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Foi publicada na edição desta quinta-feira (5) do Diário Oficial da União a Lei 14.192, que estabelece regras para prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher. A norma foi sancionada sem vetos do presidente Jair Bolsonaro. 

A nova lei tem origem no PL 5.613/2020, da deputada Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).  Entre as ações previstas no texto, estão a criminalização de abusos e a determinação de que o enfrentamento a esse tipo de violência faça parte dos estatutos partidários. 

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Agora é considerada violência política contra as mulheres toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir, obstaculizar ou restringir os direitos políticos delas, não apenas durante as eleições, mas no exercício de qualquer função política ou pública. Também serão punidas práticas que depreciem a condição da mulher ou estimule sua discriminação em razão do sexo feminino ou em relação a cor, raça ou etnia. 

O PL 5.613/2020 foi aprovado por unanimidade no Senado em 13 de julho e elogiado pela bancada feminina após a votação. 

A proposta aprovada pelo Legislativo e agora sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro fez alterações em três diplomas que já estavam em vigor: a Lei 4.73, de 1965 (Código Eleitoral); a Lei 9.096, de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), e a Lei 9.504, de 1997 (Lei das Eleições). 

*Da Agência Senado

Cerca de seis em cada dez brasileiros usam o WhatsApp e oito em cada dez têm conta no Facebook. Num país com mais de 200 milhões de habitantes, controlar a enxurrada de conteúdo - e de desinformação - será um desafio para as eleições de 2022. Para a professora e pesquisadora Patrícia Rossini, do Departamento de Comunicação e Mídia da Universidade de Liverpool, apenas a checagem do que é publicado nas redes sociais como tática de combate à desinformação não é o suficiente.

"Cancelar contas da plataforma, tirar do ar quem espalha desinformação, isso me parece - pelo menos foi nos EUA - bastante eficaz. Todas as pessoas que saíram das plataformas perderam muito o alcance", disse Patrícia, que acompanhou as duas últimas eleições presidenciais americanas e seu comportamento nas redes.

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Existem particularidades do Brasil em relação ao consumo e difusão de notícias?

Uma tendência que a gente observa no Brasil é o crescente uso de WhatsApp como fonte de informação. Hoje, no Brasil, Facebook e WhatsApp são usados numa intensidade muito similar para o consumo de notícias, o que é algo bastante particular do Brasil. Eu me pergunto muito o que as pessoas consideram notícia.

Vimos publicações de Donald Trump serem censuradas. É possível uma reação parecida aqui?

Acho que é possível esperar uma reação mais enérgica durante o período eleitoral, em virtude de uma relação preexistente entre o Tribunal Superior Eleitoral e essas empresas. O custo para a democracia, para as instituições e para o próximo processo eleitoral é muito grande. E há o custo de não agir. O custo da inação, em termos de opinião pública, talvez seja mais alto. Ao mesmo tempo, isso não aconteceu ainda fora dos Estados Unidos, uma intervenção mais enérgica das plataformas.

Mas houve alguma mudança a partir da pandemia, não?

Sim. Porque qualquer coisa que você postar que tenha qualquer palavra que eles identifiquem como relacionada à covid, já há alguma informação que te manda o link de órgãos oficiais. Mas, em relação ao discurso político, a tendência dessas plataformas tem sido menos enérgica.

No Twitter, o perfil do deputado Osmar Terra (MDB-RS), por exemplo, divulga desinformação sobre a pandemia do novo coronavírus e a plataforma faz muito pouco para conter.

De maneira geral, as plataformas são muito pouco eficazes no combate à desinformação, e até mesmo na aplicação das próprias regras de moderação fora da língua inglesa. Não há escala nas plataformas para lidar com o volume de desinformação que circula fora da língua inglesa. O Twitter já entendeu que é melhor você tentar coibir o alcance. Tirar recursos como RT (retuíte), reply (resposta dada a um tuíte), eles já entenderam que isso é possível. Não entendo como isso não é feito de forma mais enérgica com usuários com muitos seguidores. Tenho alguma crença de que o que aconteceu nos EUA serviu como um alerta de que é preciso agir mais rápido e, talvez, de forma preventiva. Mas não sei se isso se transferiria para um pleito eleitoral fora dos EUA.

Isso parece preocupante, se pensarmos no volume de usuários do Facebook e do WhatsApp no Brasil.

Se alguém for atuar de forma mais rígida na eleição, imagino que seja o Facebook. O WhatsApp, sei que eles tentam trabalhar de forma próxima a governos e a órgãos de controle, como TSE, e há uma tentativa de identificar mau uso (da plataforma). A questão do WhatsApp acho que é mais complexa. Enquanto o Facebook poderia, preventivamente, dar informação correta sobre as eleições, mandar para o site do TSE, o WhatsApp não tem acesso a esse conteúdo.

Qual a importância desse posicionamento para as eleições no Brasil?

A gente gostaria de acreditar que é importante que você tenha plataformas com combate à desinformação, direcionando pessoas para fontes de informação que são críveis, relevantes e confiáveis. O problema é: é confiável para quem? Porque você pode mandar para o site do TSE, mas a pessoa precisa confiar no TSE. E se ela não confia?

Como lidar com isso?

Se houver um combate um pouco mais contundente, talvez seja possível. Cancelar contas da plataforma, tirar do ar quem espalha desinformação. Porque isso me parece - pelo menos foi nos EUA - ser bastante eficaz. Todas as pessoas que saíram das plataformas perderam muito o alcance. Tanto é que Trump teve uma tentativa de criar o próprio blog e desistiu porque tinha um alcance muito pequeno. No Brasil, é bastante clara a divisão entre quem confia no governo, no presidente e em seus seguidores, que, de propósito, estão seguindo a cartilha de Trump, colocando questionamento sobre a validade das eleições. Se Osmar Terra sair do Twitter, é possível, sim, que isso tenha um efeito maior. Porque essas pessoas caem no esquecimento se elas saem das plataformas.

Por que apenas a checagem de notícias pode não ser suficiente?

É um assunto problemático. As evidências científicas que nós temos mostram que o que a gente tem sobre eficácia de correção, seja correção por algoritmo, filtro, fact checking, são evidências mistas. Porque elas podem funcionar, mas funcionam para algumas pessoas, não para outras. Tem uma pesquisa que a indiana Sumitra Badrinathan fez, tentando mostrar como identificar desinformação no WhatsApp. Um mês depois, ela foi ver se as pessoas tinham aprendido, se eram capazes de identificar, e nada. Não adiantou absolutamente nada ter passado uma hora com uma série de participantes explicando para eles. O que ela encontrou é que, para a população em geral, os resultados não são nem melhores, nem piores. Mas, para as pessoas pró-governo, piorou. Ao longo do tempo, eles se tornaram menos capazes, após a intervenção, de identificar desinformação. É isso, são remédios que funcionam, mas não funcionam para todo mundo.

Tivemos, recentemente, a suspensão da conta do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), mas a decisão foi revista pelo próprio Facebook, que disse ter havido um "equívoco". Falta transparência nas decisões por parte das plataformas?

Sem dúvida. Elas parecem, na maior parte do tempo, arbitrárias. Todas essas empresas, Facebook, Twitter, tendem a ser muito resistentes a agir contra conteúdo político de desinformação. Porque elas não querem ser acusadas de ser enviesadas. Eles sabem que, ao suspender ou banir Eduardo, vai dar muito problema.

Qual o seu maior receio para 2022?

O que me preocupa mais, no caso brasileiro, é para onde os usuários vão. Twitter, Facebook e WhatsApp estão sob escrutínio há algum tempo e, portanto, estão um pouco mais preparadas para lidar com demandas da Justiça Eleitoral. E nisso há a migração para o Telegram. No Telegram, vale tudo. São grupos de até 200 mil pessoas, um número absurdo. Preocupam essas outras plataformas, que poderiam se tornar perigosas nas eleições.

No mês de julho celebra-se o "Julho das Pretas", que tem como objetivo colocar em evidência o debate sobre as políticas públicas de enfrentamento ao racismo e a todas formas de violação de direitos.

Diante disso, na próxima sexta-feira (23), a Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, promoverá uma ação de cidadania e saúde nos terreiros da cidade, em alusão ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. 

