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O papa Francisco comparou neste domingo a "praga" dos abusos sexuais de menores de idade com as práticas religiosas do passado de oferecer seres humanos em sacrifício, em seu discurso de encerramento na reunião sobre a pedofilia celebrada no Vaticano.

"Me traz à mente a cruel prática religiosa, difundida no passado em algumas culturas, de oferecer seres humanos —frequentemente crianças - como sacrifício nos rituais pagãos", disse o papa, depois de reiterar que a Igreja se compromete a combater este fenômeno com "a máxima seriedade".

"Gostaria de reafirmar com clareza: se na Igreja for descoberto um só caso de abuso — que em si mesmo já representa uma monstruosidade —, este caso será enfrentado com a máxima seriedade", completou em um longo discurso para os líderes das 114 conferências episcopais de todo o mundo, secretários de congregações, bispos e cardeais reunidos na Sala Regia do Vaticano.

O pontífice disse que o abusador "é um instrumento de satanás", antes de recordar que a Igreja está diante de uma manifestação do mal "descarada, destrutiva e agressiva".

Em seu discurso, Francisco citou as estatísticas a nível mundial e garantiu que a Igreja se compromete a aplicar as estratégias das organizações internacionais, incluindo a ONU e a Organização Mundial da Saúde, para erradicar a pedofilia.

"Não se pode, portanto, compreender o fenômeno dos abusos sexuais contra menores sem levar em consideração o poder, p quanto estes abusos são sempre a consequência do abuso de poder, aproveitando uma posição de inferioridade do indefeso abusado", afirmou.

"O abuso de poder está presente em outras formas de abuso dos quais são vítimas quase 85 milhões de crianças, esquecidas por todos: os meninos soldados, os menores prostituídos, as crianças desnutridas, as crianças sequestradas e frequentemente vítimas do monstruoso comércio de órgãos humanos, ou também transformados em escravos, as crianças vítimas da guerra, os menores refugiados, as crianças abortadas e assim sucessivamente", disse o pontífice.

"Diante de tanta crueldade, diante de todo este sacrifício idolátrico de crianças ao deus do poder, do dinheiro, do orgulho, da soberba, não bastam meras explicações empíricas, estas não são capazes de nos fazer compreender a amplitude e a profundidade do drama", admitiu.

Cientistas disseram que usaram com sucesso células-tronco de camundongos para desenvolver rins em embriões de ratos, usando uma técnica que poderia um dia ajudar a criar rins humanos para transplante.

Mas os pesquisadores advertiram que seu êxito era apenas um primeiro passo e que restam "barreiras técnicas sérias e questões éticas complexas" antes que o processo possa ser usado para órgãos humanos.

A técnica foi usada anteriormente para cultivar pâncreas derivados de camundongos em ratos, mas o novo estudo é a primeira evidência de que pode um dia fornecer uma solução para a enorme escassez de rins de doadores para pessoas com doença renal.

A pesquisa, publicada na quarta-feira na revista científica Nature Communications, começou com o desenvolvimento de um "hospedeiro" adequado no qual os rins poderiam ser cultivados.

Os pesquisadores coletaram estruturas de embriões de ratos geneticamente modificados para que não desenvolvessem rins por conta própria.

Os embriões foram então injetados com células-tronco pluripotentes de camundongos e implantados em úteros de ratos.

As células-tronco pluripotentes são um tipo de célula "mestre" que pode se desenvolver para qualquer uma das células e tecidos que compõem o corpo.

Os pesquisadores descobriram que as células-tronco dos ratos produziam rins aparentemente funcionais nos ratos.

Mas o mesmo não aconteceu quando as células-tronco dos ratos foram injetadas em embriões de camundongos modificados de forma semelhante.

- Vidas curtas -

"As células-tronco do rato não se diferenciaram prontamente nos dois principais tipos de células necessárias para a formação dos rins", disse Masumi Hirabayashi, professor associado do Instituto Nacional de Ciências Fisiológicas do Japão, que supervisionou o estudo.

Por outro lado, "células-tronco de camundongos diferenciaram-se eficientemente (...) formando as estruturas básicas de um rim", disse à AFP.

A razão desta diferença ainda não está totalmente clara, mas os pesquisadores acreditam que "estímulos ambientais" dentro dos camundongos provavelmente são os culpados, e não as células-tronco ou a técnica.

Mas mesmo nos embriões de ratos, a técnica não foi isenta de problemas.

Enquanto os ratos desenvolveram rins aparentemente funcionais, inclusive com conexões adequadas com os ureteres - tubos que ligam os rins à bexiga -, eles morreram logo após o nascimento porque não amamentaram adequadamente.

Remover os genes que permitem que os rins se desenvolvam no útero parece ter também removido seu olfato, de modo que os recém-nascidos não conseguiram detectar o leite e morreram.

Suas curtas vidas significaram que testes limitados poderiam ser feitos sobre sua função renal, mas Hirabayashi disse que os órgãos pareciam funcionais "baseados em observações anatômicas".

