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Um ambiente de trabalho adequado que apóie o trabalhador parece ser um factor de interferência no desempenho, como bem retratou Stephen P.Robbins ao apresentar em seu livro alguns “segredos” em Gestão de Pessoas.  Sobre este assunto, ele apresentou o caso de dois professores, um com todas as condições necessárias para ministrar as suas aulas – um número de alunos mais restrito, equipamentos modernos, material escolar suficiente e disponível, aulas de apoio, um computador por aluno, dentre outros recursos que facilitavam o desempenho e aprendizado. Enquanto que, os recursos do outro professor eram bem mais limitados, possuía mais obstáculos como, um número bem maior de alunos, uma sala muito pequena, o material escolar insuficiente e inadequado etc. Qual foi, então, o resultado de ambos? O primeiro professor foi bem mais eficiente no final do ano escolar, teve um melhor desempenho!

Os recursos de apoio interfere no sucesso do trabalho?

O resultado no trabalho poderá, então, ser facilitado ou dificultado mediante os recursos que a empresa oferece ou não para apoiar o trabalhador. Mesmo um colaborador motivado poderá sentir as consequências de não ter em seu trabalho as ferramentas necessárias para apoiá-lo. Apesar de ser uma situação óbvia, esta tem sido uma verdade negligenciada pelas empresas, e muitas vezes não considerada quando se faz a avaliação do desempenho deseus colaboradores.

Comoavaliar o desempenho?

O sistema comum que é utilizado pelas empresas para avaliar o desempenho dos colaboradores é através da função (f) de interação entre a “capacidade”(C) e a “motivação” (M), ou seja, se a capacidade ou motivação não estiverem nos níveis adequados, certamente afetarão negativamente o desempenho do coladorador. Para explicar esta função, Robbins exemplifica com a situação de um atleta empenhado que possui poucas capacidades, mas que tem melhores resultados do que os seus concorrentes mais preparados, no entanto, mais preguiçosos. Considera ainda que, nesta equação falta uma peça fundamental para o desempenho que é a “oportunidade” (O). Para Robbins, “Desempenho” é igual a função “capacidade”(C) x “motivação (M) x “oportunidade” (O)= f(CxMxO). Isto que dizer que, poderá haver vontade e capacidades do colaborador, mas poderá haver também oportunidades ou obstáculos da empresa que facilite ou dificulte o seu desempenho.

O que fazer quando não há um bom desempenho?

Como dito anteriormente, não podemos avaliar apenas a motivação ou as competências técnicas do colaborador quando ele não alcança o desempenho esperado. É preciso observar se há obstáculos no ambiente de trabalho que não lhe permite ter um bom desempenho. Será que o seu colaborador tem o apoio necessário para desenvolver as suas funções? Será que o seu colaborador tem materiais, equipamentos, recursos adequados para desenvolver o trabalho? Será que o seu colaborador tem disponíveis todas as condições de trabalho favoráveis para ajudá-lo a desenvolver as suas atividades? Sim, é importante que haja procedimentos claros, informações suficientes para tomar decisões, tempo e prazos adequados para realizar o trabalho, colegas que colaborem, dentre outas condições semelhantes que o ajude a fazer um bom trabalho. Portanto, um ambiente de trabalho favorável é um das coisas mais importantes do que apenas a motivação e a capacidade do seu colaborador paraobter um alto desempenho. Pense nisso!

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

Cibelli Pinheiro  -27/07/2021

Trabalho sem Fronteiras

O pré-vestibular da Universidade de Pernambuco (Prevupe) está iniciando as aulas neste sábado (24). Gratuito, o preparatório tem o objetivo de preparar os estudantes que vão prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). À tarde, a partir das 13h30, será realizada aula de biologia, com o professor Jóia. A aula inaugural foi de geografia, das 8h30 às 9h30, e ficou a cargo dos professores Iwelton Pereira e Luciana Coutinho.

Neste domingo (25), às 8h30, haverá aula de literatura, com o professor Aguinaldo Gomes. Já à tarde, as aulas abordarão disciplinas de línguas estrangeiras: às 13h30, será a vez da docente Carol Bello, com conteúdo de espanhol; e às 14h30 a aula será de inglês, com a professora Beth Camelo. A transmissão das aulas é feita pelo canal no YouTube da UPE  por meio da plataforma virtual de aprendizagem. É importante destacar que os candidatos selecionados efetuarão a matrícula entre os dias 28 e 29 de julho, por meio da página.

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O Prevupe é voltado a estudantes do terceiro ano e/ou egressos do ensino médio da rede pública (EJA Médio, Travessia Médio, Normal Médio). O preparatório ofertou, no total, 10,2 mil vagas, distribuídas em 43 cidades de Pernambuco. Do total, 1,2 mil foram destinadas para o Recife. As aulas serão realizadas aos sábados em horário integral, aos domingos pela manhã, e, quando for necessário, à tarde. Além disso, haverá também atividades assíncronas no decorrer da semana. No edital, é possível conferir os locais de funcionamento do Prevupe por cidade, com endereço e telefone, e todo o cronograma da seleção.

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--> No Enem, 1.649.791 inscrições são de candidatos menores de 16 anos

O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) divulgou a abertura do 'Programa Português como Língua Adicional (PLA)', iniciativa de órgãos federais para ministrar aulas de português para imigrantes venezuelanos da etnia indígena Warao, refugiados no Recife. O objetivo da formação é atender às necessidades de comunicação da comunidade, integrando e promovendo o trabalho.

O curso terá início em 23 de agosto e seguirá até dezembro. A turma será formada por pessoas indicadas pelo Serviço de Proteção ao Migrante (SPM), organizado pelo Ministério da Justiça e Cidadania. O IFPE ainda vai oferecer as aulas para estudantes estrangeiros oriundos de instituições de ensino da Colômbia, Chile e Argentina, à medida que o processo de parceria avançar.

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As aulas são no formato virtual, como medida protetiva contra o novo coronavírus, e são ministradas por professores do Instituto. Segundo Laura Cavalcanti, coordenadora geral do Centro de Libras e Línguas Estrangeiras do IFPE (CELLE), o programa busca integrar e fortalecer as relações com estrangeiros recém-chegados ao país. “Ao integrar o PLA em Rede, atendendo aos estudantes de instituições de ensino internacionais, o IFPE constrói mais possibilidades de parcerias com instituições estrangeiras, fortalecendo o projeto de internacionalização, e criando uma comunidade internacional de ação, o que, futuramente, gerará mais oportunidades para nossos próprios estudantes”, explica.

