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A eleição para o segundo turno em Pernambuco trouxe uma nova configuração entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a sua até então adversária, Marília Arraes (Solidariedade). Nesta sexta-feira (14), os dois apareceram no mesmo palanque, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre agenda de campanha no Recife. Durante uma coletiva de imprensa, que atrasou mais de 1h, Lula dividiu uma mesa com João, Marília e o senador Humberto Costa (PT) – que chegou a trabalhar ativamente contra a candidatura da ex-petista ao Governo de Pernambuco quando eles ainda eram correligionários.

Botando panos quentes na briga política, Lula foi questionado por jornalistas sobre como conseguiu construir a aliança entre João e Marília. Quando o PSB anunciou seu posicionamento para o segundo turno, inclusive, não citou o nome de Marília em nota, mas ponderou que aguardaria uma postura de Lula.

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Ao tratar do assunto, Lula lembrou de quando teve que ir pedir o apoio de Leonel Brizola para o segundo turno e citou Paulo Freire. “O momento mais difícil da minha vida foi quando eu tive que ir pedir para o Brizola me apoiar no segundo turno. Ele estava muito magoado porque tinha perdido. Ele demorou umas oito horas para tomar a decisão. Foi uma atitude honesta, coerente e corajosa do PSB de Pernambuco. A lição do Paulo Freire é juntem os divergentes para vencer os antagônicos. Não conheço a adversária da Marília, mas o que eu sei é que todos os que apoiam Bolsonaro estão apoiando ela”, declarou o ex-presidente, lembrando que João e Marília podem ter um desentendimento sanguíneo, mas neste caso deixada de lado.

“Estou aqui porque eu preciso que ela ganhe e ela precisa que eu ganhe. Se a gente conseguir reconstruir a governança que eu e Eduardo Campos tivemos, o Estado de Pernambuco vai ser muito melhor”, emendou Lula, fazendo ainda menção sobre o índice de produção da indústria automobilística e a conclusão da Transposição do São Francisco.

Marília agradeceu

Na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas contra Raquel Lyra (PSDB), Marília Arraes agradeceu o entendimento entre ela, João Campos e Humberto Costa. No primeiro turno, Marília bateu diretamente no PSB que administra atualmente o Estado com o governador Paulo Câmara (PSB) e disputou com o deputado federal Danilo Cabral (PSB). Além disso, em 2020, quando concorreu à Prefeitura do Recife, Marília teve um embate direto e duro com João - ocasionando o rompimento do PT com o PSB.

“Quero fazer um agradecimento público ao prefeito João Campos que tão jovem teve esse discernimento a favor da democracia, de um governo progressista em Pernambuco e nos ajudou a fazer essa unidade. Ele, o senador Humberto Costa, passando por todas as divergências e que hoje são muito menores do que pode acontecer em nosso estado e nosso país”, disse a candidata, sem deixar de alfinetar o primo usando, mais uma vez, a estratégia de chamá-lo de jovem como fazia na campanha para Prefeitura do Recife.

A ida do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao velório da rainha Elizabeth II em Londres, Inglaterra, está repercutindo não só no Brasil, como em veículos de comunicação do mundo todo, como o jornal britânico The Guardian, que acusa o mandatário de usar o momento para fazer palanque político. 

Bolsonaro falou da varanda da embaixada brasileira com os seus apoiadores que estavam no local. O jornal destacou que, mesmo o presidente tendo afirmado que seu principal objetivo para estar em Londres era homenagear a rainha, ele aproveitou para fazer um discurso político. 

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“Somos um país que não quer discutir a legalização das drogas, que não quer discutir a legalização do aborto e um país que não aceita a ideologia de gênero”, continuou Bolsonaro. “Nosso slogan é: Deus, pátria, família e liberdade”, disse.

Para o The Guardian, esse discurso do chefe do Executivo brasileiro encantou os apoiadores mais "hardcore" que foram ouvi-lo no centro de Londres, mas que isso provocou raiva no Reino Unido e no Brasil. O jornal britânico destacou ainda que especialistas condenaram a forma como Bolsonaro está usando o funeral de Elizabeth II.

O The Guardian também aponta o ataque do deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que respondeu a uma publicação do jornal no Twitter. “Triste que você tenha esquecido que o presidente Bolsonaro abriu seu discurso para o incrível público que o esperava – é isso que deveria ter dado notícia em qualquer jornal sério – falando justamente sobre a morte da rainha Elizabeth II”, disse o filho de Bolsonaro. “Vocês se enterram sozinhos, sem credibilidade", emendou Eduardo.

O ex-presidente Lula, durante evento no Vale do Anhagabaú. (Ricardo Stuckert)

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Neste sábado (20), durante evento no Vale do Anhagabaú, em São Paulo, o ex-presidente Lula defendeu o estado laico e criticou quem faz uso político da fé. Na ocasião, o petista dividiu palanque com Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice em sua chapa, e Márcio França (PSB), que concorrerá ao Senado no pleito paulista.

"Tem muita fake news religiosa correndo por esse mundo; tem demônio sendo chamado de Deus e gente honesta sendo chamada de demônio. Tem gente usando igreja como palanque político [...] Quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou pastor", declarou Lula.

Para o ex-presidente, Igrejas não devem ter partido político. "Não deixem passar nenhuma mentira, não aceitem provocação na rua. Se pastor tiver mentindo, a gente tem de enfrentar", afirmou.

