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Nessa sexta-feira (3), o secretário do Interior de Berlim, Andreas Geisel, acusou os americanos de contrabandear 200 mil respiradores que seriam destinados à capital alemã. Autoridades francesas e brasileiras já haviam criticado as negociações feita entre chineses e norte-americanos, que impulsionaram o preço do equipamento e resultou na diminuição da oferta.

"Consideramos isso um ato de pirataria moderna. Não é assim que você lida com parceiros transatlânticos", disparou Geisel ao canal RBB. "Mesmo em tempos de crise global, nenhum método do 'velho oeste' deve ser usado", complementou ao solicitar que os Estados Unidos cumpram o direito internacional. Berlim já tem mais de 20 pessoas mortas pela Covid-19.

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As autoridades alemãs apontam que os 200 mil respiradores - de um lote de 400 mil - encomendados à China foram desviados para os Estados Unidos na Tailândia, durante um transporte entre aeronaves.

No mesmo dia, os franceses também criticaram a postura americana e a disparada dos preços após negociações transversais dos equipamentos essenciais. "Fomos pegos de surpresas", afirmou a governadora da Ilê-de-France - região a qual Paris é alocada - Valérie Pécresse.

"Eles ofertam três vezes o preço e propuseram pagar adiantado. Eu não posso fazer isso [...] estou gastando recursos públicos e só posso pagar na entrega depois de verificar a qualidade", relatou Pécresse. A região de Ilê-de-France tem mais de 1.700 vítimas fatais

Na última quarta-feira (1º), o Ministro da Saúde Henrique Mandetta informou que a compra de equipamentos de proteção individual - como máscaras e luvas - foram frustradas após os EUA adquirirem da China uma quantidade dos produtos dividida em 23 aviões cargueiros.

"As nossas compras, que nós tínhamos expectativa de concretizar, para poder fazer o abastecimento, muitas caíram", declarou. Mandetta também pediu “uma produção mais organizada” da China e garantiu que espera que os países que “exercem seu poder muito forte de compra já tenham se saciado para que o Brasil possa adquirir”, ressaltou.

Nessa quarta-feira (26), o LeiaJá apurou a informação de que membros da comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) elaboraram um requerimento e um abaixo-assinado virtual intercedendo ao reitor, professor Alfredo Gomes, pela liberação de trabalhadores terceirizados que seguem exercendo atividades não consideradas essenciais, como serviços de jardinagem e limpeza de espaços vazios, durante a suspensão das aulas e atividades acadêmicas em decorrência da pandemia de COVID-19.

Questionada pela nossa reportagem, a Universidade Federal de Pernambuco afirmou que o requerimento elaborado por membros da comunidade acadêmica ainda não foi recebido pela instituição. A UFPE alegou fazer “esforços nas tratativas junto a empresas e contratos, mantendo diálogo com as prestadoras de serviço para medidas que visem a preservação da saúde e dos salários dos trabalhadores frente à situação de emergência sanitária, econômica e social do país”.

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Também foi dito que “desde o dia 16 de março, após a suspensão das atividades acadêmicas de forma conjunta pelo Consórcio PE Universitas, entre as primeiras medidas adotadas pela UFPE, encontra-se que gestores de contratos devem notificar as empresas quanto às recomendações adotadas pela Instituição, referenciando o quadro de risco aumentado e vulnerabilidades conforme recomendações das autoridades sanitárias”. O anúncio dessa medida foi feito por meio de comunicado oficial da Universidade sobre medidas adotadas para prevenção ao coronavírus no dia 13 de março. 

O LeiaJá voltou a questionar a universidade sobre o motivo de, mesmo havendo negociações junto às empresas prestadoras de serviços há muitos dias, persistir o problema e ainda haver trabalhadores terceirizados exercendo funções que, durante uma pandemia, não são necessárias. Também perguntamos qual tem sido a postura de tais empresas nas tratativas com a UFPE e aguardamos resposta para atualização desta reportagem.

A França entrou nesta quinta-feira (12) no oitavo dia de greve contra a reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron. Pela primeira vez, o governo francês deu sinais de que aceita dialogar com os manifestantes, mas os sindicatos rejeitaram o aceno, pediram a ampliação do movimento e negaram uma trégua.

"A greve continua, e lamentamos. Percebemos que o governo não dá o braço a torcer e isso vai durar algum tempo. Não haverá trégua de Natal", afirmou o secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal sindicato dos ferroviários, Laurent Brun, à rádio France Info.

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A rejeição da proposta do governo sinaliza que os líderes sindicais consideram a possibilidade de uma "duração ilimitada" da paralisação. Os grevistas tentam repetir a mobilização de 1995, que durou mais de três semanas e levou à renúncia do primeiro-ministro, Alain Juppé, e acabou com a proposta de reforma previdenciária do governo de Jacques Chirac. Na época, as greves foram comparadas aos eventos de maio de 1968, quando a França chegou à beira de uma revolução.

Na quarta-feira, o primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, anunciou o projeto de reforma, que pretende unificar os 42 regimes diferentes em um sistema único. "Todo mundo sairá ganhando", disse o premiê.

