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No domingo (7) os eleitores pernambucanos vão às urnas escolher quem vai administrar o Governo do Estado pelos próximos quatro anos. O LeiaJá reuniu propostas para as áreas de segurança, saúde, educação, economia e cultura dos candidatos a governador, setores considerados essenciais para o desenvolvimento de Pernambuco. 

Confira as principais propostas dos que desejam estar à frente do Palácio do Campo das Princesas até 2022:

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SEGURANÇA

Armando Monteiro (PTB)

- Criação do Comando Cidadão, que será um programa vinculado diretamente ao gabinete do governador, para combater os índices de homicídios; 

- Policiamento ostensivo, patrulhas rurais, delegacias funcionando 24h e o resgate das ações do Pacto pela Vida;

- Fortalecer as atividades de prevenção, valorização dos policiais civis e militares, além de investimento em tecnologia; 

- Estudo da proposta de criar minipresídios municipais, com convênios com as prefeituras para desafogar o sistema, além de firmar Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Dani Portela (PSOL)

- Construção e descentralização de políticas para as mulheres vítimas de violência doméstica, de forma eficaz e acolhedora, ampliando e modernizando os serviços de atendimento por equipes multidisciplinares.

Julio Lossio (Rede)

- Criação da Polícia Rodoviária Estadual;

- Promover a integração entre as polícias Militar e Civil;

- Investir em monitoramento eletrônico e inteligência;

- Criar presídios-trabalho como o Agrícola na Região do São Francisco, Confecção no Agreste e Indústria na Região Metropolitana do Recife.

Maurício Rands (PROS)

- Ampliar o uso de tecnologias com inteligência com a criação de salas de monitoramento eletrônico, em pontos chaves do Estado;

- Valorização dos profissionais de segurança com a participação deles na política de segurança e das ações sociais, importantes para a prevenção da violência, além de defender que os policiais militares sejam promovidos a cada cinco anos, e não a cada dez, como atualmente;

- Combater o feminicídio e a outras formas de violência contra a mulher, instalando mais delegacias especializadas, com treinamento de todos os agentes para um atendimento adequado às vítimas, e com uma campanha educativa com o objetivo de se pensar no fim da cultura da violência contra mulher e também contra outros grupos minoritários;

- Descentralizar os grandes complexos penitenciários e construir novas unidades prisionais, mais modernas e, principalmente, mais humanas.

Paulo Câmara (PSB)

- Continuar investindo em ações de combate ao aumento da violência no Estado;

- Levar mais um BIESP para Sertão, 

- Criar o Batalhão Especializado em Polícia do Interior em Garanhuns, fazer três novas Companhias Independente de Polícia Militar na Mata e Agreste, três Delegacias da Mulher e a segunda unidade da CIATUR em Porto de Galinhas. 

- Expandir o Grupo Aéreo e Tático para Agreste e Sertão e criar o Departamento de Combate ao Crime Organizado, com 6 Delegacias em todo Estado.

SAÚDE

Armando Monteiro (PTB)

- Criação do Expresso Saúde, para integrar todas as unidades com prontuários online, fornecer a marcação de consultas pelo celular e nos guichês eletrônicos, além de tornar o atendimento mais rápido e humanizado;

-  Realização de mutirões, junto com hospitais privados e filantrópicos, que descentralizará exames, consultas e cirurgias; 

- Fortalecimento dos Postos de Saúde da Família e o funcionamento dos hospitais, as UPAs e UPAEs; 

- Fortalecer os CAPs 24 e investir no Programa Atitude para combater o uso de drogas.

Dani Portela (PSOL)

- Apoio à saúde básica, como forma de diminuir o atendimento de média e grande complexidade, fortalecendo a saúde preventiva e os programas educativos para cuidados com a saúde, especialmente nas periferias.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer os hospitais regionais com mais profissionais e insumos;

- Criar um programa de cirurgias eletivas com listas transparentes para o acompanhamento, que evite o fura-fila por demanda política;

- Criar unidades móveis clínicas e cirúrgicas;

-Implantar a doação de óculos para crianças em idade escolar.

Maurício Rands (PROS) 

- Apoiar e ampliar a estratégia de saúde da família em municípios e territórios vulneráveis, valorizar o papel do agente comunitário de saúde e fortalecer parcerias com a União e municípios para a oferta de capacitação continuada na atenção básica do SUS;

- Realizar um mutirão para zerar as filas de espera para exames e cirurgias eletivas;

- Melhorar o atendimento a saúde pública, com iniciativas já adotadas pela rede privada, implantando o prontuário eletrônico;

- Defender o piso salarial de R$ 2.962 para o enfermeiro, 70% para o técnico e 50% para o auxiliar, além de apoiar a redução da jornada de trabalho para 30 horas. 

Paulo Câmara (PSB) 

- Continuar investindo na descentralização dos serviços de saúde do Estado;

- Entregar o Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada, que vai encurtar as distâncias para quem precisa de atendimento de média e alta complexidade. 

- Concluir a construção do Hospital da Mulher de Caruaru e as UPAEs de Palmares e Escada, além da unidade de Goiana.

EDUCAÇÃO

Armando Monteiro (PTB)

- Criação de um mecanismo de apoio financeiro para os municípios que alcançarem os melhores resultados no Ensino Fundamental (por meio da repartição do ICMS), além de dar apoio técnico na formação dos professores e na gestão escolar;

- Ampliação das escolas em tempo integral; 

- Integração das crianças com microcefalia em idade escolar, assim como deve ser feito com alunos portadores de outras síndromes, garantindo a sociabilidade tão necessária para o desenvolvimento pedagógico;

- Valorização dos professores, garantindo formação continuada além de conceder a categoria aumentos reais.

Dani Portela (PSOL)

- Fim das diferenças entre escolas de referência e as demais escolas da rede estadual, para garantir a todos os estudantes as mesmas estruturas educacionais, professores de todas as disciplinas, material escolar e merenda de qualidade em todos as unidades de ensino.

Julio Lossio (Rede)

- Criar a Rede de Proteção à Primeira Infância (creches);

-Apoio aos municípios para fortalecer o aprendizado no Ensino fundamental, com foco em português e matemática;

- Ampliar as escolas de Ensino Médio em tempo integral e parceria com o sistema S para qualificação profissional;

- Ecoescolas: construção e adaptação das escolas a modelo sustentável com energia solar e reciclagem de lixo.

Maurício Rands (PROS)

- Trabalhar com os municípios para melhorar o acesso e qualidade da educação pública no ensino fundamental, como o repasse de parte do ICMS para as prefeituras como incentivo;

- Assim como no Ceará promover seminários de capacitação e premiações para os melhores gestores e professores, entre outras ações;

- Manter e ampliar para as 1.050 escolas da rede pública o modelo de integral e semi-integral para o ensino médio;

- Valorização dos profissionais da educação, a começar pelo professor. 

Paulo Câmara (PSB) 

- Continuar ampliando o acesso à Educação de qualidade com as políticas que estão dando resultado; 

- Criar 50 novas Escolas de Tempo Integral, mais 10 escolas técnicas;

- Criar o Prouni estadual, que vai fornecer 4 mil bolsas para estudantes da rede pública ingressarem em universidades particulares;

- Instalar um Campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Palmares e Araripina; 

-Ampliar para 80 municípios o Escola Integrada, que tem o objetivo de repassar às cidades o modelo de gestão aplicado ao ensino médio. Também queremos atingir meta de 200 quadras cobertas nas escolas públicas.

ECONOMIA

Armando Monteiro (PTB)

- Criação das Frentes Urbanas de Trabalho, promover um amplo programa de qualificação profissional em parceria com o Sistema S (Sesc, Senai e Sesi) para qualificar 100 mil pernambucanos em quatro anos;

- Concessão de incentivos fiscais às empresas que contratarem jovens no primeiro emprego e egressos do sistema prisional;

- Isentar do imposto as motocicletas de até 150 cilindradas e promover um refinanciamento das dívidas acumuladas por todos os motociclistas;

- Recuperar a autonomia de Suape.

Dani Portela (PSOL)

- Estimular e promover redes de economia solidária, dando ênfase à participação coletiva, autogestão, democracia, cooperativismo, promoção do desenvolvimento humano, responsabilidade social e ambiental.

- Promover a descentralização geográfica dos investimentos orçamentários, visando desenvolver todas as regiões do estado.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer os polos econômicos e industriais do Estado;

- Interiorizar os voos comerciais;

- Reduzir a máquina pública para 10 secretarias;

- Criar o Centro Administrativo Estadual no Recife.

 Maurício Rands (PROS)

- Construção de uma ferrovia ligando Goiana a Suape e a duplicação da BR-232, a partir de São Caetano e em direção a Petrolina, para garantir o escoamento da produção industrial em Pernambuco;

- Criar uma nova modalidade de edital para ampliação e manutenção da malha viária, por exemplo, Rands propõe licitar a construção ou ampliação das estradas junto com a obrigação pela manutenção da mesma via, por um período de 20 anos;

- Desburocratizar o relacionamento das empresas com o Estado;

- Ampliar a geração de empregos com as obras e manutenção das estradas. 

Paulo Câmara (PSB)

- Criar o Crédito Popular, que dará R$ 3 mil para aqueles que quiserem incrementar ou alavancar seus negócios;

- Lutar pela retomada da autonomia administrativa do Porto de Suape para, a partir daí, dar andamento no processo de licitação para o Terminal de Contêiner, que vai garantir um incremento na movimentação de um milhão de TEUs, garantir o Terminal de Veículos, para viabilizar maior oferta de serviço às montadoras e a ampliação do parque de tancagem;

- Trabalhar para atrair mais uma usina térmica a gás para o Complexo Portuário de Suape, que poderá gerar até 2,5 mil empregos e investimentos de R$ 4,5 bilhões;  

- Ampliar a atração de empreendimentos fármacos para Pernambuco consolidar o polo de medicamentos nos próximos anos.

CULTURA

Armando Monteiro (PTB)

– Fortalecer a difusão da cultura popular existente em todos os quadrantes do Estado;

- Investir na conservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Pernambuco;

- Criar política pública que estimule o investimento do setor privado nos projetos culturais;

- Apoiar as diversas cadeias produtivas do setor cultural;

- Integrar as cadeias culturais com o turismo sustentável.

Dani Portela (PSOL)

- Criação de escolas estaduais de artes, com cursos de longa duração de literatura, música, teatro, cinema, vídeo, dança e artes visuais nas periferias e áreas rurais do Estado.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer a diversidade cultural do Estado, com a valorização dos movimentos de base e respeito à manifestação artística nas suas mais variadas dimensões;

- Ampliar os potenciais turísticos do Estado;

- Estimular a prática de lazer saudável. 

Maurício Rands (PROS)

- Favorecer, em especial, o artista pernambucano, criando um amplo diálogo com todos os setores, das grandes às pequenas apresentações;

- Instalar Armazéns Interculturais – um espaço no qual os artistas poderão se encontrar, trocar experiências, realizar apresentações;

- Pagar em dia os cachês dos artistas sem dar tratamento diferenciado entre artistas locais e de fora;

- Criar critérios objetivos para a contratação de artistas e assegurar que as empresas locais aloquem recursos potenciais para os artistas pernambucanos através da Lei Rouanet.  

Paulo Câmara (PSB)

- Seguir investindo na preservação e valorização dos equipamentos públicos e os espaços culturais, como museus, teatros e mercados públicos;

-Continuar valorizando o artista local através do Funcultura, iniciativa que dialoga diretamente com os representantes culturais pernambucanos;

- Seguir avançando na requalificação e melhoria de equipamentos públicos. 

*O LeiaJá não conseguiu retorno da candidata Simone Fontana (PSTU) até o fechamento desta matéria

Expulso da Rede Sustentabilidade e já considerado como ex-candidato a governador pelo partido, Julio Lossio segue fazendo campanha e usando o tempo de propaganda da legenda para difundir suas propostas, contudo a sigla anunciou que votará na candidata do PSOL, Dani Portela, para o Governo do Estado no primeiro turno do pleito, marcado para o próximo domingo (7). 

Em nota, divulgada nessa segunda-feira (1º), a direção estadual da Rede disse que, considerando a decisão de expulsar Lossio e a proximidade das eleições, a candidatura que mais se aproxima programaticamente do partido é a de Dani, uma vez que, segundo a nota, ela aparece como “uma alternativa de renovação da política pernambucana e a importância de fortalecer a participação das mulheres na disputa dos espaços institucionais”.

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“A Rede Sustentabilidade em Pernambuco, no primeiro turno da eleição para governador, indica aos seus candidatos, filiados, simpatizantes e eleitores, o voto na candidata Dani Portela (PSOL), face ao seu compromisso com um projeto de desenvolvimento sustentável para Pernambuco e para o Brasil que contempla as minorias e a riqueza da diversidade, bem como sua luta por um mundo politicamente democrático e socialmente justo”, declara o texto. 

Em resposta, Dani Portela agradeceu o apoio e disse que “não há como compreender um projeto de desenvolvimento dissociado da sustentabilidade ambiental e social”.

“O posicionamento da Rede contra as forças reacionárias que se apresentam atualmente no cenário político é de extrema importância para unirmos forças e retomarmos o processo democrático no país, com tolerância às diferenças e respeito às pautas de setores historicamente excluídos da sociedade. Também compreendemos a necessidade de apresentar uma alternativa para a política de Pernambuco, reafirmando o protagonismo das mulheres nesta disputa. Nossas propostas apontam para caminhos de um regime democrático e igualitário, que se contrapõe à política do ódio que pretendem semear em nossa sociedade”, argumentou Dani Portela. 

O fim de semana foi o último de campanha antes do primeiro turno das eleições, marcado para o próximo domingo (7), e os candidatos a governador de Pernambuco aproveitaram o sábado (29) e o domingo (30) para intensificar o corpo a corpo com o eleitorado. Na corrida pela reeleição, o governador Paulo Câmara esteve em 11 cidades nos últimos dois dias. 

No sábado ele fez um périplo pelo Agreste e Sertão, passando por municípios como Gravatá e Arcoverde onde fez visitou mercado público e fez caminhada. Já no domingo, Paulo focou mais na Região Metropolitana do Recife (RMR), conversado com os eleitores de Paulista, Olinda e São Lourenço da Mata.

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Nos seus discursos, o governador reforçou que estava "ao lado do povo" e detalhou promessas. "Vamos vencer as eleições porque estamos do lado do povo. Muito diferente do outro lado, que deixou o País na situação que está hoje. Somos muito diferentes da Turma do Temer, que quer fazer em Pernambuco a mesma desgraça que fez com o Brasil . Não vamos deixar isso acontecer! E ajudaremos Haddad, que será um grande parceiro, a fazer o Brasil voltar a ser feliz", afirmou Paulo Câmara. 

Já o senador Armando Monteiro (PTB), segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, fez o sentido inverso do adversário e investiu no sábado na RMR - passando por Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, São Lourenço e Paulista - e no domingo no Agreste. Nos locais, ele reiterou a crítica que tem feito ao atual governador no quesito segurança pública e quanto a administração do Estado.

“Esse governo ficou parado. A saúde piorou, a violência explodiu e o desemprego atingiu os mais jovens. Foi um governo eleito com mentiras, que continuou mentindo e que quer se reeleger com novas mentiras e com ataques falsos. Vamos mostrar a essa turma que o povo vai lhe dar uma pisa. Pernambuco não é propriedade de um grupo. Pernambuco é do povo”, disparou Armando.

O petebista voltou a classificar a campanha da Frente Popular como “mentirosa e falsa”. “Essa é a velha política, muitas vezes com rostos novos, mas que usa da truculência e da manipulação”, afirmou o candidato. 

Na disputa, apesar de ter sido expulso da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio (sem partido) também esteve em São Lourenço da Mata e fez giro pelo Agreste. Na primeira cidade, ele recebeu o apoio do vereador Denis Alves, chamado por Lossio de "homem de ferro" por ter sido responsável pela denúncia que chegou a afastar o prefeito, Bruno Pereira (PTB), do cargo. 

Maurício Rands (Pros) fez panfletagens na orla da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, e esteve na comunidade de Santa Luzia, na Torre. “Estamos falando diretamente com as pessoas e apresentando nossos ideais: falar sempre a verdade, pedir um voto de confiança e dizer que queremos fazer o melhor para nosso Estado”, disse Rands.

A candidata do PSOL, Dani Portela, também apostou no corpo a corpo. Ela participou no sábado da manifestação “Mulheres unidas contra Bolsonaro”, no Centro do Recife, fez panfletagens e esteve na Parada da Diversidade em Olinda. Para Dani, que lidera uma chapa feminista, as eleições do próximo domingo serão marcadas pela força da mulher. “A nossa luta não é pra apertar um botão daqui a poucos dias. A nossa luta é todo dia contra o machismo, contra o racismo, contra a lgbtfobia. É pelas mães que choram nos corpos dos seus filhos, assassinados por uma polícia que mata, mas que também morre. Nós estamos aqui contra a política do ódio. Mulheres de todos os partidos, nós não seremos interrompidas. Vamos dar as mãos e gritar: ele não! Esse é o ano das mulheres na política e nós decidiremos as eleições de 2018”, afirmou Dani, na marcha contra a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL).

A candidata a governadora de Pernambuco Dani Portela (PSOL), presente no ato contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), neste sábado (29), relembrou a declaração do capitão da reserva durante a votação do impeachment, em 2016. Na ocasião, o deputado venerou o coronel Ustra. 

Em cima do trio eletrico, Dani repudiou a tortura. "Meu pai foi um preso político e o toco em Ustra visitou a cela do meu pai. Não admito que alguém venha defender a tortura", disparou sem citar nomes. 

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A candidata também relembrou a morte de Marielle Franco. "Tiraram uma flor do nosso jardim. Nós não seremos interrompidos e vamos e mãos dadas. Ele não, ele nunca. Nos que decidiremos está eleição", garantiu. 

Portela ainda falou que a união é pela vida das mulheres. "E também as futuras gerações. A nossa luta é toda contra o machismo, contra a LGTBfobia e conta o genocida das mulheres negras e pela polícia que mata e que morre", completou.

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Candidata a governadora de Pernambuco pelo PSOL, Dani Portela afirmou, nesta quarta-feira (26), que a acessibilidade é uma das prioridades da plataforma de gestão defendida por ela. A postulante participou, durante a manhã, de uma caminhada no Centro do Recife em comemoração ao Dia Nacional dos Surdos. Para Dani, acessibilidade vai além de calçadas aptas para cadeirantes e vagas nas escolas públicas.

“É uma pauta essencial. Pautamos a inclusão como atitude. Tem gente que resume inclusão ao pensar em rampa, calçada, vaga em escola, mas a principal pauta hoje é a acessibilidade comunicacional que se chama acessibilidade atitudinal. Em Pernambuco falta acessibilidade de comunicação. Por exemplo, não se tem praticamente escolas estaduais e municipais bilíngues português e Libras, delegacias acessíveis para a população surda e hospital”, argumentou a candidata.

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“Não é só calçada, é ele poder como qualquer cidadão se comunicar. Quando lutamos por acessibilidade, é acessibilidade para essa população na geração de emprego e renda. Não é simplesmente se comunicar no espaço, mas ser incluída de fato na sociedade”, completou Dani Portela.

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A proposta da candidata do PSOL é de ampliar as escolas bilíngues no Estado e criar uma secretaria dedicada para pessoas com deficiências. Segundo ela, em Pernambuco 7% da população é surda e 25% tem algum tipo de deficiência. Dani Portela criticou a falta de atenção do atual governador e candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), com a área.

“Ele não leva em consideração das múltiplas deficiências, desde as físicas às cognitivas. Ele não inclui essas pessoas no Estado. Quando é questionado sobre acessibilidade, o próprio governador se limita a falar de vagas nas escolas e tratamento. Como é que você tem uma propaganda, com verba pública, e não tem janela para surdos? É a segunda língua do país, uma língua oficial. Todo vídeo meu tem acessibilidade. Como você quer falar de inclusão e não trazer inclusão comunicacional na sua propaganda feita com dinheiro público?”, indagou Dani, que também criticou a falta de acessibilidade nas campanhas dos adversários Armando Monteiro (PTB) e Maurício Rands (Pros).

De acordo com a candidata, no PSOL o compromisso com a causa vai além da época de campanha. “Temos o compromisso de se comunicar de fato e isso não ser apenas uma pauta política. Tentamos trazer a coerência não só para a eleição, mas para a prática cotidiana”, ressaltou, lembrando que em 2017 o vereador do Recife, Ivan Moraes (PSOL) fez um discurso na Câmara apenas em Libras.

A provocação levou a Casa a aprovar a presença de dois intérpretes de Libras para as sessões legislativas. Durante a caminhada no Recife, a população surda apresentou uma pauta de reivindicações, entre elas a manutenção das salas bilíngues da capital pernambucana e a ampliação de profissionais na área. “Queremos concurso para professor e intérprete de Libras, além de ampliar as salas bilíngues na educação do município”, salientou o professor da Universidade Federal de Pernambuco, Antônio Carlos.

A passeata seguiu até a Prefeitura do Recife, onde uma comissão se reúne com o secretário de Educação Alexandre Rebêlo. 

Candidata do PSOL ao Governo de Pernambuco, Dani Portela emitiu uma nota repudiando a Marcha da Família com Bolsonaro que aconteceu nesse domingo (23), no Recife, em favor do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL). Durante a marcha, a trilha sonora que predominou foi o ‘Funk do Bolsonaro', de autoria do MC Reaça, que chama, por exemplo, as mulheres feministas de cadelas.  

“Não posso deixar de repudiar a reprodução de conteúdos odiosos em carros de som”, disparou Dani, fazendo referência a música. “Eu tive a sensação de Déjà vu. Ao assistir os vídeos da Marcha da família com Bolsonaro, na avenida Boa Viagem, me senti de volta em março de 1964, na Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, um marco para a nossa retirada de direitos. As frases raivosas, o ódio e o desrespeito com mulheres, negros, LGBTQI+ prenunciam momentos em que a nossa democracia tão jovem e reconquistada com tanta luta é posta em risco”, observou, pouco antes, a candidata.

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Dani Portela acredita que “esse projeto de poder é fascista, antidemocrático, racista”. Além disso, ela lembrou que segundo dados da Secretaria de Defesa Social mais de 25 mil mulheres pernambucanas já sofreram violência doméstica este ano e pontuou que “é lamentável que grupos sigam reproduzindo a lógica machista de controle sobre o corpo da mulher”.

Por fim, a candidata do PSOL ainda convocou as mulheres para reagirem ao ato favorável a Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenções de votos no país, participando no próximo domingo (29) da mobilização “Mulheres unidas contra Bolsonaro” em todo país. No Recife, a manifestação terá concentração na Praça do Derby, a partir das 14h.  

O clima acirrado que o país enfrenta para a eleição presidencial teve um marco, há 12 dias, com o ataque sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL). O esfaqueamento do candidato trouxe à tona uma preocupação sobre os esquemas de segurança utilizados pelos postulantes nos atos de campanha tanto no âmbito nacional quanto no local. 

Em Pernambuco, apesar do teor da disputa ser, em tese, mais tranquilo e o acirramento partir do debate entre os próprios candidatos, o LeiaJá procurou os sete postulantes ao cargo de governador para saber como cada campanha cuida da segurança nos atos e, a maioria, conta com a “sorte” ou a "proteção de Deus".

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Ao contrário do nível nacional, em que a Polícia Federal deve garantir proteção aos candidatos, no estadual, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), cada postulante é responsável pela sua segurança. Um esquema especial, com o apoio da Polícia Militar, é montado apenas em casos de ameaça ou solicitação do candidato à Justiça Eleitoral, o que, de acordo com o TRE, não houve até o momento. 

Na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas pela primeira vez, Maurício Rands (Pros) informou, por meio de nota, que sua campanha é diferente das tradicionais e, por isso, “não possui nenhum tipo de segurança ou pessoa que exerça função semelhante”. 

“Todo o contato de Maurício Rands com o povo é direto, pessoal e sem intermediários. Ele se sente seguro pelo povo e entre os populares. Rands gosta de ambientes com gente, como mercados, feiras, estádio de futebol. Maurício Rands não é um político convencional. Sua campanha não possui comitê, van, bandeiras em ruas e militância paga”, salientou Rands. 

No mesmo sentido da falta de uma equipe de segurança, o postulante da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio, disse que sua proteção nos atos pelo Estado é divina.  “A minha segurança é feita por Deus, que tem me protegido em toda a campanha e nessas caminhadas”, declarou. 

Na corrida pela reeleição, a assessoria de imprensa da campanha do governador Paulo Câmara (PSB) informou que “justamente por uma questão de segurança não podemos informar como se dá sua sistematização para o chefe de Executivo”. Como o pessebista ocupa a gestão estadual, ele tem a prerrogativa de ser protegido pela Casa Militar de Pernambuco. 

A candidata da chapa “A Esperança não tem medo”, Dani Portela (PSOL), também disse que não contratou seguranças para acompanhar o ato, apesar de em outros Estados diversos postulantes do PSOL tenham feito isso por sofrer ameaças.

Já a candidata Ana Patrícia (PCO) observou que a proteção dela na campanha é como a de qualquer cidadão comum. "Corro sérios riscos por tocar em pontos para mostrar a população em que Estado vivemos e que queremos mudar essa condição, sou ciente disso. Os candidatos burgueses já têm essa segurança, não precisam que o Estado disponibilize seu aparato policial para protegê-los  e também se assim precisarem o terão", disse.

Os postulantes Armando Monteiro (PTB) e Simone Fontana (PSTU) não responderam até o fechamento desta matéria.

O embate entre os candidatos a governador realizado na manhã desta terça (18) em Caruaru também tratou da questão fiscal e a relação entre o governo e as empresas pernambucanas. Neste quesito, Dani Portela questionou Maurício Rands (Pros) sobre como ele vai combater a sonegação fiscal no Estado.  

“Sonegação é parte de um contexto maior, Pernambuco hoje é um estado profundamente burocrático e não propicia um ambiente para o investimento. Isso é muito triste, dá um Pernambuco muito diferente desse pintado na propaganda. A questão não é empresário contra a sociedade. É de investimento. É preciso respeitar a capacidade de atração de investimentos. Estamos apresentando um conjunto de propostas que vai fazer com que o ambiente tributário atraia investimentos locais e internacionais”, observou Rands.

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Ao rebater o argumento do adversário, Dani disse que o sonegar imposto em Pernambuco virou algo “fácil” e rotineiro e perguntou a Rands como ele pretende garantir o que promete sendo sócio de um empresa de comunicação que enfrenta problemas trabalhistas. 

“Tenho uma história de participar das lutas sociais. Quando ninguém queria fui advogado sindical. Fiz a minha opção pelos trabalhadores quando ainda era a época da ditadura militar. Minha vida é de luta social, como investidor tenho várias ações de várias empresas. Meu irmão teve coragem de assumir o Diario de Pernambuco e está recuperando com muita capacidade”, disse o candidato.

Quatro dos seis candidatos a governador de Pernambuco se enfrenaram, na manhã desta terça-feira (18), durante um debate promovido pela Rádio Liberdade, em Caruaru, no Agreste. O candidato Armando Monteiro (PTB) iniciou o primeiro bloco perguntando ao governador Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição, sobre as promessas que ele havia feito em 2014 e não cumpriu como o aumento salarial dos professores, a construção de hospitais e a implantação do bilhete único. 

“Todos nós sabemos que em 2014, na eleição, vivíamos um momento diferente e a partir de 2015 vivemos a maior crise do país”, justificou Paulo, pela ausência de cumprimento de alguns compromissos. “Pernambuco sabe o grau de quase colapso que enfrentamos no últimos anos [com a seca], avançamos no abastecimento de água. Uma área que não tinham promessas. Isso também vale para segurança. E avançamos em todas as áreas”, completou. 

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Armando, por sua vez, voltou a rebater. “Efetivamente ele não fez o que prometeu e agora se apresenta fazendo uma nova geração de promessas. Paulo é por isso que o povo já não acredita em política. Falamos aqui dos hospitais, mas aqui mesmo em Caruaru, o Hospital da Mulher se arrasta. Foi retomada uma vez, a segunda e até agora nada existe. O Hospital São Sebastião você fez uma inauguração precária, então como acreditar nessas promessas novas?”, indagou.

Como réplica, Paulo disse que “o Hospital São Sebastião está salvando vidas” e “quando se abre um hospital não se abre 100%”. “Isso tudo faz parte de um planejamento é um governo que faz gestão e sabe controlar as contas. É um governo transparente”, disse o governador. 

Em seguida, Paulo Câmara questionou Dani Portela (PSOL) sobre suas propostas para a educação, citada por ele como a melhor do país. “O que me chama muita atenção é que muitas vezes as pesquisas, dados e números nem sempre remetem à verdade”, disparou a candidata do PSOL.

“Sou advogada nos sindicatos da educação e por onde tenho andado a reclamação que mais escuto é que a escola que vemos na propaganda não é a escola da realidade. Nenhuma escola deveria valer menos, nenhum aluno deveria valer menos e nenhum professor deveria valer menos. Será que é justo um aluno sair para aprender outra língua do Brasil e outra escola no interior não ter o professor desta disciplina”, completou. 

Em resposta, Paulo disse que “apesar da crise” teve a capacidade “de contratar mais de 3 mil professores”. “É a maior rede de escola integral emtodo o Brasil. Nos próximos quatro anos queremos que 70% dos alunos sejam atendidos com escolas integrais”, frisou, pontuando a promessa de criar o Prouni Pernambuco. 

No segundo bloco, o tema educação foi retomado pelos mesmos candidatos e Paulo Câmara disse que também investe nas escolas regulares. “Todo município pernambucano tem uma escola de tempo integral, inclusive Fernando de Noronha. Mas a escola regular é bem cuidada. Com 70% vamos chegar ao alcance de todos os alunos e vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, valorizando o professor. A PEC do Teto de gastos vai tirar recursos da educação, assim como a saúde, mas aqui em Pernambuco vamos continuar a avançar”, argumentou. 

Candidata ao governo de Pernambuco, Dani Portela (PSOL) defendeu, na noite dessa sexta-feira (14), a ampliação do atendimento do  Centro Estadual de Combate à Homofobia para as cidades do interior do Estado. Ao participar de um debate realizado pelo ONG Leões do Norte sobre políticas públicas LGBTQI+, na Boate Metrópole, Dani também disse que, se eleita, pretende fazer um governo que “inclua todos os corpos com as diversidades que a gente tem”. 

“Nós vamos ampliar o atendimento do Centro Estadual de Combate à Homofobia para os municípios do interior. Isso garante a essas pessoas o seu direito à cidade retomado, dando mais segurança e atendimento acolhedor”, argumentou, destacando a necessidade de descentralização das políticas públicas de suporte e acolhimento à população LGBTQI+. 

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Além disso, Dani ainda falou sobre a dificuldade de inserção no mercado do trabalho deste público e lembrou dos desafios para a permanência dos jovens LGBTI na escola. “O índice de desemprego é ainda maior para a população LGBTI. Temos uma grande parcela dessa população que é expulsa da escolas, por não serem incluídas, e isso diminui a possibilidade de capacitação e dificulta a entrada desses jovens no mercado de trabalho. É preciso ter políticas públicas específicas para essa população, respeitando suas especificidades, não sendo apenas um número dentro de uma secretaria”, pontuou.  

Em uma entrevista, mais cedo, à Rádio Universitária FM Dani também falou sobre o desafio de governar, em sendo eleita, com uma assembleia legislativa eminentemente conservadora. 

“É um grande desafio estar candidata sendo mulher e com a perspectiva de ter que dialogar com deputados alheios à pauta dos direitos humanos. Temos denunciado essa prática de candidaturas laranja de mulheres, que são abandonadas pelos partidos depois de serem usadas como massa de manobra. Muitas delas se tornando inelegíveis por não terem sequer as contas prestadas pelos partidos”, explicou.

O primeiro debate entre os candidatos a governador de Pernambuco foi marcado por cobranças ao atual gestor estadual, que busca a reeleição, Paulo Câmara (PSB). O pessebista, por sua vez, optou por culpar a crise econômica e o governo do presidente Michel Temer (MDB) de perseguir o Estado. 

No primeiro bloco do embate, promovido pela Rádio Jornal na manhã desta terça-feira (28), os postulantes presentes investiram em abordar assuntos como saúde, educação, segurança e infraestrutura hídrica nas perguntas entre si.

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O ex-deputado Maurício Rands (Pros) questionou Paulo sobre a promessa feita em 2014 de construir quatro novos hospitais em Pernambuco, ainda não cumprida pelo atual gestor. Em resposta, o pessebista fez um balanço das ações governamentais na área e disse que mesmo com a crise dos últimos anos, a gestão dele foi eficiente. Além disso, Paulo destacou: “todas as minhas promessas de 2014 são válidas e necessárias”. 

Em reação, Rands cravou que as promessas não cumpridas levam a política à descrença. “Na campanha é fácil fazer promessas, mas essas promessas não cumpridas diminuem a credibilidade na política, por isso a candidatura Maurício Rands não vai fazer promessas que não pode cumprir. A saúde está um caos e no meu governo isso vai mudar”, rebateu o candidato.

Em seguida, Paulo Câmara indagou o senador Armando Monteiro (PTB) sobre como deve guiar a educação em um eventual governo e, por sua vez, o petebista criticou Paulo por ter um governo voltado apenas para o desenvolvimento do ensino médio, esquecendo de apoiar os municípios nos outros níveis educacionais.

“Você faz propaganda de forma massiva e a sua propaganda indica que Pernambuco tem a melhor educação do Brasil. A educação para mim é um ciclo completo. No ensino médio Pernambuco teve avanços, agora no ensino fundamental a posição de Pernambuco é ruim. Nós vamos cuidar do ensino em todos os seus ciclos. Não podemos ter a visão partida, o Estado com o ensino médio e o resto é obrigação dos municípios”, argumentou o senador, alfinetando Paulo ao dizer que a publicidade feita por ele “constrange”. 

Logo depois, Armando direcionou o debate para a área da segurança pública e, apesar de questionar a candidata Dani Portela (PSOL), os argumentos foram direcionados a Paulo com avaliações negativas para a gestão do Pacto Pela Vida. 

“Pernambuco está inseguro para viver. São 12 anos de gestão do PSB, foi feito um Pacto Pela Vida e temos que nos perguntar essa pacto foi feito pela vida de quem?”, questionou Dani.

Complementando a crítica, Armando citou o ex-governador Eduardo Campos. “Ele não terceirizou a culpa, foi para frente e Pernambuco experimentou reduções sensíveis da criminalidade, infelizmente isso não aconteceu nos últimos anos. Quero dizer aos bandidos que eles não vão ter vida fácil, isso não é uma promessa é um aviso”, reforçou. 