Há outras preocupações: o crescimento de um rim em um hospedeiro de outra espécie pode levar à "contaminação" do órgão com células do hospedeiro.

- Preocupações éticas -

E o processo de crescimento de órgãos humanos em animais representa um enigma ético porque as células-tronco humanas podem se transformar em células do cérebro ou de órgãos reprodutivos no hospedeiro.

"As principais preocupações éticas são o risco de consciência e/ou produção de gametas (células reprodutivas)", disse Hirabayashi.

"Existem barreiras técnicas sérias e questões éticas complexas que devem ser discutidas e resolvidas antes de produzir órgãos humanos em animais", acrescentou.

A curto prazo, é provável que pesquisas adicionais enfoquem em formas de modificar geneticamente ratos hospedeiros sem efeitos colaterais letais.

Se bem sucedidos, os pesquisadores vão querer fazer mais testes nos rins derivados de células-tronco, e tentar transplantá-los dos hospedeiros para outros animais.

Eventualmente, os testes podem envolver a tentativa de desenvolver órgãos humanos.

Após o feito histórico que conseguiram ao lançar um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e saírem vitoriosas, o grupo Juntas conseguiram mais uma conquista nesta quinta-feira (7): a presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular na assembleia. 

Por meio do Instagram, elas comemoraram e afirmaram que seguirão fortes para avançar cada vez mais. “Nas pautas fundamentais que defendemos em nossa mandato. Nossa gratidão a todas e todos que se juntaram a nós nesta primeira batalha”, agradeceram. 

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Antes mesmo do resultado, as codeputadas ressaltaram que a luta pelos direitos humanos está no DNA de cada uma. “Entendemos nossa presença como ponte importante para o necessário diálogo entre a casa legislativa e a sociedade. Essa demanda é coletiva e apoiada pela força popular que elegeu nossas pautas. Não vamos abrir mão”, chegaram a destacar. 

O mandato coletivo do PSOL, que resolveu inovar, apareceu nas urnas com o registro da ambulante Jô Cavalcanti, mas ao lado dela vem estão as chamadas codeputadas [como se autointitulam]: Carol Vergolino, que é produtora audiovisual; Robeyoncé Lima, advogada trans; Joelma Carla, estudante; e Kátia Cunha, professora.

Os seres humanos já mataram 83% dos mamíferos selvagens da Terra, de acordo com estudo do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel, e do Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.

 Além disso, das 93.577 espécies registradas pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), 26.197 sofrem risco de extinção.

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Atualmente, 70% das aves e 60% dos mamíferos do mundo são criados em cativeiro.

O Brasil tem 3.286 espécies ameaçadas de extinção, sendo 290 em situação mais grave.  

A ex-presidente Dilma Rousseff aproveitou os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, completados nesta segunda-feira (10), para afirmar que o documento não é cumprido. A declaração foi adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948. “Ah, se a Declaração dos Direitos Humanos fosse obedecida. Continua atual, continua necessária e, infelizmente, continua sendo desrespeitada, inclusive no Brasil”, lamentou por meio do Facebook.

A ex-presidente, que disputou uma vaga no Senado Federal na eleição deste ano e foi derrotada, condenou uma declaração do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre o MTST e MST. “Se a DUDH fosse respeitada, capangas encapuzados não teriam assassinado a tiros dois militantes do MST, há dois dias, num acampamento de trabalhadores sem-terra no interior da Paraíba”.

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“Se a DUDH fosse cumprida, o presidente que assume dia 1º não teria anunciado que vai tratar o MST e o MTST como grupos terroristas e nem teria dito isto: “Àqueles que me questionam se eu quero que mate esses vagabundos, eu quero, sim”, complementou.

Dilma também falou sobre a prisão do ex-presidente Lula e ainda afirmou que se o governo Temer tivesse acatado a declaração 1,7 milhão de brasileiros não teriam voltado à pobreza extrema. “Se a DUDH fosse obedecida, o maior líder popular do nosso país, Lula, não estaria preso e isolado há quase oito meses, sem culpa provada e em desrespeito a uma determinação da ONU, apenas para ser afastado da eleição, da política, da sua cidadania e da sua família”, criticou.

Na publicação, a ex-presidente ainda relembrou a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. “Se a DUDH fosse seguida, o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes não teria ocorrido e não estaria completando 9 meses sem que seus autores e mandantes tenham sido presos. Por tudo isto, a adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos ainda depende da nossa luta”, finalizou. 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) comentou o caso do cachorro que foi espancado e teria sido envenenado por um segurança dentro de um estacionamento do Carrefour, em São Paulo. O filho do presidente eleito Jair Bolsonaro comparou os animais aos homens. “Muitas das vezes eu até acho que, na verdade, tenho muito mais pena de alguns animais do que de seres humanos porque os seres humanos são capazes de fazer bizarrices que com certeza os animais jamais fariam”, declarou por meio de um vídeo. 