Imposto de Renda

Lula também prometeu, caso seja eleito, reajustar tabela do Imposto de Renda. "Salário mínimo vai aumentar acima da inflação todo ano. Bolsonaro que pegue a carteira verde e amarela dele e enfie onde ele quiser. Queremos minha casa minha vida. Vamos fazer política externa altiva e ativa", comentou. 

Por fim, o petista disse que o presidente Jair Bolsonaro rói as unhas a cada pesquisa eleitoral. "Ele está tentando comprar voto com a quantidade de dinheiro que está liberando, até gasolina começou a baixar, é medo do Lula. Meu caro capitão, esse povo não é besta. Bolsonaro vai entregar a faixa presidencial, sim. Dia 2 de outubro o povo brasileiro vai tirar Bolsonaro da presidência e eleger Lula e Alckmin", provocou.

O senador Fernando Collor (PTB) avalia concorrer ao governo de Alagoas como candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, de acordo com apuração do Estadão/Broadcast Político. Ao ingressar na disputa, segundo interlocutores, o ex-presidente estaria partindo para o "tudo ou nada".

A avaliação é de que Collor enfrentaria uma campanha dura e com chances menores de reeleição no Senado, diante do favoritismo de Renan Filho (MDB) nas pesquisas de intenção de voto. O emedebista renunciou ao cargo de governador de Alagoas para disputar a vaga no Legislativo. A campanha terá o reforço do seu pai, Renan Calheiros, que vai se licenciar do mandato de senador para se dedicar à eleição em Alagoas, como mostrou a coluna Jogo Político, do Broadcast.

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Collor também ficou isolado politicamente após o grupo liderado por Arthur Lira (PP-AL) lançar a pré-candidatura do deputado estadual Davi Davino Filho (PP) para o Senado na chapa de Rodrigo Cunha (União Brasil), nome apoiado pelo presidente da Câmara para o governo estadual. Apesar de terem se aproximado politicamente e serem ambos aliados de Bolsonaro, Lira guarda distância regulamentar de Collor e não topou patrocinar a reeleição dele.

A entrada do senador na disputa beneficiaria o presidente da República, que está sem palanque em Alagoas para sua candidatura à reeleição. Mesmo apoiado por Lira, aliado de primeira hora de Bolsonaro, Cunha foge de associações com o chefe do Executivo por receio de que a rejeição ao presidente no Estado o prejudique na campanha pelo governo.

A avaliação é de que Collor daria palanque robusto a Bolsonaro em Alagoas. O senador aglutinaria boa parte do eleitorado do presidente em Maceió, capital alagoana, considerada majoritariamente antipetista e conservadora. Além disso, ele ainda acumula alguma força eleitoral no interior devido aos tempos como governador do Estado (1987-1989) e senador, o que lhe daria condições de atrair apoio de prefeitos e vereadores.

A candidatura de Collor é bem vista pelo grupo de Lira porque resolveria uma situação incômoda para a campanha de Rodrigo Cunha. Principal adversário na disputa, o governador e candidato à reeleição Paulo Dantas (MDB), lançado na corrida pelo clã dos Calheiros, tenta aplicar em Cunha a pecha de bolsonarista. Ao se apresentar como nome do presidente na corrida eleitoral, Collor inviabilizaria este argumento.

O ex-presidente da República, que sofreu impeachment em 1992 por denúncias de corrupção, tenta selar aliança com o PL, partido de Bolsonaro. Com isso, pretende ter estrutura mais robusta na campanha, como acesso a uma fatia maior do fundo eleitoral e tempo de TV.

Sob o comando de Lira em Alagoas, o PL ainda não definiu quem vai apoiar na eleição estadual, já que Rodrigo Cunha se nega a marchar com Bolsonaro. Procurada pelo Estadão/Broadcast Político, a assessoria de Collor não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Também cotado como candidato bolsonarista ao governo de Alagoas, o vereador de Maceió Leonardo Dias (PL) não negou as negociações com o senador, mas disse que a definição sobre candidatura será feita pelo próprio Bolsonaro.

"Alagoas possui diversas lideranças políticas alinhadas ao presidente. A definição do caminho a ser percorrido pelo PL no Estado será tomada após ouvirmos o presidente Bolsonaro. No momento, ainda existe indefinição quanto aos nomes da majoritária", afirmou.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro nesta segunda-feira, 28, que no Rio deve apoiar apenas uma provável candidatura a governador, a do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), apesar de ressaltar a importância da união dos partidos de esquerda nas eleições deste ano. O pré-candidato do PDT ao governo, Rodrigo Neves, tem acenado ao ex-presidente em busca de apoio do eleitorado petista, embora o PDT tenha Ciro Gomes como presidenciável.

Lula também reforçou o apoio à pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa fluminense, André Ceciliano (PT), ao Senado. O deputado federal Alessandro Molon (PSB) se lançou à mesma vaga, mas a coligação deve confirmar Ceciliano.

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Na reunião fechada de três horas com cerca de 80 pessoas, Lula voltou a pedir que os integrantes da legenda foquem seus esforços em eleger representantes para o Congresso Nacional. O partido espera eleger sete deputados federais e sete estaduais no Estado. O petista recebeu a cúpula da legenda no estado, deputados e pré-candidatos em um hotel em Copacabana, na zona sul da cidade.

"Vamos ter uma reunião com o PSB na semana que vem para acertar alguns Estados. Temos conversas aqui, em São Paulo, no Espírito Santo. Espero que a gente chegue a um bom termo e mantenha o acordo que fizemos˜, disse Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.

