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A Procuradoria-Geral da República (PGR) entrou, nessa quinta-feira (3), com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão que revogou o afastamento do governador de Alagoas Paulo Dantas (MDB).

O ministro Gilmar Mendes, relator do processo no Supremo, fundamentou a decisão no princípio da imunidade eleitoral, que limita a imposição de medidas cautelares aos candidatos no auge da campanha.

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A decisão deixa expresso que a prerrogativa vale a partir dos 15 dias que antecedem o primeiro da eleição até as 48 horas seguintes ao término do eventual segundo turno.

O procurador-geral da República Augusto Aras afirma que o afastamento deveria ter sido suspenso temporariamente, pelo prazo reconhecido na decisão, e não completamente revogado.

Aras afirma que a imunidade eleitoral não é "absoluta" e sim uma "restrição temporal e circunstancial". "Para se conformar com o novo sentido dado à cláusula de imunidade eleitoral pelo Relator, a decisão referida haveria de ter os seus efeitos suspensos durante o processo eleitoral, voltando a viger 48 horas após o término do segundo turno", diz um trecho do embargo.

Paulo Dantas foi reeleito no segundo turno com 52,49% dos votos válidos. Ele havia sido afastado até o final do mandato atual por ordem do Órgão Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em uma investigação sobre um suposto esquema de "rachadinha" quando ainda era deputado estadual.

O Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) mandou bloquear o perfil do senador Renan Calheiros (MDB) no Instagram até o final do segundo turno da eleição. Ele também foi condenado a pagar uma multa de R$ 700 mil.

As punições foram impostas porque o senador descumpriu uma decisão anterior, que o obrigou se retratar após divulgar um vídeo com críticas ao candidato ao governo de Alagoas Rodrigo Cunha (União Brasil). Calheiros é padrinho político do atual governador, Paulo Dantas (MDB), que busca a reeleição.

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O direito de resposta deveria ter sido publicado na conta do senador no Instagram. Ele já havia ficado sem acesso ao perfil por 24 horas por descumprir a determinação.

O desembargador Felini de Oliveira Wanderley disse que a "recalcitrância" justifica o endurecimento da multa e do bloqueio de acesso à rede social. "Todo esse quadro de recalcitrância em cumprir sentença judicial devidamente fundamenta e proferida por juiz competente merece glosa deste Tribunal, por ser uma conduta incompatível com o postulado Republicano", escreveu.

O senador foi condenado depois de publicar um vídeo em que acusa Rodrigo Cunha de se "envolver em desvio de combustível no Senado, de defender orçamento secreto, de se recusar a assinar a CPI, de enviar dinheiro para compras superfaturadas (tratores e caminhões de lixo), de empregar a namorada na prefeitura de Maceió, de mandar custeio da saúde para Rio Largo". A publicação foi removida pelo Instagram após ordem judicial.

COM A PALAVRA, O SENADOR

A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, assinaram três decisões distintas nesta terça-feira, 24, no sentido de liberar a volta de Paulo Dantas ao cargo de governador de Alagoas. O decano deferiu liminar revogando o afastamento imposto ao mandatário. Já Barroso determinou a suspensão não só do afastamento de Dantas do Executivo estadual, mas também de outras imposições feitas ao governador, como a proibição de manter contato com investigados e de acesso a determinados órgãos públicos. Os despachos tem validade até o Supremo julgar o mérito de pedidos feitos pela defesa de Dantas.

A decisão que afastou Dantas do governo de Alagoas foi dada pela ministra Laurita Vaz, do STJ, e abriu a segunda etapa da Operação Edema, com diligências cumpridas pela Polícia Federal no último dia 11. A investigação mira suposto esquema de 'rachadinha' - desvio de salários - de servidores fantasmas da Assembleia Legislativa alagoana. O inquérito apura possíveis crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

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A decisão de Gilmar foi dada no bojo de uma ação impetrada pelo PSB com pedido para que a Corte declare a impossibilidade de afastamento de governador do cargo não só nos 15 dias anteriores às eleições, mas também durante todo o período de eventual segundo turno. A liminar do decano assentou que a imunidade eleitoral vai até dois dias depois do segundo turno das eleições. Além disso, segundo o despacho, tal imunidade se aplica aos demais postulantes a cargos eleitorais majoritários.

O ministro indicou que a legislação proíbe a prisão de candidatos no período de 15 dias antes da eleição, salvo casos flagrantes ou de condenação irrecorrível, mas destacou que há 'várias outras medidas constritivas da liberdade', entre elas o afastamento cautelar. "A imposição de tão grave medida cautelar no período de quinze dias antes da realização das eleições tem o potencial de impactar ou desequilibrar de forma injustificada a livre manifestação das urnas, o que não deve ser admitido à luz dos princípios e parâmetros acima descritos de neutralidade, livre concorrência e paridade de armas eleitorais" indicou Gilmar.

Já Barroso, ao analisar uma reclamação feita pela defesa de Dantas, viu 'dúvida razoável' quanto à competência do STJ para supervisionar o inquérito instaurada contra o governador de Alagoas. Segundo o ministro 'embora graves e reprováveis', as condutas sob suspeita 'não parecem estar relacionados com as atribuições inerentes ao cargo de governador'.

"Ainda que tenham sido apontados desvios de recursos públicos da Assembleia Legislativa local em período posterior à posse do paciente/reclamante no cargo de Governador, em 15.05.2022, em linha de princípio, tais condutas não guardam relação direta e imediata com o exercício da função de chefe do poder executivo estadual. Em análise preliminar, esses fatos poderiam ser considerados projeção ou continuidade de um acordo espúrio delituoso relacionado à função de Deputado Estadual, anteriormente ocupada, não havendo elementos que os conectem às atribuições desempenhadas pelo paciente/reclamante na chefia do executivo local", ponderou Barroso.

O ministro pediu que seja convocada uma sessão extraordinária virtual para analisar o despacho.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nessa terça-feira (18) o pedido do governador afastado de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), para voltar ao cargo. Ele disputa a reeleição e aparece como favorito nas pesquisas de intenção de voto.

A decisão diz que a volta do governador poderia colocar em "risco" o "patrimônio público e a moralidade administrativa". O pedido para anular o afastamento havia sido feito pela Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE-AL).

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A presidente do STF também citou questões processuais: ela afirma que a ação proposta pela PGE não é adequada para a análise do recurso.

Dantas é investigado sob suspeita de operar um esquema de contratação de funcionários fantasmas para desvio de salários, a chamada "rachadinha", quando era deputado estadual. A investigação mira em pelo menos 93 nomeações de servidores em cargos comissionados na Assembleia Legislativa de Alagoas, que recebiam até R$ 21 mil. Os investigadores estimam que os supostos desvios podem chegar a R$ 54 milhões. Ele nega irregularidades e diz que o inquérito tem motivação política.

O afastamento do governador foi confirmado na última quinta-feira, 13, pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por 10 votos a 2, os ministros decidiram mantê-lo fora do cargo até o final do mandato. A decisão não afeta uma eventual reeleição.

Ao acionar o STF, a Procuradoria Geral do Estado de Alagoas disse que o afastamento configura "interferência indevida" do Judiciário nos rumos da eleição.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou nesta quinta-feira, 13, para a decisão da ministra Laurita Vaz que afastou o governador de Alagoas e candidato à reeleição Paulo Dantas (MDB). O afastamento vale até o final do mandato, em 31 de dezembro.

O governador é investigado sob suspeita de operar um esquema de contratação de funcionários fantasmas para desvio de salários, a chamada "rachadinha", quando era deputado estadual. A investigação mira pelo menos 93 nomeações de servidores em cargos comissionados na Assembleia Legislativa de Alagoas, que recebiam até R$ 21 mil. Os investigadores estimam que os supostos desvios podem chegar a R$ 54 milhões. Dantas nega irregularidades e diz que o inquérito tem motivação política.

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Além do afastamento, o tribunal também confirmou outras restrições impostas ao emedebista, como o sequestro de bens e a proibição de entrar na sede do Governo de Alagoas e na Assembleia Legislativa do Estado. A Corte Especial é formada pelos ministros mais antigos do STJ.

O afastamento é cautelar, para preservar a investigação e evitar desvios. A medida não afeta a candidatura do governador à reeleição.

A investigação sobre peculato e lavagem de dinheiro foi aberta a partir de uma denúncia anônima no final do ano passado. Quando surgiram as primeiras suspeitas de envolvimento do governador, que tem direito a foro por prerrogativa de função, o inquérito foi transferido da 10.ª Vara Criminal de Maceió para o STJ.

A ministra Laurita Vaz, relatora do processo, disse que os indícios de corrupção são "contundentes" e "robustos".

"Há farto acervo potencialmente probatório", defendeu. "O caso concreto revela, ao que tudo indica, um engenhoso esquema de peculato por meio de simulação de nomeação de pessoas humildes que emprestavam apenas seus nomes para figurar como titulares de cargos em comissão."

Laurita disse que solicitou a transmissão ao vivo do julgamento em "homenagem à transparência e ao direito de informação". O processo, no entanto, seguirá correndo em sigilo. A ministra disse que há dados sensíveis que precisam ser mantidos em segredo de Justiça.

A decisão que mandou afastar Paulo Dantas teve dois fundamentos principais. O primeiro foram supostas tentativas de interferência na investigação.

A ministra narrou que o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier do Nascimento, teria procurado uma delegada da superintendência da Polícia Federal em Alagoas para substituir o depoimento de uma testemunha-chave que delatou os crimes.

"Causa perplexidade o atrevimento", criticou Laurita. "O potencial poder da ingerência do governador sobre as autoridades locais parece justificar o sentimento de impunidade manifestado por participantes da organização criminosa", acrescentou a ministra.

O segundo fundamento foram as suspeitas de que o possível esquema continuou mesmo depois que Paulo Dantas deixou o mandato parlamentar. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os desvios teriam começado na Assembleia Legislativa de Alagoas em 2019 e continuado mesmo após a primeira fase da Operação Edema, em março, e a posse do emedebista como governador.

"Causa espécie o tamanho da ousadia dos criminosos, liderados pelo atual governado do Estado, de continuar um esquema de corrupção dessa magnitude", disse a ministra-relatora. "As condutas delituosas foram e continuam sendo cometidas com indizível escárnio, acumulando enormes prejuízos aos cidadãos."

Ao votar pela manutenção do afastamento, o ministro Francisco Falcão chamou atenção para a evolução patrimonial do governador e da mulher dele, Marina Dantas, que é prefeita de Batalha, município de 18 mil habitantes a 180 quilômetros de Maceió.

"Apenas no que se relaciona aos imóveis usados como residência pelo casal, foi possível apurar que no curso do espaço de tempo de aproximadamente cinco anos, 2018 a 2022, eles experimentaram um aumento exuberante do padrão de vida, pois passaram de um apartamento de classe média com 130 metros quadrados, avaliado por R$ 300 mil, para uma mansão recentemente adquirida, pasmem nos senhores, por R$ 8 milhões", disse o ministro.

A relatora foi acompanhada também pelos ministros Nancy Andrighi, Herman Benjamin, Og Fernandes, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Paulo de Tarso Sanseverino, Isabel Galotti e Antonio Carlos Ferreira.

Inicialmente, o prazo fixado para o afastamento na decisão monocrática da ministra Laurita Vaz foi de 180 dias, o que afetaria também um eventual segundo mandato de Paulo Dantas em caso de reeleição. Por sugestão dos colegas, a relatora reduziu o prazo para atingir apenas o mandato atual.

O ministro Humberto Martins, que é alagoano, se declarou suspeito por motivo de foro íntimo e não votou. "Eu conheço as partes e não considero que devo apresentar um voto em razão da minha consciência subjetiva", explicou.

Divergência

O ministro João Otávio de Noronha divergiu parcialmente. Ele foi contra o afastamento do governador por "mera presunção", mas votou para manter as demais medidas cautelares. Noronha considerou a proximidade do segundo turno e disse que não vê "contemporaneidade" nas acusações contra Paulo Dantas.

"A imposição de medida natureza exige do Poder Judiciário ainda maior cautela quando se tem por alvo agente público candidato à reeleição, pelo potencial risco de afetar o resultado do pleito eleitoral em curso", defendeu. "Não se tem nenhum fato narrado de que, no exercício do cargo de governador, o senhor Paulo Dantas teria determinado a prática deste ou aquele ato. Tudo se reporta ao tempo em que ele era deputado estadual."

Noronha também afirmou que não há nenhuma "prova direta" de interferência do governador na investigação. Para o ministro, não ficou provado que o chefe da Polícia Civil agiu a mando de Paulo Dantas para obstruir a investigação.

"O eventual risco que se pretende prevenir com o afastamento liminar do atual governador já está neutralizado pela circunstância de a Operação Edema ser conduzida pela Polícia Federal não havendo risco efetivo de obstrução das investigações por parte da Polícia Civil", afirmou.

Assim como Noronha, o ministro Jorge Mussi também foi contra o afastamento, por não verificar "fatos concretos" que justifiquem a suspensão do cargo.

"Não se pode fazer nenhuma aferição abstrata", disse. "Eu não posso atuar sobre conjecturas e muito menos por ilação. Há um processo eleitoral em curso."

Antes da votação, Laurita Vaz disse que não poderia esperar a conclusão das eleições para "cumprir o dever" como magistrada.

No Nordeste, os concursos públicos ofertam mais 4 mil vagas para profissionais de níveis fundamental, médio e superior. Os certames abrangem diversas áreas, e oferecem salários de até R$ 9 mil para os contratados.

Para ajudar quem quer buscar uma vaga na máquina pública, o LeiaJá reuniu uma lista de concursos na região. Confira:

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Prefeitura de Marechal Deodoro - Alagoas

Vagas: 337

Remuneração: de R$ 1.212,00 até R$ 4.650,00

Inscrições: 11/10 até 18/11, através do site da banca organizadora ou presencialmente nos seguintes endereços:

Secretaria Municipal de Planejamento, Gestão dos Recursos Humanos e do Patrimônio (SEMGEPA), situada na Rua Dr. Tavares Bastos, nº 215, Centro, Marechal Deodoro/AL, no horário das 8h00 às 14h00.

E no FUNDEPES, situado na Rua Ministro Salgado Filho, nº 78, Pitanguinha, CEP 57052-140, Maceió/AL, no horário das 8h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00.

Taxa de inscrição: de R$ 50,00 a R$ 150,00

Saiba mais no edital de abertura do certame

Polícia Militar da Bahia (PMBA) e Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA)

Vagas: 2.500

Remuneração: de um salário mínimo até R$ 4.012,11

Inscrições: 13/10 até 11/11, através do site da Fundação Carlos Chagas

Taxa de inscrição: R$ 90,00

Confira mais no edital

Prefeitura de Guanambi – Bahia

Vagas: 175

Remuneração: de R$ 2.143,12 a R$ 5.915,06

Inscrições: até 25 de outubro, através do site da Ibam concursos

Taxa de inscrição: R$ 125,00

Saiba mais no edital

Prefeitura de Ouricuri – Pernambuco

Vagas: 310

Remuneração: de R$ 1212,00 a R$ 8.726,58

Inscrições: até 17/10, no site do Instituto Consulpam

Taxa de inscrição: R$ 70,00 a R$ 150,00

Confira o edital

Prefeitura de Parnamirim – Pernambuco

Vagas: 180

Remuneração: de R$ 1.212,00 a R$ 9.000,00

Inscrições: até 16/10, através do Instituo Consulpam

Taxa de inscrição: de R$ 80 a R$ 160,00

Veja mais no edital

Prefeitura de Feira Nova – Pernambuco

Vagas: 170 vagas

Remuneração: de R$ 1.212,00 a R$ 8.000,00

Inscrições: 10/10 até 06/11, no site da Funvapi

Taxa de inscrição: de R$ 60 a R$ 100

Saiba mais no edital

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Vagas: 103

Remuneração: de R$ 1.945,07 a R$ 4.180,66

Inscrições: 17/10 até 21/11, no site do Núcleo Permanente de Concursos

Taxa de inscrição: de R$ 80,00 a R$ 150,00

Veja mais detalhes no edital

Em apenas um mês, policiais civis e militares dos 26 estados e do Distrito Federal prenderam 12.396 pessoas acusadas de matar ou agredir mulheres em todo o país. O cumprimento dos mandados e as prisões em flagrante ocorreram entre os dias 29 de agosto e 27 de setembro, no âmbito da segunda edição da chamada Operação Maria da Penha. 

Durante o período, foram requeridas e/ou concedidas 41,6 mil medidas protetivas para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra mulheres e registrados 75.525 boletins de ocorrência policial.

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  Os resultados finais da ação foram divulgados hoje (7), em Brasília, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Responsável por coordenar, em âmbito nacional, a ação que envolveu cerca de 220 mil profissionais de segurança pública federais das 27 unidades federativas, o ministério informou que os estados onde o Disque 190 mais recebeu denúncias de casos de feminicídio e agressões domésticas foram São Paulo e Rio de Janeiro – respectivamente, 9.416 e 5.197. 

“Os números demonstram que conseguimos salvar vidas e tiramos mulheres deste ciclo de violência”, disse o coordenador da operação, Julian Rocha Pontes. Em 2021, durante a primeira edição da Operação Maria da Penha, foram efetuadas 14,1 mil prisões e requeridas e/ou expedidas 39,8 mil medidas protetivas. 

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que, além do aspecto repressivo, a operação tem o objetivo de conscientizar a sociedade e fomentar e induzir a aprovação de políticas públicas destinadas a proteger as mulheres, além de estimular que as boas práticas implementadas pelos estados na proteção e acolhimento de mulheres vítimas de violência sejam reproduzidas. 

A Lei Maria da Penha (11.340/2006 configura violência doméstica e familiar contra a mulher e qualquer ação ou omissão baseada no gênero que resulte na morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial à vítima.  Como denunciar O ministério também recomenda que, em caso de suspeita ou em que os direitos de qualquer mulher sejam violados, a vítima ou denunciante procure a delegacia de polícia especializada mais próxima. Ou ligue para os números de telefone 180, 190 ou 197. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana. 

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), que apoia a Operação Maria da Penha, também mantém a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, que oferece escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência, registrando e encaminhando denúncias, reclamações, sugestões ou elogios aos órgão competentes.  Estados e organizações sociais também oferecem auxílio às mulheres em situação de violência. Clique aqui e saiba onde mais é possível encontrar apoio.

  * Com informações da Ascom/MJSP

Às vésperas do primeiro turno das eleições, poucos estados aderiram à Lei Seca, que proíbe a comercialização e consumo de bebidas alcóolicas no dia da votação. Essa decisão fica a cargo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e da Secretaria de Segurança Pública de cada estado. A intenção é inibir a violência e evitar que o eleitor compareça alterado às seções eleitorais. 

Até esta quarta-feira (28), apenas os seguintes estados haviam publicado portarias determinando a restrição: Amazonas, Roraima, Rondonia, Maranhão, Rio Grande do Norte, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná. 

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Os outros estados, no entanto, ainda podem proibir o consumo e a venda de bebidas alcóolicas até a véspera da eleição. 

De acordo com o Código Eleitoral, quem desobedecer a Lei Seca em seu estado comete crime de desobediência, punível com três meses a um ano de detenção e multa. 

No Distrito Federal, a Lei Seca deixou de ser adotada nas últimas eleições em 2018 e, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do DF, não houve registro de problemas por bebida. No Rio de Janeiro, não há Lei Seca desde 1996. Em São Paulo, maior colégio eleitoral do País, a última vez que a Lei Seca foi implantada foi na eleição de 2006. 

*Da Agência Câmara de Notícias

 Pessoas de todo o país vão às urnas para escolher seus candidatos pelos próximos anos, no próximo domingo (2). Por isso, é muito comum entre os eleitores a dúvida de quais vestimentas são permitidas pela justiça eleitoral na hora da votação. Pensando nisso, o LeiaJá trouxe uma lista das roupas que podem ser usadas no dia do pleito eleitoral.   

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não existe uma roupa específica recomendada para votar. Sendo possível votar de shorts, bermudas, saias, camisetas, regatas e sandália. No entanto, o TSE sugere o “bom senso”, no momento de escolher o vestuário, evitando peças de banho, como sungas, biquínis e maiôs. Também é recomendado o uso de camiseta, é indicado entrar no local da votação vestindo uma blusa. 

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 Camiseta de candidato 

A justiça eleitoral permite o uso de camisetas bandeiras, broches, adesivos, que manifestem apoio a candidatos de partido, coligação ou federação. Entretanto, não é permitido “promover aglomerações com pessoas uniformizadas ou portando quaisquer insígnias” de políticos antes das 17 horas, período em que ocorre o término da votação. 

 Em caso de descumprimento da regra, o ato será caracterizado como crime de “boca de urna”. Podendo gerar detenção de seis meses a um ano, que pode ser revestida na prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, além do pagamento de multa que pode variar entre de R$ 5 mil a 15 mil.  

Durante a partida entre CSA e Náutico, nesta terça-feira (30), no Rei Pelé, em Maceió, um flagrante de violência policial foi registrado em vídeo e ganhou as redes sociais. Durante a partida, uma torcida organizada do Náutico foi retirada do estádio, sob a acusação de briga com funcionários.

Já do lado de fora, os torcedores foram rendidos, colocados de joelhos e encostados em um muro. Mesmo com a situação contornada no momento, alguns policiais militares foram filmados agredindo os detidos com pancadas de cacetetes. Confira as imagens:

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O Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE) anunciou a realização de um novo processo seletivo simplificado, que oferta 158 vagas temporárias em todo o Brasil. No total, serão 153 vagas para a função de Agente de Pesquisas e Mapeamento (APM), distribuídas em 36 municípios do Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo; e 5 vagas na função de Supervisor de Coleta e Qualidade (SCQ), distribuídas em 5 municípios de Alagoas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 

A remuneração mensal para o cargo de Agente de Pesquisas e Mapeamento é de R$ 1.387,50; e de R$ 3.100,00 para Supervisor de Coleta e Qualidade, com jornada de trabalho de 40 horas semanais. Além das gratificações, os contratados ainda receberão auxílio alimentação, auxílio transporte e auxílio pré-escolar; assim como férias e 13° salário. 

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Para se candidatar, é necessário ter ensino médio completo. A seleção acontecerá por meio de uma Análise de Títulos, compreendendo a titulação acadêmica dos candidatos. As inscrições podem ser feitas de forma presencial e gratuita, até o dia 16 de agosto. O participante deve comparecer a um dos postos de inscrição do IBGE indicados no edital, e entregar o formulário de inscrição preenchido e assinado. A previsão de duração do contrato é de até 1 ano, podendo ser prorrogado.

Ao menos seis pessoas morreram e 56 mil estão desabrigadas ou desalojadas por conta das fortes chuvas registradas em Alagoas nos últimos dias. O balanço é da Defesa Civil estadual nessa segunda-feira (4). De acordo com o órgão, 56 dos 102 municípios alagoanos estão em situação de emergência. Este é o maior volume de chuvas registrado no Estado nordestino desde 2010.

A quantidade intensa de precipitações atinge o território desde maio, o que tem resultado na cheia de vários rios. O governo federal já tinha reconhecido a situação de emergência para 23 localidades, mas ontem adicionou mais 15 na condição. Estas cidades podem solicitar recursos à União para ações de socorro e assistência humanitária.

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Em junho, os óbitos foram registrados em Coruripe, Palmeira dos Índios, Campo Alegre e São Miguel dos Campos. Já neste mês foram contabilizadas mortes em União dos Palmares e Matriz de Camaragibe. Um em cada município.

No Twitter, o governador Paulo Dantas (MDB) atualiza as ações conjuntas tomadas com o comitê instalado para enfrentar a crise. Na manhã desta segunda, o chefe do executivo alagoano anunciou a ampliação do auxílio-chuva para R$ 2 mil reais. Além de cestas básicas, kits de higiene pessoal, água potável e colchões.

Na cidade de União dos Palmares, uma das principais de Alagoas, o fornecimento de água e de energia elétrica foram interrompidos desde sábado. O prefeito Kil suspendeu a 32.ª edição da festa do milho prevista para o fim de semana.

Na cidade litorânea de Atalaia, o rio Paraíba do Meio transbordou no sábado, 2. Nesta segunda, a prefeita da cidade anunciou as ações de reparos. "Os prejuízos ainda estão sendo contabilizados e vamos precisar da união de todos. Nossas equipes estão indo de casa em casa, registrando com fotos e relatos toda a situação que estamos enfrentando."

O governador Paulo Dantas autorizou a utilização de escolas estaduais na região do Vergel para receber os desabrigados, a pedido da prefeitura de Maceió, capital de Alagoas

Nesta segunda, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso de alerta para 51 cidades alagoanas. Conforme o órgão federal, o estado pode registrar precipitações entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm nesta terça-feira. A quantidade traz risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco. A orientação vale para a o leste e agreste Alagoano.

Suporte da União

Alagoas recebeu neste ano cerca de R$20 milhões para investir em ações de resposta a desastres naturais, conforme o Ministério do Desenvolvimento Regional. O titular do ministério, Daniel Ferreira, e o da Cidadania, Ronaldo Bento, visitaram o estado nesta segunda.

Bento, conforme a Agência Brasil, informou que o governo federal deve antecipar o pagamento do benefício de prestação continuada (BPC) a 112 mil famílias alagoanas.

Servidores do Ministério da Saúde e membros das Forças Armadas e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram mobilizados para auxiliar os órgãos estaduais a prestar socorro e assistência humanitária às pessoas afetadas. Mais de 200 integrantes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estão atuando no socorro e na assistência à população, além da utilização de 3 aeronaves.

Uma equipe técnica do Ministério da Cidadania, responsável pela coordenação do Sistema Único de Assistência Social, também foi enviada ao estado para ajudar na gestão de alojamentos provisórios para as famílias desabrigadas e na compra de insumos básicos.

Na noite de ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) notificou bloqueio em quatro rodovias: BR-316, BR-104, BR-101 e BR-416. O tráfego interestadual tem sido prejudicado.

Suco de Série D. Com um gramado tomado pela lama, CSE e Santa Cruz se enfrentaram neste sábado (11), no estádio Juca Sampaio, em Palmeira dos Índios, cidade no interior de Alagoas, que foi castigada pelas chuvas durante todo o dia. Ainda assim, algumas chances foram criadas. No entanto, nenhuma resultou em gol. Com o empate sem gols, o Santa Cruz segue em terceiro do grupo, com 12 pontos.

O Jogo

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Futebol mesmo não teve, o que vimos na primeira etapa, foi uma tentativa aqui e ali de se lançar uma bola na área. Os donos da casa ainda assustaram um pouco, quando Júnior Timbó arriscou de fora da área e um desvio em Gilberto no meio do caminho, quase engana o goleiro coral, mas foi para fora.

No começo da segunda etapa, Jerfesson tomou outro susto, quando Luizinho bateu forte e a bola passou cruzando a área. Já o Santa Cruz era nulo até os 11 minutos, quando Elyeser arriscou de fora da área, mas Alex defendeu sem muito esforço.

Mas, aos 17, quase que sai o gol pernambucano, porém ia ser contra, de Izaldo, que foi cortar e acertou a própria trave. Só que teve bola na trave do outro lado também. Na verdade, no travessão, em cobrança de falta de Vargas. E foi só.Um ponto para cada um.

Ficha Técnica

Competição: Campeonato Brasileiro da Série D

Local: Juca Sampaio (Palmeira dos Índios)

CSE: Alex; Renato, Janelson, Hugo e Izaldo; Amaral, Vargas, Luizinho e Júnior Timbó; Thiago Recife e Marco Antônio. Técnico: Betinho.

Santa Cruz: Jerfesson, Edson Ratinho,  Alemão, Luan Bueno e Dudu Mandai; Gilberto, Daniel Pereira, Matheuzinho e Elyeser (Rodrigo Yuri); Hugo Cabral (Fabrício) e Rafael Furtado. Técnico: Marcelo Martelotte

Cartões amarelos: Janelson (CSE); Rafael Furtado, Edson Ratinho e Matheuzinho (SAN)

O senador Fernando Collor (PTB) avalia concorrer ao governo de Alagoas como candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, de acordo com apuração do Estadão/Broadcast Político. Ao ingressar na disputa, segundo interlocutores, o ex-presidente estaria partindo para o "tudo ou nada".

A avaliação é de que Collor enfrentaria uma campanha dura e com chances menores de reeleição no Senado, diante do favoritismo de Renan Filho (MDB) nas pesquisas de intenção de voto. O emedebista renunciou ao cargo de governador de Alagoas para disputar a vaga no Legislativo. A campanha terá o reforço do seu pai, Renan Calheiros, que vai se licenciar do mandato de senador para se dedicar à eleição em Alagoas, como mostrou a coluna Jogo Político, do Broadcast.

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Collor também ficou isolado politicamente após o grupo liderado por Arthur Lira (PP-AL) lançar a pré-candidatura do deputado estadual Davi Davino Filho (PP) para o Senado na chapa de Rodrigo Cunha (União Brasil), nome apoiado pelo presidente da Câmara para o governo estadual. Apesar de terem se aproximado politicamente e serem ambos aliados de Bolsonaro, Lira guarda distância regulamentar de Collor e não topou patrocinar a reeleição dele.

A entrada do senador na disputa beneficiaria o presidente da República, que está sem palanque em Alagoas para sua candidatura à reeleição. Mesmo apoiado por Lira, aliado de primeira hora de Bolsonaro, Cunha foge de associações com o chefe do Executivo por receio de que a rejeição ao presidente no Estado o prejudique na campanha pelo governo.

