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Desde o início da pandemia, o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência do Ministério Público do Rio de Janeiro (CAO Idoso e Pessoa com Deficiência/MPRJ) registrou 1.542 denúncias ou ouvidorias recebidas relatando maus tratos a idosos. 

O número representa queda significativa em relação a igual período do ano passado, quando foram 6 mil em diferentes tipos de violência, como a física, psicológica, abuso financeiro e negligência.

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A coordenadora do CAO Idoso e Pessoa com Deficiência/MPRJ, promotora de Justiça Cristiane Branquinho, informou que além disso, há comunicações oriundas da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, por meio do disque 100 e do disque 180, que em 2019 foram 5.708 e neste ano são 583. A promotora, no entanto, esclareceu que estes dados podem incluir outros tipos de denúncias direcionadas para ela como as de tutela coletiva. “Na estatística que eu faço como coordenadora do Centro de Apoio, tenho um quantitativo de 6 mil no período do ano passado e neste ano perto de 1600 no mesmo período. Então, eu verifico, realmente, uma redução muito grande”, afirmou.

Para a promotora, ainda não se pode identificar por completo os fatores que levaram a esta redução, mas uma das possibilidades é que a pandemia tenha provocado uma invisibilidade maior dos idosos que vivenciam situação de violência, porque eles ficam em isolamento social. “Pode esconder uma real violência que esteja acontecendo. Esses idosos podem estar em situação de desamparo, porque os órgãos de proteção deixam de tomar ciência dessa situação de vulnerabilidade, de risco e violência contra eles”, completou.

A promotora disse que a intenção na divulgação dos números foi chamar atenção das pessoas, para que diante de uma situação de violência, façam a denúncia aos canais do MPRJ. “É um canal que já tem uma expertise para tratar desses casos. Havendo a atribuição do promotor de justiça para atuar no caso, vamos atuar no sentido de aplicar medidas de proteção para esses idosos de forma que a gente tire ele dessa situação de vulnerabilidade e de risco social”, disse. No MP o número é 127 para a capital e (21) 2262-7015 nas demais localidades. O atendimento é de segunda a sexta-feira das 8 às 20h. As denúncias podem ser feitas também por WhatsApp: (21) 99366-3100.

A promotora alertou para a seriedade do canal e revelou que as estatísticas mostram que algumas denúncias são falsas. “Às vezes a gente recebe denúncia que demanda uma atuação da máquina, requer recursos públicos, gasto de tempo de pessoas envolvidas com essa proteção e aí a denúncia é falsa. Deve-se enfatizar a importância das pessoas que realizarem as denúncias terem consciência também de que não devem fazer denúncias falsas. O melhor é se identificar e dar o maior número de informações possíveis para facilitar o trabalho do órgão de proteção”, destacou, acrescentando, que algumas procuras são para tratar de conflito familiar ou desavença no núcleo da família, que acabam resultando em ouvidorias falsas.

A diferença entre 2019 e este ano representa também uma mudança no ritmo das denúncias. Segundo Cristiane Branquinho, desde 2018 elas vinham em um movimento ascendente. “Vinha em um crescente. Em 2018 tive um quantitativo. Em 2019 um quantitativo ainda maior. Em 2020 se esperava, que se não houvesse um aumento, pelo menos tivesse uma estagnação do quantitativo, e não, teve uma redução drástica”, apontou.

De acordo com a promotora, a maior parte das denúncias é anônima. Desde 2017 até este mês de outubro somam 11.216 denúncias, as feitas por órgãos públicos 1.543, por familiares 1.165, por terceiros ou vizinhos 498, pelo próprio idoso 344 e 150 de não identificados.

“Os dados de hoje não demonstram o que de fato pode estar acontecendo dentro das residências, porque o maior número acontece nas residências e praticadas na maioria das vezes por familiares ou por pessoas que eles mantêm um vínculo de afetividade. [Os idosos] têm aí uma relação de confiança”, observou.

A Ouvidoria do MPRJ recebe, nos seus canais oficiais de comunicação denúncias, elogios, críticas, representações, reclamações, pedidos de informações, sugestões e outros expedientes de qualquer natureza encaminhados pelos cidadãos e relacionados aos serviços e atividades desenvolvidas pela instituição. Do início da pandemia até agora, somaram 29.619 ouvidorias. Todas foram encaminhadas para as Promotorias de Justiça com atribuição para a análise de possíveis medidas cabíveis. “Isso aí é no todo. Ministério Público que inclui Meio Ambiente, Cidadania, Crime, Infância e Juventude. Não só idoso”, informou.

Em julgamento que durou 40 minutos na segunda-feira (5), em Goiânia, a 1ª Câmara Criminal do TJ de Goiás arquivou as denúncias contra o padre Robson de Oliveira Pereira, que era acusado de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, organização criminosa e falsificação fiscal. Segundo o Ministério Público do Estado, o religioso, que presidia a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) - responsável pelo Santuário Basílica de Trindade - teria desviado cerca de R$120 milhões de doações de fiéis.

Na decisão, o desembargador Nicomedes Domingos Borges afirmou que as sociedades civis, assim como as religiosas, são pessoas jurídicas de direito privado e, portanto, "não há que se falar em qualquer fato típico a ser investigado, pois seus membros anuem e concordam com todos os atos negociais praticados, em especial ante a absoluta concordância com as destinações dos recursos conforme previsão estatutária, não existe desvio de valores ou desvio de sua finalidade estatutária, não havendo que se falar em qualquer irregularidade cometida no âmbito da entidade, especialmente pelo paciente na condição de seu administrador/presidente".

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O desembargador determinou a "interrupção do constrangimento a que se encontra submetido por faltarem elementos que poderiam autorizar o prosseguimento das investigações". Essa era a tese da defesa, afirmou o advogado Pedro Paulo de Medeiros. "A Afipe é uma instituição privada, não recebe recurso público, e, portanto, sua gestão é feita exclusivamente pela sua diretoria." Segundo o advogado, a decisão atesta também que não houve valor retirado da Afipe. Sobre o valor pago pelo padre Robson a pessoas que o estariam chantageando, Medeiros diz que o recurso, cerca de R$ 2 milhões, está depositado em um conta judicial e deve retornar aos cofres da Afipe quando o processo for concluído. "Mas se a Afipe decidisse pagar a chantagem, essa seria uma decisão da instituição e não caberia questionamento jurídico sobre ela", completa.

O Ministério Público de Goiás, por meio da assessoria de imprensa, afirmou que aguarda ser notificado para tomar as medidas cabíveis. Em nota, a Afipe diz que "continuará o trabalho de auditoria, reforma administrativa, adoção de governança e demais ações que estão em andamento na associação".

Operação Vendilhões

As investigações do MP estadual sobre o envolvimento do padre Robson no desvio de R$120 milhões culminaram com a Operação Vendilhões, realizada em 21 de setembro. No dia seguinte, o religioso se afastou da presidência da Afipe - que é ligada à Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade.

O valor teria sido usado, segundo o MP, para aquisição de imóveis, entre os quais se incluiria uma fazenda de R$ 6 milhões localizada na cidade goiana de Abadiânia, além de uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba, na Bahia.

A investigação teve início em 2018, quando padre Robson foi vítima de uma extorsão e teria pago cerca de R$ 2 milhões para que vídeos a seu respeito não fossem exibidos na internet.

O período de campanha eleitoral começa no próximo domingo (27), trazendo diversas regras que precisam ser seguidas por partidos, candidatos, gestores públicos e pela população de modo geral. Entre as normas previstas, há práticas que são consideradas crime e prevêem desde pagamento de multa até prisão. 

Para melhorar o exercício da cidadania, o sistema democrático e eleitoral, desvios às normas eleitorais precisam ser devidamente punidos e, para isso, é necessário tanto que o poder público faça um trabalho de fiscalização quanto a participação da população, denunciando irregularidades. No entanto, é comum que, diante da situação de presenciar uma irregularidade ou crime, as pessoas não saibam quem procurar para formalizar a denúncia. 

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De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), uma das formas que a população do Estado tem para denunciar irregularidades é o Pardal - Denúncias Eleitorais, sistema que permite enviar informações sobre possíveis irregularidades para auxiliar o trabalho da Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral. Além de estar disponível no site do TRE, o Pardal também tem aplicativos para os sistemas Android e IOS

De acordo com Orson Santiago Lemos, diretor-geral do TRE-PE, a população também pode comunicar irregularidades aos cartórios eleitorais (as informações para contato de todos estão no site do Tribunal), ao Ministério Público Eleitoral (MPE), à Procuradoria Regional Eleitoral, ao Ministério Público, à Comissão de Propaganda Eleitoral do Recife ou à Polícia Militar (PM). 

Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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A disputa pela prefeitura de São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR), ficou tensa após um vídeo de apoiadores do prefeito Bruno Pereira (MDB), candidato à reeleição, viralizar na internet. Nas imagens, um grupo de jovens aparece marchando e cantando, simulando um treinamento militar. A música faz alusão ao candidato adversário, o ex-deputado estadual Vinícius Labanca (PSB), com frases como “Vinícius Labanca no chão vai ficar”.

No vídeo, é possível ver um grupo de cerca de 20 jovens, vestidos de preto, marchando e cantando em resposta a um outro jovem, que trajado como militar, dava os comandos para a coreografia. As imagens teriam sido gravadas na última terça (16), durante encontro do prefeito com o Grupo Jovem de uma igreja. Na apresentação, rapazes e moças cantam: “Seu olhar de pavor nos enche de prazer; com Bruno na frente nós vamos ganhar; Vinícius Labanca no chão vai ficar”. 

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O candidato Labanca tomou conhecimento do vídeo através do Whatsapp. Em entrevista ao LeiaJá, ele se demonstrou indignado e preocupado com o teor das imagens. “Não só eu como todos da minha família ficamos impressionados, porque vimos um monte de jovens dizendo palavras de cunho de ódio, agressivas, eles gritam com muita raiva e muito ódio. Quando eles dizem ‘no chão’, isso dá uma conotação no mínimo estranha, como uma ameaça”.

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O ex-deputado contou que também tomou providências legais, procurando o Ministério Público e a Polícia para que pudessem averiguar o caso e tomar as devidas providências. Segundo Labanca, a mãe de um dos jovens que aparece no vídeo informou que o grupo estaria sendo pago para estar ali. “A gente não sabe se eles são de maior, de onde tá vindo esse dinheiro; então tem muita pergunta pra ser respondida”. 

Ainda de acordo com o candidato, a mãe do garoto teria compartilhado comentários no Facebook por não compactuar com tal comportamento, que ela desconhecia até assistir às imagens. Em prints enviados a essa reportagem, a mulher identificada como Eliude Gomes reprova o ocorrido. “Muita gente ali está querendo só uma oportunidade de emprego, meu filho chegou em casa todo feliz falando que tinha recebido uma proposta para fazer um apoio para eles ganharem um valor. Passei a estranhar o tipo de treinamento, isso tá parecendo um exército”. 

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Labanca afirmou que teme por sua segurança e a de sua família, e espera agora que os órgãos competentes tomem as devidas providências. "Quem me conhece sabe que eu nunca fiz política desse jeito, sempre prezei pelo diálogo e pela democracia. Ele (prefeito Bruno) estava presente e bateu continência. Aquilo não foi uma brincadeira de jovens somente, parece outra coisa. Imagina se um garoto desse faz uma agressão contra mim ou minha família? Então, é uma coisa muito séria, eu não tenho mais o que fazer, está nas mãos do Ministério Público e da Polícia". 

O Grupo Jovem de São Lourenço da Mata se defendeu das acusações através de vídeos enviados ao LeiaJá. Em um deles, Josenildo José, o rapaz que aparece fardado liderando o grupo nas primeiras imagens, explica a intenção dos jovens durante a apresentação ao prefeito. “Estão denegrindo minha imagem nas redes sociais acusando minha pessoa dizendo que estou treinando pessoas para o ato de terrorismo. Sou um camarada de família, trabalho e estou aqui pra fazer meu trabalho. A única frase da canção que eu compus, que a gente fez para encenar uma peça para o nosso prefeito foi ‘no chão vai ficar’, isso não significa ato de vandalismo ou um ato de ameaça, mas sim eu quis dizer que ele vai perder a eleição e o meu candidato vai ganhar”. 

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Também procurado por esta reportagem, o prefeito e candidato à reeleição em São Lourenço, Bruno Pereira, posicionou-se através do seu assessor de imprensa, Victor Moraes. Segundo ele, o vídeo diz respeito a uma “homenagem surpresa” feita pelos jovens ao gestor durante um evento e sendo assim desconhecia o seu teor. Ele disse, ainda, que o Grupo Jovem é composto por “pessoas de bem” que se dedicam ao trabalho social na cidade e que na próxima segunda (21) vão procurar uma delegacia para prestar queixa contra Labanca. “O que ele (Labanca) precisa fazer é respeitar as pessoas. São jovens de família, de uma determinada igreja. O pessoal faz essas apresentações e aí não teve nenhum tipo de ameaça. Ele não tem fato novo para apresentar e fica criando fatos para aparecer na mídia”, afirmou.

O assessor também negou que os integrantes do Grupo Jovem teriam sido contratados para prestar apoio ao prefeito. “Ele (Labanca) foi quem pagou a pessoa pra falar contra a gente já que ele está muito atrás nas pesquisas”.

Ainda de acordo com o assessor, o prefeito não vai tomar medidas legais contra o adversário, uma vez que esse deseja conduzir a campanha da maneira mais ‘democrática’ possível. “A gente está analisando junto ao jurídico, mas é porque a gente não entra nesse jogo, a nossa candidatura não quer judicializar a eleição a gente quer disputar de forma democrática”.

Denúncias apresentadas por entidades brasileiras ao Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o presidente Jair Bolsonaro foram arquivadas temporariamente pela Corte na segunda-feira, 14. Os grupos acusam o presidente de cometer supostos crimes contra a humanidade durante o seu mandato, tanto contra comunidades indígenas quanto durante a pandemia do novo coronavírus.

Em despacho enviado às entidades, Mark P. Dillon, chefe do departamento de Informações e Evidências do TPI, afirma que o andamento das investigações ficará arquivado até que novos fatos surjam e possam ser incorporados às denúncias previamente realizadas.

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"As informações enviadas serão mantidas em nossos arquivos, e a decisão de não proceder (as investigações) pode ser reconsiderada caso novos fatos ou evidências providenciem uma base razoável (de evidências) para acreditar que um crime sob a jurisdição da Corte foi cometido", afirma no documento.

Uma das denúncias foi apresentada pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) em abril deste ano. No documento, a entidade acusava o presidente de cometer crime contra a humanidade por incitar "as pessoas a retornarem a seus postos de trabalho, as crianças a voltarem às escolas, aos jovens a retornarem às universidades e as pessoas a circularem normalmente pelas ruas", contrariando as recomendações de isolamento social para conter a disseminação do vírus.

Segundo a advogada Tânia Oliveira, integrante do Diretório Nacional da ABJD, o arquivamento não indica as investigações foram suspensas. "Não é um arquivamento formal como no ordenamento jurídico do Brasil. Eles deixam os dados de sobreaviso para, caso surjam novas circunstâncias, possam dar andamento (às investigações) no ponto em que pararam", diz. A apresentação de novas informações que corroborem para a denúncia não precisa ser feita pelas entidades que protocolaram o caso, mas partir da própria Corte.

Esta resposta já era esperada pelas entidades, afirma Tânia. "É preciso entender que os tribunais internacionais, de forma geral, não estão despidos da influência política. Bolsonaro é um presidente eleito democraticamente, então é muito difícil que as Cortes tomem a decisão de processar (casos semelhantes) ou não", explica Tânia, ressaltando que o processo pode correr por anos.

Além da ABJD, também apresentaram recursos ao TPI contra o presidente Bolsonaro a Comissão Arns e o Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu), por incitação a genocídio indígena; a entidade internacional Uni Global Union e sindicatos de profissionais da saúde, também pela suposta omissão do governo diante da crise desencadeada pela pandemia, e o Partido Democrático Trabalhista (PDT), sob a mesma alegação.

Tânia afirma que uma reunião foi convocada para esta quarta, 16, para decidir se entrarão com um pedido de reconsideração. Mas, de acordo com advogada, como os processos não foram completamente suspensos, ainda não há espaço para este tipo de contestação.

Em entrevista ao Estadão, a brasileira Sylvia Steiner, que atuou como juíza do TPI de 2003 e 2016, afirmou não acreditar que as denúncias seriam levadas para frente. "Até agora, o tribunal tem dado prioridade para casos que envolvem conflito armado, ataques contra a população civil", disse na ocasião.

Em meio à pandemia do coronavírus, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo aplicou mais de R$ 28,4 milhões em multas nos estabelecimentos de todo o estado. De acordo com o órgão, a maioria das infrações é devido à cobrança de preços abusivos no comércio, ação que infringe o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Grande parte das autuações recai sobre farmácias, supermercados, hipermercados e outros varejistas. Segundo a fiscalização do Procon-SP, a elevação de preços dos produtos tidos como fundamentais para o período de crise sanitária (alimentos, álcool em gel, máscaras, entre outros) é ilegal. Só no segmento do comércio foram mais de 5 mil multas. Ainda de acordo com a instituição, no interior paulista o valor total de punições foi de R$ 23,5 milhões. Já na cidade de São Paulo, as multas somam cerca de R$ 4,9 milhões.

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Em entrevista ao portal do governo paulista, Fernando Capez, Secretário de Defesa do Consumidor, reiterou que a fiscalização continua. "Não é admissível que as empresas aproveitem o momento de dificuldade pelo qual passamos para aumentar preços sem justificativa ou ainda para exercer práticas que complicam ainda mais a vida das pessoas. As nossas equipes continuarão a fiscalizar e quem infringir a lei será punido".

De acordo com o Procon paulista, até o último dia 20 de agosto, foram registradas cerca de 15,9 mil queixas nos canais de atendimento do órgão. Para registrar os casos que possam infringir o CDC, a população pode acessar o site do Procon, www.procon.sp.gov.br, ou baixar o aplicativo "Procon.SP" (disponível para iOS ou smartphones). Também é possível realizar as denúncias por meio das redes sociais do órgão. Basta marcar @proconsp na publicação e indicar o endereço físico ou o site do estabelecimento na internet.

A versão nacional de uma das publicações mais importantes de moda no mundo, a Vogue Brasil, está no centro de uma polêmica sobre assédio moral e ambiente profissional tóxico. A diretora-geral da revista brasileira, Daniela Falcão, está sendo acusada de maus tratos no espaço corporativo por mais de 20 profissionais ligados direta ou indiretamente a ela. Segundo relatos, Daniela costuma humilhar os subalternos, criando um clima de terror e pânico entre todos. 