Para encerrar o embate direto entre os candidatos, Dani questionou Maurício Rands sobre ações hídricas para o Estado. Neste quesito, Rands disparou contra Paulo ao questionar a falta de articulação política dele em Brasília. “Faltou capacidade política do atual governo. Vou colocar toda esta força política para que Pernambuco volte a receber mais transferências voluntárias”, afirmou Rands, ao dizer que assim os recursos voltarão a ser direcionados para o Estado para obras hídricas. 

No segundo bloco, o debate girou em torno de questionamentos feitos por jornalistas e o ritmo de cobranças ao governador continuou. Indagado sobre a construção do Hospital da Mulher em Petrolina, prometida em 2014, Paulo Câmara disse que precisou investir, por conta da crise, em serviços que Pernambuco já tinha na área da saúde e prometeu que em um segundo mandato  vai “priorizar a execução do Hospital de Petrolina”. 

“Todos sabem que fomos perseguidos por Temer e seus aliados. Pernambuco é um Estado pouco endividado e não tem acesso ao crédito por perseguição. Estamos dando conta do recado aqui sim, apesar da crise”, justificou. 

Nos dois blocos seguintes, Paulo Câmara ainda foi criticado com relação a falta de autonomia da gestão do Complexo Portuário de Suape e pelo fato de ter feito “promessas demais” na campanha em 2014. 

Candidata do PSOL ao Governo de Pernambuco, a advogada Dani Portela fez, neste sábado (25), duras críticas à polarização criada entre o governador Paulo Câmara (PSB) e o senador Armando Monteiro (PTB) na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas. Na ótica dela, os dois tentam se descolar do presidente Michel Temer (MDB), mas fazem parte de “partidos de cunho golpista”. 

“Para mim são dois partidos de cunho golpista. Isto precisa ser dito, porque o PSB deu 29 votos fundamentais ao afastamento da presidenta Dilma, ele [Paulo Câmara] se diz arrependido, mas construiu um golpe que não foi apenas a democracia, mas que pautou uma agenda de retrocessos e retiradas de direitos. Armando, por sua vez, se diz contrário a Paulo Câmara, mas apesar de não ter votado no impeachment vota na pauta de retrocesso do governo Temer”, analisou a postulante, em conversa com o LeiaJá, após agenda nos mercados do Recife. 

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Na ótica de Dani, como Temer é o presidente mais mal avaliado que o país já teve, tanto Paulo quanto Armando querem se abraçar com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que lidera as pesquisas de intenções de votos na disputa presidencial, mesmo estando preso por condenação na Lava Jato. 

“Todos querem se afastar de Temer, agora querem Temer bem longe do palanque e todo mundo quer se abraçar com Lula, mas se formos olhar todos os momentos - desde o impeachment até a defesa pela liberdade de Lula e por sua candidatura - o nosso partido sempre esteve lá, do lado da democracia e das pautas de uma frente ampla de esquerda. Hoje os partidos se dizem arrependidos, você vê a polarização, mas acaba reproduzindo a forma de alianças incongruentes”, argumentou a candidata.

Sobre o fato do governador Paulo Câmara ter se colocado como arrependido de apoiar o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Dani disse que não acreditava. “Arrependimento a gente não faz a cada quatro anos para apertar um botão em eleição. Arrependimento não se faz em eleição, nem em palanque eleitoral. Arrependimento se faz na construção”, ressaltou. 

Durante os primeiros dias de campanha, Dani Portela tem tentado se firmar como uma espécie de terceira via na disputa pelo Governo de Pernambuco e disse que combaterá a polarização entre Paulo e Armando com “coerência”.  “O tamanho do palanque é o tamanho do Estado. Quando você ver essas alianças muito amplas, a máquina estatal é hipertrofiada para atender cada partido que veio ali, cedendo o tempo de TV em troca de secretaria e cargo em comissão. O Estado é feito de balcão de negócios”, criticou.

Na tentativa de se firmar como uma espécie de terceira via na disputa pelo Governo de Pernambuco, a candidata do PSOL Dani Portela fez campanha, neste sábado (25), nos Mercados de Casa Amarela, Madalena e Boa Vista, todos localizados em bairros homônimos no Recife. Ao lado de postulantes da chapa proporcional, tanto estadual quanto federal, Dani conversou com comerciantes e populares que estavam nos locais, apresentando-se como uma “alternativa de transformação” no comando do Palácio do Campo das Princesas. 

Em entrevista ao LeiaJá, durante a passagem pelo Mercado da Boa Vista, a candidata disse que um eventual governo seu vai “dar voz à população”.  “Estamos representando algo novo porque não é uma alternância, mas uma transformação. Quando a gente pergunta ‘se você governasse Pernambuco como seria?’, queremos que essa escuta vá chegando para que vozes que foram silenciadas possam ser ampliadas”, afirmou. 

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“Acreditamos na possibilidade de construir uma terceira via”, acrescentou a candidata, que segundo a última pesquisa Datafolha aparece com 2% de intenções de votos.

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Dani, inclusive, pontuou que tem encontrado pessoas insatisfeitas com a política por onde passa. “Eu também estou insatisfeita, mas essa insatisfação me chamou a responsabilidade de me aproximar da política. Lavar as mão e dizer ‘eu não acredito’ e ‘não posso’ não vai mudar as coisas. É preciso chegar lá para disputar essa caneta que assina e define as políticas públicas que definem a vida da população”, salientou. 

Dani Portela ainda aproveitou para dizer que ir às ruas tem “sido fundamental” pelo fato de estar fazendo campanha “de um lugar que nunca saímos”. 

“Toda a minha vida política era junto aos movimentos sociais. Escolhemos fazer campanha na rua, porque muitos políticos hoje em dia não estão conseguindo andar nas ruas, ir à mercados públicos e à praças, porque estão sendo hostilizados e esse comportamento hostil da população vem por uma descrença mesmo nesta forma de fazer política. Escuto as pessoas dizendo são as mesmas pessoas, os mesmo grupos políticos e quando diz vai mudar, o novo geralmente é o filho, o sobrinho, a esposa. As mesas oligarquias se mantendo no poder há muito tempo”, criticou. 

Ainda neste sábado, a agenda de Dani Portela inclui panfletagens em outros locais do Recife. Já neste domingo (26), ela estará no Cabo de Santo Agostinho, em Olinda e em Surubim.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) sorteou, nesta quarta-feira (22), a ordem de participação dos candidatos na exibição da propaganda eleitoral na televisão e no rádio durante a campanha deste ano. Além disso, durante uma reunião comandada pelo coordenador da Comissão de Desembargadores Auxiliares (CDAUX) desembargador Stênio Neiva, o TRE também confirmou o tempo que cada concorrente terá no guia.

A ordem de exibição, no primeiro dia, ficou definido com a candidata da coligação A esperança não tem medo, Dani Portela (PSOL) em primeiro; o da Rede Sustentabilidade, Júlio Lossio (Rede), em segundo, seguidos do candidato da Pernambuco Vai Mudar, Armando Monteiro (PTB); da O Pernambuco Que Você Quer, Maurício Rands (Pros); do PCO, Ana Patrícia Alves; da Frente Popular de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); e do PSTU, Simone Fontana.