A avaliação é de que Collor daria palanque robusto a Bolsonaro em Alagoas. O senador aglutinaria boa parte do eleitorado do presidente em Maceió, capital alagoana, considerada majoritariamente antipetista e conservadora. Além disso, ele ainda acumula alguma força eleitoral no interior devido aos tempos como governador do Estado (1987-1989) e senador, o que lhe daria condições de atrair apoio de prefeitos e vereadores.

A candidatura de Collor é bem vista pelo grupo de Lira porque resolveria uma situação incômoda para a campanha de Rodrigo Cunha. Principal adversário na disputa, o governador e candidato à reeleição Paulo Dantas (MDB), lançado na corrida pelo clã dos Calheiros, tenta aplicar em Cunha a pecha de bolsonarista. Ao se apresentar como nome do presidente na corrida eleitoral, Collor inviabilizaria este argumento.

O ex-presidente da República, que sofreu impeachment em 1992 por denúncias de corrupção, tenta selar aliança com o PL, partido de Bolsonaro. Com isso, pretende ter estrutura mais robusta na campanha, como acesso a uma fatia maior do fundo eleitoral e tempo de TV.

Sob o comando de Lira em Alagoas, o PL ainda não definiu quem vai apoiar na eleição estadual, já que Rodrigo Cunha se nega a marchar com Bolsonaro. Procurada pelo Estadão/Broadcast Político, a assessoria de Collor não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Também cotado como candidato bolsonarista ao governo de Alagoas, o vereador de Maceió Leonardo Dias (PL) não negou as negociações com o senador, mas disse que a definição sobre candidatura será feita pelo próprio Bolsonaro.

"Alagoas possui diversas lideranças políticas alinhadas ao presidente. A definição do caminho a ser percorrido pelo PL no Estado será tomada após ouvirmos o presidente Bolsonaro. No momento, ainda existe indefinição quanto aos nomes da majoritária", afirmou.

O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), decretou estado emergência nesta quinta-feira (26) após chuvas atingirem o município. A decisão foi anunciada pelo Twitter. "Fundamentado pela Defesa Civil, estou decretando emergência devido às fortes chuvas em Maceió.

A medida é fundamental para agilizar o socorro aos atingidos, assegurar recursos federais e dar celeridade a obras emergenciais. Seguimos atentos. A prioridade é o maceioense!", escreveu JHC.

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O abastecimento de água foi afetado em algumas cidades da Região Metropolitana de Maceió após as tempestades. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) publicou na manhã desta quinta-feira aviso de chuvas acumuladas de 100 mm no dia, com risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.

O deputado estadual Paulo Dantas (MDB) foi eleito governador de Alagoas neste domingo, 15, em votação indireta feita pela Assembleia Legislativa local para mandato tampão que vai até 31 de dezembro. O resultado representa uma vitória política do senador Renan Calheiros (MDB) sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). Os dois abriram uma disputa pelo comando do Estado.

Dantas foi eleito por 21 votos e terá como vice José Wanderley Neto (MDB), que exerceu o cargo na primeira gestão do ex-governador Teotônio Vilela Filho (PSDB).

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Os dois serão empossados ainda neste domingo. Houve empate no segundo lugar entre Danúbia Barbosa e os deputados estaduais Cabo Bebeto (PL) e Davi Maia (União Brasil), com um voto cada. Candidato do grupo de Lira na eleição indireta, Maia não recebeu votos nem de parlamentares do PP, partido do presidente da Câmara.

O pleito aconteceu em meio a uma intensa guerra judicial travada entre o clã dos Calheiros e Lira, que inauguraram uma rivalidade central na política alagoana, como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O senador Rodrigo Cunha (União Brasil), candidato de Lira ao governo de Alagoas em outubro, vai disputar contra Dantas, apoiado pelo ex-governador Renan Filho. A chapa emedebista deve apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, enquanto Lira endossa a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A família Calheiros emplacou Dantas para o mandato de governador-tampão com a intenção de que ele dispute o pleito de outubro sentado na cadeira de governador e no controle da máquina estadual.

As eleições indiretas foram parar no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma decisão do Tribunal de Justiça de Alagoas havia derrubado uma liminar de primeira instância que tinha determinado o adiamento da eleição, a pedido do PSB, sigla que apoiou a candidatura de Davi Maia. O partido, então, entrou com recurso no Supremo, e o presidente da Corte, o ministro Luiz Fux, suspendeu o processo de forma temporária.

Relator do caso, o ministro Gilmar Mendes ordenou no dia 9 a reabertura do edital para as eleições e atendeu o principal pedido do PP, partido de Lira, ao determinar que o registro e a votação dos candidatos a governador e vice-governador fossem realizados em chapa única. O primeiro edital autorizava candidaturas separadas para os dois cargos, o que era criticado pela oposição, para quem a regra beneficiava os Calheiros.

Gilmar decidiu ainda que a filiação partidária não pressupõe a escolha do candidato em convenção e que a votação precisa observar as condições constitucionais de elegibilidade e as hipóteses de inelegibilidade previstas na Constituição, também atendendo a questionamentos feitos pela oposição. Além disso, determinou votação nominal e aberta.

A decisão foi levada ao plenário virtual do Supremo na sexta-feira, 13, mas o julgamento foi suspenso por pedido de vista feito pelo ministro Kassio Nunes Marques. Antes de Kassio solicitar mais tempo para analisar o caso, quatro ministros haviam acompanhado o entendimento de Gilmar - Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski. Faltava apenas um voto para que fosse formada maioria a chancelar a decisão do relator.

Na prática, o pedido de vista não impediu a eleição e a liminar dada pelo decano do STF no dia 9 segue em vigor. Após a decisão, a Assembleia Legislativa de Alagoas marcou o pleito para este domingo.

Votação

A votação deste domingo foi marcada por críticas ao domínio dos Calheiros no Estado durante discursos na tribuna da Casa Legislativa.

