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Os mercados acionários europeus encerram majoritariamente em baixa o pregão desta segunda-feira, 29, à medida que investidores realizaram lucros em meio a fortes ganhos vistos neste ano. O índice pan-europeu Stoxx-600 fechou em queda de 0,22%, aos 399,67 pontos.

Em uma semana com diversos drivers, como a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o discurso sobre o Estado da União do presidente americano, Donald Trump, os investidores agiram com cautela e aproveitaram o momento para realizar lucros após o rali visto neste início de ano.

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No âmbito geopolítico, o Reino Unido obteve uma vitória em relação às negociações sobre a saída do país da União Europeia (Brexit). Os britânicos pediram dois anos de transição para implantarem mudanças depois do início do divórcio. A resposta dos 27 membros da UE foi de que esse período se estenderá até dezembro de 2020, o que totaliza 21 meses dos 24 solicitados. De acordo com o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, em princípio, nada mudará nessa data em relação ao acesso ao mercado único, leis alfandegárias e direitos aos cidadãos em relação ao que se conhece hoje, entre outros pontos que ainda estarão em discussão nos próximos meses.

O índice FTSE-100, da bolsa de Londres, fechou em alta de 0,08%, aos 7.671,53 pontos. Entre os bancos, o Barclays caiu 1,12% e o Standard Chartered perdeu 1,24%. Em Frankfurt, o índice DAX recuou 0,12%, aos 13.324,48 pontos. Já na bolsa de Paris, o índice CAC-40 fechou em baixa de 0,14%, aos 5.521,59 pontos.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, perdeu 0,23%, aos 23.801,55 pontos, enquanto o índice Ibex-35, de Madri, cedeu 0,38%, aos 10.555,60 pontos. Em Lisboa, o índice PSI-20 fechou em queda de 0,66%, aos 5.730,22 pontos.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, parabenizou o progresso durante as negociações entre as duas Coreias, especialmente o acordo para aliviar as tensões militares, realizar conversas entre as forças de segurança e reabrir uma linha aérea militar.

O porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, disse que "o restabelecimento e fortalecimento de tais canais é fundamental para reduzir o risco de erros de cálculo ou mal-entendidos e reduzir as tensões na região". Ele disse, em um comunicado nesta terça-feira, que Guterres também se congratula com a decisão da Coreia do Norte de enviar uma delegação aos Jogos Olímpicos de Inverno.

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Dujarric disse que o secretário-geral acredita que a resolução da Assembleia Geral da ONU, que diz que a Olimpíada "pode promover uma atmosfera de paz, tolerância e compreensão entre as nações é particularmente relevante na Península Coreana e além". Ele afirmou que Guterres também espera que "outros reforços" para reduzir as tensões "contribuirão para a retomada do diálogo sincero que leva à paz sustentável e à desnuclearização na Península da Coreia". Fonte: Associated Press.

O dólar à vista inicia a sessão desta terça-feira, 19, em queda ante o real, acompanhando o enfraquecimento da moeda americana ante divisas principais e em relação à maioria das divisas emergentes e ligadas a commodities. Diante da agenda fraca aqui e lá fora, os mercados seguem concentrados na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que começa hoje.

Embora não haja expectativa de mudança na taxa de juros, o banco central norte-americano pode anunciar nesta quarta-feira, 20, detalhes ou até um cronograma sobre a eventual redução de seu balanço patrimonial, atualmente estimado em US$ 4,5 trilhões.

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Às 9h30 desta terça, o dólar à vista no balcão era negociado a R$ 3,1275 (-0,20%), enquanto a moeda para outubro no mercado futuro estava cotada a R$ 3,1335 (-0,30%). No exterior, o Dollar Index, que representa uma média ponderada do valor do dólar em relação a outras seis moedas fortes, recuava 0,19% neste mesmo horário.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz ter certeza de que a reforma da Previdência, aprovada na semana passada na comissão especial da Câmara, passará também pelo plenário. E afirma que não há mais espaço para mexer em nada na proposta que resulte em perda financeira para os cofres públicos. "Negociação política sempre existe. Você me apoia para lá, eu te apoio para cá... Mas não negociação fiscal", diz. Segundo ele, tudo que foi negociado até agora está dentro do que era esperado pelo governo, e todas as disputas em torno do projeto fazem parte da democracia. "Não há reforma sem controvérsia."

A reforma da Previdência embolou com interesses políticos e foi se desfigurando. Isso não joga por terra a tentativa de retomada da economia?

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Acredito que não. O que estamos vendo é o que se chama na economia de evento de alta frequência. Aquela volatilidade de curto prazo. Há a onda de superfície e as correntes de profundidade, que são as mais importantes. A confiança (dos investidores) não aumentou apenas pela reforma da Previdência, mas por uma série de mudanças fundamentais. Qual o fato objetivo da Previdência? O relatório foi aprovado. E com o número de votos suficientes que, se mantido no plenário, vai levar à aprovação. Eu estaria preocupado se o relatório tivesse sido derrotado.

Os deputados aproveitam para apresentar demandas que não têm nada a ver com a reforma. Isso vai custar muito caro para o governo?

Está tudo dentro do esperado. Não existe reforma feita sem controvérsia. É legítimo a sociedade debater, mas também quer ter acesso à informação correta. No sentido do que está em jogo hoje, não é somente a questão em que idade a pessoa vai se aposentar, mas principalmente a garantia que todos vão receber a aposentadoria.

As exceções abertas não preocupam? O sr. já disse que a margem de mudanças tinha chegado ao limite. Mas, depois, essa margem aumentou.

Não aumentou. O nosso cálculo, desde o início, é que estaríamos estabilizando o relatório com cerca de 75% dos benefícios fiscais acumulados em 10 anos previstos na proposta inicial. O que é absolutamente razoável e dentro das expectativas. O número é esse. Está bastante balanceado. Eu encaro com bastante tranquilidade a proposta como está.

Qual é estratégia para aprovação em plenário?

Tem a estratégia da ação política do governo. Estamos trabalhando juntos. Mas eu sou o ministro da Fazenda. O que estou mostrando aos parlamentares é a questão da sustentabilidade. A Previdência pode ter problema de insolvência e estamos vendo isso em alguns Estados brasileiros. À medida em que se aprova a reforma, isso aumenta a confiança, o crescimento e os empregos. É algo que vai beneficiar a todos os parlamentares que apoiam as reformas na eleição de 2018. Eu pergunto a eles: "O que é melhor para você na hora de disputar a eleição, dizer que com a sua colaboração o País está crescendo, que a renda real está aumentando, ou dizer para o eleitor desempregado que a economia está indo para baixo porque a Previdência não foi aprovada?".

Mas os parlamentares acreditam nisso?

Minha experiência diz que sim. Tenho tido uma experiência boa de diálogo. Me reuni com todas as bancadas e com grupos menores. Eu estou otimista.

Ainda há margem de negociação?

Existem questões diversas que estão sendo tratadas. Parlamentares que têm interesse num determinado projeto que vai ser votado na Câmara. Tem todo um processo lá normal de conversa, absolutamente legítimo. Isso faz parte da democracia. Em qualquer votação importante, em qualquer lugar do mundo, é assim. Seria absolutamente surpreendente para mim, que vi essas reformas em outros países, que 10, 15, 20 dias antes da votação já existisse uma grande maioria dizendo: "sou favorável à reforma da Previdência".

Mas ainda há como negociar a proposta?

A minha expectativa é que mudanças tenham sido feitas e negociadas no período da aprovação do relatório. No plenário, a minha expectativa é que não haja muito espaço para negociação.

E pode ter outro tipo de negociação?

Que outro tipo? Veja, negociação política sempre existe. Você me apoia para lá, eu te apoio para cá... Não negociação fiscal. É isso que eu estou dizendo.

Parlamentares da bancada ruralista negociam o Funrural, outros aprovaram o Refis na comissão. Estão cobrando a fatura. No caso de Refis, essa fatura inclui perdão de multas que...

Espera aí, vamos devagar. São coisas diferentes. No caso do PRT, que é o Programa de Regularização Tributária, que não é um Refis, foi aprovado na comissão um relatório que nós não concordamos. A liderança do governo não concorda. Nossa orientação é para a base do governo votar contra no plenário. Mas o Congresso é soberano. Se aprovar, vou fazer a minha recomendação ao presidente, que pode ser por um veto. Não quero antecipar porque ainda não fiz a recomendação. E não tenho o hábito de anunciar decisões futuras. Não gosto de especulações.

O PRT Não está entrando na barganha?

Não está entrando. Como eu disse, a negociação, do meu ponto de vista, não é fiscal. E esta seria uma má negociação. O Funrural, sim, estamos conversando com o setor. Mas esta é uma outra história, porque o Funrural era alvo também de disputa judicial. A maior parte das empresas não estava pagando. Houve uma decisão do Supremo. Surgiu uma novidade, e em cima dela estamos trabalhando.

Como o senhor responde às críticas da oposição, que diz que o senhor e o governo fazem terrorismo em relação à Previdência?

Não é terrorismo. O que nos fazemos é deixar claro a realidade. Dizer a verdade. Não há dúvida de que a trajetória da dívida é de crescimento e que vai se estabilizar com a aprovação das reformas apenas aí por 2021, 2022. E, partir daí, começa a cair. Isso é uma realidade serena. E eu digo sim: Previdência pode ficar insolvente. Pode ser um desastre.

O sr. acha correto essa estratégia de atrelar a reforma da Previdência à trabalhista?

Não está atrelada não. São duas reformas importantes e diferentes. A trabalhista é fundamental para produtividade. Têm duas questões diferentes. Uma é a sustentabilidade fiscal e com isso a possibilidade de o País voltar a crescer. A segunda são as reformas microeconômicas, entre elas a trabalhista, que são propostas que visam aumentar a taxa de crescimento do País no futuro. São duas coisas fundamentais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A oposição síria abandonou nesta quarta-feira (3) sua participação na cúpula de Astana, no Cazaquistão, que tenta negociar um acordo de trégua para a guerra civil local.

De acordo com a agência de notícias "Tass", os delegados da oposição anunciaram sua retirada da mesa de negociações devido aos ataques aéreos realizados pelo governo de Bashar al-Assad contra os rebeldes. "Os membros da oposição transmitiram um comunicado aos participantes da reunião para declarar a suspensão de seu envolvimento nas negociações", disse uma fonte local à agência "Interfax".

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Eles colocaram como condição para voltar à negociação o fim dos ataques de Assad a várias regiões na Síria. O encontro de hoje seria a quarta rodada de negociações, realizadas desde o início do ano, para um cessar-fogo na Síria.

Nesta quarta-feira, deveriam ocorrer debates de especialistas, em sequências entre Síria-Irã, Rússia-Turquia e Irã-Turquia. Pela primeira vez, os Estados Unidos seriam representados em alto nível pelo secretário-assistente de Estado para Assuntos do Oriente Médio, Stuart Jones.

O Projeto de Lei 6787/16, versão da reforma trabalhista apresentada pelo relator Rogério Marinho (PSDB-RN), deve ser votada nesta quarta-feira (26) na Câmara dos Deputados. O texto tem dividido parlamentares, sindicatos e entidades de todo o país. A matéria tramita em regime de urgência. Conheça as principais mudanças propostas pelo projeto:

Negociação

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Negociação entre empresas e trabalhadores vai prevalecer sobre a lei para pontos como: parcelamento das férias em até três vezes; jornada de trabalho, com limitação de 12 horas diárias e 220 horas mensais; participação nos lucros e resultados; jornada em deslocamento; intervalo entre jornadas (limite mínimo de 30 minutos); extensão de acordo coletivo após a expiração; entrada no Programa de Seguro-Emprego; plano de cargos e salários; banco de horas, garantido o acréscimo de 50% na hora extra; remuneração por produtividade; trabalho remoto; registro de ponto. No entanto, pontos como fundo de garanta, salário mínimo, 13º salário e férias proporcionais não podem ser objeto de negociação.

Fora da negociação

As negociações entre patrões e empregados não podem tratar de FGTS, 13º salário, seguro-desemprego e salário-família (benefícios previdenciários), remuneração da hora de 50% acima da hora normal, licença-maternidade de 120 dias, aviso prévio proporcional ao tempo de serviço e normas relativas à segurança e saúde do trabalhador.