As denúncias foram publicadas pelo BuzzFeed News, que dá conta de ter recebido denúncias contra Daniela de 27 pessoas ligadas profissionalmente a ela. Segundo os denunciantes, a diretora tem postura "perversa" e é costume falar aos gritos, criticar com termos ferozes, inclusive apontando vestuário e maquiagem dos funcionários, e levando muitos ao choro. Segundo uma das pessoas ouvidas, Daniela não permitia que discordassem dela e mesmo quando alguém levava reclamações aos setores responsáveis na empresa, essas não eram apuradas e caíam no esquecimento. 

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Daniela Falcão está à frente da Vogue Brasil desde 2005. Ela também é responsável pelas revistas GQ, Glamour e Casa Vogue, desde 2017, ano em que foi considerada uma das das 500 pessoas mais importantes da moda mundial pelo site Business of Fashion. Segundo a BuzzFeed, a diretora é conhecida por seu perfeccionismo implacável e costuma ser associada à personagem de Meryl Streep no filme O Diabo Veste Prada. 

Ainda de acordo com o site que publicou as denúncias, Daniela não respondeu aos questionamentos enviados a respeito do assunto. Já o grupo que detém a publicação no país, o  grupo Edições Globo Condé Nast, resumiu-se a responder por nota ser contra qualquer tipo de assédio moral no ambiente de trabalho. 

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de São Paulo registrou, apenas no primeiro semestre de 2020, cerca de 31,6 mil reclamações por contatos telefônicos indesejados no estado. De acordo com o órgão, o número de queixas contra as empresas de telemarketing é 75% maior em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, foram 18 mil denúncias efetivadas por consumidores dos serviços de telefonia na instituição.

Segundo o Procon-SP, clientes de operadoras telefônicas alegam receber contatos variados e diários de empresas que vendem produtos, serviços ou realizam cobrança. As reclamações são de assinantes que estão cadastrados no Procon, em um sistema denominado "Não me ligue". A iniciativa, que funciona desde 2009 e tem mais de 2,6 milhões de números registrados, busca evitar que quem esteja inserido no sistema não seja incomodado.

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De acordo com o Procon-SP, as denúncias dos consumidores estão em análise e as empresas de telemarketing podem ser autuadas e multadas.

Saiba como cadastrar seu telefone

O programa "Não me ligue" do Procon-SP cadastra clientes de empresas de telefonia que se sentem incomodados com as práticas de telemarketing. A iniciativa abre espaço para os consumidores registrarem os números de telefone (fixo ou celular) dos quais são proprietários no site bloqueio.procon.sp.gov.br.

As organizações do ramo de comércio ou serviços (inclusive as de outros estados brasileiros) têm um mês para reconhecer o número cadastrado no sistema. Ao término desse prazo, as instituições que fizerem contato telefônico podem ser punidas. "A empresa tem 30 dias para ter conhecimento do cadastro e, após esse período, se fizer qualquer ligação de telemarketing, será multada", explica o Secretário de Defesa do Consumidor, Fernando Capez.

Para o caso do cliente optar por desbloquear a linha e voltar a receber ligações, o Procon-SP ressalta que o procedimento pode ser feito de maneira livre pelos assinantes.

No Twitter, uma conta intitulada 'Exposed GP' começou a expor as denúncias feitas por alunos sobre os supostos casos de assédios cometidos por professores e funcionários da Escola Estadual de Referência Ginásio Pernambucano, localizada na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. As mensagens publicadas em anonimato na página, agora excluída, preservavam as identidades dos estudantes.

"Nosso primeiro relato é de uma menina, 18 anos, frequentou o GP entre os anos de 2016/17, a mesma saiu da escola por causa de abusos e mensagens de um PIBID de Matemática e Biologia", consta na primeira mensagem publicada na noite dessa segunda-feira (27), segundo o Diário de Pernambuco.

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Nesta terça-feira (28), a hashtag ‘Exposed GP’ estava nos assuntos mais comentados no Twitter. Um internauta expôs: “Lembro muito bem que eu ouvi saindo da boca de uns certos professores que eles davam mesmo em cima das alunas, até tinha umas que eles convidavam para o motel. As meninas foram taxadas ‘como safadas’ pois aceitavam aquele tipo de coisa’”.

“Os pintores no começo olhava para as garotas e depois começaram a soltar gracinhas (prenda). Dandan disse que tinha resolvido mas, só porque tava ficando um burburinho na escola. No final, as meninas disseram ter escutado o mesmo dizendo: Deixe eles aproveitar a paisagem”, comentou outra internauta.

Na rede social, outra página anônima, chamada “Exposed Cabugá”, começou a expor outros supostos casos de assédio e, até mesmo, de pedofilia supostamente praticados por um professor da outra unidade do Ginásio Pernambucano, localizada na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, no Recife. “Vamos conversar sobre seu ‘perninha’ do cabugá que todo mundo, repito, todo mundo sabe que além de assediar as alunas e passar metade da aula se glorificando, diminui as outras matérias, além de dizer que o ENEM só aprova vagabundo”, consta na página.

Outro post traz o seguinte: “Além de ele já ter tido namoradas de idades extremamente abaixo da sua, estamos falando de 18 anos e até vimos casos com meninas de 14 anos. Sim, isso mesmo, 14 anos. Esse caso de 14 a garota não era da escola”, relata o dono da página em anonimato.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, através da Gerência Regional de Educação Recife Norte, informa, por meio de nota, que tomou conhecimento das denúncias de assédio através das redes sociais e que não possui nenhum registro formal sobre o caso nos canais oficiais do órgão. A Secretaria esclarece também que a gestão da unidade de ensino registrará o boletim de ocorrência e irá investigar o caso para tomar as medidas necessárias.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nessa sexta-feira (25) que é "dever" do seu partido não criar "nenhuma objeção" às denúncias contra o senador José Serra e o ex-governador Geraldo Alckmin. Segundo Doria, as investigações contra seus correligionários são "técnicas" e, por isso, a sigla não deve condená-las.

Serra foi denunciado por lavagem de dinheiro no último dia 3, acusado de receber dinheiro da Odebrecht de forma irregular quando foi governador do Estado, entre 2006 e 2007. Na última terça-feira, ele foi alvo de outra investigação, em que é suspeito de ter recebido R$ 5 milhões da operadora de planos de saúde Qualicorp sem declarar à Justiça Eleitoral na campanha ao Senado de 2014. O senador nega as acusações.

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Já Alckmin foi denunciado anteontem sob a acusação de ter recebido R$ 11,3 milhões da Odebrecht de forma irregular para financiar suas campanhas ao governo do Estado de 2010 e 2014.

A empreiteira não poderia ter feito doações eleitorais porque tinha duas contratos em vigor com o governo estadual. O tucano também nega ter cometido irregularidades. "Alckmin manteve postura de retidão e respeito à lei sem jamais abrir mão dos princípios éticos", diz sua defesa.

"Não vemos essas denúncias como uma resposta de ordem política, e sim de ordem técnica", disse Doria ontem, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. " A Polícia Federal realiza seu trabalho assim como o Ministério Público, cumprindo o seu dever. E o dever é investigar, assim como o (dever) do PSDB é não criar nenhuma objeção e nem condenar nenhum tipo de investigação", completou.

Na sequência, o governador paulista disse que nem Serra nem Alckmin foram condenados ainda. "Minha posição, assim como a do PSDB do Estado de São Paulo é de que toda investigação deve ser efetivada sem nenhum obstáculo, sem nenhuma obstrução, até que se tenha o resultado final", declarou. Sem citar o PT, Doria disse que essa posição é diferente de "outro partido que, na defesa do seu presidente de honra, criou obstáculos" e classificou como política a investigação. "O PSDB não classifica essas investigações como de ordem política", afirmou.

Marca

Uma ala do PSDB ligada a Doria viu a oportunidade de voltar a pregar a construção de um "novo" PSDB, a partir das denúncias recentes contra Serra e Alckmin, como mostrou ontem o Estadão. Esse grupo defende uma espécie de "reciclagem" da sigla, com o afastamento de nomes antigos e até a aposentadoria do tucano, ave que é símbolo histórico da legenda. Para esses aliados do governador, tentar mudar a imagem do PSDB é menos traumático do que uma troca de legenda, pensando na campanha à Presidência de 2022.

Embora existam siglas dispostas a abraçar o projeto pessoal de Doria, como o PSD de Gilberto Kassab, a estrutura do PSDB ainda garante ao governador significativa capilaridade em São Paulo - capital e interior do Estado, o principal colégio eleitoral e o segundo maior orçamento do País, atrás apenas do governo federal.

Em entrevista à Rádio Eldorado, ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que o PSDB "precisa se reinventar, assim como todos os partidos".

Questionado sobre o envolvimento de tucanos em investigações, o deputado disse ter "ótima relação" com Serra e Alckmin e elogiou Doria. "O PSDB vai reconstruir a sua imagem. Tem o governador de São Paulo (João Doria), que é sempre um nome muito forte (para a sucessão presidencial)", acrescentou.

Após a criação de contas no Twitter com a proposta de denunciar supostas fraudes no sistema de cotas, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) divulgou um canal para a formalização de denúncias. O meio foi compartilhado nessa quinta-feira (4), no site oficial da instituição de ensino.

A Universidade, diante das denúncias de possíveis fraudes, reforçou o seu apoio e defesa à Lei de Cotas. Para a UFRPE, a norma existe com o “objetivo de ajudar a corrigir injustiças sociais históricas do País”.

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“Diante das denúncias de possíveis fraudes no sistema de cotas, envolvendo universidades em todo o Brasil, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) reafirma o apoio e a defesa da Lei de Cotas, que existe com o objetivo de ajudar a corrigir injustiças sociais históricas do País. A inclusão deve ser sempre um princípio norteador das Universidades Públicas Brasileira. A Administração Superior comunica, no entanto, que qualquer irregularidade ou fraude que envolva estudantes da Instituição deve ser denunciada de maneira oficial a UFRPE, por meio de encaminhamento à Ouvidoria Geral – ouvidoria.reitoria@ufrpe.br – para as devidas apurações legais, e as providências cabíveis decorrentes”, detalhou a instituição de ensino, por meio de nota.

A onda de denúncias, porém, acabou prejudicando a jovem Larissa Sá, de 19 anos. Mesmo sendo indígena, ela foi acusada de fraudar o sistema de cotas para cursar medicina na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Larissa contou que as acusações aconteceram pelo simples fato de que ela gosta de colorir o cabelo. Entenda o caso na reportagem do LeiaJá.

Whindersson Nunes e Luísa Sonza se separaram, mas apesar disso, o ex-casal garante que o amor e a amizade continuam, motivo pelo qual o comediante está incomodado com os ataques direcionados à cantora. No Twitter, Whindersson publicou uma série de tweets desabafando sobre a situação. O comediante começou agradecendo aos fãs de Luísa, que respeitaram a decisão tomada pelos dois.

"Queria agradecer aos fãs da Luísa que não vieram NENHUM falar m**a pra mim, só respeito, e palavras boas. Agora da galera que pede respeito no casamento eu li coisas que desrespeitam em tantos níveis que eu entendi porque a Luísa Mell prefere cachorro do que gente", disse.

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Em seguida, Nunes fez um apelo aos próprios fãs, falando sobre a importância de preservar a saúde mental das pessoas e fazendo alusão às piadas que faz com a atriz Larissa Manoela.

"E aos meus fãs, que querem me ver bem, se ver alguma postagem desrespeitando a Luísa denuncie, não é dando de herói não, realmente é muita injustiça, não é justo de verdade. E eu só estou tuitando isso porque realmente é questão de responsabilidade o psicológico de alguém gente. Vocês acham que eu não pergunto pra Larissa Manoela se posso falar da testa dela? Sou doido não, quero ninguém mal não", afirmou.

Whindersson ainda garantiu aos fãs que ficará bem, informação que foi confirmada por seu amigo, Robson Souza, nos Stories do Instagram: "Gente, o moleque está bem. Fique bem. Está tudo bem por aqui. Tá aqui fazendo coisas que gosta, música".

Robson também postou uma foto com o humorista na rede social, pedindo que os internautas não acreditem em Fake News, e condenando as matérias que afirmam que o pivô da separação seria a ex-namorada de Whindersson, Maria Brasileiro: "Não acreditem em Fake News, não acreditem em notas geradas por jornalistas de caráter duvidoso. Eu posso falar com toda certeza que tudo que tem saído de nota é fake news. Moro na casa deles e posso garantir que existe muito amor, respeito e admiração entre os dois. Não acreditem nessa história de ex que tá envolvida. Torçamos pela felicidades dos dois... estando juntos ou separados. Os dois são incríveis e merecem ser felizes, vamos torcer por isso!"

O Governo de Pernambuco contabiliza mais de 15 mil denúncias de desobediência a decretos sobre coronavírus. As denúncias são recebidas pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR) da Secretaria de Defesa Social (SDS), ativado no último 18 de março para coordenar ações de segurança contra a Covid-19. 

Ao todo, foram 15.761 chamados ao telefone 190 com denúncias sobre descumprimento das medidas de contenção. A maior parte das reclamações diz respeito à aglomeração de pessoas. São casos de funcionamento de lojas, bares, restaurantes, templos religiosos e outros estabelecimentos proibidos de abrir ou com restrições para funcionar. Também são denunciadas reuniões acima de 10 pessoas, máximo permitido pelo Decreto Estadual nº 48.837, de 23 de março.

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Desde o dia 22 de março, as denúncias estão sendo classificadas por tipo. Aglomeração de pessoas motivou 6.278 ligações. Em segundo lugar estão queixas sobre funcionamento irregular do comércio, com 3.518 casos. Em Pernambuco, desde o último dia 21, só está permitido abrir os serviços essenciais, como supermercados, farmácias, casas de ração e emergências de unidades de saúde.

A terceira reclamação mais recebida é sobre bares, restaurantes e similares. Pela normativa estadual, esses estabelecimentos apenas podem servir de ponto de coleta e fazer entrega em domicílio.

Não houve prisões no último final de semana em decorrência de desobediência às recomendações sanitárias. Nos casos denunciados, as orientações feitas pela segurança pública foram atendidas sem necessidade de condução a uma delegacia. 

Quem descumprir os decretos estaduais está sujeito a detenção de um mês a um ano, por descumprir determinação do poder público destinada a impedir propagação de doença contagiosa.

Quando conseguiu seu primeiro emprego, Jéssica Alves*, hoje com 30 anos, tinha uma meta para aquela empresa: dar o seu melhor para entregar um bom trabalho. Por isso, ficou feliz quando começou a atuar na área administrativa de uma organização em Recife. 

Ao longo do tempo, suas funções começaram a ser sobrecarregadas, o que proporcionou momentos de tensão para jovem. A empresa era administrada por três homens e tinham funcionárias jovens, com idade por volta dos 25 anos.

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Nesse período, ainda sem experiência e nova no mercado de trabalho, Jéssica acreditava que poderia confiar nas pessoas que trabalhavam com ela, e não esperava que as mesmas a colocariam em situações constrangedoras. Ela relembra do sentimento de impotência que sentiu nessa época quando fala sobre as diversas situações de assédio moral e sexual que viveu. 

“Não só foi uma única situação e nem foi só com uma única pessoa da empresa.” começou relatando a estudante de jornalismo, em entrevista ao LeiaJá. “Nunca foi bem definido, sempre foi uma situação muito sutil. Era uma piada, era umas brincadeiras de mal gosto que me deixavam constrangida.” 

O cenário era o seguinte: o local de trabalho era pequeno e as meninas eram obrigadas a usar calça legging com camisa social e salto alto para trabalhar. As mesmas não escaparam das brincadeiras maldosas e sugestivas.”Eu tava na minha sala e um dos donos passou a mão na minha perna. Eu fiquei totalmente em choque. Eu não tinha reação. Não conseguia nem falar porque não esperava que aquilo acontecesse.”, relata. Jéssica ainda diz que já presenciou o mesmo dono “conversando” sobre sexo com outra funcionária.

Esgotada de todo o trabalho árduo e mal reconhecido, Jéssica, que relembra o quanto chorava todas as noites quando chegava em casa, pede para conversar com um dos dono para ser demitida. Em sua versão, um deles a "perseguia" e colocava em situações desagradáveis. “Toda semana era um inferno. Eu levantava da cama pedindo a Deus para que o dia acabasse logo, pois não queria voltar para a empresa.  Eu ficava doente com toda aquela situação”, lembra. 

Sua saúde física já estava fraca, seu psicológico começou a ficar cada mais abalado conforme o assédio moral foi crescendo, até o ponto de deixá-la em estado de pânico logo após uma reclamação do seu chefe por um atraso de poucos minutos. 

“Uma vez cheguei atrasada devido ao protesto que estava acontecendo e um dos donos já estava me esperando na minha sala. Ele começou a falar gritando que eu não era uma boa funcionária, que eu chegava sempre atrasada, que eu não estava dando conta do meu trabalho, que eles não achavam justo aumentar meu salário pois haviam outros funcionários melhores do que eu. Ele ainda gritou que a qualquer momento poderiam me substituir. Eu já estava em uma situação psicologicamente tão abalada que comecei a chorar. Chorei tanto que solucei e mesmo assim ele não parava de falar.”

*Nome fictício criado para preservar a identidade da personagem.

Foto: Pixaby

Os números não mentem

Relatos como esse não são incomuns entre as mulheres no seu ambiente de trabalho. Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa DataFolha, publicado em 2018, 15% das brasileiras relataram assédio no trabalho, incluindo as formas física (2%) e verbal (11%). Já em 2019, a Talenses Executive Search, consultoria de recrutamento executivo, apontou que 34% das brasileiras já sofreram algum tipo de assédio no ambiente de trabalho.

Os dados da Talenses ainda cravam que grande parte das vítimas são da geração Y (nascidas no período de 1979 a 1990) e os estados que mais assediam são: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essas mulheres atuam nos setores de Serviços; Tecnologia  e Computação; Bens de Consumo; Varejo e Indústrias Diversas.

Em países estrangeiros, esses números ainda são maiores. Conforme o levantamento da consultoria de recursos humanos Gartner, 40% das profissionais europeias disseram ter enfrentado essa situação. Nos Estados Unidos, o índice chega a 25%. 

As consequências do assédio

Os danos vão muito além da humilhação. Uma cartilha publicada pelo Senado Federal divulga informações acerca das consequências psicológicas que o assédio moral e sexual causa nas vítimas.

Segundo a cartilha, o assédio moral provoca os seguintes danos psicológicos: culpa, vergonha, rejeição, tristeza, inferioridade e baixa autoestima, irritação constante, sensação negativa do futuro, vivência depressiva, diminuição da concentração e da capacidade de recordar acontecimentos, cogitação de suicídio; 

Já as consequências fisiológicas causam distúrbios digestivos, hipertensão, palpitações, tremores, dores generalizadas, alterações da libido, agravamento de doenças pré-existentes, alterações no sono (dificuldades para dormir, pesadelos e interrupções frequentes do sono, insônia), dores de cabeça, estresse, doenças do trabalho, tentativa de suicídio, entre outros; 

No âmbito social, as consequências começam com a diminuição da capacidade de fazer novas amizades, retraimento nas relações com amigos, parentes e colegas de trabalho, degradação do relacionamento familiar, entre outros. Já na vertente profissionais, os problemas são outros: redução da capacidade de concentração e da produtividade, erros no cumprimento das tarefas, intolerância. 

A lei que assegura às vítimas

O professor e advogado especializado em direito trabalhista Paulo Rodrigo esclarece que o assédio moral pode ser combatido através de uma ação judicial na Justiça do Trabalho. “Através da reclamação trabalhista, um empregado pode por meio da fundamentação do dano extrapatrimonial, que está prevista no artigo 223-A da lei 3467/17, a reparação por danos que ofenda suas esfera moral e existencial como pessoa física.”

O professor ainda pontua dois parâmetros para a denúncia. Segundo ele, “o primeiro é de cunho jurídico, através da Justiça do Trabalho; o outro, de cunho preventivo ou repressivo, que pode ser utilizada através do canal da ouvidoria do Ministério Público Federal ou Delegacias Regionais do Trabalho onde o empregado que se sentir lesado, pode utilizar a plataforma para fazer a denúncia”.

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta quarta-feira, 8, o vice-governador do Pará, Lúcio Vale, pelo desvio de R$ 39,6 milhões dos recursos de dez municípios paraenses que seriam destinados à compra de merenda escolar, saúde e assistência social. Segundo a Procuradoria, Vale participava de suposto grupo criminoso que fraudou licitações entre 2013 e 2017, principalmente com o uso de empresas de fachada.

Outras 31 pessoas também foram denunciadas, entre elas o deputado federal e ex-prefeito de Viseu Cristiano Dutra Vale, irmão de Lúcio. Entre os crimes imputados aos denunciados estão participação em organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato.

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Segundo o MPF, os recursos foram desviados dos seguintes municípios: Viseu (R$ 31.877.107,15), Ipixuna do Pará (R$ 1.986.331,88), Mãe do Rio (R$ 1.795.542,23), Cachoeira do Piriá (R$ 1.597.546,64), Marituba (R$ 1.401.152,60), Santa Maria do Pará (R$ 687.075,32), São Miguel do Guamá (R$ 223.011,24), São Caetano de Odivelas (R$ 88.148,30), Ourém (R$ 16.101,58) e Marapanim (R$ 14.850,96).

A denúncia tem como base investigação iniciada em 2017 e que culminou com nas operações Carta de Foral, em novembro de 2018, e Vissaium, em dezembro de 2019.

A Procuradoria indicou que as investigações identificaram quatro núcleos dentro da organização criminosa: um político, um de agentes públicos, um empresarial e um de lavagem.

No primeiro participavam integrantes do Partido Liberal (PL) e agentes políticos relacionados - como os prefeitos -, dizem os procuradores. Entre os participantes de tal grupo estariam, além de Lúcio e Cristiano, o atual prefeito de Cachoeira do Piriá, Leonardo Dutra Vale e o atual prefeito de Viseu, Isaías José Silva Oliveira Neto.

Já o núcleo de agentes públicos era formado por servidores municipais que faziam a ligação entre o grupo político e o empresarial. Os funcionários públicos operacionalizavam as fraudes e demandavam vantagens do núcleo empresarial, indica a Procuradoria.

O terceiro grupo era composto por empresas de fachada, "laranjas" e "testas de ferro", sendo que estes últimos operacionalizavam as fraudes e pagavam as propinas.

Segundo a Procuradoria, havia, ainda, um núcleo da lavagem, que contava com a participação de pessoas físicas e jurídicas indicadas pelos políticos e integrantes do núcleo empresarial para receberem os recursos.

Defesas

A reportagem busca contato com o vice-governador Lúcio Vale, com o deputado Cristiano Dutra Vale e outros denunciados e citados na matéria. O espaço está aberto para manifestações.

O nome do humorista Marcius Melhem caiu no olho do furacão após o vazamento de supostas denúncias de assédio moral contra ele. Um colega de profissão de Melhem resolveu comentar o caso e detonou o comediante. Danilo Gentili usou seu perfil no Twitter para falar sobre o ocorrido e chamou o acusado de "hipócrita".

Na última quinta (27), a coluna de Leo Dias divulgou que Marcius Melhem havia sido denunciado na Globo por assédio moral. Entre as denunciantes estariam as atrizes Dani Calabresa e Maria Clara Gueiros. Marcelo Adnet também estaria envolvido reforçando a denúncia das colegas. 

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Após a notícia ganhar as redes sociais, um outro humorista, Danilo Gentili, resolveu dar sua opinião a respeito. Ele detonou Melhem e o chamou de "hipócrita". "Esse é o santinho que vai para evento do mercado falar que faz humor do bem e eu faço humor do mal. Esse é o cara que faz esquete feminista e protege o trabalhador. Vá tomar no teu **, seu hipócrita de merda". 

 

Acuado por denúncias dentro e fora da hierarquia religiosa, os Arautos do Evangelho informaram não reconhecer a intervenção determinada pelo Vaticano. Em nota oficial, no dia 19, a associação diz não reconhecer como delegado pontifício de sua instituição o cardeal Raymundo Damasceno Assis, nomeado pelo papa Francisco.

Segundo o presidente dos Arautos, Felipe Eugênio Lecaros Concha, existe "absoluta invalidez e inteira ilegalidade de tal decreto", que apresenta "erros fundamentais". Em um comunicado assinado pelo presidente, a associação admite ter recebido d. Damasceno e d. José Aparecido Gonçalves, bispo auxiliar de Brasília, na sexta-feira. "Nós lhes reverenciamos como bispos da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, e como tais ambos são objeto de nossa consideração, mas devemos declarar que não reconhecemos Vossa Eminência enquanto 'comissário' da Associação Privada de Fiéis Arautos do Evangelho, da qual eu sou o presidente legitimamente eleito."

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Concha alegou que os documentos apresentados pelos emissários do Vaticano se dirigem a uma "associação pública de fiéis", enquanto a associação tem fins privados. "A diferença de natureza entre uma e outra é essencial, eminência. É como se um oficial de justiça se apresentasse na residência de 'Antônio da Silva' com uma notificação para 'Pedro Rodrigues'. O Sr. Antônio não deveria receber tal notificação judicial, pois houve um erro de pessoa. De modo semelhante, os Arautos do Evangelho não podem receber um decreto dirigido a outra associação."

Os Arautos alegam ainda que a determinação de um comissário para a instituição "infringiria o direito sacro e inviolável dos fiéis de associarem-se na Igreja com os próprios estatutos e as próprias autoridades". O texto chega a citar uma decisão do Tribunal de Relação de Coimbra, em Portugal, de 17 de maio de 2011, que por votação unânime, decidiu que "as associações privadas de fiéis estão sujeitas à vigilância das autoridades eclesiásticas competentes, porém não pode a autoridade eclesiástica competente, a coberto desse dever de vigilância, designar comissários que representem a Associação." Os também afirmam que d. José teria acolhido as queixas, que seriam levadas ao Vaticano.

Histórico

As investigações vaticanas tiveram início há dois anos, quando um vídeo divulgado nas redes sociais mostrava o fundador dos Arautos, João Clá, citando um suposto interrogatório de um demônio, no qual alegava ter poder sobre o papa Francisco. Clá deixou as atividades na associação.

Pesam ainda sobre os Arautos denúncias de pelo menos 40 pessoas de abuso psicológico, humilhações, assédio e estupro - na sede oficial, em Caieiras. Segundo a TV Globo, que divulgou o caso, haveria também investigações do Ministério Público a respeito.

Na nota oficial, os Arautos dizem ter tratado do assunto com os bispos e afirmam ser vítimas de perseguição pela mídia. O texto fala em "linchamento moral, eivado de preconceitos antirreligiosos", "da parte de certos veículos de comunicação, visceralmente seduzidos pela tentativa de comissariado". "Tal campanha tem causado danos morais irreparáveis." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na terça-feira (22), a partir das 9h, a Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) deve ouvir o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio. Ele foi convocado para explicar denúncias de uso de candidaturas-laranja para desvio de recursos eleitorais na campanha de 2018. E na quarta-feira (23), a Comissão de Constituição e Justiça examina as emendas de Plenário à PEC Paralela da reforma da Previdência (PEC 133/2019).

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*Da Agência Senado

 

Responsável por denunciar e investigar políticos com direito ao foro privilegiado enquanto esteve à frente da Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot disse ter certeza que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é corrupto”.  

“É impossível que o Lula não fosse um dos chefes de todo esse esquema. Não tenho dúvida de que ele é corrupto”, disse em entrevista à revista Veja. 

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“Da mesma forma que não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta. Mas ela tentou atrapalhar as investigações com a história de nomear o Lula como ministro da Casa Civil. A obstrução de Justiça aconteceu, tanto que eu a denunciei”, complementou Janot. 

Como uma das suas últimas ações na PGR, em setembro de 2017, Janot chegou a denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os ex-presidentes e os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização criminosa.

"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande número] de delitos, em especial contra a administração pública em geral", justificou, na época, Janot.

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O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, disse ter sido pressionado pelo secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa, a bancar o aluguel de salas em São Paulo sem necessidade. De acordo com Ferreira, o aluguel serviria para abrigar escritórios da secretaria e criaria um custo adicional de R$ 500 mil por ano à agência, que é mantida por meio de repasses de recursos do Sistema S.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, Ferreira disse ter recebido "pedidos não republicanos" de Carlos da Costa, com quem tem tido desavenças nos últimos meses. A briga entre os dois foi revelada pela revista Veja. Procurado para comentar as acusações, o secretário não respondeu.

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A ABDI, uma agência que tem como foco fomentar a inovação e melhorar a competitividade da indústria nacional, é formalmente ligada ao Ministério da Economia e tem Costa como presidente de seu conselho deliberativo.

Ferreira, no entanto, não é subordinado a Costa, já que a nomeação ou demissão do cargo cabe ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo apurou a reportagem, um processo para a exoneração de Ferreira na área técnica já teria sido iniciado, mas ainda não chegou ao presidente da República.

"A origem do problema começou com a recusa de pagar o aluguel para ele. Esse foi um dos pedidos não republicanos que recebi dele", afirmou Ferreira. Ele não quis, no entanto, citar outros pedidos do tipo que teriam sido feitos pelo secretário de Produtividade.

Sala

O escritório que motivou a polêmica, de acordo com o presidente da ABDI, é localizado no prédio do Banco do Brasil, na Avenida Paulista, que abriga a sede de outros órgãos do Executivo na capital paulista, como a própria Presidência da República.

Segundo Ferreira, Costa teria solicitado, em mensagens de WhatsApp, que a ABDI bancasse o aluguel de metade de um andar no prédio do banco. A ideia de Costa, afirmou o executivo, era que o espaço fosse utilizado tanto pela agência quanto pela secretaria, em um acordo de cooperação.

Ferreira teria respondido não ver necessidade no aluguel, já que a agência já utilizava salas no prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sem nenhum custo e, portanto, não havia planos de mudanças por parte da agência. A sede da Fiesp também fica localizada na Avenida Paulista.

Costa, no entanto, teria insistido, segundo Ferreira. O pedido foi feito em fevereiro, quando o Ministério da Economia estudava devolver salas alugadas no mesmo prédio do Banco do Brasil como forma de cortar custos. Isso poderia deixar o secretário sem lugar para despachar em São Paulo, já que no orçamento da Sepec não havia verba para bancar o custo do aluguel.

Com isso, o próprio Costa teria negociado com o Banco do Brasil o aluguel de um espaço a ser bancado pela ABDI. O ministério acabou mantendo o aluguel das salas, onde o secretário e outros integrantes da Economia despacham atualmente quando estão na capital paulista.

Sem justificativa

De acordo com Ferreira, o pedido de bancar o aluguel foi negado, pois ele não teria como justificar aos órgãos de controle a criação de um custo de R$ 500 mil por ano para bancar algo que era oferecido gratuitamente por uma federação (a Fiesp) ligada ao Sistema S - que inclui entidades como o Senai e o Sesi, ligadas à indústria, o Sesc e o Senac, ligadas ao comércio, e o Sest e o Senat, do setor de transportes. "Não fazia o menor sentido, nem econômico nem de gestão pública, de assumir um custo deste. Por isso me opus", completou.

Indicado ao cargo ainda no governo do ex-presidente Michel Temer, em 2017, Luiz Augusto Ferreira disse não ter recebido nenhuma informação de que o governo estuda exonerá-lo.

"Tenho uma enorme admiração pelo trabalho do ministro da Economia, Paulo Guedes, e estou seguindo o que considero correto dentro da determinação do presidente Bolsonaro de manter vagabundo fora da política", atacou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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