O governo manteve o plano, mas aceitou flexibilizar alguns pontos após os protestos da última semana. As concessões, no entanto, não foram consideradas suficientes pelos sindicatos. "Minha porta está aberta, minha mão está estendida", declarou Philippe.

No entanto, os sindicatos afirmam que o governo "ultrapassou" os limites com os anúncios sobre a aposentadoria, um tema muito delicado na França. Uma das questões que mais enfurece os trabalhadores é o aumento para 64 anos da idade mínima para aposentadoria integral. Atualmente, a idade é 62 anos e continuará sendo, mas com direito a uma pensão menor. Diante do impasse, o governo disse ontem que aceita negociar. "Há espaço", garantiu o ministro da Economia, Bruno Le Maire.

Nesta quinta-feira, em Paris a maioria do transporte público não funcionou. O centro da capital ficou completamente paralisado com o grande número de veículos. Em Nantes, houve confronto entre a polícia e os manifestantes. Em Marselha, grevistas atearam fogo em carros. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os Estados Unidos e o Talibã retomaram, neste sábado (7), as negociações, três meses após a interrupção ordenada pelo presidente Donald Trump dos esforços diplomáticos para acabar com o conflito mais longo da história de seu país.

"Os Estados Unidos voltaram às negociações hoje (sábado) em Doha. O foco da discussão será uma redução da violência que conduza a negociações intra-afegãs e uma trégua", disse uma fonte envolvida nessas negociações.

O Departamento de Estado americano anunciou na quarta-feira que seu emissário encarregado das negociações com o Talibã, Zalmay Khalilzad, viajaria a Doha para "retomar as negociações".

No mesmo dia, Khalilzad se reuniu em Cabul com o presidente afegão, Ashraf Ghani, e outras autoridades do país.

Em 7 de setembro, Donald Trump, que prometeu "acabar com as guerras sem fim", e especialmente o conflito afegão - iniciado em 2001 - encerrou as discussões diretas e inéditas conduzidas por Khalilzad.

Trump também anulou um convite feito secretamente aos líderes do Talibã para encontrá-lo, após a morte de um soldado americano em um ataque de insurgentes em Cabul.

Naquele momento, disse que as negociações estavam "mortas e enterradas", mas depois pareceu adotar uma posição mais flexível e abriu as portas para o diálogo.

Em 28 de novembro, durante uma visita ao Afeganistão para apoiar as tropas americanas no Dia de Ação de Graças, Trump finalmente anunciou a retomada das negociações.

"Vai funcionar"

"Os talibãs querem um acordo e nós os encontramos. Dissemos a eles que queremos uma trégua e eles disseram que não queriam. Mas agora eles querem um cessar-fogo", disse Trump na época. "E acho que isso vai funcionar".

O projeto de acordo delineado no início de setembro previa o início da retirada progressiva de entre 13.000 e 14.000 soldados americanos, a principal reivindicação dos talibãs.

Em troca, os insurgentes se comprometeriam a não realizar ataques no Afeganistão e iniciariam um diálogo com o governo de Cabul, que eles consideram "ilegítimo".

No entanto, prometeram apenas "reduzir a violência". A ausência de um verdadeiro cessar-fogo em um país esgotado por anos de conflito foi um ponto particularmente criticado e o acordo não recebeu apoio claro das autoridades afegãs, que permaneceram à margem das negociações.

Desta vez, os americanos insistem na necessidade de um cessar-fogo, mas não se sabe ao certo se os insurgentes estão dispostos a ceder.

Questões importantes como a divisão do poder com os talibãs, o papel de potências regionais como Índia e Paquistão e o destino do governo de Ghani permaneceriam no ar.

Em uma mensagem destinada a favorecer as negociações, Khalilzad elogiou na terça-feira as operações do Talibã contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na província de Nangarhar, na fronteira com o Paquistão.

Graças a essa operação e à das forças ocidentais e afegãs, o "Estado Islâmico perdeu terreno e milicianos", disse o emissário.

De acordo com uma pesquisa do instituto Asia Foundation publicada esta semana nos Estados Unidos, 88,7% dos 17.812 afegãos questionados apoiam os esforços de paz e 64% acham que a paz é possível, uma porcentagem que representa um aumento de 10% em relação ao ano passado.

O líder dos negociadores talibãs afirmou, nesta quarta-feira, que a "porta está aberta" para a continuidade das negociações com os Estados Unidos, um dia depois de dois atentados que mataram pelo menos 48 pessoas no Afeganistão.

"Do nosso lado, a porta está aberta para seguir negociando", afirmou Sher Mohamad Abbas Stanikzai à BBC.

Abbas Stanikzai também confirmou a autoria dos talibãs nos recentes atentados, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou em 7 de setembro a decisão de romper as negociações de paz no Afeganistão em consequência da morte de um soldado americano em um atentado no início do mês.

Ele afirmou que Washington também reconheceu que matou milhares de talibãs enquanto os dois lados negociavam. Stanikzai disse ainda que os insurgentes não fizeram nada de errado em seguir lutando durante as discussões.

O presidente americano decidiu no início do mês romper as negociações, quando tudo parecia indicar um acordo de paz iminente, que teria permitido uma retirada americana do Afeganistão após 18 anos de conflito.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, abriu a porta para uma nova rodada de negociações, mas advertiu que os talibãs deveriam mostrar um "compromisso evidente".