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 Líder de uma coligação com 12 partidos o governador, que busca à reeleição, saiu em vantagem na distribuição do tempo de participação no guia eleitoral. A duração de cada exibição é calculada a partir de cada coligação, tendo como base o número de cadeiras que as legendas ocupam na Câmara Federal.

Segundo o TRE, Paulo Câmara contabilizou 5 minutos dos 9 disponibilizados para o guia dos concorrentes ao Palácio do Campo das Princesas, já Armando ficou com 2 minutos e 40 segundos. O terceiro maior tempo é de Rands, com 40 segundos, seguido de Dani Portela com 13 segundos e Julio Lossio com 9 segundos. As candidatas Ana Patrícia e Simone Fontana terão 7 segundos cada uma.  

Quanto às inserções durante o dia, que são programetes rápidos, o governador terá direito a 7 minutos e 47 segundos de exibição; Armando 4 minutos e 9 segundos; Rands 1 minutos e 3 segundos; Dani Portela 20 segundos; Julio Lossio 15 segundos e Simone e Ana Patrícia, 12 segundos cada.

Senado

Para a disputa pelo Senado, a chapa dos candidatos Jarbas Vasconcelos (MDB) e Humberto Costa (PT) somou 3 minutos e 53 segundos; já a de Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) 2 minutos e 4 segundos. O terceiro maior tempo ficou com a coligação dos candidatos Silvio Costa (Avante) e Lidia Brunes (Pros),  com 31 segundos para os dois.

As candidatas Albanise Pires e Eugênia Lima, ambas do PSOL, terão 10 segundos. O pastor Jairinho e Adriana Rocha, da Rede Sustentabilidade, somaram 7 segundos. O PSTU, com Hélio Cabral, e o PCO, com Gilson Lopes, terão 6 segundos cada.

Neste caso, a ordem de exibição será: Silvio e Lídia; Pastor Jairinho e Adriana; Albanise e Eugênia; Bruno e Mendonça; Hélio Cabral; Gilson Lopes e por fim Jarbas e Humberto.

O guia eleitoral começa no dia 31 de agosto e será dividido em dois blocos de 25 minutos cada, às 13h e 20h30 na televisão e às 7h e 12h no rádio.  Os programas dos candidatos a presidente e deputado federal exibidos às terças e quintas-feiras e aos sábados. Já os programas correspondentes as candidaturas de governador, senador e deputado estadual serão apresentados às segundas, quartas e sextas-feiras.

Candidata do PSOL a governadora de Pernambuco, a advogada Dani Portela afirmou, nesta terça-feira (21), que pretende, se eleita, realizar auditorias no Estado diante da política fiscal adotada pela administração e a composição da máquina pública. Ao participar, na manhã de hoje, de uma sabatina com empresários que integram a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Dani disse que o atual inchaço da gestão atrapalha no âmbito do investimento público e, consequentemente, na atração das empresas. 

"Vemos uma máquina repleta de pessoas e de secretarias. Hoje o Estado tem mais de 25 secretarias, vemos que o tamanho da máquina, infelizmente, é do tamanho do palanque que se forma. Se você faz um raio-x da eleição deste ano, você vê partidos com ideologias diferentes unidos por tempo de TV, todos contemplados na máquina pública. Quanto maior for a radiografia, maior é a hipertrofia da máquina. Precisamos falar, com transparência, que além da reforma tributária o Estado precisa de uma [reforma] administrativa ampla", argumentou, logo depois de defender a necessidade de uma reforma tributária no país.  

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"Isso diminui a possibilidade do Estado voltar a investir. Não temos margem porque precisamos fazer uma reforma administrativa urgente. É uma das primeiras ações que qualquer um que assuma aquela cadeira deve fazer. Porque precisamos subdividir em várias secretarias? Também é necessário fazer uma auditoria se essas secretarias são oportunas" completou a candidata.

Dani explicou aos empresários que, no ato do registro da candidatura, ela já iniciou a construção de uma equipe para realizar as auditorias. Sobre a questão fiscal, a psolista pontuou que sonegar impostos em Pernambuco é fácil. " Infelizmente sonegar em Pernambuco acaba sendo viável. Temos um passivo de dívida acumulada de quase R$ 17 bilhões. Imagina se tivéssemos este valor disponível para investir?", indagou. "O endividamento precisa ser feito não para ampliar a máquina, mas para investir no Estado", completou. 

A adoção dessas medidas, para Dani vai fazer com que o "Estado passe a influenciar os empresários a investir e assim retomar a geração de empregos". 

Dani Portela foi a primeira postulante a participar da quarta edição do Diálogos da Indústria com os Candidatos ao Governo de Pernambuco, organizado pela Fiepe. Além dela, ainda hoje também vão participar da sabatina o senador Armando Monteiro (PTB), o governador Paulo Câmara (PSB) e o ex-deputado Maurício Rands (Pros). Os quatro candidatos foram convidados a partir do critério de integrar um partido com ao menos cinco deputados na Câmara Federal.

A declaração de bens feita pelos candidatos a governador de Pernambuco à Justiça Eleitoral chama a atenção, até o momento, pela discrepância do patrimônio entre os postulantes. Com os dados de quatro dos seis candidatos já disponibilizados pelo DivulgaCand, plataforma do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) onde constam as informações de todos os políticos que desejam concorrer ao pleito deste ano, a soma dos bens do senador Armando Monteiro (PTB) é a maior: R$ 16,7 milhões. 

O patrimônio do petebista é pouco mais de R$ 1,8 milhão a mais do que o declarado em 2014, quando ele concorreu pela primeira vez ao Governo do Estado. O valor mais alto no que foi contabilizado pelo senador está no item 'outros bens e direitos' com R$ 11,9 milhões já o menor é de R$ 69,9 mil em 'aplicação de renda fixa'.

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Na última eleição, Armando disse possuir R$ 14,9 milhões em bens. O crescimento do capital financeiro do petebista é ainda maior se comparado ao ano de 2006, quando ele participou da sua primeira eleição. Na disputa pelo cargo de deputado federal, Armando disse ter naquele ano R$ 1 milhão em bens. O vice da chapa dele, vereador do Recife Fred Ferreira (PSC), declarou ter R$ 590,1 mil.

Já na lista do governador Paulo Câmara (PSB) foi possível perceber uma redução no valor do patrimônio declarado. O pessebista que em 2014 afirmou ter R$ 364,2 mil em bens, desta vez apresentou à Justiça Eleitoral um somatório de R$ 272,8 mil. O montante é R$ 91 mil a menos do que no último pleito, quando concorreu pela primeira vez a um cargo público. O bem de valor mais alto declarado é um apartamento R$ 140 mil enquanto o menor foi um ‘depósito em conta corrente no país’ de R$ 1,00. As cifras apresentadas por Paulo são menores, inclusive, do que as da candidata a vice dele, a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), que afirmou ter R$ 335,5 mil.