PT de Lula quer nacionalizar debate político no Rio

O encontro contou com a participação do ex-senador Lindbergh Farias, do presidente estadual da legenda, deputado João Maurício, os deputados Reymont e Benedita da Silva e pré-candidatos à Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

"O PT vai nacionalizar o debate. Vamos comparar Lula e Bolsonaro. O que Bolsonaro fez na Baixada Fluminense? Nada. Vamos mostrar que Freixo não é marcado pelo identitarismo˜, afirmou o presidente estadual da legenda João Maurício.

No domingo, 27, Lula almoçou com Benedita, que passou recentemente por uma cirurgia. Estavam presentes no encontro o ator Antonio Pitanga, marido de Benedita, a atriz Camila Pitanga, sua enteada, o cantor Chico Buarque e a advogada Carol Pronner. Também compareceram lideranças políticas, como Ceciliano e Gleisi Hoffmann.

O ex-presidente aproveitou a reunião para conversar com Benedita sobre o eleitorado evangélico fluminense, base do bolsonarismo no Estado. A deputada é coordenadora nacional do Núcleo dos Evangélicos do PT (Nept). Trabalha para fortalecer e criar núcleos estaduais de interlocução com os religiosos. Até o momento, o partido tem grupos estabelecidos em 21 estados.

No sábado, 26, durante ato em comemoração ao centenário do PCdoB em Niterói, Lula voltou a criticar a política de preços da Petrobras e afirmou que a empresa "voltará a ser do povo brasileiro". Ele disse que pretende "abrasileirar" o preço dos combustíveis, diesel e gás de cozinha.

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), anunciou, na manhã desta segunda-feira (28), que, na próxima quinta-feira (31), irá renunciar ao mandato para disputar as eleições para o Governo de Pernambuco. A postulação de Ferreira garante um palanque majoritário para o presidente Jair Bolsonaro em Pernambuco, já que os dois são do mesmo partido.

A cerimônia de transmissão de cargo para o atual vice-prefeito, Luiz Medeiros (PL), vai ser feita às 16h no Complexo Administrativo da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, situado no bairro do Jardim Jordão.

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A pedido do prefeito Anderson Ferreira, o Partido Liberal em Pernambuco realizou, na última semana, em todo a cidade, uma pesquisa para avaliar a opinião da população sobre a saída do líder do Executivo Municipal para seguir como pré-candidato ao Governo do Estado. Segundo os dados divulgados pela assessoria do prefeito, a desincompatibilização conta com o apoio e a confiança de 81% dos jaboatonenses.

“Esse era o último passo que precisava para tomar a decisão de renunciar ao cargo de prefeito porque fui reeleito para o cargo e só seguiria para esse novo desafio com a aprovação da população que me confiou dois mandatos para dela cuidar. Diante desse apoio de 81%, saio de cabeça erguida e pela porta da frente para atender a essa convocação, ciente de que não sou pré-candidato de mim, mas da vontade de um todo”, disse o prefeito Anderson Ferreira.

Ainda de acordo com o gestor, a solenidade vai ser feita de forma discreta, seguindo os ritos da Câmara Municipal e ao lado dos servidores da prefeitura. “Tenho uma trajetória marcada pela humildade e pelo respeito com quem nos ajuda a trabalhar para cuidar das pessoas, então não poderia sequer pensar em um mega evento em um momento tão importante como esse. Quero poder estar perto das pessoas e não em cima de um palco”, pontuou Anderson.

O deputado estadual Coronel Alberto Feitosa se filiou ao Partido Liberal (PL) nesta segunda-feira (14). A legenda é a mesma do presidente Jair Bolsonaro, de quem Feitosa é defensor ferrenho. A ficha de filiação do deputado foi abonada pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato a governador de Pernambuco, Anderson Ferreira (PL).

Alberto Feitosa era filiado ao PSC, partido administrado no Estado pelo irmão de Anderson e deputado federal, André Ferreira.

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Durante a filiação, Feitosa enalteceu Anderson Ferreira e disse que está na hora de Pernambuco “virar a página do atraso”. “Anderson é uma das grandes lideranças da nova geração da boa política. Ele tem a ousadia necessária para enfrentar desafios, e pulso firme na defesa de valores e princípios dos quais eu compartilho e que estão alinhados aos do presidente Bolsonaro. Entro no PL para marchar ao lado desse time na certeza de que Pernambuco vai virar a página do atraso causado por essa gestão desastrosa do PSB”, disse o deputado estadual.

Já Anderson comemorou o ingresso de Feitosa no PL. “A chegada de um quadro de peso como o deputado estadual Coronel Feitosa ao PL reforça ainda mais o time que estamos montando para bem representar todas as regiões do estado na Alepe. Feitosa tem profundo conhecimento de pautas como turismo, infraestrutura e segurança pública, áreas importantes e que, lamentavelmente, foram completamente negligenciadas pelo governo do PSB. Tenho certeza que sua presença no PL irá agregar bastante na construção desse nosso projeto para um Pernambuco melhor”, assinalou o prefeito.

Na semana passada, Feitosa estava na comitiva de Anderson Ferreira durante uma conversa com o presidente. Na ocasião, Bolsonaro anunciou a candidatura do prefeito ao Governo de Pernambuco e do ministro do Turismo, Gilson Machado, ao Senado. Bolsonaro tem trabalhado para garantir um palanque do PL no Estado.  

Nesta terça-feira (21), o pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo União Brasil e prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, disse que não rompeu com o Governo Bolsonaro. Com apoio estadual do Podemos, partido de Sergio Moro, havia a especulação sobre o racha após seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), entregar a liderança da base governista no Senado como resposta à derrota nas eleições para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

"Não muda nada. Foi um processo de escolha de três senadores com três biografias fortes", minimizou o prefeito em um café-da-manhã com jornalistas.

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Miguel enxerga que o afastamento entre o pai e o Governo Federal teve seu lado positivo e pode ser benéfico para o desenvolvimento da sua campanha em Pernambuco.

"A gente não rompeu com o governo, o senador apenas deu sua contribuição e agora vai se dedicar a esse projeto estadual com mais liberdade, com mais tempo", compreendeu.

FBC era responsável por articular as ambições do governo no Senado e um dos defensores mais dedicados do presidente Jair Bolsonaro (PL) na CPI da Covid. Contudo, o posto depois de ser abandonado por aliados na votação ao TCU e assumir a última posição, com apenas sete votos.

"Acho que o senador fez uma reflexão do resultado que se teve de que o governo precisava de outro articulador político", pontuou.

Interessado no Governo de Pernambuco, ele entende que a divergência não foi tão grave, mas também lhe deu mais autonomia para escolher qual palanque pode apoiar na disputa à Presidência.

Sem confirmar apoio a Moro, mesmo com a aliança local, Miguel diz que pode ajudar o atual presidente na campanha de reeleição. "Não evita novas construções no futuro", complementou.

O prefeito deixa o Executivo de Petrolina em abril e prega cautela para uma definição mais consolidada do União Brasil, que tem como presidente o deputado Luciano Bivar, ventilado como um dos nomes para compor a chapa de Sergio Moro.

"Eu nem sei o presidente quem o União vai apoiar ainda. Até meados de março [prazo para que os deputados possam migrar de partido] vai ficar mais claro e aí a gente vai ter um palanque amplo, com o máximo de partidos possível", avaliou.

Com o cenário ainda em aberto, além de focar na própria candidatura, sua atuação nas eleições fica condicionada ao que pode ser angariado para o projeto do União Brasil de eleger oito governadores e ampliar a bancada na Câmara.

Nesta sexta (8), o engenheiro e filho do ex-governador Eduardo Campos, Pedro Campos, de 26 anos, subiu ao palanque do governador Paulo Câmara em Itambé, na Mata Norte de Pernambuco. O grupo, também composto pelo senador Humberto Costa (PT-PE), cumpria agenda relacionada ao Programa Retomada, que busca o reaquecimento da economia do estado, diante do avanço da vacinação contra covid-19.

Pedro é pré-candidato a deputado federal pelo PSB, o qual espera que o jovem herde o espólio político do irmão João Campos, de 27 anos, que trocou o Congresso Nacional pela Prefeitura do Recife.

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Internamente, espera-se que Pedro seja o principal puxador de votos do PSB em Pernambuco, e uma candidatura que vem sendo discutida desde 2018. O desempenho eleitoral do clã Campos costuma ser positivo nas disputas à Câmara: em 2006 e 2010, Ana Arraes (avó de Pedro e João) foi a terceira e a primeira mais votada do estado; em 2018, o próprio João Campos foi eleito deputado federal como o mais votado.

A Controladoria Geral da União (CGU) determinou que o Exército forneça, no prazo máximo de 20 dias, extratos do procedimento administrativo que livrou o ex-ministro da Saúde e general da ativa, Eduardo Pazuello, de punição por ter participado de um ato político no dia 23 de maio, no Rio de Janeiro, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A decisão enviada à Folha de São Paulo derruba, em parte, a determinação do Exército de impor sigilo de 100 anos sobre o caso. Para a manutenção do sigilo, o Exército afirmou que a publicidade dos documentos irá afetar a imagem do comandante da Força, o general Paulo Sérgio Nogueira, além de ter reflexo nos preceitos da hierarquia e disciplina.

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O comandante do Exército alerta que defendeu a manutenção do segredo para preservar a intimidade, vida privada, honra e imagem de Pazuello, "bem como resguardar os preceitos constitucionais da hierarquia e da disciplina, no âmbito das Forças Armadas", diz o texto.

A participação de militares da ativa em atos políticos é proibida, segundo consta no Estatuto dos Militares, desde 1980. No entanto, mesmo com o já ex-ministro não seguindo a determinação em maio deste ano, quando subiu no palanque de Bolsonaro no Rio de Janeiro, o general Paulo Sérgio Nogueira cedeu à pressão do presidente da República e não puniu Pazuello.

O pré-candidato do PT à Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai a Fortaleza em agosto para costurar um arranjo regional que lhe permita ter um palanque forte no Estado dominado politicamente pelo grupo político do ex-ministro Ciro Gomes, que deve concorrer pelo PDT. O Ceará é uma das paradas da primeira viagem do petista, que lidera as pesquisas de intenção de votos, à região Nordeste desde que recuperou seus direitos políticos - ele também vai à Bahia, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com 6,5 milhões de eleitores, o Ceará é governado por Camilo Santana, que é do PT, mas mantém laços estreitos com a família Ferreira Gomes, dos irmãos Ciro e Cid. Nas eleições de 2018 essa relação causou uma crise interna no PT. Santana recebeu o candidato do PT, Fernando Haddad, mas também apoiou Ciro de forma velada.

