Tópicos | livro

[@#galeria#@]

A professora, criadora e pesquisadora Yorrana Maia está apresentando um novo método para a criação de coleções autorais de moda no “MODA-C: o novo MÉTODO 5C para dominar o processo de criação de coleções”. O lançamento será nesta quinta-feira (14), no Instagram, às 19 horas, e também presencialmente na sexta-feira (15), na Casa NaMata, em Belém, a partir das 17 horas.

##RECOMENDA##

A obra, contemplada pela Lei Aldir Blanc de Moda e Design do Pará, carrega um conjunto de conteúdos ministrados em sala de aula por Yorrana no curso de Moda da UNAMA - Universidade da Amazônia, sobre Criatividade, Pesquisa e Criação de Moda, Pesquisa de Tendências e Consumo de Moda e Planejamento e Desenvolvimento de Coleção.

A professora revela que sempre teve vontade de escrever um livro, e que se sentiu preparada para organizar um passo a passo e um método que surgisse a partir das disciplinas. “Para mim foi uma experiência única, como se eu estivesse de fato fechando um ciclo superimportante dentro da minha carreira, ensinando moda há 12 anos”, conta.

Segundo Yorrana, a principal proposta do livro foi criar um método para que as pessoas que pensam em construir uma coleção possam ter esses processos de construção, criação, planejamento e coleção organizados passo a passo. “Muita coisa eu fui melhorando dentro desses meus processos até chegar nesse método que organiza esse conteúdo”, complementa.

A professora conta que chegou ao método por meio de estudos e pesquisas. “É uma compilação que traz esse meu olhar, tanto teórico como pesquisadora, quanto o prático de sala de aula, através de ferramentas que eu acredito que funcionem para uma pessoa que pretende desenvolver coleções de moda autorais”, afirma.

Yorrana ressalta que aprendeu bastante durante o processo de criação do livro, que ela acredita ser o resultado de uma maturidade ao longo de sua trajetória. Para ela, o grande aprendizado gerado pela organização da obra foi a conexão entre a criação, a comercialização, a técnica e a comunicação, principalmente no meio digital – aspectos necessários para o mercado da moda.

Yorrana fala sobre a complexidade do segmento. Ela acredita que um criador tem mais chances de ter uma marca bem-sucedida e viver da moda quando ele consegue ter uma visão sistêmica. “O meu sonho sempre é que os meus alunos e as pessoas com as quais o trabalho, a quem eu presto mentoria, possam viver do seu sonho de fazer moda e de ter as suas marcas”, reitera.

A professora afirma que o livro contribui para o mundo da moda por trazer essa metodologia de planejamento de coleção – baseada em cinco pilares: consciência, contexto, coleção, confecção e comercialização – considerando que ela não é encontrada de maneira ampla. Yorrana destaca que a proposta é oferecer uma visão com estratégias que podem tornar as marcas mais assertivas, com mais consciência e coerência no mercado.

“Quando a marca tem essa clareza, em todos esses pilares, ela consegue gerar uma conexão maior com os clientes. É a conexão que vai fazer com que os clientes tenham o desejo de consumir os produtos”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

Neste sábado (16), às 16h, a Galeria Janete Costa recebe o lançamento do livro Investigações do percurso do educativo da Galeria Janete Costa, escrito por Mariana Ratts e contemplado pelo financiamento do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura PE). O evento é gratuito e aberto ao público. 

No ano em que a Galeria Janete Costa completa uma década em funcionamento, a obra, que será disponibilizada em formato digital (Ebook), aborda as memórias das ações educativas realizadas na instituição, além de analisar suas diretrizes e orientações. A publicação tem o selo da Editora Cubzac e produção executiva da Equinócio Criações.

##RECOMENDA##

O ebook apresenta entrevistas com os coordenadores e diretores da Galeria, pessoas responsáveis por fomentar o debate das exposições a partir do educativo. Ademais, os leitores poderão usufruir de uma linha do tempo das ações realizadas no equipamento, ou seja, uma ferramenta de pesquisa capaz de localizar os eventos realizados anualmente na instituição. O material tem ainda uma seleção especial de imagens.

Além de Mariana Ratts, estarão presentes também a arte-educadora Luana Rito, assistente de pesquisa da obra, e Renato Valle, artista que dará um relato sobre as ações educativas promovidas por sua exposição, realizada em 2017 na GJC. Na ocasião, também será lançado o site do projeto, onde o público poderá fazer o download gratuito da publicação.

Sobre Mariana Ratts - Mariana Ratts é pesquisadora, tem realizado projetos e pesquisas no campo de artes visuais, patrimônio e arte-educação, resultando em publicações, exposições, seminários e produtos afins. Foi coordenadora de Ações Educativas da Galeria Janete Costa nos anos de 2016 e 2017, quando estruturou a pesquisa e desenvolveu nos anos de 2019 a 2021.

*Da assessoria

A Petrobras está lançando  duas publicações sobre a importância da preservação ambiental para crianças. Através do Programa Petrobras Socioambiental, o  projeto Coral Vivo lançou o livro Grude-Grude, sua primeira obra literária voltada para o público infantil. Já o projeto Meros do Brasil lança, hoje, Dia das Crianças (12), um e-book com atividades voltadas a crianças de 0 a 6 anos. As duas publicações vão ficar disponíveis, gratuitamente, para download na internet.

Escolas e bibliotecas do Rio

##RECOMENDA##

O  livro Grude-Grude, ambientado nos mares do Sul da Bahia, tem por finalidade desenvolver o processo de conscientização ecológica nas crianças. A publicação explora o universo marinho dos recifes de coral.  Toda a narrativa, visual e escrita, foi criada com a consultoria da bióloga Débora Pires, fundadora do projeto Coral Vivo e exímia pesquisadora do mundo submarino. Além da possibilidade de fazer o download no site, a publicação tem uma versão que foi adotada pela Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro e irá compor o acervo das 1.546 salas de leitura das escolas, creches e espaços de desenvolvimento infantil da rede, além das 14 bibliotecas escolares municipais, para ser usado nas turmas com crianças em fase de alfabetização.

Primeira infância

Já o projeto Meros do Brasil vai comemorar o Dia das Crianças com o lançamento de um e-book com a temática ambiental. O material estará disponível para download gratuito no site e Instagram do projeto a partir do dia 12.

O livro digital traz mais de 40 atividades, com o conteúdo desenvolvido a partir das discussões e conceitos abordados em um curso de formação que reuniu, em julho deste ano, 40 educadores da Rede Meros do Brasil e de outros 23 projetos sociais, ambientais e esportivos patrocinados pela Petrobras.

Nesta sexta-feira (8), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, encaminhou um projeto de lei à Câmara dos Vereadores. A proposta cria o "Bônus Livro 2021", que pretende repassar R$ 1 mil a cada professor e servidor administrativo da rede municipal de ensino, para que possam comprar livros e materiais didáticos em feiras e encontros literários.

De acordo com a Prefeitura, Jaboatão conta com 4.258 educadores e servidores aptos a receberem o investimento, cujo valor total é de R$ 4,258 milhões. O incentivo deverá ser pago na folha de pessoal do mês de outubro.

##RECOMENDA##

"Terão direito ao Bônus Livro os 3.247 professores efetivos e 676 com contratos temporários, além dos 335 servidores administrativos. No último dia 4, a rede municipal do Jaboatão dos Guararapes retomou as aulas presenciais, com estudantes do 9º ano e do Módulo V do Ensino de Jovens e Adultos (EJA). No dia 18, será a vez dos alunos do 5º ano e do EJA 3; e, em 3 de novembro, todos os 65 mil estudantes matriculados poderão retornar às escolas", destacou a Prefeitura por meio de nota à imprensa.

[@#galeria#@]

A psicóloga, psicoterapeuta e professora universitária Rosângela Darwich, escritora e poeta desde os 19 anos, lança sua primeira obra literária destinada a crianças e adolescentes. "AniMais", segundo a autora, fala sobre o lugar que ocupamos socialmente, família, a importância da comunicação entre pais e filhos e destaca a importância do "estar junto" e os desdobramentos disso na poesia.

##RECOMENDA##

Rosângela afirma que a estreia na literatura infantojuvenil é como um recomeço. Nos versos, a escritora também expressa suas impressões sobre a pandemia. "Acredito que a inspiração para seguir este caminho com meus poemas foi o momento estendido, ainda incerto, da pandemia. Viver tanta incerteza abriu espaço para uma profunda esperança nas vacinas e em um mundo melhor, que pretendemos deixar para nossas crianças. Escrever para crianças e adolescentes reflete esse desejo de dizer que estamos juntos, que deixaremos de herança para eles um mundo ainda habitável. E é também dizer que estão e permanecerão com eles a alegria e a responsabilidade pela vida futura neste planeta", disse.

Rosângela também fala sobre escrever poesias para jovens e também da ideia de um vídeo que a ajudou nesse processo. "Após minha segunda dose da vacina, brinco que me transformei em um jacaré-mirim, pois comecei a escrever poemas para crianças. Junto dos poemas e da ideia de um livro, pensei em um vídeo que se chama 'Lendo com Grupos Vivenciais', postado no youtube e na playlist do grupo de pesquisa que coordeno. As ideias da construção do vídeo deram corpo ao livro. Uma versão digital será lançada, com ilustrações de crianças e adolescentes que participaram do vídeo", explicou. 

Link dos vídeos: https://www.youtube.com/playlist?list=PLx6cJKqj-gtcaqAq3SJf8sE2iCRuYMx_0

A poeta falou que o livro, apesar de conter poemas infantojuvenis, é indicado para todas as faixas etárias como uma boa leitura. "O 'Mais' de 'AniMais' é sentido profundamente, ultrapassa o que cada poema poderia tentar significar, ou seja, segue 'para dentro' de cada um. É assim que gosto de perceber o que leio e vejo por meio de comentários que as pessoas têm me dito", finalizou.

Por Haroldo Pimentel.

 

A médica Thelma Assis, campeã do BBB20, divulgou nas redes sociais o resultado da capa de seu livro, intitulado Querer, Poder, Vencer. Na postagem, Thelminha falou da emoção de compartilhar a novidade. "Nasceu!!! Após um ano de muita dedicação, compartilho com vocês minha história de vida nas páginas de Querer, Poder, Vencer,  com a colaboração de Bianca Caballero e prefácio de Taís Araújo e Manoel Soares", disse.

"Eu espero do fundo do coração que vocês gostem. A pré-venda já está disponível nas principais plataformas. Meu coração está cheio de gratidão por esse momento tão especial pra mim. Obrigada, amigos e familiares, vocês são parte disso", finalizou. Assim que contou sobre o projeto, diversos internautas festejaram. A atriz Lucy Ramos escreveu: "Que incrível, lindeza! Muito sucesso".

##RECOMENDA##

Veja:

[@#video#@]

[@#galeria#@]

Um convite para refletir sobre os próprios medos e se abrir às possibilidades da imaginação. Essa é a proposta do "Nem Te Conto", livro de estreia da jornalista Iaci Gomes. A obra, que está em pré-venda e será foi no dia 28 de outubro, nas redes sociais, reúne 14 contos de terror e oito ilustrações originais, que misturam elementos de realismo fantástico com cenários familiares do cotidiano dos paraenses, como as margens do Rio Trombetas, o Parque do Utinga e a praia do Chapéu Virado, em Mosqueiro.

##RECOMENDA##

Com forte influência de autores consagrados, como Gabriel García Márquez e Stephen King, a autora relata que a ideia de publicar contos curtos é algo que vem desde a infância. “O conto e a crônica são meus gêneros preferidos. Desde pequena. Comecei a ler por esses gêneros e só depois li romances. Então eu misturei o formato de conto com o terror e elementos fantásticos, de realismo mágico, que é uma coisa que eu sempre tive fascínio desde os tempos da escola”, relembra Iaci Gomes.

A jornalista, que também trabalha com gestão de redes sociais, lembra que os primeiros contos que publicou foram no Twitter, organizados com a hashtag #NemTeConto, que hoje dá nome ao livro. Nessas experiências, ela sentiu a receptividade do público. “Quando eu comecei a postar, a minha bolha de seguidores sabia o que eu estava fazendo e que eram histórias de ficção. Até que eu publiquei um conto sobre uma mulher que encontrava um caranguejo gigante no Parque do Utinga, um perfil de visibilidade compartilhou e deu muita repercussão. Tinha gente achando que era real, outros me chamando de mentirosa sem entender que era tudo um conto de ficção. Mas muitas pessoas gostaram e me seguiram porque queriam ler mais. Precisei trabalhar minha mente para enxergar o que era construtivo pra mim”, relembra a autora.

Parte dos contos que foram publicados no Twitter - incluindo o do caranguejo do Utinga - foi deletada, ampliada e melhorada para o livro, enquanto outros são totalmente inéditos, escritos em várias fases da vida da autora.

Iaci Gomes conta que muitas ideias vêm das observações do cotidiano - hábito que desenvolveu graças à experiência como jornalista, especialmente no caderno policial. “A minha formação em jornalismo aparece 100% neste trabalho. Jornalismo é contação de histórias, mas de uma maneira mais objetiva. Tenho vários arquivos no meu computador que eram de observação do cotidiano feita nas pautas. Também faço histórias a partir de sugestão de amigos ou de relacionamentos que tive e transformo essas situações num grande ‘E se?’, com aquele toque de realismo mágico e frio na barriga”, explica a escritora.

Enquanto alguns contos trazem situações clássicas de terror, como aparições de fantasmas, monstros e animais gigantes, outros apresentam parecem cotidianos, mas que podem assustar tanto ou mais do que o sobrenatural, como forças da natureza, o medo de fracassar ou de reencontrar um antigo amor que ainda te causa mal-estar emocional. “Essas sensações para mim também são uma espécie de terror e são ainda mais reais, pois a gente passa por elas na vida real. Gosto de explorar essas possibilidades do elemento de terror que há nas situações do cotidiano”, diz a autora.

Para ajudar os leitores a entrarem no clima de terror, "Nem Te Conto" inclui oito ilustrações originais feitas por quatro artistas do Pará. Magno Brito, que também é diagramador de produtos editoriais, assina a ilustração de capa e outras duas aquarelas sobre os contos. A designer e empreendedora Renata Segtowick, que também integra o Coletivo Mulheres Artistas do Pará (MAR), contribui com duas ilustrações que captam de forma sensível e perturbadora as histórias dos contos. O terceiro artista é Márcio Alvarenga, que também possui portfólio grande de artes para publicidade, produtos editoriais e ilustrações de terror em geral. Victor Almeida é o quarto ilustrador - o único que não havia tido contato com a autora em trabalhos anteriores na área da Comunicação. “O Victor me encontrou nas redes sociais, ele leu o conto sobre o caranguejo do Utinga e fez uma ilustração que eu acabei usando no livro, porque ficou muito boa. Tomei muito cuidado para chamar pessoas daqui do Pará, que poderiam traduzir melhor em imagem o que eu quis dizer nos textos, com a sensibilidade necessária”, conta Iaci Gomes.