Neófita na política, a candidata do PSOL Dani Portela não teve nenhum bem cadastrado, segundo o site do DivulgaCand. Já a postulante pelo PSTU, Simone Fontana declarou ter R$ 5 mil em bens. O valor é correspondente a um automóvel. Das cinco eleições que já concorreu, apenas em 2012, quando disputou para vereadora do Recife ela teve patrimônio declarado. Naquele ano, Simone apresentou um montante de R$ 24,8 mil. 

Até a manhã desta segunda-feira (13), a plataforma da Justiça Eleitoral ainda não tinha divulgado os dados para o pedido de registro de candidatura dos candidatos a governador Maurício Rands (Pros) e Julio Lossio (Rede). 

Com a campanha eleitoral marcada para ser iniciada no próximo dia 16, os candidatos a governador de Pernambuco já começaram a traçar as estratégias eleitorais para o período e definiram quem serão os coordenadores das atividades durante os 45 dias em que estarão circulando pelo Estado para pedir votos. 

O senador Armando Monteiro (PTB), que concorre pela chapa “Pernambuco Vai Mudar”, terá o prefeito de Igarassu, Mário Ricardo (PTB), como coordenador da campanha. O gestor vai atuar juntamente com os petebistas João Batista e Cícero Moraes. 

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As atividades da candidata Dani Portela (PSOL) serão guiadas pelo advogado Jesualdo Campos. Além dele, as companheiras de Dani na chapa “A Esperança Vence o Medo” também indicaram cada uma um nome para compor um conselho político que norteará os rumos da campanha.

O ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio, que disputa com uma chapa puro-sangue da Rede Sustentabilidade, terá o empresário Antônio Souza como coordenador da campanha. Antônio desistiu de ser candidato ao Senado pelo partido e vai ajudar Lossio na corrida estadual. 

Já o governador Paulo Câmara (PSB) buscará à reeleição tendo como coordenadores de campanha o deputado Nilton Mota, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o chefe da Assessoria Especial de Câmara, Antônio Figueira, todos do PSB. Além deles, a equipe se completa com o coordenador operacional Gustavo Melo.

Exceções

Definido no fim do prazo para as convenções, o ex-deputado Maurício Rands (Pros), que será candidato pela coligação “Pernambuco Que Você Quer” ainda não definiu a coordenação da campanha. A candidata Simone Fontana (PSTU) também não anunciou a equipe ainda. 

A chapa feminista do PSOL que disputará o Governo de Pernambuco se reúne, nesta segunda-feira (4), para mais um encontro programático que visa coletar ideias que devem basear o programa de governo da pré-candidata Dani Portela. Desta vez o debate será sobre orçamento público e finanças. O encontro será a partir das 19h, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. 

O ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago (PSOL) e o PHD em Economia, professor José Raimundo Oliveira Vergolino, vão participar do debate. As propostas coletadas por meio do encontro vão servir para fomentar o projeto “Se a gente governasse Pernambuco?”, que também pode ser acessado por meio de uma plataforma online para registrar as sugestões.

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O primeiro encontro programático foi no último dia 22, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco sobre políticas públicas para a população LGBTI+. Outros eventos para discutir temas como comunicação, combate ao racismo, mobilidade, trabalho, saúde e educação devem acontecer nos próximos meses em outras cidades pernambucanas.

Além de Dani Portela, que lidera a disputa, a chapa é composta por Gerlane Simões, como vice-governadora; e as pré-candidatas a senadoras Albanise Pires e Eugênia Lima. 

Financiamento coletivo - A chapa PSOL/PCB foi a primeira das pré-candidaturas majoritárias a lançar um espaço virtual para a arrecadação de fundos para a campanha. A chamada “vaquinha” foi iniciada na última sexta-feira (1).

A reunião pública organizada pela vereadora do Recife, Michele Collins (PP), "contra o aborto e em favor da vida", marcada para esta quarta-feira (30), foi frustrada por um grupo de mulheres feministas que ocuparam o Plenário da Câmara dos Vereadores e realizaram um protesto pela legalização da prática.      

De acordo com a pré-candidata do PSOL a governadora, Dani Portela, que estava entre as mulheres presentes na reunião, havia cerca de 10 movimentos representados no local, entre eles, o Fórum de Mulheres de Pernambuco, o Coletivo de Mulheres  PSOL e do PT, o Movimento PartidA. Em conversa com o LeiaJá, Dani disse que as representantes dos feministas chegaram a pedir para falar durante a reunião, mas foram impedidas. Em reação, elas começaram a gritar palavras de ordem e cantar músicas características da iniciativa.  

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“Nosso objetivo era fazer uma intervenção de fala e artística, com cartazes em protesto, mas quando a gente chegou, antes de iniciar a reunião, tiraram todos os microfones do Plenário. Todas as mulheres que estavam ali tiveram suas vozes silenciadas”, explicou. “Nossas reivindicações são pelo amplo direito reprodutivo, que a mulher possa decidir pelo seu próprio corpo e que possamos ter a legalização do aborto que é uma questão de saúde pública, são quatro mulheres que morrem por dia”, completou. 

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A intervenção do grupo causou o encerramento da reunião, depois disso, a vereadora Michele Collins levou os que comungam com a mesma tese contra o aborto para uma sala menor onde continuou o debate com a apresentação da fala da americana Gianna Jessen, que seria, de acordo com a parlamentar, uma "sobrevivente de um aborto". 

Michele reagiu ao protesto, pontuando que eles tinham “o direito sim de debater sobre este tema, de expressar a nossa opinião” e, por isso, a Gianna Jessen falaria sobre sua experiência. 

A americana, por sua vez, acompanhada de uma tradutora disse que não conhecia nenhuma mulher que tivesse amado pelo aborto, mas que elas só lamentam. “Eu não me sinto envergonhada, as pessoas gritando não me derrotam. Sobrevivi a um assassinato, posso sobreviver a essa gritaria. Venho em nome de Jesus Cristo, sou a garotinha dele. O que estava tentando explicar para as pessoas que estavam bem chateadas é que sou a favor deles, não contra eles. Estão gritando pela exploração da mulher, elas estão gritando por uma prisão que elas mesmo estão fazendo. Não é liberdade”, argumentou.

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A chapa feminista do PSOL que disputará o Governo de Pernambuco inicia, nesta terça-feira (22), às 19h, uma série de encontros programáticos para coletar ideias que devem basear o programa de governo da pré-candidata Dani Portela. A primeira reunião da iniciativa será em Garanhuns, no Agreste, e serão discutidas políticas públicas para a população LGBTI+. 

De acordo com Dani, que mediará o debate, a intenção é coletar propostas para fomentar o projeto “Se a gente governasse Pernambuco?”, que também pode ser acessado por meio de uma plataforma online. Além da pré-candidata a governadora, também participam do evento a travesti e estudante de ciências sociais Amanda Palha, pré-candidata a deputada federal pelo PCB; o sociólogo Well Leal; e o professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco e doutor em Letras, João Batista Martins de Morais. 

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Outros eventos para discutir temas como orçamento, comunicação, combate ao racismo, mobilidade, trabalho, saúde e educação devem acontecer nos próximos meses em outras cidades pernambucanas. A chapa é composta ainda por Gerlane Simões, como vice-governadora; e as pré-candidatas a senadoras Albanise Pires e Eugênia Lima. 

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