainda apontou que o atual público de associados em Recife é de: homens, de 25 a 59 anos, com ensino médio completo e renda entre dois e cinco salários mínimos.

Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau entrevistou 624 pessoas, com idade superior a 16 anos, em Recife, entre os dias 9 e 10 de janeiro deste ano. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados dos censos IBGE e TRE.

Um vídeo que circula na internet está gerando muita repercussão nesta segunda-feira (2). A postagem mostra um grupo de torcedores do Santa Cruz, em posição típica de abordagens policiais, cantando músicas alusivas ao Sport enquanto recebem ordens de quem filma. Muitos internautas comentam que a situação configura abuso de poder, e alguns deles pedem que os supostos policiais se identifiquem.

A publicação não deixa claro quem está comandando o ato, porém, por traz dos torcedores, é possível identificar luzes de uma sirene, bem semelhante às das viaturas policiais de Pernambuco. Muitos comentários no Facebook mostram a indignação das pessoas com o ato. Outros internautas estão a favor da situação. Nossa reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, que alegou estar preparando um comunidado para ser divulgado. Confira abaixo o vídeo: