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A eleição do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) como relator do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado agradou o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves. Para ele, a escolha da maioria dos membros da comissão especial é a “garantia de que nós teremos um relatório absolutamente qualificado”.

Em entrevista à imprensa, Aécio ironizou as justificativas dos aliados ao governo para que o nome do tucano fosse rejeitado. "Fico muito feliz de ver que o único defeito que encontram nele é o fato de ele ser meu amigo. Se esse é o problema, acho que ele tem um grande aval para assumir esse posto", disse. "Quem sabe posso brigar com ele até o final desse processo para que esse seu defeito seja sanado pelo menos de forma temporária", acrescentou ironizando.

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Após uma discussão intensa Anastasia foi eleito por 16 votos a cinco. O tucano era a única indicação para o cargo, mas parlamentares governistas pediram o impedimento do nome mineiro por ele ser do mesmo partido de Aécio, rival da presidente Dilma na última eleição. As questões de ordem foram rejeitadas pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB) e pela maioria dos integrantes da comissão. 

Aliados do vice-presidente Michel Temer foram escalados para reafirmar que há votos suficiente para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara neste domingo (17). Diversos peemedebistas chegaram há pouco no Palácio do Jaburu e concederam entrevistas à imprensa para dizer que haviam fechado uma nova contabilidade e que os 342 votos necessários para aprovar o afastamento de Dilma estavam garantidos. Por enquanto, o placar divulgado era o de 367 deputados a favor do afastamento e 129 contra. Ainda haveria 17 indecisos.

Segundo o presidente em exercício do PMDB, senador Romero Jucá (RR), as informações de que o governo estava conseguindo virar o jogo do impeachment não passava de especulação. "Nós temos uma reserva guardada para tentar contrapor qualquer reação do governo. É normal a presidente tentar esboçar algum tipo de reação, a gente não esperava que eles cruzassem o braço", afirmou.

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Jucá rebateu as críticas de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que Temer tentava chegar a Presidência pela via indireta e não disputando as eleições. "O que o ex-presidente Lula chama de atalho, eu chamo de Constituição Federal", disse referindo-se ao impeachment.

Sobre os possíveis confrontos entre manifestantes pró e contra o impeachment, Jucá afirmou que o governo precisa "administrar o seu pessoal" para que não haja problemas neste domingo. "Tem que haver respeito. Até para perder tem que ter elegância", afirmou.

Também estiveram no Jaburu os deputados peemedebistas Leonardo Quintão (MG), Osmar Terra (RS), Lelo Coimbra (ES), Darcísio Perondi e Carlos Marun (MS). Marun defendeu que Dilma deveria renunciar assim que o impeachment fosse aprovado pela Câmara e não esperar até que o processo seja finalizado pelo Senado.

Temer voltou a Brasília neste sábado, alterando seu plano inicial de passar o fim de semana em São Paulo, de onde acompanharia a votação do impeachment. Mais cedo, o vice usou uma rede social para desmentir que irá acabar com programas sociais, como o Bolsa Família, caso assuma o governo.

Em conversas com líderes partidários que têm aderido ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer tem prometido "espaço" às legendas num futuro governo dele. O vice tem tido, segundo relatos, cautela para não antecipar quais ministérios deverão ser distribuídos entre os partidos que deverão formar um novo governo de "coalizão". Nessa sexta, 15, foi a vez de o vice receber integrantes da bancada do Solidariedade, partido de oposição ao governo Dilma, além de peemedebistas mais próximos de seu núcleo.

"Ele já tem um desenho formado na cabeça, mas não está tratando disso. Seria muito precipitado", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, Geddel Vieira Lima, primeiro secretário do PMDB e integrante do grupo mais próximo de Temer.

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Integrantes do partido que têm frequentado o Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, dizem que têm também orientado Temer a não dar início às negociações antes do desfecho do processo de impeachment no Senado. "Não é momento para tratar do assunto. Começaria a criar vários ruídos entre os partidos que irão compor o governo do Michel", avaliou um integrantes da cúpula do PMDB do Senado.

Circulando

Na reta final da votação do processo de impeachment na Câmara, Temer aproveitou a festa de aniversário da filha do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) para "circular", na noite de quinta-feira, 14, entre representantes de vários partidos da "base aliada" e da oposição. O jantar, realizado no Lago Sul, área sofisticada de Brasília, contou com a presença do vice e de integrantes de PMDB, PP, PR, PSB e DEM. Entre 70 a 80 convidados participaram das comemorações realizadas no mesmo dia em que a contagem de votos a favor do impeachment apontava maioria pela aprovação.

Temer chegou ao local por volta das 22h, acompanhado de Geddel. Durante quase uma hora em que ficou no local, o vice falou com praticamente todos políticos que estavam na festa."O clima foi de alto astral, bastante festivo. Tinha muita gente e foi um bom momento para o Michel circular. Mas como tinha muita gente, ficou impossível ter qualquer conversa mais profunda", afirmou o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que passou parte da noite na mesma mesa do vice.

Nas rodinhas formadas pelos parlamentares, segundo Jarbas, o mote foi a contagem e recontagem dos votos do impeachment. "A coisa girou muito em torno de placar. Tinhas alguns mais otimistas outros nem tanto. Uns terceiros defendendo que era preciso ficar atentos e por ai foi", emendou.

Um dia após anunciar que o PP votaria a favor do impeachment, o presidente da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), se reuniu com o vice. As movimentações do senador têm sido, contudo, criticadas por lideranças do PMDB. "Ele tem tomado café da manhã com a Dilma, almoçado com Temer e jantado com o Renan Calheiros. Três conversas diferentes. Não dá para confiar numa pessoa dessas", considerou um integrante da cúpula do PMDB. Representantes de outras legendas da base como o PSD e o PR também têm intensificado o corpo a corpo com o vice. Ontem foi a vez do PSC.

Viagem

Temer viajou nesta sexta-feira, 15, à noite de Brasília para São Paulo, onde deve acompanhar as discussões em torno do processo de impeachment da presidente. De acordo com assessoria do vice, não há previsão de agenda pública para hoje nem para domingo. Um possível pronunciamento sobre o resultado da votação pode, no entanto, ocorrer na segunda-feira, após a votação do processo de afastamento da petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, disse, nesta quarta-feira (06), ter recebido “com alegria” a notícia de que o Partido Progressista (PP) vai permanecer na base aliada do governo Dilma.

“Eu vejo com alegria. Era uma decisão que a gente esperava e mostra que a tentativa que o segmento do PMDB fez, o chamado desembarque frustrado, foi uma iniciativa precipitada e equivocada. Estamos conversando com o PR e o PSD, e acho que a tendência é que haja essa consistência de permanência no governo, o que eu acho extremamente positivo”, afirmou.

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A manifestação foi feita pelo ministro logo após a cerimônia de apresentação do Navio Doca Multipropósito Bahia, em Salvador, que teve a participação da presidenta Dilma Rousseff. A embarcação passa a integrar a frota marítima da Marinha. Ao comentar a troca de ministros em pastas ocupadas por membros do PMDB, Jaques Wagner disse que para ele é “natural” que os membros ocupantes de ministérios percam espaço.

“Se o PMDB abriu mão de apoiar o governo e sai de ministérios, a presidenta terá que reorganizar os ministérios. É extremamente natural que se repactue com aqueles que estão acreditando no governo, e não com quem não acredita. Aqueles que vão trabalhar conosco, como o PP, devem ampliar sua participação, mas não se trata de uma coisa vinculada à outra. É uma realidade natural a partir da decisão de saída do PMDB do governo."

O ministro afirmou que o governo nem cogita a possibilidade de eleições gerais proposta do Congresso Nacional. Para ele, isso mostra que o processo de impeachment de Dilma “caiu por terra”.

“De qualquer forma, é uma coisa bem menos agressiva, mas quem tem que topar isso é a presidenta da República, e isso teria que ser uma iniciativa dela, o que não estamos nem cogitando. Agora, nosso trabalho é ultrapassar esse processo, e eu vejo essa proposta como uma tentativa dos que querem uma recompactuação nacional de entenderem que, definitivamente, esse processo [impeachment] já caiu por terra. Ele não representa a legalidade, a legitimidade, nem nada. Ele aprofunda a crise e fragiliza a democracia brasileira”.

Jaques Wagner afirmou que o governo está em conversas com o PR e o PSD para que permaneçam na base aliada do governo. Sobre a quantidade de ministros do PMDB que vão permanecer no governo, o ministro disse não saber informar.

Animados com o apoio do PMDB do Rio e na expectativa da adesão de outros diretórios, os aliados do vice-presidente Michel Temer acreditam ser capazes não só de emplacar o rompimento do partido com o governo Dilma Rousseff como de construir unidade na reunião do diretório nacional, marcada para esta terça-feira, 29.

A tendência é de que os peemedebistas aprovem a entrega de cargos à presidente, a começar pelos sete ministérios que a sigla comanda.

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Temer chegou domingo à noite a Brasília para uma série de reuniões em que tentará eliminar os focos de resistência governista. Para o vice-presidente, alcançar a unanimidade na reunião do diretório é importante como um sinal de que o PMDB está unido em torno dele e de seu eventual governo - o Planalto aposta na divisão do partido para barrar o processo de impeachment na Câmara.

Temer cogita, inclusive, presidir o encontro se sentir que pode transformá-lo num ato político a favor de sua chegada ao comando do País.

Para evitar o constrangimento de uma derrota acachapante, integrantes de diretórios governistas devem faltar à reunião. É o caso dos cinco representantes do PMDB paraense. O diretório é dominado pelo senador Jader Barbalho (PA), cujo filho, Helder, é ministro da Secretaria de Portos.

Na semana passada, Jader tentou, sem sucesso, convencer Temer a adiar a reunião do diretório para 12 de abril. Governistas querem tentar ao menos adiar a entrega dos cargos para esta data.

Conversas

O primeiro nome da lista de conversas que Temer pretende ter hoje é o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Quer convencê-lo a apoiar o rompimento imediato. No entanto, aliados do senador dizem acreditar que um acerto seria "muito difícil".

Até o fim da semana passada, Renan e demais setores da ala governista do PMDB preferiam ver "o governo cair de podre".

Temer também deve reunir-se com o ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), outro peemedebista que considera "precipitado" o rompimento imediato, como disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada no sábado.

Interlocutores do vice acreditam que os ministros que hoje resistem a abrir mão dos cargos mudarão de postura. Parte do PMDB cogita propor a expulsão de quem se recusar a entregar o cargo.

Um aliado de Temer observa que, sem representar um partido, os ministros deixariam de ser úteis ao governo, pois teriam pouco poder de atrair votos na Câmara contra o impeachment.

Para o senador Romero Jucá (PMDB-RO), o Planalto mostrou não querer "membro do PMDB no governo" quando demitiu o presidente Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Antônio Henrique Pires, indicado por Temer. A exoneração, na quinta-feira, foi vista como retaliação pela tendência de rompimento do partido - o governo nega.

Discurso

A defesa da unidade em torno da decisão a ser tomada amanhã tem sido feita por diversos peemedebistas. "O ideal é que fosse por unanimidade. Vamos buscar isso até o último momento", afirmou Jucá, que tem trânsito nas alas contra e a favor do rompimento.

Integrantes do núcleo duro de Temer apostam que a decisão de desembarque adotada pelo diretório do PMDB fluminense na quinta-feira contaminará outros Estados.

Ao menos dez dos 12 votos da seção do Rio devem ser a favor do rompimento. O gesto ganha ainda mais força por Jorge Picciani, presidente do PMDB-RJ, ser pai do deputado Leonardo Picciani, líder da bancada na Câmara e até então principal defensor da aliança com Dilma. Leonardo não se manifestou.

Segundo maior diretório do partido, o PMDB-MG também pode oficializar apoio ao desembarque do governo. Presidente da seção mineira, o vice-governador Antonio Andrade já avisou a integrantes da ala governista não ter condições de garantir o apoio dos outros 10 integrantes mineiros do diretório nacional.

Há duas semanas, o governo nomeou o deputado Mauro Lopes (MG) ministro da Secretaria de Aviação Civil. "O ministério foi dado contemplando o Mauro. Não vai influenciar a nossa decisão", disse Andrade . Os mineiros conversarão hoje, mas só devem oficializar a decisão amanhã.

O vice-governador afirmou querer sair da reunião com uma decisão unânime. "Vamos discutir até ver se conseguimos chegar a um consenso e a minoria seguir a maioria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A presidente Dilma Rousseff decidiu apostar nos cargos de primeiro e segundo escalões como oferta para atrair o apoio das alas partidárias que ainda resistem em aderir ao desembarque. Na quinta-feira, 24, ela intensificou o contato com os parlamentares e os líderes partidários e intensificou as negociações com aliados para ouvir suas demandas.

O principal foco das investidas palacianas é o PMDB, que detém a maior bancada nas duas Casas e tem ensaiado o desembarque do governo. O afastamento por parte dos peemedebistas é considerado como "tiro de misericórdia" no governo, uma vez que também deverá servir de fio condutor para outros partidos da base aliada tomarem o mesmo rumo.

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A estratégia é atrair os ministros da legenda para próximo do governo com o objetivo de demonstrar que uma possível decisão pela debandada do PMDB até pode ser aprovada, mas não será unânime e também poderá vir a não ser cumprida pelos correligionários.

Na quinta-feira, ela deu os primeiros recados do plano. "Nós queremos muito que o PMDB permaneça no governo. Tenho certeza de que meus ministros têm compromisso com o governo. Vamos ver quais serão as decisões do PMDB e respeitaremos tal decisão", afirmou a petista.

Pouco depois, os ministros do PMDB Marcelo Castro (Saúde) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) engrossaram o coro contra um possível desembarque, previsto para ser discutido na próxima terça-feira, em reunião do Diretório Nacional do PMDB. "Eu pergunto: e os mais de 1.000 cargos que o PMDB exerce no governo hoje? Como é que farão? Irão esvaziar também? Irão levar o debate político ao extremo de paralisar o País ou vamos agir com responsabilidade diante de um momento tão duro que o País passa?", questionou Pansera.

No mesmo evento, o chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, disse: "Quando eu digo que não há desembarque, é porque hoje consideraria que o PMDB está rachado. Na minha opinião, não muda", considerou.

À tarde, ela se reuniu com os sete ministros da legenda. Além de Castro e Pansera, estiveram Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Henrique Eduardo Alves (Turismo), Helder Barbalho (Portos) e Mauro Lopes (Aviação Civil). Ali, foi feita uma apresentação com os possíveis votos na reunião do partido marcada para o dia próximo dia 29, em que será votado o desembarque. Segundo fontes, ainda há uma margem de 8 a 10 votos a favor da manutenção da aliança. Os cálculos mostram que, dos 156 delegados com direito a voto, há pelo menos nove indecisos.

O PRB foi afetado por essa estratégia. Em uma negociação, Dilma retirou George Hilton do Ministério do Esporte. Ele havia deixado a sigla na semana passada após o partido optar pelo desembarque da base aliada. A pasta agora será comandada por Ricardo Leyser, integrante do PCdoB, mas ele está afinado com setores do PRB contrários ao desembarque. Ele é o responsável por cuidar dentro do governo da Olimpíada, e ocupava a secretaria executiva do Ministério do Esporte, mas foi transferido recentemente por Hilton para a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento. O restante da pasta continuará sob o controle do PRB, que poderá ganhar mais postos na Esplanada, como compensação por recuar da decisão de romper com o governo. O partido se tornou independente, mas voltou a se alinhar informalmente.

Dilma também manteve um outro encontro, que não constou da agenda. Foi com o ex-ministro Ciro Gomes, agora no PDT. A presidente ainda se encontrou com o ministro das Comunicações, André Figueiredo (PDT), que disse ao Estado que "em hipótese alguma o PDT cogita votar a favor do processo de impeachment, contra o governo". (Colaboraram Carla Araújo e Daniel Carvalho)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio da Silva chegou à sede de seu instituto no Ipiranga, região sudeste de São Paulo, no início da tarde desta segunda-feira, 7. Ele deve se reunir com diretores do Instituto, aliados, amigos e parlamentares para discutir estratégias depois de ter passado oficialmente à condição de investigado na Lava Jato. O presidente do Instituto, Paulo Okamotto, os diretores Clara Ant, Celso Marcondes, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi estão presentes. O escritor Fernando Morais, o ex-presidente do PT-SP, Paulo Frateschi, e os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, também participam da reunião.

Segundo apurou o Broadcast Político, um dos temas centrais do encontro será como vencer a batalha contra a Lava Jato no campo da opinião pública. De acordo com uma fonte, é importante aproveitar a percepção crescente entre a população de que levar Lula para depor à força na sexta-feira, 4, foi um excesso do juiz Sérgio Moro.

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Para tanto, avalia-se que é importante esclarecer o episódio do depoimento adiado do ex-presidente ao Ministério Público de São Paulo. Em 17 de fevereiro, Lula iria depor no fórum criminal da Barra Funda e um aliado - o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) - conseguiu adiar o depoimento recorrendo ao Conselho Nacional do Ministério Público. No dia 17, houve confusão e pancadaria entre grupos pró e contrários ao ex-presidente. Neste inquérito, conduzido pelo Ministério Público em São Paulo, Lula é investigado por suposta ocultação de patrimônio ligada à propriedade de um tríplex no Guarujá, no litoral paulista.

Oficialmente, a decisão de Moro, da Justiça Federal em Curitiba, acatou o pedido dos procuradores de levar Lula a depor coercitivamente para evitar tumulto. "Mas a população ainda confunde as coisas, acha que o Lula fugiu de um depoimento para a Lava Jato no dia 17", afirmou a fonte ao Broadcast Político. "Esclarecer essa questão do depoimento é fundamental".

O Instituto Lula já divulgou nota esclarecendo que o processo do dia 17 é referente a uma investigação do Ministério Público de São Paulo e não da Lava Jato. Também houve nota reforçando que Lula já depôs três vezes desde o fim do ano passado. Em outubro, depôs ao MPF sobre palestras pagas por empreiteiras, em dezembro depôs à Lava Jato e, em janeiro, depôs na operação Zelotes, que investiga venda de medidas provisórias.

Ainda assim, a avaliação é de que a comunicação precisa ser trabalhada. "Temos que dialogar com o povo brasileiro. Vamos explicar como são feitas as palestras, como aconteceram, em que países aconteceram. Vamos explicar o que se faz com os recursos do Instituto Lula, pra desmistificar", disse Okamotto ao chegar para a reunião.

O deputado Wadih Damous disse que até aqui há uma avaliação "positiva" do que aconteceu na semana passada, porque a Lava Jato "deu uma tribuna" ao Lula. "Foi positivo porque a Lava Jato cometeu um erro gravíssimo ao cometer aquela agressão contra o presidente, deram uma tribuna ao Lula", comentou.

O encontro também discute como rebater a manifestação pró-impeachment marcada para o próximo domingo, 13. Segundo Damous, por enquanto a melhor hipótese seria não fazer manifestações contrárias no mesmo dia. O deputado diz que a ideia é manter a manifestação de centrais sindicais e de movimentos populares prevista para 31 de março - em uma lembrança à data do golpe militar de 1964, com argumento de evitar um novo "golpe" contra a democracia brasileira. Outra hipótese colocada na mesa é haver uma manifestação no dia 18.

Dois investidores bilionários que se uniram contra o Donald Trump em uma disputa judicial há menos de uma década estão atualmente entre os principais partidários do empresário e candidato republicano à Casa Branca.

Mais de seis anos atrás, Carl Icahn and Andrew Beal juntaram forças no tribunal de falências para tentar assumir o controle da Trump Entertainment Resorts, um acordo ao qual Trump se opôs. Agora, enquanto muitos em Wall Street e no Partido Republicano se esforçam para sabotar a campanha de Trump à presidência, os dois bilionários se encontram entre os mais importantes aliados dentro da comunidade empresarial.

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"Não há ressentimentos", disse Beal, que endossou Trump na última semana. "Ele é esperto e entrega resultados." Ele afirmou acreditar que Trump será favorável aos negócios e trará "mudança radical" a Washington.

Como exemplo, Beal contou que uma doação de US$ 100 mil feita recentemente ao comitê de campanha de Trump foi devolvida. "Eu nunca vi um político devolver dinheiro", acrescentou o bilionário em entrevista. Beal anteriormente apoiava Rand Paul, tendo contribuído com US$ 250 mil, antes do senador de Kentucky ter desistido da corrida.

Aos 80 anos de idade, Carl Icahn também vê Trump como alguém que pode sacudir a política. Trump chegou a declarar no verão passado que gostaria de nomear Icahn secretário de Tesouro, o que na época surpreendeu o investidor, que nem mesmo sabia que o empresário concorria à presidência.

Icahn recusou a oferta e brincou que não seria capaz de se levantar cedo o suficiente para o trabalho, mas endossou a candidatura de Trump. Em outubro, o investidor disse que lançaria um comitê de ação política de US$ 150 milhões, sua primeira grande incursão no lobby político.

Outro aliado de peso é Thomas Barrack Jr, fundador e presidente do conselho da Colony Capital, que também endossou Trump na última semana. De acordo com ele, empresários e investidores de Wall Street estão apoiando o bilionário porque estão enfurecidos com os políticos de carreira, e não necessariamente porque concordam com seu posicionamento.

Barrack, cujos avós são imigrantes de origem libanesa, disse não acreditar que Trump colocará em prática tudo o que disse durante a campanha. "Ele adaptaria e chegaria a conclusões lógicas... Essa é a minha convicção", afirmou. Mas há quem considere as ideias econômicas do candidato republicano impraticáveis e seu temperamento inadequado para presidência. No ano passado, por exemplo, o CEO do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, classificou a imagem de Trump "com o dedo no botão" chocante. Fonte: Dow Jones Newswires.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que 34 grupos de militantes de todo o mundo já teriam prometido fidelidade ao Estado Islâmico até meados de dezembro, e que o número vai crescer em 2016.

Ban chamou o EI de "organização terrorista mais rica do mundo", e disse que vários relatórios estimam que o grupo gerou de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões oriundos do petróleo e produtos associados à commodity em 2015.

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O secretário-geral disse em um relatório ao Conselho de Segurança da ONU que a taxação empresas, fazendeiros e outras atividades econômicas, e o roubo e venda de casas se tornaram novas fontes de receita no último ano.

Ele ainda afirmou que o EI representa "uma ameaça sem precedentes", porque pode se adaptar facilmente, incluindo a quedas na renda, e por causa da sua habilidade de persuadir grupos das Filipinas, Usbequistão, Paquistão, Líbano e Nigéria a prometerem fidelidade. Fonte: Associated Press.

Na volta aos trabalhos legislativos nesta semana, aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apostam na análise de um recurso que tem potencial de fazer retroceder o processo por quebra de decoro parlamentar em trâmite no Conselho de Ética contra o peemedebista. O recurso foi protocolado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e deve ser analisado nesta segunda-feira (1º) pelo vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA).

Se o recurso for deferido por Maranhão, a votação do parecer prévio é anulada e o processo volta à fase de discussão do relatório do relator Marcos Rogério (PDT-RO). Segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora, não caberá recurso da decisão de Maranhão. A orientação dos técnicos da Casa contraria a estratégia do presidente do Conselho José Carlos Araújo (PSD-BA), que já vislumbrava a possibilidade de apresentar recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

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Ligado a Cunha, Maranhão tem histórico de favorecer o peemedebista em situações em que a Mesa Diretora é chamada a arbitrar. Foi dele a decisão monocrática de destituir o relator Fausto Pinato do caso. "Vou analisar as coisas com isenção. Não tem pressão", disse Maranhão ao Broadcast Político.

Três recursos foram apresentados na Casa questionando a condução da ação disciplinar no colegiado, mais especificamente a não concessão de vista ao relatório preliminar do deputado Marcos Rogério, que pediu a continuidade do processo. No recurso encaminhado à Mesa Diretora, Marun pede a garantia de vista processual e que sejam declarados nulos "todos os atos eventualmente praticados após a negativa" da solicitação. "Não há razoabilidade em entender que o relatório do Marcos Rogério é o mesmo de Fausto Pinato (PRB-SP). Não há como não se garantir ao parlamentar direito a vista", alega Marun.

Supremo

Outros dois requerimentos aguardam a apreciação na CCJ: um também de autoria de Marun e outro da defesa de Cunha. Como o peemedebista pretende aguardar a manifestação do Supremo Tribunal Federal sobre a análise dos embargos de declaração do julgamento do rito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff para depois autorizar a instalação das comissões permanentes na Casa, não há previsão de quando a CCJ se reunirá para apreciar os recursos. Caso Maranhão não conceda o pedido de Marun (o que não é esperado pelos aliados de Cunha), só a CCJ terá o poder de barrar ou retardar o processo contra o peemedebista.

Contas

Alvo da Lava Jato, Cunha é investigado por manter contas secretas no exterior e acusado de receber propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção na Petrobrás. Segundo reportagens da revista Época e do jornal Folha de S.Paulo, dois empresários da Carioca Engenharia - Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior - afirmaram em acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República que pagaram um total de U$ 3,9 milhões em propinas ao presidente da Câmara em ao menos cinco novas contas o exterior.

Conforme a investigação, o peemedebista cobrava propina para liberar dinheiro do FI-FGTS para empresas, incluindo a Carioca Engenharia. A PGR já teria reunido provas de R$ 52 milhões em propina. O peemedebista nega as acusações.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pretendem pressionar deputados que ainda não se decidiram favoravelmente ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Uma das estratégias de militantes da Força Sindical, entidade ligada ao deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos principais integrantes da tropa de choque do peeemedebistta, será enviar carros de som para a frente da residência dos parlamentares "que estão vacilando".

O primeiro alvo da manifestação deve ser o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), que se aproximou do Palácio do Planalto nos últimos meses, chegando, inclusive, a indicar dois ministros na reforma ministerial de outubro deste ano. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, um carro de som será levado para frente do condomínio onde o parlamentar carioca mora, localizado na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo.

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De acordo com organizadores do ato, outros deputados serão mapeados e se tornarão alvo do carro de som até o dia da votação do processo de afastamento da petista na comissão especial que será formada nesta segunda-feira. Os membros da colegiado serão indicados e eleitos durante sessão extraordinária convocada por Cunha para 18h. No dia seguinte, a comissão será instalada e terá até 48 horas para eleger presidente e relator.

Painéis

O grupo de aliados de Cunha também pretende espalhar painéis nas cidades dos deputados indecisos ou favoráveis a Dilma, com frases estimulando seus eleitores a cobrarem um posicionamento favorável ao impeachment da presidente. Na próxima semana, também deve ser lançada na Câmara uma "Frente Nacional pelo Impeachment". O grupo deve reunir políticos e manifestantes de grupos de rua que pressionam pela saída da petista.

Peemedebistas aliados ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão começando a se afastar dele. A atitude, de acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, é em resposta aos questionamentos das bases eleitorais diante das acusações feitas a Cunha e do processo de cassação que está sendo avaliado pelo Conselho de Ética da Câmara. 

De acordo com o periódico, os membros do PMDB não querem dividir com o presidente do Legislativo o ônus de seu desgaste quando o processo de cassação for levado a plenário.

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Apesar disso, Eduardo Cunha tem um fator a seu favor: a proximidade do recesso parlamentar, previsto para meados de dezembro. “É como um boxeador quase nocauteado esperando o fim do round”, diz um aliado, sobre as seis semanas de recesso que ele terá para se recompor.

A vereadora Marília Arraes (PSB) criticou, neste sábado (21), a medida adotada pelo prefeito Geraldo Julio (PSB) como alternativa à proibição de atividades, como piqueniques e slackline em seis parques do Recife.  Na nota em que revogou a portaria publicada pela Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb), o prefeito determinou que fosse implantada uma Brigada de Orientadores de Educação e Cidadania, nos mesmos moldes dos Orientadores de Trânsito, nos parques recifenses para a aplicação de medidas educativas de preservação dos espaços. 

“A emenda foi pior do que o soneto. Usou essa desculpa pra criar mais cargos e acomodar seus aliados”, disparou a socialista. Sob a ótica da vereadora, “Geraldo tomou uma medida ditatorial, antidemocrática, típica de quem não conhece o Recife” e só voltou atrás após “um grande levante popular”.

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Dois aliados da Al-Qaeda, ambos ligados ao jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar, reivindicaram a responsabilidade pelo ataque a um hotel na capital do Mali, que deixou 27 pessoas mortas. Em mensagem publicada neste sábado (21) no Twitter, a Al-Qaeda no Magrebe Islâmico e o al Mourabitoun disseram que seus combatentes haviam tomado o hotel Radisson Blu em Bamako, numa tentativa de forçar o governo do Mali a libertar seus prisioneiros. Os dois grupos também exigiram que a França interrompa suas operações no norte do Mali.

As forças de segurança do Mali ainda buscavam pela manhã ao menos mais três suspeitos de envolvimento com o ataque, informou a Associated Press, citando um comandante do exército. Outros cinco estão entre os mortos.

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O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, declarou estado de emergência no país por 10 dias em resposta ao ataque. Fonte: Dow Jones Newswires.

O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA), suspendeu a reunião do colegiado, que acontecia na manhã desta quinta-feira (19), para apreciar o parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), em relação à representação do PSOL e da Rede Sustentabilidade contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Araújo informou que a reunião será retomada ainda hoje para a leitura do relatório, após o final da Ordem do Dia do Plenário. Ele acrescentou que, antes da leitura do relatório, irá conceder a palavra aos advogados de Cunha.

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O encontro do colegiado foi suspenso após uma série de discussões, protagonizadas por aliados a Cunha. O líder do PSC, André Moura (PSC-SE), chegou a solicitar questão de ordem, e pediu ao presidente o cancelamento da reunião em razão da falta de quórum.  Mas não conquistou êxito, logo depois o deputado Manoel Junior (PMDB-PB) solicitou que o presidente do Conselho de Ética lesse a ata, por determinação do regimento.

Araújo respondeu que a ata havia ficado pronta e, caso ficasse, seria lida. Manoel Júnior pediu que a reunião fosse encerrada. “Vossa excelência está descumprindo o regimento dessa Casa”, reclamou. 

Entre os argumentos dos aliados ao presidente da Câmara, outros parlamentares rebatiam.  “Está claro que está se querendo postergar essa reunião”, respondeu deputado Júlio Delgado (PSB-MG) a Manoel Junior.

O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), disparou contra Moura e Manoel e pontuou que obstruir a reunião do conselho” é um desrespeito ao colegiado”. Alencar também criticou a ausência de parlamentares do PT no conselho. “O antigo PT era muito mais presente”, disse.

Na primeira conversa com a presidente Dilma Rousseff após a divulgação do pacote fiscal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu a ela que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse a Dilma, na quinta-feira, 17, que ela precisa aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Planalto.

Na lista dos partidos que comandam ministérios e votaram contra medidas propostas pela equipe econômica na primeira fase do ajuste estão o PR, que controla os Transportes; o PDT, no Trabalho; e o PRB, no Esporte. A avaliação é de que tudo tem de ser feito para impedir que um pedido de impeachment seja aceito na Câmara comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) porque, se isso ocorrer, será muito difícil deter sua tramitação com a pressão das ruas.

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Apesar de defender mudanças na política econômica e achar que Dilma deveria ter adotado outro caminho para reequilibrar o Orçamento, Lula disse que é necessário "pôr no Ministério quem ajuda o governo no Congresso" para aprovar o quanto antes o pacote fiscal, mesmo se houver recuos estratégicos, como um prazo menor de vigência da CPMF.

Depois de se encontrar com Dilma, Lula jantou com ministros do PT e considerou a situação "gravíssima". Na conversa, o diagnóstico foi que outra derrota de Dilma no Congresso, neste momento, pode ser fatal para ela.

"Nós precisamos nos unir. Mesmo quem não concorda com um ponto aqui, outro acolá, tem de apoiar nossa companheira", disse Lula, segundo relato de um dos participantes do encontro. "Mas nós também precisamos dar uma notícia boa para a população. Não dá para só falar em desemprego, recessão, imposto e corte."

Embora faça reparos ao endurecimento do ajuste, Lula garantiu que não renovará as críticas à equipe econômica nem atacará as medidas em público. Para ele, a presidente deve dar uma "chacoalhada" no governo e mudar a articulação política, inclusive a Casa Civil, além de se reaproximar do vice Michel Temer, que comanda o PMDB.

Até agora, porém, Dilma resiste a tirar Aloizio Mercadante da Casa Civil e avisou que não cederá às pressões. O nome da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), chegou a ser cogitado para a pasta, mas ela não tem apoio integral do PMDB. Lula também disse, ontem, que não aprovaria a troca. Na sua opinião, o mais indicado para substituir Mercadante seria Jaques Wagner, titular da Defesa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Reunidos com parlamentares da base aliada, governadores de cinco estados (BA, RJ, PI, AL, CE e representantes de SE e RS) reiteraram, na Câmara dos Deputados, que são favoráveis à recriação da CPMF, como foi proposta pelo governo há dois dias. A contrapartida exigida por eles recai sobre a garantia de que a arrecadação não fique apenas com a União e que o percentual cobrado seja superior aos 0,2% sinalizados.

“Estamos irmanados em defesa da CPMF e pedindo ampliação para 0,38%”, defendeu o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Ele explicou que a proposta dos estados é pelo compartilhamento da contribuição para ser investida nas áreas de seguridade social e saúde. “São os dois grandes gargalos nos estados e municípios, porque retiraram a CPMF e não colocaram nada no lugar”.

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Na conversa sobre o pacote econômico com os deputados governistas, Pezão disse que a contribuição só foi derrubada há oito anos porque destinava os recursos exclusivamente para a União. Para ele, “nunca é tarde” para o retorno da CPMF. Pezão disse acreditar que há apoio mesmo entre os governadores de oposição.

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Wellington Dias, governador do Piauí, disse que, em conversas com governadores de partidos contrários ao governo, eles reconsideraram posições “a partir do momento em que foi ampliada a discussão para a situação de estados e municípios. “No primeiro momento, o posicionamento era um percentual de 0,2% apenas para União”. Na opinião dele, assim seria difícil aprovar a CPMF.

O governador da Bahia, Rui Costa, engrossou o coro ao considerar o pacote é necessário, mas alertou que os estados querem participar das discussões em torno de uma alternativa para a situação econômica. “Precisamos de medidas de curto prazo que nos ajude a atravessar a grave crise fiscal, não importa como foi estabelecida. Esta questão não é partidária, mas de encontrar um marco estrutural para o país”, afirmou.

A presidenta Dilma Rousseff (PT) convocou os líderes dos partidos da base do Governo Federal no Congresso Nacional para tratar de temas da pauta do Executivo e do Legislativo, na noite desta terça-feira (16). Na reunião que será realizada logo mais às 19h30 no Palácio da Alvorada, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), acredita que a presidenta antecipe a posição do Governo a respeito da proposta aprovada no Congresso que flexibiliza o fator previdenciário.

A matéria aprovada pelos parlamentares estabelece a regra 85/95 para aposentadorias e permite que a mulher se aposente quando a soma de sua idade aos 30 anos de contribuição for de 85 e, no caso do homem, quando a soma da idade a 35 anos de contribuição chegar a 95. "O Governo deve publicar amanhã o veto ou a manutenção da proposta. Creio que a presidenta nos informará hoje sobre o assunto", adiantou Humberto Costa.

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O senador elogiou a iniciativa da presidente de se reunir com sua base e vê que o encontro como fundamental para o partido e o Governo traçarem estratégias e fecharem posições sobre projetos de relevância que tramitam na Câmara e no Senado. “No Senado, ainda teremos o início do debate sobre o anteprojeto que diminui a autonomia do Executivo em relação às indicações de diretorias de estatais e a apreciação do relatório final na comissão mista especial da medida provisória que visa moralizar o futebol brasileiro”, lembrou o líder do PT. 

Outra expectativa do petista é que a presidenta aborde a questão da maioridade penal, que poderá ser reduzida para 16 anos caso uma proposta que será apreciada inicialmente por deputados seja aprovada no Congresso. Além do encontro de hoje à noite, Rousseff já tinha participado, na manhã dessa segunda-feira (15), da reunião de coordenação política com os seus ministros no Palácio do Planalto.

 

Aliados da presidente Dilma Rousseff (PT), o líder do PT no Senado, Humberto Costa, e o deputado federal Jorge Côrte Real (PTB) elogiaram nesta terça-feira (9), o anúncio do pacote de concessões feito pelo Governo Federal. Para o petista, Pernambuco desponta como um dos grandes beneficiados na segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística (PIL), já o petebista enfatizou que as obras beneficiadas por Pernambuco são importantes para melhorar a infraestrutura no Estado. 

Segundo Humberto Costa, a anúncio das concessões que incluirá à execução de obras em 564 quilômetros de rodovias no Estado, a construção do Arco Metropolitano, melhorias na BR-101 para o acesso a Suape, a concessão da BR-232 e a duplicação do trecho entre São Caetano e Cruzeiro do Nordeste, é muito relevante para e economia de Pernambuco. “Da Mata Norte até Suape, no Litoral Sul, as concessões vão possibilitar o escoamento da nossa produção pelo complexo portuário, intervenção fundamental para a economia pernambucana, que encontra um sério gargalo de infraestrutura em todo esse trajeto”, avaliou o líder do PT.

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Pontuando que a duplicação da BR 232 é uma obra fundamental, que ajudará a escoar o volume da produção pelo porto de Suape, o senador disse que a postura de Dilma foi uma resposta à crise do país. “O governo da presidenta Dilma deu, hoje, mais uma virada num cenário internacional de apatia econômica. À crise, ela está respondendo com altivez, criatividade e ousadia política. A elevação da taxa de investimentos em infraestrutura vai assegurar a retomada do crescimento brasileiro e abrirá as portas para novos horizontes. E Pernambuco vai surfar nessa onda”, enalteceu.

O parlamentar também revelou que Dilma deve fazer novos anúncios de investimentos, desta vez na área social. “Reiterando o que disse a presidenta, hoje foi o grande dia da infraestrutura. Mas, em breve, teremos novos e promissores dias para a agenda social, que incluirá uma série de programas, como a próxima edição do PAC e da terceira fase do Minha Casa Minha Vida. Estou convencido de que é mais um seguro passo que damos em direção a uma nova era de desenvolvimento”, garantiu o petista.

Já para Jorge Côrte Real, o programa que prevê investimentos na ordem de R$ 198,4 bilhões em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos é uma possibilidade de melhorar a infraestrutura do Estado. “Vejo o plano com bons olhos. É uma tentativa de melhorar a condição de infraestrutura, principalmente as rodovias, as ferrovias, portos e aeroportos em todo o País. Em Pernambuco, o pacote vai ajudar a aumentar a nossa competitividade”, elogiou.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (30) que a participação de seu partido na formulação das políticas públicas aumentou com a presença dele e de outros integrantes da sigla no conselho político do governo. "De quatro semanas para cá, estamos tomando deliberações em conjunto, então nesse sentido o PMDB está no governo", afirmou a jornalistas após participar de um fórum sobre reforma política, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

A afirmação rebate a fala do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) que em entrevista ao jornal O Globo disse que o partido "finge que está no governo" e que o governo "também finge que o PMDB está lá". Temer minimizou a declaração. "O Eduardo quis dizer com isso que, na verdade, é preciso talvez haver uma repactuação, o PMDB ter talvez uma presença mais efetiva nas políticas públicas, que está tendo agora", explicou, ressaltando que o ministro da Secretaria da Aviação Civil, Eliseu Padilha, e o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, integram o conselho político ao seu lado.

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"De três a quatro semanas para cá estamos participando do conselho político, que é quem dá as diretrizes para a política governamental", disse, o vice-presidente, lembrando que hoje, 30, às 17 horas, o grupo volta a se reunir em Brasília. "O PMDB está no governo, o que há é que uma e outra vez colegas acham que o PMDB deveria estar mais no governo, especialmente nas políticas públicas." Temer também negou que haja uma insatisfação com a demora na indicação do ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves para o Ministério do Turismo. "Isso será definido esta semana, essas coisas são fruto de diálogo", falou.

Ele voltou a afirmar que o PMDB colocará ministérios à disposição para contribuir em uma eventual diminuição de pastas, na tentativa de enxugar a estrutura da máquina pública. "Primeiro é preciso que haja uma decisão presidencial de redução dos ministérios. Isso vai envolver um estudo técnico, administrativo. Quando houver o número de ministérios a serem reduzidos, PMDB estará disposto a colaborar", afirmou, sem precisar qual seria a quantidade ideal de ministérios. "Seria irresponsável se dissesse 20, 18, daí é cabalístico, o que é preciso é fazer uma verificação técnica de quanto é possível reduzir."

Perguntado por jornalistas, Temer minimizou a polêmica em torno do comentário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, feito numa palestra para ex-alunos e professores da Universidade de Chicago. "Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno", disse Levy, em inglês.

"Acho que se exacerbou o conteúdo do que ele disse. O que ele disse foi que a presidente tem ótimas intenções, faz as propostas, mas tem o jeito dela de fazer as coisas. Não achei que foi nada ofensivo, não achei que fosse uma coisa 'detrimentosa' para a presidente e muito menos para o governo. Acho que deram uma interpretação equivocada", argumentou.

Protesto

Na abertura do evento em Porto Alegre, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi alvo de um protesto promovido por militantes que defendem o movimento LGBT. Eles estavam presentes no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS, onde ocorreria o evento, e entoaram por mais de 15 minutos gritos contra Cunha, chamando-o de machista, homofóbico e corrupto. O presidente da Assembleia gaúcha, Edson Brum (PDMB), optou por dar seguimento ao fórum no plenário da Casa, com público restrito.

"(O protesto) faz parte da democracia, evidentemente que é preciso não exagerar", disse Temer. "Nós não podemos ser intolerantes, porque a intolerância gera intolerância do outro lado. Então é perigoso isso, mas eu acho que não deve nos impressionar."

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