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O intuito é reconhecer os terreiros como espaços de promoção à cidadania e à saúde. Além disso, a programação busca desconstruir imagens estigmatizadas do povo negro e de suas manifestações culturais e religiosas. 

A ação ocorrerá no Ylê Asé Omo Ogundê, do Babalorixá Hypolito D'Ogum, localizado na TV Joaquim Távora, 797, Centro, das 09:00h às 12:00h e das 13:00h às 16:00h, no dia 23 de julho. Na ocasião, vários serviços serão disponibilizados para o público.

Serviços de Saúde

Documentos necessários: Cartão SUS, Documento de Identificação com Foto, CPF e

Comprovante de Residência Atualizado.

Mamografia – (40 vagas pela manhã e 40 vagas à tarde);

Orientações sobre serviços de saúde da mulher ofertados pela Unidade de Saúde (Manhã e tarde);

Teste rápido de HIV/Sífilis/Hepatite A e B (30 vagas pela manhã);

Glicose (manhã e tarde);

Aferição de pressão (manhã e tarde);

Orientações Alimentação Saudável – Nutrição (manhã e tarde);

Orientações de Saúde Bucal (manhã e tarde);

Confecção de Cartão SUS (manhã);

Psicologia - Abordagens referentes à depressão e ansiedade para vítimas de preconceito e discriminação  (manhã);

Orientação do canal para a população se comunicar com o serviço, seja para sugerir, denunciar ou intervir de alguma outra forma (manhã e tarde);

Orientações de controle social e gestão participativa (manhã e tarde).

Serviços de Políticas Sociais e Direitos Humanos

Documentos necessários: CPF, RG, CTPS, Título de Eleitor, Certidão de Nascimento ou Casamento, Comprovante de Residência atualizado, Comprovante de Matrícula Escolar (caso tenha filho (a)

Informação sobre cadastro único (manhã);

Atualização do Bolsa Família (manhã);

Encaminhamento para emissão de certidão de nascimento, casamento e óbito  (manhã);

Carteira do Idoso (manhã);

Vem Livre Acesso (manhã);

Orientação para requerer o benefício BPC/LOAS (manhã);

Criança Feliz (manhã);

Cadastramento da população LGBTI+ (manhã e tarde);

Cadastramento das Comunidades Tradicionais Afro-Indígenas (manhã e tarde).

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (1º) a Operação Fake Ink, com o objetivo de combater um grupo criminoso suspeito de fraudar licitação do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), para aquisição de suprimentos de informática (cartuchos de tinta), no estado de Mato Grosso.

Segundo a PF, as investigações, iniciadas em 2020, constataram que os envolvidos criavam empresas de fachada que concorriam em pregões eletrônicos com preços abaixo do mercado. Porém, após vencerem os certames, o material entregue não correspondia ao produto especificado, diferente da marca solicitada ou  falsificado.

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Foram expedidos pela 5ª Vara Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso sete mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária. O nome da Operação Fake Ink – tinta falsa no idioma inglês – é uma referência ao fato de a organização criminosa fornecer aos órgãos públicos em que venciam as licitações cartuchos falsificados.

Os países devem adotar "medidas imediatas" contra o "racismo sistêmico" sofrido pelos negros - destacou a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, poucos dias depois da condenação do policial que matou George Floyd nos Estados Unidos.

"O 'status quo' é insustentável", afirmou Bachelet na publicação de um relatório solicitado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU após o assassinato de Floyd em maio de 2020.

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"Precisamos de uma abordagem transformadora que aborde os âmbitos interconectados que estimulam o racismo e levam reiteradamente a tragédias que poderiam ser evitadas, como a morte de George Floyd", completou.

Na sexta-feira, Derek Chauvin, o policial branco que asfixiou com o joelho no pescoço o afro-americano que virou símbolo da violência racial nos Estados Unidos, foi condenado a 22 anos e meio de prisão, uma sentença que reflete o impacto da tragédia.

O relatório afirma que a morte de Floyd, os grandes protestos que desencadeou e o veredicto contra o agente "representam um marco na luta contra o racismo e uma oportunidade transcendental para alcançar um ponto de inflexão a favor da igualdade e da justiça raciais".

"A mobilização mundial para pedir justiça racial forçou um reconhecimento longamente adiado do racismo e reorientou os debates à natureza sistêmica do fenômeno às instituições que o cometem", afirma o texto.

"Exorto os Estados para que deixem de negar e comecem a desmantelar o racismo, para que acabem com a impunidade e estimulem a confiança, para que escutem as vozes das pessoas afro-descendentes, que enfrentem os legados do passado e procurem uma justiça reparadora", completa Bachelet em um comunicado anexo.

Estatísticas étnicas 

Para a alta comissária, o racismo sistêmico implica que a população africana, ou de ascendência africana, está marginalizada econômica e politicamente, sem acesso à educação ou a atendimento de saúde de qualidade, ou sem uma representação adequada na sociedade.

Neste sentido, o relatório pede que os Estados adotem planos de resposta "que envolvam o conjunto do governo e tenham recursos suficientes".

Também recomenda a compilação e a publicação de estatísticas desagregadas por raça, ou etnia, para "entender melhor a magnitude do racismo sistêmico (...) e para avaliar a eficácia das medidas políticas".

Nos países onde os dados são separados, os números são preocupantes, aponta o informe.

No Canadá, um negro tem 20 vezes mais probabilidades de se ver envolvido em um tiroteio fatal com a polícia.

No Reino Unido, há seis controles policiais para cada 1.000 brancos, e 54, para cada 1.000 negros.

E, segundo um relatório da França em 2016, os jovens negros, ou magrebinos, tinham 20 vezes mais probabilidade de passarem por controles de identidade que as demais pessoas.

- Floyd, uma exceção -

O Alto Comissariado também examinou 190 casos de pessoas africanas, ou afro-americanas, falecidas em contatos com as forças de segurança e destacou que, "em muitos incidentes examinados (...) as vítimas não representavam uma ameaça iminente de morte, ou de lesões graves, que justificasse o nível de força utilizado".

Sete "casos representativos" foram examinados de maneira detalhada, incluindo os do colombiano Janner García Palomino e dos brasileiros João Pedro Mattos Pinto e Luana Barbosa dos Reis Santos.

"Com exceção do caso George Floyd, nenhuma pessoa foi declarada responsável por estas mortes, e as famílias ainda aguardam a verdade e a justiça", disse a diretora do departamento de Estado de direito, igualdade e não discriminação do Alto Comissariado, Mona Rishmawi.

"Constatamos que não há um único exemplo em que se tenha tratado da questão das reparações individuais, ou coletivas", acrescentou.

O organismo da ONU também solicitou a aplicação de "mecanismos de controle independentes", além de estimular um trabalho de revisão histórica.

O relatório aponta a "necessidade longamente adiada de enfrentar os legados da escravidão, do comércio transatlântico de escravos africanos e do colonialismo, além de procurar uma justiça reparadora". Também destaca a "falta de reconhecimento oficial da responsabilidade dos Estados", instituições e pessoas que participaram dos fatos e continuam sendo beneficiadas.

Países que combateram a pandemia de Covid-19 com vigor e concederam incentivos fiscais significativos ocupam as primeiras posições de um ranking do crescimento econômico neste início do ano. A avaliação é do economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, que elaborou o ranking considerando o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre.

Pelo levantamento da Austin, o Brasil perdeu sete posições na passagem do último trimestre do ano passado para o primeiro deste ano, caindo para o 19.º lugar, numa lista de 50 economias que já divulgaram seus resultados. Para o economista, o País só conseguiu se manter nesta posição por conta da alta do preço das commodities e pela maior demanda da China - que tiveram impacto positivo nos negócios das empresas exportadoras brasileiras.

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Lideram a lista Croácia (crescimento de 5,8% sobre o quarto trimestre de 2020), Hong Kong (5,4%), Estônia (4,8%), Chile (3,2%) e Cingapura (3,1%). Na América do Sul, a Colômbia também ficou à frente do Brasil, com avanço do PIB de 2,9% no período. O Brasil cresceu 1,2% no primeiro trimestre, ante o quarto do ano passado, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O PIB do Brasil só foi bom porque o preço das commodities (matérias-primas com cotação internacional) está no maior nível desde 2009", disse Agostini ao Estadão/Broadcast. "O resultado do PIB no primeiro trimestre não reflete a nossa realidade doméstica, que é uma recuperação ainda descompassada, muito do lado da produção para o exterior e menos para o consumo doméstico, que está acontecendo ainda em passos lentos", completou o economista.

Após os dados divulgados nesta terça, 1º, vários analistas do mercado financeiro revisaram para cima suas projeções para o crescimento econômico em 2021, mas a Austin Rating manteve inalterada sua estimativa, de 3,3%. Para 2022, a agência de classificação de risco espera crescimento de 3%.

Segundo Agostini, apesar de indicações de um maior crescimento em 2021, algumas incertezas ainda estão na mesa, como possíveis novas altas da taxa básica de juros (a Selic, hoje em 3,5% ao ano); os efeitos da crise hídrica; o processo lento de imunização contra o covid-19; a forte elevação dos custos de produção, com destaque para as altas recordes dos preços das commodities; o cenário fiscal ainda fragilizado; e a redução dos estímulos monetários nas economias desenvolvidas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O dia 31 de maio é o Dia Internacional de Combate ao Fumo, instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e visa colocar em pauta os prejuízos do cigarro, que são inúmeros e afetam de modo constante os fumantes e os quem vivem a sua volta. Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), morrem, por dia, 443 pessoas por tabagismo no Brasil. Esse número alarmante reforça a necessidade urgente do combate ao fumo.

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A pneumologista Fátima Amine diz que, antes de tudo, é necessário entender que todas as formas de consumir o tabaco são prejudiciais, inclusive o narguilé e o cigarro eletrônico. “Segundo a OMS, uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde a uma exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros”, explica a médica.

O Inca afirma que os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são tão prejudiciais quanto os cigarros convencionais, não são seguros e possuem substâncias tóxicas além da nicotina, o que pode causar doenças respiratórias. Somado ao risco de intoxicação, há também o risco de explosão, podendo causar danos físicos e materiais.

Além disso, Fátima frisa que, ao ser um fumante, todos os sistemas e órgãos do corpo são afetados, e diversas doenças podem ser desenvolvidas, tais como AVC (acidente vascular cerebral), infarto do miocárdio, enfisema, infertilidade, câncer de pulmão, de estômago, entre outras.

A coordenadora executiva Ana Paula Santos parou de fumar há dez anos, e diz que foi em busca da qualidade de vida. “Pedalava, fazia academia, reduzi o consumo de industrializados, me alimentava melhor e então caí na real que não adiantava nada disso, se continuasse fumando e absorvendo inúmeras substâncias químicas, através do cigarro”, conta Ana Paula.

O processo de combate ao cigarro foi complicado, mas Ana Paula afirma que conseguir parar de fumar foi libertador: “Conseguir frequentar qualquer lugar sem me preocupar onde poderei fumar é libertador, assim como aprender a lidar com o nervosismo e a ansiedade. O cigarro foi minha companhia em situações desse tipo durante muitos anos. Ele traz companhia, acalma e depois a gente vê que existe uma vida normal sem ele. É possível”.

Tanto a pneumologista quanto a coordenadora executiva afirmam que parar de fumar é difícil, mas é um caminho viável e necessário. “Seja forte e corajoso. Não vou mentir, pois é sofrido tentar parar. Não sei qual a crença de quem vai ler esse texto, mas nessas horas ter um lado espiritual fortalecido é fundamental para trazer renovo depois de um dia difícil”, aconselha Ana Paula.

A médica Fátima pontua que a luta contra o tabagismo deve ser feita com ajuda profissional, e citou o programa CRATF – Centro de Referência em Abordagem e Tratamento de Fumante -, oferecido pela Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública), para todos os residentes na Região Metropolitana de Belém. O serviço tem como objetivo central preparar os fumantes para largar o fumo, fornecendo atendimento e acompanhamento médico, psicológico, enfermagem, nutricional, assistência social e odontológica.

O centro se encontra na URES – Presidente Vargas, número 513, e pode ser contatado pelo telefone (91)3242-5645.

Por Roberta Cartagenes e Haroldo Pimentel.

O Facebook anunciou nesta quarta-feira (26) que desmantelou mais de 150 operações de manipulação da opinião pública desde 2017 e nomeou a Rússia como a maior fonte deste tipo de campanha enganosa, que tem como objetivo influenciar certos usuários para obter ganhos políticos, ou financeiros.

A rede social, que até 2016 não temia este tipo de operação, tornou-se uma máquina poderosa, com milhares de funcionários de segurança em busca de ameaças.

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As operações de comportamento enganoso coordenado (coordinated inauthentic behavior, CIB) se multiplicaram há cinco anos, quando uma campanha russa desenvolvida para manipular os eleitores americanos revelou o potencial da plataforma para atores sem escrúpulos.

Desde então, este gigante da tecnologia investiu muito em recursos humanos e sistemas automatizados. Também estabeleceu alianças com seus vizinhos californianos e as autoridades. Isso foi suficiente para obrigar os grupos responsáveis por essas operações a adaptarem suas táticas.

"Eles buscam permanecer indetectáveis aos radares", disse o diretor de regulamentos de segurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, em coletiva de imprensa sobre um relatório apresentado por sua equipe nesta quarta-feira.

Ao se tornarem mais discretos, os atores maliciosos também possuem um impacto mais limitado.

O Facebook destaca ainda que as campanhas de influência confundem os limites entre manipulação e liberdade de expressão.

"Ultrapassam os limites do comportamento aceitável on-line", afirmou Gleicher.

A rede social estima que os grupos especializados nessas manobras continuarão aproveitando crises e momentos de incerteza, como a pandemia, ou as eleições, para ampliarem as divisões.

"Nós detectamos e eliminamos campanhas de influência que tentaram recrutar pessoas para publicar conteúdo falsamente autêntico, sem que essas pessoas soubessem", diz o relatório.

"Também vimos vozes genuínas, incluindo o ex-presidente dos Estados Unidos, promovendo informação falsa amplificada por operações de vários países, como Rússia e Irã", completa o informe.

A Rússia esteve por trás de 27 das 150 campanhas encontradas, orquestradas em cerca de 50 países. O Irã ocupa o segundo lugar, com 23 operações.

Os Estados Unidos são o país que mais serviu como alvo, seja por grupos sofisticados financiados por Estados, por adeptos das teorias da conspiração, ou por líderes políticos marginais.

Enquanto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou, nesta terça-feira (4), na Câmara que o governo liberou R$ 5 bilhões para a Saúde combater o novo coronavírus já nas primeiras semanas da pandemia, em março do ano passado.

Guedes listou todas as ações do governo federal desde o começo da pandemia, como a aprovação do orçamento de guerra, a criação do auxílio emergencial e os programas de crédito para as empresas.

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"Foi um ano trágico para o Brasil e para a humanidade. Foi uma doença de proporções bíblicas que nos atingiu quando a economia estava se recuperando e começando a rodar em um ritmo melhor, graças às reformas que aprovamos antes. O Brasil teria colapsado na pandemia se não tivéssemos aprovado a reforma da Previdência", afirmou Guedes, em audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação; Educação; Trabalho, Administração e Serviço Público; e Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Inicialmente, estava prevista a participação do ministro também na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), mas os deputados membros preferiram remarcar a audiência pública para o dia 9 de junho. Apesar da reunião conjunta desta terça, as demais comissões pretendem votar requerimentos para também ouvir o ministro individualmente.

"Eu considero uma obrigação minha estar disponível para conversar com as diversas comissões. Ao longo dessa pandemia, participei de dez sessões com a Comissão Mista da Câmara e do Senado para acompanhar os gastos com a covid. Prestei contas em tempo real sobre a crise econômica e as nossas reações", afirmou Guedes. "Pode demorar uma ou duas semanas pra conseguir uma agenda, mas vou estar disponível para todas as comissões", completou.

A SNK anunciou o retorno do time Orochi para o game de luta "The King of Fighters XV", composto por Chris, Yashiro e Shermie. Nesta semana, a empresa divulgou o trailer de gameplay e apresentou a jogabilidade de Chris. O game deve ser lançado ainda este ano. Veja:

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O trio esteve presente na franquia em "The King of Figters 97" (1997), onde se apresentava como a banda de rock C.Y.S., mas que na verdade eram reencarnações dos Quatro Reis Celestiais de Orochi. Após a conclusão do arco, eles participaram de "The King of Figters 98" (1998) e "The King of Figters 2002", que não tinha história, pois se tratava de uma reunião com todos os lutadores que passaram pela série.

Chris é o vocalista da banda e integra os Quatro Reis Celestiais. Ele aparenta ser um jovem educado, que embora não possua muita força física, usa agilidade como uma vantagem nos combates. Ao final de "The King of Figters 97", o personagem se transforma no temível Orochi, principal inimigo do time Três Tesouros Sagrados, composto por Kyo, Iori e Shizuru.

O time também é constituído pelo guitarrista Yashiro, que possui várias sequências de combos rápidos e causam danos nas barras de vida dos adversários. Outra que também retorna em "The King of Fighters XV" é a designer de moda e tecladista do conjunto musical C.Y.S., Shermie, que possui um estilo de combate semelhante à luta livre.

Um grupo de quase 200, entre os mais renomados economistas do País, assinam uma carta aberta em que pedem medidas efetivas de combate à pandemia da Covid-19. Entre eles, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, Marcílio Marques Moreira, Maílson da Nóbrega e Ruben Ricupero, os ex-presidentes do Banco Central Armínio Fraga, Gustavo Loyola, Pérsio Arida, Ilan Goldfajn e Affonso Celso Pastore e ligados ao mercado financeiro, como o presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira, e o conselheiro do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles.

O manifesto será enviado na próxima semana aos líderes dos três poderes: o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e o da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

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Ao chamar a situação social de "desoladora", os especialistas detalham perspectivas de agravamento das condições econômicas do País. Dizem que a piora da perspectiva não se dá por ausência de recursos, mas pela falta de prioridade à vacinação. Pedem e detalham alternativas a quatro pontos: aceleração do ritmo de vacinação; incentivo ao uso e distribuição de máscaras; implementação de medidas de distanciamento social locais, com coordenação nacional; e criação de mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional.

Entre outros alertas, ele dizem que, com 40% da força de trabalho do País ganhando a vida de maneira informal e sem qualquer proteção contra o desemprego, é preciso ação imediata. Pedem também a retomada urgente de medidas de apoio a pequena e médias empresas. Propõe ainda o andamento em paralelo "de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais."

Leia a carta na íntegra:

O País Exige Respeito; a Vida Necessita da Ciência e do Bom Governo

Carta Aberta à Sociedade Referente a Medidas de Combate à Pandemia

O Brasil é hoje o epicentro mundial da Covid-191, com a maior média móvel de novos casos.

Enquanto caminhamos para atingir a marca tétrica de 3 mil mortes por dia e um total de mortes acumuladas de 300 mil ainda esse mês, o quadro fica ainda mais alarmante com o esgotamento dos recursos de saúde na grande maioria de estados, com insuficiente número de leitos de UTI, respiradores e profissionais de saúde. Essa situação tem levado a mortes de pacientes na espera pelo atendimento, contribuindo para uma maior letalidade da doença.

A situação econômica e social é desoladora. O PIB encolheu 4,1% em 2020 e provavelmente observaremos uma contração no nível de atividade no primeiro trimestre deste ano?. A taxa de desemprego, por volta de 14%, é a mais elevada da série histórica, e subestima o aumento do desemprego, pois a pandemia fez com que muitos trabalhadores deixassem de procurar emprego, levando a uma queda da força de trabalho entre fevereiro e dezembro de 5,5 milhões de pessoas.

A contração da economia afetou desproporcionalmente trabalhadores mais pobres e vulneráveis, com uma queda de 10,5% no número de trabalhadores informais empregados, aproximadamente duas vezes a queda proporcional no número de trabalhadores formais empregados?.

Esta recessão, assim como suas consequências sociais nefastas, foi causada pela pandemia e não será superada enquanto a pandemia não for controlada por uma atuação competente do governo federal. Este subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia. Sabemos que a saída definitiva da crise requer a vacinação em massa da população. Infelizmente, estamos atrasados. Em torno de 5% da população recebeu ao menos uma dose de vacina, o que nos coloca na 45ª posição no ranking mundial de doses aplicadas por habitante.

O ritmo de vacinação no país é insuficiente para vacinar os grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI) no 1º semestre de 2021, o que amplia o horizonte de vacinação para toda a população para meados de 2022.

As consequências são inomináveis. No momento, o Brasil passa por escassez de doses de vacina, com recorrentes atrasos no calendário de entregas e revisões para baixo na previsão de disponibilidade de doses a cada mês. Na semana iniciada em 8 de março foram aplicadas, em média, apenas 177 mil doses por dia.

No ritmo atual, levaríamos mais de 3 anos para vacinar toda a população. O surgimento de novas cepas no país (em especial a P.1) comprovadamente mais transmissíveis e potencialmente mais agressivas, torna a vacinação ainda mais urgente. A disseminação em larga escala do vírus, além de magnificar o número de doentes e mortos, aumenta a probabilidade de surgirem novas variantes com potencial de diminuir a eficácia das vacinas atuais.

Vacinas são relativamente baratas face ao custo que a pandemia impõe à sociedade. Os recursos federais para compra de vacinas somam R$ 22 bilhões, uma pequena fração dos R$ 327 bilhões desembolsados nos programas de auxílio emergencial e manutenção do emprego no ano de 2020.

Vacinas têm um benefício privado e social elevado, e um custo total comparativamente baixo. Poderíamos estar em melhor situação, o Brasil tem infraestrutura para isso. Em 1992, conseguimos vacinar 48 milhões de crianças contra o sarampo em apenas um mês.

Na campanha contra a Covid-19, se estivéssemos vacinando tão rápido quanto a Turquia, teríamos alcançado uma proporção da população duas vezes maior, e se tanto quanto o Chile, dez vezes maior. A falta de vacinas é o principal gargalo. Impressiona a negligência com as aquisições, dado que, desde o início da pandemia, foram desembolsados R$ 528,3 bilhões em medidas de combate à pandemia, incluindo os custos adicionais de saúde e gastos para mitigação da deteriorada situação econômica. A redução do nível da atividade nos custou uma perda de arrecadação tributária apenas no âmbito federal de 6,9%, aproximadamente R$ 58 bilhões, e o atraso na vacinação irá custar em termos de produto ou renda não gerada nada menos do que estimados R$ 131,4 bilhões em 2021, supondo uma recuperação retardatária em 2 trimestres.

Nesta perspectiva, a relação benefício custo da vacina é da ordem de seis vezes para cada real gasto na sua aquisição e aplicação. A insuficiente oferta de vacinas no país não se deve ao seu elevado custo, nem à falta de recursos orçamentários, mas à falta de prioridade atribuída à vacinação.

O quadro atual ainda poderá deteriorar-se muito se não houver esforços efetivos de coordenação nacional no apoio a governadores e prefeitos para limitação de mobilidade. Enquanto se busca encurtar os tempos e aumentar o número de doses de vacina disponíveis, é urgente o reforço de medidas de distanciamento social.

Da mesma forma é essencial a introdução de incentivos e políticas públicas para uso de máscaras mais eficientes, em linha com os esforços observados na União Europeia e nos Estados Unidos.

A controvérsia em torno dos impactos econômicos do distanciamento social reflete o falso dilema entre salvar vidas e garantir o sustento da população vulnerável. Na realidade, dados preliminares de óbitos e desempenho econômico sugerem que os países com pior desempenho econômico tiveram mais óbitos de Covid-19. A experiência mostrou que mesmo países que optaram inicialmente por evitar o lockdown terminaram por adotá-lo, em formas variadas, diante do agravamento da pandemia - é o caso do Reino Unido, por exemplo. Estudos mostraram que diante da aceleração de novos casos, a população responde ficando mais avessa ao risco sanitário, aumentando o isolamento voluntário e levando à queda no consumo das famílias mesmo antes ou sem que medidas restritivas formais sejam adotadas.15 A recuperação econômica, por sua vez, é lenta e depende da retomada de confiança e maior previsibilidade da situação de saúde no país.

Logo, não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada.

