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Um homem foi parar na delegacia após furtar um saco com restos mortais de um cemitério e jogar em uma calçada em Glória do Goitá, Zona da Mata Norte de Pernambuco, por volta das 13h da quarta-feira (30). Segundo o delegado da cidade, João Gaspar Ribeiro de Souza, o suspeito parecia estar embriagado.

Nas redes sociais, muitas pessoas disseram que se tratava de um ato macabro ou ritualístico, o que foi negado pelo delegado. O coveiro do Cemitério Santo Urbano estava fazendo a remoção de ossada e teria deixado um saco parado no local, quando houve o roubo. “Talvez ele até tivesse achado que houvesse algo de valor no saco. Quando viu que não tinha, provavelmente decidiu jogar o conteúdo no chão”, avalia o delegado.

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O homem foi ouvido pelos policiais. Após prestar depoimento e ter a identidade checada, ele foi liberado. Os restos mortais foram recolhidos.

A Secretaria de Serviços Públicos de Guarulhos anunciou que o Cemitério Nossa Senhora do Bonsucesso (rua Catarina Maria de Jesus, 708 – Bonsucesso) irá realizar sepultamentos gratuitos. As sepulturas do tipo comum serão destinadas somente para sepultamentos gratuitos e os sepultamentos contatados serão oferecidos nas gavetas verticais dos cemitérios. 

O serviço gratuito será disponibilizado para familiares que não tem condições financeiras de pagar as despesas do funeral, tendo a renda inferior a meio salário mínimo vigente.

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Famílias que são inscritas em programas sociais (como Bolsa Família, Renda Cidadã, etc.) e doadores de órgãos e tecidos também tem gratuidade no serviço funeral. Para isso, é requerida a cópia do comprovante de recebimento de benefício ou cópia de declaração comprobatória da efetiva doação de órgãos e tecidos do falecido.

Para mais informações, acesse o site da Prefeitura http://www.guarulhos.sp.gov.br/secretarias/servicos-publicos e clique em Serviço Funerário Municipal.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra  jovens 'surfando' em um ônibus em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na terça-feira (13). O grupo estava seguindo para o enterro de um amigo, no Cemitério de Beberibe. 

A 'carona' no ônibus era uma forma de homenagear o jovem falecido, de nome Marlon, conhecido como 'Rei do Surf'. De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte, o motorista da linha 895 - Alto do Sol Nascente/TI Xambá  foi obrigado a transportar o usuário, sob ameaça de agressão.

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Os passageiros entraram de forma gratuita no coletivo. A Rodoviária Caxangá, empresa responsável por aquela linha, lamentou o ocorrido. 

De acordo com a empresa, a orientação é que os motoristas não façam a viagem com pessoas na parte externa do veículo e solicitem apoio policial. Entretanto, a empresa diz que não foi possível o motorista seguir a orientação devido à ameaça e a ausência de viatura policial no trajeto.

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As pessoas que abriram o túmulo de uma mulher enterrada a mais de dez dias devem responder por violação de urna funerária, crime previsto no artigo 210 do Código Penal com pena de reclusão de um a três anos. A família acreditava que Rosângela Almeida dos Santos estava viva e vizinhos do cemitério disseram ter ouvido gritos vindos do local em que ela estava enterrada. O caso foi em Riachão das Naves, na Bahia.

“Ela [a mãe] pode não ter violado, mas autorizou e é meu dever relatar isso no inquérito. Mas provavelmente o juiz deve absolvê-la por ela ser a mãe e agir pela emoção”, relatou o delegado Arnaldo Monte ao jornal Correio 24 Horas. O delegado contou ao G1 que as informações que levaram os familiares a violarem o túmulo não passaram de "boatos". Outro delegado, Antistenes Benvindo, que fez o registro do caso, também afirmou que a situação relatada pelos familiares não se sustenta.

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Conforme Benvindo, a mãe de Rosângela estava sonhando há dias que a filha estava viva. Apesar da informação de parentes de que o corpo estava revirado e com ferimentos nas mãos e na testa, o delegado disse: "Ela estava do mesmo jeito, intacta. O irmão dela mesmo disse". Antistenes também acrescentou que as informações sobre ferimentos não são verídicas.

Sobre o relato de que o corpo da vítima estava conservado, a polícia disse ao G1 que informações médicas relatam que o uso de antibióticos durante o internamento e o tempo chuvoso favoreceram uma decomposição lenta.

Uma perícia foi feita no túmulo. A polícia espera concluir o caso em duas semanas.

Rosângela Almeida dos Santos, de 37 anos, estava internada no Hospital do Oeste, em Barreiras, com infecção respiratória. No dia 28 de janeiro, ela sofreu um choque séptico e faleceu. Um médico da unidade ouvido pelo G1 contou que nas últimas 24 horas antes da morte da mulher ela já apresentava quadro grave e irreversível.

Tristeza e muita comoção marcaram o velório e sepultamento do piloto Daniel Cavalcanti Figueira Galvão, que morreu depois da queda do helicóptero da Rede Globo na última terça-feira (23), na praia de Brasília Teimosa, no Pina, Zona Sul do Recife. O enterro foi realizado no cemitério de Santo Amaro na manhã desta quarta-feira (24). 

Perto das 11h da manhã deu-se início ao cortejo, composto por familiares e amigos de Daniel, que seguiu da casa funerária Maria Tereza, onde o velório estava sendo realizado desde às 17h da última terça-feira (23). Durante o percurso, a mãe de Daniel foi amparada pelo outro filho e por uma irmã.

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Pouco depois o corpo de Daniel foi sepultado e recebeu uma salva de palmas de todos os que estavam presentes. Por fim, o pastor evangélico, que acompanhou todo o sepultamento, deixou uma mensagem de conforto para os familiares e amigos de Daniel. Aumentando ainda mais a emoção, um helicóptero deu voltas sobre o cemitério como forma de homenagem ao piloto.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Roberto Quirino, gerente comercial da empresa em que Daniel trabalhava, falou sobre como foi receber a notícia do falecimento do amigo. Roberto também disse estar na expectativa para que a causa do acidente fosse descoberta. “Foi um choque. A gente não esperava, até porque Daniel era um piloto muito competente e experiente. Além disso, a aeronave estava em perfeitas condições de voo. Nada que justificasse o que aconteceu”, disse.

“A gente tem todas as atenções voltadas para as vítimas. Agora o foco será na recuperação do Miguel Brendo, que está no hospital. Estamos torcendo para que tudo dê certo”, complementou. “A gente espera que, realmente, encontrem a causa. Isso para a gente é muito importante. Vamos contribuir no que for preciso para que os órgãos competentes façam esse trabalho de investigação”, finalizou.

A 1ª Sargento Lia Maria Abreu de Souza, de 34 anos, também morreu no acidente. Ela será enterrada no Rio de Janeiro.

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Na localidade da Asa Sul, no Distrito Federal, três mulheres ficaram feridas durante um sepultamento que estava acontecendo no Cemitério Campo da Esperança. Após uma das placas que cobria um túmulo ceder, elas caírem na cova.

Conforme divulgado pelo Correio Brasiliense, o acidente aconteceu na tarde dessa quinta-feira (11). Em apuração do site, o Corpo de Bombeiros informou que nenhuma das mulheres, que têm idades entre 31,35 e 52 anos (e não tiveram seus nomes revelados), ficaram gravemente feridas; sofreram apenas algumas luxações nos ombros e pés. 

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Depois dos primeiros socorros, as vítimas foram encaminhadas para um hospital regional.

Em Caxias do Sul, Serra do Rio Grande do Sul, um homem de 37 anos morreu após bater no muro do Cemitério Público Municipal quando fugia de uma blitz. O acidente aconteceu por volta das 6h deste sábado (11).

A vítima conduzia um Renault Logan prata e estaria em alta velocidade, conforme o relato de testemunhas à Brigada Militar. Segundo apurado pela RBS TV, marcas de frenagem foram observadas na via. O corpo do homem foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Caxias do Sul, onde deve ser submetido a necropsia.

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Cemitérios públicos e privados da cidade de Florianópolis, Santa Catarina, estão autorizados para realizar o sepultamento de animais domésticos, prioritariamente cães e gatos. O prefeito da capital catarinense, Gean Loureiro, sancionou a lei nesta última segunda-feira (6). O vereador Tiago Silva foi o responsável por apresentar o Projeto de Lei nº 1.685/2017. 

O vereador acredita que com isso contemplará melhor todos os donos de pets. Em entrevistas à imprensa local ele explicou que são raros os cemitérios e crematórios particulares destinados a animais domésticos e muitos cobram taxas altas, o que acaba inviabilizando a utilização pela maioria dos donos dos bichos. Esta medida é destinada para famílias do concessionário da campa ou jazigo dos cemitérios.

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Para o prefeito catarinense esse será um benefício sanitário de grande valia, já que, conforme disse em entrevistas, a destinação incorreta do corpo dos animais no meio ambiente pode acarretar proliferação de doenças e contaminação do lençol freático.

Um incêndio atingiu o Cemitério Dom Bosco, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, na última quinta-feira (3), Dia de Finados. Não houve feridos nem comprometimento da estrutura do cemitério. 

O fogo teve início por volta das 17h no velário do cemitério, local onde as pessoas acendem velas. As chamas foram combatidas pelos próprios funcionários. Os bombeiros foram acionados apenas para averiguar se ainda havia focos de incêndio. 

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As velas acesas causaram o incêndio, de acordo com a Prefeitura de Caruaru. Ninguém ficou ferido e a gestão municipal informou que não houve maiores danos à estrutura do velário. 

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No Dia de Finados, na próxima quinta-feira (2), um ato em frente ao Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, lembrará as mortes por homofobia no Brasil. Em 2017, de acordo com o Instituto Boa Vista (IBV), o Brasil concentra a maior média de assassinatos de pessoas LGBT desde os anos 1980. 

Até o último dia 20 de setembro, o Grupo Gay da Bahia contabilizava 277 homicídios contra a população LGBT. Pela primeira vez, a média de homicídios por crimes de ódio em relação às diversidades sexuais e identidades de gênero ultrapassa um assassinato por dia.

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Durante o ato, considerado silencioso, um grupo apresentará uma faixa conscientizando a população para os números. "É preciso criar uma política ampla de proteção a essas minorias, assegurando que haja a inclusão no organograma das polícias civil e militar, além da criação de setores especializados em Direitos Humanos LGBT", disse Acioli Neto, diretor do IBV, instituto por trás do protesto.  O ato está marcado para as 10h e terá uma hora de duração. 

Nesse Dia de Finados, celebrado sempre no dia 2 de novembro, mais de 50 mil pessoas devem circular pelos cinco cemitérios públicos da capital pernambucana, segundo informado pela prefeitura do Recife. São eles: o cemitério de Casa Amarela, Parque das Flores, Santo Amaro, Tejipió e Várzea. Ainda conforme a gestão municipal, todos esses espaços estão prontos para receber o público. "O trabalho de conservação foi intensificado e o órgão já está preparando uma programação para atender aos visitantes", afirmou a assessoria da prefeitura.

Os cemitérios de Santo Amaro, Parque das Flores e Várzea contarão com celebrações religiosas durante todo o dia. No primeiro, acontecerão às 9h (recitação do terço) e às 10h (celebração da missa). O arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, irá celebrar a missa das 10h em Santo Amaro, e a das 16h no Parque das Flores. Pelo segundo ano consecutivo haverá, no cemitério de Santo Amaro, a participação do Conservatório Adventista de Música, no horário das 7h às 17h, com a apresentação da Orquestra de Sinos, instrumentistas e músicos (piano, violinos e flautas).

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A prefeitura afirma que dentre as ações no dia dos finados está o incremento nos serviços de limpeza e manutenção com um esquema especial, que terá início às 6h com expectativa de término às 22h. Ao todo, serão 230 homens trabalhando nos cemitérios e também nas ruas do entorno. Ficam também à disposição dos visitantes, na administração dos Cemitérios, funcionários habilitados para ajudar na localização dos jazigos e ossuários.

 

A imagem de um caixão de defunto sendo utilizado como porta de uma igreja vem repercutindo nas redes sociais desde o domingo (29). A capela fica no cemitério Nossa Senhora da Assunção, conhecido como cemitério velho, na cidade de Sapé, no Brejo da Paraíba. 

O presidente da Câmara de Vereadores, Jhoni Rocha (PSDB), através de suas redes sociais, fez uma crítica e referiu-se à situação como um "descaso". A prefeitura alega que a oposição teria armado o cenário para ridicularizar a gestão do prefeito Roberto Feliciano (PSB).

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De acordo com informações do Jornal da Paraíba, a porta da capela tinha quebrado e a prefeitura levou para o conserto. Em virtude disso, um dos coveiros que trabalha no cemitério colocou um caixão na porta para evitar que pessoas de uma comunidade próxima consumissem drogas dentro da capela.

Em nota divulgada ao portal ExpressoPB, o secretário de Comunicação de Sapé, Romero Baunilha, declarou que devido ao Dia de Finados, na próxima quinta-feira (2), a Prefeitura Municipal de Sapé está limpando e restaurando os cemitérios da cidade.

"Aproveitando-se destas adequações, um indivíduo sem respeito pelos que já se foram, montou um cenário – no mínimo repulsivo – que demonstra a falta de caráter desta pessoa, cujo único objetivo é criar polêmica e fazer politicagem barata e inadmissível, atingindo não só o governo, mas denegrindo a imagem da cidade de Sapé bem como a dos seus moradores", relatou Romero.

A Prefeitura de Olinda informou que um dia após realizar a pintura do Cemitério Público de Águas Compridas, o muro do local amanheceu pichado nesta quinta-feira (26). A gestão condenou o fato, apontando que é preciso deslocar pessoal que estaria em outras ações de manutenção pela cidade para atender uma demanda já concluída.

O serviço de zeladoria está sendo intensificado no cemitério para receber as pessoas no Feriado de Finados, na quinta-feira (2). A prefeitura pede que a população acione o 190 se flagrar a ação de pichadores. 

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A edição do Diário Oficial da última quinta-feira (19) divulgou que o Governo do Estado aprovou o tombamento do cemitério Senhor da Boa Sentença, localizado no bairro do Varadouro, em João Pessoa. A partir de agora, o espaço irá integrar ao Patrimônio Histórico da Paraíba.

O documento ressalta que o local comporta um complexo de detalhes arquitetônico e cultural, sendo considerado um dos mais importantes da época da sua construção.

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Desta forma, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba (IPHAEP) passará a tomar as providências cabíveis.

A câmara refrigerada do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife está lotada de corpos. Dezenas, arrisca dizer um funcionário que preferiu não se identificar. O LeiaJá teve acesso a um vídeo recente dos freezers que mostra uma das salas com corpos empilhados no chão. Corpos que deviam ser sepultados em menos de um mês ficam três, quatro meses se acumulando. Após esse período, serão enterrados como indigentes, sem cerimônia ou alguém que lamente a perda.

Para um corpo ser enterrado como indigente, é necessária uma ordem judicial. Já para conseguir essa ordem, alguém do IML tem que resolver a documentação com o cartório de origem do morto - que pode ficar bem longe do Recife, visto que muitos corpos vêm para a capital por falta de estrutura. “Não temos uma equipe especializada em resolver as questões judiciais, aí os corpos vão se acumulando, o grande problema é esse”, diz o funcionário do instituto.

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“Quando a família reconhece o corpo e decide deixar para a Caridade porque diz ‘olha, não temos condição de pagar o enterro’, aí entre 15 e 20 dias a Caridade leva. Mas têm corpos que não são reclamados pela família, ninguém aparece. Se ele for de um lugar próximo, Vitória de Santo Antão ou região metropolitana, aí ainda se resolve em dois meses. Mas se for um lugar longe, aí passam três, quatro, cinco meses lá esperando”, conta o funcionário.

Com estrutura deficitária, o IML também não possui setor responsável por procurar famílias de pessoas não reclamadas, mas que chegaram ao IML portando documentos. Ninguém faz isso. Um número significativo de pessoas é enterrada como indigente, mesmo estando identificada. Acabam no cemitério Parque das Flores, na Zona Oeste do Recife.

Sepultamento

O Parque das Flores é, de fato, florido. Bem conservado, possui uma fonte e um projeto paisagístico de Burle Marx logo na entrada. Os setores onde os corpos estão enterrados são divididos por nome de flores. Quase invisível, afastado dos demais espaços, longe da vista, está um setor que não recebe nome de flor: a Caridade - citada pelo empregado do IML. Não tem nome de flor porque não tem flor. É uma área descampada, onde os indigentes jazem escondidos. A área segue até uma entrada de uma mata, onde o LeiaJá não pode se aproximar porque haviam acabado de enterrar alguns corpos.

Abaixo, galeria com o setor da Caridade, no Parque das Flores:

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Mesmo com tantos corpos aguardando a vez de serem sepultados como indigentes, os números de pessoas enterradas em tal condição já surpreende. Em 2012, por exemplo, segundo levantamento do LeiaJá, 745 pessoas foram sepultadas assim no Cemitério Parque das Flores - média de mais de dois enterros por dia. Um levantamento da Prefeitura de São Paulo mostrou que entre junho de 2014 e junho de 2015 foram enterradas 791 pessoas em valas para indigentes. De acordo com a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2016, a população do Recife era de 1.625.583 habitantes enquanto a de São Paulo era de 12.038.175, ou seja, números próximos para uma diferença populacional muito díspare.

São pessoas que morrem sem receber uma simples homenagem. Enterradas sem lágrimas e sem cerimônias, como se nunca tivessem existido ou ninguém as conhecesse. Sepultados sem ser notícia para ninguém, mesmo que alguns tenham sido identificados.

É o caso de Adriano Rezende do Nascimento, de 31 anos, enterrado neste ano; ou Vanderlei Pereira de Souza, de 34 anos, e Alexandro Soares dos Santos, 24, ambos enterrados em 2016; ou ainda José Luiz da Silva, 37, sepultado em 2015; e Edna Souza Moreira Neta, 28, colocada na vala de indigência em 2013.

Além das famílias pobres que pedem para o parente ser sepultado como indigente ou de pessoas em situação de rua, que passaram a vida sendo invisíveis e morreram sem ninguém ver, uma parcela expressiva dos que chegam à Caridade são natimortos e recém-nascidos. Ou seja, crianças que nem chegaram a receber o nome. A família decide enterrar como indigente, tendo os custos dos sepultamentos pagos pela prefeitura. Nos livros, são classificados geralmente como “NM (natimorto) de [nome da genitora]”. Em 2015, por exemplo, 58% dos indigentes enterrados eram crianças.

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Os números referentes a 2017 vão de janeiro a 14 de agosto

Mas por que pessoas são enterradas na Caridade mesmo de posse de seus documentos?

As respostas são diversas. Por exemplo, vários dos indigentes com nome são idosos. Ednalda Bezerra da Silva faleceu aos 109 anos; José Ramos da Costa, aos 90; e José Amaro da Silva Filho, aos 85. A coordenadora do Parque das Flores contou que esses são casos geralmente de idosos que já não possuíam parentes ou amigos próximos. Acabam morrendo sem alguém para procurá-los.

A coordenadora também acredita que muitos são estrangeiros. Mas, em conversa informal, diz ter casos com provável ligação com o tráfico de drogas. São o tom de pele, tatuagem e vestimenta que levantam a hipótese. Outros eram parentes de famílias pobres, sem condição de pagar o enterro.

Motivos que parecem mais determinantes, porém, são a falta de comunicação entre os órgãos, ausência de equipe específica para identificar parentes, como no caso do IML, e dados precários.

Já houve casos divulgados na imprensa de pessoas procuradas por familiares, mas que já estavam enterradas como indigentes. É o caso de Alan Porto Damasceno, 34 anos, que havia sido procurado por parentes inclusive no IML, mas foi parar na Caridade. No livro de registros, ao lado do seu nome está escrito “família não vai tirar ossada”, indicando que o corpo de Alan Porto permaneceu no setor de indigência.

Através da internet, a reportagem procurou descobrir a história de algumas pessoas que se foram como se ninguém as conhecesse, deixando para trás apenas o nome em um livro de cemitério. O fato de se ter encontrado informações sobre esses sepultados não indica necessariamente displicência do IML em seu trabalho de busca de parentes, visto que os sepultamentos como indigentes podem ter ocorrido por opção da família ou por falta de condições financeiras dos parentes. Também não é possível determinar com certeza que se trata da mesma pessoa presente no livro de registros, apesar de que dados como idade e local apontam para isso. Além disso, optamos por não divulgar o nome dos parentes, apenas o do indigente, presente em um livro de cemitério público.

Roberto Severino Bispo, de 48 anos, enterrado em 2016 na Caridade era suspeito de assassinar Genival Cristóvão do Araújo, de 39 anos em 2011. O corpo de Genival foi encontrado com vários disparos de arma de fogo em uma localidade conhecida como Jardim Paulista Baixo, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). Argentina de Jesus Nunes, de 28 anos, ex-presidiária, foi enterrada em 2015. Ela estava em frente à casa da companheira em Surubim, no Agreste de Pernambuco, quando dois homens se aproximaram em uma motocicleta e efetuaram disparos de espingarda calibre 12. O crime ocorreu no dia 1º de dezembro de 2014. O LeiaJá achou documentos na internet apontando o nome do pai e da mãe da vítima.

Augusto José Paes da Silva, enterrado em 2015, aos 58 anos, provavelmente é o mesmo Augusto José Paes da Silva que virou notícia em vários jornais pelo país. Cego, ele era acusado de aplicar golpes em mais de dez estados brasileiros. Augusto pedia auxílio financeiro para ajudar deficientes visuais, passando-se por desembargador ou presidente de Tribunal de Justiça, mas o dinheiro ficava para ele mesmo. Ele contou ter aplicado o golpe até no ex-governador do Ceará Luiz de Gonzaga Mota. 

Como é possível perceber, os casos com mais informações são aqueles relacionados com crimes. Porém, há muitas menções a prováveis outros sepultados em diferentes contextos.

Desaparecidos

Uma matéria do LeiaJá de 2015 aponta que apenas 17% dos desaparecidos no Estado são encontrados. Agentes da Delegacia de Desaparecidos do Recife contaram ao LeiaJá que é pouco provável que indigentes estejam na lista de desaparecidos porque quando alguém vai registrar uma ocorrência sempre é indicado que procure o ente no IML. Baseando-se no caso de Alan Porto, entretanto, talvez não seja tão improvável assim, visto que a família procurou o instituto. O LeiaJá solicitou à Polícia Civil a listagem de desaparecidos para cruzar com a de indigentes identificados, mas até o fechamento da reportagem o material não havia sido enviado.

Os agentes da Delegacia de Desaparecidos do Recife reclamam da falta de comunicação. A delegacia sempre procura no Hospital da Restauração se há alguém que consta como desaparecido, mas nunca recebe uma ligação da unidade de saúde informando que há um morto com documentos mas sem parentes. O IML também não aciona a delegacia para nenhum tipo de busca.

Vale dizer que as informações sobre desaparecidos de Pernambuco é precária. Em 2015, havia 962 casos registrados. No site da Polícia Civil, na área de desaparecidos, há apenas o registro de quatro casos. No Disque-Denúncia há outros quatro casos. E no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos existem apenas cinco pessoas na lista referente a Pernambuco. Com essas informações ínfimas, é praticamente improvável que a população consiga ajudar.

Nova Iorque

A Hart Island, em Nova Iorque, é uma ilha que abriga um cemitério de indigentes, pessoas pobres e em situação de rua. Desde 2014, foi feita uma legislação para que os cidadãos pudessem visitar os túmulos. 

Um projeto intitulado Traveling Cloud Museum (Museu da Nuvem Viajante, em inglês) registrou mais de 65 mil pessoas sepultadas, para que o familiar pudesse encontrar o ente querido e adicionar sua história.

A partir do site do projeto, qualquer usuário pode escrever quem foi aquele enterrado como indigente. Além disso, o site permite que a pessoa saiba exatamente o local do cemitério onde as pessoas estão enterradas.

Resposta do IML

O Instituto de Medicina Legal (IML) alega que não existe acúmulo de corpos nas câmaras refrigeradas do órgão, mesmo o LeiaJá tendo acesso a um vídeo exibindo corpos ensacados e amontados no freezer. Mesmo assim, o instituto diz os corpos que estão na câmara, lá se encontram por motivos diversos, como exames tanatoscópicos, toxicológicos, exames de DNA ou esperando reconhecimento familiar. 

>> IML: sujeira e corpos jogados à imundice

Sobre os corpos não identificados, o IML ressalta existir um convênio entre a Secretaria de Defesa Social (SDS) junto ao Ministério Público e o Judiciário para autorizarem que seja feito o enterro o mais breve possível. Após oito dias sem que apareça nenhum familiar, diz a nota, o IML entra em contato com o Judiciário para que o processo de autorização para o sepultamento seja iniciado. Ao completar 15 dias, uma empresa funerária executaria o enterro do corpo como indigente. Ou seja, período bem distante do que foi relatado pela pessoa que convive no instituto.

"Importante ressaltar, no entanto, que antes de liberar o corpo, o IML recolhe as impressões digitais, o DNA e a fotografa (sic), para que se houver uma procura posterior dos familiares, o Instituto tenha subsídios para a identificação", assinala o IML. 

 

O LeiaJá questionou ao órgão porque não faz buscas por famílias de pessoas encontradas com documentos, mas o Instituto não respondeu. A reportagem também havia questionado se não deveria haver um núcleo especializado em resolver as questões judiciais para o sepultamento de indigente, o que também não foi respondido pelo órgão, que, como já demonstrado, considera o processo ágil.

Ao criticar mais uma vez o governo Temer, o senador Humberto Costa (PT) disse, nesta segunda-feira (24), que a economia do país está em “frangalhos”. “O governo Temer vem transformando o Brasil num cemitério de obras. Um país que está com a economia em frangalhos como a nossa deveria investir, incentivar a economia, para que a roda volte a girar, mas esta gestão ilegítima parece determinada a afundar o país em um poço sem fundo”. 

Segundo o petista, dados divulgados hoje pela FGV e Ipea revelam que o volume de investimento público deve chegar apenas a 0,39% do Produto Interno Bruto (PIB). “Obras que deveriam ser concluídas este ano, como a Transposição do Rio São Francisco, só devem ser encerradas no ano que vem”, lamentou. 

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Humberto voltou a falar sobre realização de eleições diretas como “solução para resolver a crise”. Ele afirmou que o país só voltará a crescer "ouvindo os brasileiros", que são os que devem definir um nome para ocupar a presidência do país. 

O parlamentar ainda disse que Lula foi o melhor presidente da história brasileira porque sabia que era necessário fazer investimentos públicos. “E Lula foi o melhor presidente que este país já teve porque sabia exatamente disso”. 

 

 

Um sítio arqueológico de 1.200 anos, com ossadas humanas e vasos de cerâmica, foi encontrado a oeste da capital nicaraguense, onde existia uma cemitério pré-colombiano, disseram nesta terça-feira (20) os pesquisadores.

O sítio foi encontrado na área onde é construído o novo Estádio Nacional de Beisebol e contém vestígios de enterros, urnas funerárias de cerâmica e restos humanos, segundo especialistas citados pela emissora estatal Canal 6. Uma ossada mostra o crânio com alguma dentição e extremidades, embora já não existam os restos correspondentes a mãos e pés.

Os materiais encontrados por operários que faziam as escavações para a instalação elétrica da iluminação do estádio "correspondem a um contexto funerário de 800 a 350 anos depois de Cristo", explicou a diretora de Arqueologia do Instituto Nicaraguense de Cultura (INC), Ivonne Miranda.

Também encontraram objetos que datam do mesmo período nas cidades de Masaya e Granada (sudeste) e Rivas (sul), explicou.

"Isto permite compreender um pouco melhor como foi a dispersão destes materiais em um mesmo espaço de tempo [...] e tentar resgatar a identidade cultura dos antigos povoados de Manágua", comentou a especialista.

A descoberta arqueológica também "serve [para saber] como era o comportamento de nossas sociedades pré-hispânicas", assinalou Miranda.

O estudo das urnas funerárias está a cargo do INC junto com o Centro Arqueológico de Documentação da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua e da prefeitura de Managua.

As peças arqueológicas serão levadas para o Palácio Nacional da Cultura para a análise em laboratório, segundo Miranda.

O terreno onde foi encontrado este cemitério ficou desabitado durante muitos anos e ao seu redor está a Universidade de Engenharia e um condomínio de militares construído na década de 1990.

Grandes celebridades da música e do cinema se reuniram em Hollywood, nesta sexta-feira (26), para dar o último adeus a Chris Cornell, um dos cantores mais emblemáticos do rock grunge, que faleceu há uma semana.

Brad Pitt, Pharrell Williams, Christian Bale e Josh Brolin, entre outros membros do olimpo do entretenimento, acompanharam a família em uma cerimônia privada, na qual foi homenageado com música.

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O roqueiro Tom Morello e o ator Brolin fizeram discursos carregados de elogios, segundo a Billboard.com. Depois de encerrada a cerimônia privada, um grupo de fãs também quis dar seu último adeus.

De 52 anos e com um impressionante registro de voz, Cornell foi um pioneiro do grunge na década de 1990 com seu grupo Soundgarden.

Ele faleceu depois de se apresentar no dia 17, no Fox Theater de Detroit, em Michigan, na última escala de uma viagem da banda, que voltou a se reunir em 2010.

Sobreviveu à sua mulher, Vicky Karayiannis Cornell, com quem teve uma filha de 12 e um menino de 11. Já tinha um filho, de outro casamento.

A Polícia investiga um possível suicídio, mas sua mulher descarta essa hipótese.

"O que aconteceu é inexplicável, e tenho a esperança de que os próximos boletins médicos deem mais detalhes. Sei que ele amava nossos filhos e que não lhes faria mal, tirando sua vida de forma intencional", disse sua viúva, em um comunicado.

Sua sepultura fica perto da de Johnny Ramone, cuja lápide tem uma escultura do roqueiro punk tocando guitarra.

Em uma rua sem saída no extremo sul de São Paulo, cinco mulheres e um rapaz caminham para a única propriedade daquelas bandas: o Cemitério de Colônia, fundado em 1829 em terreno cedido por Dom Pedro I no distrito de Parelheiros. Diferentemente do que a localização sinaliza, contudo, o diminuto cortejo não estava ali para participar de um rito fúnebre, mas para encorpar o vai e vem pelo terreno causado por uma insuspeita atividade: a literatura. Ali, onde costumava ser a casa do coveiro, funciona desde 2009 a Biblioteca Comunitária Caminhos da Leitura.

Frequentadores afirmam não estranhar a localização, que, em geral, passa despercebida. A exceção ocorre apenas na proximidade do Dia das Bruxas, quando a biblioteca promove o Sarau do Terror, espetáculo artístico que costuma arrastar 150 pessoas para o meio de sepulturas centenárias.

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É nesse ambiente, que muitos associam ao medo, que Sidineia Chagas, de 23 anos, busca realizar um sonho: transformar Parelheiros em um grande polo cultural. Ativista em coletivos como o time de futebol Perifeminas, ela é a gestora da Caminhos da Leitura - que ajudou a fundar com a ONG Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac). Sobre a experiência, ela já fez relatos em eventos de Brasília a Berlim.

"A biblioteca é a minha base, aqui temos sonhos coletivos. Minha missão daqui para a frente é ajudar a fortalecer outros grupos para atender as necessidades da região", diz a jovem, que ingressou no projeto sob protestos de familiares, especialmente por, na época, estar grávida do filho Octávio Henrique, de 8 anos.

"Hoje eles participam também, mas, no início, eu sofria muita pressão para arrumar emprego, até porque não recebia apoio financeiro. Agora, eles entendem que aqui é o meu ativismo e a minha fonte de renda", explica a jovem.

Paulistana, a garota se mudou para o bairro Colônia em 2004 após um episódio de violência envolvendo a família. Na biblioteca, ajudou a organizar o acervo de mais de 4 mil livros, dentre os quais estão obras de autoria de sua principal referência literária, Carolina de Jesus, escritora que, assim como ela, é negra e morou na região.

Aqui e ali. Hoje, além do cemitério, a biblioteca se espalha por três unidades básicas de saúde e no Cantinho de Histórias, espaço criado há um ano em uma casa de Parelheiros. Além do empréstimo de livros, há atividades culturais e de formação, como sessões de cinema e oficinas de culinária - tudo organizado da forma acessível. "Os livros infantis estão em prateleiras baixas para incentivar a autonomia", exemplifica o mediador de leitura Bruno de Souza, de 21 anos.

Segundo Bel Santos Mayer, coordenadora do Ibeac, o projeto tem o propósito de ser "democrático" desde o início, quando a ONG decidiu concentrar as ações em um único território. "Pesquisamos qual era o pior bairro de São Paulo para se viver. Pretendíamos mostrar que nenhum lugar é ruim de verdade, e os moradores nos buscaram porque também queriam potencializar as coisas boas daqui." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pelo menos 40 pessoas morreram em duas explosões simultâneas em uma área frequentada por peregrinos xiitas na capital da Síria, Damasco. A agência estatal de notícias Sana disse que as explosões aconteceram perto do cemitério Bab al-Saghir, um dos mais antigos da capital e onde estão enterradas importantes figuras religiosas. Segundo a agência, o cemitério foi danificado pelas explosões.

De acordo com rede de TV al-Manar, do Líbano, autoridades sírias disseram que dois homens-bomba foram responsáveis pelo ataque. Já a TV árabe Al-Mayadeen disse que as explosões aconteceram num momento em que a área estava sob segurança reforçada. Fonte: Associated Press.

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