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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 2, que apenas depois que for diplomado é que anunciará seu ministério. A cerimônia está marcada para o próximo dia 12. "Depois que eu for diplomado e presidente reconhecido é que vou escolher meu Ministério. Não adianta ficar nervoso, criar expectativa", disse ao chegar ai Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde funciona o gabinete de transição. "Tenho 80% do Ministério na cabeça, mas não é para mim, é para força política que esteve comigo nas eleições", acrescentou.

O petista disse que não escolheu todos os ministros ainda e que está conversando com todas as forças políticas, inclusive as que não o apoiaram na campanha, mas que têm importância no Congresso Nacional. "Quando ganhamos as eleições, conversamos com deputados e senadores eleitos. Vamos conversar com partidos menores que estiveram conosco. Queremos conversar com setores da sociedade", disse.

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Lula voltou a criticar o uso da máquina pública por Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral. "Nunca vi alguém utilizar tanto o aparelho de Estado para ganhar uma eleição", afirmou, repetindo que ele enfrentou não apenas um candidato opositor, mas todo um Estado e suas instituições. "Depois que montarmos o ministério, vamos governar para 215 milhões e não apenas para quem votou em mim."

Haddad

Lula evitou responder sobre o futuro do ex-ministro Fernando Haddad (PT) em seu governo. Haddad é um dos principais cotados para assumir o Ministério da Fazenda. "Se eu responder o que você quer, você já vai saber o que eu penso, então eu não vou responder", disse Lula na entrevista a jornalistas em Brasília.

Questionado sobre os ministérios no governo Lula 3, o presidente eleito respondeu que a base da Esplanada dos Ministérios irá refletir o desenho do seu segundo mandato à frente do Palácio do Planalto. Portanto, o petista voltou a falar que irá recriar o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, do Desenvolvimento, e da Pesca, por exemplo. "Tudo o que a gente tinha e mais o ministério dos povos originários", disse o presidente eleito.

Ele ponderou, no entanto, que a estrutura voltada para os Povos Originários pode começar não como um ministério, mas como uma secretaria especial ligada à presidência da República.

'A cara do sucesso'

Lula assegurou que escolherá um ministro da Economia - ou Fazenda - que será "a cara do sucesso" do seu primeiro mandato, iniciado há 20 anos. "O Ministério tem autonomia, mas quem ganhou as eleições fui eu e, obviamente, quero ter inserção nas decisões econômicas", afirmou, quando foi questionado pelo Estadão/Broadcast sobre qual seria o perfil do ministro da área econômica.

Lula disse que sabe não apenas o que é bom para o povo como também para o mercado financeiro, apesar de não entender tanto de economia. "Eu já governei o País duas vezes, e foi exatamente no meu mandato que este País teve o maior crescimento que já teve em 30 anos. As pessoas se esquecem que eu sei o que é bom para o povo, para o mercado. As pessoas precisam saber que ganhei a eleição para governar para o povo mais pobre desse Pais."

Biden

O presidente eleito também disse que apenas se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, depois do dia 12, quando será diplomado. Segundo ele, na segunda-feira, 5, um representante do governo americano virá ao Brasil para que uma data seja escolhida. "Eu não posso viajar antes da diplomação. Se eu viajar, será após dia 12", explicou.

Lula disse que os dois terão muitos assuntos a conversar e comparou a trajetória recente dos dois países, afirmando que os Estados Unidos padecem de necessidade democrática, assim como o Brasil. "O ex-presidente Donald Trump fez estrago na democracia americana, como o presidente brasileiro Jair Bolsonaro fez no Brasil", afirmou.

Entre os assuntos que o brasileiro levará a Biden, está o papel do Brasil na nova geopolítica mundial. Ele citou a guerra na Ucrânia e defendeu que não há necessidade de continuar a haver uma guerra. Lula disse que também gostará de saber os temas que serão propostos pelo americano.

A Federação dos partidos PSOL e Rede em Roraima indicou a deputada federal Joenia Wapichana (Rede) para o cargo de ministra dos Povos Originários, pasta que deve ser criada ano que vem pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A advogada, que foi a primeira indígena eleita para o seu cargo no país, já faz parte da equipe de transição dos governos e tem dialogado com o futuro mandatário. A indicação foi divulgada nessa quarta-feira (30). 

Para a Federação, Joenia é a pessoa "mais adequada para o cargo", tendo em vista a atuação no Congresso Nacional, com um "perfil claro na defesa dos direitos coletivos dos povos indígenas, dos direitos dos trabalhadores, das minorias e, principalmente, no que se refere aos direitos sociais garantidos na Constituição Federal, tendo destaque nas pautas relacionadas à educação, saúde e meio ambiente." 