Trabalho intermitente

Modalidade pela qual os trabalhadores são pagos por período trabalhado. É diferente do trabalho contínuo, que é pago levando em conta 30 dias trabalhados, em forma de salário. O projeto prevê que o trabalhador receba pela jornada ou diária, e, proporcionalmente, com férias, FGTS, previdência e 13º salário.

Fora do trabalho intermitente

Marinho acatou emendas que proíbem contratação por meio de contrato de trabalho intermitente de profissionais que são disciplinados por legislação específica. A mudança foi pedida pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas e vale para todas as categorias regidas por lei específica.

Rescisão contratual

O projeto de lei retira a exigência de a homologação da rescisão contratual ser feita em sindicatos. Ela passa a ser feita na própria empresa, na presença dos advogados do empregador e do funcionário – que pode ter assistência do sindicato. Segundo o relator, a medida agiliza o acesso do empregado a benefícios como o saque do FGTS.

Trabalho em casa

Regulamentação de modalidades de trabalho por home office (trabalho em casa), que será acordado previamente com o patrão – inclusive o uso de equipamentos e gastos com energia e internet.

Representação

Representantes dos trabalhadores dentro das empresas não precisam mais ser sindicalizados. Sindicatos continuarão atuando nos acordos e nas convenções coletivas.

Jornada de 12 x 36 horas

O projeto estabelece a possibilidade de jornada de 12 de trabalho com 36 horas de descanso. Segundo o relator, a jornada 12x36 favorece o trabalhador, já que soma 176 horas de trabalho por mês, enquanto a jornada de 44 horas soma 196 horas.

Ações trabalhistas

O trabalhador será obrigado a comparecer às audiências na Justiça do Trabalho e arcar com as custas do processo, caso perca a ação. Hoje, o empregado pode faltar a até três audiências judiciais.

Terceirização

O projeto propõe salvaguardas para o trabalhador terceirizado, como uma quarentena de 18 meses para impedir que a empresa demita o trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado.

Contribuição sindical

A proposta torna a contribuição sindical optativa. Atualmente, o pagamento é obrigatório para empregados sindicalizados ou não. O pagamento é feito uma vez ao ano, por meio do desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador.

Sucessão empresarial

O projeto prevê que, no caso em que uma empresa adquire outra, as obrigações trabalhistas passam a ser de responsabilidade da empresa sucessora.

Ambiente insalubre

Marinho acatou emenda sugerida pela deputada Laura Carneiro (PMDB-RJ) que permite o trabalho de mulheres grávidas em ambientes considerados insalubres, desde que a empresa apresente atestado médico que garanta a saúde da funcionária. No substitutivo, o relator defende que o afastamento de mulheres grávidas de ambientes de trabalho considerados insalubres discrimina as mulheres, que assim têm seu salário reduzido, além de desestimular a contratação de mulheres.

Justiça do Trabalho

O projeto torna mais rigorosos os pressupostos para uma ação trabalhista, limita o poder de tribunais de interpretarem a lei e onera o empregado que ingressar com ação por má fé. Em caso de criação e alteração de súmulas nos tribunais, por exemplo, passa a ser exigida a aprovação de ao menos dois terços dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, a matéria tem que ter sido decidida de forma idêntica por unanimidade em pelo menos dois terços das turmas, em pelo menos dez sessões diferentes.

Regime parcial

O parecer do relator estabelece que trabalho em regime de tempo parcial é de até 30 horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares por semana, ou de 26 horas por semana – neste caso com a possibilidade de 6 horas extras semanais. As horas extras serão pagas com o acréscimo de 50% sobre o salário-hora normal. Atualmente, trabalho em regime de tempo parcial é aquele que tem duração máxima de 25 horas semanais e a hora extra é vedada.

Multa

Na proposta original, apresentada pelo governo, a multa para empregador que mantém empregado não registrado era de R$ 6 mil por empregado, valor que caía para R$ 1 mil para microempresas ou empresa de pequeno porte. Em seu parecer, porém, Rogério Marinho reduziu o valor da multa, respectivamente, para R$ 3 mil e R$ 800. Atualmente, a empresa está sujeita a multa de um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência.

Recontratação

O texto modifica o substitutivo anterior para proibir uma empresa de recontratar, como terceirizado, o serviço de empregado demitido por essa mesma empresa. Modifica a Lei 6.019/74.

Tempo de deslocamento

O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e para o seu retorno, por qualquer meio de transporte, não será computado na jornada de trabalho. A CLT, hoje, contabiliza como jornada de trabalho deslocamento fornecido pelo empregador para locais de difícil acesso ou não servido por transporte público. Segundo Rogério Marinho, o dispositivo atual desestimula o empregador a fornecer transporte para seus funcionários.

Acordos individuais

Os trabalhadores poderão fazer acordos individuais sobre parcelamento de férias, banco de horas, jornada de trabalho e jornada em escala (12x36).

Banco de horas

A lei atual permite o banco de horas: a compensação do excesso de horas em um dia de trabalho possa ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. O substitutivo permite que o banco de horas seja pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação se realize no mesmo mês.

Trabalhador que ganha mais

Relações contratuais firmadas entre empregador e empregado portador de diploma de nível superior e que receba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social prevalecem sobre o que está escrito na CLT.

Demissão

O substitutivo considera justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador a perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão pelo empregado. Rogério Marinho acatou emenda que condiciona essa demissão “caso haja dolo na conduta do empregado”.

Custas processuais

Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo terão valor máximo de quatro vezes o teto dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, que em valores atuais corresponde a R$ 22.125,24.

Justiça gratuita

O projeto permite aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder o benefício da justiça gratuita a todos os trabalhadores que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. A proposta anterior estabelecia limite de 30%.

Tempo de trabalho

O substitutivo altera o artigo 4º da CLT para desconsiderar da jornada de trabalho as atividades que o trabalhador realiza no âmbito da empresa como: descanso, estudo, alimentação, atividade social de interação entre colegas, higiene pessoal e troca de uniforme.

Jornada excedente

Hoje, a CLT permite que a jornada de trabalho exceda o limite legal (8 horas diárias e 44 semanais) ou convencionado se ocorrer necessidade imperiosa. A duração excedente pode ser feita se o empregador comunicar a necessidade à autoridade competente dez dias antes. O projeto acaba com essa obrigação.

*Da Agência Câmara

Negociações de paz na Síria sob tutela da Organização das Nações Unidas (ONU) foram retomadas em Genebra, 10 meses depois do acordo se desfazer por causa da escalada dos conflitos no país devastado pela guerra.

O enviado da ONU à Síria, Staffan de Mistura, convocou a primeira reunião matinal com a delegação do governo sírio, liderada por Bashar al-Ja'aafari, nesta quinta feira (23).

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Espera-se que ele se encontre com Nasr Hariri, um membro sênior do maior grupo de oposição, a Coalizão Nacional Síria.

Delegados da oposição estão chegando a Genebra desde quarta-feira e alguns realizaram reuniões noturnas para se prepararem para as negociações.

Esta é a quarta rodada de negociações desde o início do ano passado. As negociações estão acontecendo em meio a uma trégua frustrada e duramente conquistada pela Turquia e a Rússia, que apoiaram partes opostas na guerra civil que já dura seis anos. Fonte: Associated Press.

Dois nomes estão muito próximos de serem anunciados pelo Santa Cruz: o do volante Bady e o do atacante Zé Carlos. Ambos os nomes podem ser anunciados como reforços do clube ainda nesta sexta-feira (6). No caso do atacante, o próprio empresário do atleta chegou a confirmar que já estava tudo certo para que o camisa 9 vestisse a camisa coral nesta temporada a partir da próxima segunda-feira (9). A direção coral, contudo, evita confirmar os negócios fechados e adota o silêncio quanto aos possíveis novos contratados.

Em contato com o Portal LeiaJá, o diretor de futebol do clube, Jomar Rocha, foi direto. “Não posso falar nada. Ainda estamos conversando. Quando estiver tudo certo, anunciamos”, resumiu. Questionado sobre a postagem do empresário de Zé Carlos, o dirigente repetiu o discurso. “Também já vi essa postagem dele, mas ainda não podemos anunciar nada”, ressaltou.

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Caso os acertos sejam confirmados, os dois se juntam aos outros sete reforços corais anunciados para a temporada: o goleiro Júlio César, os zagueiros Jaime e Bruno Silva, o lateral Gabriel Vallés, o volante David, o meia Thiago Primão e o atacante William Barbio. O clube ainda tem conversas abertas com o meia Thomás.

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Antes tido como certo no Náutico, o meia Thomás pode parar em outro clube pernambucano em 2017. O Santa Cruz demonstrou interesse no atleta, meio campo que defendeu o Joinville na temporada passada e pertencia ao Flamengo. Ainda sem proposta oficial pelo jogador, o empresário de Thomás, Márcio Bittencourt, confirmou ao site CoralNet, que está em conversas com o Tricolor.

“A gente está discutindo essa situação, mas por enquanto só sondagem. O jogador está sem clube. Seu contrato com o Flamengo acabou no dia 31 de dezembro do ano passado”, declarou o agente. Ao fim do ano passado, o atleta chegou a estar apalavrado com o Náutico, mas acabou voltando atrás e não acertou com o Timbu.

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Thomás tem 23 anos e atuou na temporada passada ao lado de outro reforço do Tricolor, o atacante William Barbio. Durante a reapresentação do Santa Cruz nesta quarta-feira (4), o técnico Vinícius Eutrópio não quis dar muitos detalhes da negociação com o jogador. O meia também tem passagem por Ponte Preta, Robur Siena, da Itália, e Seattle Sounders, dos EUA.

Sem conversas por Keirrison

Outro nome que chegou a ser especulado no Santa Cruz, principalmente ao final de 2016, era o do atacante Keirrison, que estava no Londrina. Contudo, as conversas para contar com o atacante não passaram apenas de uma sondagem. “Não tivemos mais nenhum contato com o Santa Cruz”, resumiu o empresário do atleta, Juliano Dávila, ao Portal LeiaJá.

Segundo ele, o atacante segue aguardando por propostas para a próxima temporada. “Tiveram algumas sondagens, mas nenhuma negociação concreta ainda. Temos algumas conversas fora do país, mas nada certo ainda”, complementou.

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A proposta de reajuste salarial dos policiais militares e bombeiros tem 30 dias para ser concluída. Nesta quarta-feira (4), o Governo de Pernambuco se reuniu com o Comando da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros para dar início às discussões.

Segundo o comandante geral da Polícia Militar, Carlos D’Albuquerque, reuniões vão continuar para definir os valores exatos. Na quinta-feira (5), haverá uma nova reunião às 15h na Secretaria de Administração de Pernambuco, no Recife. No dia 4 de fevereiro a proposta deverá ser enviada à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para aprovação.

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As associações dos policiais e bombeiros não participaram da reunião. As lideranças da categoria têm criticado a ausência de representatividade. “Nós recebemos a proposta [das associações] e fizemos todas as adequações com números levantados com os coronéis dos batalhões para desenvolver essa proposta que vai ser viável aos cofres públicos do Estado”, explicou o comandante.

Em ato de familiares dos policiais militares, a Associação de Cabos e Soldados (ACS) disse que a operação padrão da categoria continua. Desde o dia 6 de dezembro, os policiais aderiram ao protesto e também abandonaram o Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES), reduzindo o policiamento nas ruas. 

Questionado, o comandante geral amenizou a situação. “Recebemos a orientação da SDS [Secretaria de Defesa Social] para a suspensão das férias e readequação da escala de serviço, o que propiciou mais policiais nas ruas”, complementou. Além de aumento salarial, a categoria também cobra mudanças no plano de cargos e carreiras, agilizando a progressão de carreira. 

As negociações de paz entre o governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes sírios começarão no dia 23 de janeiro em Astana, no Cazaquistão, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.

A entrevista do chanceler foi dada à agência oficial de notícias de seu país, Anadolu, citada pela russa Tass nesta quarta-feira (4). Rússia e Turquia, ao lado do Irã, foram os principais negociadores do acordo para cessar-fogo assinado entre os dois lados do conflito sírio e que entrou em vigor no último dia 30 de dezembro.