Serviço

Livro “Nem Te Conto”, de Iaci Gomes.

Informações: no perfil @iacigomes no Instagram.

Preço: R$ 40,00. Pré-venda aberta em https://bit.ly/NemTeConto

Por Jobson Marinho, da assessoria da autora.

Os escritores Roberto Beltrão, do Recife Assombrado, e Camilla Inojosa lançam, no próximo sábado (2), às 16h, o livro Guia de Assombrações Para Crianças Corajosas no espaço da exposição Lendas Pernambucanas, no piso L4 do Plaza Shopping. A publicação infantil colorida e com 80 páginas traz mitos tradicionais e lendas urbanas brasileiras numa abordagem inédita.

O lançamento faz parte da atração para o mês das crianças que o Plaza preparou: o Casarão das Lendas, uma aventura em uma casa cenográfica montada no Jardim do Piso L2 onde a meninada vai conhecer histórias presentes no imaginário pernambucano brincando e interagindo com atores caracterizados. Os escritores também foram responsáveis pela adaptação das lendas para o público infantil.

##RECOMENDA##

Em cada um dos 13 capítulos do livro, um personagem fantástico se revela ao leitor: a própria assombração conta a sua história em primeira pessoa, descrevendo sua origem e suas características, por meio de pistas que constroem, passo a passo, o perfil no narrador. Ao final de cada capítulo, a criatura lendária se revela. A ideia é trazer um clima de espanto e encantamento ao pequeno leitor, para que faça suas próprias descobertas sobre o imaginário popular.

Nas páginas cheias de ilustrações e textos lúdicos, sempre concebidos com uma pitada de humor, aparecem seres curiosos como a Perna Cabeluda, o Lobisomem, o Boitatá, a Comadre Fulozinha, o Homem do Saco, e fantasminhas brincalhões como o Caroneiro da Bicicleta, o Vira-vira e a Alma de Gato, entre outros. O livro traz, ainda, áreas de interação com o conteúdo: páginas para colorir as ilustrações, fazer desenhos e se divertir com um caça-palavras. A publicação será vendida por R$ 55,00 no local, onde os autores também autografarão sua obra. O guia está sendo lançado pela La Ursa Livros.

Casarão das Lendas

As visitas ao Casarão das Lendas acontecem nos dias 2, 3, 9, 10, 11, 12, 16 e 17 de outubro, com sessões fechadas das 15h às 21h. Além de brincar no casarão, também será possível entrar no clima fazendo penteados e maquiagens assustadoras no Camarim das Lendas, também no Jardim do L2, visitar a exposição Lendas Pernambucanas, no piso L4.

Os visitantes serão recepcionados e guiados pela personagem Dona Alzira, uma simpática senhorinha contadora de histórias. Em cada cômodo da casa haverá um personagem e uma brincadeira ou tarefa relacionada. Estarão presentes a Cabra Cabriola, a Perna Cabeluda, a Comadre Fulozinha, o Homem do Saco, a Menina do Algodão e o Senhor da Botija. Os ingressos custarão R$ 15,00 para crianças, R$ 30,00 adulto, R$ 15,00 adulto social (+ 1kg de alimento ou 1 pacote de leite). As doações arrecadadas serão destinadas ao projeto Mães por Todas.

A ideia da atração é desmistificar as lendas, fazendo com que as crianças se apropriem das histórias e seus significados ao invés de terem medo delas. Crianças a partir dos 5 anos poderão entrar com os pais ou responsáveis maiores de 18 anos em turmas de até 30 pessoas. As sessões terão até 40 minutos de duração e um período de intervalo para higienização e organização dos cenários.

A realização do Casarão das Lendas seguirá os protocolos estabelecidos pelas autoridades sanitárias com higienização a cada sessão, álcool em gel na entrada do evento, limite máximo de 30 pessoas por vez e uso obrigatório de máscaras. O Casarão das Lendas está sendo produzido pela Vinca Produções em parceria com o Recife Assombrado e a Cobogó das Artes. As ilustrações das lendas recifenses são do ilustrador e quadrinista Kiko Garcia. Mais informações no site do Plaza e no perfil do centro de compras nas mídias sociais (@plazacasaforte).

*Da assessoria

No último dia 1º de setembro, 16 jovens saíram juntos e sem algemas da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) de Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Nunca tantos internos haviam deixado aquela unidade de uma única vez. Não se tratava de fuga, motim ou algo do tipo. 

O grupo seguia para o Centro de Ensino Superior de Arcoverde (Aesa), a menos de dez minutos dali. No local haveria um evento de lançamento de livro e sessão de autógrafos. Era o livro escrito por eles. Era o autógrafo deles que as pessoas presentes esperavam.

##RECOMENDA##

O livro "Diário da Tranca", editado pela Editora Cartonera, surgiu de um projeto desenvolvido pela pedagoga do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case/Cenip) de Arcoverde, Jedivam Conceição. São 49 textos escritos pelos internos entre setembro de 2020 e o último mês de julho. Os próprios adolescentes participaram da confecção das edições. A ideia nasceu a partir de uma sugestão do Judiciário, que propôs um projeto que se assemelhasse à remição pela leitura do sistema prisional, que reduz a pena do reeducando a partir da confirmação de leitura de obras. Jedivam Conceição queria algo adaptado para as particularidades dos jovens e que abarcasse até mesmo os que não sabiam ler.

A pedagoga estava presente na cerimônia de 1º de setembro. Enquanto acompanhava o evento, também transmitido ao vivo no canal da Funase do YouTube, Jedivam olhava para os garotos com um sentimento de orgulho. Perguntada sobre o que passava na cabeça dela naquele momento, diz que havia uma sensação de poder fazer a diferença. “É a sensação de transgressão. É a sensação de que a gente pode mudar esse sistema desde que não compactue com muitas práticas que ele reproduz”, conta.

Jedivam lembra da primeira vez que entrou no sistema. Era junho de 2013. Subiu as escadas e se deparou com as grades de ferro, de pintura desgastada em verde. Entre os espaços daquelas grades, várias mãos amontoadas, muitos olhares curiosos. “Quem é você?”, “Com quanto tempo estou?” e “Quando vai sair meu relatório?” foram algumas perguntas que ela ouviu ao cruzar aquele corredor. 

“Eu não tinha nenhuma noção do que era ser pedagoga em uma instituição dessa. Eu vim nessa expectativa de que seria difícil, só não sabia que seria tanto”, recorda. A dificuldade encarada por Jedivam não diminui a empolgação com a qual vai trabalhar. Mora em um apartamento localizado na mesma avenida do Case/Cenip. Levanta às 7h, se arruma, vai a pé e chega às 8h no local de trabalho. “Eu não sei viver nada sem meu coração estar ali inteiro. Eu nunca tive esse lugar de obrigação, eu não tenho esse sentimento, essas reclamações. Eu sempre digo que a pedagogia é minha paixão. Eu sou fascinada, tenho um tesão muito grande por aquilo que faço”, afirma.

A pedagoga desenvolveu o "Diário da Tranca" durante a pandemia de Covid-19, que em alguns momentos resultou na suspensão de visitas na Funase de Arcoverde. “Foi muito difícil ver aqueles meninos viverem o isolamento do isolamento. Sem que as famílias pudessem ver, sem que a equipe pudesse ir até eles”, conta Jedivam. As aulas também ficaram suspensas devido à crise sanitária e as atividades externas foram quase nulas. 

“Meu objetivo é que esses meninos sejam vistos. O projeto é feito pelos meninos. Não é feito com os meninos, é feito por eles. A gente não pode dizer o que é bom para o outro, a gente precisa construir com o outro”, completa a educadora. A obra foi desenvolvida no âmbito do projeto intitulado Clube Castelar, que montou uma sala de leitura dentro de um contêiner na unidade socioeducativa. No Clube Castelar, os adolescentes são estimulados a ler e escrever e conversar sobre os temas trabalhados nos livros. Essa participação resulta em relatórios técnicos que são incorporados aos processos dos internos, tendo peso positivo na avaliação da Vara Regional da Infância e Juventude. O termo ‘castelar’, muito usado pelos jovens no sistema, significa “refletir”, “pensar”.

***

Divulgação

M.H., de 17 anos, castelava enquanto encarava a grade do seu cubículo na manhã de 28 de junho. Pensava na mãe. Resolveu escrever sobre isso. “(...) era pra eu estar na rua fazendo a coisa certa, mas estou aqui longe da minha família, sabendo que posso não amanhecer vivo. Mas com fé em Deus vou sair desse lugar e viver em paz, sem matar, sem roubar”, afirma em uma das páginas do livro.

M.H. está há sete meses na unidade. Responde por ato infracional análogo à tentativa de latrocínio. Diz que durante uma briga levou pedradas de três homens. Resolveu revidar dias depois, acertando um tiro nas costas de um deles.

O jovem sonha concluir os estudos e um dia se tornar médico cardiologista - objetivo que almeja desde o dia que a avó morreu de um problema no coração, quando ele tinha uns dez anos. M.H. parou de estudar no sétimo ano. “Não queria mais estudar. Só queria fazer corre, ficar traficando”, relata em uma conversa por telefone. M.H. está envolvido com o tráfico de drogas desde os 14 anos.

“Estou decidido a não me envolver mais, quero mais essa vida não”, acrescenta. "Se eu sair daqui, vou ver se faço uma faculdade ou um curso. Não quero mais voltar para cá. Vou fazer de tudo para não fazer nada errado", diz. 

Na biblioteca da unidade, M.H. teve acesso a livros diversos. A obra que mais gostou diz se chamar "Beijo Francês". "É que é tudo misturado, tem romance, aventura, tudo junto. É como se ela encontrasse o amor verdadeiro, amor eterno, não só passageiro", analisa.

Fora da Funase, não costumava ler. “Nas ruas a gente não vê oportunidade. Muita gente julga você pela aparência, pelo jeito do cara andar. Não sabe que você tem coração puro, aí você tem a oportunidade de entrar na vida do crime”, comenta. M.H. diz que nas oficinas de leitura é diferente, que todos os jovens são iguais. “Tem gente que acredita na gente, sabe o que nós somos de verdade.”

Jedivam afirma que M.H. é um jovem de grande potencial. “Ele é extremamente dedicado e comprometido com as atividades que faz. Se ele tiver oportunidades para fazer aquilo que ele deseja fazer, vai muito longe.”

[@#video#@]

R.V., de 17 anos, foi um dos que mais escreveu textos para o "Diário da Tranca". Sete ao todo. Nos escritos, tece análises sobre os livros que lia na unidade. Inicialmente, classificou 'O Senhor dos Anéis', de J.R.R. Tolkien, como sem graça. “Eu leio e não saio do canto.” Mas a opinião foi mudando com o avançar da história. “Mesmo sem saber o final da história, eu já estou gostando dela, pois até sonhar com a história do livro eu sonhei”, assinalou. Também aprovou 'As crônicas de Nárnia', de C.S. Lewis. “Ótimo livro que me fez pensar muito. Chegando no final, você se emociona como se fosse real aquela história.”

Não foi apenas crítico de obras, também escreveu sobre saudade e solidão". “Acordei com vontade de chorar, mas eu não queria que os outros colegas de cela me vissem triste por não ter conseguido ver minha mãe antes de ser sentenciado a seis meses”, escreveu em sua primeira contribuição, em 23 de setembro de 2020. “Eu abraçava minha mãe, mas sabia que seriam algumas horas só, que iria acabar e eu passaria mais 15 dias sem ver ela”, conta o jovem à reportagem.

A mãe de R.V. temia muito a ida do filho para a Funase, pois ele tinha o hábito de se cortar. A automutilação não se repetiu dentro do Case/Cenip e Jedivam acredita que o Clube Castelar teve um papel nisso. “Eu só pensava em me cortar, só vinha esse pensamento. Mas, eu percebia que eu devia apreciar a passagem ou a paisagem natural. Ver o pôr do Sol, ver o céu azul, as estrelas, a Lua, ver a cidade de cima e poder saber que o mundo é grande e eu preciso explorar o mundo todo”, declarou R.V. entre as páginas 14 e 15 do livro.

Desde que deixou a Funase, ele tem trabalhado ajudando o tio, que é pintor. Também está constantemente desenhando, seu passatempo preferido. Pensa em concluir o ensino médio e lembra com carinho da participação no diário. “Foi uma coisa maravilhosa, eu não sabia que ia se tornar um livro. Se eu pudesse fazer de novo, gostaria muito de fazer outro”, diz.

Segundo R.V., o livro evidencia que o sistema socioeducativo não é só violência. “As pessoas que não sabem o que nós passamos lá dentro vão ter a oportunidade de saber como é”, ressalta ele, que considera ter sido transformado pelo Clube Castelar. “Eu estava pensando em fazer coisa errada, mas quando cheguei no Clube Castelar, fui mudando o pensamento. Decidi sair e virar trabalhador. Estou nessa até hoje, fazendo de tudo para não voltar a fazer coisa errada.” O adolescente teve a maior nota na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020 entre todos os garotos do sistema socioeducativo de Pernambuco que fizeram as provas.

"Ele é aquele menino que sempre teve vários sonhos e não teve a oportunidade de vivenciá-los, é de uma família sem muitos recursos, tem uma mãe com vários filhos. Ele queria muito ir para a academia, mas não consegue e faz uns pesos em casa; quer muito aprender violão, mas não tem condições de pagar um curso", detalha Jedivam. "Uma das coisas mais felizes que vivenciei com ele é que quando ele ganha livros, é como se ganhasse na loteria. A gente já deu livros e ele ficou fascinado.”

Divulgação

Paula Cibelle, coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, diz que se emocionou com a cerimônia de lançamento de "Diário da Tranca". “A gente via a alegria de cada um. Eles agradecem pela oportunidade de serem ouvidos - não ouvidos pela equipe, pelo juiz, mas pela sociedade”, destaca. “Ninguém viu ali um adolescente da Funase. Era um grupo de adolescentes que estava lançando um livro”, ela completa.