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Para pressionar Camilo a "fechar" com Lula em 2022, o PT quer que o governador dispute uma vaga do Senado. "A vida vai se encarregar de resolver isso. Ele (Camilo) tem uma relação de gratidão com os Ferreira Gomes e é do PT. Não vamos antecipar crises", disse ao Estadão o deputado federal José Guimarães (PT-CE), que é o principal interlocutor entre o governador cearense e o partido.

Em 2018, Camilo se disse vítima de "preconceito" da cúpula do partido na distribuição das verbas do fundo eleitoral por causa de sua aliança com o adversário do petista Fernando Haddad na disputa presidencial. Nos materiais de campanha, bandeiras, adesivos e nos comerciais da TV quem apareceu ao lado do governador petista foi Cid Gomes, irmão de Ciro, que disputou o Senado.

Se Camilo disputar o Senado, ele terá que se descompatibilizar do cargo e quem assume o governo é sua vice, Izolda Cela, do PDT. "Camilo fez a outra campanha com essa dificuldade. O Haddad era o candidato do PT e o Ciro o nosso. O governador tem uma relação boa com todos nós. Ele vai ter que administrar essa relação. Não é simples, mas ele sabe fazer", afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Além de ser ligado ao governador petista, Ciro também se reaproximou do senador cearense Tasso Jereissati, que é pré-candidato presidencial nas prévias do PSDB. "Ciro andou um período mais distante do Tasso, mas de um ano para cá estão falando rotineiramente", disse Lupi. O governador do Ceará foi procurado por meio de sua assessoria de imprensa, mas não respondeu a reportagem até a conclusão desta edição.

Ex-aliado do PT, Ciro tem publicado vídeos com críticas a Lula, e colocando-se como alternativa ao petista, uma estratégia acertada com o publicitário João Santana para tentar atrair forças políticas do centro.

O prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), reeleito no primeiro turno se reuniu com a candidata ao comando da Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), e anunciou o apoio à sua candidatura. Na visão de Anderson, o Recife e Jaboatão são juntas as locomotivas de desenvolvimento da Região Metropolitana, mas nos últimos oito anos o Recife perdeu esse protagonismo.

Ainda para Anderson, a retomada do desenvolvimento econômico no Recife e dos projetos sociais será positivo para todos os municípios da RMR.

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“Nosso trabalho tem feito a diferença em Jaboatão, mas é importante que o Recife também volte a fazer a diferença. Só assim a Região Metropolitana do Recife vai conseguir combater os problemas sociais que vêm se acumulando e que causam reflexo para todos”, disse o reeleito.

Na ótica de Marília, receber o apoio de Anderson é uma importante manifestação de uma liderança que vem fazendo a diferença e tem dado o bom exemplo na gestão pública, no desenvolvimento do município e no combate às desigualdades.

“Anderson tem feito um grande trabalho em Jaboatão, e dado exemplo de como se cuida das pessoas. Tenho certeza de que faremos uma grande parceria e juntos vamos resgatar o desenvolvimento econômico e social dos municípios da Região Metropolitana do Recife”, afirmou Marília.

Nessa terça (17), além de Anderson, o ex-senador Armando Monteiro (PTB) e o Podemos também declararam apoiar a eleição de Marília no segundo turno no Recife.

Numa articulação para reforçar a campanha presidencial do deputado Jair Bolsonaro, o PSL lançou 13 candidatos próprios a governador nas eleições deste ano. Levantamento do jornal O Estado de S. Paulo identificou que o partido terá nomes no Acre, em Alagoas, no Amapá, no Ceará, no Espírito Santo, no Maranhão, no Paraná, no Piauí, em Rondônia, em Roraima, em Santa Catariana, em Sergipe e no Tocantins.

A estratégia do PSL é aumentar a exposição de Bolsonaro não só em eventos nos Estados, mas nos programas de TV e rádio durante o horário eleitoral. O partido, cujo registro foi obtido em 1998, não tem tradição de disputar governos estaduais e lançou apenas um candidato em 2014 - o advogado Araken Filho, derrotado com 0,9% dos votos no Rio Grande do Norte.

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A falta de palanques regionais era uma fragilidade da candidatura do capitão da reserva do Exército. Ele recebe apoios informais de candidatos a governador de diferentes partidos no Distrito Federal, em Goiás, em Mato Grosso, em Roraima e no Pará.

Bolsonaro tem apenas um partido coligado a sua chapa, o PRTB, que indicou o general da reserva do Exército Hamilton Mourão para vice. A cúpula do PSL ainda verificava ontem se o acordo com o PRTB poderia modificar os palanques pró-Bolsonaro. A maioria das 13 chapas do PSL será 'puro-sangue'.

O palanque mais forte é o do deputado federal Carlos Manato (ES), que une PSL, PR e PRB. O vice é o empresário do ramo de autopeças Rogério Zamperlini, também do PSL. Quarto suplente da Mesa da Câmara, Manato disse que decidiu arriscar a reeleição para o parlamento "por amor" a Bolsonaro.

"Eu fiz um sacrifício do meu mandato por ele. Ninguém queria coligação. Eu sou camicase Bolsonaro. Tenho amor a Bolsonaro e à causa", disse Manato. Ele calcula que terá 1 minuto e meio de propaganda para ele e Bolsonaro na TV. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os ministros que deixam o governo até o dia 7 de abril para disputar as eleições tentam aproveitar os momentos finais de visibilidade no cargo agendando eventos públicos em seus redutos eleitorais ou em Brasília, alguns com a presença do presidente Michel Temer. De saída na reforma ministerial da próxima semana, eles usam o palanque oficial para anunciar os últimos investimentos de suas pastas e fazer balanços de gestão.

Onze ministros intensificaram agendas de rua nas últimas semanas ou agendaram eventos de grande porte para marcar a saída do ministério. O presidente e o ministros negam conotação eleitoreira nas cerimônias.

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Interessado em tentar disputar a reeleição em outubro, Temer chegou a dar tom de despedida a algumas cerimônias. Em três discursos, o presidente escolheu um ministro diferente para dizer que fora sua "melhor escolha", embora considere que tenha "acertado a mosca" em todos os ministérios.

O presidente planeja intensificar eventos abertos e dar sequência às viagens pelo País. Na quinta-feira, no mesmo dia em que a Polícia Federal prendeu três de seus mais próximos aliados, Temer inaugurou o novo terminal do Aeroporto de Vitória (ES), com despedida do ministro dos Transportes, Mauricio Quintella Lessa, deputado licenciado pelo PR em Alagoas.

Na semana passada, os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Helder Barbalho (Integração Nacional), Ricardo Barros, Fernando Coelho Filho e Mendonça Filho pegaram carona na comitiva de Temer que foi inaugurar uma obra de irrigação em Xique-Xique (BA) e visitar o polo industrial de Goiana (PE).

Os ministros-candidatos passaram a concentrar compromissos oficias em seus redutos, além de reforçar a destinação de verbas, desde que Temer anunciou a reforma ministerial, no fim do ano passado. A maioria dos ministros, porém, relutou em deixar o governo em dezembro e pediu ao presidente para permanecer no cargo até o início de abril.

Levantamento publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base no portal Transferências Abertas, mostrou que sete ministros com a intenção de entrar na corrida eleitoral incrementaram o valor autorizado para projetos e obras nos seus respectivos redutos eleitorais.

Em anos eleitorais, ações governamentais com mais apelo costumam ser promovidas no primeiro semestre. Isso ocorre por restrições legais. Não são permitidos, nesse período, gastos com propaganda acima da média dos três anos anteriores.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ficar mais rigoroso na análise de casos de suspeitas de propaganda antecipada, segundo a reportagem apurou com integrantes do tribunal. A expectativa é de que a Corte Eleitoral endureça o entendimento de propaganda antecipada.

Máquina

Para um magistrado ouvido reservadamente pelo jornal O Estado de S. Paulo, a movimentação de ministros faz parte do uso legítimo da máquina pública, que não pode parar - o que deve ser vedado, avalia, é o abuso de conduta que visa à extração de dividendos eleitorais, o que só ficaria mais claro quando os políticos oficializarem as candidaturas.

O ministro das Cidades, Alexandre Baldy (PP), que avalia se candidatar à reeleição como deputado por Goiás, diz que a agenda institucional é desvinculada de objetivos eleitorais. "Nós estamos acelerando essa agenda para promover investimentos, mas nada tem a ver com o calendário político-eleitoral", afirmou o ministro, após lançar no Planalto financiamento da ordem de R$ 1,9 bilhão com recursos do FGTS.

O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), afirmou que percorreu o País e não só Pernambuco, Estado pelo qual deve disputar novo mandato parlamentar nas próximas eleições. "Por que devo excluir Pernambuco? Visitei praticamente todos os Estados em menos de dois anos", disse ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Que muitos pernambucanos estão descontentes porque o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) votou a favor da reforma trabalhista, isso não é novidade. O que muitos irão contestar é que o tucano, durante o "Pernambuco Quer Mais", disse que em Pernambuco as mentiras não irão prevalecer. "Esse palanque será vencedor e as mentiras não prevalecerão", ressaltou em referência aos grupo "Pernambuco Quer Mais", formado por parlamentares que vem fazendo uma ferrenha oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). 

Daniel chegou a dizer que será um "soldado" no palanque da oposição. "[Sou] mais um  querendo dizer que Pernambuco quer mudar", disse categórico. O deputado também falou que fez questão de participar do ato, que aconteceu em Caruaru, nesse sábado (3), para contribuir com o diálogo sobre a mudança que Pernambuco precisa. "Os palanques estão se formando", avisou afirmando que o atual modelo em Pernambuco está "falido". 

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Coelho pediu que "os argumentos mentirosos" não prevaleçam no debate da disputa eleitoral. Ainda fez diversas críticas ao Governo de Pernambuco. "Porque é o segundo com o maior desemprego e não podemos mais aceitar", disse afirmando que a proposta da oposição é diferente. Daniel ainda declarou que é necessário discutir uma gestão mais "moderna e eficiente". "Precisamos governar com o novo momento", salientou.

Presidente nacional do PSL, o deputado Luciano Bivar afirmou que a partir da próxima quarta-feira (7), a legenda vai “traçar estratégias” para a campanha majoritária do presidenciável Jair Bolsonaro e, consequentemente, discutirá os rumos eleitorais em Pernambuco. Nessa data, que marca o início da janela partidária, o deputado federal vai assinar a ficha de filiação à legenda durante uma cerimônia na Câmara, em Brasília.

“O momento da filiação dele é uma demonstração inequívoca de que o PSL já postula uma pré-candidatura definitiva para as eleições”, disse Bivar ao LeiaJá.  “O primeiro degrau é consubstanciarmos esta filiação, com ela virão cerca de uma dúzia de deputados e aí definiremos a estratégia de coligações, campanha e a majoritária”, completou, desconversando sobre quem seria o vice de Bolsonaro na disputa.