O curso tem duração de 250 horas divididas em 18 lições, ministrado todo em um Ambiente Virtual de Aprendizado. De acordo com informações da assessoria, a formação busca fortalecer as políticas de internacionalização e tem o intuito de promover a educação do português como língua adicional para que as pessoas sejam capazes de transitar em diversos contextos globais e interculturais.

A parceria do IFPE envolve os institutos federais do Triângulo Mineiro, de Brasília, de Mato Grosso, do Amapá, de Mato Grosso do Sul, do Ceará, do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, Sul-Rio-Grandense, de Roraima e de São Paulo. O responsável pela operação do programa é o Instituto Federal Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS). Mais informações sobre o PLA podem ser acessadas pelo e-mail portuguesemrede.conif@gmail.com.

Mesmo em uma escola considerada exemplo na rede pública de São Paulo, com equipe dedicada e protocolos sanitários bem feitos, pouco mais de 10% dos estudantes voltaram ao presencial este semestre. Alguns sumiram. Outros acreditam que o ensino está contemplado ao fazer lições online. Ou se veem sem opção. A reabertura, especialmente no Brasil, é um debate que começou quando se mandaram as primeiras crianças para casa em março de 2020 e ainda não tem data para terminar. Para mostrar desafios, temores e alegrias da tentativa de volta da educação no País, o Estadão acompanhou pelos primeiros seis meses do ano uma escola estadual no extremo leste da capital paulista.

Do diretor que luta de todas as formas para não perder nenhum aluno à estudante que voltou e depois se fechou em casa. A Escola Estadual Eliza Rachel Macedo de Souza, no Lajeado, perto de Guaianases, é uma amostra real da gangorra que se tornou o processo de reabertura. E também das consequências devastadoras que a escola fechada pode trazer na aprendizagem de crianças e adolescentes no País.

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No fim do semestre letivo, a equipe do diretor da Eliza Rachel, Aldo Florentino Alves, de 64 anos, se debruçava em listas e arquivos de computador para checar quais alunos estavam entregando as atividades online. Cobrava quem não havia feito nada, avisava os pais, procurava nas redes sociais os sumidos. Aldo se orgulha em dizer que 85% fizeram todas as lições, mas sabe que a porcentagem alta esconde problemas. "Estou muito assustado com a queda que a educação vai ter", diz. E conta das provas online em que estudantes da escola tiraram nota 2. "Isso não acontecia antes."

A Eliza Rachel tem 2,5 mil alunos do fundamental 2 (6.º ao 9.º ano), ensino médio, técnico e educação de jovens e adultos. Fincada na comunidade pobre de Vila Chabilândia, tem concorrência por vaga pela fama que alcançou com boas notas. O desempenho dos alunos do ensino médio no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (o Ideb, avaliação do Ministério da Educação) foi 5,1, bem maior que a média do Estado. O alagoano Aldo, que vive em São Paulo há quatro décadas, mas mantém o forte sotaque, está no cargo há 17 anos. Pesquisas mostram como uma boa gestão pode fazer a diferença até na aprendizagem das crianças.

Em outubro de 2020, Aldo chegou a ir de porta em porta para avisar as famílias que a escola estava aberta novamente. Falou com os pais, chamou os alunos de volta. Quando o ano letivo retornou presencialmente em 2021, organizou as turmas em grupos menores, escalonados em horários, para que todos pudessem frequentar as aulas mais dias. Reformou o espaço, construiu mais áreas abertas. "Para o aluno da periferia que tem o problema da violência doméstica, das drogas nas esquinas, se a escola não for o espaço de sustentação, onde é orientado por um grupo que tem experiência maior, que conduz para um caminho melhor... daqui a dez anos estaremos vivendo um caos", acredita. "Sou a favor da escola aberta por causa disso, apesar de todos os medos e riscos que corro também."

No dia em que a reportagem do Estadão visitou a escola, no fim de maio, ele encontrou pelo Facebook um aluno que não aparecia há tempos nem fazia as atividades online. O diretor conseguiu descobrir que o menino tinha mudado de celular, mas logo já estava com o número novo. "Vem para cá agora", pediu por mensagem de áudio. João Paulo Nunes da Costa, de 19 anos, apareceu em menos de uma hora. Disse que Aldo era "um pai" para ele, mas que não estava mais conseguindo estudar porque trabalhava o dia todo, como pintor. Com o celular novo, contou, perdeu a senha que usava no Centro de Mídias, a plataforma criada pelo governo estadual para ensino online durante a pandemia. Segundo o Estado, 85% dos alunos se cadastraram na ferramenta, que tem grandes aulas, divididas por disciplinas e séries. Alunos e professores se comunicam por chat. Muitas escolas criaram ao longo da pandemia formas de os estudantes falarem com quem efetivamente dá aulas a eles, como grupos de WhatsApp. Mas aulas online ao vivo com o professor da turma, como é comum nas particulares, são mais raras.

Problemas tecnológicos resolvidos, Aldo pediu que João tentasse voltar ao presencial, quando saísse do trabalho, à noite. "Acho mais fácil fazer o online, posso fazer a qualquer hora, até de madrugada", diz. Ele conta ainda que nem sempre assiste às aulas do Centro de Mídias e "pesquisa as respostas das lições na internet".

O vice-diretor da Eliza Rachel, Julio César Rodrigues, também procurava outra aluna sumida no mesmo dia. Ligou, mas os telefones - dela e da mãe - não atenderam. Mandou então uma mensagem de texto, perguntando por que ela não havia feito as atividades online. A menina, de 14 anos, disse que tinha de cuidar da casa e da irmã mais nova. E avisou: "Não vou voltar este ano para a escola". Ao ser questionada sobre o motivo, afirmou que tinha "medo de ficar sozinha na sala de aula".

Rodrigues explicou que ninguém fica sozinho nas salas e que, se fosse necessário, juntariam turmas. A menina prometeu voltar em agosto. Mas, de fato, as salas da Eliza Rachel não encheram neste primeiro semestre. Entre três e dez alunos por sala apareciam com frequência, mesmo com toda equipe de professores à disposição no presencial e protocolos bem feitos. "Existem vários estudantes que estão acomodados nesse processo, dizem que está legal. 'Sigo aqui, faço os meus deveres de casa, concluo esse processo e saio ao final com algum diploma'", diz o superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

Estudos feitos pelo próprio Instituto Unibanco com o Insper já mostraram que, mesmo com ensino online em 2020, os estudantes aprenderam cerca de 25% do esperado. Organizações internacionais falam em "catástrofe geracional". O Brasil é um dos países que mais tempo ficou com escolas fechadas. Segundo a Unesco, foram 267 dias até a primeira reabertura. "Os bons alunos estão entre o desencanto e o desespero. Eles olham para esse processo e indagam: 'O que vai acontecer comigo'?", afirma Henriques.

Bilhetinhos na parede. Acsa Espinassi é uma adolescente de 17 anos que divide a parede do quarto entre um banner comemorativo de seus 15 anos e bilhetinhos para ela mesma sobre o que precisa estudar mais. O nome bíblico precisa ser soletrado com frequência. Adora História, tanto a disciplina quanto a dos romances e suspenses. Mas teve de deixar de emprestar livros na biblioteca pública do bairro. Depois de passar quase um ano em casa, Acsa finalmente resolveu voltar à Eliza Rachel em fevereiro, para o 3.º ano do ensino médio. "Eu achava que 2021 seria um ano muito bom, o ano da vacina, que tudo ia acontecer normalmente, eu ia me preparar para o Enem", conta. Acsa tinha saudade de poder perguntar uma dúvida diretamente para o professor, das amigas, da escola que a "animava até quando chegava meio triste".

A esperança de Acsa era compartilhada por muitos. No começo do ano, a rede particular tinha até fila de espera para o presencial. Mas durou pouco mais de um mês. Os reflexos dos encontros de ano-novo e carnaval apareceram. O Estado de São Paulo registrou o maior número de mortes por dia por covid - mais de mil - e as UTIs ficaram com mais de 90% das vagas ocupadas. O governo decretou então uma nova fase, a emergencial, e as escolas foram recomendadas a só abrir para quem precisasse de internet ou de merenda. A rede particular fechou totalmente. A estadual adiantou o recesso de julho. "Agora só volto com meus pais e meus avós vacinados", diz Acsa.

Quando a menina decidiu isso, São Paulo ainda vacinava pessoas com mais de 60 anos. Os pais de Acsa têm 40 e 37 anos. A boa notícia, no entanto, foi que os professores com mais de 47 anos seriam imunizados em abril. Aldo e os docentes da Eliza Rachel foram vacinados na própria escola.

Mesmo assim, Aldo passou a se sentir inseguro. Com a escola fechada, oito professores se contaminaram, e um foi internado. "Não estou a favor da volta da escola, estou assustado." Morador também da zona leste, região com alta concentração de casos de covid, o diretor viu muita gente doente. "Eu estou com muito medo de que a gente, mesmo com todos os protocolos de segurança, possa novamente abrir a escola e possamos estar todos em segurança", disse à época.

Mas na semana seguinte, considerando o decreto que diz que a educação em São Paulo é essencial e poderia abrir em qualquer fase da pandemia, se autorizou a volta. Aldo e outros diretores, de escolas públicas e particulares, foram pegos de surpresa. Mas voltaram. Os alunos, não. "No primeiro grupo da manhã entraram 12 alunos. No segundo, 8; no período da tarde, 19", contabilizou Aldo. Um mês depois, os números aumentaram um pouco, mas não chegaram aos 35% de ocupação permitidos pelo governo. Em todo o semestre, Aldo diz que cerca de 300 dos 2,5 mil alunos (12%) apareceram presencialmente. No Estado, segundo números oficiais, 1,8 milhão dos 3,4 milhões de alunos da rede retornaram.

Dramas de uma geração

"Eu pergunto por que se desmotivaram e não estão frequentando as aulas no presencial. A maioria sempre me responde que, se tem a opção de fazer remotamente, prefere", conta o professor Andersson dos Santos Bispo, de 34 anos.

Com a pandemia, ele teve de recriar em versão online suas aulas de Educação Física e de Projeto de Vida, disciplina nova do currículo, que ajuda a planejar o futuro do estudante. Bispo dá opções para os jovens estudarem como ser, por exemplo, "um craque do amanhã". A Eliza Rachel é conhecida também pelo grande incentivo aos esportes. A sala do diretor é forrada de troféus. Mas a quadra está vazia, esperando uma reforma e os alunos voltarem.

Acsa queria ter se inscrito no campeonato de pingue pongue no ano passado. Além de perder o esporte, ela estima aprender no máximo 45% do que deveria no ensino online. Agora, não tem mais esperanças também de tirar uma boa nota no Enem e de conseguir uma vaga no curso de Direito. O chip de celular para que a menina não precise pagar por dados para estudar pela internet foi dado pelo governo apenas este ano.

Educadores agora tentam achar soluções para a geração covid, crianças e jovens de 4 a 17 anos que perderam, até agora, um ano e meio de escola. "É uma situação de muita perversão, porque nós já tínhamos desafios históricos gigantescos de qualidade de educação", diz Ricardo Henriques. Avaliações feitas pelo próprio Estado em 2021 já mostram que os alunos do 5.º ano regrediram praticamente ao que sabiam no 3.º ano do fundamental.

Daniel de Bonis, da Fundação Lemann, diz que só se saberá o verdadeiro impacto na aprendizagem das crianças quando elas voltarem em massa ao presencial. Ele e Henriques consideram o segundo semestre de 2021 crucial para isso. "Não há razão para não se ter criado as condições para isso, para que a gente já tenha as escolas em condição de funcionar presencialmente", diz. Para o diretor da Lemann, é "cruel e injusto" carimbar os alunos que estão na escola hoje de geração perdida. "A gente tem de cuidar, apostar e investir. Mas vai ser um processo, sim, de reconstrução, que vai depender de um esforço grande da sociedade, para controlar a pandemia, recuperar a aprendizagem, o crescimento econômico e o emprego para que as famílias tenham condição de se sustentar."

"A crise é tamanha, os alicerces estão tão abalados que a gente tem uma oportunidade de revisar os valores sobre educação", diz Henriques. Ele lembra que as famílias perceberam o quanto é difícil educar uma criança. Mas é preciso fazer muitas mudanças: de conectividade, de formação de professores, da forma de ensinar - e ainda olhar para a desigualdade. "A ausência do Ministério da Educação (no debate e nas ações) aumentou o custo dessas perdas. Mas se não fizermos nada, vamos voltar lá para trás", completa. O ministério não se pronunciou.

A Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos (DIPEBs), por meio da Secretaria de Modalidades Especiais (Semesp) do Ministério da Educação (MEC), lançou proposta, de forma preliminar, de Currículo para o Ensino de Português Escrito como Segunda Língua para Estudantes Surdos. O material traz um referencial curricular para alunos surdos, matriculados na educação bilíngue de surdos, na educação básica e no ensino superior.

“Na Educação Básica são contempladas as etapas de Educação Infantil, para os estudantes surdos, a partir de 0 ano, com a fase de creche e pré-escola; O Ensino Fundamental, dividido em duas fases, sendo a primeira a que equivale aos anos iniciais e, a segunda, que equivale aos anos finais; e Ensino Médio. Para o Ensino Superior a ideia é que se fale em cursos, em vez de etapas”, informa o MEC.

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Sistematizado e elaborado por pesquisadores experientes no ensino de português como Segunda Língua para Surdos, o material conta com seis cadernos: “O primeiro, o Caderno Introdutório, apresenta a concepção teórico-metodológica da proposta, bem como os referenciais básicos e complementares que guiaram a elaboração da proposta curricular. O Caderno I apresenta a proposta curricular para alunos de 1 ano e 7 meses a 5 anos, enquanto o Caderno II apresenta a proposta para alunos do 2º ao 5º ano e do primeiro segmento do EJA (Educação de Jovens e Adultos)”, aponta o MEC.

“O Caderno III apresenta a proposta para alunos dos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano e do segundo segmento do EJA. O Caderno IV apresenta a proposta para alunos do ensino médio e do terceiro segmento do EJA. Já o Caderno V, último da proposta curricular, foi formulado para estudantes surdos do ensino superior”, completa a instituição.

O Ministério da Educação (MEC) lançará, nesta quarta-feira (30), o Sistema On-line de Recursos para Alfabetização (Sora) e a Formação Prática para Gestores Educacionais da Alfabetização. O evento de lançamento será transmitido no canal do YouTube do ministério, a partir das 14h.

De acordo com o MEC, o Sora, desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), visa fornecer aos professores da alfabetização uma ferramenta tecnológica para elaboração de planos de aula e para repositório de estratégias, atividades, avaliações e recursos pedagógicos.

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Já a Formação Prática para Gestores Educacionais da Alfabetização, elaborada em parceria com a Escola de Administração Pública (Enap), objetiva formar, em seis módulos, diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos, em gestão organizacional, de pessoas, de recursos escolares, da informação, e em gestão pedagógica e alfabetização.

Ambos os recursos fazem parte do programa Tempo de Aprender, que pretende, com essas ações, promover a profissionalização da gestão escolar e fornecer subsídios para a tomada de decisão, com o intuito de impactar positivamente a relação ensino e aprendizagem durante o processo de formação.

A Prefeitura do Recife lançou, nesta segunda-feira (28) o programa 'Educa Recife', que busca promover o ensino híbrido na rede municipal de ensino. De acordo com o prefeito João Campos (PSB), foram investidos R$ 55 milhões.

O ensino remoto se tornou comum no País devido às restrições e medidas de distanciamento e segurança impostas para combater o novo coronavírus. Entre as atividades apresentadas no lançamento está a criação da Escola Municipal para Aulas Digitais, especialmente para o programa.

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Foram inaugurados quatro novos estúdios para gravação e transmissão das aulas, onde será preparada uma programação de mais de 14 horas diárias de aulas em cinco canais digitais abertos. Além disso, o programa oferece acesso à internet gratuita para alunos e professores, bem como houve distribuição de 42 mil tablets para os estudantes.

A plataforma para acompanhamento das aulas conta também com uma equipe de 45 professores apenas para o ensino digital. Os conteúdos ainda terão recursos de acessibilidade, como tradutor para língua brasileira de sinais (Libas) e legendas.

O Instituto Federal de São Paulo (IFSP) está ofertando 1.040 vagas em cursos superiores distribuídas nos campus de Bragança Paulista, Campinas, Guarulhos, Jacareí, São Carlos, Campos do Jordão, São Paulo e São Roque, com ingresso em 2021.2. A seleção será feita por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2016, 2017, 2018, 2019 ou 2020.

Devido à pandemia da Covid-19, a instituição divulgou editais distintos para os cursos. Confira os editais do grupo A e do grupo B.

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Com inscrições de 8 a 22 de junho, a seleção do grupo A oferta 520 vagas para cursos superiores. Todos os cursos são gratuitos e não há taxa de matrícula.

Os candidatos interessados devem ler o edital, criar um cadastro no portal do candida e preencher formulário de inscrições e questionário socioeconômico. Para ser elegível, os interessados devem, ainda, não ter sido eliminados em nenhuma prova, não ter zerado a redação, possuir e-mail ativo (para cadastro e regaste de senha) e, caso o candidato não possua computador, conferir a disponibilidade no campus que deseja para realizar a inscrição.

As vagas são para cursos presenciais e o resultado da relação preliminar está previsto para ser divulgado dia 28 de junho. Confira os cursos ofertados e o cronograma dos campi

Com inscrições de 17 de junho a 4 de julho, assim como o grupo A, a seleção do grupo B oferta 520 vagas, não há taxa de inscrição e para ser elegível o candidato deve seguir as mesmas orientações. O resultado da relação preliminar está previsto para ser divulgado dia 12 de julho. Confira os cursos ofertados e o cronograma.

A Escola de Formação de Luthier e Archetier da Orquestra Criança Cidadã promoverá um curso de Luteria e uma formação de Arqueteria, de maneira gratuita. A primeira área é a arte de confecção de instrumentos musicais, enquanto o segundo segmento se caracteriza pela produção de arcos para instrumentos de cordas, tais como violino, viola, contrabaixo e violoncelo.

A iniciativa reúne oportunidades para jovens das cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Camaragibe, com idade de 15 a 17 anos. Os alunos ainda devem ter o ensino médio completo ou em andamento.

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Ao todo, os cursos somam 37 vagas, sendo 17 para o curso de Luteria e 20 para a capacitação de Arqueteria. Os interessados devem ser inscrever pela internet até 20 de junho.

Segundo o edital, a seleção será realizada até o fim de junho e terá prova escrita. O resultado está previsto para 2 de julho e as aulas iniciarão em 2 de agosto.

“Ambos os cursos, gratuitos e com de duração de três anos cada um, possuem carga horária de 12 horas semanais. Não é preciso ter conhecimento prévio na área para participar. Como parte dos projetos da Associação Beneficente Criança Cidadã, a Escola de Formação de Luthier e Archetier funciona na sede da Orquestra Criança Cidadã, no Recife – dentro das instalações do 7° Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro –, desde 2012”, informou a Orquestra Criança Cidadã.

O mestre luthier Carlos Alberto Filho, docente do projeto, acredita que os alunos, ao serem formados, poderão atender às demandas que existem no mercado musical do Estado. “Esse curso é uma indicação de que aqui, em Pernambuco, existe a demanda de profissionais de qualidade para atender a músicos”, comentou o professor, segundo a assessoria de comunicação do projeto.