A coordenadora está no cargo desde fevereiro de 2019 e garante que de lá para cá tem obtido “saltos excepcionais”. Conta que na noite do evento um representante do batalhão da Polícia Militar (PM) local agradeceu por estar no recinto como convidado e não para dar apoio em uma ocorrência. “Ele disse ‘são dois anos praticamente que a Funase de Arcoverde não nos pede ajuda’”, lembra Paula. 

Tanto Paula quanto Jedivam destacam o quanto a unidade é pequena. Com capacidade para 26 adolescentes, era uma antiga cadeia pública. “Há poucos espaços para atividades. Mas, contamos com funcionários que fazem oficina, como de aplicação de gesso, feltro e jardinagem”, diz a coordenadora. 

Paula elogia o trabalho feito pela pedagoga Jedivam e atribui também a ela os “saltos excepcionais”. “Eu falo ‘lá vem tu com tuas loucuras, mas pode fazer. Me diga o que você precisa’.”

Uma das ‘loucuras’ feitas por Jedivam foi pedir que não houvesse agente socioeducativo dentro da sala de leitura. “Uma das coisas que na instituição é regra é que sempre tem que ter um agente socioeducativo junto do adolescente em qualquer atividade, fora ou dentro da instituição", diz Jedivam. "E uma das coisas que estabeleci desde o começo foi ‘eu não quero nenhum agente comigo, eu dou conta. Me deem o rádio e se precisar eu chamo’”. 

Ela costuma levar grupos de dez adolescentes para o Clube Castelar. Traz uma garrafa de café, uns biscoitos. “Faz toda a diferença. Uma coisa é um atendimento em que estou de um lado da mesa, eles do outro e um agente na porta. Outra coisa é um espaço de leitura, onde podem ler o que quiserem, comem biscoito, brincam, conversam e estabelecem relações.”

Era à sala de leitura que J.V., de 17 anos, ia para atenuar a saudade do único filho, que tinha poucos meses de nascido. Harry Potter e Bella Swan fizeram companhia para o jovem, que respondia ao ato infracional análogo ao crime de furto. Ele não assumiu a autoria, mas foi apreendido em flagrante e passou sete meses na unidade.

As visitas na Funase de Arcoverde ocorriam a cada 15 dias, por causa da pandemia. Mãe e esposa do jovem intercalavam as visitas. O bebê não podia visitar o pai por causa dos protocolos sanitários. “E eu tinha medo de alguém da família ir me visitar e pegar a doença”, lembra o adolescente.

J.V. escreveu um único texto para o livro. Foi no dia que o filho completou quatro meses de nascido. “Hoje eu acordei muito triste por não estar presente com meu filho. Ele está completando quatro meses e não estou com ele. (...) Quando sair, quero trabalhar e ajudar meu filho”, declarou na obra.

Ele saiu e conseguiu um emprego. Mora com a esposa e o filho, agora com um ano e dois meses, em uma casa modesta, de R$ 150 de aluguel. Começou a trabalhar de ajudante de pedreiro com um tio e recebeu R$ 200 pelo serviço realizado na última semana.

“Eu vou trabalhar com o que aparecer para ganhar dinheiro. Com um filho, tenho que trabalhar no que vier”, diz. J.V. espera no futuro ter tempo para concluir os estudos à noite. Quer um dia sair da casa de aluguel. Avalia que aquela sala de leitura na Funase de Arcoverde é capaz de mudar a visão de mundo e dar esperança aos adolescentes. “Participar das atividades muda a pessoa, faz querer sair dali para construir sua vida.”

***

Paula Cibelle, a coordenadora-geral do Case/Cenip Arcoverde, comemora o baixo número de reincidentes, ou seja, de jovens que voltam para a Funase após conseguir a liberdade. De 2019 para cá, ela calcula que três ou quatro voltaram à unidade e, em alguns desses casos, por causa de descumprimento da liberdade assistida. 

“A gente oferece sim a ressocialização. Mesmo dentro de todas as peculiaridades, a gente consegue oferecer”, afirma ela. “Eu acredito muito no nosso trabalho, sou apaixonada pelo meu trabalho.”

A pedagoga Jedivam Conceição não acredita na capacidade de ressocialização das unidades prisionais e socioeducativas. Defensora do abolicionismo penal, ela sustenta que a sociedade é que deveria se educar para receber esses adolescentes.

"É como se o menino não tivesse sido socializado, é negar muito a história. O Estado foi negligente com esse jovem todo o período até os 12 anos. A partir dos 12 anos pode punir, então agora o Estado vai punir", ela critica.

"A Funase é uma lixeira social em que se coloca aquilo que não é bonito", continua a pedagoga. "Eu digo aos meninos todos os dias: 'vocês não estão na Funase só pelo ato infracional, estão porque são pobres, pretos, de periferia, porque estavam evadidos da escola ou não são escolarizados'. O filho de rico quando quer usar droga e não tem dinheiro rouba dos pais, o pobre vai para a rua roubar."

Jedivam sonha em ampliar o projeto do diário. Quer levar a ideia para as escolas públicas e comunidades. "Um lugar que eu sempre quis estar é com esses meninos que saem. Se já eram vulneráveis antes de entrar na instituição, continuam muito mais porque saem com o estigma de que estavam privados de liberdade. R.V. e outros confidenciaram que queriam continuar no projeto, continuar lendo os livros que estavam lendo, só que não têm acesso", explica a pedagoga.   

Em determinada ocasião durante a pandemia, um dos socioeducandos ofereceu o benefício de R$ 50 que recebia por mês para comprar álcool em gel para Jedivam. “Você não pode adoecer”, dizia, profundamente preocupado. Durante o telefonema com a reportagem, o adolescente M.H. classificou a pedagoga como uma pessoa especial, muito boa e guerreira. “Para onde ela vai, ela sempre leva a gente no coração”, afirmou. “O que M.H. disse para você sobre mim é maior do que qualquer prêmio que eu possa receber”, diz ela.

Por meio de editoras independentes, "Diário da Tranca" tem circulado no País e já foi levado para Portugal, Chile e Peru. Projetos semelhantes estão sendo planejados para unidades da Funase no Recife e em Jaboatão dos Guararapes. A obra estará disponível na próxima Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, que será realizada de 1 a 12 de outubro no Recife.

[@#galeria#@]

O primeiro livro da coleção chamada “Baú da Professora”, intitulado “Balainha”, de autoria da reitora da UNAMA - Universidade da Amazônia, Betânia Fidalgo, foi lançado na noite de terça-feira (21), no auditório David Mufarrej, no campus Alcindo Cacela da universidade, em Belém. A obra conta a estória de Balainha, ribeirinha da ilha de Caratateua (Outeiro), que é considerada uma Matinta Pereira pelas crianças da localidade porque "some" por um dia todos os meses e, quando reaparece, leva presentes para os outros moradores da ilha.

##RECOMENDA##

A obra literária – que é fruto de um projeto desenvolvido com mulheres de comunidades ribeirinhas, de pesquisas e experiências vividas por ela nas ilhas – retrata a cultura, as riquezas e a vida de mulheres de escolas ribeirinhas de Belém. Balainha distribui remédios e alimentos que consegue na cidade, dando exemplo de solidariedade.

Durante o lançamento, que teve a participação de professores, coordenadores, alunos e membros da Academia Paraense de Letras (APL), a educadora e gestora relembrou a sua trajetória desde o início, quando ainda fazia parte de um projeto de pesquisa sobre a educação ribeirinha, e contou o que viveu e aprendeu ao visitar as comunidades. 

