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O governador Paulo Câmara (PSB) conquistou, neste domingo (7), a reeleição para o cargo e vai gerir o Estado até 2022. Com 99% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, Paulo já conquistou 50,61% dos votos válidos, o que garante a ele a vitória sem precisar enfrentar um segundo turno. Em segundo lugar na disputa ficou o senador Armando Monteiro (PTB) com 36,01% dos votos válidos. Esta é a segunda vez que o petebista é derrotado nas urnas pelo pessebista, em 2014 os dois também se enfrentaram e Paulo foi eleito no primeiro turno.

Entre os demais candidatos,  Dani Portela (PSOL) foi a terceira mais votada com 5,03% dos votos, seguida de Julio Lossio (Rede) - 4,68% - e Maurício Rands - 3,46%.

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Mais cedo, ao votar acompanhado da candidata a vice, Luciana Santos (PCdoB), e dos demais membros da chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco, Paulo já demonstrava estar confiante em um resultado favorável já neste domingo.

O governador chegou a disputa com um palanque endossado por 12 partidos, entre eles o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que mesmo estando preso, ainda tem uma influência de voto grande em Pernambuco, sua terra natal. O apoio do PT, contudo, não foi unânime, já que parte da militância reprovava Paulo e deixou isso bem claro em uma das agendas de campanha conjunta com Fernando Haddad (PT), no Recife, onde o governador chegou a ser chamado de “golpista”.

Campanha acirrada

Apesar da vitória, o governador enfrentou uma campanha bastante crítica ao seu primeiro mandato. O principal ponto citado nos discursos dos adversários foi a falta de cumprimento de algumas promessas feitas em 2014, quando ele concorreu pela primeira vez, entre elas a implantação do bilhete único no transporte coletivo e a construção de hospitais. Para enfrentar os concorrentes e justificar o descumprimento, Paulo culpou a crise econômica e, por muitas vezes, afirmou que Pernambuco foi vítima de uma "perseguição" do governo do presidente Michel Temer (MDB).

Temer também foi uma figura importante na disputa em Pernambuco, uma vez que nenhum dos postulantes quis ser atrelado ao presidente que configura o título de "o mais rejeitado que o país já teve". Nessa briga de desvinculação e fazendo uma polarização na corrida pelo comando do Palácio do Campo das Princesas, o governador enfrentou diretamente Armando Monteiro, que chegou a crescer nas pesquisas de intenções de votos, mas não obteve êxito nas urnas.

Um episódio que marcou o acirramento entre os dois foi o apoio com relação à reforma trabalhista aprovada no Congresso em 2017. Como o assunto dividiu boa parte da população e foi rejeitado pelas classes mais populares, Paulo aproveitou para lembrar nos debates e no guia eleitoral que Armando votou a favor da atualização das regras trabalhistas e o petebista aproveitou para rebater, acionando, inclusive, a Justiça Eleitoral.

O acirramento entre os dois foi se atenuando ainda mais na reta final da campanha, quando as pesquisas de intenções de votos apresentaram um crescimento de Armando no cenário, chegando a empatar tecnicamente com o governador.

Novo governo, mas de continuidade

Apesar do ano da eleição ser 2018, Paulo Câmara ganhou mais quatro anos para por em prática as promessas feitas em 2014. Nos debates e entrevistas o governador sempre deixou claro que "faltava muito" para fazer em Pernambuco e sempre reiterava que as propostas apresentadas naquele ano estavam valendo para a atual campanha. Tanto é que renovou o polêmico compromisso de instalar o bilhete único na Região Metropolitana do Recife.

Entre as novidades, contudo, Paulo prometeu implantar o 13º para beneficiários do programa Bolsa Família, criar uma linha de crédito de até R$ 3 mil para os micro e pequenos empreendedores e criar o Prouni Estadual, com bolsas de estudo nas universidades particulares em Pernambuco para estudantes da rede pública de ensino com bom desempenho no Enem.

Com 60% das urnas apuradas, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), o governador Paulo Câmara (PSB) registra 49,22% dos votos válidos, o equivalente a pouco mais de 1 milhão dos pernambucanos que foram às urnas. Até o momento, foram verificadas 10.855 das 20 mil distribuídas pelo Estado.

Em segundo lugar, vem Armando Monteiro (PTB) com 36,59%. Caso Paulo não alcance mais de 50% dos votos, a disputa será definida no segundo turno.

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Logo após Paulo e Armando, vem a candidata do PSOL, Dani Portela, com 5,55% dos votos, seguida por Julio Lossio (Rede) com 4,53%, Maurício Rands (Pros) com 3,84% e Simone Fontana (PSTU) com 0,26% dos votos válidos.

A segunda etapa da disputa está marcada para 28 de outubro.

Na disputa da primeira eleição, o filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos (PSB), já soma mais de 200 mil votos na corrida por uma vaga na Câmara dos Deputados. Com pouco mais de 55% das urnas apuradas (10.855), segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), ele já registrou 227.978 votos. Mais que o dobro da segunda colocada, Marília Arraes (PT) - prima de João - que registra 100.635 votos.

Aos 24 anos, João é o segundo filho de Campos e se apresentou para a disputa como o "filho da esperança". "Quero mais que tudo trabalhar por nosso povo e honrar o legado de meu pai", chegou a pontuar o jovem pessebista no início da campanha. Na última semana, indagado sobre ansiava ser o mais votado, ele ponderou que não. “O que eu digo sempre é que eu vou ser o que mais vai trabalhar por Pernambuco", salientou.

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O bisneto de Miguel Arraes é considerada a maior aposta do PSB para a disputa proporcional em Pernambuco neste ano. Ele chegou, de acordo com informações de bastidores, a gerar ciúmes entre os demais parlamentares que buscam a reeleição.

No domingo (7) os eleitores pernambucanos vão às urnas escolher quem vai administrar o Governo do Estado pelos próximos quatro anos. O LeiaJá reuniu propostas para as áreas de segurança, saúde, educação, economia e cultura dos candidatos a governador, setores considerados essenciais para o desenvolvimento de Pernambuco. 

Confira as principais propostas dos que desejam estar à frente do Palácio do Campo das Princesas até 2022:

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SEGURANÇA

Armando Monteiro (PTB)

- Criação do Comando Cidadão, que será um programa vinculado diretamente ao gabinete do governador, para combater os índices de homicídios; 

- Policiamento ostensivo, patrulhas rurais, delegacias funcionando 24h e o resgate das ações do Pacto pela Vida;

- Fortalecer as atividades de prevenção, valorização dos policiais civis e militares, além de investimento em tecnologia; 

- Estudo da proposta de criar minipresídios municipais, com convênios com as prefeituras para desafogar o sistema, além de firmar Parcerias Público-Privadas (PPPs).

