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O furacão Dorian atingiu o norte das Bahamas neste domingo, com chuvas torrenciais e ventos de cerca de 300 km/h, um furacão de potência sem precedentes na história deste arquipélago, localizado entre a Flórida, Cuba e o Haiti.

O furacão de categoria 5, classificado como "catastrófico" pelo americano Centro Nacional de Furacões (NHC), tocou a terra ao meio-dia no horário local na ilha Elbow, que faz parte das Ilhas Ábaco, no noroeste das Bahamas, um arquipélago formado por 700 ilhotas.

"Estamos enfrentando um furacão (...) como nunca vimos antes na história das Bahamas", disse Hubert Minnis, primeiro-ministro do arquipélago, que começou a chorar durante a entrevista coletiva, "Provavelmente, é o dia mais triste da minha vida", acrescentou.

O NHC, com sede em Miami, informou que ao tocar a terra o Dorian igualou o recorde de furacão mais potente do Atlântico, datado de 1935. Seu diretor, Jen Graham, garantiu que se trata de "uma situação extremamente perigosa".

"As pessoas ainda estão traumatizadas pelo furacão Matthew (de 2016), mas este é ainda pior", disse à AFP Yasmin Rigby, moradora de Freeport, principal cidade da Grande Bahama.

Da Casa Branca, o presidente dos Estados unidos, Donald Trump, pediu vigilância máxima contra este furacão "muito, muito poderoso".

- Difícil de prever -

Depois das Bahamas, o furacão deve se aproximar da costa leste da Flórida na segunda-feira à noite e na terça-feira, mas é difícil prever com que intensidade atingirá o estado americano após a mudança de trajetória.

"Ele está se deslocando e é muito difícil de prever", resumiu o presidente Donald Trump no sábado, ao indicar que Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte poderiam estar na linha de frente.

"Inicialmente, iria atingir diretamente a Flória", mas agora parece se dirigir para a Geórgia e a Carolina do Sul, disse, acrescentando que o trajeto do Dorian pode mudar novamente. Trump cancelou a viagem à Polônia no fim de semana para monitorar a situação.

O governador da Carolina do Sul, Henry McMaster, declarou emergência no estado. "A força e a imprevisibilidade da tempestade nos obriga a estar preparados para todos os cenários", disse.

O estado de emergência já havia sido declarado na Flórida e em vários condados do estado da Geórgia. A medida permite uma mobilização maior dos serviços públicos estaduais e recorrer, em caso de necessidade, à ajuda federal.

Uma evacuação obrigatória foi ordenada nas regiões costeiras de Palm Beach e no condado de Martin, na Flórida.

Embora Miami pareça ter escapado da tempestade, os moradores continuavam cautelosos, e as autoridades ainda distribuem sacos de areia para controlar as inundações na cidade.

O governador da Flórida, o republicano, Ron DeSantis, pediu aos moradores que "permaneçam alertas".

"Estou de guarda porque ainda pode evoluir, nas 12 ou 24 horas antes de o furacão chegar à costa, tudo pode mudar", disse David Duque, de 30 anos.

O presidente de Haiti, Jovenel Moise, nomeou nesta segunda-feira (22) Fritz-William Michel como primeiro-ministro, em substituição a Jean-Michel Lapin, que renunciou após quatro meses no cargo.

Fritz-William Michel, de 38 anos, e que estava lotado no Ministério da Economia e Finanças, é o quarto chefe de governo desde que Moise assumiu a presidência, há dois anos e meio.

Nesta segunda-feira, Jean-Michel Lapin renunciou ao cargo após não conseguir compor um governo por falta de consenso.

O presidente do Haiti anunciou a indicação de Fritz-William Michel pelo Twitter, mas a decisão ainda deve ser oficializada por decreto presidencial.

    Um lance durante uma partida da primeira rodada da Copa Ouro da Concacaf, disputada na Costa Rica, viralizou nas redes. A partida entre Haiti e Ilhas Bermudas terminou com vitória por 2x1 dos haitianos e contou uma inovação na hora de realizar uma jogada ensaiada.

O lance aconteceu aos sete minutos do segundo tempo e deu início a virada no placar. O Haiti perdia a partida por 1x0. Uma falta foi marcada na entrada da área e foi aí que o plano para enganar os adversários foi colocado em prática.

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Na hora de cobrar a falta os jogadores fingiram uma indecisão na hora da cobrança e ‘discutiram’ com a falta já autorizada pelo juiz. No meio da discussão, que serviu como distração, um dos jogadores que discutia volta e cruza a bola na área, toda a defesa da Ilhas Bermudas foi pega desprevenida. Livre de marcação, o zagueiro Frantzdy Pierrot testou firme para o fundo das redes.

Confira o lance:

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O governo do Haiti prometeu nessa segunda-feira (18) reduzir gastos e aprofundar uma investigação sobre corrupção no programa de petróleo PetroCaribe, uma tentativa de satisfazer algumas das exigências dos milhares de manifestantes que desde o dia 7 pedem a renúncia do presidente Jovenel Moise. A onda de protestos violentos na capital haitiana deixou pelo menos nove mortos.

Uma investigação do Senado, realizada no ano passado, acusou ex-funcionários do governo e empresários de desviar cerca de US$ 2 bilhões (R$ 7,4 bilhões) de ajuda enviada por Caracas.

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Durante um pronunciamento televisionado, o primeiro-ministro haitiano, Jean-Henry Céant, anunciou medidas para aliviar a crise econômica. Ele disse que o governo cortará 30% de seus gastos, conversará com o setor privado para tentar elevar o salário mínimo e indicará um novo diretor para intensificar o inquérito na Petrocaribe.

O governo também buscará mais investimentos externos para reanimar a economia, segundo Céant. "Eu e os membros do governo ouvimos a voz (da oposição), ouvimos este brado, entendemos sua raiva e indignação", afirmou.

Desde o dia 7, milhares de manifestantes pedem a renúncia do presidente e de Céant e um inquérito independente sobre o paradeiro dos fundos do acordo da PetroCaribe, uma aliança entre países caribenhos e a Venezuela para a venda de petróleo a preços subsidiados.

Na quinta-feira, a Embaixada do Brasil em Porto Príncipe publicou uma nota aconselhando a não viajar ao Haiti. Vários governos estrangeiros, como EUA e Canadá, também instruíram seus cidadãos a evitarem viagens para o Haiti. A expectativa é de que os protestos sejam retomados nesta semana. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quem nunca se sensibilizou com a tragédia ocorrida no Haiti, após o devastador terremoto ocorrido em 2010? Mais do que empatia, o fotógrafo pernambucano Anderson Stevens vai ter a oportunidade de desembarcar no país, juntamente com a idealizadora e co-fundadora da Volunteer Vacations (VV), Mariana Serra, para uma série de atividades que se iniciam no próximo sábado (12). 

Stevens, que vai ministrar um workshop de fotografia em uma ação que faz parte da Semana VV, voltada para atividades educativas para crianças, professores e profissionais de orfanatos haitianos, lançou uma campanha do bem: ele arrecadou vermífugos e materiais de higiene pessoal para poder ajudar as crianças órfãs. 

Em entrevista ao LeiaJá, o fotógrafo ressaltou que a experiência será único com o objetivo maior de levar alegria e solidariedade. “A expectativa de ajudar muita gente em um país sofrido, que passa por dificuldades enormes como saúde precária, é de gratidão. Saber que, junto com um grupo que está saindo do Brasil, podemos levar um pouco de esperança e de aprendizado, é de muita felicidade. Será uma troca de experiência incrível, que é o que mais conta. Poder deixar um pouco de alegria lá, trazer muito conhecimento, o restante vamos descobrir no dia a dia lá. Sei do carinho que eles tem pelos brasileiros, então a expectativa é a melhor possível”, ressaltou. 

A Ilha do Caribe passou a ser conhecida como o “país dos orfanatos”, após a devastação provocada pelo terremoto de 2010 - que deixou 200 mil mortos - e do furacão Matthew, em 2016. Segundo o negócio social carioca Volunteer Vacations (VV), são cerca de 900 abrigos espalhados pelo país de quase 10 milhões de habitantes.

Um terremoto de magnitude 5,9 matou ao menos 11 pessoas e deixou outras várias feridas no Haiti, de acordo com autoridades.

O governo informou que sete mortes foram na província de Noroeste e outras quatro mortes na comunidade de Gros-Morne, na província de Artibonite.