“Eu me tornei a pessoa e a professora a partir desses encontros, dessa relação, de todo esse processo que eu fui construindo com aquelas pessoas, com aquelas identidades, com aquele contexto, com todas as histórias”, afirmou. 

Betânia Fidalgo é presidente do Conselho Estadual de Educação e imortal da Academia Paraense de Letras (APL). Ela destacou os efeitos da convivência com as mulheres ribeirinhas na sua formação. “Eu refiz conceitos, reorganizei ‘Betânias’, que foram muitas até então, e devem ser muitas que ainda virão, com certeza”, disse.

Betânia Fidalgo fez uma breve homenagem ao centenário do educador Paulo Freire e ressaltou que é impossível fazer formação humana e pensar na construção da sociedade sem pensar na educação. “É impossível fazer isso sem pensar na possibilidade de fazer com que as pessoas, ao entrarem em contato com o conhecimento, com a informação, construam possibilidades ilimitadas de entender-se no mundo, para o mundo e com o mundo”, enfatizou.

A educadora contou que precisava contar as histórias que vivenciou de uma forma que crianças pudessem, a partir da própria linguagem e da literatura, compreender o mundo e que essa cultura precisa ser vista e revisitada. A partir disso, ela reafirmou que “Balainha” permite a compreensão da vida que existe nas ilhas ribeirinhas.

Em seu discurso, Betânia agradeceu aos que estavam presentes, à família, aos professores e comentou sobre a importância da parceria com a editora SM. Ela também ressaltou que é possível fazer a diferença em qualquer lugar. “É possível olhar para a história da Balainha e entender como uma mulher idosa, solitária, entendeu o papel dela no mundo, disseminou solidariedade e mudou a vida daquelas pessoas de Belém”, finalizou.

O presidente da Academia Paraense de Letras, professor Ivanildo Alves, elogiou a educadora e ressaltou que educadores e professores têm a missão de fundir o conhecimento técnico-científico e a obrigação de desenvolver e incentivar a leitura entre os alunos, na universidade e em todos os níveis em que o magistério se desdobra.

“Ela [Betânia Fidalgo] se propõe a uma missão muito difícil que é desenvolver um amor pela leitura, pelo estudo, a atração por textos escritos para o público mais difícil – que é a criança, que é o ser humano em seus primeiros anos de vida. Ela aceitou esse desafio e nos brindou com um livro que tem conquistado as crianças deste Estado”, afirmou.

Por Isabella Cordeiro.

[@#video#@]

 

A psicóloga clínica, mestre em distúrbios do desenvolvimento e presidente da Associação Nós do Bem, Alessandra Cieri lançou o livro “Lições de Vida de Mãe para Filha”, que visa debater a importância de possuir laços parentais saudáveis, receber carinho, além de apresentar as lições de vida de uma mãe.

Para a psicóloga, “Lições de Vida de Mãe para Filha” é voltado para a "criança ferida do leitor", que segundo o psiquiatra Carl Gustav Jung (1875- 1961), é formada a partir da memória de vivências negativas, que vão desde crianças negligenciadas, vítimas de abusos, ausentes de amor, disciplinadas de maneira exagerada, excessivamente criticadas, cobradas e humilhadas.

##RECOMENDA##

De acordo com Alessandra, o livro representa a criança que deseja ser curada, para que se possa recuperar a energia que resiste em forma de defesa e a protege de experiências traumáticas. “Esse livro é uma forma de reparentalização na prática, dentro da proposta da Teoria do Esquema da Psicologia”, define a psicóloga.

Entre as principais inspirações, Alessandra destaca a oportunidade de levar conhecimento e conexão para uma ressignificação de vida. “Quando ressignificamos nossas sombras, quando iluminamos as nossas partes mais sombrias que, tantas vezes não queremos encarar, nos tornamos luz. Para mim, esse é o sentido da vida”, afirma.

Por conta do isolamento social, que ocorre em decorrência do Covid-19, Alessandra aponta que o convívio entre as famílias foi intensificado, o que resulta em aspectos positivos e negativos. Além disso, ela evidencia a importância de debater a temática do relacionamento familiar nos dias de hoje. “Construir um mundo melhor, seja interno ou externo, nunca foi tão necessário”, ressalta.

Segundo Alessandra, o maior desafio dessa publicação é realizar um número expressivo de doações para adolescentes que não foram adotados, aos quais precisam deixar os abrigos por atingirem a maioridade. “Além disso, os recursos financeiros obtidos com a venda deste livro são revertidos integralmente para a ONG Associação Voluntários Nós do Bem”, explica.

“Lições de Vida de Mãe para Filha” é comercializado por R$49,90 e para obtê-lo, é necessário encaminhar um e-mail para contato@nosdobem.org

No Dia Mundial dos Sonhos, comemorado no próximo sábado (25), o jornalista Pernambucano Ed Wanderley lança sua nova obra literária, ‘Sonhos Cariocas’, escrita durante a pandemia do novo coronavírus, e que aborda temas como ficção e formas de escapar da realidade por meio do inconsciente.

Bebendo de fontes como os estudos da psicanálise de Freud, Wanderley se questiona no processo de criação quanto ao desenvolvimento de obras científicas e documentais durante momentos difíceis, e como essas situações podem ajudar a entender a profundidade da natureza humana. “Por que esses não o seriam também para abordar o assunto no campo do entretenimento?”, ele sugere.

##RECOMENDA##

O autor apresenta o livro de contos ligando aos diferentes níveis da consciência. “Todos os contos do livro foram concebidos na pandemia e o projeto nasceu, literalmente, a partir de um sonho que tive nesse período. Nele, nove histórias misturam as diferentes conotações da palavra sonho, desde o almejar e da manifestação do sono REM até o doce de padaria, trabalhando cada história em um gênero (comédia, ficção científica, drama etc) que desafia o limite tradicional da realidade”, afirma Wanderley.

Um trecho da obra pode ser conferido na declamação do poema “Sonhar pra quê?”, pela atriz Kátia Letícia.

“Sonhos Cariocas” está com e-books em pré-venda na Amazon. O livro físico, de 192 páginas, pode ser encomendado no site do escritor (edwanderley.com), ao preço de lançamento de R$32,90.

 

A Casa da Linguagem promoveu, na última quarta-feira (15), o lançamento do livro "Revivências", do advogado paraense Walmir Moura Brelaz. A obra retrata, em formato de romance, histórias reais de insegurança pública, dando abertura para questionamentos sobre a violência que assola a sociedade brasileira.

O livro aborda situações de violação de direitos, exploração e processos judiciais enfrentados pelo próprio autor ao longo da carreira de advogado. O objetivo é tornar de conhecimento público as questões com que o sistema de segurança lida, ou não lida, na condição de agente do poder público.

##RECOMENDA##

“Eu quis retratar o lado com que eu convivi. Não quer dizer que o mundo é só violência e só tristeza. Mas nesse caso eu trouxe muito essa questão”, afirmou Brelaz. O escritor espera que os leitores se envolvam e reflitam sobre a história de cada personagem.

Entre os temas abordados, Brelaz contextualiza a exploração presente na Amazônia, a violência agrária, mantida em busca de minério e terras férteis, o valor da vida humana, o amor de uma mãe cujo filho foi violentado, as lutas de um padre que dedicou a vida a combate contra injustiças e um advogado militante que questiona a estrutura natural do mundo em que vive.