"Temos um grupo hegemônico no comando do governo do Estado, e a candidatura do deputado Paulo Dantas representa um governo de continuidade de todas as mazelas vivenciadas pelo povo alagoano nos últimos anos", disse Davi Maia.

Dantas, por outro lado, acusou a oposição de tentar "golpear a democracia" ao judicializar o processo eleitoral. "Fizeram chicanas, tentaram apequenar o processo legítimo, um vale-tudo, que atrapalha a vida da nossa gente", afirmou o governador eleito ao falar em "ataques covardes, maquiados de nova política".

Entre os candidatos, o clima era de derrota iminente diante da vantagem de Dantas no pleito. Dos 27 deputados estaduais, 15 são filiados ao partido dele, o MDB, mais que a maioria simples necessária para vencer o processo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a disparar contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Nas redes sociais, Lira comemorou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que ordenou a reabertura do edital para as eleições indiretas ao governo de Alagoas, e pediu que Calheiros "abandone o golpe que tentava impor no Estado".

A declaração acontece na esteira de ataques entre os dois parlamentares, que tentam manter a relevância no Estado, enquanto são definidas as regras das eleições indiretas para estabelecer quem deve suceder o comando do Estado no lugar de Renan Filho (MDB) que renunciou ao cargo para concorrer ao Senado.

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"Renan Calheiros deveria pedir desculpa aos alagoanos por mais essa irregularidade que praticou. É improvável que o faça, pois está no seu DNA desrespeitar as instituições e o povo. Vamos continuar vigilantes, buscando o que é correto e bom para Alagoas, porque esse é o nosso dever" publicou Lira.

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Como mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a eleição indireta beneficia Paulo Dantas (MDB), candidato dos Calheiros, nas eleições. Gilmar Mendes, no entanto, atendeu ao principal pedido da oposição ao determinar que o registro e a votação dos candidatos a governador e vice-governador sejam realizados em chapa única.

O primeiro edital autorizava candidaturas separadas para os dois cargos, o que era criticado pelo grupo de Lira, para quem a regra beneficiava os Calheiros. Lira tem atuado para emplacar o nome de Rodrigo Cunha (União Brasil) ao governo alagoano. A eleição, indireta, foi marcada para domingo, 15 de maio.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou, nesta terça-feira (18), esperar que o Governo Federal dê mais atenção às demandas apresentadas pelo Consórcio do Nordeste, equipamento de desenvolvimento social e inovação para a região fundado por governadores em 2019. Segundo Paulo, que assumiu a presidência do grupo, nos últimos anos a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) não levou em consideração as ponderações feitas.

Apesar da maioria dos governadores nordestinos estarem na oposição ao presidente, Paulo disse que o consórcio sempre buscou a administração federal.

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“Vamos manter a função representativa e federativa que o consórcio sempre colocou. Sempre teve a procura permanente do Governo Federal. Vamos continuar a contribuir com o debate nacional. Vamos esperar também que o Governo Federal dê atenção as demandas do Nordeste, nos últimos anos foram anos que não se levou em consideração demandas apresentadas”, declarou em coletiva de imprensa após a cerimônia de posse que aconteceu no Recife.

“A pandemia é o maior exemplo disso, onde prevaleceu no âmbito federal a insistência do negacionismo e tratamentos ineficazes, retardaram o avanço da vacinação, então vamos continuar a colaborar com o Brasil, mas esperamos também que haja consciência do Governo Federal de que é preciso ter um olhar federativo, onde Estado e municípios podem contribuir muito mais”, considerou o governador de Pernambuco.

Planejamento para 2022

Durante a coletiva, Paulo aproveitou para desfilar elogios ao ex-presidente do grupo, o governador do Piauí, Wellington Dias, e pontuar o planejamento do consórcio.

“Vamos ter a oportunidade agora de fazer o planejamento para o ano de 2022 e vai ser diante dos avanços dos estudos que as 15 câmaras temáticas do consórcio estão produzindo. Vamos avançar em áreas como energias renováveis, turismo, agricultura familiar, a questão do desenvolvimento social e econômico, ações referentes a cultura. Uma série de ações que vamos buscar potencializar e ter no planejamento condições de tirar muitas coisas do papel. Em 2019, tivemos condições de atração de investimentos que somaram mais de R$ 50 bilhões de ações”, detalhou Paulo.

ICMS

O governador de Pernambuco também foi questionado sobre a procura do presidente Jair Bolsonaro ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para aprovar e estabelecer um valor fixo ao ICMS.

“O projeto que a Câmara aprovou trás uma perda de receitas enormes para todos os Estados brasileiros, em Pernambuco são prejuízos de mais de R$ 600 milhões por ano. O Senado tem discutido outras ações que no nosso entender vão ao olhar de correção aos preços dos combustíveis”, frisou, pontuando a possibilidade de aprovação de um fundo de estabilização dos preços de combustíveis.

“Ano passado foram 11 aumentos suscetíveis dos combustíveis, os Estados congelaram por 90 dias do valor incidente do ICMS sobre o combustível, se mostrou que o problema não é do ICMS. Temos que discutir o que queremos para o futuro. A redução do preço dos combustíveis, mas dentro de um olhar que preserve também a autonomia federativa dos Estados e não olhe apenas para o lucro da Petrobras”, complementou.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), é oficialmente o presidente do Consórcio do Nordeste, equipamento de desenvolvimento social e inovação fundado por governadores da região em 2019. A cerimônia de posse aconteceu na manhã desta terça-feira (18), no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, no Recife. Após dois anos, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), passou o cargo para o pernambucano.

Durante o evento, Dias fez a apresentação do Consórcio e destacou realizações do grupo desde 2019. Com a chegada da pandemia, os projetos iniciais foram substituídos pela prioridade da crise sanitária. Na cerimônia, servidores foram lembrados pelo serviço prestado desde que a situação de emergência chegou ao Estado, como foi o caso do secretário José Bertotti, da Secretaria do Meio Ambiente (Semas), e do doutor Sérgio Rezende, que recebeu a comenda Celso Furtado.

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"A máxima do Nordeste foi a importância de trabalhar a ciência, para a segurança e outras importantes áreas da nossa região. O trabalho inicial foi atrapalhado pela pandemia, mas destaco a preocupação com o social-econômico, das agendas iniciais na Europa, a coragem de iniciativa na área ambiental que, inclusive, nos possibilitou alcançar uma posição muito firme na COP 26, reafirmando o acordo de países e gerando a criação do Consórcio Brasil Verde", pontuou o gestor piauiense.

Estiveram presentes à mesa o governador e a vice-governadora de Pernambuco, Paulo Câmara e Luciana Santos; o governador paraibano João Azevedo (Cidadania); Wellington Dias; Renan Filho (MDB), governador de Alagoas; Maria Izolda (PDT), vice-governadora do Ceará; e Antenor Roberto (PCdoB), vice-governador do Rio Grande do Norte.

Rui Costa (PT), governador baiano, não participou em virtude do seu aniversário de 59 anos. Flávio Dino (PSB), do Maranhão, e o senador Humberto Costa (PT-PE) participaram remotamente.

A expectativa de um aumento dos juros mais intenso nos Estados Unidos teve impacto extra nas novas empresas de tecnologia e fez o valor de mercado do Nubank cair abaixo do valor do Itaú. Assim, o Nubank perdeu o posto de banco mais valioso da América Latina. A fintech terminou a sexta-feira, 14, avaliada em US$ 37,4 bilhões, enquanto o maior banco privado do Brasil valia US$ 39,5 bilhões. Quando abriu capital, em dezembro, o Nubank foi avaliado em US$ 42 bilhões.

Neste começo de 2022, o banco digital, que fez uma das maiores aberturas de capital nos Estados Unidos no ano passado, vê sua ação cair 13,4%. Comparativamente, os papéis do Itaú negociados na mesma Bolsa de Nova York sobem 13,3% no período. Os do Bradesco (que tem valor de mercado de US$ 32,9 bilhões), têm alta 10,2%.

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Entre as fintechs, empresas de pagamentos e de tecnologia nos EUA, a corretora digital Robinhood cede 15%, a Toast perde 25% e a Affirm tem queda de 31%.

O movimento é geral. O índice de empresas de tecnologia Nasdaq já cai quase 5% este ano, enquanto os bancos como Goldman Sachs, JPMorgan, Citi e Morgan Stanley passaram a prever elevação de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) já em março, seguida de mais três altas até dezembro. De zero, o juro dos EUA deve ir para 2% ou 2,5%, tornando mais caro o custo de capital para as empresas. E as de tecnologia são as que mais precisam de dinheiro.

A economista para Estados Unidos do Citi, Veronica Clark, avalia que o discurso do Fed passou a ficar mais contracionista, na medida em que a inflação americana não dá trégua. Se antes o banco previa a primeira alta de juros nos EUA em junho, agora vê o aumento ocorrendo em março. Clark não descarta que ocorra um aumento mais intenso neste começo de 2022, de 0,50 ponto porcentual. Esse movimento tende a reduzir a liquidez (disponibilidade de dinheiro) no mercado financeiro.

Além da questão do Fed, o executivo de uma empresa brasileira que abriu o capital recentemente nos Estados Unidos, conta que companhias brasileiras estão sendo ainda mais penalizadas na onda de reprecificação das ações do setor de tecnologia. O temor com o risco fiscal, a perspectiva até de uma recessão este ano e a incerteza eleitoral estão contribuindo para a queda mais intensa das ações quando comparadas aos pares internacionais, diz ele.

Esse movimento, no entanto, é desigual. Enquanto Nubank, PagSeguro, Stone e XP recuam ou estão no zero a zero, as ações de algumas das mais tradicionais empresas brasileiras sobem em Nova York. Além dos bancos, os papéis da Petrobras acumulam alta de 13%, e os da Vale, de 10%. Até as aéreas Azul e Gol operam no positivo, apesar do revés trazido ao setor de viagens com a variante Ômicron do coronavírus.

É natural que, diante de um ciclo de alta de juros, os investidores prefiram papéis de empresas com modelo de negócio já estabelecido e lucro estável. Produtoras e exportadoras de commodities, Petrobras e Vale são fortes pagadoras de dividendos. Assim como os bancos brasileiros, que estão entre os mais rentáveis do mundo. O Nubank, assim como muitas fintechs, ainda opera no vermelho - teve prejuízo de R$ 528,4 milhões nos nove primeiros meses do ano passado.

Uma pista está no movimento dos investidores estrangeiros na B3. Neste mês, eles aportam R$ 6,8 bilhões no mercado local, e segundo fontes, o maior interesse é em produtoras de commodities, em especial diante da aceleração da inflação no mundo todo, que tende a expandir os preços dos produtos dessas empresas.

Otimismo

O movimento de mercado que tirou do Nubank o posto de banco mais valioso da América Latina contrasta com as expectativas de analistas para os resultados da fintech. Após o IPO, bancos de investimento começaram a cobrir a ação com estimativas otimistas para o futuro, com previsões de lucros bilionários a partir de meados desta década.

Em relatório divulgado na quinta-feira, o UBS BB previu que o Nubank deve chegar a 52 milhões de clientes nos resultados do quarto trimestre de 2021, que ainda serão divulgados. A operação ainda dará prejuízo, mas os analistas destacaram que, pelo critério ajustado, ficará próxima do zero a zero, com perda de US$ 15 milhões.

"O ARPAC (sigla em inglês para receita média por cliente ativo) deve se expandir um pouco mais, e acreditamos que este é o principal indicador a se monitorar", escreveram os profissionais. A carteira de crédito do Nubank deve saltar 81%, estimam, para US$ 6 bilhões.

Por outro lado, há um contraste em relação aos números esperados pelo próprio UBS BB para o Itaú. O maior banco brasileiro deve apresentar lucro trimestral de R$ 7 bilhões, afirma a casa, com uma carteira de crédito próxima de R$ 800 bilhões e margens de R$ 20,1 bilhões.

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