Dani Portela (PSOL)

- Construção e descentralização de políticas para as mulheres vítimas de violência doméstica, de forma eficaz e acolhedora, ampliando e modernizando os serviços de atendimento por equipes multidisciplinares.

Julio Lossio (Rede)

- Criação da Polícia Rodoviária Estadual;

- Promover a integração entre as polícias Militar e Civil;

- Investir em monitoramento eletrônico e inteligência;

- Criar presídios-trabalho como o Agrícola na Região do São Francisco, Confecção no Agreste e Indústria na Região Metropolitana do Recife.

Maurício Rands (PROS)

- Ampliar o uso de tecnologias com inteligência com a criação de salas de monitoramento eletrônico, em pontos chaves do Estado;

- Valorização dos profissionais de segurança com a participação deles na política de segurança e das ações sociais, importantes para a prevenção da violência, além de defender que os policiais militares sejam promovidos a cada cinco anos, e não a cada dez, como atualmente;

- Combater o feminicídio e a outras formas de violência contra a mulher, instalando mais delegacias especializadas, com treinamento de todos os agentes para um atendimento adequado às vítimas, e com uma campanha educativa com o objetivo de se pensar no fim da cultura da violência contra mulher e também contra outros grupos minoritários;

- Descentralizar os grandes complexos penitenciários e construir novas unidades prisionais, mais modernas e, principalmente, mais humanas.

Paulo Câmara (PSB)

- Continuar investindo em ações de combate ao aumento da violência no Estado;

- Levar mais um BIESP para Sertão, 

- Criar o Batalhão Especializado em Polícia do Interior em Garanhuns, fazer três novas Companhias Independente de Polícia Militar na Mata e Agreste, três Delegacias da Mulher e a segunda unidade da CIATUR em Porto de Galinhas. 

- Expandir o Grupo Aéreo e Tático para Agreste e Sertão e criar o Departamento de Combate ao Crime Organizado, com 6 Delegacias em todo Estado.

SAÚDE

Armando Monteiro (PTB)

- Criação do Expresso Saúde, para integrar todas as unidades com prontuários online, fornecer a marcação de consultas pelo celular e nos guichês eletrônicos, além de tornar o atendimento mais rápido e humanizado;

-  Realização de mutirões, junto com hospitais privados e filantrópicos, que descentralizará exames, consultas e cirurgias; 

- Fortalecimento dos Postos de Saúde da Família e o funcionamento dos hospitais, as UPAs e UPAEs; 

- Fortalecer os CAPs 24 e investir no Programa Atitude para combater o uso de drogas.

Dani Portela (PSOL)

- Apoio à saúde básica, como forma de diminuir o atendimento de média e grande complexidade, fortalecendo a saúde preventiva e os programas educativos para cuidados com a saúde, especialmente nas periferias.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer os hospitais regionais com mais profissionais e insumos;

- Criar um programa de cirurgias eletivas com listas transparentes para o acompanhamento, que evite o fura-fila por demanda política;

- Criar unidades móveis clínicas e cirúrgicas;

-Implantar a doação de óculos para crianças em idade escolar.

Maurício Rands (PROS) 

- Apoiar e ampliar a estratégia de saúde da família em municípios e territórios vulneráveis, valorizar o papel do agente comunitário de saúde e fortalecer parcerias com a União e municípios para a oferta de capacitação continuada na atenção básica do SUS;

- Realizar um mutirão para zerar as filas de espera para exames e cirurgias eletivas;

- Melhorar o atendimento a saúde pública, com iniciativas já adotadas pela rede privada, implantando o prontuário eletrônico;

- Defender o piso salarial de R$ 2.962 para o enfermeiro, 70% para o técnico e 50% para o auxiliar, além de apoiar a redução da jornada de trabalho para 30 horas. 

Paulo Câmara (PSB) 

- Continuar investindo na descentralização dos serviços de saúde do Estado;

- Entregar o Hospital Geral do Sertão, em Serra Talhada, que vai encurtar as distâncias para quem precisa de atendimento de média e alta complexidade. 

- Concluir a construção do Hospital da Mulher de Caruaru e as UPAEs de Palmares e Escada, além da unidade de Goiana.

EDUCAÇÃO

Armando Monteiro (PTB)

- Criação de um mecanismo de apoio financeiro para os municípios que alcançarem os melhores resultados no Ensino Fundamental (por meio da repartição do ICMS), além de dar apoio técnico na formação dos professores e na gestão escolar;

- Ampliação das escolas em tempo integral; 

- Integração das crianças com microcefalia em idade escolar, assim como deve ser feito com alunos portadores de outras síndromes, garantindo a sociabilidade tão necessária para o desenvolvimento pedagógico;

- Valorização dos professores, garantindo formação continuada além de conceder a categoria aumentos reais.

Dani Portela (PSOL)

- Fim das diferenças entre escolas de referência e as demais escolas da rede estadual, para garantir a todos os estudantes as mesmas estruturas educacionais, professores de todas as disciplinas, material escolar e merenda de qualidade em todos as unidades de ensino.

Julio Lossio (Rede)

- Criar a Rede de Proteção à Primeira Infância (creches);

-Apoio aos municípios para fortalecer o aprendizado no Ensino fundamental, com foco em português e matemática;

- Ampliar as escolas de Ensino Médio em tempo integral e parceria com o sistema S para qualificação profissional;

- Ecoescolas: construção e adaptação das escolas a modelo sustentável com energia solar e reciclagem de lixo.

Maurício Rands (PROS)

- Trabalhar com os municípios para melhorar o acesso e qualidade da educação pública no ensino fundamental, como o repasse de parte do ICMS para as prefeituras como incentivo;

- Assim como no Ceará promover seminários de capacitação e premiações para os melhores gestores e professores, entre outras ações;

- Manter e ampliar para as 1.050 escolas da rede pública o modelo de integral e semi-integral para o ensino médio;

- Valorização dos profissionais da educação, a começar pelo professor. 

Paulo Câmara (PSB) 

- Continuar ampliando o acesso à Educação de qualidade com as políticas que estão dando resultado; 

- Criar 50 novas Escolas de Tempo Integral, mais 10 escolas técnicas;

- Criar o Prouni estadual, que vai fornecer 4 mil bolsas para estudantes da rede pública ingressarem em universidades particulares;

- Instalar um Campus da Universidade de Pernambuco (UPE) em Palmares e Araripina; 

-Ampliar para 80 municípios o Escola Integrada, que tem o objetivo de repassar às cidades o modelo de gestão aplicado ao ensino médio. Também queremos atingir meta de 200 quadras cobertas nas escolas públicas.

ECONOMIA

Armando Monteiro (PTB)

- Criação das Frentes Urbanas de Trabalho, promover um amplo programa de qualificação profissional em parceria com o Sistema S (Sesc, Senai e Sesi) para qualificar 100 mil pernambucanos em quatro anos;

- Concessão de incentivos fiscais às empresas que contratarem jovens no primeiro emprego e egressos do sistema prisional;

- Isentar do imposto as motocicletas de até 150 cilindradas e promover um refinanciamento das dívidas acumuladas por todos os motociclistas;

- Recuperar a autonomia de Suape.

Dani Portela (PSOL)

- Estimular e promover redes de economia solidária, dando ênfase à participação coletiva, autogestão, democracia, cooperativismo, promoção do desenvolvimento humano, responsabilidade social e ambiental.

- Promover a descentralização geográfica dos investimentos orçamentários, visando desenvolver todas as regiões do estado.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer os polos econômicos e industriais do Estado;

- Interiorizar os voos comerciais;

- Reduzir a máquina pública para 10 secretarias;

- Criar o Centro Administrativo Estadual no Recife.

 Maurício Rands (PROS)

- Construção de uma ferrovia ligando Goiana a Suape e a duplicação da BR-232, a partir de São Caetano e em direção a Petrolina, para garantir o escoamento da produção industrial em Pernambuco;

- Criar uma nova modalidade de edital para ampliação e manutenção da malha viária, por exemplo, Rands propõe licitar a construção ou ampliação das estradas junto com a obrigação pela manutenção da mesma via, por um período de 20 anos;

- Desburocratizar o relacionamento das empresas com o Estado;

- Ampliar a geração de empregos com as obras e manutenção das estradas. 

Paulo Câmara (PSB)

- Criar o Crédito Popular, que dará R$ 3 mil para aqueles que quiserem incrementar ou alavancar seus negócios;

- Lutar pela retomada da autonomia administrativa do Porto de Suape para, a partir daí, dar andamento no processo de licitação para o Terminal de Contêiner, que vai garantir um incremento na movimentação de um milhão de TEUs, garantir o Terminal de Veículos, para viabilizar maior oferta de serviço às montadoras e a ampliação do parque de tancagem;

- Trabalhar para atrair mais uma usina térmica a gás para o Complexo Portuário de Suape, que poderá gerar até 2,5 mil empregos e investimentos de R$ 4,5 bilhões;  

- Ampliar a atração de empreendimentos fármacos para Pernambuco consolidar o polo de medicamentos nos próximos anos.

CULTURA

Armando Monteiro (PTB)

– Fortalecer a difusão da cultura popular existente em todos os quadrantes do Estado;

- Investir na conservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Pernambuco;

- Criar política pública que estimule o investimento do setor privado nos projetos culturais;

- Apoiar as diversas cadeias produtivas do setor cultural;

- Integrar as cadeias culturais com o turismo sustentável.

Dani Portela (PSOL)

- Criação de escolas estaduais de artes, com cursos de longa duração de literatura, música, teatro, cinema, vídeo, dança e artes visuais nas periferias e áreas rurais do Estado.

Julio Lossio (Rede)

- Fortalecer a diversidade cultural do Estado, com a valorização dos movimentos de base e respeito à manifestação artística nas suas mais variadas dimensões;

- Ampliar os potenciais turísticos do Estado;

- Estimular a prática de lazer saudável. 

Maurício Rands (PROS)

- Favorecer, em especial, o artista pernambucano, criando um amplo diálogo com todos os setores, das grandes às pequenas apresentações;

- Instalar Armazéns Interculturais – um espaço no qual os artistas poderão se encontrar, trocar experiências, realizar apresentações;

- Pagar em dia os cachês dos artistas sem dar tratamento diferenciado entre artistas locais e de fora;

- Criar critérios objetivos para a contratação de artistas e assegurar que as empresas locais aloquem recursos potenciais para os artistas pernambucanos através da Lei Rouanet.  

Paulo Câmara (PSB)

- Seguir investindo na preservação e valorização dos equipamentos públicos e os espaços culturais, como museus, teatros e mercados públicos;

-Continuar valorizando o artista local através do Funcultura, iniciativa que dialoga diretamente com os representantes culturais pernambucanos;

- Seguir avançando na requalificação e melhoria de equipamentos públicos. 

*O LeiaJá não conseguiu retorno da candidata Simone Fontana (PSTU) até o fechamento desta matéria

Expulso da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio recebeu parecer favorável à manutenção da sua candidatura a governador de Pernambuco do Ministério Público Eleitoral. Conforme o parecer assinado pelo procurador regional eleitoral Francisco Machado Teixeira, o ex-prefeito de Petrolina deve continuar concorrendo à eleição, mesmo com a Rede tendo solicitado o indeferimento do registro. A direção da Rede expulsou Lossio foi infidelidade no dia 22 de setembro. 

“O parecer favorável à nossa candidatura mostra que a Justiça e a verdade estão do lado certo. Em breve, aqueles que querem manchar nossa honra serão derrotados na justiça e nas urnas. Continuo firme na disputa, unindo as pessoas de todos os partidos, rumo a um Pernambuco mais forte, mais justo e mais feliz”, afirmou Lossio.

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De acordo com o parecer, o partido não adotou o procedimento adequado ao alegar infidelidade partidária de Julio Lossio por aceitar o apoio do Coronel Meira (PRP), candidato a deputado federal e defensor de Jair Bolsonaro (PSL) em Pernambuco. “Não foi indicada a resolução específica que regulamenta o processo disciplinar, na qual deveria constar o procedimento específico a ser adotado, os prazos de defesa, os meios de prova”, informa o documento, divulgado nessa quarta-feira (3).

“Diante das inconsistências acima apontadas, conclui-se que não foram respeitadas as regras estatutárias nem assegurada a ampla defesa no procedimento que ensejou a expulsão do requerido Julio Lossio do partido Rede Sustentabilidade, razão pela qual não se deve cancelar o registro de candidatura ao cargo de governador do Estado de Pernambuco”, concluiu o procurador Francisco Machado Teixeira.

Expulso da Rede Sustentabilidade e já considerado como ex-candidato a governador pelo partido, Julio Lossio segue fazendo campanha e usando o tempo de propaganda da legenda para difundir suas propostas, contudo a sigla anunciou que votará na candidata do PSOL, Dani Portela, para o Governo do Estado no primeiro turno do pleito, marcado para o próximo domingo (7). 

Em nota, divulgada nessa segunda-feira (1º), a direção estadual da Rede disse que, considerando a decisão de expulsar Lossio e a proximidade das eleições, a candidatura que mais se aproxima programaticamente do partido é a de Dani, uma vez que, segundo a nota, ela aparece como “uma alternativa de renovação da política pernambucana e a importância de fortalecer a participação das mulheres na disputa dos espaços institucionais”.

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“A Rede Sustentabilidade em Pernambuco, no primeiro turno da eleição para governador, indica aos seus candidatos, filiados, simpatizantes e eleitores, o voto na candidata Dani Portela (PSOL), face ao seu compromisso com um projeto de desenvolvimento sustentável para Pernambuco e para o Brasil que contempla as minorias e a riqueza da diversidade, bem como sua luta por um mundo politicamente democrático e socialmente justo”, declara o texto. 

Em resposta, Dani Portela agradeceu o apoio e disse que “não há como compreender um projeto de desenvolvimento dissociado da sustentabilidade ambiental e social”.

“O posicionamento da Rede contra as forças reacionárias que se apresentam atualmente no cenário político é de extrema importância para unirmos forças e retomarmos o processo democrático no país, com tolerância às diferenças e respeito às pautas de setores historicamente excluídos da sociedade. Também compreendemos a necessidade de apresentar uma alternativa para a política de Pernambuco, reafirmando o protagonismo das mulheres nesta disputa. Nossas propostas apontam para caminhos de um regime democrático e igualitário, que se contrapõe à política do ódio que pretendem semear em nossa sociedade”, argumentou Dani Portela. 

A seis dias da eleição, o candidato a governador Armando Monteiro (PTB) afirmou que vai intensificar as atividades de campanha nesta semana e, ao ser questionado sobre a expectativa de uma disputa sendo definida em segundo turno contra o atual governador Paulo Câmara (PSB), pontuou que o foco, no momento, está na votação do próximo domingo (7). 

“Vamos resolver primeiro o primeiro turno”, ponderou o petebista, logo depois de participar de uma sabatina no Porto Digital, nesta segunda-feira (1º). Segundo dados do Datafolha, da última sexta-feira (28), o petebista tem 30% das intenções de votos e o pessebista 38%. Armando deve atuar nesta semana para reduzir a diferença de pontos entre ele e Paulo. 

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“Estamos animados [para a última semana de campanha], vamos trabalhar. Estamos confiantes, intensificando a agenda e muito tranquilos de que nossa mensagem está sendo cada vez mais percebida e ampliada”, detalhou. 

A “mensagem” referida por Armando é a de alternância, também citada por ele durante o discurso para os sócios de empresas que são abrigadas pelo Porto Digital. 

“A alternância é algo muito saudável, quando um grupo fica 12 anos [no Poder] vai se criando uma lógica de que se tem que manter a qualquer custo posições. O Estado virou uma espécie de condomínio. A alternância é uma coisa saudável e o processo eleitoral é uma oportunidade para que se possa fazer uma avaliação democrática disso. O atual governador já teve uma oportunidade, já experimentamos a liderança dele e temos a possibilidade de construir outro caminho”, observou, depois de reiterar as críticas que vem fazendo à administração de Paulo. 

Na sabatina, Armando fez uma retrospectiva das propostas já apresentadas por ele ao longo da campanha e pontuou que pretende aplicar a tecnologia nessas iniciativas. 

“Defendemos uma agenda nova para desenvolver competências e preparar Pernambuco para o futuro”, salientou, lembrando que pretende desburocratizar o Estado, proporcionando uma abertura maior ao negócio, além de cuidar da saúde pública “qualificando a gestão e humanizando o atendimento”, da gestão fiscal e da segurança pública. 

Em Pernambuco, pouco mais de 150,2 mil eleitores tiveram o título cancelado por ausência da atualização dos dados cadastrais e falta da biometria. Com isso, eles não poderão votar no dia 7 de outubro. Caso o eleitor tenha dúvidas se está apto a votar ou não é possível consultar no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para verificar, basta clicar no campo 'situação eleitoral', lá aparecem os campos para informar o nome completo e a data de nascimento ou número do título de eleitor. A consulta vai informar se o cidadão está em situação regular ou não com a Justiça Eleitoral. 

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De acordo com o TSE, pouco mais de 3,3 milhões de brasileiros não poderão votar este ano porque não fizeram o cadastramento biométrico e tiveram seus títulos eleitorais cancelados. Nessa quarta-feira (26), por 7 votos a 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu rejeitar pedido de liminar feito pelo PSB para evitar o cancelamento desses documentos.

Saiba quem pode e quem não pode votar nas eleições deste ano

Quem pode votar:

- O voto é obrigatório para todo cidadão, nato ou naturalizado, alfabetizado, com idade entre 18 e 70 anos.

- Os presos provisórios e os adolescentes internados, desde que tenham tirado o título de eleitor e estejam em dia com a Justiça Eleitoral. também têm o direito de votar, por não estarem com os direitos políticos suspensos (inciso III do artigo 15 da Constituição Federal).

Quem não pode votar

- Quem está com o título cancelado por não ter justificado ausência em três eleições consecutivas. No caso das ausências, cada turno de um pleito é considerado como uma eleição isolada.

- Quem perdeu o prazo para justificação e não pagou a multa pela irregularidade.

- Cidadãos que estão com os direitos políticos suspensos.

- Quem não participou da revisão biométrica obrigatória no município em que vota.

- Aqueles que não tiraram o título de eleitor até o dia 9 de maio nem regularizaram sua situação perante a Justiça Eleitoral.

- Eleitores cujos dados não estejam no cadastro de eleitores da seção constante da urna, ainda que apresente título de eleitor correspondente à seção e documento que comprove sua identidade. A regra consta do parágrafo 6º do Artigo 111 da Resolução TSE nº 23.554/2017, que trata dos atos preparatórios para as eleições 2018. Nessa hipótese, a mesa receptora de votos deverá registrar a ocorrência em ata e orientar o eleitor a comparecer ao cartório eleitoral a fim de regularizar sua situação.

Voto facultativo

-  Para jovens com idade entre 16 e 17 anos, idosos com mais de 70 anos e analfabetos, o voto é facultativo.

Onde votar?

No dia 7 de outubro, o eleitor apto pode ir à sua seção eleitoral das 8h às 17h e votar, de acordo com o horário local. O título de eleitor traz a zona eleitoral e a seção em que o eleitor vota.

Quem perdeu o título consegue saber o número do documento no site do TSE. Basta informar o nome, data de nascimento e o nome da mãe.

O eleitor em situação regular também pode obter a via digital do título. O aplicativo e-Título, está disponível para smartphones e tablets. Caso o eleitor já tenha feito o recadastramento eleitoral com coleta de biometria, a versão do e-Título virá acompanhada da fotografia, o que permitirá sua identificação na hora do voto. Neste caso, bastará apresentar a versão digital do documento para votar.

Para quem ainda não fez o recadastramento biométrico, a versão do e-Título será baixada sem a foto. Nessa hipótese, o eleitor está obrigado a levar um documento oficial de identificação com foto.

Não é obrigatória a apresentação do título de eleitor para votar. O eleitor deve se dirigir à sua seção eleitoral e apresentar ao mesário um documento oficial com foto (carteira de identidade, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação). 

*Com a Agência Brasil

A 9 dias da eleição, a disputa pelas duas vagas de Pernambuco no Senado Federal está cada vez mais acirrada. Ao menos é o que aponta o levantamento divulgado pelo Ibope nessa quinta-feira (27). De acordo com os dados, quem aparece liderando é o senador e candidato à reeleição Humberto Costa (PT). O deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), que vinha à frente das pesquisas, aparece em segundo lugar. Eles têm, respectivamente, 32% e 31% das intenções de votos. Os dois, que concorrem pela Frente Popular de Pernambuco, oscilam dentro da margem de erro e estão tecnicamente empatados. 

Em terceiro lugar, vem Mendonça Filho (DEM) com 22%. Logo depois dele, Silvio Costa (Avante) 12% e Bruno Araújo (PSDB) 9%. Os candidatos da Rede Sustentabilidade surgem em seguida, registrando o Pastor Jairinho 5% e Adriana Rocha 3%. As candidatas Eugênia Lima (PSOL) e Albanise Pires (PSOL) figuram 2% cada, assim como Hélio Cabral (PSTU).  Já Lídia Brunes (Pros) e Alex Rola (PCO) aparecem com 1% cada um.

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Na pesquisa anterior, feita entre os dias 14 e 16 de setembro, os percentuais de intenção de votos dos três mais bem colocados eram os seguintes: Jarbas na liderança com 34%, Humberto com 31% e Mendonça 22%. 

Desta vez, o Ibope foi às ruas entre os dias 24 a 26 de setembro para ouvir 1.512 eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, já o nível de confiança é de 95%. 

O governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB) não se mostrou incomodado ao ser vaiado e até chamado de “golpista”, durante uma caminhada realizada ao lado do candidato a presidente Fernando Haddad (PT) no último sábado (22), no Recife. Por meio das redes sociais, sem falar diretamente sobre o assunto, o pessebista disse que não adianta tentar manipular a verdade. 

Segundo Paulo, uma multidão tomou as ruas da capital pernambucana para apoiar a sua reeleição e o candidato Haddad. “Não adianta alguns tentarem diminuir a força do que vimos hoje. Esses poucos não conseguirão manipular a verdade e a presença dos milhares de pernambucanos que saíram de suas casas hoje para dizer que querem que o nosso Estado siga na frente”, ressaltou.

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O governador também falou que no ato realizado no mesmo dia, em Caruaru, milhares de pessoas lotaram as ruas para demonstrar apoio ao projeto que resultou da aliança do PSB e PT. “É para quem soube manter Pernambuco de pé quando o Brasil viveu sua pior crise. Trouxemos 113 investimentos para o Estado - só a Jeep vai investir 7 bilhões aqui. Já somos, depois de São Paulo, o estado que mais gera empregos no Brasil. Tornamos a nossa educação pública a melhor do Brasil”, voltou a dizer. 

Ele ainda disse que é preciso sensibilidade, competência e responsabilidade para governar. “É assim que governo, fazendo tudo para que Pernambuco avance e siga em frente, apesar da crise estamos no caminho certo e ainda vamos fazer muito mais”, garantiu.

A direção nacional da Rede Sustentabilidade pretende solicitar, nesta segunda-feira (24), o cancelamento do registro da candidatura de Julio Lossio a governador de Pernambuco. A informação foi repassada pelo porta-voz nacional do partido, Pedro Ivo Batista, em conversa com o LeiaJá. O ex-prefeito de Petrolina foi expulso do partido na última sexta-feira (21) por infidelidade. A punição ao candidato foi imposta por ele ter firmado aliança com ‘bolsonaristas’ no Estado

“Vamos entrar hoje [com a representação]. Estamos ainda revisando a ata da aprovação feita na reunião. Como nós aprovamos a expulsão dele na sexta, precisamos desse tempo para revisar a ata”, explicou Pedro Ivo, ao ser indagado se a Rede Sustentabilidade mantinha a decisão de retirar a candidatura. “Ele está expulso do partido, vamos fazer os procedimentos jurídicos e vamos com essa postura em todas as instâncias judiciais”, completou. 

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Pedro Ivo Batista também avaliou como “esdrúxula” a atitude de Julio Lossio em querer “lutar” na Justiça Eleitoral para manter a postulação. “Ele descumpriu a Lei Eleitoral, já que ele está aliado a um candidato a deputado de outro partido que não esta coligado com a Rede e se associando e apoiando Bolsonaro. Essa infidelidade descumpre também a convenção eleitoral do partido, é esdrúxulo ele querer ser candidato de um partido que ele não respeita [o que foi aprovado na convenção]”, observou o dirigente. 

Já sobre o fato de Lossio ter dito ter vítima de uma “manifestação opressiva e antidemocrática” da Rede, Pedro Ivo Batista disse que a punição não foi pessoal, mas “não restou outra saída” devido ao posicionamento político do candidato. 

“Ele não está sendo vítima de nada, quem é vítima aí é a Rede. Ele entrou na Rede, foi acolhido, aprovado como candidato. Não aprovamos nenhuma aliança, nenhuma coligação. Ele vem e se alia a uma parte da turma do Bolsonaro em Pernambuco. Não é nada pessoal, mas não nos restou outra saída. A Rede defende o estado democrático de direito, não pode fazer aliança com quem não está coligado”, argumentou o porta-voz nacional.  

Além disso, Pedro Ivo Batista ainda disse que se Lossio “fosse uma pessoa ética e correta não usaria nem os símbolos, nem os números, nem o tempo de TV” da Rede Sustentabilidade desde a última sexta-feira. 

Em ato no Recife em defesa da candidatura presidencial de Fernando Haddad (PT), na tarde deste sábado (22), o governador e postulante à reeleição Paulo Câmara (PSB) foi vaiado toda vez que era citado durante os discursos por um grupo de militantes petistas. 

O primeiro a mencionar Paulo foi o senador Humberto Costa (PT), que busca a reeleição pela chapa da Frente Popular de Pernambuco. Logo depois, no discurso da deputada Luciana Santos (PCdoB), candidata a vice de Paulo, o protesto se repetiu e a militância favorável ao governador tentou abafar as vaias com aplausos. 

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O disfarce, entretanto, não deu certo quando o próprio governador pegou o microfone. No início do discurso dele, vaias e gritos de "golpista" foram disparados da plateia do comício que aconteceu na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, área central da capital pernambucana.

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Para tentar amenizar o impacto, Fernando Haddad durante seu discurso disse que para governar bem ele precisava de um time de parlamentares e governadores eleitos ao seu lado. "Não se faz nada sozinho. Às vezes temos a mania de achar que eleger o presidente e está resolvido. Temos muita coisa para arrumar. Queria pedir que estivéssemos unidos", salientou, citando também a presença de Renata Campos, ex-primeira-dama do Estado, e do filho de Eduardo Campos, João Campos (PSB), que é candidato a deputado federal. Os dois também foram vaiados.

Logo depois do ato, ao ser questionado pelo LeiaJá sobre os protestos contrários, Paulo Câmara minimizou. "Era gente da turma de Temer infiltrado aqui", disparou. 

A reação de grupos petistas contra o governador tem ligação com o fato do PT ter preterido a candidatura da vereadora do Recife, Marília Arraes, a governadora para voltar a integrar a Frente Popular de Pernambuco e buscar manter a cadeira de Humberto no Senado. 

Candidato à reeleição, o senador Humberto Costa (PT) não tem poupado o adversário Mendonça Filho (DEM) durante os discursos. A última manifestação do petista foi de comparação da atuação de Mendonça e do candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, à frente do Ministério da Educação. Haddad comandou a pasta durante o governo Lula e Mendonça durante a gestão do presidente Michel Temer (MDB).

Segundo Humberto, o indicado por Lula para a disputa presidencial é responsável por iniciativas como o ProUni, o Fies, o Enem, o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras.

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"Haddad foi o melhor ministro da Educação da nossa história. Muitos desses jovens aos quais demos oportunidades de crescer foram os primeiros de suas famílias a terem um diploma universitário. A filha do agricultor virou médica. O filho da empregada doméstica virou advogado”, disse.

Já Mendonça, na ótica de Humberto, foi um ministro “coveiro”.  "Temos aqui um candidato ao Senado que foi ministro da educação de Temer, o pior da nossa história, que é Mendonça Filho, do DEM. Ele é um coveiro. Enterrou o Enem, o Fies, o Pronatec, o ProUni, acabou com o Ciência sem Fronteiras e esfacelou até o Mais Médicos. É a versão mais bem acabada do atraso e dos retrocessos que o Brasil não quer mais viver", disse Humberto, em discurso durante atos da Frente Popular de Pernambuco, na noite dessa quarta-feira (19), na Mata Norte e no Agreste do Estado. 

Para o candidato a senador, a oportunidade de derrotar o que chamou de “retrocesso” protagonizado por Mendonça na educação é nas “urnas em 7 de outubro”. Com Jarbas Vasconcelos (MDB) liderando as pesquisas de intenções de votos para as duas vagas de Pernambuco no Senado, a briga entre Mendonça e Humberto deve se acentuar ainda mais. Dados da pesquisa do Ibope desta quinta (20), apontam Mendonça com 31% das intenções de votos e Humberto 30%.

O PSB expulsou mais um prefeito por declarar apoio à candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL). Desta vez foi a gestora do município de Panelas, no Agreste de Pernambuco, Joelma Campos. A decisão foi tomada nessa quarta-feira (19), pelo presidente da legenda no Estado, Sileno Guedes. 

 A decisão, de acordo com Sileno, obedece a deliberação do Congresso Nacional Eleitoral do PSB, que aprovou o apoio às candidaturas de centro-esquerda nas eleições presidenciais e em Pernambuco, vetando "rigorosamente a qualquer membro ou seção partidária, o apoio à candidatura de Jair Bolsonaro [...] pelo que ele representa de ameaça à democracia e aos direitos humanos". 

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Além do apoio a Bolsonaro, também pesou o fato da prefeita ter apresentado dissidência do palanque estadual da legenda, deixando de apoiar a candidatura à reeleição de Paulo Câmara (PSB) e se aliando ao palanque do principal adversário pessebista na disputa, Armando Monteiro (PTB).  

“Considerando a decisão da prefeita, que desrespeita a deliberação do nosso congresso, e a importância do respeito à fidelidade partidária e aos compromissos históricos do PSB, nosso partido não poderia se omitir diante dessa posição”, comentou o presidente estadual do PSB.

Nessa terça (18), o PSB também expulsou Luciano Buligon, prefeito da cidade de Chapecó, Santa Catarina, por declarar apoio a Bolsonaro. Na ocasião, o presidente nacional da legenda Carlos Siqueira disse que a iniciativa de Luciano Buligon consiste em uma afronta à decisão colegiada máxima do PSB, "fato que enseja a expulsão sumária".

O quadro na disputa pelo comando da Presidência da República, segundo o governador e candidato à reeleição Paulo Câmara (PSB), ainda é incerto a 18 dias das eleições. Apesar disso, o pessebista avaliou os dados da última pesquisa Ibope que aponta Jair Bolsonaro (PSL) com 28% das intenções de voto e Fernando Haddad (PT) no segundo lugar com 19%, apostando em um segundo turno entre os dois presidenciáveis. 

“O que podemos avaliar é que, nesta reta final da campanha, há uma tendência de segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, mas vamos aguardar um pouquinho. Ainda temos um tempo, são 18 dias e não dá para saber”, observou, ao ser indagado sobre como observava os números. 

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Na ótica de Paulo, a “o crescimento de Haddad está dentro das projeções do repasse dos votos do presidente Lula, está dentro do processo, e muitos analistas diziam que Bolsonaro ia diminuir [o percentual] ao longo da campanha, mas isso não vem acontecendo”. 

Questionado se a preferência nacional de Bolsonaro poderia influenciar o quadro em Pernambuco, uma vez que o candidato a governador Julio Lossio (Rede) tem se aliado aos ‘bolsonaristas’ no Estado, Paulo acredita que não. 

“Os números de Bolsonaro em Pernambuco são diferentes do nacional e Haddad está crescendo muito aqui, o que a gente sente são as pessoas falando que querem votar no candidato do presidente Lula”, assinalou. O governador lidera as intenções de votos para a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas.

Em Pernambuco, de acordo com os dados da pesquisa, Haddad saiu de 4%, em agosto, para 26%. E Jair Bolsonaro (PSL) também vem registrando um crescimento. Em 20 de agosto, quando saiu a primeira pesquisa Ibope, ele tinha 12%, agora está com 17% de intenções de votos. 

O governador Paulo Câmara (PSB) disparou contra o presidente Michel Temer (MDB) nesta quarta-feira (19), durante um encontro com empresários da construção civil. Segundo o pessebista, a falta de cumprimento das contrapartidas firmadas pelo Estado com o setor é culpa do travamento da liberação de crédito da União. Na avaliação de Paulo, Temer é “pequeno” para o cargo presidencial e age com “mesquinhez” diante dos governos estaduais que são oposição a ele. 

O encontro com Paulo fez parte de uma série de debates que estão sendo feitos pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE) e Sindicato de Habitação (Secovi-PE) com os candidatos a governador. 

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Na pauta de reivindicações apresentada pelas entidades está a inclusão na plataforma de governo a retomada da gestão de Suape e da Transnordestina, a solução do Arco Metropolitano e das obras paralisadas no Estado - que somam mais de mil intervenções -, além da solução de mobilidade metropolitana e a criação de um fundo específico para habitação de interesse social. 

Boa parcela das pautas apresentadas, na ótica do governador, depende da administração federal. “Temos um futuro desafiador. A transnordestina é fundamental e necessária a sua conclusão. É um grande gargalo. Está com 70% pronta, mas não chegou nem ao Piauí, Ceará e Pernambuco. Não tem sentido se não chegar nesses Estados… Vamos exigir que o próximo presidente faça a retomada”, salientou Paulo. 

“Já a autonomia de Suape não veio para Pernambuco por causa das nossas posições. O presidente Temer desmarcou duas vezes a vinda para Pernambuco, uma não veio por causa da nossa posição contra reforma trabalhista e a outra porque foi no dia da denúncia da JBS. Desmarcou e não quer dar, acha que Pernambuco não merece mesmo sabendo que fizemos o dever de casa”, acrescentou.

Para o governador candidato à reeleição, a atitude do presidente revela a forma de pensar do presidente. “Forma pequena. Ele é pequeno. Então vamos ter que ter paciência”, alfinetou. Ainda sobre o presidente, Paulo Câmara justificou que “muito das contrapartidas que temos na área de construção civil não andou por causa dessa restrição de R$ 340 milhões” de crédito do qual Pernambuco tem para ser liberado pela União. 

“O governo atual tem feito erros que têm sacrificado o Brasil. A história vai contar melhor, mas nós sabemos bem o que é isso. O Brasil é grande e desigual e isso tem sido muito danoso ao Nordeste brasileiro”, disparou. 

“A retomada do investimento público vai estar presente nos próximos quatro anos porque não tenho dúvida que vamos voltar a ter acesso ao crédito, isso é uma coisa mesquinha do Governo Federal, restringir o crédito aos estados que são contrários ao presidente Temer. Isso só acontece porque o presidente não tem o tamanho para sentar naquela cadeira. Ele tem que respeitar o pacto federativo. Pernambuco voltando a ter acesso a crédito vamos ter condições de dobrar os investimentos”, acrescentou pouco depois ao responder sobre questionamentos sobre soluções para gargalos da Região Metropolitana do Recife (RMR), como a mobilidade.  

Durante o encontro, que teve um clima amistoso para o governador, ele ainda fez um balanço das atividades realizadas durante os últimos anos e reforçou que a crise restringiu diversas ações. 

"Temos um balanço de 12 anos, desde o início do governo de Eduardo, importante. Pernambuco mudou sua cara nos últimos anos. Uma matriz atrasada, mas que chegou. Pernambuco mudou totalmente a sua matriz nos últimos 12 anos", disse, citando a implantação dos polos automotivo e vidreiro. Seguindo a explanação, Paulo também citou investimentos realizados nas áreas de infraestrutura, educação, hídrica, saúde.

Candidato do PT à Presidência da República, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad lidera a disputa presidencial em Pernambuco. Ao menos é o que aponta o levantamento feito pelo Ibope, divulgado nessa segunda-feira (17). De acordo com os dados, Haddad saiu de 4%, em agosto, para 26%. Este foi o primeiro levantamento com o petista oficializado como presidenciável. Ele substituiu, no último dia 11, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa. 

Logo após Haddad, segundo o Ibope, aparece Jair Bolsonaro (PSL) também registrando um crescimento. Em 20 de agosto, quando saiu a primeira pesquisa, ele tinha 12%, agora está com 17% de intenções de votos. Nacionalmente, Bolsonaro lidera as pesquisas. 

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O candidato Ciro Gomes (PDT) que chegou a ter 13% da preferência, declinou registrando 12%, Já Marina Silva (Rede) caiu de 16% para 8% e Geraldo Alckmin de 6% para 5%. 

Ex-ministro da Fazenda, em Pernambuco Henrique Meirelles (MDB) teria 2% dos votos caso a eleição fosse hoje e os candidatos Álvaro Dias (Podemos), João Goulart Filho (PPL) e João Amoêdo (Novo) 1% cada. Os brancos e nulos somam 17%, já os que não responderam 10%. 

O clima acirrado que o país enfrenta para a eleição presidencial teve um marco, há 12 dias, com o ataque sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL). O esfaqueamento do candidato trouxe à tona uma preocupação sobre os esquemas de segurança utilizados pelos postulantes nos atos de campanha tanto no âmbito nacional quanto no local. 

Em Pernambuco, apesar do teor da disputa ser, em tese, mais tranquilo e o acirramento partir do debate entre os próprios candidatos, o LeiaJá procurou os sete postulantes ao cargo de governador para saber como cada campanha cuida da segurança nos atos e, a maioria, conta com a “sorte” ou a "proteção de Deus".

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Ao contrário do nível nacional, em que a Polícia Federal deve garantir proteção aos candidatos, no estadual, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), cada postulante é responsável pela sua segurança. Um esquema especial, com o apoio da Polícia Militar, é montado apenas em casos de ameaça ou solicitação do candidato à Justiça Eleitoral, o que, de acordo com o TRE, não houve até o momento. 

Na disputa pelo comando do Palácio do Campo das Princesas pela primeira vez, Maurício Rands (Pros) informou, por meio de nota, que sua campanha é diferente das tradicionais e, por isso, “não possui nenhum tipo de segurança ou pessoa que exerça função semelhante”. 

“Todo o contato de Maurício Rands com o povo é direto, pessoal e sem intermediários. Ele se sente seguro pelo povo e entre os populares. Rands gosta de ambientes com gente, como mercados, feiras, estádio de futebol. Maurício Rands não é um político convencional. Sua campanha não possui comitê, van, bandeiras em ruas e militância paga”, salientou Rands. 

No mesmo sentido da falta de uma equipe de segurança, o postulante da Rede Sustentabilidade, Julio Lossio, disse que sua proteção nos atos pelo Estado é divina.  “A minha segurança é feita por Deus, que tem me protegido em toda a campanha e nessas caminhadas”, declarou. 

Na corrida pela reeleição, a assessoria de imprensa da campanha do governador Paulo Câmara (PSB) informou que “justamente por uma questão de segurança não podemos informar como se dá sua sistematização para o chefe de Executivo”. Como o pessebista ocupa a gestão estadual, ele tem a prerrogativa de ser protegido pela Casa Militar de Pernambuco. 

A candidata da chapa “A Esperança não tem medo”, Dani Portela (PSOL), também disse que não contratou seguranças para acompanhar o ato, apesar de em outros Estados diversos postulantes do PSOL tenham feito isso por sofrer ameaças.

Já a candidata Ana Patrícia (PCO) observou que a proteção dela na campanha é como a de qualquer cidadão comum. "Corro sérios riscos por tocar em pontos para mostrar a população em que Estado vivemos e que queremos mudar essa condição, sou ciente disso. Os candidatos burgueses já têm essa segurança, não precisam que o Estado disponibilize seu aparato policial para protegê-los  e também se assim precisarem o terão", disse.

Os postulantes Armando Monteiro (PTB) e Simone Fontana (PSTU) não responderam até o fechamento desta matéria.

Quatro dos seis candidatos a governador de Pernambuco se enfrenaram, na manhã desta terça-feira (18), durante um debate promovido pela Rádio Liberdade, em Caruaru, no Agreste. O candidato Armando Monteiro (PTB) iniciou o primeiro bloco perguntando ao governador Paulo Câmara (PSB), que busca a reeleição, sobre as promessas que ele havia feito em 2014 e não cumpriu como o aumento salarial dos professores, a construção de hospitais e a implantação do bilhete único. 

“Todos nós sabemos que em 2014, na eleição, vivíamos um momento diferente e a partir de 2015 vivemos a maior crise do país”, justificou Paulo, pela ausência de cumprimento de alguns compromissos. “Pernambuco sabe o grau de quase colapso que enfrentamos no últimos anos [com a seca], avançamos no abastecimento de água. Uma área que não tinham promessas. Isso também vale para segurança. E avançamos em todas as áreas”, completou. 

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Armando, por sua vez, voltou a rebater. “Efetivamente ele não fez o que prometeu e agora se apresenta fazendo uma nova geração de promessas. Paulo é por isso que o povo já não acredita em política. Falamos aqui dos hospitais, mas aqui mesmo em Caruaru, o Hospital da Mulher se arrasta. Foi retomada uma vez, a segunda e até agora nada existe. O Hospital São Sebastião você fez uma inauguração precária, então como acreditar nessas promessas novas?”, indagou.

Como réplica, Paulo disse que “o Hospital São Sebastião está salvando vidas” e “quando se abre um hospital não se abre 100%”. “Isso tudo faz parte de um planejamento é um governo que faz gestão e sabe controlar as contas. É um governo transparente”, disse o governador. 

Em seguida, Paulo Câmara questionou Dani Portela (PSOL) sobre suas propostas para a educação, citada por ele como a melhor do país. “O que me chama muita atenção é que muitas vezes as pesquisas, dados e números nem sempre remetem à verdade”, disparou a candidata do PSOL.

“Sou advogada nos sindicatos da educação e por onde tenho andado a reclamação que mais escuto é que a escola que vemos na propaganda não é a escola da realidade. Nenhuma escola deveria valer menos, nenhum aluno deveria valer menos e nenhum professor deveria valer menos. Será que é justo um aluno sair para aprender outra língua do Brasil e outra escola no interior não ter o professor desta disciplina”, completou. 

Em resposta, Paulo disse que “apesar da crise” teve a capacidade “de contratar mais de 3 mil professores”. “É a maior rede de escola integral emtodo o Brasil. Nos próximos quatro anos queremos que 70% dos alunos sejam atendidos com escolas integrais”, frisou, pontuando a promessa de criar o Prouni Pernambuco. 

No segundo bloco, o tema educação foi retomado pelos mesmos candidatos e Paulo Câmara disse que também investe nas escolas regulares. “Todo município pernambucano tem uma escola de tempo integral, inclusive Fernando de Noronha. Mas a escola regular é bem cuidada. Com 70% vamos chegar ao alcance de todos os alunos e vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, valorizando o professor. A PEC do Teto de gastos vai tirar recursos da educação, assim como a saúde, mas aqui em Pernambuco vamos continuar a avançar”, argumentou. 

Durante caminhada pela feira pública Carpina, na Mata Norte de Pernambuco, nesse domingo (16), o candidato a governador Armando Monteiro (PTB) prometeu que investirá na modernização das feiras públicas e no apoio às atividades dos pequenos produtores rurais como forma de estimular a geração de emprego e renda no Estado. O petebista destacou que investimentos do governo estadual são essenciais para a retomada do crescimento desse setor. 

“Nós vamos fazer um programa para requalificar esses espaços. A feira é um canal de distribuição para o pequeno produtor, ela tem proximidade com a base agrícola da região. Portanto, quando você estimula a feira, você está apoiando o produtor”, afirmou Armando. “O produtor precisa de apoio, precisa do crédito e da assistência técnica. Por isso é que nós vamos reestruturar o IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco), para que possa oferecer mais assistência técnica e fazer a extensão rural”, completou. 

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Acompanhado dos candidatos a senador, Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), Armando também assumiu o compromisso de investir na duplicação da PE-90, que liga os municípios de Carpina e Surubim, estimulando o desenvolvimento econômico de um novo eixo dentro da região. 

Antes disso, o candidato a governador esteve em Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Durante um ato na cidade, ele reforçou que pretende finalizar as obras do Estado que estão inacabadas na Marim dos Caetés, como o Canal do Fragoso e a requalificação da Avenida Presidente Kennedy. 

À imprensa, Armando salientou que vai realizar uma avaliação de quanto já foi investido na obra inacabada do canal e incluí-la na lista de propriedades no ano que vem. "Precisamos ver ainda como essas obras estão com relação aos órgãos de controle. Portanto, será necessária uma articulação para garantir esses recursos. Esse é um compromisso que assumimos", disse.

Nesta segunda (17), o candidato apresenta propostas de incentivos para o trade turístico em encontro com empresário do setor no Pina, às 9h, e ao meio-dia debate propostas para retomada do desenvolvimento econômico com empresários do setor financeiro. 

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