Ao menos 26 pessoas morreram na terça-feira em um atentado durante um comício do presidente afegão, Ashraf Ghani, na província de Parwan (centro). Outra explosão, poucas horas depois, deixou 22 mortos na capital Cabul.

Os atentados também deixaram dezenas de feridos.

O grupo insurgente ameaçou cometer novos ataques nas próximas semanas, antes das eleições presidenciais de 28 de setembro.

O presidente iraniano Hassan Rohani descartou nesta terça-feira negociações bilaterais com o governo dos Estados Unidos e advertiu que seu país reduzirá os compromissos na área nuclear, a menos que sejam registrados avanços com os países europeus nos próximos dois dias.

O Irã e três países europeus – França, Alemanha e Grã-Bretanha – tentam salvar o acordo de 2015 para limitar o programa nuclear iraniano, mas que está em dúvida desde a saída dos Estados Unidos, em 2018, e a retomada das sanções econômicas americanas contra Teerã.

As tensões não param de aumentar entre o governo iraniano e a administração do presidente Donald Trump, que desde sua chegada à Casa Branca adotou um tom hostil em relação ao Irã, país que acusa de querer produzir uma bomba atômica.

No fim de agosto, após a reunião de cúpula do G7 na França, os presidentes francês, Emmanuel Macron, e americano mencionaram a possibilidade de uma reunião de Rohani e Trump em setembro em Nova York, à margem da assembleia geral da ONU.

Mas em um discurso no Parlamento nesta terça-feira, Rohani disse que a questão das negociações diretas com os Estados Unidos talvez "tenha sido um mal-entendido".

Também advertiu que a República Islâmica poderá reduzir ainda mais seus compromissos na área nuclear nos próximos dias se até quinta-feira as negociações com os europeus "não alcançarem nenhum resultado".

"Afirmamos várias vezes e repetimos: nenhuma decisão de manter negociações bilaterais com os Estados Unidos foi tomada", declarou Rohani, de acordo com o texto do discurso pronunciado no Parlamento, publicado pelo site do governo iraniano.

"Por princípio, não queremos negociações bilaterais com os Estados Unidos", disse Rohani.

Ele citou, no entanto, a possibilidade de discussões com Washington no formato "5+1" se o governo dos Estados Unidos suspender as sanções contra o Irã restabelecidas depois da saída unilateral, em maio de 2018, do acordo sobre o programa nuclear de Teerã concluído em Viena em 2015.

O formato corresponde aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China) mais a Alemanha.

Os seis países negociaram e assinaram o acordo com o Irã.

Em maio de 2019, um ano depois da saída dos Estados Unidos do acordo, o que priva o Irã de recursos financeiros, Teerã começou a abandonar alguns compromissos do pacto com o objetivo de pressionar os outros países signatários do acordo a ajudar o regime a evitar as sanções americanas.

O Irã aumentou as reservas de urânio enriquecido além do limite estabelecido pelo acordo de Viena e superou o nível de enriquecimento de urânio autorizado (3,67%).

Atualmente, o Irã negocia com os três países europeus que assinaram o acordo.

"Mas, se até quinta-feira, as negociações não alcançarem nenhum resultado, anunciaremos a terceira fase de redução de nossos compromissos", explicou Rohani aos deputados.

Isto será feito como está previsto "nos próximos dias", a menos que as outras partes adotem uma medida "importante", disse Rohani, antes de recordar que o Irã deseja exportar seu petróleo sem obstáculos.

O Irã obtém 80% de seus recursos em divisas da venda de petróleo ou de produtos derivados. Isto significa que as novas sanções isolam o país do sistema financeiro internacional e provoca a perda de quase todos os compradores de combustível.

Outro motivo de tensão foi a interceptação em julho de um petroleiro iraniano em Gibraltar, acusado de transportar ilegalmente 2,1 milhões de barris de petróleo para a Síria, um país submetido a sanções.

O navio, autorizado a sair de Gibraltar em meados de agosto, desapareceu na segunda-feira dos radares, quando estava próximo das costas da Síria e do Líbano.

Os Estados Unidos e os talibãs se reuniram neste sábado em Doha, retomando potencialmente as decisivas conversas para alcançar um acordo que permita a retirada das tropas americanas do Afeganistão.

"Fizemos progressos e agora estamos discutindo o mecanismo de implementação e alguns aspectos técnicos", disse à AFP o porta-voz talibã Suhail Shaheen neste sábado, referindo-se às discussões mantidas dois dias antes. "O acordo se completará depois de um pacto sobre esses pontos", acrescentou.

O segundo dia da nona rodada de diálogo estava previsto para sexta-feira, mas "ambos os lados decidiram adiá-lo para sábado", explicou, referindo-se como motivo a "outros compromissos".

Shaheen assegurou que qualquer pacto será anunciado à imprensa, assim como os representantes dos países vizinhos e a China, a Rússia e os Estados Unidos.

Ambos os lados negociadores negaram informações divulgadas pela mídia neste sábado segundo as quais se teria discutido criar um governo interino no Afeganistão com a presença talibã.

gw-burs/hc/aoc/jz/cc

Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmaram nesta terça-feira (20) conversas entre os dois governos para tentar conter a crise no país sul-americano.

"Estamos falando com diversos representantes da Venezuela. Não vou dizer com quem, mas está em um nível muito alto", afirmou o republicano a jornalistas.

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Segundo Trump, sua administração está ajudando o governo venezuelano o quanto pode, principalmente porque "precisa de muita ajuda".

"Nos mantemos à margem, mas estamos ajudando. Há 15 anos, era um dos países mais ricos, agora é um dos países mais pobres".

Logo após a declaração do magnata, o líder chavista fez um pronunciamento em rede nacional na Venezuela para confirmar o diálogo. "Confirmo que há meses ocorrem contatos de altos funcionários do governo dos Estados Unidos, de Donald Trump, com o governo bolivariano que presido, sob minha expressa autorização direta", ressaltou.

Maduro acrescentou que estão sendo realizados "vários contatos, vários caminhos, para buscar solucionar este conflito".

Apesar da abertura ao diálogo, os Estados Unidos e outros 50 países ainda reconhecem autoproclamado presidente Juan Guaidó como o líder legítimo da Venezuela.

A confirmação ocorre após, na última semana, uma reportagem da agência Associated Press revelar, citando uma fonte da administração dos EUA, que o chefe do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, havia se encontrado, em julho, com um representante norte-americano.

O número dois do chavismo, no entanto, negou a informação, a classificando de "mentirosa" e de uma "grande manipulação".

Da Ansa

Duas semanas depois do início da crise que quase derrubou o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez, o governo brasileiro se pronunciou oficialmente a respeito da ata que estabelecia a contratação da potência da usina de Itaipu.

Nota oficial assinada pelo Ministério de Minas e Energia e pelo Ministério de Relações Exteriores afirma que a ata buscava corrigir uma "defasagem histórica" na contratação da potência de Itaipu pela estatal paraguaia Ande, "de modo que cada parte pague pela energia que efetivamente consome", conforme termos do Tratado de Itaipu.

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De acordo com o governo brasileiro, "diferentemente do que tem sido divulgado", o processo de negociação da ata - assinada no dia 24 de maio e anulada unilateralmente pelo país vizinho em 1º de agosto - "não foi secreto". A nota oficial sustenta que representantes dos ministérios de Relações Exteriores de ambos os países, Eletrobrás, Ande e Itaipu participaram de "todas as reuniões".

O tom do comunicado é de resposta às notícias publicadas na imprensa paraguaia a partir do vazamento de mensagens trocadas entre o ex-presidente da Ande Pedro Ferreira e o presidente Abdo Benitez. Nas mensagens, Ferreira se opõe aos termos da ata bilateral, que, depois de revelados, quase derrubaram o governo de Mario. A ata foi considerada "entreguista" pela oposição e por membros do Partido Colorado, base do presidente.

A ata previa que o Paraguai aumentasse a contratação da potência de Itaipu em 9,6% neste ano. Para os próximos três anos, a alta seria de 12% ao ano. Ao final do período, ainda haveria uma defasagem que permitiria aos paraguaios pagar menos pela energia do que os brasileiros. À imprensa paraguaia, Pedro Ferreira disse ser contra o acordo e negou ter participado das negociações. A crise paraguaia só diminuiu depois que a ata foi anulada, mas o país ainda passa por turbulências políticas relacionadas ao tema.

A nota oficial do governo brasileiro afirma que a ata "foi fruto de consenso entre os representantes dos dois países" e tinha como objetivo "chegar a um acordo justo para ambas as partes". Com a anulação da ata, a contratação da potência da usina ainda não foi definida para este ano, e Itaipu não está sendo remunerada por toda a energia produzida.

"O Brasil continua dialogando com o Paraguai, de forma a construir as soluções que contribuam para a correção dos eventuais desequilíbrios em relação a contratação da energia produzida", diz a nota oficial.

Comercializadora

A nota oficial do governo brasileiro também menciona o episódio da comercializadora Leros, que envolve Alexandre Giordano, representante da empresa e suplente do senador Major Olímpio (PSL-SP). Segundo mensagens vazadas e publicadas na imprensa paraguaia, ele teria procurado um assessor jurídico do vice-presidente paraguaio, Hugo Velázquez, para fechar um acordo para comercializar a energia excedente de Itaipu. Velázquez, por sua vez, teria procurado Pedro Ferreira para tratar da proposta.

Na nota, o governo destaca que o Tratado de Itaipu "somente permite a venda da energia produzida pela usina para a Eletrobrás e para a Ande". "Portanto, não tem qualquer fundamento a especulação sobre a possibilidade de comercialização da energia da usina binacional por parte de alguma empresa que não seja a Eletrobrás e a Ande."

As negociações agendadas para esta terça-feira (30) no Sudão com os generais no poder foram canceladas, com os negociadores do movimento de protesto na cidade onde cinco estudantes do ensino médio foram mortos no dia anterior durante uma manifestação, "um crime inaceitável" segundo o chefe do Conselho militar.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu às autoridades que "investiguem e entreguem à justiça todos os autores da violência contra crianças", dizendo que os manifestantes mortos tinham entre 15 e 17 anos de idade.

Os manifestantes acusam as temidas Forças de Suporte Rápido (RSF), lideradas pelo número dois do Conselho militar à frente do país, Mohammed Hamdan Daglo, por atirar contra a multidão que protestava contra a escassez de pão e combustível na cidade de Al-Obeid (centro).

O Sudão está mergulhado em uma crise desde dezembro. Desencadeados após a triplicação do preço do pão, os protestos se transformaram em oposição ao presidente Omar al-Bashir, destituído e preso pelo Exército em 11 de abril, depois de 30 anos no poder.

Os manifestantes passaram então a exigir que os militares que tomaram o poder o transferissem para os civis.

"Matar civis pacíficos é um crime inaceitável que não deve ficar impune", disse o chefe do Conselho militar de transição, o general Abdel Fattah al-Burhane.

O Unicef lembrou, por sua vez, que "nenhuma criança deve ser enterrada em seu uniforme escolar".

As autoridades impuseram um toque de recolher noturno em Al-Obeid e em três outros locais em Kordofan do Norte na segunda-feira. Todas as escolas do estado foram ordenadas pelas autoridades a suspender as aulas.

A Associação dos Profissionais Sudaneses (SPA), que lidera os protestos, convocou na segunda-feira novas manifestações em todo o país para denunciar este "massacre".

"As forças Janjawid e atiradores dispararam munição real contra crianças em idade escolar", disse o SPA, referindo-se às RSF, cujos membros foram recrutados das Janjawid, milícias acusadas de atrocidades na província ocidental de Darfur.

Segundo a SPA, mais de 60 pessoas também ficaram feridas.

"Os mortos são crianças e isso aumenta a brutalidade", denunciou um líder dos protestos, Ismail al-Taj, durante uma manifestação em Cartum.

Desde dezembro, a repressão ao movimento de contestação matou mais de 250 pessoas, incluindo 127 em 3 de junho na brutal dispersão de uma manifestação organizada em Cartum para reivindicar um governo civil.

Após a morte dos estudantes, as chamadas para suspender as negociações com o poder militar se multiplicaram.

"Não podemos nos sentar à mesa com aqueles que permitem a morte dos revolucionários", disse Siddig Youssef, um dos líderes dos protestos.

"Não haverá negociações hoje porque ainda estamos em Al-Obeid", disse à AFP Taha Osman, um dos negociadores. Satea al-Haj, outro líder da oposição também presente em Al-Obeid, confirmou.

As negociações devem resolver algumas questões pendentes depois que um acordo de compartilhamento de poder foi alcançado em 17 de julho. Obtido após difíceis negociações, prevê um Conselho Soberano de cinco militares e seis civis para liderar a transição por um pouco mais de três anos.

Representantes do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e da oposição se reunirão em breve na ilha caribenha de Barbados, anunciou neste domingo (7) o líder oposicionista Juan Guaidó.

"Em atenção à mediação do governo do Reino da Noruega para pôr fim à tragédia que nós venezuelanos padecemos, haverá presença em uma reunião com representantes do regime usurpador em Barbados para estabelecer uma negociação de saída para a ditadura", afirmou Guaidó em comunicado. "Nossa principal motivação é encerrar o sofrimento dos venezuelanos e é por isso que seguiremos trabalhando até consegui-lo", disse ele.

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A oposição também receberá em Caracas o representante especial da União Europeia, Enrique Iglesias, "como parte da ofensiva internacional que temos realizado", foi informado. O Ministério das Relações Exteriores norueguês também anunciou que as partes se reunirão nesta semana em Barbados. Fonte: Associated Press.

Pela primeira vez desde que Juan Guaidó se proclamou presidente interino da Venezuela, em janeiro, opositores e chavistas deram os primeiros passos para negociar um acordo. Aliados do presidente Nicolás Maduro e membros da oposição se reuniram nos últimos dias com a chancelaria da Noruega, em Oslo.

Sem negar os encontros, Guaidó tentou minimizá-los, com um tuíte em que afirma que as conversas não são a única iniciativa em curso para o fim da crise. "Grupo de Contato, Canadá, Reino Unido, Noruega, Grupo de Lima, além de outras iniciativas, nos apoiam para chegar a uma solução da crise. Para os venezuelanos, a rota é clara, e nós a mantemos: fim da usurpação (do poder), governo de transição e eleições livres", escreveu Guaidó.

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O representante do chavismo na ONU também confirmou as negociações. "Sim, está havendo conversas entre governo e setores democráticos da oposição", disse Jorge Valero, embaixador da Venezuela na ONU, em Genebra. "Infelizmente, há uma oposição que é belicista, terrorista e fascista, simples marionetes do império dos EUA."

Nos últimos dias, representantes de Maduro viajaram a Oslo, entre eles o ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, e o governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez, para encontrar delegados de Guaidó, como o ex-deputado Gerardo Blyde e Fernando Martínez Mottola, ex-ministro de Carlos Andrés Pérez, aos quais se juntou o deputado e vice-presidente da Assembleia Nacional, Stalin González.

Três fontes relataram à Reuters como ocorreram as conversas. Segundo eles, os enviados exploraram possíveis caminhos para avançar em uma agenda de temas e uma metodologia de trabalho. As mesmas fontes asseguram que as negociações foram feitas separadamente com representantes do Ministério das Relações Exteriores da Noruega e negam que tenha sido estabelecida uma mesa de diálogo.

Segundo fontes ligadas às negociações, as reuniões sob a mediação da Noruega não surgiram subitamente, mas são resultado de reuniões realizadas separadamente, durante meses. Os contatos começaram em Cuba e várias reuniões foram realizadas em local secreto em Oslo, mediadas pela chancelaria da Noruega. As duas delegações voltaram ontem a Caracas.

As reuniões surpreenderam alguns dirigentes opositores, como Julio Borges, ex-presidente da Assembleia Nacional, exilado em Bogotá. Pelo Twitter, ele assegurou que, tanto ele quanto seu partido, o Primero Justicia, souberam da iniciativa pela imprensa. "Soubemos desta iniciativa uma vez que já era pública", escreveu Borges. "Não avaliamos nenhum tipo de diálogo com a ditadura."

Muitos opositores estão céticos quanto às negociações, já que outras tentativas falharam, dividiram a oposição e deram tempo a Maduro para que ele consolidasse seu poder.

Ao contrário de outros países europeus, a Noruega - que não faz parte da União Europeia - não reconheceu Guaidó, líder da Assembleia Nacional, como presidente interino, mas mostrou seu apoio e pediu a retomada do diálogo e novas eleições. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cinco manifestantes e um soldado morreram na noite de segunda-feira (13) em Cartum, horas depois de uma reunião entre representantes do movimento de protesto no Sudão e os generais no poder, em que foram feitos progressos para avançar em direção a um governo civil.

Os dois lados planejavam continuar nesta terça-feira (14) com as discussões cruciais para o país, pouco mais de um mês depois da queda sob pressão popular do presidente Omar Al Bashir, que esteve no poder por três décadas.

Na manhã desta terça-feira, a situação estava tranquila na capital sudanesa, informaram jornalistas da AFP.

Durante a noite anterior, "elementos não identificados que queriam sabotar as negociações abriram fogo" em frente à sede do exército sudanês, indicaram o Conselho Militar e fontes médicas.

Os sangrentos atos de violência ocorreram após o anúncio do progressos nas negociações para um governo civil no Sudão, que deve substituir o Conselho Militar no poder após a derrubada de Al Bashir em 11 de abril.

As negociações são realizadas em um clima de tensão máxima, já que no domingo à noite os manifestantes bloquearam uma grande artéria da capital, a rua do Nilo, depois de acusarem os militares de terem fechado uma ponte pela qual pretendiam chegar até a sede do governo.

A chegada da proposta da reforma da Previdência ao Congresso já revela quem serão os principais atores nas negociações para aprovação do texto enviado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na ausência de um líder do governo experiente e com trânsito nas bancadas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), será o grande articulador político da reforma. Como árbitro, é ele quem vai ditar o ritmo do jogo, aumentando o seu poder de barganha com o governo, que ficou mais dependente dele até nas negociações paralelas que já começaram a ser feitas com os governadores.

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O primeiro efeito do protagonismo de Maia é a decisão de fazer a reforma passar pelas comissões novamente, prolongando o tempo de tramitação. Mais do que uma maneira de driblar um possível risco jurídico por estar aproveitando a reforma do ex-presidente Michel Temer (como desejava a equipe econômica), ele garantiu palco a seus apoiadores para que aparecessem aos eleitores em cadeia nacional. Esse foi o acordo de Maia para se reeleger à presidência da Casa, inclusive com o apoio da oposição.

Se o presidente foi obrigado a rever a sua posição histórica contrária à reforma e admitiu que errou, agora terá de convencer os seus seguidores que lhe garantiram a vitória nas eleições a pressionarem com o mesmo engajamento os deputados a votarem a favor da proposta. Partido de Bolsonaro, o PSL começa dividido e deve jogar contra os interesses da equipe econômica, principalmente na parte da reforma que trata das regras dos policiais.

Fiador da reforma, o ministro da Economia, Paulo Guedes, terá, pelo menos no primeiro momento, de deixar em banho-maria algumas propostas centrais da sua política econômica, como a redução dos subsídios e algumas privatizações e fusões, para evitar conflitos com as bancadas num momento muito sensível de negociação. Alterações mais radicais nas regras trabalhistas, como a criação da carteira verde e amarela, também ficarão de lado.

O ministro foi aconselhado a concentrar esforços na reforma e a apaziguar os ânimos com quem teve os interesses contrariados por essas outras medidas. Depois da formação do ministério com o discurso de que não haverá "toma lá, dá cá", o governo começou a rever a estratégia para buscar apoio.

Emendas

Cargos e velocidade de liberação de emendas já estão na mira dos parlamentares. Segundo interlocutores, essas são moedas de troca não só para contemplar a base aliada, mas também para neutralizar as vozes contrários no "palanque" da comissão especial.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a quem oficialmente cabe a função de articulador político, até agora não tomou as rédeas do posto, que na prática vai sendo ocupado pelo secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. Ex-deputado, Marinho é visto como uma figura carismática e habilidosa para conduzir os detalhes dos pontos de maior rejeição pelos deputados, que acabarão sendo negociados. A tarefa principal será reduzir a desidratação já esperada da proposta.

Num Congresso de perfil mais conservador, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) desponta com uma força de atração dos jovens e como cabo eleitoral atrás de votos pela reforma. Ele já tem gravado vídeos explicativos sobre a proposta e briga por um posto de destaque na comissão.