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De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o terremoto aconteceu às 16h11 de sábado (no horário local) e foi centralizado a 19 km a noroeste de Porto Príncipe. O terremoto ocorreu a 7,7 quilômetros abaixo da superfície.

A agência de proteção civil do país emitiu uma declaração dizendo que várias pessoas foram feridas e algumas casas foram destruídas em Porto da Paz, Gros Morne, Chansolme e Ilha da Tartaruga. Entre as estruturas danificadas estava a igreja Saint-Michel em Plaisance. Fonte: Associated Press

Um estudo desenvolvido na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Pernambuco traçou a rota da chegada do vírus zika ao Brasil. De acordo com a pesquisa, o vírus pode ter entrado no Brasil vindo de países da América Central e do Caribe, principalmente do Haiti. Em todos os casos brasileiros estudados, o ancestral em comum dos vírus é uma cepa do país, que é afetado pela tripla epidemia de zika, dengue e chikungunya.

O estudo aponta, também, que o vírus zika, originário da Polinésia Francesa, não veio de lá diretamente para o Brasil. Antes, ele migrou para a Oceania, depois para a Ilha de Páscoa - de onde foi para a região da América Central e Caribe-  e só então chegou ao Brasil, no final de 2013. “Isso coincide com o caminho percorrido pelos vírus dengue e chikungunya”, afirmou um dos investigadores, o pesquisador Lindomar Pena. 

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O resultado destaca o fato de que a América Central e Caribe são importantes rotas de entrada para arbovírus na América do Sul. A informação acaba sendo estratégica para a vigilância epidemiológica e para adoção de medidas de controle e monitoramento dessas doenças, especialmente em regiões de fronteira com outros países, portos e aeroportos.

O estudo indica, ainda, que imigrantes ilegais vindos do Haiti e militares brasileiros em missão de paz naquele país podem ter trazido o vírus Zika para o Brasil. Estudos anteriores já haviam confirmado casos de chikungunya no Brasil importados do Haiti e da República Dominicana, destacando a América Central e Caribe como rotas importantes para a introdução desse arbovírus no Brasil.

Outra conclusão do estudo é que houve múltiplas introduções, independentes entre si, do vírus Zika no Brasil. Isso muda a crença anterior de que um único paciente poderia ter trazido a doença, que depois teria se espalhado pelo país. As análises se basearam num total de 4.035 amostras de genomas completos dos três vírus disponíveis em bancos de dados públicos. 

O primeiro-ministro do Haiti, Jack Guy Lafontant, renunciou neste sábado em meio à escalada de protestos no país por causa do aumento dos preços da gasolina. O pedido de demissão do cargo foi encaminhado ao presidente do país, Jovenel Moïse.

Lafontant é médico, tem 57 anos e assumiu o cargo em março de 2017. Recentemente, por causa de um acordo do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para melhorar as contas públicas, ele autorizou um aumento de 51% da gasolina, do diesel e do querosene.

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A escalada dos preços da gasolina no país se somou à pobreza, à violência e às consequências do terremoto de 2010, o que levou a uma série de atos contra o governo no fim de semana passado. Ao menos sete pessoas morreram e dezenas de estabelecimentos comerciais foram destruídos.

Em meio à onda de protestos, Lafontant suspendeu o aumento dos combustíveis. Mas os atos não cessaram e os parlamentares chegaram a se organizar para votar o impedimento dele. Fonte: Associated Press.

A Oxfam GB terá que economizar milhões de libras e reduzir seus programas, afirmou neste sábado (16) a ONG, que perdeu doadores após o escândalo provocado pela revelação de abusos sexuais cometidos por funcionários no Haiti em 2010.

"Devido ao comportamento revoltante de alguns de nossos ex-funcionários no Haiti e dos erros de nossa parte na hora de tratar desse caso, agora temos menos dinheiro para levar água potável, alimentos e outras formas de apoio a pessoas que necessitam", comentou uma porta-voz da Oxfam GB em nota.

A ONG integra a confederação Oxfam International, que reúne 20 organizações. Agora, ela terá que economizar 16 milhões de libras, disse a porta-voz à AFP, confirmando uma informação publicada pelo jornal The Guardian.

Para isso, a Oxfam planeja fazer cortes de vagas na sede e nas "funções de apoio" para "poder continuar com o grosso de nosso trabalho nos locais".