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A carta enviada a Lula, que conta com 12 assinaturas de instituições a favor do interesse indígena, cita também a origem de Joenia. Ela nasceu na comunidade indígena Truaru da Cabeceira, região do Murupu, zona Rural de Boa Vista, e tem uma longa trajetória nas lutas e discussões sobre direitos humanos, direitos dos povos indígenas e em defesa do meio ambiente. 

“Joenia é da região Amazônica, onde está concentrada a maior população indígena (55% do total do País) e maior número de povos indígenas (180), além do maior número de terras indígenas (424) e maior extensão”, pontua outro trecho. 

Também apoiam o nome dela para o ministério, segundo a Federação, lideranças indígenas renomadas, como o cacique Raoni Metuktire, do povo Kayapó, no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, o líder e xamã Yanomami Davi Kopenawa - também integrante da equipe de transição, além do ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, filósofo, poeta e escritor brasileiro, Airton Krenak, de Minas Gerais. 

Eleições 2022 

Primeira indígena no Brasil a ocupar uma vaga como parlamentar na Câmara, a roraimense não se reelegeu em outubro, para o mandato de 2023 - 2026. Ela teve, neste ano, 11.221 votos, mas não alcançou a vaga devido ao quociente eleitoral. Com o fim do mandato da parlamentar em dezembro deste ano, indígenas de Roraima ficarão sem representante na Câmara Federal, em Brasília. 

A posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ser de festa, com direito a dois palcos e telões que devem ser espalhados pela Esplanada dos Ministérios, no Distrito Federal. Tudo ainda está sendo discutido, mas integrantes do PT preveem que as apresentações comecem a partir do meio-dia do dia 1º de janeiro do próximo ano.

Segundo O Globo, diversos artistas se colocaram à disposição para participar da posse de Lula e cantar para a multidão que vai acompanhar o evento. Essas apresentações só seriam interrompidas para exibir a cerimônia institucional que acontece em três fases: no Congresso, onde Lula toma posse, a troca de faixa que acontece no Palácio do Planalto, e a recepção de chefes de Estado. 

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Também está sendo discutida a possibilidade de que as comemorações comecem no dia 31 de dezembro deste ano, emendando a festa de réveillon com a posse. "Uma das grandes questões é como receber tanta gente, arrumar lugares para que essas pessoas possam ficar acolhidas. A rede hoteleira está quase tomada", disse o ex-ministro Gilberto Carvalho ao jornal. 

É justamente por isso que o PT deve solicitar passe livre de transporte público em Brasília, pedir uso de áreas públicas para campings, escolas e até incentivar militantes do partido para que hospedem os apoiadores de Lula que viajarão para participar da posse em Brasília.

A definição de nomes para os ministérios só começará daqui a dez dias, disse nessa quarta-feira (9) o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Na primeira entrevista coletiva após as eleições, ele disse que só iniciará a montagem da equipe do futuro governo após voltar da viagem ao Egito e a Portugal.

A convite do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal e do presidente do Egito, Abdul Al-Sisi, Lula irá ao balneário egípcio de Sharm El-Sheik, onde está sendo realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27). O presidente eleito chegará na terça-feira (15) ao Egito e retorna ao Brasil no dia 18, com a previsão de uma visita de um dia a Portugal durante a viagem de volta.

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O futuro presidente disse estar preocupado com a formação do ministério, mas não indicou nomes. “Estou mais preocupado do que vocês, mas ainda não posso contar”, respondeu Lula, ao ser perguntado sobre a possível indicação dos ex-ministros Henrique Meirelles e Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda.

O vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin, começou a formar a equipe de transição ao anunciar os primeiros integrantes do grupo. A equipe terá 31 grupos técnicos de áreas específicas, mas em pronunciamento na terça-feira (8), ao formalizar o gabinete de transição, Alckmin disse que a indicação para a transição não está relacionada à ocupação de cargos em ministérios.

Disposição

Sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição, que pretende retirar até R$ 175 bilhões do teto federal de gastos do Orçamento de 2023, Lula disse estar confiante na aprovação. Segundo o presidente eleito, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, demonstraram disposição para a tramitação da proposta nas reuniões realizadas hoje. Caberá a Alckmin estabelecer um cronograma de tramitação da PEC com Lira e Pacheco.

Para o futuro presidente, o Congresso deve ter em mente que os beneficiários dos programas sociais são a população mais necessitada. “Não adianta guardar dinheiro para pagar juro a banqueiro”, declarou. “Saúde, Farmácia Popular e Educação não são gastos. São investimentos”, ressaltou, dizendo que esses gastos não podem ser cortados em 2023.