O efeito devastador da pandemia sobre a economia tornou evidente a precariedade do nosso sistema de proteção social. Em particular, os trabalhadores informais, que constituem mais de 40% da força de trabalho, não têm proteção contra o desemprego. No ano passado, o auxílio emergencial foi fundamental para assistir esses trabalhadores mais vulneráveis que perderam seus empregos, e levou a uma redução da pobreza, evidenciando a necessidade de melhoria do nosso sistema de proteção social. Enquanto a pandemia perdurar, medidas que apoiem os mais vulneráveis, como o auxílio emergencial, se fazem necessárias. Em paralelo, não devemos adiar mais o encaminhamento de uma reforma no sistema de proteção social, visando aprimorar a atual rede de assistência social e prover seguro aos informais. Uma proposta nesses moldes é o programa de Responsabilidade Social, patrocinado pelo Centro de Debate de Políticas Públicas, encaminhado para o Congresso no final do ano passado.

Outras medidas de apoio às pequenas e médias empresas também se fazem necessárias. A experiência internacional com programas de aval público para financiamento privado voltado para pequenos empreendedores durante um choque negativo foi bem-sucedida na manutenção de emprego, gerando um benefício líquido positivo à sociedade.

O aumento em 34,7% do endividamento dos pequenos negócios durante a pandemia amplifica essa necessidade. A retomada de linhas avalizadas pelo Fundo Garantidor para Investimentos e Fundo de Garantia de Operações é uma medida importante de transição entre a segunda onda e o pós-crise.

Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive.

Medidas indispensáveis de combate à pandemia: a vacinação em massa é condição sine qua non para a recuperação econômica e redução dos óbitos.

1. Acelerar o ritmo da vacinação.

O maior gargalo para aumentar o ritmo da vacinação é a escassez de vacinas disponíveis. Deve-se, portanto, aumentar a oferta de vacinas de forma urgente. A estratégia de depender da capacidade de produção local limitou a disponibilidade de doses ante a alternativa de pré-contratar doses prontas, como fizeram o Chile e outros países. Perdeu-se um tempo precioso e a assinatura de novos contratos agora não garante oferta de vacinas em prazo curto. É imperativo negociar com todos os laboratórios que dispõem de vacinas já aprovadas por agências de vigilância internacionais relevantes e buscar antecipação de entrega do maior número possível de doses. Tendo em vista a escassez de oferta no mercado internacional, é fundamental usar a política externa - desidratada de ideologia ou alinhamentos automáticos - para apoiar a obtenção de vacinas, seja nos grandes países produtores seja nos países que têm ou terão excedentes em breve.

A vacinação é uma corrida contra o surgimento de novas variantes que podem escapar da imunidade de infecções passadas e de vacinas antigas. As novas variantes surgidas no Brasil tornam o controle da pandemia mais desafiador, dada a maior transmissibilidade.

Com o descontrole da pandemia é questão de tempo até emergirem novas variantes. O Brasil precisa ampliar suas capacidades de sequenciamento genômico em tempo real, de compartilhar dados com a comunidade internacional e de testar a eficácia das vacinas contra outras variantes com máxima agilidade. Falhas e atrasos nesse processo podem colocar em risco toda a população brasileira, e também de outros países.

2. Incentivar o uso de máscaras tanto com distribuição gratuita quanto com orientação educativa.

Economistas estimaram que se os Estados Unidos tivessem adotado regras de uso de máscaras no início da pandemia poderiam ter reduzido de forma expressiva o número de óbitos. Mesmo se um usuário de máscara for infectado pelo vírus, a máscara pode reduzir a gravidade dos sintomas, pois reduz a carga viral inicial que o usuário é exposto. Países da União Europeia e os Estados Unidos passaram a recomendar o uso de máscaras mais eficientes - máscaras cirúrgicas e padrão PFF2/N95 - como resposta às novas variantes. O Brasil poderia fazer o mesmo, distribuindo máscaras melhores à população de baixa renda, explicando a importância do seu uso na prevenção da transmissão da Covid.

Máscaras com filtragem adequada têm preços a partir de R$ 3 a unidade. A distribuição gratuita direcionada para pessoas sem condições de comprá-las, acompanhada de instrução correta de reuso, teria um baixo custo frente aos benefícios de contenção da Covid-1923. Considerando o público do auxílio emergencial, de 68 milhões de pessoas, por exemplo, e cinco reusos da máscara, tal como recomenda o Center for Disease Control do EUA, chegaríamos a um custo mensal de R$ 1 bilhão. Isto é, 2% do gasto estimado mensal com o auxílio emergencial. Embora leis de uso de máscara ajudem, informar corretamente a população e as lideranças darem o exemplo também é importante, e tem impacto na trajetória da epidemia. Inversamente, estudos mostram que mensagens contrárias às medidas de prevenção afetam a sua adoção pela população, levando ao aumento do contágio.

3. Implementar medidas de distanciamento social no âmbito local com coordenação nacional.

O termo "distanciamento social" abriga uma série de medidas distintas, que incluem a proibição de aglomeração em locais públicos, o estímulo ao trabalho a distância, o fechamento de estabelecimentos comerciais, esportivos, entre outros, e - no limite - escolas e creches. Cada uma dessas medidas tem impactos sociais e setoriais distintos. A melhor combinação é aquela que maximize os benefícios em termos de redução da transmissão do vírus e minimize seus efeitos econômicos, e depende das características da geografia e da economia de cada região ou cidade. Isso sugere que as decisões quanto a essas medidas devem ser de responsabilidade das autoridades locais.

Com o agravamento da pandemia e esgotamento dos recursos de saúde, muitos estados não tiveram alternativa senão adotar medidas mais drásticas, como fechamento de todas as atividades não-essenciais e o toque de recolher à noite. Os gestores estaduais e municipais têm enfrentado campanhas contrárias por parte do governo federal e dos seus apoiadores. Para maximizar a efetividade das medidas tomadas, é indispensável que elas sejam apoiadas, em especial pelos órgãos federais. Em particular, é imprescindível uma coordenação em âmbito nacional que permita a adoção de medidas de caráter nacional, regional ou estadual, caso se avalie que é necessário cercear a mobilidade entre as cidades e/ou estados ou mesmo a entrada de estrangeiros no país. A necessidade de adotar um lockdown nacional ou regional deveria ser avaliado. É urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial, definindo critérios para a sua adoção em termos de escopo, abrangência das atividades cobertas, cronograma de implementação e duração.

Ademais, é necessário levar em consideração que o acréscimo de adesão ao distanciamento social entre os mais vulneráveis depende crucialmente do auxílio emergencial. Há sólida evidência de que programas de amparo socioeconômico durante a pandemia aumentaram o respeito às regras de isolamento social dos beneficiários. É, portanto, não só mais justo como mais eficiente focalizar a assistência nas populações de baixa renda, que são mais expostas nas suas atividades de trabalho e mais vulneráveis financeiramente.

Dentre a combinação de medidas possíveis, a questão do funcionamento das escolas merece atenção especial. Há estudos mostrando que não há correlação entre aumento de casos de infecção e reabertura de escolas no mundo. Há também informações sobre o nível relativamente reduzido de contágio nas escolas de São Paulo após sua abertura.

As funções da escola, principalmente nos anos do ensino fundamental, vão além da transmissão do conhecimento, incluindo cuidados e acesso à alimentação de crianças, liberando os pais - principalmente as mães - para o trabalho. O fechamento de escolas no Brasil atingiu de forma mais dura as crianças mais pobres e suas mães. A evidência mostra que alunos de baixa renda, com menor acesso às ferramentas digitais, enfrentam maiores dificuldade de completar as atividades educativas, ampliando a desigualdade da formação de capital humano entre os estudantes. Portanto, as escolas devem ser as últimas a fechar e as primeiras a reabrir em um esquema de distanciamento social. Há aqui um papel fundamental para o Ministério da Educação em cooperação com o Ministério da Saúde na definição e comunicação de procedimentos que contribuam para a minimização dos riscos de contágio nas escolas, além do uso de ferramentas comportamentais para retenção da evasão escolar, como o uso de mensagens de celular como estímulo para motivar os estudantes, conforme adotado em São Paulo e Goiás.

4. Criar mecanismo de coordenação do combate à pandemia em âmbito nacional -

Preferencialmente pelo Ministério da Saúde e, na sua ausência, por consórcio de governadores - orientada por uma comissão de cientistas e especialistas, se tornou urgente. Diretrizes nacionais são ainda mais necessárias com a escassez de vacinas e logo a necessidade de definição de grupos prioritários; com as tentativas e erros no distanciamento social; a limitada compreensão por muitos dos pilares da prevenção,

particularmente da importância do uso de máscara, e outras medidas no âmbito do relacionamento social. Na ausência de coordenação federal, é essencial a concertação entre os entes subnacionais, consórcio para a compra de vacinas e para a adoção de medidas de supressão.

O papel de liderança: Apesar do negacionismo de alguns poucos, praticamente todos os líderes da comunidade internacional tomaram a frente no combate ao Covid-19 desde março de 2020, quando a OMS declarou o caráter pandêmico da crise sanitária. Informando, notando a gravidade de uma crise sem precedentes em 100 anos, guiando a ação dos indivíduos e influenciado o comportamento social.

Líderes políticos, com acesso à mídia e às redes, recursos de Estado, e comandando atenção, fazem a diferença: para o bem e para o mal. O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração, e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre.

O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito.

 

Assinam a carta:

1 - Affonso Celso Pastore

2 - Alexandre Lowenkron

3 - Alexandre Rands

4 - Alexandre Schwartsman

5 - Álvaro de Souza

6 - Amanda de Albuquerque

7 - Ana Carla Abrão

8 - André de Castro Silva

9 - André Luis Squarize Chagas

10 - André Magalhães

11 - André Portela

12 - Andrea Lucchesi

13 - Angélica Maria de Queiroz

14 - Aod Cunha

15 - Armínio Fraga

16 - Beny Parnes

17 - Bernard Appy

18 - Bráulio Borges

19 - Braz Camargo

20 - Carlos Alberto Manso

21 - Carlos Ari

22 - Carlos Brunet Martins Filho

23 - Carlos Góes

24 - Carolina Grottera

25 - Cassiana Fernandez

26 - Christiano Penna

27 - Claudia Sussekind Bird

28 - Claudio Considera

29 - Cláudio Frischtak

30 - Claudio Ribeiro de Lucinda

31 - Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt

32 - Daniel Cerqueira

33 - Daniel Gleizer

34 - Danielle Carusi Machado

35 - Danilo Camargo Igliori

36 - Demósthenes Madureira de Pinho Neto

37 - Dimitri Szerman

38 - Edmar Bacha

39 - Eduardo Amaral Haddad

40 - Eduardo Augusto Guimarães

41 - Eduardo Mazzilli de Vassimon

42 - Eduardo Pontual

43 - Eduardo Souza-Rodrigues

44 - Eduardo Zilberman

45 - Eduardo Zylberstajn

46 - Eleazar de Carvalho

47 - Elena Landau

48 - Fabiana Rocha

49 - Fábio Barbosa

50 - Fabio Giambiagi

51 - Felipe Salto

52 - Fernando Genta

53 - Fernando Postali

54 - Fernando Veloso

55 - Flávio Ataliba

56 - Francisco Ramos

57 - Francisco Soares de Lima

58 - Gabriella Seiler

59 - Genaro Lins

60 - Giovanna Ribeiro

61 - Guilherme Irffi

62 - Guilherme Tinoco

63 - Guilherme Valle Moura

64 - Gustavo Gonzaga

65 - Gustavo Loyola

66 - Helcio Tokeshi

67 - Helena Arruda Freire

68 - Henrique Félix

69 - Horácio Lafer Piva

70 - Humberto Moreira

71 - Ilan Goldfajn

72 - Isacson Casiuch

73 - Joana C.M. Monteiro

74 - Joana Naritomi

75 - João Mário de França

76 - José Augusto Fernandes

77 - José Monforte

78 - José Olympio Pereira

79 - José Roberto Mendonça de Barros

80 - José Tavares de Araujo

81 - Josué Alfredo Pellegrini

82 - Juliana Camargo

83 - Juliano Assunção

84 - Laísa Rachter

85 - Laura de Carvalho Schiavon

86 - Laura Karpuska

87 - Leandro Piquet Carneiro

88 - Leane Naidin

89 - Leany Barreiro Lemos

90 - Leonardo Monteiro Monasterio

91 - Leonardo Rezende

92 - Lucas M. Novaes

93 - Lucia Hauptmann

94 - Luciano Losekann

95 - Luciene Pereira

96 - Luís Meloni

97 - Luis Terepins

98 - Maílson da Nóbrega

99 - Manoel Pires

100 - Manuel Thedim

101 - Marcela Carvalho Ferreira de Mello

102 - Marcelo André Steuer

103 - Marcelo Barbará

104 - Marcelo Cunha Medeiros

105 - Marcelo de Paiva Abreu

106 - Marcelo F. L. Castro

107 - Marcelo Fernandes

108 - Marcelo Justus

109 - Marcelo Kfoury

110 - Marcelo Leite de Moura e Silva

111 - Marcelo Pereira Lopes de Medeiros

112 - Marcelo Trindade

113 - Marcílio Marques Moreira

114 - Márcio Garcia

115 - Márcio Holland

116 - Márcio Issao Nakane

117 - Marco Bonomo

118 - Marcos Lederman

119 - Marcos Ross Fernandes

120 - Maria Alice Moz-Christofoletti

121 - Maria Cristina Pinotti

122 - Maria Dolores Montoya Diaz

123 - Mário Ramos Ribeiro

124 - Marisa Moreira Salles

125 - Maurício Canêdo Pinheiro

126 - Mauro Rodrigues

127 - Miguel Nathan Foguel

128 - Mônica Viegas Andrade

129 - Naercio Menezes Filho

130 - Natália Nunes Ferreira-Batista

131 - Nilson Teixeira

132 - Octavio de Barros

133 - Otaviano Canuto

134 - Patrícia Franco Ravaioli

135 - Paula Carvalho Pereda

136 - Paula Magalhães

137 - Paulo Hartung

138 - Paulo Hermanny

139 - Paulo Ribeiro

140 - Paulo Tafner

141 - Pedro Bodin de Moraes

142 - Pedro Cavalcanti Ferreira

143 - Pedro Henrique Thibes Forquesato

144 - Pedro Malan

145 - Pedro Moreira Salles

146 - Persio Arida

147 - Priscilla Albuquerque Tavares

148 - Rafael B. Barbosa

149 - Rafael Dix-Carneiro

150 - Regina Madalozzo

151 - Renato Fragelli

152 - Renê Garcia Jr.

153 - Ricardo de Abreu Madeira

154 - Ricardo Markwald

155 - Roberto Bielawski

156 - Roberto Iglesias

157 - Roberto Olinto

158 - Rodrigo Menon S. Moita

159 - Rogério Furquim Werneck

160 - Ruben Ricupero

161 - Ruy Ribeiro

162 - Sabino da Silva Porto Júnior

163 - Samira Schatzmann

164 - Samuel Pessoa

165 - Sandra Rios

166 - Sérgio Besserman Vianna

167 - Sergio Margulis

168 - Silvia Matos

169 - Solange Srour

170 - Stephanie Kestelman

171 - Synthia Santana

172 - Thomas Conti

173 - Tiago Cavalcanti

174 - Tomás Urani

175 - Vagner Ardeo

176 - Vilma da Conceição Pinto

177 - Vinicius Carrasco

178 - Vinícius de Oliveira Botelho

179 - Vitor Pereira

180 - Walter Novaes

181 - Wilfredo Leiva Maldonado

As autoridades alemãs se preparam para reforçar o combate à terceira onda da Covid-19, sob o risco de mergulhar um pouco mais o país na estagnação e alimentar o descontentamento da população. A chanceler Angela Merkel e as regiões alemãs se reúnem na segunda-feira (22) para discutir a estratégia a ser tomada.

Mas, embora devesse ser dedicada à flexibilização do confinamento parcial, a agenda mudou completamente em face da disseminação da variante britânica do vírus. No documento preparatório do encontro, obtido neste domingo pela AFP, várias regiões pedem que as restrições em vigor no país, em teoria até ao final de março, sejam "prorrogadas" em abril. A data exata será determinada na segunda. O documento fala de uma "dinâmica exponencial" das infecções.

A taxa de incidência nacional ultrapassou hoje a marca simbólica de 100 (103,9), o que desencadeia "travas de emergência", ou seja, novas restrições ou anulações das flexibilizações decretadas recentemente. "Infelizmente, teremos de usar essas travas", alertou Angela Merkel na sexta-feira. Ela é apoiada por várias autoridades regionais, incluindo um dos favoritos para sucedê-la no poder, o bávaro Markus Söder.