Eduardo definiu o segurança como um “monstro”. “Sem mais nem menos pegou uma barra de metal e espancou até a morte um vira-lata que não estava fazendo nada, que estava apenas na rua em frente a um mercado. Não é só uma insensibilidade, é uma crueldade mesmo”, lamentou.

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Eduardo Bolsonaro enfatizou que uma pessoa que tem prazer na crueldade não consegue viver em sociedade. “Ela tem que ir para a prisão, só que o problema vai cair no problema comum no Brasil: a questão da impunidade”.

Ele falou que uma pessoa que for condenado até quatro anos de pena em regime fechado dificilmente vai para a prisão porque é possível fazer uma  substituição de pena como, por exemplo, pagar multa. Ainda de acordo com o parlamentar, quem é condenado te oito anos de prisão, ela inicia no semiaberto. “Para conseguir condenar alguém a mais de oito anos no Brasil é uma dificuldade imensa, ou seja é muito confortável para o criminoso cometer o crime dele e se manter imune”. 

O filho do presidente eleito ainda ressaltou a necessidade de mudar a lei. “Dificilmente essa pessoa vai passar um bom tempo na prisão e tem que passar porque a gente não pode admitir como algo natural uma pessoa que pegue um animal e por pura crueldade tire a vida desse animal. A gente se coloca no lugar dele, ele tem um sistema nervoso. É obvio que não dá para comparar 100% com a vida humana, mas convenhamos não da para uma pessoa continuar fazendo isso e sair impune. Lamento muito por esse pobre cachorrinho que faleceu. Eu tenho também um vira-lata em casa e é realmente algo que sensibiliza a todos nós”, concluiu. 

Ganhador do prêmio Nobel da Paz, em 2014, por dedicar sua vida à luta contra o trabalho infantil e em prol da libertação de mais de 80 mil jovens de regimes de servidão, o indiano Kailash Satyarthi escreveu uma carta enviada à Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em apoio aos ativistas dos direitos humanos no Brasil. No texto, entre outros pontos, o ativista fala sobre a importância de se cumprir “integralmente” os tratados internacionais.  

No texto, Satyarthi cita a Declaração de Direitos Humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Convenção sobre os Direitos da Crianças, as convenções da Organização Internacional do Trabalho e o Plano Nacional de Educação como normas a serem respeitadas. 

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“Escrevo em solidariedade ao desafio frente ao novo governo recentemente eleito no Brasil. Me junto a vocês para pedir ao novo presidente, Jair Bolsonaro, que cumpra integralmente os tratados internacionais e a legislação nacional pelos direitos da criança e do adolescente", destacou o indiano. 

Satyarthi ainda ressaltou que só respeitando as normas será garantido “um país onde crianças e adolescentes são livres, seguros e com direito à educação”. De acordo com o coordenador da ONG que recebeu a carta, Daniel Cara, o texto é um alerta contra projetos como o Escola sem Partido. 

Na semana retrasada, sobre o mesmo assunto, o senador pernambucano Cristovam Buarque (PPS) chegou a dizer que Bolsonaro seria um bom “AntiNobel da Paz”. A frase foi dita quando Cristovam acusava o presidente eleito de cometer “um crime contra a humanidade” por ter conseguido excluir Cuba do programa Mais Médicos.

“Se houvesse um Prêmio AntiNobel da Paz, por crime contra a humanidade, Bolsonaro seria um bom candidato por ter conseguido desfazer o atendimento médico a milhōes de pobres brasileiros, para satisfazer seu preconceito ideológico”, disparou. 

Os humanos podem reconhecer cerca de 5 mil rostos, em média, entre familiares, amigos e pessoas de fora do seu círculo, revela o primeiro estudo realizado sobre este tema.

Durante grande parte da história, os humanos viveram em pequenos grupos de uma centena de indivíduos, uma situação que mudou de forma radical nos últimos séculos.

O estudo realizado por cientistas da Universidade Britânica de York revela que nossas capacidades de reconhecimento facial nos permitem distinguir diariamente milhares de rostos vistos em locais muito concorridos, nas telas dos nossos smartphones e nas TVs.

"Em nosso dia a dia estamos acostumados a identificar amigos, colegas e famosos, assim como outras numerosas pessoas", mas "ninguém havia estabelecido o número de rostos que realmente identificamos", disse Rob Jenkins, do departamento de psicologia de York.

Para a pesquisa, publicada na revista britânica Proceedings of the Royal Society B, Jenkins e sua equipe pediram aos participantes que apontassem todos os rostos que recordavam em seu círculo privado.

Em seguida, foi pedido que fizessem o mesmo com pessoas que pudessem identificar sem conhecê-las pessoalmente.

Também foram apresentadas milhares de imagens de celebridades para o possível reconhecimento.

Cada um dos participantes conseguiu se lembrar de entre 1.000 e 10.000 rostos.

"Comprovamos que as pessoas conheciam, em média, cerca de 5 mil rostos", explicou Jenkins.

Para os cientistas, este estudo inédito poderá ajudar a desenvolver novos programas de reconhecimento facial, como os cada vez mais utilizados em aeroportos e investigações criminais.