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Questionado se a legenda terá candidato próprio ao governo local, garantindo assim um palanque para Bolsonaro, Bivar não descartou. “Quarta-feira é o marco zero para planejarmos uma estratégia de campanha”, disse. Atualmente o PSL é aliado do governador Paulo Câmara (PSB), que não tem simpatia com a candidatura de Bolsonaro. “Pretendemos trazer candidatos com identidade do nosso partido, que não tenham problemas de impeditivos legais e sejam ficha limpa”, acrescentou. 

Nos bastidores, comenta-se a possibilidade de o deputado estadual Joel da Harpa deixar o Podemos e também se filiar ao PSL para concorrer ao cargo de governador e garantir estrutura para campanha de Jair Bolsonaro no Estado. Joel já havia, inclusive, sido cogitado para o Patriota, partido que o presidenciável estava em acordo para filiação.

Joel da Harpa é simpatizante de Bolsonaro e, inclusive, articulou algumas das passagens do deputado federal pelo Estado. Além disso, ele também chegou afirmar, em outubro deste ano, que iria propor a entrega do título de cidadão pernambucano para o presidenciável

Procurado pelo LeiaJá, Joel da Harpa disse que por enquanto não deixará o podemos. "Estou bem no Podemos, mas isso não quer dizer que não possa ouvir propostas de outros partidos. Até o fim de março, se eu tiver que mudar, decidirei", afirmou. O deputado estadual segue para Brasília amanhã (6) para participar do ato de filiação de Bolsonaro na quarta.

Pré-candidata à Presidência da República, a deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila (PCdoB), afirmou, nesta sexta-feira (23), que defenderá o espaço da legenda no palanque da Frente Popular de Pernambuco. No Recife, para cumprir agendas com a militância comunista e apresentar suas propostas, a presidenciável almoçará com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife Geraldo Julio, ambos do PSB. Durante o encontro, Manuela pretende articular para deixar aberta a possibilidade de, na campanha, vir ao Estado e subir ao palanque de Paulo para pedir votos, independente do alinhamento nacional do PSB.

"Provavelmente este será o meu palanque aqui. Temos uma relação antiga com a Frente Popular desde os dinâmicos governos de Eduardo Campos, que foi meu parceiro no Rio Grande do Sul e entusiasta da minha candidatura majoritária nas eleições de lá e tenho certeza que temos um palanque plural para legitimar a reeleição de Paulo Câmara", disse, antes de participar de um debate com investidores do Porto Digital, no Recife Antigo. "Vim pedir um pedacinho do palanque para mim", completou.

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Apesar do PSB ter votado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), bandeira combatida ferrenhamente pelo PCdoB, agora integra a frente de partidos de esquerda que estão unidos para fazer oposição ao presidente Michel Temer (MDB). Fato que tem servido de justificativa para os presenciáveis da esquerda.

"A eleição precisa ser um momento de superação da crise. Se a gente quiser discutir erros do passado alugamos uma casa em Carneiros [praia do litoral pernambucano] e passamos uns 20 dias lá discutindo. Todo mundo tem bastante erro. A perfeição está longe dos homens. São diferentes histórias, mas o Brasil requer nossa unidade", salientou Manuela ao responder que não era contrassenso do PCdoB ter o PSB como aliado e a legenda pessebista estar costurando um realinhamento eleitoral com o PT.

A deputada garantiu que esta "unidade" pregada pela esquerda é "daqueles que querem superar a crise". "Ficar debatendo o que causou a crise só coloca o dedo na ferida. Isso aumenta a ferida e não resolve. Debater o passado não gera emprego, não faz com que a violência seja controlada e garanta a integridade das pessoas", salientou. Além do encontro com Paulo Câmara e do debate com os empresários do Porto Digital, Manuela ainda participará de um evento com a militância do PCdoB, às 19h, na Universidade Católica de Pernambuco. 

O governador Paulo Câmara (PSB), durante solenidade que aconteceu no Palácio do Campo das Princesas, nesta quarta (19), declarou que não irá descansar enquanto os índices de violência no estado não diminuírem e que sejam condizentes com o que a população pernambucana merece. Ele também deu um recado aos opositores. “Não vamos, de maneira alguma, jogar o campo da segurança na politicagem pequena, no quanto pior melhor. Pelo contrário, nós não vamos responder aqueles que querem fazer segurança pública palanque eleitoral. Segurança pública é coisa séria, envolve vidas e envolve o próximo”, cravou.

“E eu, como governador, tenho muita responsabilidade nessa área e vou continuar a ter, a trabalhar dia a dia e eu conto com a ajuda de vocês, que tem ajudado a enfrentar as dificuldades em governar Pernambuco em um momento tão difícil que passa o Brasil, um momento em que o Brasil vive uma grande interrogação, mas que aqui em Pernambuco a gente tem tido a ajuda do povo de Pernambuco para avançar, para continuar a investir e para continuar a fazer de Pernambuco a melhor educação pública”, discursou. 

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Paulo Câmara também declarou que sabe que há muito o que ser feito, mas que toda a equipe trabalha com dedicação e com muito profissionalismo. “A gente vai continuar a fazer juntos, agora todos nós sabemos dos desafios para frente. “Pádua [secretário da SDS], que assumiu recentemente, está dando continuidade ao trabalho do secretário Ângelo junto aos comandantes, que sabem que tem muito a ser feito, mas que as condições foram dadas para fazer o trabalho e sabe que vai ter agora cada vez mais o nosso apoio, o nosso patrocínio e a nossa cobrança porque a população quer respostas rápidas”.

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“Vamos mostrar que a gente sabe fazer o que precisa ser feito para dar a volta por cima dos muitos desafios da criminalidade a violência, que tem aumentado no Brasil. Todos nós sabemos que há muitos motivos por trás disso: motivo econômico, social, principalmente, o tráfico de drogas são elementos chaves que precisam ser combatidos e nós vamos continuar a combater”, destacou o pessebista. 

O deputado Wolney Queiroz, presidente estadual do PDT, nesta quinta-feira (9), participou do I Encontro Estadual de Núcleos de Base, que aconteceu no diretório da sigla, no bairro da Boa Vista. Em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJa.com, ele disse que o partido nacional tem cobrado dos diretórios estaduais uma política de atenção às bases partidárias nos bairros e nos municípios. 

“O encontro teve a presença do nosso líder na Câmara Federal, Weverton Rocha, que é do Maranhão onde o partido tem penetração nas bases e ele veio contar um pouco da experiência dele aqui para nós em Pernambuco”, explicou. Durante a reunião, Rocha falou sobre a experiência da implantação dos núcleos de base no seu estado que, segundo ele, são os locais onde são expostos os problemas e melhorias necessárias que precisam ser tomadas para uma melhor qualidade de vida na região.

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Wolney Queiroz deixou um recado afirmando que o partido está “animado, cada vez mais vivo, e está se mexendo e recebendo gente”. Também declarou que a sigla tem boa perspectiva com a candidatura do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) para presidente, em 2018. “Estamos muito bem nacionalmente falando e bem diante da opinião pública. Formaremos o palanque de Ciro nos estados para que a gente possa fazer uma grande campanha para levá-lo à presidência da República”, ressaltou. 

Ele também criticou o governo Temer. “O partido tem uma posição muito clara no Congresso Nacional. Somos oposição e, óbvio, avaliamos o governo como muito ruim. É um retrocesso. Um governo retrógado, que é um atraso. As conquistas sociais dos últimos quinze anos estão sendo abolidas. Não se viu melhorias. O brasileiro pergunta o que mudou para melhor e a população não é escutada. O PDT é contrário a tudo isso”. 

O parlamentar, filho do ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, foi discreto ao ser questionado sobre uma avaliação da gestão de Raquel Lyra (PSDB), atua prefeita da cidade do Agreste pernambucano. “Apenas está começando. Não dá para, em 30 dias, avaliar a sua gestão. Vamos aguardar mais, porém eu torço para que ela faça um bom governo. Estarei à disposição para ajudar no que for preciso”. 

O pedetista ainda defendeu o governado Paulo Câmara salientando que as dificuldades estão sendo enfrentadas em diversos estados como o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Disse que Câmara tem feito a “tarefa de casa” cortando os gastos. “Pernambuco não é exceção nesse contexto. Ele tem tentado sobreviver no cenário de crise. Ele conta com nosso apoio político do PDT e estou também à disposição dele”.

Para Wolney, a crise será estendida porque, de acordo com a sua opinião, não há nenhum indicador que demonstre que os problemas econômicos estão acabando. “O único indicador que eu vi que apresenta-se como favorável, mas, que na verdade é de alerta é a queda da inflação, que acontece em dois casos: quando ela está controlada ou quando se encontra em depressão econômica como está havendo. As pessoas estão sem consumir, por isso, os produtos não sobem, mas não é um dado para se comemorar, ao contrário, é um dado preocupante”, lamentou. 

 

 

 

O candidato a prefeito de Olinda Antônio Campos (PSB), nesta segunda-feira (3), em entrevista ao Portal LeiaJá, foi enfático ao responder sobre uma possível aliança com a deputada federal Luciana Santos (PCdoB). “Sou candidato de oposição a Renildo Calheiros e Luciana Santos, que não estarão em nosso palanque”, cravou.

Na noite dessa segunda, o Partido Verde já anunciou apoio ao socialista. Campos contou que está dialogando com mais duas siglas. “Estaremos discutindo os desafios de Olinda, pois, o município quer um gestor cuidadoso e vamos mostrar que temos a melhor proposta para governar a cidade”, disse.

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Antônio Campos também ressaltou que a estratégia continuará sendo o debate do programa partidário. “Vamos ampliar a agenda de rua e também iremos fazer encontros temáticos. Estamos agendando, por exemplo, um encontro com os artistas e carnavalescos de Olinda”, contou.

Durante a entrevista, o prefeiturável também falou sobre a derrota histórica do PCdoB na cidade, após 16 anos de governo. “Esse resultado foi fruto de uma gestão fracassada e reprovada pela população”, disparou.

Perfil

Antônio Ricardo Accioly Campos é filho do então advogado e ficcionista Maximiano Campos e da atual ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes. O candidato é irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, falecido em acidente aéreo no ano de 2014. O socialista é advogado, empresário, escritor, poeta e presidente do Diretório do Partido Socialista Brasileiro de Olinda. É filiado ao PSB há doze anos. 

Sócio da Campos Advogados, Antônio é especialista em Direito Empresarial, Eleitoral, Público e, como o próprio define, “incentivador da arte literária e da cultura”, o que contribuiu para se tornar presidente do Instituto Maximiano Campos (IMC), que tem como um dos objetivos preservar a memória e a obra do seu pai. 

 

 

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