Em três semanas, a situação mudou completamente na Alemanha. De "bom aluno" europeu no gerenciamento da pandemia para ameaçado por uma terceira onda. A reabertura prevista para 4 de abril em caso de melhoria dos indicadores, parece agora ser uma perspectiva distantes.

Sem esperar, a cidade de Hamburgo, onde a incidência é superior a 100, decidiu na sexta reverter as flexibilizações decididas no início de março e a anunciada reabertura de zoológicos, museus e estabelecimentos comerciais.

Os distritos do Land de Brandemburgo, que circunda Berlim, um dos mais afetados pela pandemia, devem seguir o mesmo caminho. "É bem possível que na Páscoa tenhamos uma situação semelhante à que vivemos antes do Natal, com um número muito alto de casos, muitos casos graves, mortes e hospitais lotados", alertou Lars Schaade, do instituto de vigilância sanitária RKI.

A Alemanha acredita na intensificação de sua campanha de vacinação para interromper essa dinâmica. As vacinações com a vacina AstraZeneca recomeçaram na sexta, após quatro dias de interrupção, e mais de 7 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose, o que representa menos de 10% da população.

120 mil lojas ameaçadas

Mas "uma análise honesta da situação mostra que ainda não existem vacinas suficientes na Europa para travar a terceira onda apenas pela vacinação", admitiu o ministro da Saúde, Jens Spahn.

Quando os grupos de risco forem vacinados, "poderemos falar de uma abertura mais ampla da sociedade", alertou. Mas, como em toda a Europa, o desgaste da população e dos setores econômicos e culturais está sendo sentido um ano após os primeiros confinamentos decretados pela pandemia.

Se o fechamento de grande parte das lojas continuar, cerca de 120.000 delas podem desaparecer, estimou a Associação Alemã de Varejo. O mundo da cultura também pede ajuda ou tenta criar protocolos que permitam a reabertura dos locais. Uma dúzia de grandes palcos de Berlim iniciaram um projeto piloto na sexta-feira, permitindo que apresentações fossem feitas para um público previamente testado.

A popularidade da chanceler e principalmente de seu partido conservador, prejudicada por escândalos de enriquecimento de deputados graças à compra de máscaras, sofre com isso. A vitória da direita nas eleições de setembro, que parecia conquistada, não está mais garantida, segundo pesquisas recentes.

As manifestações de opositores às restrições são cada vez mais violentas, a exemplo de um comício organizado no sábado em Kassel, no centro da Alemanha, pontuado por incidentes com a polícia.

O Ministério da Economia garantiu que não vai faltar dinheiro para a compra de vacinas contra a Covid-19 e para o sistema de saúde, que agora opera perto do limite em todo o País, com vários hospitais já lotados. A garantia foi feita pelo secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, em transmissão na internet para divulgação do novo Boletim MacroFiscal.

"Nós estamos trabalhando em parceria com o Congresso Nacional para darmos a melhor resposta possível de política econômica, e certamente dinheiro para a Saúde não vai faltar. Dinheiro para vacina, para a Saúde, isso de jeito nenhum falta, sempre dá um jeito", disse Sachsida.

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O cientista político Luis Felipe d'Ávila considera que uma eventual união entre candidatos centristas deve ser feita com base em três diretrizes: o combate à corrupção e aos privilégios, a preocupação com os mais pobres e a promoção do serviço público de qualidade para garantir acesso à Educação e à Saúde aos mais necessitados. "O centro precisa criar a vacina contra o populismo", disse.

Segundo d'Ávila, o presidente Jair Bolsonaro foi eleito por quatro grupos e já foi abandonado por três deles: os antipetistas, os liberais e os lavajatistas. Mantém o apoio dos fidelíssimos, do "bolsonarismo duro". Mas, avalia, hoje a maioria dos brasileiros deseja um governo totalmente diferente do atual, e um candidato em um partido médio, como Cidadania e o Podemos, teria mais chance de atrair outras siglas sem prejudicar os acertos regionais.

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Para ele, o antibolsonarismo deve ter papel central na eleição em 2022. "Os votos que Lula e que Bolsonaro tiveram são votos do passado. Bolsonaro carregará o peso da crise sanitária, Lula o da corrupção e Moro o da resistência ao seu nome na esquerda. O centro é que pode construir pontes. Se o centro chegar ao segundo turno, ele ganhará a eleição."

Substituição. O cientista político José Alvaro Moisés concorda que o antibolsonarismo deve ocupar o papel do antipetismo nessa eleição em razão do "desastre da política sanitária" do governo. "É possível que o eleitor antipetista abandone Bolsonaro e procure alguém mais competitivo contra Lula em 2022." Para que haja uma terceira força capaz de capturar parte do antibolsonarismo e o voto de esquerda crítico ao PT, diz Moisés, seria necessário que o centro democrático não aparecesse dividido na próxima eleição.

O cientista político acredita ser necessário que o centro apresente um programa viável de retomada econômica com a criação de empregos e a defesa da democracia, combatendo a desigualdade "abismal". "É preciso que o centro saiba dialogar com o sentimento de rejeição da política para que ele não desapareça. Nós precisamos de estadistas."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Facebook informou nesta segunda-feira (8) que intensificou seus esforços para conter a disseminação de informações falsas ou enganosas sobre as vacinas contra a covid-19 e divulgar fatos comprovados.

Para isso, começou a banir grupos que publicam sistematicamente informações incorretas e desacreditam afirmações verdadeiras sobre o vírus e as vacinas.

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Há meses, a rede social líder tem tornado as recomendações de saúde de agências confiáveis mais visíveis e eliminado a desinformação sobre a covid-19.

Agora, com a colaboração da Organização Mundial da Saúde, ampliou uma lista de alegações sobre as vacinas que foram refutadas por cientistas e que não são bem-vindas em sua plataforma.

Esta lista inclui argumentos como o de que a covid-19 foi criada por humanos e de que seria mais seguro pegar o vírus do que tomar a vacina. Também há falsas alegações de que as vacinas são tóxicas ou causam autismo.

Os críticos do modo como o gigante das mídias sociais está lidando com a desinformação estão céticos em relação ao novo anúncio.

"O Facebook tem prometido medidas enérgicas contra a desinformação sobre a covid e os antivacinas desde o ano passado", disse no Twitter a Center for Countering Digital Hate, uma organização sem fins lucrativos de combate às manifestações de ódio digitais.

"Repetidamente ele falha em transformar esses anúncios em ação."

Grupos e contas que compartilham informações incorretas sobre o coronavírus ou tópicos relacionados serão removidos indefinidamente, alertou o Facebook.

Informações desacreditadas sobre vacinas ou a pandemia já são proibidas em anúncios na rede social.

Solicita-se aos administradores dos grupos que, antes de compartilharem publicações de membros propensos a espalhar notícias falsas, exijam que as informações sejam creditadas.

No Instagram, de propriedade do Facebook, será mais difícil encontrar contas de pessoas que desencorajam a vacinação contra a covid-19 usando ferramentas de busca automatizadas, de acordo com a rede social.

O Facebook também anunciou que recebeu mais de 50 milhões de respostas a uma pesquisa sobre covid-19 que lançou no ano passado em colaboração com duas universidades americanas.

A consulta teve como objetivo coletar informações sobre os sintomas da doença, o uso de máscaras e o acesso aos cuidados de saúde.

"O programa de pesquisa é um dos maiores já realizados e tem ajudado pesquisadores de saúde a monitorar e prever melhor a disseminação da covid-19", disse o Facebook.

"Os dados da pesquisa fornecerão uma melhor compreensão das tendências na aceitação da vacina em termos sociodemográficos, raciais, geográficos e muito mais", acrescentou.

Os resultados da pesquisa sobre os comportamentos em relação às vacinas serão compartilhadas globalmente, disse a rede social.

Recém-instalado na Casa Branca, Joe Biden vai dedicar seu primeiro dia completo na presidência, esta quinta-feira (21), à sua prioridade mais urgente: o combate à pandemia, que já cobrou mais de 400.000 vidas nos Estados Unidos.

O democrata, que considera que "não há tempo a perder" na luta contra o coronavírus, planeja assinar dez decretos e outras diretivas para acelerar as campanhas de vacinação e detecção da doença.

"Por quase um ano, os americanos não puderam encontrar nenhuma estratégia, e muito menos uma abordagem integral para enfrentar a covid", afirmou Jeff Zients, que coordena a resposta contra a pandemia do novo governo. "Tudo isso vai mudar", disse ele à imprensa.

A nova gestão americana agradeceu nesta quinta a Organização Mundial da Saúde (OMS) pelo seu papel de liderança no combate à pandemia e garantiu seu apoio financeiro, um giro de 180 graus na estratégia mantida pelo ex-presidente Donald Trump.

Estados Unidos, que anunciou seu retorno à OMS na quarta-feira, "tem a intenção de cumprir com suas obrigações financeiras com a organização", afirmou o imunologista Anthony Fauci em uma reunião do conselho executivo da agência da ONU.

Nas horas posteriores à posse na quarta, Biden acabou com a saída dos Estados Unidos da OMS implementada por Donald Trump.

Decidido a esclarecer as diferenças com seu antecessor desde o princípio, o 46° presidente dos EUA também emitiu um decreto para tornar obrigatório o uso da máscara nos edifícios federais.

O presidente alertou em seu discurso de posse que a covid-19 está prestes a alcançar sua "fase mais difícil e mortal" e pediu aos americanos que "deixem a política de lado" para enfrentar juntos este "inverno sombrio".

Biden, de 78 anos, espera convencer os congressistas republicanos a aprovar um novo pacote de estímulo de 1,9 trilhão de dólares destinado a amenizar os efeitos da pandemia na economia.

O plano inclui cheques para as famílias, fundos para reabrir escolas, dinheiro para agilizar testes e vacinas, efetivo para pequenas empresas e mais auxílio alimentício: as medidas devem evitar que o país se afunde ainda mais na crise.

- Primeira confirmação -

Biden também está esperançoso que os legisladores autorizem uma mudança radical na política migratória, questão-chave do mandato de seu antecessor.

Depois de anular na quarta-feira um decreto que proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de países predominantemente muçulmanos, e de suspender a construção do muro na fronteira com o México, o presidente enviou ao Congresso um ambicioso projeto de lei de migração.

Este texto proporciona um "caminho para a naturalização" dos mais de 10 milhões de imigrantes em situação irregular que vivem nos Estados Unidos.

Em um sinal de que os tempos estão mudando, o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, que até pouco tempo era um fiel aliado de Trump, prometeu trabalhar com Biden "sempre que for possível".

A Câmara Alta confirmou por uma grande maioria a nomeação de Avril Haines, ex-número dois da CIA, como diretora de inteligência.

O Congresso deve continuar hoje com o processo de confirmação do gabinete de Biden, incluindo a de Antony Blinken à frente da diplomacia americana.

- "Multitarefa" -

Mas isso não será suficiente para superar as profundas divisões criadas sob o mandato de Trump, acentuadas ainda mais em sua cruzada pós-eleitoral.

O ex-presidente enviou mensagens que constantemente denunciavam uma grande fraude para evitar sua vitória nas presidenciais, o que acabou incentivando uma parte de seus apoiadores mais radicais a invadir o Capitólio em 6 de janeiro.

Este episódio lhe rendeu um segundo julgamento de impeachment no Congresso e agora cabe ao Senado julgá-lo por "incitação à insurreição".

Este procedimento poderia atrasar a implementação das medidas apresentadas por Biden. "Confiamos que o Senado pode ser multitarefa", disse na quarta-feira à noite a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.

A Prefeitura do Recife e o Governo de Pernambuco devem enviar 200 concentradores de oxigênio para auxiliar a cidade de Manaus, Amazonas, no enfrentamento à Covid-19. Serão 100 enviados pelo governo municipal e 100 pelo estadual.

O prefeito João Campos (PSB) afirmou que esses equipamentos estavam no estoque da cidade e eram provenientes dos hospitais de campanha que foram desativados. Esses aparelhos evitam, em muitos casos, a necessidade da utilização de um respirador.

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"Cada concentrador enviado representará uma vida com mais chance de superar esse que é o maior desafio das gerações vivas. A pandemia pede compromisso, urgência e humanidade", disse João Campos.

Neste sábado (9) e domingo (10), a Prefeitura de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, irá fazer um trabalho de orientação e fiscalização das atividades na faixa de orla do município. A ação visa fortalecer o cumprimento dos protocolos de combate à Covid-19.

O efetivo da Guarda Civil Municipal atuará com a conscientização dos banhistas, comerciantes e demais frequentadores quanto ao distanciamento social, a utilização de máscaras e demais procedimentos de higienização.

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As equipes do Controle Urbano, Vigilância Sanitária e Trânsito também estarão na ação. A Polícia Militar e o Procon-PE reforçaram as fiscalizações deste final de semana na cidade.

A operação, integrada com outros órgãos da cidade, terá  como ponto de partida a sede da Secretaria de Segurança Urbana, no bairro do Varadouro, e vai percorrer todos os 9km da orla, partindo da Praia dos Milagres, nas imediações do Carmo, e avançando até a Praia da Santa, em Rio Doce, já no limite com o município vizinho.

A Suécia, que até agora aplicava uma estratégia menos rígida do que outros países contra a Covid-19, votou nesta sexta-feira (8) por ampla maioria uma lei que concede temporariamente ao governo novos poderes contra a epidemia, incluindo pela primeira vez a capacidade de fechar restaurantes e lojas.

Para enfrentar a segunda onda no país nórdico, agora um dos mais afetados da Europa, o Executivo apresentou este projeto de lei em dezembro e adiantou sua entrada em vigor para este domingo, inicialmente prevista para março.

O governo ainda não especificou como e quando prevê aplicar o texto, enquanto o número de mortes relacionadas à Covid-19 alcança níveis próximos aos do início do ano.

A nova lei permitirá ao poder Executivo promulgar medidas restritivas em áreas determinadas e impor multas e sanções caso sejam violadas, o que não aconteceu até agora.

Sendo assim, o governo poderá decidir fechar lojas, centros comerciais e transportes públicos, ou limitar o número de pessoas permitidas para reuniões em locais públicos específicos, em vez de recorrer a medidas gerais.

A lei, no entanto, não estabelece que a população fique confinada em casa.

Respondendo por que esta lei não foi aprovada antes, a ministra da Saúde Lena Hallengren disse que "não era algo que achávamos necessário na primavera".

"Depois, tivemos um verão com uma baixa propagação da infecção e depois o trabalho começou no outono", disse ela à rede de televisão pública SVT, em meio a críticas ao governo pela sua estratégia controversa.

Ao contrário de outros lugares da Europa, a Suécia seguia até agora uma estratégia baseada nas recomendações, sem confinamento e praticamente sem medidas coercitivas.

O país de aproximadamente 10,3 milhões de habitantes registrou mais de 480.000 casos de coronavírus e 9.262 mortes, segundo os últimos números de quinta-feira da Agência de Saúde Pública.

Nesta sexta-feira (8), a Prefeitura do Ipojuca, por meio do Comitê Contra o Coronavírus municipal, relizará uma operação de fiscalização na praia de Porto de Galinhas com o foco na prevenção conta a Covid-19. Estão envolvidas na operação 12 secretarias municipais, além da Vigilância Sanitária do Ipojuca e o Procon municipal.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, divulgou nessa quarta-feira (6), que o cumprimento dos protocolos determinados pelo governo estadual é essencial para que as praias não sejam fechadas novamente.

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Na operação desta sexta-feira, segundo o secretário de Defesa Social do Ipojuca, Osvaldo Morais, será verificado o cumprimento dos decretos e se todos estão atuando na legalidade. “Serão observados não só os espaçamentos entre as cadeiras e guarda-sóis na praia, como também o uso de máscaras pelos trabalhadores da orla e o distanciamento das mesas nos bares e restaurantes”, explicou.

O secretário da SDS do Ipojuca salienta que, durante toda a Operação Verão, haverá o reforço nas escalas de guardas municipais e agentes de trânsito. A Prefeitura de Ipojuca garante que a Secretaria de Turismo e a Secretaria de Controle Urbano iniciaram reuniões com os líderes das categorias que trabalham na praia para deixá-los cientes da necessidade de cumprir os decretos estaduais e municipal, sob pena de multa e cassação da licença.

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