Também poderá permitir aos cientistas entender melhor os casos de identificação equivocada.

Em 2025 os robôs cumprirão 52% das tarefas profissionais correntes, afirma um estudo do Fórum Econômico Mundial.

A "revolução", no entanto, criará 58 milhões de novos empregos líquidos durante os próximos cinco anos, destaca o documento.

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"Em 2025, mais da metade de todas as tarefas realizadas nos locais de trabalho serão feitas por máquinas, contra 29% atualmente", afirmam os pesquisadores da fundação com sede em Genebra, conhecida por organizar a cada ano o Fórum de Davos.

Alguns setores serão mais afetados pela automatização. O relatório prevê que até 2022 podem ser suprimidos 75 milhões de empregos em setores como contabilidade, secretariado, fábricas de montagem, centros de atendimento ao cliente ou serviços postais.

Ao mesmo tempo, os pesquisadores acreditam na possibilidade de criação de 133 milhões de empregos, essencialmente relacionados com a revolução digital, em áreas como inteligência artificial, tratamento de dados, softwares ou marketing.

Além disso, os desenvolvedores e especialistas de novas tecnologias serão muito requisitados.

A indústria aeronáutica, de viagens e de turismo terá "as maiores necessidades de reconversão para o período 2018-2025", afirma o estudo, que ouviu empresas de 12 setores em 20 economias desenvolvidas e emergentes.

"A escassez de qualificação é preocupante nos setores de tecnologia da informação e comunicação, serviços financeiros, mineração e metais", aponta o documento.

"Quase 50% das empresas preveem para 2022 uma redução do número de funcionários em tempo integral em função da automatização, 40% antecipam, no entanto, um aumento global de seus funcionários e mais de 25% esperam que a automatização crie novos empregos", acrescenta o estudo.

As consequências concretas para os trabalhadores são difíceis de prever, mas os pesquisadores antecipam uma "enorme perturbação na mão de obra mundial, com mudanças importantes na qualidade, localização, formato e permanência nas funções".

Os fabricantes de automóveis alemães Volkswagen, Daimler e BMW se confrontavam nesta segunda-feira (29) com informações da imprensa segundo as quais foram realizados testes de emissões de gás com macacos e também humanos.

Desde sábado, a Volkswagen afirma que "toma claramente distância de qualquer forma de maus-tratos animais", após a revelação do jornal The New York Times sobre testes realizados com macacos pelas três montadoras citadas, e também pelo grupo alemão Bosch.

Os testes foram realizados em 2014 em território americano por parte de um organismo europeu de saúde no setor do transporte, o UEGT, fundado pelos quatro grupos.

Mas o caso adquiriu uma nova dimensão nesta segunda, quando o jornal alemão Süddeutsche Zeitung afirmou que estes testes sobre os efeitos de inalação de óxidos de nitrogênio (NOx) também foram realizados com 25 humanos com boa saúde.

Bernd Althusmann, ministro da Economia da Baixa Saxônia, um estado federal acionista da VW, classificou essas experiências de "absurdos indesculpáveis", informou a agência DPA.

No final de 2015, o grupo Volkswagen admitiu ter equipado 11 milhões de veículos diesel com um programa de computador que falseava os testes antipoluição e ocultava as emissões que eram, às vezes, 40 vezes superiores ao autorizado pelas normas vigentes.

Depois do "dieselgate", as montadoras alemãs decidiram acabar com a atividade do UEGT, atualmente em liquidação, segundo o Süddeutsche Zeitung.

O Ministério da Saúde firmou uma parceria com a secretária da Saúde dos Estados Unidos para a produção da segunda etapa de produção da vacina contra o vírus da zika. 

Após testes bem sucedidos com animais, a vacina começará a ser testada em humanos. Segundo o Ministério da Saúde, essa fase deve ter início em um ano, após produção dos lotes clínicos e avaliações pré-clínicas. 

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“A vacina será útil para controle da Zika em todo o mundo e evitará sequelas nas pessoas contaminadas. Tenho certeza de que o Brasil vai dar um grande exemplo ao mundo, mostrando como resolveu, rapidamente, a epidemia de zika”, afirmou o ministro da saúde, Ricardo Barros. 

A vacina, desenvolvida pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), apresentou resultado positivo nos testes realizados em camundongos e macacos. Na próxima fase de produção, os pesquisadores conseguiram impedir com que o vírus da zika causasse microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central nas duas espécies. 

A aplicação de uma única dose da vacina preveniu a transmissão da doença nos animais e, durante a gestação, o contágio de seus filhotes. Esse estudo é um dos mais avançados para a oferta de uma vacina contra a doença e pretende proteger mulheres e crianças da microcefalia e de outras alterações neurológicas.

O papa Francisco pediu neste domingo o compromisso de todos para combater o tráfico de seres humanos, uma "praga aberrante" e "criminosa".

Ao falar para os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro para a oração do Angelus, o pontífice também denunciou a banalização desta forma de "escravidão moderna".

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"A cada ano, milhares de homens, mulheres e crianças são vítimas inocentes da exploração trabalhista e sexual e do tráfico de órgãos, e parece que nos acostumamos a considera isto uma coisa normal", denunciou o papa.

"Quero renovar meu apelo ao empenho de todos com o objetivo de que esta praga aberrante, forma de escravidão moderna, seja contra-atacada", completou.

Os seres humanos têm um olfato que não deixa a desejar em nada a outros mamíferos, incluindo cães e ratos, cujo faro tem tanto prestígio - apontou um grupo de cientistas nesta quinta-feira (11). Os pesquisadores afirmam que a suposta inferioridade dos humanos para distinguir uma ampla gama de aromas é um mito que se arrasta desde o século XIX.

"Há uma antiga crença cultural, segundo a qual para que uma pessoa seja racional e razoável, suas ações não podem estar dominadas pelo sentido do olfato, percebido como puramente animal", disse o professor adjunto de Psicologia John McGann, da Universidade de Rutgers, em Nova Jersey, principal autor desse trabalho publicado nesta quinta-feira na revista "Science".

"O bulbo olfativo humano, que transmite sinais para outras áreas do cérebro para ajudar na identificação de odores, está tão desenvolvido quanto em outros mamíferos e tem um número similar de neurônios", explicou.

"De modo que podemos nos equiparar, pela capacidade de detectar e de distinguir os odores, aos cães e aos ratos, que estão entre os melhores rastreadores do reino animal", acrescenta.

Depois de realizar uma série de estudos, os pesquisadores determinaram que os seres humanos podem distinguir até um bilhão de odores diferentes, muito mais dos aproximadamente 10.000 mencionados nos Manuais de Psicologia.

- Perda do olfato e Alzheimer

McGann acrescenta que os cães são, provavelmente, melhores para detectar os diferentes odores da urina, mas que o olfato humano é muito melhor para sentir os diferentes aromas de um bom vinho.

Os autores desse estudo acreditam que essa crença sobre a capacidade do olfato humano remonta ao neurologista e antropólogo francês do século XIX Paul Broca, que garantiu que o homem tem um aparelho olfativo limitado.

Segundo essa teoria, diferentemente dos animais, os homens dependem de sua inteligência para sobreviver, não de seu olfato.

Essa afirmativa influenciou, por sua vez, o precursor da Psicanálise, Sigmund Freud. Para ele, essa deficiência olfativa deixava os seres humanos mais vulneráveis às doenças mentais, lembra o acadêmico.

A ideia da inferioridade olfativa humana também foi alimentada durante décadas por estudos genéticos que revelaram que as ratazanas e os ratos tinham genes que afetam cerca de mil diferentes receptores sensoriais que se ativam pelos odores, contra apenas cerca de 400 nos humanos.

De acordo com McGann, não há elementos que apoiem a noção de que um bulbo (ou lóbulo) olfativo maior em relação ao restante do cérebro confira superioridade olfativa.

O pesquisador explica que a capacidade de sentir uma ampla gama de odores têm uma grande influência no comportamento humano mediante a ativação das emoções, ou fazendo ressurgir lembranças, desempenhando um papel importante na síndrome pós-traumática.

Uma perda do sentido do olfato, que diminui com a idade, também pode acarretar problemas de memória e doenças neurológicas como o Mal de Alzheimer, ou o de Parkinson, acrescenta o estudo.

A presidente cassada Dilma Rousseff participará, em Genebra, de evento sobre direitos humanos no início de março. Ela será uma das palestrantes do Festival de Cinema de Direitos Humanos, iniciativa que se transformou nos últimos anos no principal evento paralelo aos debates no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que se reunirá a partir de segunda-feira, dia 27.

O encontro na ONU, que dura três semanas, marcará o retorno do Brasil no conselho depois de um ano afastado. O país foi eleito pela Assembleia Geral da entidade. Na sessão de abertura, quem fará o discurso em nome do governo de Michel Temer é Luislinda Valois, ministra de Direitos Humanos.

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A reportagem apurou que ela vai usar o palanque para reafirmar os compromissos do País com a defesa dos direitos humanos, do estado de direito e de avanços sociais.

Já no discurso de Dilma, no festival de cinema, os dois temas principais deverão ser o combate contra a pobreza no Brasil e a fome. Dentro da ONU, o Brasil deve ser confrontado por temas como o da redução de gastos sociais, além de questionamentos por partes dos peritos sobre questões como segurança pública e as condições das prisões no País.

Quem terá ainda a função de defender o governo Temer será a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevedo, que assumiu nesta semana o cargo de representante do Brasil na ONU. Ela, porém, já havia assumido a mesma função durante o governo de Dilma Rousseff.

Para ONGs, a volta do Brasil ao Conselho de Direitos Humanos também será uma oportunidade para cobrar o governo. "Vemos como uma oportunidade para que a sociedade civil possa expor as contradições de direitos humanos do Brasil", afirmou Camila Asano, coordenadora de Política Externa da entidade Conectas.

"O Brasil chega ao órgão com um quadro de numerosos retrocessos", disse, citando as mortes em presídios, o descontrole na área de segurança publica e a demarcação de terras indígenas. "Precisamos cobrar o mínimo de coerência", afirmou.

Outro teste será o exame da política de direitos humanos do Brasil. O País será sabatinado pela ONU em maio. No início de fevereiro, entregou para a ONU seu informe. Entidades como o Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa, além da própria Conectas, entraram com um pedido usando a Lei de Acesso à Informação para conseguir uma cópia do documento que por semanas foi mantido em sigilo.

No primeiro rascunho dos documentos, a imagem que o Brasil tentava passar para a ONU irritou as ONGs. Num capítulo sobre meio ambiente, o desastre de Mariana nem sequer era mencionado.

O ministro da Justiça filipino disse que os criminosos não são humanos, em reação a um relatório da Anistia Internacional que acusou a polícia de crimes contra a humanidade por ter matado milhares de traficantes ou consumidores de drogas.

No texto publicado nesta quarta-feira, a Anistia Internacional acusou a polícia filipina de ter matado ou ordenado a morte de supostos delinquentes como parte da guerra contra as drogas do presidente Rodrigo Duterte e considerou que estes assassinatos podem se equiparar a crimes contra a humanidade.

O ministro da Justiça defendeu a política do governo, negando o status de humanos aos abatidos pela polícia: "Os criminosos, os barões da droga, os narcotraficantes não são a humanidade", disse o ministro Vitaliano Aguirre.

"Em outras palavras, como é possível que, quando a guerra é dirigida apenas contra os barões da droga, os viciados em drogas, os traficantes, os considerem (parte da) humanidade? Eu não", declarou. A Anistia acusa os policiais de uma série de crimes, como matar pessoas indefesas, forjar provas, pagar assassinos para eliminar os viciados em drogas ou roubar as vítimas.

A ONG acrescenta que os comandos policiais pagam aos agentes para matar e afirma ter encontrado vítimas muito jovens, algumas de oito anos. Desde a posse de Duterte, em junho, a polícia anunciou ter matado 2.555 pessoas e outras 4.000 morreram em circunstâncias inexplicáveis, segundo números oficiais.

No passado, Duterte fez comentários similares aos de seu ministro da Justiça, pedindo que os policiais matassem os viciados em drogas e os narcotraficantes. Nesta quarta-feira, a polícia e a presidência publicaram comunicados nos quais rejeitam vários aspectos do relatório da Anistia.

A polícia "sempre respeitou e fez os direitos humanos serem respeitados", afirma. O chefe da polícia nacional, Ronald Dela Rosa, nega que os oficiais recebam prêmios para matar supostos traficantes de drogas. Declarou que apenas 2% dos policiais são corruptos.

Mas o presidente Duterte havia dito na segunda-feira que a polícia era "corrupta até a medula" e ordenou que parasse com todas as atividades relacionadas à luta antidrogas, em benefício de um papel mais destacado do exército.

Os robôs - Mini Kirobo, RoboHon, Lin-Chan, Robopin, entre outros - se multiplicam este ano no Salão da Eletrônica Ceatec, no Japão, embora algumas destas pequenas criaturas se pareçam mais com figuras animadas, cuja inteligência se encontra alojada em uma nuvem de informática ou no cérebro humano.

"Lin-Chan (nome de um robô assistente da fabricante Sharp) é capaz de ligar o ar-condicionado se lhe dizem que está fazendo muito calor, ou de nos dizer palavras tranquilizadoras se comentamos com ele que estamos cansados", explica Masaki Takeuchi, um dos seus inventores, no IT & Electronics Comprehensive Exhibition (Ceatec), o salão de eletrônica mais importante da Ásia, que é realizado nesta semana em Tóquio.

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Além disso, Lin-Chan se lembra do nome de cada um dos seus interlocutores.

Mas, na verdade, "tudo depende dos serviços contidos nos servidores externos (cloud computing) que têm funções de inteligência artificial", diz o engenheiro.

"Optamos por esse tamanho (cerca de 15 cm) e essa forma (uma bola) para que esse robô assistente seja suficientemente visível em casa, mas sem ter uma presença excessiva que poderia incomodar", acrescenta.

Mini Kirobo tampouco é inteligente, reconhece a Toyota, que o fabricou inspirando-se em Kirobo, que em 2013 se tornou o primeiro androide astronauta do mundo, quando viajou para a Estação Espacial Internacional (ISS) para conversar com o comandante japonês Koichi Wakata.

Se seu descendente é capaz de conversar com seu dono ou fornecer-lhe informações, é porque está dotado de funções de telecomunicação sem fio com um servidor que concentra todos os dados e algoritmos para analisar e poder responder.

Por sua vez, a companhia Fujitsu, criadora de Robopin, explica que a "inteligência artificial não se aplica só a estas criaturas", que imitam mais ou menos o homem ou o animal, "mas também a todos os aparelhos da vida cotidiana".

A Fujitsu planeja introduzir, por exemplo, uma dose de inteligência artificial em um caixa eletrônico, e a Sharp nos aspiradores de pó autônomos e nos fornos de micro-ondas.

O selo AI (inteligência artificial, por suas siglas em inglês) aparece com frequência nos aparelhos para destacar sua capacidade intelectual, que pode se aproximar à dos humanos ou até mesmo ultrapassá-las.

- Ainda muito longe da inteligência humana -

Superar os humanos é possível em determinados casos - por exemplo, no xadrez, com o cálculo antecipado de todas as jogadas possíveis, ou na classificação de caixas de medicamentos por um robô industrial -, mas a capacidade de avaliar cada situação em função de uma quantidade incomensurável de parâmetros, como faz o cérebro humano, continua sendo um objetivo muito distante, considera o criador de robôs Katsumori Sakakibara.

"Tomemos o exemplo de um robô androide capaz de fazer trabalhos domésticos. Ele encontra no chão um parafuso de um brinquedo do seu filho. Primeiro ele vai pensar em descartá-lo, mas talvez o reconheça e mude de ideia. Mas será que ele vai persistir em jogar o parafuso fora se recordar que na véspera a criança decidiu jogar o brinqueto no lixo?", pergunta Sakakibara.

"Um ser humano pode fazer este raciocínio em poucos segundos, mas ainda será necessário bastante tempo para que um robô possa igualá-lo", responde Sakakibara, criador do robô Caiba.

Nada iguala a inteligência e a comunicação humanas, e por esse motivo Caiba não é inteligente, limitando-se a reproduzir os gestos de um ser humano ou retransmitir sua palavra, explica o engenheiro.

Caiba é controlado remotamente por uma pessoa que também ouve o que o robô capta com seus microfones e vê em um tela o que o robô vê com as câmeras dos seus olhos.

Quando o instrutor move os braços, o robô faz o mesmo, e quando ele vira a cabeça, a máquina imita o gesto quase em tempo real.

"Você pode colocar esses robôs em vários pontos de um aeroporto, e apenas uma pessoa no comando, em uma área remota. Isso permite que este piloto esteja virtualmente presente em vários locais e responda às solicitações dos viajantes sem ter de se mover", explica Sakakibara.

"A AI perfeita continua sendo o cérebro humano", acrescenta.

Os cientistas suspeitavam que a violência contra indivíduos da mesma espécie é uma característica herdada pelos humanos de seus ancestrais primatas, ao longo da evolução. A hipótese foi confirmada em um novo estudo, publicado na quarta-feira (28) na revista Nature.

Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram os dados sobre a morte de cerca de 4 milhões de mamíferos, pertencentes a 1.024 espécies, incluindo 600 diferentes populações humanas que viveram nos últimos 50 mil anos.

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A equipe, liderada por José María Gómez, do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha, usou métodos comparativos normalmente empregados na biologia evolutiva para reconstruir as prováveis taxas de violência letal desde a origem da humanidade.

Segundo o estudo, a linhagem evolutiva da qual vieram os homens tem uma longa história de violência contra membros da mesma espécie, com taxas médias muito mais altas que as observadas entre outros mamíferos. "A pesquisa nos dá boas razões para acreditar que nós somos intrinsecamente mais violentos que o mamífero médio, o que é coerente com relatos antropológicos", disse o biólogo britânico Mark Pagel, da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Reading (Reino Unido), em comentário ao novo estudo da Nature.

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Mas a pesquisa também destaca que fatores culturais influenciam as taxas de violência contra os semelhantes: em sua origem, o homem causava 2% das mortes de outros homens - seis vezes mais do que a média entre outros mamíferos. A taxa subiu gradualmente até 12%, na Idade Média, caindo nos séculos seguintes até uma porcentagem 200 vezes menor que a original: 0,01%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os cães conseguem distinguir palavras e entonações através da mesma região do cérebro que a usada pelos humanos, de acordo com um novo estudo sobre como o melhor amigo do homem interpreta nossa linguagem publicado pela revista Science.

O trabalho realizado por pesquisadores da Universidade Eotvos Lorand, de Budapeste, mostra que o cérebro canino é capaz de interpretar tanto o que dizemos e como dizemos. Os cães, como os humanos, usam o hemisfério esquerdo do cérebro para interpretar palavras e regiões do hemisfério direito para analisar a entonação.

O centro de prazer do cérebro é ativado apenas quando as palavras de gentileza e elogio são acompanhadas pela entonação apropriada, segundo determinaram os pesquisadores. As observações sugerem que os mecanismos neurais de processamento de palavras evoluíram muito antes do que os cientistas acreditavam e que não são algo específico dos humanos.

Ao conviver com palavras faladas em um ambiente familiar, a compreensão do significado dessa palavra pode se desenvolver mesmo em cérebros de animais incapazes de falar, segundo mostra o estudo.

"O cérebro humano não apenas analisa separadamente o que dizemos e como dizemos, como também integra os dois tipos de informação, para chegar um significado unificado", afirmou Attila Andics, um dos pesquisadores da Eotvos Lorand University.

"Nossas descobertas sugerem que os cães também podem fazer tudo isso e usam mecanismos cerebrais muito similares", uma descoberta que poderá facilitar a compreensão e a cooperação entre cães e humanos.

Os cientistas estudaram 13 cães que tinham sua atividade cerebral escaneada enquanto ouviam seus donos falando. Eles descobriram que os cães ativavam uma mesma área do cérebro para distinguir entre intonações neutras e afetuosas. Também identificaram que a mesma parte do cérebro canino interpreta sons não verbais que emulam emoções.

A mesma área do cérebro humano tem um papel similar, sugerindo que os mecanismos de interpretação da entonação não são específicos ao discurso humano. "O que torna as palavras intrinsecamente humanas não é uma capacidade neutra especial, mas nossa intenção de como usá-las", concluem os cientistas.

A empresa de biotecnologia norte-americana Inovio Pharmaceuticals disse nesta quarta-feira que teve resultados promissores dos testes sobre uma vacina contra o vírus da zika em camundongos e planeja iniciar testes clínicos em seres humanos este ano.

A tecnologia de vacinas SynCon da Inovio "se mostrou promissora como prevenção e tratamento" para infecções virais pela zika, disse o chefe-executivo da empresa, Joseph Kim.

Testes em camundongos mostraram resultados positivos no desenvolvimento de anticorpos e células-T "assassinas" para combater o vírus da zika.

"Vamos agora testar a vacina em primatas não-humanos e iniciar a fabricação do produto clínico", disse Kim. "Pretendemos iniciar a fase I de testes em humanos de nossa vacina contra a zika antes do final de 2016."

Cerca de 15 empresas farmacêuticas estão trabalhando no desenvolvimento de vacinas para o vírus que pegou o mundo de surpresa e tem sido associado a casos de microcefalia, uma má-formação congênita que acarreta em recém-nascidos com uma caixa craniana pequena e danos cerebrais, e à síndrome de Guillain-Barré, uma desordem do sistema imune.

A Inovio, com sede em Plymouth Meeting, Pensilvânia, disse nesta quarta-feira que pediria às autoridades reguladoras americanas para acelerar o processo de aprovação da vacina com o objetivo de comercializar o medicamento o mais rápido possível.

Marie-Paule Kieny, da Organização Mundial de Saúde (OMS), disse em 12 de fevereiro que havia apenas duas vacinas aparentemente promissoras contra a zika: uma desenvolvida pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos e outra pelo laboratório indiano Bharat Biotech.

No entanto, testes em larga escala dessas vacinas ainda estão pelo menos a 18 meses de distância, disse Kieny.

O vírus da zika, que é transmitido principalmente por mosquitos, espalhou-se rapidamente pela América Latina e pelo Caribe, com vários governos nas áreas mais afetadas incitando as mulheres a adiar a gravidez por enquanto.

A autoridade britânica que regulamenta a embriologia concedeu nesta segunda-feira a primeira autorização para se modificar geneticamente embriões humanos, como parte das pesquisas sobre as causas dos abortos espontâneos.

A autorização se refere à utilização do método Crispr-Cas9, que permite centrar-se nos genes defeituosos para neutralizá-los de maneira mais precisa.

"Nosso comitê aprovou a solicitação da doutora Kathy Niakan, do Francis Crick Institute, para renovar sua licença de pesquisa em laboratório, incluindo a edição genética de embriões", indicou a Autoridade de Fertilização Humana e de Embriologia (HFEA, em inglês) em um comunicado.

O pedido foi apresentado no mês de setembro para estudar os genes que atuam no desenvolvimento das células que vão formar a placenta. O objetivo é determinar por quê algumas mulheres sofrem abortos espontâneos.

A modificação genética de embriões para tratamento é proibida no Reino Unido. No entanto, está autorizada desde 2009 para a pesquisa, com a condição - entre outras - de que os embriões sejam destruídos ao fim de duas semanas no máximo.

Mas esta é a primeira vez em que uma autorização formal para manipular geneticamente embriões foi concedida de forma oficial, ao menos em um país ocidental.

Em algumas nações, no entanto, esta prática não está formalmente proibida e não requer necessariamente um pedido de autorização.

Ao mesmo tempo, a HFEA confirmou nesta segunda-feira a proibição do uso dos embriões para transplantes em mulheres.

Em abril do ano passado, cientistas chineses anunciaram que conseguiram modificar um gene defeituoso de vários embriões, responsável por uma doença do sangue potencialmente letal. A notícia provocou uma grande polêmica sobre as consequências éticas deste tipo de prática.

Os próprios cientistas chineses indicaram que registraram "grandes dificuldades" e afirmaram que seus estudos "demonstravam a necessidade urgente de melhorar esta técnica para aplicações médicas".

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