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Cavusoglu destacou que, antes do acordo de todos os representantes, será realizada uma espécie de pré-reunião entre russos e turcos nos dias 9 e 10 de janeiro.

Ao ser questionado sobre as acusações de grupos rebeldes de que o regime de Assad não estaria respeitando a trégua nos ataques, o ministro turco se mostrou preocupado e destacou que "se nós não formos capazes de para as violações do cessar-fogo, o encontro de Astana fracassará".

Nessa terça-feira (3), representantes dos rebeldes informaram que "congelariam" as conversas de paz em Astana porque as "violações" dos grupos pró-Assad estariam "ameaçando a vida de centenas de milhares de pessoas".

Mergulhada em uma guerra civil há quase seis anos, a Síria tenta um acordo diplomático para por fim ao conflito - que já matou centenas de milhares de pessoas e obrigou mais de seis milhões a saírem de suas casa. 

Definidos técnico e diretoria de futebol, o Sport inicia o planejamento para a temporada de 2017 dentro de campo. E o primeiro trabalho da direção será segurar alguns atletas que se destacaram no clube nesta temporada. Durante os últimos dias, nomes como de Rithely e Diego Souza têm despertado interesse de várias equipes no mercado nacional. O volante tem sido especulado no Internacional e no Atlético-MG, enquanto o camisa 87 está ligado a negociações com Bahia e Vasco.

No entanto, o presidente eleito do Sport, Arnaldo Barros, afirma que os interesses não passam apenas de especulação e não há nada de concreto sobre negociação envolvendo a venda dos atletas. O mandatário leonino ainda aponta que caso negociações ocorram, os jogadores não saem por valores abaixo da multa. “Nessa época do ano é normal haver especulações. Tem muito de factóides, invenções, por isso surgem tantas notícias de interesse em jogadores do Sport que vem se destacando. É compreensível essa cobiça, mas quero tranquilizar a torcida que nossos jogadores são negociáveis, mas em padrões que justifiquem o investimento feito”, declarou o dirigente.

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Reafirmando não ter recebido propostas por nenhum atleta, Arnaldo lembra que os contratos deles com o Sport estão bem amarrados e o clube rubro-negro possui boa porcentagem sobre os direitos econômicos dos atletas. “Não temos proposta por ninguém até agora. Nós temos 50% do Diego Souza e do Rithely, 80% do Ronaldo Alves, 65% de Lenis e Wallace, deixamos de ser um clube barriga de aluguel para ter posse. Não haverá debandada como foi no ano passado, temos direitos sobre eles”, garantiu relembrando o desmanche sofrido pela equipe ao final de 2015, quando importantes peças saíram sem gerar receita ao clube.

Contratações

Enquanto garante a permanência de importantes peças em 2016, o Sport também já mira as contratações. Único clube da Série A que ainda não contratou nenhum reforço, o time corre para ter algumas caras novas já na reapresentação. O vice-presidente de futebol, Gustavo Dubeux, comenta que a direção já está trabalhando fortemente em busca de atletas. “Teremos uma reunião, o Alexandre já está trabalhando, temos opções, estamos atrasados. Temos uma semana para fazer acertos, temos que correr para que o Sport tenha uma equipe já na pré-temporada”, ressaltou. O Leão deve voltar aos trabalhos no dia 9 ou 10 do próximo mês.

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A Ponte Preta emitiu comunicado nesta terça-feira para avisar que não tem interesse em negociar o atacante William Pottker, que foi um dos artilheiros do Campeonato Brasileiro. Ele teria recebido ofertas do Botafogo e do Corinthians, o que o clube campineiro nega.

"Não recebemos propostas nem de Corinthians nem de Botafogo, como se fala por aí. A única proposta que veio foi da China e ela foi recusada. A Ponte conta com Pottker para 2017 e não está negociando o atleta nem tem interesse de uma saída dele", garante o presidente da Ponte, Vanderlei Pereira.

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De acordo com o clube de Campinas, "a única possibilidade" de Pottker sair é o contrato ser rompido, com o pagamento da multa contratual. A Ponte Preta confia que o empresário Fernando Garcia, que cuida dos interesses do jogador, mantenha o atacante no Moisés Lucarelli até pelo menos o fim do Brasileirão.

O Palmeiras não desistiu do lateral-direito Fabiano, autor do gol do título na vitória sobre a Chapecoense, na penúltima rodada do Brasileirão. Embora o Cruzeiro tenha afirmado que conta com o defensor após o período de empréstimo, a diretoria palmeirense entrou em contato com o lateral para discutir sua permanência.

Clube paulista tem até o dia 31 de dezembro para exercer o direito de compra investindo 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 12 milhões). As negociações começaram na segunda-feira, no primeiro contato entre o diretor de futebol, Alexandre Mattos, e os empresários do jogador. A intenção é diminuir o valor.

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Fabiano chegou ao Palmeiras no início do ano em uma troca complexa. Ele e o lateral-esquerdo Fabrício vieram para São Paulo; o meia Robinho e o lateral Lucas foram para o time mineiro. Fabiano nunca conseguiu "roubar" a posição de titular de Jean, mas ganhou espaço com o técnico Cuca na reta final do Campeonato Brasileiro e foi o autor do gol da vitória que definiu o título na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense.

Ex-jogador da Chapecoense, Fabiano voltou para Santa Catarina logo depois da tragédia aérea que vitimou 71 pessoas na viagem da delegação para Medellín para a disputa da final da Copa Sul-Americana. O jogador pretende passar boa parte das férias em solo catarinense.

Os primeiros reforços do Náutico para 2017 devem ser confirmados em breve pela diretoria alvirrubra. Três atacantes estão praticamente certos com a equipe para próxima temporada: Anselmo e Juninho - ambos defenderam o Fortaleza nesta temporada -, e Rafael Silva, que estava no Figueirense, mas pertence ao Cruzeiro. Apesar de evitar confirmar as contratações, o diretor de futebol Marcílio Sales confirma que apenas a assinatura de contrato ainda impede que os nomes sejam anunciados.

“Não vou dizer que estão totalmente certos porque ainda falta a assinatura de contrato e só podemos confirma com contrato assinado, mas os três estão bem encaminhados”, informou, ao Portal LeiaJá.