“Houve muita disposição dos presidentes da Câmara e do Senado. Alckmin vai se sentar com os presidentes [das duas Casas] para falar sobre a PEC”, afirmou Lula. Ele também disse estar empenhado em recuperar o relacionamento normal entre as instituições e que busca uma relação tranquila com o centrão.

Dizendo não saber quem fará oposição ao futuro governo, Lula afirmou que tanto o PT como Alckmin terão de “aprender” a conversar com o centrão para conseguir apoio aos projetos e às demais propostas que tramitarão no Congresso. “Se depender de mim, dia 2 [de janeiro] a gente está colocando a obra para funcionar”, afirmou Lula, completando que pretende que as negociações aconteçam sem tensões nem brigas

Sanitaristas que já lideraram o Ministério da Saúde em governos do PT e médicos aliados do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) são alguns dos cotados para assumir a pasta a partir de 2023. Do primeiro grupo, são cogitados o médico e senador Humberto Costa (PT-PE), que comandou a pasta entre 2003 e 2005, e o sanitarista e professor Arthur Chioro, ministro entre 2014 e 2015 - ambos membros do comitê que elaborou as propostas de Lula na área da saúde.

O médico e deputado federal Alexandre Padilha, titular do ministério entre 2011 e 2014, também é cotado, mas deverá comandar outro ministério no governo.

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Ex-secretários da Saúde de São Paulo nas administrações Alckmin, o infectologista David Uip e o radiologista Giovanni Guido Cerri, ambos professores da Universidade de São Paulo (USP), são nomes considerados, caso a indicação para a pasta seja feita pelo vice-presidente.

Correm por fora nos bastidores da campanha dois médicos que tiveram protagonismo durante a pandemia de Covid-19 contra o negacionismo científico: o sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Medicina da USP, ex-secretário da Saúde da capital paulista e ex-diretor-presidente da Anvisa, e a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz. 

A possibilidade de o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tirar da Câmara dos Deputados seu indicado para ocupar o Ministério dos Povos Originários preocupa indigenistas, que temem um esvaziamento da chamada "bancada do cocar" no Congresso.

A criação do ministério foi uma promessa de Lula na campanha e os nomes mais citados para ocupar a pasta são os das deputadas federais eleitas Sônia Guajajara (SP) e Célia Xakriabpa (MG), ambas do PSOL. As duas únicas indígenas eleitas em outubro na base de Lula são consideradas imprescindíveis na "linha de frente" nos embates na Câmara na próxima legislatura. A outra deputada eleita é Sílvia Waiãpi (PL), apoiadora de Jair Bolsonaro.

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Indigenistas defendem como alternativa o ativista Beto Marubo, o que seria uma resposta imediata ao crime organizado na Amazônia, que está por trás dos assassinatos dos indigenistas Bruno Pereira e Maxciel Pereira e do jornalista Dom Philips, no Vale do Javari, área de concentração de isolados. Outro nome cotado é o da atual deputada Joênia Wapichana (Rede-RR), que não conseguiu se reeleger.

Companheiro de trabalho de Bruno no Javari, Marubo tem longa experiência num setor da administração pública que exige conhecimento especializado. Chefiou as frentes de proteção etnoambiental no Rio Madeirinha, em Rondônia, em 2003, e no Javari, entre 2014 e 2017, regiões que vivem comunidades sem contato com as cidades. Também trabalhou na administração da Funai em Atalaia do Norte (AM).

Em entrevista em setembro ao Roda Viva, Beto Marubo observou que as comunidades indígenas da extensa região de fronteira atuam em parceria com forças de segurança do Estado para garantir a segurança. Ainda assim, ressaltou, os povos tradicionais são tratados como entraves para o País.

Atualmente, ele é uma das referências no âmbito dos indígenas sem contato e representante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Na pandemia, Beto destacou-se pelo bom trânsito junto ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de uma ADPF - Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ajuizada pelas lideranças indígenas para forçar o governo Bolsonaro a adotar medidas de proteção sanitária nas comunidades isoladas. A partir dos relatos do ativista, Barroso chegou a afirmar que o País estava perdendo a soberania da Amazônia para o crime.

Antes, em abril de 2019, Beto apresentou nas Nações Unidas, em Nova York, um quadro sobre a situação dos isolados. Ontem, o próprio ativista postou no Twitter que a equipe de transição deveria ser informada sobre servidores da Coordenação de Índios Isolados da Funai que atuam em sintonia com a política anti-indigenista do atual governo. Esses servidores "colaboracionistas", segundo ele, fizeram notas técnicas para prejudicar Bruno Pereira.

"Pessoal, temos de informar à equipe de transição do novo governo para acompanhar a atuação da FUNAI, sobretudo às questões sobre índios isolados. Alguns dos servidores que estão na CGIIRC foram colaboracionistas desse governo que massacrou os parentes", escreveu.

Os profissionais da área observam, sobretudo, que é preciso garantir espaço na transição ao setor indígena mais visado pela principais redes de pesca ilegal e extração clandestina de ouro e madeira.

O indigenista Welington Figueiredo foi um dos primeiros técnicos da Funai a atuar no Javari, ainda nos anos 1970. Ele observa que os isolados são uma questão central da política indigenista, por serem hoje o principal alvo de garimpeiros, madeireiros e pescadores ilegais.

"É preciso de um olhar especial para os isolados", afirma. "Isso a gente espera há mais de 30 anos, quando trabalhamos na montagem da coordenação de índios isolados", ressalta. "A política indigenista deve levar em conta a diversidade no setor, é um erro achar que todos os indígenas estão no mesmo estágio de interação social. O Estado tem que jogar uma boia para salvá-los."

Relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) pediram, através de comunicado, a Lula (PT), agora presidente eleito, que algumas das iniciativas feitas pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, de Damares Alves sejam revogadas a partir do próximo ano no que se refere aos direitos das mulheres. O documento, emitido nesta sexta-feira (4), solicita que o petista “revogue a lei de alienação parental e a restabelecer o acesso efetivo das mulheres e meninas aos direitos sexuais e reprodutivos”. 

O comunicado também pede que o governo “ofereça meios legais e eficazes para a interrupção da gravidez”, além da inversão dos cortes no orçamento federal “para atividades e programas dedicados a pôr fim à violência contra as mulheres e a duplicar os esforços de prevenção da violência contra as mulheres e meninas”, sobretudo às que foram expostas à violência. 

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A solicitação veio num momento de críticas da ONU em relação às políticas de direitos humanos do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A pasta liderada por Damares tomou medidas que, para os especialistas da ONU, dificultou o acesso ao aborto legalmente previsto na Constituição brasileira. Os cortes em áreas de proteção às mulheres também chamaram atenção. 

Segundo o Uol, o documento é assinado por Reem Alsalem, relatora especial da ONU sobre violência contra as mulheres e meninas, suas causas e consequências; Dra. Tlaleng Mofokeng, relatora especial da ONU sobre o direito ao mais alto patamar de saúde física e mental; Dra. Dorothy Estrada-Tanck, coordenadora-relatora do grupo de trabalho sobre discriminação contra mulheres e meninas; Dr. Victor Madrigal, especialista independente da ONU sobre proteção contra a violência e discriminação baseadas em orientação sexual e identidade de gênero.

 

Alienação parental 

A alienação parental também é um tema destacado pelos especialistas, que pedem a revogação de uma lei que pode levar à discriminação contra mulheres e meninas em disputas nos tribunais de família. “Hoje apelamos ao recém-eleito Governo do Brasil para que aumente os esforços para terminar com a violência contra mulheres e meninas. Apelamos ao fim da continuação da aplicação do conceito de alienação parental e de outros conceitos análogos em casos de violência e abuso doméstico, que penalizam as mães e as crianças do Brasil”. 

Para eles, a lei sobre alienação parental de 2010 defende o conceito como “a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob autoridade, guarda ou vigilância, para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou manutenção de vínculos como este”. 

Sendo assim, na concepção dos relatores da ONU, os tribunais de família rejeitam regularmente as alegações de abuso sexual das crianças apresentadas pelas mães contra os seus pais ou padrastos.

Desde quando o ex-ministro da Fazenda no governo de Michel Temer (MDB), Henrique Meirelles declarou apoio ao presidente eleito Lula (PT) durante a campanha presidencial que o seu nome é especulado para retornar ao cargo. Nesta quinta-feira (3), Meirelles confirmou ao UOL que ainda não recebeu nenhum convite do líder petista para comandar a economia brasileira.

As especulações ganharam mais força hoje, depois que o site Antagonista informou que o ex-ministro teria sido convidado por Lula para ocupar o Ministério da Economia, e, para aceitar, deveria indicar os presidentes da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. "Essa notícia não procede", assegura o economista.

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Henrique Meirelles presidiu o Banco Central durante os dois mandatos de Lula, entre 2003 e 2010. Ele mantém uma boa relação com o presidente, mas, por enquanto, nada ainda foi definido.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou, no debate da CNN realizado nesta sexta-feira (21), da sua reaproximação com o ex-ministro do seu governo e juiz Sergio Moro, que saiu ainda em 2020 após ser exonerado por conflitos com o presidente. Na ocasião, Bolsonaro elogiou a atuação de Moro como juiz da Operação Lava Jato. 

Bolsonaro informou que não existe “qualquer convite da minha parte e nem ele” sobre o juiz Sergio Moro voltar a ser ministro do seu governo caso reeleito, e falou que o Ministério da Justiça está sendo bem conduzido pelo atual ministro, o delegado da Polícia Federal, Anderson Torres. “Resolvemos nos aproximar [Moro] para o bem do Brasil. Qualquer equívoco ou rusgas do passado, vamos deixar de lado, porque é muito mais importante o destino do Brasil. Ele conhece bem o que aconteceu nestes 14 anos de PT”, afirmou.

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O chefe de Estado lembrou que Moro foi o juiz da Operação Lava Jato que condenou o ex-presidente Lula (PT), mesmo ele tendo sido inocentado posteriormente. “Foi o homem que conduziu os inquéritos e mostrou para o Brasil e para o mundo o quão entranhada estava a corrupção no Brasil. Nós não queremos a volta disso. O Moro, assim como eu, jamais votaria em algum condenado em três instâncias por unanimidade. A reaproximação foi por uma coisa maior: o destino do Brasil”, exaltou. 

Após a repercussão diante do bloqueio de R$ 2,4 bilhões de verba para as universidades e institutos federais, anunciado no dia 30 de setembro, o ministro da Educação, Vitor Godoy, foi às redes sociais e comentou sobre o assunto. Segundo ele, a contingência se trata de uma medida de segurança fiscal e é temporária, com previsão de encerramento para dezembro de 2022.

“Não acreditem em notícias que mais desinformam que informam. No último dia 30, foi publicado um decreto que estabeleceu um limite TEMPORÁRIO de movimento e empenho do Ministério da Educação até novembro. É uma medida de segurança fiscal e, como eu disse, é temporária! Os limites serão restabelecidos brevemente, em dezembro, conforme informação do Ministério da Economia”, tuitou o ministro.

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Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) se posicionou contra ao que chamou de confisco nas universidades federais: “Muito grave o que o governo de Bolsonaro faz as vésperas do segundo turno, um confisco nos orçamentos das universidades que comprometem o funcionamento imediato delas”.

Nessa quarta-feira (5), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou nota onde afirmava que o bloqueio "afetará despesas já comprometidas, e que, em muitos casos, deverão ser revertidas, com gravíssimas consequências e desdobramentos jurídicos para as universidades federais".

Ainda segundo a Andifes, o Ministério da Educação foi o mais afetado pelo contingenciamento de verba realizado pelo governo federal. “Contingenciamento afetou praticamente todos os ministérios, mas o mais afetado foi o Ministério da Educação, que arcou com quase metade da limitação das despesas”, disse, em nota.

A vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses e 4 anos será oferecida em todo o país assim que a área técnica do Ministério da Saúde aprovar a recomendação do imunizante. A informação foi dada nesse domingo (18) pela pasta, dois dias após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar a aplicação da versão pediátrica da Pfizer.

Segundo o Ministério da Saúde, o início da aplicação não demorará porque o governo tem contrato com a fabricante. “O Ministério da Saúde tem contrato com a Pfizer para fornecimento de todas as vacinas aprovadas pela Anvisa e incluídas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Havendo aprovação da recomendação pela área técnica da Pasta, as vacinas serão disponibilizadas para todo Brasil, como já ocorre com as demais faixas etárias”, informou a pasta, em nota.

O ministério não deu outras informações, como calendário de vacinação. Em tese, cabe aos estados e aos municípios decidir o cronograma de imunização com base na chegada de doses aos postos de saúde.

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Dosagem diferente

A versão pediátrica da vacina da Pfizer tem dosagem diferente da usada em faixas etárias acima de 12 anos. A formulação autorizada pela Anvisa deverá ser aplicada em três doses de 0,2 ml (equivalente a 3 microgramas). As duas doses iniciais devem ser administradas com três semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose aplicada pelo menos oito semanas após a segunda dose.

A tampa do frasco da vacina virá na cor vinho, para facilitar a identificação pelas equipes de vacinação e, também, pelos pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para serem vacinadas. O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias.

Nesta quarta-feira (27), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que, se eleito, pretende retomar programas sociais que criou no seu governo e que foram substituídos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele prometeu manter os R$ 600 pagos atualmente no Auxílio Brasil, mas retomando o Bolsa Família. 

No entanto, o petista afirma que deve rever os critérios colocados para as famílias brasileiras para receber o valor completo. "Tem que levar em conta número de pessoas por família, não pode ser igual para todo mundo", disse o ex-presidente em entrevista ao UOL.

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Além do programa de transferência de renda, Lula assegura que deve retornar com o Minha Casa Minha Vida e com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Inclusive, o petista aponta que - num possível governo -, quer que o Brasil cresça "40 anos em 4". Para isso, a sua vontade é de reunir todos os governadores do Brasil e fazer um levantamento de três principais obras em cada Estado. 

"Não tem muito tempo. São quatro anos que a gente pretende fazer aquilo que Juscelino [kubitschek] fez 50 em 5, vamos tentar fazer 40 em 4, porque o Brasil precisa de muita urgência para recuperar o seu emprego e a qualidade de vida do povo", destacou.

Recriação dos Ministérios

O ex-presidente Lula salientou que, em um eventual novo governo, pretende recriar os ministérios da Cultura, Igualdade Social, Direitos Humanos, Pesca e Planejamento.

Um novo Ministério das Causas Indígenas, comandado por um índio, também foi prometido pelo ex-metalúrgico. "Vamos criar os ministérios que for necessário criar. É uma bobagem a gente imaginar que ministério custa muito, mas se a gente for ver, as agências reguladoras custam mais", pontuou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pode deixar o Palácio do Planalto com apenas três ministros fieis às pastas assumidas em 2019. A dança das cadeiras ministerial não é novidade na política brasileira, tanto que Lula (PT) iniciou o segundo mandato com apenas seis nomes preservados.

Mesmo antes do cenário polarizado, os acentos da Esplanada já eram ocupados, remanejados e esvaziados conforme a capacidade de governabilidade e de barganha do Presidente. Também é comum que reformas ministeriais sejam feitas às pressas para abafar escândalos e, até mesmo, quando os escolhidos abandonam as pastas para se eleger em projetos pessoais.

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O cientista político e professor da Universidade da Amazônia (UNAMA) Rodolfo Marques descreveu que essa cultura se baseia no conceito do "presidencialismo de coalisão".

“A montagem de um Ministério por parte do presidente se trata, de fato, de movimentos políticos. Muitas vezes você colocar aliados, partidos e representantes de diferentes grupos políticos, exatamente para colocar uma base de apoio estratégica em relação à governabilidade e uma forma de você ter parceiros dentro dessa perspectiva, e isso é muito importante”, apontou.

No governo Lula, Gilberto Gil permaneceu no Ministério da Cultura até o fim da primeira gestão petista, assim como Marina Silva, no Meio Ambiente; Márcio Thomaz Bastos, na Justiça; Celso Amorim, nas Relações Exteriores; Walfrido dos Mares Guia, no Turismo; e o secretário Jorge Armando Félix no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

Com cinco meses para o fim do mandato de Bolsonaro, Paulo Guedes se manteve na Economia como alicerce da ideologia liberal, assim como o general Augusto Heleno prosseguiu no GSI como representante do perfil conservador. O outro que se manteve na Esplanada foi o deputado Fábio Faria (PSD), após a recriação do Ministério das Comunicações.

O cientista Rodolfo Marques reforça que essa movimentação pode ser ainda mais evidente daqui para a frente, com a formação das federações partidárias. "Quem for eleito Presidente ou Governador, e compor uma federação partidária, além das votações no Congresso, a base política deve ser por partidos daquela federação. A coligação é mais ampla e flexível em relação a isso", comparou.

O Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba declarou que possui interesse em firmar convênio com universidades que possuam o curso de direito no estado. A parceria é um requisito para que os alunos das instituições participem das seleções de estágio realizados pelo MPF.

O convênio possui validade de 36 meses e determina os critérios para o recrutamento, seleção e acompanhamento dos estudantes no programa. Além disso, também será definido pelo órgão a duração, a forma de orientação, a supervisão e a avaliação do estágio.

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O estágio curricular remunerado oferecido pelo MPF tem como objetivo preparar para o trabalho produtivo em complementação ao conhecimento teórico adquirido durante a graduação. 

 As universidades interessadas devem entrar em contato com o Núcleo de Gestão de Pessoas (Nugep) do Ministério, por meio do número (83) 3044-6262. Para participar, a instituição deve ser credenciada pelo MEC.

O MPF-PB tem unidades nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Patos Sousa, Monteiro e Guarabira.

Nesta segunda-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) garantiu criar mais três ministérios caso vença as eleições. Entre as pastas prometidas pelo gestor, a reativação do Ministério da Segurança Pública seria uma prioridade.

"Nós pretendemos é, em havendo uma reeleição, dividir melhor os ministérios, criar no máximo mais três, para que possamos melhor administrar o nosso país. Pela extensão do Brasil se justifica fazer isso daí", disse o presidente em entrevista ao canal Agro+.

O Ministério da Segurança foi anexado ao Ministério da Justiça no governo de Michel Temer e, na gestão Bolsonaro, foi ocupado inicialmente pelo ex-juiz Sergio Moro.

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"Esse ministério da [Segurança Pública] foi estudado, pela extensão do Brasil, eu acho positivo o restabelecimento. Não só o desse, como alguns outros ministérios que não haja dúvida, Indústria e Comércio, por exemplo. Até a questão da Pesca pode ser estudado", indicou o presidente.

Na busca do apoio dos empresários descontentes com a política industrial e com a redução das tarifas de importação, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu recriar ainda este ano o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, extinto e anexado ao superministério da Economia no início do governo.

Rival de Bolsonaro na corrida presidencial deste ano e liderando as pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também já deu sinais de que, se eleito, pode desmembrar o Ministério da Economia e repetir o que fez no seu primeiro mandato, em 2003, quando nomeou um empresário para o comando de um novo ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. O empresário Luiz Fernando Furlan foi o primeiro ministro da pasta e tinha uma relação próxima com Lula para levar diretamente ao presidente as demandas do setor.

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Os empresários que pediram ao presidente a recriação do ministério reclamam agora que não há essa interlocução direta e que a pasta de Guedes é muito grande, o que na avaliação deles acaba deixando os assuntos da indústria e comércio exterior em segundo plano.

"O presidente Bolsonaro foi sensível à nossa demanda. Depois da pandemia e da guerra na Ucrânia, há uma necessidade de fortalecer a indústria", disse ao Estadão o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Flávio Roscoe. "Na hora que concentra muita coisa no ministério, que já é grande, a indústria acaba virando um apêndice", disse ele, ressaltando que não é uma insatisfação especificamente com Guedes, mas ponderou que no seu ministério há uma visão financista de um conjunto de economistas liberais que "às vezes não fazem uma relação de custo e benefício de toda a sociedade".

Para o empresário, o Brasil não pode estabelecer uma política industrial sem ter um ministério da indústria e do comércio exterior. Ele disse que vê com preocupação as últimas medidas tomadas pelo governo, como a redução de alíquotas de importação, o que favorece a competição de produtos estrangeiros.

Centrão

Em evento da Fiemg em Minas, segundo maior colégio eleitoral, com a presença de boa parte da bancada mineira, Bolsonaro se comprometeu a recriar a pasta ainda este ano. Por trás dessa pressão, há também a cobiça das lideranças do Centrão em abocanhar o comando de mais ministérios e as eleições deste ano.

Como mostrou o Estadão, a formalização da aliança de Lula com o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), que vai concorrer ao governo do Estado, acendeu o sinal amarelo no Palácio do Planalto.

Desde o início do governo, Guedes foi alvo de fogo amigo de aliados do presidente de olho em nacos do seu superministério, que chegou a ter cinco áreas: Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio Exterior, Previdência e Trabalho. As duas últimas já foram desmembradas.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista-AL), é um dos patrocinadores da mudança. Presente também no evento organizado pelo Fiemg, Lira disse que com a promessa o presidente marcou um gesto firme. "Só precisamos de mais quatro anos", disse o presidente da Câmara.

O presidente Jair Bolsonaro prometeu nesta quinta-feira (26) a recriação do Ministério da Indústria e Comércio ainda em 2022. O anúncio foi feito em evento da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). O presidente da entidade, Flávio Roscoe, disse ter pedido a recriação da pasta a Bolsonaro. "Nos bastidores, eu fiz uma demanda para o presidente apoiado pela bancada federal e falei 'presidente, não é possível mais a indústria não ter o seu ministério'", afirmou o dirigente.

Em resposta, Bolsonaro foi ao microfone tomou a palavra inesperadamente. "A toda a bancada de Minas Gerais, ao nosso presidente: foi uma solicitação que confesso, já estava um pouco madura, mas agora selou o seu final. Uma vez havendo outra oportunidade, ainda no corrente ano, vai estar nas mãos do (presidente da Câmara, Arthur) Lira a recriação do Ministério da Indústria e Comércio", disse o presidente, arrancando aplausos dos empresários presentes.

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A criação ou extinção de ministérios precisam do aval do Congresso Nacional. Na prática, a recriação do Ministério da Indústria e Comércio é uma derrota para o ministro da Economia, Paulo Guedes, que teve as atividades da pasta incorporadas ao seu "superministério" no primeiro dia de governo Bolsonaro, em janeiro de 2019. No ano passado, Bolsonaro recriou o Ministério do Trabalho, que também tinha sido incorporado pela Economia.

A Tectoy terá que explicar, em cinco dias, a partir desta segunda-feira (23), o motivo de vender a bateria de celular Powerbank XCharge sem homologação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “Caso não preste esclarecimentos convincentes à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a empresa terá que pagar multa diária de R$ 50 mil”, informou a secretaria em nota.

A decisão foi publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União.

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O carregador portátil de celular "Power Bank 995810071846 - XCharge" não tem permissão para ser vendido pela internet - seja no site da Tectoy, seja em outros endereços especializados em tecnologia.

Caso não cumpra as determinações, será necessária a suspensão imediata da comercialização do produto, considerando os potenciais riscos que o carregador portátil oferece aos consumidores. Pela decisão da Senacom, a empresa é obrigada a informar todos os produtos que foram vendidos, quantos já atingiram o consumidor e qual a quantidade de carregadores em estoque. “Embora tenha sido relatado pela mídia que a TecToy interrompeu a venda do powerbank, não é possível avaliar a extensão dos danos. Isso porque não se sabe quantos produtos foram vendidos, nem quantos consumidores compraram o carregador”, admitiu a Senacom.

Riscos

O Ministério da Justiça alerta que quando um produto não é homologado, coloca em risco a saúde e a segurança do consumidor e ameaça o funcionamento do aparelho. O ministro da pasta, Anderson Torres, lembra que equipamentos sem certificação trazem risco de choques, superaquecimento e até mesmo explosão. “A intervenção do ministério é fundamental para garantir a proteção à saúde do consumidor”, afirma Torres.

Reclamações

Caso se sintam lesados, os consumidores poderão acessar a plataforma consumidor.gov.br. O serviço é público, gratuito e permite a interlocução direta entre consumidores e empresas para solução alternativa de conflitos de consumo pela internet. A reclamação no site do governo federal não substitui o serviço prestado pelos órgãos de defesa do consumidor, que continuam atendendo os brasileiros normalmente por meio de seus canais tradicionais de atendimento.

Bento Albuquerque não é mais o ministro de Minas e Energia. O decreto com a exoneração do cargo, a pedido, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, está publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (11).

Para o lugar de Bento Albuquerque, o presidente da República nomeou Adolfo Sachsida, servidor de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele ocupava a chefia da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.

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Sachsida é doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) com pós-doutorado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos. Ele também é advogado, especializado em Direito tributário.

Em seu perfil no Twitter, Sachsida agradeceu ao presidente pela "confiança" e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. E também citou o o ex-ministro Bento Albuquerque "pelo trabalho em prol do país".  "Com muito trabalho e dedicação espero estar à altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, escreveu, na rede social.

O Ministério da Justiça decidiu colocar o ex-secretário de Segurança do Tocantins, Cristiano Barbosa Sampaio, no cargo de coordenador-geral de pesquisa e inovação da Diretoria de Políticas de Segurança Pública.

A nomeação foi publicada nesta quinta-feira, 24, no Diário Oficial da União, com a chancela do secretário-executivo da pasta Márcio Nunes de Oliveira.

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Delegado de Polícia Federal, Sampaio foi afastado da chefia da Secretaria de Segurança do Tocantins em outubro do ano passado, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele foi alvo da Operação Éris, que tem como principal investigado o governador Mauro Carlesse (PSL). Ambos negam as acusações.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça disse ao Estadão que não há 'nenhuma conclusão sobre as suspeitas levantadas' e que Sampaio 'apresenta elevada experiência profissional'.

O inquérito da Operação Éris começou a partir de suspeitas de cooptação da estrutura de Segurança Pública do Estado para blindar o grupo político do governador de investigações, através de suposta indicação de aliados para postos-chaves e flexibilização do regramento que protege a Polícia Civil de interferências políticas.

A Diretoria de Políticas de Segurança Pública do Ministério da Justiça, órgão em que o delegado federal estará lotado, é responsável por projetos para controlar a criminalidade e melhorar a eficiência dos órgãos de Segurança, inclusive com uso de novas tecnologias.

Antes da indicação, ele também foi Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

"O inquérito está em andamento, não havendo nenhuma conclusão sobre as suspeitas levantadas. Por outro lado, o delegado de Polícia Federal Cristiano Barbosa Sampaio apresenta elevada experiência profissional e tem muito a contribuir com o Ministério da Justiça e Segurança Pública."

COM A PALAVRA, O DELEGADO CRISTIANO BARBOSA SAMPAIO

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com o delegado, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.

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