"Estamos imensamente gratos por todos aqueles - nove em cada dez de nossos doadores regulares - que continuaram nos apoiando durante este período difícil", acrescentou a porta-voz.

A imprensa britânica revelou em fevereiro um escândalo de abusos sexuais cometidos por membros da missão humanitária da Oxfam GB no Haiti, após o terremoto de 2010.

Em 2011, a ONG conduziu uma investigação interna, que levou sete de seus funcionários no Haiti a deixarem a organização, quatro deles demitidos por "falta grave".

Mas a investigação não se tornou pública até fevereiro, quando foi revelada pela imprensa britânica.

Em maio, o diretor-geral da Oxfam GB, Mark Goldring, anunciou sua renúncia.

Nesta quarta-feira, o Haiti anunciou ter retirado sua autorização à Oxfam GB "por violação da legislação haitiana e por violação grave do princípio-chave da dignidade das pessoas".

O subsecretário do Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, Jean Pierre Lacroix, disse que a Organização das Nações Unidas (ONU) está preparando a mudança da missão de paz para uma missão de desenvolvimento e que nos próximos meses serão informados mais dados sobre a transição. A declaração foi realizada nesta terça-feira (3) no Conselho de Segurança da ONU.

Lacroix também afirmou que a missão só pode ser eficiente se tiver uma boa relação com o governo do Haiti e o seu povo, com base em solidariedade e respeito mútuo. E ainda admitiu que a relação entre a missão e o governo poderia ter sido melhor, mas que está otimista com os esforços do presidente Jovenel Moise para criar um ambiente de mudança.

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O subsecretário citou os exemplos da reforma do Estado, da manutenção de estabilidade política e social, do combate à corrupção do estabelecimento de um conselho eleitoral permanente no Haiti, mas deixou claro que apesar dessas oportunidades, é preciso lembrar que os riscos e desafios permanecem, uma vez que a fraqueza das instituições de justiça continua a gerar uma cultura de impunidade.

Por fim, Lacroix explicou que as eleições são uma fonte frequente de instabilidade no país e que há um novo pleito marcado para o final de 2019, cujo os resultados podem levar a uma situação mais concentrada, criando um ambiente menos propício a mudanças sistêmicas.

Essa foi a primeira vez que o Conselho de Segurança discutiu sobre a situação no Haiti desde que a última missão de paz foi lançada, em 16 de outubro de 2017, para substituir a missão anterior.

O governo britânico se reunirá nesta segunda-feira (12) com autoridades da Oxfam, após acusações de que funcionários da ONG contrataram prostitutas no Haiti em 2011, durante uma missão humanitária após o terremoto que assolou aquele país em 2010.

A ministra de Desenvolvimento Internacional, Penny Mordaunt, anunciou que irá se encontrar amanhã com representantes da ONG. "Se não transmitirem todas as informações sobre o caso, não trabalharei mais com eles", advertiu neste domingo, em entrevista à rede BBC.

Segundo seu presidente, a Oxfam recebe "menos de 10% de seu financiamento total" da agência britânica responsável pelo desenvolvimento internacional.

Para a ministra, a Oxfam, "definitivamente, tomou a má decisão" de omitir os detalhes sobre a natureza destas acusações das autoridades e da Comissão de Caridade, instituição que controla as ONGs.

A Oxfam, uma confederação de organizações humanitárias com sede na Grã-Bretanha, emprega cerca de 5 mil trabalhadores e conta com mais de 23 mil voluntários, e afirma ter investigado o caso logo após as primeiras denúncias, em 2011. Quatro funcionários foram expulsos e outros três pediram demissão antes do fim da investigação, informou a ONG, condenando o comportamento dos funcionários envolvidos.

Houve informações na imprensa em 2011 sobre a investigação, mas sem detalhar a natureza das acusações. O presidente da Oxfam, Mark Goldring, disse neste sábado à BBC Rádio 4 que, vendo agora, "preferiria que tivéssemos citado o mau comportamento de natureza sexual, mas acho que ninguém se interessou em descrever os detalhes deste comportamento, porque chamaria muita atenção para o assunto", explicou.

- Orgia -

A Comissão de Caridade indicou ter recebido um relatório da Oxfam, em agosto de 2011, mencionando "comportamentos sexuais inadequados, intimidações, assédio", mas sem falar em "abusos contra beneficiários" da ONG, nem em "crimes em potencial envolvendo menores".

O jornal britânico "The Times" informou que um diretor da Oxfam contratou prostitutas durante uma missão de ajuda humanitária após o terremoto que devastou o Haiti em 2010 e deixou 300 mil mortos.

Os fatos revelados pelo Times são "realmente chocantes", segundo Downing Street (residência da chefe de governo do Reino Unido), que demanda "uma investigação completa e urgente sobre estas acusações, tão graves".

Segundo as últimas revelações publicadas pelo "Sunday Times", mais de 120 funcionários de importantes ONGs britânicas foram acusados de abuso sexual no último ano. No Haiti, grupos de prostitutas eram convidadas a casas e hotéis pagos pela Oxfam. Uma fonte citada pelo jornal afirma ter assistido a um vídeo que mostrava uma orgia com prostitutas que vestiam camisetas da Oxfam.

- Não advertir -

Segundo a investigação do The Times, a Oxfam também é suspeita de não ter advertido outras ONGs sobre o comportamento dos envolvidos no escândalo, o que permitiu que estes funcionários se transferissem para outras missões a cargo de pessoas vulneráveis em diferentes áreas de desastre.

Desta maneira, o diretor da Oxfam no Haiti, Roland van Hauwermeiren, renunciou sem nenhuma ação disciplinar, apesar de ter admitido que contratou prostitutas. Depois, tornou-se chefe da missão da ONG francesa Ação Contra a Fome (ACF) em Bangladesh entre 2012 e 2014.

A ACF contatou a Oxfam antes de empregar Roland van Hauwermeiren, mas a ONG não lhe indicou as razões de sua renúncia, declarou à AFP Mathieu Fortoul, porta-voz da organização. "Além disso, recebemos referências positivas de ex-colegas da Oxfam - a título pessoal - que trabalharam com ele, acrescentou.

Alguns trabalhadores da ONG Oxfam contrataram prostitutas no Haiti durante a operação de ajuda posterior ao terremoto que destruiu o país, denunciou nesta sexta-feira um jornal britânico, enquanto a organização negou que tenha havido encobrimento.

Segundo o jornal The Times, depois do terremoto de 2010 que devastou a ilha e deixou cerca de 300.000 mortos, um alto cargo da organização contratou jovens prostitutas.

Grupos de jovens prostitutas foram convidadas a casas e hospedagens pagas pela organização para festas sexuais, segundo uma fonte que assegurou ter visto imagens de uma orgia em que prostitutas usavam camisetas da Oxfam.

A organização lançou uma investigação interna em 2011 que determinou que havia uma "cultura da impunidade" entre alguns funcionários mas que foi incapaz de saber se algumas das prostitutas eram menores de idade, assegurou o jornal.

The Times afirmou que o diretor para o país da Oxfam, Roland van Hauwermeiren, renunciou sem que houvesse nenhuma ação disciplinar, apesar de que supostamente admitiu ter contratado prostitutas.

Em resposta à publicação, a Oxfam negou estar por trás de um "encobrimento" para proteger sua reputação.

"A Oxfam administra as acusações de má conduta com extrema seriedade", disse um porta-voz da ONG à AFP.

A Oxfam admitiu que houve acusações de envolvimento de meninas menores de idade, mas disse que estas "não foram provadas".

"Vários membros do pessoal foram despedidos como resultado da investigação e outros deixaram a organização antes de que esta fosse concluída", indicou a representante.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu na noite deste domingo (14) às críticas que recebeu após o comentário ofensivo contra países africanos e o Haiti, feito na sexta-feira (12), na Casa Branca. "Eu não sou racista", disse ontem o líder americano a repórteres em uma rápida entrevista antes de um encontro com um deputado republicano em Palm Beach, na Flórida. "Eu sou a pessoa menos racista que você já entrevistou. Isso eu posso te dizer", afirmou Trump, ao ser questionado sobre o que achava das pessoas que o consideram racista.

Durante reunião com um grupo de seis senadores na Casa Branca, na sexta, o presidente americano afirmou que o país deveria diminuir o fluxo migratório de "países de m...", em meio a uma discussão sobre a legislação específica para nativos de nações africanas e do Haiti. Trump ainda afirmou que os Estados Unidos deveriam incentivar a entrada de pessoas com origem em países como a Noruega.

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Desde então, Trump enfrenta severas críticas por causa do comentário. Mesmo políticos republicanos condenaram a postura do presidente. O uso da frase foi revelado por dois dos senadores que participaram da reunião - um democrata, outro republicano. Ontem, no entanto, um terceiro parlamentar que participou do encontro afirmou que houve uma "grosseria má interpretação" do comentário.

Em uma reunião com membros do Congresso sobre os debates para uma nova lei migratória, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou palavras de baixo calão para se referir aos imigrantes haitianos, salvadorenhos e africanos que chegam ao país.

"Por que todas essas pessoas desses buracos de merda vêm parar aqui?", teria dito aos democratas e republicanos durante uma reunião na última terça-feira (9), segundo informa a mídia norte-americana.

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O comentário referia-se ao debate sobre a chegada massiva de estrangeiros do Haiti, de El Salvador e de nações africanas. Ele ainda afirmou que os EUA estariam melhores se atraíssem pessoas como os "noruegueses".

"Por que nós precisamos de mais haitianos? Mantenham eles longe", teria acrescentado ainda o presidente, deixando os congressistas sem palavras.

A Casa Branca não quis responder sobre o caso, deixando em aberto a possibilidade de Trump, realmente, ter se dirigido dessa maneira aos imigrantes. O governo limitou-se a dizer que o mandatário "sempre lutará pelo povo norte-americano" enquanto "alguns políticos de Washington lutam por países estrangeiros".

"Como outros países que tem uma imigração baseada no mérito, o presidente Trump está lutando por soluções permanentes para fazer nosso país mais forte, dando as boas vindas àqueles que podem contribuir para a nossa sociedade, crescer nossa economia e assimilá-la dentro de nossa grande nação", disse ainda um dos porta-vozes da Casa Branca, Raj Shah.

A declaração do presidente pode complicar ainda mais um acordo bipartidário no tema da imigração.

Após a reunião da terça, a mídia veiculou que Trump teria condicionado a liberação para a permanência dos chamados "dreamers" - os estrangeiros que chegaram aos EUA ainda crianças e jovens - à construção do muro na fronteira com o México.

Frear a imigração foi uma das chaves da campanha presidencial do republicano. No entanto, ao assumir o governo, ele enfrentou resistência tanto política como judicial para aplicar diversas medidas contra os deslocados internacionais.

da Ansa

O governo do Haiti e seus parceiros internacionais fizeram um apelo nesta quinta-feira (11) para conseguir 252 milhões de dólares para financiar respostas a desastres humanitários em 2018.

"Estamos em um contexto de diminuição da ajuda externa. O governo está vendo como conseguir empoderamento para financiar a recuperação e fazer a transição ao desenvolvimento", disse à AFP Aviol Fleurant, ministro haitiano do Planejamento e da Cooperação Externa.

Este plano de resposta humanitária -elaborado em associação com as agências das Nações Unidas que trabalham no Haiti- corre o risco de não poder cumprir-se por falta de financiamento. Em 2017 foram obtidos 37% dos fundos necessários.

A vulnerabilidade do Haiti às catástrofes naturais é um freio a seu desenvolvimento e seu elevado endividamento impede investir para reduzir riscos.

Ainda profundamente afetada pelo terremoto de 2010, o Haiti enfrenta condições sociais extremas: 70% de sua população está ameaçada pela insegurança alimentar, e os danos causados pelo furacão Matthew em outubro do ano passado em áreas agrícolas agravam o problema.

Por outro lado, as expulsões de haitianos de República Dominicana, após a mudança de sua política migratória, continuam em ritmo desenfreado. Desde julho de 2015, 230.000 pessoas, entre elas 16% de menores de idade, abandonaram o país vizinho e agora precisam de ajuda para voltar a integrar-se à comunidade.

Cinco pessoas morreram e mais de 10.000 casas ficaram inundadas em consequência das fortes chuvas que atingem o sul do Haiti há dois dias, informou o Serviço de Proteção Civil na quinta-feira )(16).

Uma mulher de 50 anos e sua filha de três anos faleceram em Port-de-Paix quando foram arrastadas pelas águas de um rio que tentavam atravessar. O corpo de um homem de 60 anos foi encontrado na quinta-feira no mesmo departamento.

Na ilha de Vache, sul do país, um homem morreu afogado e um menino de dois anos faleceu ao ser arrastado pela inundação na cidade de Cayes.

A terceira maior cidade do Haiti foi particularmente afetada pelas chuvas e o vice-prefeito de Cayes informou que mais de 10.000 casas estavam inundadas.

As equipes de resgate informaram que várias estradas estavam bloqueadas em pelo menos três dos 10 departamentos do país.

O Haiti continua devastado desde o terremoto de 2010 que deixou mais de 220.000 mortos, mas uma nascente indústria cinematográfica começa a emergir dos escombros de seus povoados destruídos.

À frente do fenômeno está Guetty Felin, com "Ayiti Mon Amour", um longa-metragem que retrata o luto desta nação após o terremoto e que recentemente foi anunciado como o primeiro filme a representar o país caribenho na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar.

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Dez dias depois do desastre, esta haitiana viajou a Porto Príncipe em um avião de resgate. Felin ainda se lembra das cenas que encontrou quando aterrissou.

"Nunca antes tinha sentido o cheiro da morte, corpos por todos os lados. Eu só pensava: 'O que é este fedor?', por toda a cidade, era simplesmente devastador", disse à AFP.

As escolas, hospitais e infraestrutura desta nação do Caribe ficaram destruídos. O tremor de 7,0 graus de magnitude deixou 300.000 feridos e 1,5 milhão de pessoas sem casa, no país mais pobre da América Latina.

Sete anos depois, "Ayiti Mon Amour" representa não só a emergência de uma nova voz na cinematografia haitiana, mas também um marco na reconstrução cultural do país, ao se tornar o primeiro longa-metragem filmado no país dirigido por uma mulher.

Aproveitando seu trabalho anterior em documentários, Falin imprime as realidades do Haiti atual - os cortes de luz, a escassez de água e a ameaça das mudanças climáticas - com uma lírica que ressalta seu lado místico.

- Carta de amor ao país -

Em Kabic, um pequeno povoado de pescadores onde a água foi cobrindo a terra em consequência das mudanças climáticas, a câmera de Felin mostra como a vida mudou cinco anos depois do terremoto.

Um adolescente que chora a morte de seu pai descobre que desenvolveu um super-poder eletrizante, enquanto um velho pescador que fala com sua vaca pensa que a cura para a doença de sua esposa pode estar no mar.

Por outro lado, a bonita e misteriosa musa de um romancista, que é o personagem principal de seu livro, decide deixá-lo e seguir seu próprio caminho.

Nascida em Porto Príncipe, Felin viveu sua infância e adolescência entre Nova York e Haiti, e depois passou uma temporada artística em Paris, aonde foi para estudar cinema e acabou ficando 20 anos.

Felin se apaixonou pelo cinema nos drive-ins de Porto Príncipe, aonde ia durante a brutal ditadura de Francois "Papa Doc" Duvalier, que foi seguido por seu despótico filho Jean Claude, ou "Baby Doc".

"Houve momentos em que você temia que alguém pudesse te levar embora daqui. Naquela época, a fragilidade da vida (...) me inspirou totalmente", contou.

"Ayiti Mon Amour", que está buscando um distribuidor nos Estados Unidos, conta com apenas um ator profissional, enquanto o resto do elenco e muitos outros colaboradores saíram da comunidade e da própria família de Felin.

A indústria cinematográfica no Haiti já estava sofrendo antes do terremoto. A última sala de cinema tinha fechado um ano antes, em meio a um contexto de pirataria crescente, e nenhum filme foi projetado em um espaço público cinco anos depois disso.

"É difícil fazer cinema em um lugar como o Haiti, porque sempre acontece algo que é prioritário, seja a instabilidade política ou um desastre", disse Felin.

O filme surgiu dos escombros de edifícios destruídos pelo sismo, mas Felin, que perdeu um amigo próximo na tragédia e diz que se sente "culpada de sobreviver", não queria que o longa fosse apenas sobre o luto, mas também uma carta de amor ao seu país.

Após 13 anos de atuação na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti, os militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira começam a retornar ao Brasil. Na madrugada deste sábado (23), chegou o primeiro boo na Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo, com 204 integrantes do 26º Contingente Brasileiro de Força de Paz no Haiti (Contbras), que foi responsável por encerrar a Missão de Paz.

Já o restante da tropa chegará ao Brasil até o final deste mês, em mais três aeronaves, com cerca de 90% dos militares desembarcando no território nacional.

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O trabalho foi desenvolvido por 37,5 mil militares no Haiti. A desmobilização começou no dia 31 de agosto na capital do país, Porto Príncipe. A ação pretendia proporcionar estabilidade e segurança ao povo do Haiti, assim como de assistência humanitária, depois que o país foi alvo de um terremoto que deixou mais de 220 mil mortos.

A seleção do Brasil tem boas chances de voltar ao Haiti. Desta vez, com um grupo de veteranos, para marcar o fim da participação brasileira na missão de paz no país caribenho - previsto para 15 de outubro. O amistoso está sendo negociado pelo ministério das Relações Exteriores com a CBF, que deu o sim à iniciativa. Faltam, porém, detalhes como os convites aos jogadores e a organização da viagem.

A intenção é levar ao Haiti atletas que participaram do Jogo da Paz em 18 de agosto de 2004 (ano em que começou a missão brasileira), como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Roberto Carlos, Juninho Pernambucano, Roger e Adriano. Alguns continuam em atividade, casos do goleiro Julio Cesar (Benfica) e do atacante Nilmar (Santos). Eles dificilmente poderão ir. O grupo seria completado com ídolos dos haitianos como Cafu e ex-jogadores como o volante Emerson. Técnico do Brasil naquele amistoso em que a seleção fez 6 a 0, Carlos Alberto Parreira já teria sinalizado positivamente sobre sua participação.

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A CBF prefere não falar oficialmente sobre a "missão no Haiti", pois ainda não está totalmente fechado o "envio de sua tropa". Na entidade, convencer os ex-jogadores, que têm agendas diversas dentro e fora do futebol, é tido como "algo complicado", assim como a logística.

O Estado apurou que o pedido do ministério foi feito há cerca de 40 dias, e o presidente Marco Polo Del Nero se mostrou disposto a atender. A ideia original de levar a seleção atual foi descartada. Além de o Brasil ter compromissos dias 5 e 10 de outubro pelas Eliminatórias, vários jogadores estão em clubes europeus, que não os liberariam para um amistoso fora da data Fifa. Chegou-se então à alternativa de levar a equipe de 2004, "reforçada" por outros ex-jogadores que serviram à seleção brasileira.

ISRAEL X PALESTINA - Outra ação social que poderá vir a ter envolvimento da CBF é um evento entre israelenses e palestinos, que teria um jogo entre as duas seleções como ponto alto. Isso, porém, não ocorrerá no curto prazo.

Nesse caso, a bola está com a Fifa. Em congresso no mês de maio, no Bahrein, a entidade adiou o reconhecimento da Federação de Futebol da Palestina, mas mostrou interesse em fazer uma ação envolvendo Israel.

A CBF, então, se colocou à disposição da Fifa para "ajudar na construção dessa relação". Ainda não há planejamento efetivo de alguma ação.

O Exército de Canadá começou a instalar tendas nesta quarta-feira perto de sua fronteira para dar apoio à onda de refugiados haitianos que estão chegando ao país com medo de serem expulsos dos Estados Unidos.

As tendas na cidade de Saint-Bernard-de-Lacolle, a 60 quilômetros ao sul de Montreal, têm energia elétrica e sistema de calefação. Elas vão acomodar temporariamente até 500 refugiados, disse o Exército em um comunicado.

A medida foi adotada após uma reunião do chanceler haitiano, Antonio Rodrigue, e a ministra para os haitianos morando no exterior, Stephanie Auguste, com a responsável de Imigração do Quebec, Kathleen Weil, para discutir o fenômeno e as necessidades dos solicitantes de refúgio do país chegando ao Canadá.

Muitos desses refugiados já moram há anos nos Estados Unidos, mas temem ser expulsos após o presidente Donald Trump anunciar que não vai estender o visto temporário que tinha sido concedido a 60 mil haitianos, afetados por um devastador terremoto na ilha em 2010. Esse status especial vai expirar no fim deste ano.

Desde julho, mais de 2.500 haitianos saíram dos Estados Unidos e buscaram refúgio no Canadá, cruzando à pé a fronteira com a província francófona do Quebec.

O estádio olímpico de Montreal está sendo usado para alojar alguns dos recém-chegados e um hospital fechado será reaberto para acomodar mais refugiados.

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