Na oposição, o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), ex-coordenador econômico da campanha de Ciro Gomes à Presidência, é ouvido pela área técnica e cotado para presidir a comissão especial. Benevides pode atrair votos do partido dele e outros de oposição, mas não gostou da proposta de capitalização desenhada pela equipe de Guedes.

Candidato a relator da reforma, o ex-líder do governo Temer Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é visto como um bom negociador, mas que precisa ser acompanhado de perto pelo governo para evitar negociações independentes sem que os técnicos tenham colocado o custo na ponta do lápis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (4), o Sport Club do Recife divulgou através de suas mídias sociais uma nova ferramenta, trata-se da “Transparência Rubro-Negra”, que ficará disponível em seu site oficial, para o fácil acesso às informações de negociação dos atletas do clube.

A partir da próxima semana, o Sport irá divulgar as negociações dos atletas profissionais de futebol por meio desses relatórios. Os relatórios estarão na seção “Transparência”, dentro da aba “O Clube”, no site oficial do Sport. Porém, o clube pernambucano frisou que os relatórios só serão divulgados após assinatura final dos contratos.

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Correndo para tentar fechar um acordo antes da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, a União Europeia recebe nesta segunda-feira (12) uma delegação do Mercosul. O encontro está sendo considerado pela UE como "momento decisivo", após 18 anos de negociações entre os dois blocos. Na sede da UE, em Bruxelas, espera-se que os países sul-americanos apresentem uma nova oferta de abertura de seu mercado.

A UE espera um entendimento para ser assinado durante a reunião do G-20 na Argentina, no fim do ano. Mas enfrenta resistências da França, Áustria e outros países protecionistas que não querem que o calendário eleitoral determine o futuro do acordo.

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Uma das dificuldades é abertura da UE para produtos agrícolas, considerada insuficiente por parte do Mercosul, principalmente no que se refere a carnes e etanol. A esperança do Mercosul é que uma nova oferta seja apresentada nesta semana, indicando maior acesso de produtos da região.

Os europeus, por sua vez, querem compromisso do Mercosul para a abertura do setor industrial, principalmente no mercado de veículos. Procurado, o Itamaraty indicou que "não há expectativa de apresentação de qualquer dos lados de ofertas abrangentes", já que isso já teria ocorrido. "Agora estão sendo trabalhadas as pendências em regulamentos e produtos específicos, onde os dois lados buscarão convergência", informou a chancelaria.

Francisco Assis, presidente da sessão do Mercosul no Parlamento Europeu, admitiu a importância do encontro. "Estamos entrando na fase decisiva das negociações." Se houver avanço, ministros de ambos os lados serão chamados para a fase final do entendimento a partir do dia 19.

O governo francês, porém, fez questão de alinhar os países mais protecionistas no setor agrícola para alertar a UE de que não irão ceder só para fechar um acordo antes da posse de Bolsonaro. "Nossa mensagem é clara: sim para um acordo. Mas o calendário não pode prevalecer sobre o conteúdo", disse Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Estado para Comércio da França. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Jorge, inicia neste domingo (4) uma missão na China com o objetivo de aumentar e diversificar as exportações brasileiras com o país asiático, que é o maior parceiro comercial do Brasil. De janeiro a setembro deste ano, o Brasil vendeu para a China um total de US$ 47,2 bilhões em produtos, principalmente soja, petróleo e minério de ferro. Esse volume comercializado representa 26,3% do total das exportações brasileiras para o exterior.

Entre as principais agendas de trabalho de Marcos Jorge no país, está uma visita ao ministro chinês da Indústria e Tecnologia da Informação, Miao Wei, e uma visita à Feira Internacional de Importação da China, em Xangai. 

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Também participam da viagem os ministros das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, e da Agricultura, Blairo Maggi, além de representantes da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Ainda neste domingo, os ministros deverão se encontrar, em Xangai, com a delegação de 120 representantes de 72 empresas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). À noite, está previsto um jantar oferecido pelo presidente chinês, Xi Jinping.

Feira internacional

Na segunda-feira (5), o Brasil inaugura o pavilhão na 1ª edição da Feira Internacional de Importação e Exportação da China, cujo objetivo é promover as exportações de produtos estrangeiros ao país asiático. Coordenada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), a delegação brasileira será composta por cerca de 90 empresas do setor de alimentos e agrícola, equipamentos médicos e de saúde, comércio de serviços (software, engenharia e serviços esportivos) e de bens de consumo (moda e vestuário).

Maior comprador de produtos brasileiros, a China também é o segundo maior mercado consumidor e importador entre todos os países do mundo. No total, mais de 3 mil expositores de mais de 130 países apresentarão seus produtos em uma área de exibição de 240 mil metros quadrados entre os próximos dias 5 e 10. São esperadas mais de 2,8 mil empresas de 140 países, que reúnem cerca de 150 mil compradores durante o evento em busca de bens e serviços estrangeiros.

Em nível governamental, 82 países e três organismos internacionais promoverão exposições institucionais e está confirmada a presença de chefes de estado, de governo, de ministros e de vice-ministros, cujo número supera 200 integrantes, segundo o MDIC. 

Oportunidades

Essa é uma das poucas feiras do planeta em que o foco é a importação. As empresas estarão na disputa por uma fatia dos US$ 10 trilhões que os chineses estão dispostos a gastar, nos próximos cinco anos, na compra de produtos industriais e agropecuários. Integram a delegação brasileira empresas de economia criativa, setor no qual o Brasil já é reconhecido em especial pelo design, pela criatividade e pela inovação. Também serão destaque os setores de editoração, games, música e futebol.

“O Brasil é um país criativo, diverso e sustentável, com empresas e marcas de destaque mundial que oferecem produtos e soluções tecnológicas de vanguarda para os desafios globais da nossa sociedade”, afirmou o presidente da Apex-Brasil, Roberto Jaguaribe, ex-embaixador brasileiro na China. Ele disse ter certeza que o público que for à feira vai se encantar com o que o Brasil tem para mostrar.

O Brasil pode aproveitar a feira para se posicionar melhor no mercado chinês, disse a ministra conselheira para assuntos econômicos e comerciais da Embaixada da China, Xia Xiaoling. “A China tem 1,3 bilhão de consumidores e esse é um mercado enorme que o Brasil não pode perder”, acrescentou.

As commodities respondem por grande parte das exportações do Brasil para a China, mas a diplomata lembra que o Brasil não tem apenas commodities e que a China está disposta a comprar vários outros produtos como aviões executivos, vinhos brasileiros, cachaça, produtos derivados de leite, artigos de moda como sandálias e vestuário, biocombustíveis, veículos flex, entre outros.

Os moradores do Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife, que estiverem "superindividados" poderão negociar os valores pendentes e limpar o seu nome no comércio. De 29 a 31 de agosto, o mutirão acontecerá na nova sede do Procon da cidade, localizada na Rua Francisco de Assis da Silva Teixeira, 362, Cohab, das 8h às 13h. Os consumidores poderão realizar negociações com todos os bancos, através da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban); Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), TIM, Claro, Vivo, NET, OI e dívidas do IPTU, através da Prefeitura do Cabo. 

Segundo afirmado pela assessoria do Procon-PE, os advogados do órgão acompanharão as negociações para garantir que o consumidor receba a proposta que se enquadre em sua realidade financeira. Quem quiser fazer alguma reclamação de compra, também poderá realizar no mutirão. Serão necessários: original e cópias da carteira de identidade, CPF e do comprovante de residência, além de documentos que possam comprovar a reclamação, como nota fiscal, ordem de serviço, fatura, comprovante de pagamento, contrato, entre outros. Caso no documento conste o nome de outra pessoa, que não seja o titular, é preciso procuração reconhecida em cartório. 

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O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) comprometeu-se a apresentar ao presidente Michel Temer, até as 15h deste domingo, 27, novas reivindicações dos caminhoneiros para acabar com a paralisação, que hoje entra no sétimo dia, conforme informações da Agência Brasil. A categoria pede agora desconto de 10% no valor do diesel que será cobrado na bomba, a ampliação desta redução de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o País.

As reivindicações dos líderes do movimento foram apresentadas a Marun na noite deste sábado, após reunião, na sede do governo paulista, com o ministro e o governador de São Paulo, Márcio França (PSB).

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Ainda conforme a Agência Brasil, Marun e outros ministros se reunirão no Palácio do Planalto, no gabinete de gestão de crise, na tentativa de encerrar a paralisação.

Na quarta-feira, 23, a Petrobras anunciou a redução em 10% do valor médio do diesel comercializado em suas refinarias por 15 dias. Na quinta-feira, 24, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) anunciou um acordo com nove entidades de caminhoneiros pela suspensão da greve da categoria por 15 dias, mas a paralisação continuou. Esse acordo prevê, entre outros pontos, prazo de 30 dias para reajustes no preço do diesel, com manutenção do desconto de 10% nos primeiros 30 dias.

Os extremistas de Boko Haram libertaram três professores universitários e 10 mulheres que haviam sido sequestrados em ataques separados no ano passado, disse o governo da Nigéria neste sábado.

Os acadêmicos foram sequestrados pelos militantes islâmicos enquanto realizavam avaliações de prospecção de petróleo na área do Lago Chade em nome do Programa Nacional de Petróleo em 2017, disse o porta-voz presidencial Garba Shehu. Alguns de seus colegas foram mortos durante o sequestro. As 10 mulheres foram sequestradas em um ataque do Boko Haram a um comboio militar e policial no ano passado na estrada Damboa, perto de Maiduguri.

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"A libertação ocorreu após uma série de negociações, conforme indicado pelo presidente Muhammadu Buhari, e foi facilitada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha", disse Shehu. Todos os 13 estão agora sob custódia do Departamento de Serviços de Segurança do e estão a caminho de Abuja, capital da Nigéria, segundo o porta-voz. Médicos e psicólogos estão prontos para ajudar as vítimas, que podem encontrar o presidente antes de serem reunidas com suas famílias, se não houver problemas de segurança, conforme Shehu.

Buhari também exortou o exército da Nigéria a intensificar seus esforços para trazer para casa as meninas Chibok sequestradas que ainda estão com o Boko Haram, segundo Shehu. Fonte: Associated Press.

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