A Orquestra Criança Cidadã, onde as aulas serão realizadas, fica na Rua General Estilac Leal, 439, no Quartel do Cabanga, Zona Sul do Recife. Para mais informações, consulte o edital do processo seletivo.

Uma jovem de 17 anos estuda para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), como outros candidatos brasileiros. Mas, para a pernambucana Ana Luiza Borges, a preparação para o vestibular também inclui ajudar outros alunos a exercitarem a redação.

Em sua página no Instagram, a jovem compartilha curiosidades e dicas de estudos. Depois que saiu o resultado do Enem 2020, em que ela alcançou 960 na redação, muitos seguidores a procuraram para que ela desse algumas mentorias. E assim ela exercita os aprendizados.

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Ana conta que a ideia de começar a dar as orientações veio de sua própria vivência com os estudos. “Apenas no meu terceiro ano eu tive a oportunidade de fazer um cursinho, que foi em Nazaré, e eu me esforcei bastante. Até porque é uma redação complicada a do o Enem, então a gente sempre tem esse medinho. E aí, a ideia surgiu quando eu percebi, depois do resultado, que o pessoal ainda tinha muita dúvida e muita gente que eu conheço não tinha tanta condição de pagar cursinho. E eu vi que podia ajudar de alguma forma. Eu gosto muito de ajudar as pessoas, então queria dar a oportunidade que eu não tive no meu ensino médio, porque eu só consegui ter essa oportunidade no meu terceiro ano”, conta. Ana estudou o ensino médio na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Professora Benedita de Morais Guerra, em Macaparana, Zona da Mata Norte de Pernambuco.

A estudante quer passar em medicina, e para isso se mudou para o Recife, onde faz cursos preparatórios. Mesmo com o cronograma intenso de estudos, ela se organiza para produzir os conteúdos. “Morando em Recife agora é muita coisa, eu tenho um tempo muito limitado. Mas, durante o momento de descanso que eu tenho entre as aulas, boto essas 'aulinhas', entre aspas, porque eu digo às meninas que não são aulinhas, porque eu não sou professora. Aí, tem um horário de almoço, que elas estão disponíveis e é um dos únicos horários que eu também tenho. Aí eu coloco para a gente fazer uma mentoria, para corrigir, ver o que errou”, ela explica.

A estudante sempre se considerou esforçada nos estudos, e no final do ensino médio, reforçou mais ainda a rotina de preparação. “Eu fazia duas redações por semana, uma eu enviava para a minha professora do cursinho, e a outra enviava para minha plataforma on-line", comenta Ana Luiza.

Mesmo com os esforços e a rotina do ano passado, a pandemia do novo coronavírus atingiu o rendimento da estudante. No entanto, ela percebe que 2021 tem sido diferente. “A pandemia não ajudou muito porque, de longe das aulas presenciais, a gente se sente um pouquinho desmotivada mesmo. Eu estudava bastante, mas fazia poucas questões. Eis o meu erro do ano passado. Eu acho que nesses dois meses que eu estou aqui em Recife, eu já fiz mais questões, mais simulados, mais fichas do que eu fiz ano passado inteiro. Então, aí eu percebo que foi isso que eu errei”, reflete.

Ana Luiza ainda disponibiliza algumas vagas para suas orientações e trocas de conhecimentos sobre a redação do Enem. Basta o aluno estar concluindo o ensino médio e entrar em contato com ela pelo Instagram.

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A rede de cursinhos populares “Para Romper Silêncios” nasceu da ideia de democratizar a educação, principalmente para os jovens residentes de bairros periféricos de Belém, como Terra Firme, Cabanagem, Barreiro e Icoaraci, e que não possuem acesso ao preparo educacional de qualidade para entrar em uma universidade. É nesse sentido que o projeto procura por professores voluntários para o corpo docente do cursinho.

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A Rede, idealizada no projeto de campanha da vereadora Beatriz Caminha (PT), foi pensada para amenizar as desigualdades nos ambientes periféricos, e fornecer a educação para estudantes de baixa renda que desejem ingressar na universidade – espaço que, hoje, ainda é considerado elitizado.

A coordenadora do projeto, Carla Lima, destaca a importância do cursinho gratuito em um ambiente de violência e desamparo: “Sabemos que muitos jovens de periferia estão inseridos em ambientes de violência; assim, nosso principal foco é mostrar o quanto a educação pode ser transformadora e mudar realidades”.

A base educacional utilizada é a de Paulo Freire, priorizando o senso crítico e a ideia de conhecimento em todos os espaços e pessoas, além de buscar um aluno participativo e que exponha sua realidade em sala de aula.

“Saber que contribuo de alguma forma para a capacitação desses estudantes é o incentivo para me dedicar cada dia mais a esse projeto voluntário. Desde o início eu abracei a ideia de um cursinho popular de qualidade, gratuito e acessível para os alunos da periferia da nossa cidade, e ver o cursinho tomando forma e formando essa rede de apoio para os alunos é muito satisfatório”, conta a professora e coordenadora da disciplina Biologia Anna Luiza Santos.

A importância do projeto na vida dos jovens é inegável, mas o impacto acontece em toda a equipe, seja no âmbito profissional, seja no aspecto pessoal, segundo a professora. “Esse projeto me permitiu enxergar a educação de uma maneira mais humanizada. Ao pensar na necessidade dos alunos e nas suas rotinas que muitas vezes não possibilitam que se dediquem de forma integral aos estudos, aprendi a me adaptar e me reinventar de acordo com a necessidade dos estudantes. Fazer parte desse projeto tão especial me engrandece como profissional da educação, mas acima de tudo como ser humano”, relata Anna Luiza.

A estudante Joelma Oliveira conta que entrar no cursinho a fez ter esperança em alcançar seus objetivos. “O cursinho me deu esperança de poder entrar na faculdade, visto que é gratuito e os professores são excelentes. Eu poderei ter a expectativa de entrar no ensino superior”, conta a vestibulanda.

Joelma esclarece também que as ferramentas utilizadas pelo projeto ajudam no processo de estudo: “A rede me proporciona suporte para fazer a prova do Enem de forma segura por meio de videoaulas, material impresso, aulas on-line, aulas gravadas no YouTube e suporte no Google sala de aula”.

A rede de cursinhos populares procura por professores que lecionem as disciplinas de Física, Matemática, Sociologia e Letras (Língua Portuguesa, Redação e Literatura). Podem se voluntariar universitários das licenciaturas ou professores já graduados. Para se participar, basta entrar em contato pelo telefone (91) 8227-0901 ou pelo e-mail rdcp.pararompersilencios@gmail.com

Para alunos interessados em participar do cursinho, as inscrições devem ser feitas pelo link disponível no Instagram do curso (www.instagram.com/redecursinhospopulares) ou pelo telefone (91) 8417-4682.

Por Roberta Cartágenes.

 

Estão abertas até sexta-feira (18) as inscrições para o curso preparatório da UNAMA - Universidade da Amazônia para o Exame Nacional do Ensino Médio, o projeto Prepara Enem. Serão ofertadas mil vagas para aulas regulares programadas para os sábados, do mês de agosto a novembro, das 8 às 12h30, com aula inaugural marcada para o dia 26 de junho. As inscrições podem ser feitas de forma gratuita, por meio de cadastro on-line disponível no Instagram da UNAMA (@unama.alcindo).  

A edição de 2021, por conta dos protocolos sanitários contra a covid-19, será ofertada de forma híbrida, sendo presencial uma vez por mês, com transmissão simultânea pela plataforma Teams. Os selecionados deverão ter, no mínimo, 75% de frequência mensal nas aulas, sob pena de perder a vaga.

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De acordo com a integrante da comissão organizadora do projeto Prepara Enem e professora do curso de História da UNAMA Luciana Marinho, a proposta é realizar revisões e resolução de questões de temas mais cobrados na prova. “O curso é destinado aos concluintes do ensino médio de escolas da rede pública, mas este ano vamos ampliar a oferta para todo o público que estiver se preparando para o Enem. Além disso, vamos proporcionar que nossos alunos das Licenciaturas tenham a oportunidade da prática docente, oferecendo reforço do conteúdo ministrado ao longo da semana”, destacou.  

O projeto Prepara Enem faz parte das ações de Responsabilidade Social da UNAMA. Ao todo, professores e monitores vão ministrar disciplinas de História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Biologia, Matemática, Física, Química, Português, Literatura, Redação, Inglês e Espanhol.  

 Da Ascom UNAMA.

 

O problema da evasão escolar é uma realidade ainda presente e urgente no Brasil. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 70 milhões dos brasileiros com 25 anos ou mais não concluíram o Ensino Médio. Para permitir que um número maior de pessoas consiga terminar essa etapa educacional e ingressar em uma faculdade, o Instituto Êxito de Empreendedorismo está lançando o Brasil Diplomado, programa de preparação gratuita para provas de supletivo que fornecerá videoaulas com os conteúdos das disciplinas de Ensino Médio.

A plataforma foi desenvolvida em parceria com a Pitang Consultoria, Ensinar Tecnologia e Edulabzz e estará disponível à população a partir do dia 15 de junho. “É realmente alarmante o grande percentual de jovens e adultos que não concluíram o Ensino Médio, que é condição essencial para o ingresso em faculdades e universidades. Com o Brasil Diplomado, estaremos dando oportunidade a mais pessoas, por meio da educação a distância, de investirem na sua formação e construírem um futuro mais próspero”, pontua o presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Janguiê Diniz.

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A iniciativa disponibilizará videoaulas de todas as disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. “Qualquer pessoa com mais de 18 anos de idade pode acessar, gratuitamente, e se preparar para realizar uma prova supletiva. Todos os conteúdos foram desenvolvidos com base no que preconiza o Ministério da Educação e as aulas são ministradas por professores de todo o Brasil, que gentilmente se disponibilizaram a gravar as aulas de forma gratuita, a quem nós agradecemos pela parceria”, explica o vice-presidente de Inovação do Instituto Êxito de Empreendedorismo, Claudio Castro. Nas próximas atualizações, a plataforma ainda incluirá simulados de provas anteriores.

Além das aulas, a plataforma fará a ponte do jovem estudante com o Ensino Superior, por meio de uma área em que faculdades particulares poderão ofertar seus cursos com condições especiais aos aprovados dentro do programa. “Cada aluno que se cadastrar na plataforma vai informar que curso superior deseja fazer. Quando ele concluir as aulas e, se for aprovado no exame supletivo, terá, dentro de nosso sistema, a possibilidade de escolher uma faculdade que melhor se adeque a sua realidade”, pontua Claudio.

O Brasil Diplomado contará com 235 videoaulas ministradas por 24 professores. Estará acessível a partir do dia 15 de junho pelo site do Instituto Êxito de Empreendedorismo: www.institutoexito.com.br.

Apesar de ter sido pensada com foco em jovens em preparação para um supletivo, a plataforma também pode ser utilizada por estudantes que se preparam para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Esse é o propósito do Êxito: promover e impulsionar a educação de forma universal e dar oportunidades de desenvolvimento aos jovens brasileiros. Acreditamos que apenas por meio da educação e do empreendedorismo conseguiremos transformar o país em uma verdadeira potência mundial”, conclui Janguiê Diniz.

Da assessoria 

O Conservatório Pernambucano de Música (CPM) está com inscrições para a seleção voltada aos cursos de Iniciação Musical, Iniciação Musical Especial, Preparatório e Livre para o período letivo 2021.2. As candidaturas estão disponíveis até esta sexta-feira (4).

As aulas começarão no dia 9 de agosto. Para participar da seleção, é necessário que o candidato tenha sete anos completos no primeiro dia de aula. No ato da candidatura, o interessado deverá optar por apenas uma opção de curso e, caso haja duplicidade de inscrições ou modificações, será considerada a opção que tiver sido feita por último.

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Para fazer a inscrição, os interessados devem, ainda, gravar um vídeo conforme o curso escolhido, segundo orienta o edital. No dia 15 de junho serão divulgados o resultado das análises dos vídeos (Iniciação Musical e Preparatório) e o cronograma dos testes teóricos no site e nas redes sociais da entidade.

Já de 16 a 18 de junho serão feitos os agendamentos das entrevistas dos candidatos à formação de Iniciação Musical Especial. No dia 12 de julho sairá o resultado final das seleções e do sorteio. Todos com caráter apenas informativo, não havendo a possibilidade de entrar com recursos.

De acordo com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, “as análises dos vídeos, os testes e as entrevistas levam em conta a autonomia dos avaliadores, não cabendo, portanto, recurso”. De 13 a 18 de junho será feito o agendamento das matrículas, que serão efetuadas no dia 19 de junho, enquanto em 20 de julho será publicada a lista dos remanejados.

A Rede de Cursinhos Populares Para Romper Silêncios está com inscrições abertas para professores voluntários que possam lecionar as disciplinas de Física, Matemática, Sociologia e Língua Portuguesa. As vagas podem ser preenchidas por alunos da graduação ou por graduados nas áreas de habilitação das licenciaturas. Para ser professor voluntário basta entrar em contato pelo telefone (91) 8227-0901 ou pelo e-mail rdcp.pararompersilencios@gmail.com.

Com aulas gratuitas, o projeto pretende preparar jovens das periferias de Belém, como Terra Firme, Cabanagem, Barreiro e Icoaraci, para os exames de vestibular a partir de uma base curricular construída por meio da Educação Popular de Paulo Freire, fomentando o senso crítico, o conhecimento científico, a cultura e a inclusão social. As aulas serão realizadas em formato virtual nesse momento de pandemia, para garantir a proteção dos alunos e professores.

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O projeto nasceu em 2019, a partir do Movimento Popular de Juventude em Disparada do Estado do Pará, mas foi em 2020 que alcançou voos mais altos. A Rede de Cursinhos Populares Para Romper Silêncios é uma plataforma para conectar pessoas e ideias por meio da mobilização de setores, que é o primeiro passo para ações concretas e amplas de transformação da sociedade.

Por Rodrigo Souza.

Estão abertas, até 10 de junho, as inscrições para o processo seletivo que oferece 15.083 vagas em 35 cursos técnicos da rede estadual de ensino de Pernambuco. Segundo a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), do total de oportunidades, 7.223 são para a modalidade EAD semipresencial, enquanto 7.860 vagas são destinadas ao modelo subsequente presencial.

A seleção terá prova remota de português e matemática, reunindo 20 quesitos objetivos de múltipla escolha. Os exames estão previstos para o período de 14 a 22 de junho; já as inscrições seguem até o próximo dia 10, de maneira gratuita, por meio do site da seleção.

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Os cursos disponíveis são rádio, TV e internet, design gráfico, tradução e interpretação de Libras, nutrição e dietética, desenvolvimento de sistemas, recursos humanos, mecânica, multimídia e redes de computadores. Quando houver atividades presenciais, os encontros serão realizados em 46 escolas técnicas de Pernambuco.

“Na modalidade EAD Semipresencial, as aulas acontecem à distância, com encontros semanais e provas presenciais ao final do módulo. Podem se inscrever para esta modalidade estudantes do 2º ano do Ensino Médio em diante ou que já concluíram esta etapa de ensino. Já a modalidade Subsequente Presencial é voltada para pessoas que já concluíram o Ensino Médio, com aulas presenciais”, detalhou a SEE.

A divulgação do resultado com os nomes dos aprovados está prevista para 1º de julho. As matrículas ocorrerão de 5 a 9 do mesmo mês e o início das aulas está programado para 2 de agosto.

“O Governo do Estado segue sempre buscando oportunidades para que os pernambucanos possam ter uma melhor formação e, consequentemente, mais oportunidades profissionais. O lançamento deste edital neste momento é mais uma conquista para todos os nossos estudantes”, celebrou o secretário de Educação do Estado, Marcelo Barros, conforme a SEE.

As turmas de graduação presencial da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) iniciam, na próxima segunda-feira (24), o semestre letivo 2020.2. Por causa da pandemia da Covid-19, as atividades acadêmicas continuarão a ser realizadas de forma híbrida.

Para dar início ao semestre, a UFPE realizará um evento de abertura a partir das 9h, em seu canal no YouTube, que contará com a presença do reitor Alfredo Gomes e do vice-reitor Moacyr Araújo. Também participarão docentes, técnicos administrativos, gestores e discentes da instituição.

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A Universidade informa que para este semestre estão sendo ofertados 4.036 componentes curriculares e 7.465 turmas, incluindo EAD. Os cursos de graduação presencial podem ministrar as disciplinas de maneira exclusivamente remota ou de forma híbrida, a depender das especificidades.  

“É importante que os estudantes tenham o compromisso com o próprio processo de aprendizagem para que façam o seu melhor durante o semestre 2020.2. Ainda estamos enfrentando as adversidades geradas pela pandemia e nos reinventando quanto à melhor forma de ensinar e avaliar neste contexto. Assim, iremos construir juntos, professores, estudantes e técnicos, um semestre de qualidade para os processos de ensino, aprendizagem e avaliação”, disse, por meio de nota, a pró-reitora de Graduação, Magna do Carmo Silva.

 

O Pró-Enem, curso preparatório on-line e gratuito focado no Exame Nacional do Ensino Médio, está com inscrições abertas até 14 de junho. O projeto é organizado pelo Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

De acordo com a instituição de ensino, ao todo existem mil vagas para estudantes oriundos de escolas públicas ou em situação de vulnerabilidade social. As aulas serão realizadas remotamente a partir de 15 de junho.

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No ano passado, devido à pandemia da Covid-19, o preparatório passou a ser realizado a distância. “Foi nossa primeira experiência com curso on-line, por causa dessa capacidade de absorver mais alunos, ampliamos a oferta para mil vagas, mas a procura foi tão grande que tivemos 1.665 alunos inscritos”, lembrou o coordenador do cursinho, professor Marcos Barros, conforme informações da assessoria de comunicação da UFPB.

As inscrições podem ser feitas gratuitamente pela internet. No mesmo endereço virtual é possível obter mais informações a respeito do preparatório, bem como pelo WhatsApp (83) 99134-5524.

O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, declarou nesta quarta-feira (19), que as aulas presenciais na rede municipal de ensino da cidade só serão retomadas quando todos os professores estiverem vacinados contra a Covid-19. Em pronunciamento nas redes sociais, o gestor ainda prometeu que incentivará os alunos a acessarem conteúdos pedagógicos remotos.

Segundo Lupércio, por meio de parceria com a Fundação Lemann, a Prefeitura disponibilizará dados móveis para estudantes e professores. O prefeito ainda reforçou, conforme informações da assessoria de comunicação da Prefeitura: “Diante do atual cenário, quero firmar aqui um compromisso de que a Rede Municipal de Ensino de Olinda só voltará às aulas presenciais quando todos os professores estiverem vacinados”.

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Segundo o site de Olinda, mais de 101 mil doses de vacina contra o novo coronavírus foram aplicadas até o momento no município. Trabalhadores da saúde, idosos a partir dos 60 anos, coveiros, pessoas com comorbidades, puérperas, gestantes e quilombolas receberam a imunização. A inclusão dos docentes no plano de imunização ainda não foi oficializada.

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Com o início da pandemia da covid-19 no Brasil, em março de 2020, escolas de todo o país foram fechadas como parte das medidas para conter a propagação do novo coronavírus. O fechamento obrigou a substituição das aulas presenciais por aulas remotas pela internet. Um desafio inesperado para os professores, tanto de escolas particulares quanto de escolas públicas, que tiveram que superar as dificuldades e se adaptar à nova realidade.

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Para o professor de física Lauro Henrique Santana, que dá aulas para o ensino médio em três escolas públicas de Belém, o processo de adaptação às aulas remotas foi difícil por exigir uma nova série de habilidades. “Tive que aprender várias tecnologias, principalmente edição de vídeos. Fazer transmissões para Facebook, Youtube, Telegram, Instagram. Tive dificuldade em adaptar o ensino da física através de várias tecnologias”, contou.

Outra dificuldade é a infraestrutura de acesso à internet que, segundo Lauro, é precária na região Norte e exigiu um custo financeiro do educador para ser contornada. “Eu tive que pagar uma internet mais cara para produzir e transmitir uma live de qualidade. Imagina um aluno que está numa situação de internet compartilhada? fica difícil para ele receber a transmissão por uma qualidade melhor”, disse.

Com essas dificuldades, Lauro considera que o grande desafio das aulas pela internet é a interação professor-aluno. “Todo aluno tem a sua dificuldade de acessar a internet. No entanto, o professor deve criar metodologias para prender a atenção desse aluno. Como a física no esporte, a física e a música popular brasileira. O processo físico de explicação da covid-19, para que o aluno possa entender, no seu dia a dia, a realidade dessa pandemia”, explicou.

O professor também considera que a pandemia afetou negativamente o desempenho dos alunos. “Eu observo que o aluno não consegue atingir os objetivos da aula no ensino remoto comparado com as aulas presenciais”, finalizou.

Desafios

A pandemia do novo coronavírus escancarou a desigualdade no ensino paraense. Não tem sido fácil a adaptação do sistema remoto para Adelaide Gomes, que dá aula na rede municipal de Belém aos alunos do ensino fundamental.

O sentimento de frustração por não conseguir executar o plano de atividades como desejado e a rotina extensa e exaustiva de trabalho são sentimentos que acompanham a educadora há um ano. "É frustrante porque, como professora, eu não tenho experiência em videoaula, trabalhar com meet, e os nossos alunos não têm acesso à internet”, enumera Adelaide, afirmando sobre as dificuldades.

Em 15 anos de profissão, essa é a primeira vez que a professora afirma viver o pior momento da carreira. O motivo? A incapacidade de conseguir alcançar de forma imparcial todos os alunos. De acordo com a educadora, durante as aulas remotas, ela não consegue ensinar nem 20% da turma, que é composta por 36 alunos.

"A escola não dispõe de recursos [necessários]. [A falta de] livros também é outro ponto importante. Vêm livros, mas não vem livro suficiente para aquela quantidade de aula", afirma a professora.

Outro ponto a ser destacado pela educadora é a sobrecarga de trabalho durante esse período da pandemia. “Quando estava no presencial e trabalhava de manhã e tarde, não levava trabalho para casa. Hoje, a sensação que é que eu estou 24 horas on-line trabalhando. Porque mando atividade de manhã e a mãe [do aluno] só pode mandar à noite. Eu entendo também, não vou chegar e dizer: ‘Não vou receber’.”

Como forma de driblar as dificuldades e dar continuidade no ensino a distância, a professora conta que tem se disponibilizado em auxiliar mães e alunos por videochamada, principalmente porque a escola não fornece livros ou materiais de apoio aos alunos.

Rede privada

O professor Henac Almeida, que trabalha em duas escolas particulares de Belém dando aulas de biologia para alunos do ensino médio, diz que a mudança na rotina de aulas também teve um custo financeiro. “Eu fui obrigado a montar um estúdio em casa que tivesse um quadro, uma iluminação apropriada. Fazer um isolamento de som. Foi um investimento alto”, lembrou.

Henac também lembra que, no início da pandemia, a adaptação das aulas remotas no ambiente doméstico foi difícil. “Eu tenho um bebê. Meu filho vai fazer 3 anos ainda. Ele está sempre correndo, gritando. Quer sempre o pai para brincar. Então tive que me isolar para fazer as aulas”, explicou.

O professor conta que o fato de já possuir um canal no Youtube ajudou no processo de adaptação. “Aquele traquejo com a câmera, com a gravação, eu estou um pouquinho mais familiarizado. E isso acabou trazendo vantagem nessa hora de se adaptar para aula remota”, disse.

Atualmente, Henac diz que já está mais adaptado e que consegue manter com os alunos uma rotina semelhante à que tinha na sala de aula, graças aos investimentos pessoais e o suporte das escolas. “As escolas em que eu trabalho acabaram dando uma condição bem legal. Conseguiram trazer plataformas. Eu uso Zoom em uma escola e o Microsoft Teams no outro colégio. Funciona bem bacana”, afirmou.

Para o biólogo, os desafios que persistem até hoje são os de manter o interesse dos alunos nas aulas e fornecer aos professores condições para realizar uma aula de qualidade, como espaço físico adequado, com boa iluminação e equipamentos. “Esse é o desafio maior. Porque para manter o aluno interessado na aula a gente tem que estar se reconstruindo o tempo todo. E ter o espaço físico adequado, as ferramentas, um ambiente que favorece o trabalho do educador é importante. Não é todo professor que tem isso”, explicou.

Apesar de ter se adaptado bem às aulas remotas, o educador diz ter certeza de que o rendimento não é o mesmo se comparado com o ensino presencial, por causa da interação aluno-professor. “Essa vivência lado a lado está fazendo muita falta. Às vezes, na sala de aula, a gente está olhando o rostinho do aluno e ele não pergunta, porque tem vergonha. Mas pelo rostinho dele eu consigo saber que ele não aprendeu”, afirmou.

Segundo o professor, essa necessidade de interação presencial é ainda mais importante para os alunos mais novos do ensino fundamental. Diante dessa situação, observa, o professor deve ficar atento, repetir o conteúdo e encontrar soluções para que o aluno aprenda o máximo possível.

Além da interação aluno-professor, Henac Almeida considera que o maior impacto da pandemia na educação foi o aumento da desigualdade entre os estudantes. evidenciado pelo número de estudantes que se inscreveram no Enem mas não realizaram o exame, de acordo com o educador. “Muitos desistiram. Aqueles alunos que não tinham professores com condições de dá aula remota. Que não tinham internet em casa. Não tinham um local para estudar”, disse.

Por causa dessas desistências, muitos dos estudantes que fizeram o Enem no ano passado, para ingressar no ensino superior, possuíam melhores condições financeiras e eram de escolas com mais estrutura, segundo o professor. “A meu ver, como educador, aconteceu uma seleção horrível. Favoreceu a segregação social que já é nítida no Brasil. Faltou intervenção maior do Estado. Faltou uma política pública mais efetiva”, finalizou.

Por Amanda Martins e Felipe Pinheiro.

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