A publicação de "Revivências" ocorreu em abril deste ano, pela editora Paka-Tatu, mas pela restrição social em decorrência da covid-19 o lançamento não foi realizado. Os interessados no livro podem adquirir o exemplar pelo site da editora.

"Revivências" é o primeiro romance de Walmir Brelaz, mas o autor conta com mais três obras publicadas: “Os Sobreviventes do Massacre de Eldorado do Carajás”, “O flanelinha: sinal vermelho para Jhonny Yguison” e “Comentário sobre o PCCR dos profissionais do magistério do Estado do Pará”.

Por Quezia Dias.

 

Ana Carolina Farias, professora e mestre em Direito, Políticas Públicas e Desenvolvimento Regional, lança nesta quinta-feira (26) o livro “O Plano de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia: a parceria empresa e comunidade tradicional no manejo florestal no Estado do Pará”. O evento será às 19 horas, na UNAMA - Universidade da Amazônia, unidade do Parque Shopping, na avenida Augusto Montenegro, em Belém.

A professora atua na pesquisa do manejo florestal na Amazônia desde a graduação em Direito. Posteriormente, aprofundou o estudo na dissertação de mestrado.

##RECOMENDA##

No curso, Ana Carolina realizou uma pesquisa de campo em uma comunidade tradicional que tinha parceria com uma empresa para executar o manejo florestal do território. “Visualizei a importância de ser produzido um livro para a publicação desta pesquisa”, explica.

Durante a produção da dissertação e da pesquisa, diz a professora, foi possível identificar uma ferramenta que tem o potencial de se tornar uma política pública importante para a concretização do desenvolvimento sustentável na Amazônia, a qual poderia ser fomentada por meio da publicação da obra. “O livro se propõe a analisar o plano de manejo florestal sustentável, bem como seus principais entraves para a execução do ponto de vista das empresas e das comunidades tradicionais”, informa.

Ana Carolina ressalta que, dentre os principais pontos que são abordados no livro, está incluída a parceria entre empresa e comunidade no manejo florestal realizado dentro de um território comunitário, como forma de suprir os direitos fundamentais básicos dessas comunidades, bem como um desenvolvimento socioambiental.

A professora ainda aponta que o manejo florestal está presente na realidade amazônica e do Estado do Pará, podendo ser um instrumento de concretização do desenvolvimento sustentável, potencializando a proteção das florestas e garantindo um desenvolvimento social e econômico para as regiões. “Diante disso, não poderia ser mais atual e necessária a leitura deste livro”, complementa.

Os livros vão estar disponíveis para quem desejar adquirir no lançamento presencial, nesta quinta-feira, com uma sessão de autógrafos.

Por Isabella Cordeiro.

A atriz Suzana Alves contou, nesta segunda-feira (16), que sua história vai virar um livro. Em uma publicação no Instagram, a eterna Tiazinha informou que sua autobiografia será lançada em breve. "Com muita alegria e gratidão que eu anúncio minha nova trajetória e meu novo desafio! Junto com a Editora Vida. Vamos contar a história da minha vida colocada em um livro!!! Fiquem ligadinhos. [...] Já, já está chegando!!!", festejou.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

No final da década de 1990, Suzana ficou conhecida nacionalmente ao interpretar a personagem Tiazinha no programa 'H', da Band, comandado na época pelo apresentador Luciano Huck. Sucesso no entretenimento, ela chegou a posar nua na Playboy, se tornando um dos fenômenos em vendagens. Após se 'aposentar' da personagem, Suzana Alves investiu na carreira de atriz. Ela pode ser vista atualmente na novela 'Gênesis', na Record.

Embora tenham celebrado a união religiosa em março de 2013, foi no dia 28 de novembro de 2007 que o então deputado federal Jair Bolsonaro (sem partido) e sua assessora parlamentar, Michelle Paula Firmo Ferreira, assinaram os papéis confirmando o casamento no âmbito civil. No dia seguinte, o casal viajou para Foz do Iguaçu (PR), em um voo da Gol, com escala em Curitiba, capital paranaense.

As passagens aéreas, no entanto, podem ter sido pagas com verba pública, segundo a investigação que resultou no livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional”, dos autores e jornalistas Eduardo Militão, Eumano Silva, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha.

##RECOMENDA##

Conforme noticiou a coluna da jornalista Juliana Dal Piva, no UOL, esse não é o único registro de envolvimento dos Bolsonaro no suposto esquema criminoso, que na ocasião da lua de mel teria custado aos cofres públicos R$ 1.729,24.

Segundo Dal Piva, Bolsonaro teria informado à Câmara sobre sua ausência por sete dias, bem como justificou internamente para não sofrer descontos salariais. Quem o liberou foi o presidente da Câmara dos Deputados, naquela época, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Atual primeira-dama e as 17 viagens pagas pelo erário

Conforme Juliana Dal Piva escreveu em sua coluna no UOL após ter acesso ao primeiro capítulo do livro, a atual primeira-dama pode ter viajado às custas do erário antes mesmo do casamento, em agosto de 2007. Segundo a publicação, a cota parlamentar de Bolsonaro financiou voos que, em sua maioria, tinham origem em Brasília (DF) com destino ao Rio de Janeiro (RJ), onde o presidente eleito em 2018 tinha residência fixa.

As companhias aéreas TAM, Varig e Gol enviaram ao Judiciário registros de, pelo menos, 17 viagens de Michelle pagas pela Câmara. Entre agosto de 2007 e fevereiro de 2009, ela se movimentou acompanhada de Bolsonaro, uma das filhas ou parentes. A investigação presente no livro aponta para gastos públicos de aproximadamente R$ 18 mil, em valores da época.

Implicações legais

Mais de 558 parlamentares e ex-parlamentares foram investigados por denúncias de uso irregular da verba parlamentar. Os gastos incluem passagens aéreas para destinos turísticos nacionais e internacionais, em nome próprio ou para terceiros.

O livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional”, que será lançado ainda em agosto, cataloga também gastos feitos pelos filhos de Jair Bolsonaro e outros parentes do atual presidente.

Ao UOL, os autores contaram que, mesmo com as investigações do Ministério Público Federal, a maioria dos processos acabou arquivada, incluindo o que existia contra o atual mandatário da República.

O ex-presidente Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva lançou, nesta quinta-feira (12), às 10h30, o ‘Memorial da Verdade’, que consiste em relatos publicados por meio de um livro e de uma plataforma digital, e que trazem informações sobre as vitórias judiciais do ex-mandatário, que se considera um caso vivo de prisão política.

Lula foi alvo da Lava Jato, operação anticorrupção liderada pelo ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, recentemente declarado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal pela sua conduta ainda enquanto juiz. A ação foi compreendida como parcial pela Justiça e contou com manobras ilegais que podem ter sido feitas para afastar o petista do pleito em 2018. Hoje livre, Lula recuperou, este ano, a elegibilidade para as Eleições 2022.

##RECOMENDA##

Nas suas redes sociais, o futuro candidato à presidência comentou em tempo real o lançamento do Memorial, junto aos apoiadores. Leia na íntegra:

“Muita gente acha que eu deveria esquecer o que eu passei. Eu digo pra vocês, não é possível esquecer. O que é possível é deixar que isso seja o mais importante. Não ficar refém do ódio. Mas não é possível esquecer. Eu nunca imaginei que seria acusado de corrupção. Nunca imaginei que tentariam destruir nossa imagem. Eu acreditava que tinham aprendido a lidar com a existência de um Partido dos Trabalhadores.