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Marcílio ainda ressaltou as qualidades dos atletas que chamaram atenção da direção alvirrubra. “Acho que o Anselmo e o Juninho dispensam comentários. Fizeram uma boa temporada pelo Fortaleza. O Anselmo é um dos artilheiros do Brasil nessa temporada, é um cara que apesar da idade sabe fazer gol, sabe se deslocar. Já o Rafael Silva também, um jogador rápido, que sabe fazer gol. Sem dúvida o Náutico estará muito bem servido no seu ataque no ano que vem”, comentou o dirigente.

Anselmo tem 36 anos e marcou 23 gols em 2016. O atacante acumula passagens por Palmeiras, Atlético Goianiense, Vasco, Ceará, Avaí e clubes da China e da Suécia. Juninho tem 31 anos e foi companheiro de ataque de Anselmo nesta temporada, o jogador acumula passagens por Vila Nova, Atlético Goianiense e Atlético-MG. Por fim, Rafael Silva é o mais novo deles e ganhou destaque nacionalmente após defender o Vasco em 2015, nesta temporada foi contratado pelo Cruzeiro, mas pouco jogou por lá e foi cedido por empréstimo ao Figueirense. Na série A foram 17 jogos e apenas um gol marcado.

Ewerton Páscoa e Jefferson Renan

Além dos atacantes, o Timbu negocia com outras dois atletas para 2017, o zagueiro Ewerton Páscoa e o meia Jefferson Renan. O primeiro já tem uma situação mais avançada nas negociações e assim como os atacantes deve ser confirmado em breve, enquanto o meia ainda depende de uma liberação do Porto, de Caruaru. 

“O Ewerton Páscoa está livre no mercado, então tem uma situação mais fácil, já que terminou o contrato dele com o Ceará. Então estamos negociando diretamente com ele. Já o Jefferson estamos conversando ainda com o Porto e vamos ver como fica a situação”, pontuou Marcílio sobre as negociações.

Ewerton Páscoa é conhecido em Pernambuco por já ter defendido o Sport entre 2014 e início deste ano, quando saiu para defender o Ceará. Jefferson Renan é uma das apostas da diretoria, o atleta que já defendeu o alvirrubro em 2015, pertence ao Porto e era desejo do Timbu no início deste ano, porém o Gavião acabou não o cedendo novamente para o clube.

Rodrigo Souza

Mais um nome encaminhado com Náutico não é de contratação, mas de renovação. Com contrato encerrado com o Cruzeiro, o volante Rodrigo Souza vem conversando com a diretoria para vir agora em definitivo para o Timbu. “Estamos em conversas adiantadas com o Rodrigo e é um atleta que quer ficar”, finalizou Marcílio Sales

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Apesar de a proposta de reforma da Previdência já ter sido encaminhada ao Congresso Nacional, o Planalto avalia que as negociações em torno do texto só vão começar de fato depois das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, previstas para fevereiro. Enquanto no Senado a candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) está consolidada, na Câmara ainda há incertezas sobre a possibilidade de reeleição do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ).

A ala política do governo tem consciência de que o texto deve sofrer alterações, mas não quer que as eleições do comando do Legislativo contaminem as negociações. Para evitar um vácuo que poderia até aumentar a exposição de críticas à proposta, o governo vai concentrar esforços de ministros e técnicos para apresentar as medidas para empresários, trabalhadores e setores da sociedade civil.

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O governo espera que a proposta esteja aprovada no fim do primeiro semestre. A preocupação é com a elaboração do Orçamento de 2018, que tem que ser enviado ao Congresso até o final de agosto. "Se não promulgar antes, o Orçamento terá problema", disse uma fonte palaciana.

Antes mesmo de chegar ao Congresso, o texto da reforma já vinha sendo desidratado em meio a discussões internas. Uma das medidas propostas pela equipe técnica era a elevação da alíquota de contribuição de servidores públicos federais, de 11% para 14%. Mas o presidente decidiu retirar esse ponto para evitar acusações de ter quebrado a promessa de não aumentar impostos.

O governo ainda retirou o trecho que incluía policiais militares e bombeiros na Previdência. Para eles, a regra de transição teria de ser criada por cada um dos Estados.

Na segunda-feira, 5, depois de representantes dos militares fizeram corpo-a-corpo no Planalto, Temer decidiu pela exclusão da categoria da reforma, antes do envio da proposta. Mas acabou que o texto protocolado na Câmara foi a versão incorreta.

Um técnico disse que vão observar como ficará o texto final da reforma após as negociações no Congresso, para então encaminhar as demais, como a das Forças Armadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo da Bolívia garante que, apesar da mudança de presidente no Brasil e dos protestos por parte de La Paz, o governo não irá romper com Brasília e muito menos no que se refere à renegociação de um acordo para a venda de gás natural. Quem garante isso é o chanceler boliviano, David Choquehuanca, de passagem por Genebra.

No início da semana, a delegação boliviana foi uma das seis que, na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque, se retiraram da sala quando o presidente Michel Temer tomou a palavra para discursar. Tratava-se de um protesto contra o impeachment no Brasil. Assim que Dilma Rousseff foi afastada definitivamente, o governo boliviano mandou seu embaixador em Brasília retornar para La Paz.

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Mas, gradativamente, o próprio chefe da diplomacia boliviana foi modificando o tom de suas críticas. Na semana passada, ele indicou que o retorno do embaixador em Brasília havia ocorrido apenas para que o diplomata explicasse o que estava ocorrendo no País.

Agora, ele foi ainda mais taxativo sobre o fato de que as negociações com o Brasil serão mantidas. Segundo ele, "os ministérios correspondentes de energia devem estar coordenando essa agenda".

Questionado pelo jornal "O Estado DE s. Paulo" se não há um rompimento, o ministro foi explícito: "Não, para quê?". "Não vamos romper", garantiu.

Ainda no governo de Dilma Rousseff, os dois países chegaram a falar da necessidade de se iniciar uma renegociação sobre o preço do gás boliviano vendido ao Brasil. O acordo assinado em 1999 vence em 2019. Mas La Paz quer antecipar as negociações, com preços mais favoráveis. A queda no preço do barril do petróleo afetou o gás natural e, em março de 2016, a renda dos bolivianos com as vendas ao Brasil era 43% inferior ao que se praticava no início de 2015.

Mas os bolivianos também temem que, com a produção do pré-sal, o novo acordo representa uma compra mais baixa por parte do Brasil. Para a Bolívia, as exportações de gás natural para o Brasil e Argentina representam 36% do crescimento de seu PIB.

As vendas, porém, também estão sob investigação. O gás é trazido ao Brasil pela TBG, empresa sob controle da Petrobras. A empresa também controla 2,6 mil quilômetros de gasoduto entre Corumbá (MT) e Canoas (RS). Mas, em 2014, o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público abriram auditoria para examinar a suspeita de pagamento extra da Petrobras à YPFB em US$ 434 milhões.

O chanceler acompanhava a visita oficial do presidente da Bolívia, Evo Morales, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. As declarações do chefe da diplomacia, porém, ocorreram apenas depois que a imprensa brasileira tentou em três ocasiões.

Na primeira delas, David Choquehuanca deu a entender que não entendia a pergunta. Questionado se La Paz reconhecia o governo Temer diante de "confusões" sobre os sinais dados pelos bolivianos, ele se manteve em silêncio. Logo depois, respondeu: "Confusão para quem?", sem esclarecer.

Na segunda tentativa, o chanceler simplesmente se manteve em silêncio e continuou caminhando. Um membro de sua delegação apenas comentou: "Viva Pelé", arrancando um sorriso do chanceler.

Na terceira tentativa, ele alegou que precisava ir ao banheiro. Mas, na quarta vez que foi abordado, finalmente se explicou. Nesta sexta-feira, Morales também cancelou uma coletiva de imprensa que havia agendado e se recusou a falar com a imprensa, alegando "falta de tempo". Para a imprensa brasileira, o presidente boliviano sugeriu: "Peçam uma entrevista".

Ausência

Se a Bolívia não quer romper com o Brasil, o Itamaraty não enviou a embaixadora do País na ONU para presenciar o discurso de Evo Morales. Nesta sexta-feira, ele pronunciou um discurso de 45 minutos diante do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

Numa sala lotada, Morales foi aplaudido de pé por algumas delegações e repleta de embaixadores. No caso do Brasil, a delegação foi representada apenas por dois diplomatas brasileiros, de escalão inferior. A embaixadora do Brasil na ONU, Regina Dunlop, não esteve presente. Contatada por telefone e mensagem, ela não respondeu.

Numa outra reunião também na ONU organizada por Morales, o Brasil não foi convidado e o presidente boliviano explicou sua saga e seus projetos apenas a "países amigos".

Na semana passada, o Itamaraty tampouco esteve presente na reunião do Movimento dos Países Não-Alinhados, numa cúpula organizada em Caracas e que marcou a posse de Nicolas Maduro como presidente do grupo. O Brasil é membro observador. Mas a única participação foi a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, numa mensagem de vídeo, demonstrou seu apoio a Maduro.

Durante seu discurso, Morales não citou a divisão entre grupos dentro do continente ou a crise brasileira. Seu ponto principal foi denunciar o governo chileno e o obstáculo criado por Santiago para garantir acesso ao mar.

O orçamento de São Paulo tem "bombas-relógio" armadas para o próximo mandato da Prefeitura. A circulação dos ônibus, a varrição das ruas e a manutenção da iluminação pública estão com contratos ou vencidos ou em vias de vencer. Eles precisarão ser renovados logo nos primeiros meses da nova gestão, para evitar gastos desnecessários num momento em que cada centavo faz falta para as contas fecharem.

Seja por decisão política do atual prefeito, Fernando Haddad (PT), ou por ação do Tribunal de Contas do Município (TCM), esses contratos, essenciais para a rotina da cidade, tiveram sua renovação arrastada. Firmados sob uma realidade diferente, de bonança e crescimento econômico, eles se transformaram em acordos caros, que consomem atualmente R$ 3,3 bilhões por ano - 6% do orçamento municipal, segundo levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Além disso, ficará também para o próximo prefeito fazer a reforma da Previdência municipal, outra bomba a ser desarmada - segundo a Prefeitura, a não realização da reforma gera um custo extra anual de R$ 350 milhões.

Ônibus

O caso mais grave é o dos ônibus. A gestão Haddad passou os quatro anos sem fazer uma nova concessão do sistema de transportes. Primeiro, por causa dos protestos contra a tarifa de junho de 2013, que motivaram uma auditoria nas contas (que não identificou nada ilícito); depois, por causa do TCM, que barrou a nova licitação ao apontar 50 falhas; e, no fim, já em 2016, por decisão do próprio Haddad de deixar esse vespeiro para o próximo mandato.

Os pagamentos às empresas vêm sendo atrasados em até 15 dias por falta de caixa na Secretaria de Transportes. Os contratos, firmados sob termos de 2003, obrigam a Prefeitura a gastar R$ 2 bilhões por ano em subsídios.

Quanto à varrição de ruas, as duas empresas que fazem a limpeza das vias estão contratadas até dezembro. A partir de janeiro, será preciso fazer uma nova licitação ou uma renovação dos acordos, mantendo os gastos na casa dos R$ 720 milhões por ano. Já a iluminação pública, tocada por um consórcio, tem contrato vigente até setembro. O acordo foi renovado no ano passado porque a Prefeitura esperava concluir a Parceria Público-Privada (PPP) que, além da manutenção, iria trocar as luminárias das ruas por LED - um processo primeiro paralisado pela Justiça e, agora, parado também no TCM.

Reações

Haddad defende a forma como lidou com essas questões. Disse que, dada a situação de cada caso, preferiu deixar estas decisões importantes para serem tomadas pela próxima gestão. "Eu critiquei muito o (Gilberto) Kassab (PSD, ex-prefeito da cidade) por ele ter assinado diversos contratos no término do seu mandato. Não poderia, agora, agir da mesma forma que critiquei", disse.

Já os demais candidatos à Prefeitura reclamaram da situação. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB), afirmou que "é ruim deixar os contratos nessa situação". "No caso do transporte público, por exemplo, há uma defasagem grande." Russomanno disse, ainda, que Haddad "não teve a hombridade de terminar o que começou".

A candidatura de Marta Suplicy (PMDB) também aponta problemas. "Está errado. Tem de levar em conta o próprio mandato. Ele (Haddad) vai deixar coisas inconclusas para o próximo mandato", disse o vereador Andrea Matarazzo (PSD), candidato a vice na chapa de Marta.

Na opinião do candidato tucano João Doria não se trata de "um gesto responsável". "O correto seria fazer uma extensão desses contratos por um prazo de seis meses", disse.

A candidata do PSOL, Luiza Erundina, disse ver "falta de planejamento". "Independentemente de ser o final do mandato dele, o prefeito tinha a responsabilidade de estabelecer um cronograma de contratos para garantir isso na Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano seguinte". A candidata disse, ainda, que vai rever todos os contratos "vencidos ou não".

 

Três perguntas para Adilson Dallari, doutor em Direito Público

1. Há problemas com o fato de existir tantos contratos emergenciais?

Estamos passando por um processo de grande transformação na área econômica. A grande maioria desses contratos foi feita em um período de deslumbramento, de Brasil grande, euforia. E estamos em uma crise econômica terrível, o que encarece esses gastos. Desde o direito romano, os contratos são rebus sic stantibus, ou seja, desde que as coisas fiquem como estão. E as coisas não permaneceram como estavam quando foram celebrados. Assim, precisam sofrer alterações.

2. Eles já deveriam ter sido alterados?

Esse é um momento de grande mudança na economia. Não é prudente fazer nada agora enquanto não tiver uma solução para o quando econômico. Há mudanças em curso, o plano de parceria integrado que vem sendo discutido e deve trazer transições muito grande nas concessões.

3. Então a questão econômica tem um peso maior do que a decisão política de rever contratos?

Sim. Por todo o País, temos esqueletos de obras inacabadas. A renegociação deve ser feita nos termos da legislação que está por vir. O Orçamento da União influi. Essa lei de parcerias influi. A nova lei de licitações que vem sendo discutida influi. Ou seja, nos próximos 90 dias, vai acontecer muita coisa e é prudente esperar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em negociação com a Procuradoria-Geral da República, o grupo de executivos da empreiteira Mendes Júnior apresentou proposta de delação premiada na qual assume ter efetuado o pagamento de propina em obras do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Dnit, e no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o Dnocs. As negociações com os executivos da empreiteira começaram há cerca de cinco meses.

A reportagem apurou que são citadas obras nas rodovias BRs 101 (PE), 429 (RO) e a 163 (MT), nos casos de licitações do Dnit. A obra do Projeto de Aproveitamento Hidroagrícola dos Platôs de Guadalupe (PI) aparece nas citações ao Dnocs. A obra foi licitada por R$ 143 milhões e teve como vencedor o consórcio formado pela empresa e a Camargo Corrêa.

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Suspeitas

Um dos documentos nos quais os procuradores se baseiam para questionar a Mendes Júnior é um relatório de empresas de consultoria contratadas pela construtora e consideradas de fachada pela Receita. Entre transações suspeitas, o documento aponta o pagamento de R$ 3,7 milhões da Mendes Júnior para Arquieng Arquitetura e Engenharia - que teve como sócio Glauco de Araújo Mendes, ex-diretor do Dnocs. A Arquieng e Araújo já apareceram como destinatários de valores de outra empreiteira, a Andrade Gutierrez. No fim de junho, Araújo, então secretário do Ministério da Integração Nacional, foi exonerado após o Estado revelar o elo da Arquieng com a Andrade. Araújo foi nomeado diretor do Dnocs em 2013, na gestão Fernando Bezerra Coelho (PSB).

No caso do Dnit, ligado à pasta dos Transportes, o documento cita que a Mendes Júnior repassou R$ 3,6 milhões para a Konceito Empreendimentos de Engenharia, que não possuía funcionários registrado na época dos pagamentos, em 2013.

Defesa

O Dnocs e a Integração Nacional disseram que não tiveram acesso à proposta de delação e, por isso, não comentariam. Representantes da Arquieng e da Konceito, assim como Araújo, não foram localizados. O Dnit não respondeu à reportagem. Fernando Bezerra informou que a nomeação de Araújo não partiu dele nem do PSB. Segundo nota enviada, "as indicações para estatais são responsabilidade da Presidência". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O técnico argentino Edgardo Bauza ficou incomodado neste domingo com as insistentes perguntas dos jornalistas sobre seu futuro no São Paulo. Na última sexta-feira, o treinador esteve na Argentina para conversar com dirigentes da Associação de Futebol Argentino (AFA) sobre a possibilidade de assumir a seleção do país.

Desde então, Edgardo Bauza não falou mais sobre o assunto. Na entrevista coletiva após a derrota do time tricolor para o Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre, o técnico ficou incomodado depois que perguntaram pela segunda vez sobre uma eventual saída.

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"Não vou falar sobre isso. Foi uma viagem a título informativo dos dirigentes e nada mais. Os dirigentes escolherão o novo técnico", disse inicialmente. E emendou na sequência quando foi novamente questionado. "É a última vez que respondo a essa pergunta. Os dirigentes da AFA queriam conversar comigo. Falamos sobre futebol e nada mais. Não tenho ideia se vão definir rapidamente. Não é um problema meu", completou o técnico.

Sobre a derrota para o Grêmio em Porto Alegre, o treinador deu os méritos da vitória ao adversário. "Não conseguimos nos comportar bem, conseguimos nos defender bem até levar o gol. Mas Ofensivamente produzimos pouco, muitos jogadores estiveram abaixo do normal. Quando isso acontece, é difícil conseguir o resultado", destacou.

Depois de perder o meia Paulo Henrique Ganso e os atacantes Alan Kardec, Calleri e Rogério, o treinador pediu reforços à diretoria. "Foram-se quatro jogadores da parte ofensiva. O Ytalo teve uma lesão de cruzado e ficará parado por seis meses. Estamos falando com a diretoria para tentar conseguir mais dois ou três atacantes", finalizou.

Mesmo com a derrota, o São Paulo permaneceu na nona colocação, com 22 pontos. O problema é que a distância para o G4 aumentou para sete pontos - o Santos é o quarto colocado. Na próxima rodada, o time tricolor buscará a reação contra a Chapecoense, no domingo, às 11 horas, no estádio do Morumbi.

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