Sempre inventaram coisas sobre mim. Lembro que quando eu nunca tinha subido num avião, diziam que eu só andava de 1ª classe. E esse Memorial da Verdade agora ajuda a gente a começar a combater a mentira. A tentativa de destruir o PT, de destruir a esquerda brasileira, não deu certo. Saímos desse processo muito mais fortes”.

[@#video#@]

Com a deixa, aproveitou para declarar também que, na prisão, os agentes da Polícia Federal demonstraram medo de que o ex-presidente pudesse atentar contra a própria vida, e que ele foi desautorizado a utilizar cadarços – que, segundo Lula, não foram devolvidos, junto a outros itens pessoais. O patrono da esquerda também falou sobre ser intimidado pela imprensa.

“Vocês não têm noção do que significa todo dia ter um Jornal Nacional falando que você é corrupto. De segunda a domingo no Fantástico. Muitos não gostavam que a gente se defendesse. Mas só vencemos isso porque fomos desaforados. Por isso tenho tanto orgulho da Vigília Lula Livre", declarou.

"Quando cheguei na PF, um agente começou a pedir para tirar meus cadarços... Eu falei pra ele: ‘Escuta aqui, você está achando que eu vou querer me matar?! Eu vim aqui para provar que o Moro é um canalha!’ E provei. Mas até agora não me devolveram nem meu shorts, nem meu cadarço. Mas nem tudo foi ruim. Os 580 dias que passei na cadeia valeram para mim como se fosse uma universidade. Eu li muito, recebi visitas e cartas do mundo todo. Vamos voltar muito mais inteligentes. Não vamos admitir a humilhação que o Brasil está passando diante do mundo”, acrescentou o petista.

[@#podcast#@]

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) retomou as inscrições para programa de remição de pena através da leitura aos reclusos das 21 unidades prisionais de Pernambuco. Até a terça-feira (3), 1.308 pessoas privadas de liberdade (PPLs) confirmaram o interesse na iniciativa, que segue com as inscrições abertas.

A Seres lembra que em 2020 houve 2.187 inscritos nos dois ciclos do projeto, mas a pandemia da Covi-19 impediu a realização dos aulões e das provas. Na proposta de remição por leitura, cada obra lida confere sete dias a menos de reclusão, desde que a PPL faça um resumo ou resenha do livro com nota igual ou superior a 7.

##RECOMENDA##

“O projeto Remição de Pena pela Leitura convida o preso a pensar, formar opinião e, com o hábito de ler, criar para si uma história melhor. É um incentivo à reinserção social utilizando a leitura aliada à redução da pena”, avaliou o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

Conforme o órgão, o Presídio Juiz Antonio Luiz Lins de Barros (Pjallb), no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, e o Presídio de Igarassu (PIG), registram o maior número de inscritos com 199 e 167 presos, respectivamente.

O projeto foi criado em outubro de 2016, inscreveu 8.683 reeducandos com mais de 72% de aprovação e conta com acervo de 23 mil livros, informa. Todas as unidades prisionais do Estado, que funcionam nos regimes fechado e semiaberto, dispõem de salas de leitura e 21 delas têm escolas.

A Cepe Editora acaba de fazer nova impressão do livro À Francesa: A Belle époque do comer e do beber no Recife (2014), do escritor, gastrônomo e historiador pernambucano Frederico Toscano, terceiro lugar no Prêmio Jabuti 2015, na categoria Gastronomia. Esgotado há três anos, a obra ganha nova tiragem de 500 exemplares pela editora pública pernambucana.

Com 338 páginas, o livro vai ao início do século passado, período em que a França ditava os costumes em todo o mundo, inclusive no Recife. A capital pernambucana, sempre buscando refletir o que de mais moderno ditava o país europeu para a civilização ocidental, também foi influenciada pelos francesismos gastronômicos de então. Não somente na elaboração dos pratos, mas também na confecção dos cardápios e na criação de armazéns importadores de ingredientes e restaurantes.

##RECOMENDA##

A obra é resultado de pesquisa de mestrado pela UFPE em História social do Nordeste. “Decidi abordar a presença francesa na alimentação do Recife, e o recorte histórico escolhido foi de 1900 a 1930, período em que costumamos chamar de Belle époque, uma época de afrancesamento das capitais brasileiras, em que os governantes tentavam afrancesar suas cidades como locais belos, modernos, higiênicos”, recorda Frederico, que abordou essa modernidade pelo viés da alimentação. Para construir a narrativa, Frederico pesquisou jornais e revistas do começo do século XX, época em que surgiram os primeiros cafés e restaurantes da capital pernambucana. “Como existe uma demanda, acho importante ele estar de volta às livrarias”, acrescenta o escritor.

“A reimpressão de À Francesa devolve às prateleiras um livro importante para a história alimentar e cultural de Pernambuco, e também prepara o terreno para uma nova obra de Frederico Toscano, que aborda a influência das comidas e hábitos americanos com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial”, adianta o editor da Cepe, Diogo Guedes.

SOBRE O AUTOR

Bacharel em Gastronomia pela UFRPE, mestre em História pela UFPE e doutor em História Social pela USP, o recifense Frederico de Oliveira Toscano atua como professor de nível superior e técnico nas áreas de Gastronomia, Turismo, Hotelaria e História.

Voltado para os aspectos culturais dos estudos da alimentação, Frederico busca enriquecer os diálogos sobre o assunto dentro e fora da academia, com palestras e programas na TV e internet, e artigos para revistas e sites.

Serviço:

À Francesa: A Belle époque do comer e do beber no Recife

Preço: R$ 60

Da assessoria

O livro “Os Animais da Terra”, do escritor paraense Vicente Franz Cecim, que morreu aos 74 anos no mês passado, foi editado e será relançado pela Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult). A nova edição seria publicada na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes em 2020, porém o evento foi adiado devido à pandemia e segue sem data confirmada para ser realizado.

“A proposta é marcar a homenagem da Feira ao autor com o lançamento de um livro, como foi feito na última edição com os livros do João de Jesus Pães Loureiro e Zélia Amador de Deus”, explica André Fernandes, editor da Guarda Chuva Edições.

##RECOMENDA##

André afirma que a literatura de Vicente Cecim é única na nossa cultura e no mundo literário como um todo. Segundo o editor, a criação de Andara, saga que teve início em 1979, e o estilo do autor efetivavam o que ele mesmo idealizava como a transcrição da cultura amazônica.

“Por isso a obra [Os Animais da Terra] pode contribuir para nossa cultura, provando que temos nossa expressão de arte autêntica, inesgotável, grandiosa e em todas as formas de arte, como a própria região inspira”, acrescenta.

Vicente Cecim ainda será um dos autores homenageados na 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes e ele esteve no pré-lançamento do evento, que ocorreu em dezembro de 2020.

“Esta nova edição de Os Animais da Terra foi revista e planejada pelo próprio autor, juntamente com os editores da Secult, e aumentada com o facsimile do Manifesto Curau, que em sua primeira edição foi lançado como panfleto, além da série de textos Visões de Andara”, conclui André Fernandes.

Outras informações: - André Fernandes – (91) 98253-6095.

Por Isabella Cordeiro

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando