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Na noite da última segunda feira (16) a cantora Ludmilla resolveu surpreender a namorada Brunna Gonçalves com um pedido de casamento e uma festa de casamento surpresa.

A funkeira reuniu familiares e amigos em sua casa, para fazer o pedido a Brunna e a cerimônia no mesmo dia. "Bru, reuni todo mundo que a gente ama aqui, que vive com a gente, que torce pela gente, pra te fazer um pedido. Eu queria saber se você aceita se casar comigo", pediu Ludmilla.

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Toda a festa foi organizada no mesmo dia, em segredo já que era o aniversário de Brunna. A dançarina e a cantora assumiram o relacionamento em junho deste ano, mas estão juntas desde outubro de 2018.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha apresentou pedido à Justiça do Rio para cumprir em regime domiciliar o restante da pena imposta pela Lava Jato. A defesa alega que o ex-parlamentar apresenta um quadro de aneurisma cerebral.

Atualmente, Cunha se encontra detido no presídio de Bangu 8, após ser transferido em maio do Complexo Médico Penal de Pinhais, no Paraná, onde estava preso pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

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A Secretária de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) confirmou ter sido acionada para elaborar um laudo médico sobre a saúde de Cunha para responder as alegações trazidas pela defesa e pelo Ministério Público do Rio. O processo de execução penal contra Cunha corre em segredo de Justiça e a defesa não quis comentar o assunto.

Cunha está detido desde maio na Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no Rio. A defesa obteve a transferência pela Justiça Estadual do Paraná a pedido do advogado Rafael Guedes, que sustentou que o ex-presidente da Câmara tinha o direito de ficar mais próximo da família.

Preso desde 19 de outubro de 2016, quando foi alvo de prisão preventiva no âmbito da Lava Jato, Cunha foi sentenciado a 14 anos e seis meses de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, por suposta propina de US$ 1,5 milhão envolvendo a compra de um campo petrolífero em Benin, na África, pela Petrobras, em 2011.

Na primeira instância, o ex-presidente da Câmara foi condenado pela justiça federal de Brasília a 24 anos e dez meses de prisão por desvios de recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Apesar do novo entendimento sobre a execução de pena após julgamento em segunda instância, Cunha não foi solto devido a pedidos de prisão preventiva que ainda o proíbem de responder às acusações em liberdade. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal manteve um dos mandados contra Cunha imposto pela 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte.

"Elisa, quer casar comigo?". Foi com essa frase que o deputado italiano Flavio Di Muro, do partido nacionalista Liga Norte, interrompeu uma votação do Parlamento em Roma para pedir a companheira em casamento nesta quinta-feira (28).

Enquanto a Casa votava um projeto de lei sobre terremoto - que tem sido debatido há meses na Itália - Di Muro pediu a palavra para discursar na tribuna e fez a proposta de casamento à parceira que estava assistindo à sessão.    

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"Nós, políticos e homens institucionais, estamos sempre empenhados diariamente na gestão das emergências e embates políticos. Nos fins de semana, voltamos para nossas cidades e tentamos dar atenção à população. Frequentemente, deixamos de lado os verdadeiros valores, as pessoas que gostamos, que amamos. Desculpe interromper o trabalho da Casa, mas tenham respeito porque, para mim, hoje é um dia especial. Venho em tribuna dizer: 'Elisa, quer casar comigo?", anunciou o parlamentar, de 33 anos, originário de Turim, exibindo uma aliança.

O pedido foi recebido com aplausos por alguns parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, porém, criticou o gesto e tentou interromper o político: "Deputado Di Muro, eu entendo tudo, mas... usar uma intervenção para isso não me parece, absolutamente, o caso", alegou Fico, representante do Movimento 5 Estrelas (M5S). 

Da Ansa

Nesta segunda-feira (4), o Papai Noel chegou aos Correios da Avenida Guararapes, centro do Recife. A chegada do velhinho na empresa significa o início da campanha feita há 30 anos pela estatal - momento que as crianças podem enviar as cartinhas para que sejam apadrinhadas por alguma pessoa solidária. 

A expectativa dos Correios para a campanha deste ano é que mais de 35 mil crianças tenham o seu pedido atendido em Pernambuco. "Para os Correios já é Natal. Principalmente porque as cartinhas destinadas ao Papai Noel já estão aos montes e precisamos da ajuda de vocês para realizar o sonho dessas crianças", ressalta Deyse Ferraz, superintendente Estadual dos Correios em Pernambuco. 

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A esperança da empresa é que a meta estipulada seja quebrada, principalmente porque no ano passado mais de 27 mil cartas foram adotadas. As crianças que quiserem ter os seus desejos atendidos devem depositar as cartinhas até o dia 6 de dezembro, nos pontos de arrecadação dos Correios. Além de brinquedos, roupas e material escolar também pode ser pedido pelos pequenos.

As pessoas que quiserem se tornar um padrinho solidário terão até o dia 20 de dezembro para contribuir com a campanha. Os Correios garantem que até o dia 27 de dezembro as doações serão entregues aos seus respectivos donos.

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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo, negou a 'Cérebro', líder do PCC, a transferência para um presídio próximo de sua família. O ministro rejeitou o habeas corpus 174026, no qual a defesa de 'Cérebro' alegava o direito do apenado de cumprir pena em local próximo à sua residência.

Lewandowski destacou os riscos da transferência para negar o pedido do chefe da facção.

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"O sentenciado responde por diversos delitos graves, possui longo período de pena a cumprir (27 anos, 1 mês e 7 dias), cumpriu pena no Regime Disciplinar Diferenciado, além do envolvimento com facção criminosa, exigindo maior cautela para transferência a fim de evitar risco de fuga e resgate do preso", alertou o ministro.

'Cérebro' está preso na Penitenciária II de Presidente Venceslau e alega que sua família, residente do Itaim Paulista, na zona Leste da capital, precisa se deslocar mais de 1.290 km (ida e volta) para vê-lo.

Ele está preso por roubo qualificado e formação de quadrilha.

O líder do PCC alega, também, sofrer retaliações da administração do presídio em que se encontra, 'em razão de ter realizado uma série de denúncias sobre falta de atendimento médico, descumprimento de horário de banho de sol e de tempo de visita familiar'.

Lewandowski concordou com o relator da ação no Suérior Tribunal de Justiça, que ponderou que a transferência está sujeita à conveniência e oportunidade da administração prisional.

"Com efeito, a orientação segundo a qual o direito de transferência do preso está sujeito ao juízo de conveniência da administração penitenciária encontra respaldo nesta Casa", cravou Lewandowski.

Os sócios europeus do Reino Unido debatem nesta quarta-feira (23) o pedido de um adiamento do Brexit, com os países defendendo que a data de saída seja 31 de janeiro, como solicitado por Londres, e com a França a favor de "alguns dias" após o apoio do parlamento britânico ao acordo de divórcio.

Às véspera do Brexit, agendado para 31 de outubro, um relutante primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, solicitou um adiamento de três meses, um pedido de extensão que não gera debates em Bruxelas, a não ser relativo a sua duração.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recomendou que os líderes dos outros 27 países da União Europeia (UE) adiem o Brexit até 31 de janeiro, data que parece ser aceita pelo irlandês Leo Varadkar.

Durante uma conversa por telefone nesta quarta, Tusk e Varadkar "indicaram que o Reino Unido poderá partir antes de 31 de janeiro de 2020, se o acordo de retirada for ratificado antes dessa data", anunciou o governo irlandês.

"Essa extensão permitirá que o Reino Unido esclareça sua posição e a Câmara Europeia [que ratificará o acordo do Brexit depois que o Parlamento britânico o fizer] desempenhará seu papel", disse o presidente da instituição, David Sassoli.

A decisão requer unanimidade. Além dos contatos entre Tusk e os 27 líderes, seus embaixadores em Bruxelas se reúnem às à tarde para expressar o ponto de vista de cada país, segundo fontes diplomáticas.

Uma fonte europeia garantiu à AFP que não há garantias de que os 27 aceitarão a proposta de Tusk e alertou que, "se houver muitas diferenças", uma nova cúpula de líderes poderá ser convocada em 28 de outubro.

- Dias, semanas, meses -

As diferenças começam a aparecer. A França, através de sua secretária de Estado para os Assuntos Europeus, Amélie de Montchalin, falou na terça-feira de sua disponibilidade para um "adiamento técnico" da data do Brexit, mas de apenas "alguns dias".

A Alemanha não se oporá ao adiamento da data do Brexit, segundo a porta-voz da chanceler Angela Merkel, após o chamado do Presidente do Conselho Europeu para aceitar tal medida.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, já havia defendido o adiamento por duas ou três semanas, se isso permitir que deputados britânicos, que na segunda-feira apoiaram o acordo assinado quatro dias antes por Johnson, ratifiquem a lei.

"Se é para adiar o Brexit até o final de janeiro, precisamos saber o motivo, o que acontecerá nesse meio tempo e se haverá eleições no Reino Unido", disse Maas em declarações à televisão alemã RTL.

As dúvidas na UE estão focadas precisamente nos planos de Johnson, determinados a deixar seu país fora do bloco em 31 de outubro, mas na terça-feira ele não obteve o apoio do parlamento para um processo acelerado da ratificação.

Após essa caótica sessão parlamentar, o primeiro-ministro britânico garantiu que suspendeu o processo legislativo enquanto aguardava a decisão da UE, mas, ao mesmo tempo, garantiu que deixariam o bloco com esse acordo.

No poder por menos de três meses, Johnson também tenta convocar legislativas antecipadas, já que em setembro ele perdeu a maioria no Parlamento britânico, algo que a oposição está impedindo no momento.

Uma terceira extensão do Brexit, que foi apoiado por 52% dos votos no referendo de 2016 e inicialmente agendado para março passado, deve permitir que as eleições, e também estender um processo que parece interminável.

O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que vai pedir à Justiça que indefira o pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato pela progressão de pena do petista para o regime semiaberto. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 18, na porta da Polícia Federal em Curitiba.

"O ex-presidente reafirmou que não aceita o pedido do MPF de progressão de pena porque ele vai buscar a sua liberdade plena, sua inocência e o reconhecimento de que não praticou qualquer crime", disse o advogado.

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Procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediram no dia 27 de setembro à juíza da Vara de Execuções Penais do Paraná, Carolina Lebbos, para que Lula migre ao semiaberto.

A petição é assinada por 15 procuradores, incluindo o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. Lula está preso em regime fechado desde o dia 7 de abril do ano passado. Ele cumpre pena de 8 anos e 10 meses no caso triplex do Guarujá (SP), imposta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A progressão da pena de Lula está condicionada ao pagamento de valores cobrados na condenação, que sua defesa questiona em juízo desde agosto. Cálculo judicial aponta que o ex-presidente tem de pagar R$ 4,1 milhões de multa e reparação de danos.

No regime semiaberto, a pena de prisão passa a ser atrelada a um trabalho e é cumprida em colônias agrícolas ou industriais. Na prática, pela ausência de instituições deste tipo ou equivalentes, Lula pode passar a cumprir a pena em domicílio se a juíza conceder a progressão, no chamado regime semiaberto "harmonizado" com tornozeleira eletrônica - a exemplo do que ocorreu com ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta segunda-feira, 7, que o juízo da 12ª Vara Federal de Curitiba suspenda a multa de R$ 4,9 milhões imposta ao petista na condenação do caso triplex do Guarujá (SP). Lula está preso em regime fechado desde 7 de abril de 2018. A progressão do ex-presidente para o regime semiaberto está vinculada à quitação do valor, mas ele já indicou que não aceita "barganhar" por seus direitos e sua liberdade.

No recurso, os advogados de Lula apresentam dois argumentos principais, sobre os bens do ex-presidente que já foram bloqueados e sobre a questão da execução provisória de pena.

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Segundo a defesa, o valor dos bens de Lula sob constrição por ordem judicial seria "mais do que suficiente" para garantir a execução da pena. "É inequívoco que já existe garantia integral à reparação do suposto dano e à devolução do suposto produto do ilícito", dizem os advogados.

Além disso, a petição destaca o entendimento de Cortes superiores - o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal - de que não é cabível a execução provisória da pena restritiva de direitos até que a condenação transite em julgado, ou seja, até que não haja mais possibilidade de apresentação de novos recursos.

Na avaliação da defesa do ex-presidente, "por lógica e coerência", tal entendimento deve ser estendido para penas de multa, reparação do dano e custas processuais.

A multa de Lula corresponde ao crime de corrupção, ou seja, a suposta aquisição do triplex e suas reformas, no valor de R$ 2,2 milhões, em 2009, mais 35 dias multa no valor unitário de cinco salários mínimos.

O valor foi recalculado e reapresentado na terça passada, dia 1º, após a juíza Carolina Lebbos, concluir que houve um erro na aplicação da taxa Selic. A atualização e correção com juros elevou o montante para R$ 4,9 milhões.

A defesa de Lula já se havia insurgido contra a aplicação da multa, nos moldes em que foi imposta. Segundo os advogados, "não foram abatidos do montante de dano fixado, em desrespeito, inclusive, ao determinado por sentença condenatória".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve pagar uma multa de R$ 4,9 milhões à Justiça, decorrente da condenação no caso triplex, para poder migrar para o regime semiaberto - já requerido pela força-tarefa da Operação Lava Jato. O valor foi recalculado e reapresentado nesta terça-feira, 1, após a juíza decidir que houve um erro na aplicação da taxa Selic.

O valor da multa corresponde ao crime de corrupção, ou seja, a suposta aquisição do triplex e suas reformas, no valor de R$ 2,2 milhões, em 2009, mais 35 dias multa no valor unitário de cinco salários mínimos. As cifras atualizadas e corrigidas com os juros chegam à soma de R$ 4,9 milhões.

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A defesa do ex-presidente chegou a pedir que, do total, fosse abatido o valor decorrente da alienação judicial do triplex, já leiloado pela Justiça. No entanto, a força-tarefa sustenta que o imóvel não pode entrar nessa conta.

Na decisão que condenou Lula a 8 anos e 10 meses, o Superior Tribunal de Justiça considerou que a venda do triplex não repercute no cálculo da indenização a ser paga pelo petista.

Progressão

A juíza da Vara de Execuções Penais, Carolina Lebbos, já chegou a frisar que "tem intimado os executados para a realização do pagamento das obrigações pecuniárias impostas e derivadas do título penal condenatório, tendo em vista as implicações penais decorrentes da ausência de pagamento - como a impossibilidade de progressão de regime prisional em relação aos crimes contra a Administração Pública".

"O fato de cuidar-se de execução provisória, portanto, não afasta a obrigatoriedade de reparação dos danos para fins de progressão de regime", diz a juíza, seguindo também decisão do STJ sobre Lula.

Em seu pedido, a força-tarefa ressalta que a "existência de garantia integral à reparação do dano e à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais (art. 33, § 4º, do Código Penal) é suficiente para autorizar a mudança a regime prisional mais brando".

'Agressiva violência'

Nos autos, a defesa do ex-presidente tem se insurgido contra a aplicação da multa, nos moldes em que foi imposta. Segundo os advogados, "não foram abatidos do montante de dano fixado, em desrespeito, inclusive, ao determinado por sentença condenatória".

Os advogados afirmam que a "execução penal antecipada de penas pecuniárias do modo que se almeja impor é agressiva violência ao direito de ampla defesa técnica, por causar desproporcional sufocamento econômico-defensivo".

"O cálculo do dano mínimo foi realizado em inobservância à determinação contida na sentença condenatória, onde constava que: 'no cálculo da indenização, deverão ser descontados os valores confiscados relativamente ao apartamento'", afirmam os advogados, referindo-se à sentença aplicada por Moro.

Logo, de acordo com os advogados, "necessário que os R$ 2.096.149,14 - arrematados na Alienação Judicial Criminal nº 5003232-05.2018.4.04.7000/PR - sejam efetivamente descontados dos R$ 2.424.991,00, no cálculo do dano mínimo".

Os advogados ainda dizem que a "adoção de dezembro de 2009 como marco temporal para incidência de juros, por si só, escancara a ilegalidade da privação de liberdade do Peticionário, já que evidencia uma condenação pautada por crime prescrito".

Carta do Lula

Em nota lida pelo seu advogado na tarde desta segunda-feira, 30, o ex-presidente Lula disse que não aceita "barganhar" seus direitos e sua liberdade e que os procuradores da Lava Jato devem desculpas "ao povo brasileiro, aos milhões de desempregados e à minha família pelo mal que fizeram à democracia, à Justiça e ao país".

A carta é uma resposta de Lula à manifestação dos procuradores de Curitiba que na sexta-feira, 27, pediram à juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do petista, que Lula fosse transferido para o regime semiaberto.

Nas 23 linhas da nota escrita à mão, Lula não diz explicitamente que recusa a progressão de regime. Isso deve ficar a cargo da defesa do ex-presidente que vai se manifestar oficialmente sobre o pedido do Ministério Público.

A Polícia Federal em Curitiba informou nesta terça-feira, 1, a Justiça Federal que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve "bom comportamento carcerário".

"Certifico, para os devidos fins" - informa o delegado Luciano Flores de Lima, superintendente da PF em Curitiba - "que não existem anotações de falta disciplinar atribuída ao preso Luiz Inácio Lula da Silva (…), desde 07/04/2018 quando houve o ingresso dele na sala de detenção provisória desta Superintendência Regional de Polícia Federal no Paraná, onde ainda permanece."

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O documento pedido pela juíza federal Carolina Moura Lebbos, substituta da 12.ª Vara Federal, em Curitiba, serve para análise do requerimento feito pelo Ministério Público Federal para que seja concedido a Lula o direito a progressão para o regime semiaberto, feito na sexta-feira, 27.

O petista está preso, em regime fechado desde 7 de abril de 2018 pela sentença do processo do triplex do Guarujá. Ele cumpre pena de 8 anos e 10 meses imposta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A PF informa como Lula se comportou como preso e o que significa. "Sendo a classificação formal de sua conduta, portanto, de "BOM" comportamento carcerário, nos termos do Decreto nº 6.049, de 27 de fevereiro de 2007: "Art.78. Bom comportamento carcerário é aquele decorrente de prontuário sem anotações de falta disciplinar, desde o ingresso do preso no estabelecimento penal federal até o momento da requisição do atestado de conduta."

Semiaberto

Procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato pediram à juíza que seja dado a Lula o direito ao regime semiaberto. A petição é assinada por 15 procuradores, incluindo o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol.

No regime semiaberto, a pena de prisão passa a ser atrelada a um trabalho e é cumprida em colônias agrícolas ou industriais. Na prática, pela ausência de instituições deste tipo ou equivalentes, Lula pode passar a cumprir a pena em domicílio se a juíza conceder a progressão, no chamado regime semiaberto "harmonizado" com tornozeleira eletrônica - a exemplo do que ocorreu com ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Os procuradores da Lava Jato avaliam que o petista "encontra-se na iminência de atender ao critério temporal", ou seja, o cumprimento de um sexto da pena na condenação no caso do triplex. Eles defendem a progressão da pena se "certificado o bom comportamento carcerário (requisito subjetivo) pelo superintendente da Polícia Federal no Paraná e ouvida a defesa (requisito formal)".

Segundo os procuradores, "trata-se de direito do apenado de, uma vez preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos, passar ao cumprimento da pena no regime mais benéfico".

Lula foi condenado em duas ações penais. Além do processo do triplex, no qual o petista já foi condenado em três instâncias, ele também foi sentenciado em primeira instância no caso do sítio de Atibaia (SP) a 12 anos e 11 meses de reclusão. O ex-presidente é réu em seis outros processos.

O desembargador Victor Laus, presidente do Tribunal da Lava Jato, disse nesta terça-feira, 1º, que "o ex-presidente Lula sabe que não é bem-vindo onde está, por parte da comunidade de Curitiba, o morador da capital paranaense".

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Laus declarou que Lula preso na sede da Polícia Federal em Curitiba é "uma situação que está desvalorizando imóveis da região, está causando tumulto à comunidade que mora nas circunvizinhanças".

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Lula está preso na sede da PF desde a noite de 7 de abril de 2018. Como já cumpriu um sexto da pena no processo do triplex do Guarujá ele já tem direito a passar para o regime semiaberto. Mas, em carta divulgada nesta segunda-feira, 30, Lula disse que não faz "barganha de direitos". Ele alega inocência e insiste em alcançar a anulação da ação penal que o levou para a cadeia.

Na entrevista à Rádio Gaúcha, o desembargador Victor Laus, presidente do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), sediado em Porto Alegre, foi taxativo.

"Se ele entender por não pleitear um benefício de cumprimento de pena, isso está sujeito à discrição dele. Mas não é ele que administra o sistema, o sistema é administrado pelo Poder Judiciário. E se o Poder Judiciário tiver necessidade de que outro preso ocupe aquela dependência da Polícia Federal… já recebemos, inclusive, várias manifestações da cidade de Curitiba e do entorno da Polícia Federal pedindo que o ex-presidente saia de Curitiba."

Para Victor Laus, a insistência de Lula em permanecer em regime fechado "faz parte do contexto de não assimilar o resultado do julgamento".

"Na realidade, o ex-presidente desfruta de uma condição especialíssima. Ele não está preso num estabelecimento que, rigorosamente, é destinado a todos os demais presos. O ex-presidente está nas dependências da Polícia Federal em Curitiba. É uma situação absolutamente especial, até em função da condição de ex-presidente e porque responde a outros processos, se entendeu adequado que permanecesse nas dependências da Polícia Federal. Pode-se dizer que isso é uma regalia. Os demais presos não desfrutam de tratamento semelhante."

Victor Laus integrou a Turma de desembargadores do TRF-4 que sentenciou Lula no processo do triplex, confirmando condenação imposta pelo então juiz Sergio Moro.

O desembargador disse, na entrevista, que não incomoda o julgador a estratégia de Lula em não querer sair do regime fechado. "Acredito que não. É da essência do gênero humano, quando se vê flagrado em algo que desborda do usual, adotar uma estratégia de defesa. Isso é um instinto do ser humano. Uma criança pequenininha, quando é repreendida pelos pais, a primeira coisa que ela diz é 'não fui eu'. Se tiver um irmãozinho vai botar a culpa no irmão, não é isso? É normal, é normal."

Para o desembargador, "a atitude do ex-presidente de se considerar injustiçado ou algo do gênero faz parte do manual de quem conhece a Justiça criminal".

"Ele tem todo o direito de não aceitar o julgamento, mas seria importante que, como ex-presidente, ele internalizasse o fato, elaborasse o fato, porque sua responsabilidade foi reconhecida com base em provas", afirma Victor Laus.

O magistrado disse. "Ele pode até recusar a decisão, mas ele não pode mudar a realidade dos fatos. O senhor ex-presidente pode não admitir o resultado do julgamento, mas ele não vai mudar a realidade dos fatos."

A juíza federal Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais do Paraná, solicitou nesta segunda-feira, 30, à Superintendência da Polícia Federal no Estado que informe "a certidão de conduta carcerária" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação da juíza foi em resposta ao pedido de procuradores da força-tarefa da Lava Jato para que ela conceda o regime semiaberto a Lula. O petista afirmou, porém, em carta lida pelo seu advogado, que não aceita "barganhar" seus direitos e sua liberdade e que caberá ao Supremo Tribunal Federal "corrigir o que está errado".

Preso em regime fechado desde 7 de abril de 2018 pela sentença do processo do triplex do Guarujá (SP), Lula cumpre a pena em uma sala especial na sede da PF em Curitiba. A defesa de Lula vinha sustentando que, por determinação do ex-presidente, não pedirá progressão de regime para o semiaberto.

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Especialistas consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo divergem quanto à legalidade de um preso negar a progressão de regime.

Lula não afirma na carta, explicitamente, que recusa a progressão de regime. No entanto, o texto reforça o discurso adotado pelo ex-presidente de que não utilizará de nenhum artifício jurídico para deixar a prisão que não seja sua declaração de inocência.

Para o criminalista e doutor em Direito Penal pela USP Gontijo Conrado, um preso não tem liberdade para tomar a escolha de acatar ou não a progressão de pena. "A Lei de Execuções Penais de uma forma muito clara no artigo 112 prevê que a pena privativa de liberdade deve ser executada de forma progressiva", disse.

Já o criminalista Fernando Castelo Branco acredita que o ex-presidente tem o direito de recusar a progressão. "Não é uma imposição. Então, como direito, não sendo uma atividade a qual ele está obrigado a acatar, diferentemente do inverso que seria a prisão, ele tem toda a possibilidade de recusa."

Nesta segunda-feira, o advogado do petista, Cristiano Zanin, disse que a Justiça ainda não havia encaminhado a intimação sobre a progressão da pena. "Ele (Lula) não aceita qualquer condição imposta pelo Estado porque não reconhece a legitimidade do processo que o condenou", afirmou Zanin. A defesa do petista protocolou um pedido de urgência no STF para o julgamento do pedido de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça.

Os procuradores da Lava Jato avaliam que o petista "encontra-se na iminência de atender ao critério temporal", ou seja, o cumprimento de um sexto da pena na condenação no caso do triplex. Em seu despacho, a juíza ainda autorizou o recálculo da multa de R$ 4,1 milhões imposta ao ex-presidente, valor questionado judicialmente desde agosto. O pagamento da multa é um dos condicionantes para a progressão de pena. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A juíza federal Carolina Lebbos, da Vara de Execuções Penais do Paraná, pediu à Superintendência da Polícia Federal no Paraná nesta segunda-feira, 30, que informe "a certidão de conduta carcerária" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A juíza também quer cálculo atualizado do cumprimento da pena do petista, em regime fechado desde 7 de abril de 2018 pela sentença do processo do triplex do Guarujá. A ordem da juíza é uma resposta ao pedido de procuradores da força-tarefa da Lava Jato, incluindo seu coordenador Deltan Dallagnol, na sexta-feira, 27, para que ela conceda o regime semiaberto a Lula.

Lula cumpre a pena pelo triplex do Guarujá em uma sala especial na sede da PF em Curitiba.

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"Considerando o requerimento do Ministério Público Federal", pondera a juíza, "junte-se cálculo atualizado de pena; solicite-se à Superintendência da Polícia Federal no Paraná o encaminhamento a este Juízo de certidão de conduta carcerária do preso; e intime-se a defesa para manifestação".

Os procuradores da Lava Jato avaliam que o petista "encontra-se na iminência de atender ao critério temporal", ou seja, o cumprimento de um sexto da pena na condenação no caso do triplex. No entanto, a defesa de Lula diz que, por determinação do ex-presidente, não pedirá progressão de regime para o semiaberto.

Em seu despacho, a juíza ainda autorizou o recálculo da multa de R$ 4,1 milhões imposta ao ex-presidente Lula, valor questionado judicialmente desde agosto. O pagamento da multa é um dos condicionantes para a progressão de pena.

"Verifica-se equívoco da contadoria no cálculo anexado no evento 792. Isso porque consta o cômputo de juros de 0,5% no período de 12/09 a 07/17 e aplicação da Selic de 07/17 a 09/19, em desconformidade com a decisão proferida no evento 785, tendo em vista o determinado no Acórdão prolatado pelo TRF-4, não reformado no ponto pelo Superior Tribunal de Justiça. Consoante se depreende do Acórdão e restou transcrito na decisão de evento 785, deve incidir a taxa Selic durante todo o período."

A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu, nesta sexta-feira, 27, à juíza da Vara de Execuções Penais do Paraná, Carolina Lebbos, para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vá para o regime semiaberto. A petição é assinada por 15 procuradores, inclusive o chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol.

Lula está preso em regime fechado desde o dia 7 de abril de 2018 para cumprir a pena de 8 anos e 10 meses no caso triplex, imposta pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Em sua petição, os procuradores afirmam que foi "certificado o bom comportamento carcerário (requisito subjetivo) pelo Superintendente da Polícia Federal no Paraná e ouvida a defesa (requisito formal)".

"Considerando, portanto, a pena fixada pelo Superior Tribunal de Justiça no REsp 1.765.139 (oito anos, dez meses e vinte dias), o custodiado encontra-se na iminência de atender ao critério temporal (requisito objetivo) definido no caput do art. 112 da LEP (um sexto da pena) para a progressão de regime", escrevem.

"Noutro vértice, em se tratando de execução provisória da pena, a existência de garantia integral à reparação do dano e à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais (art. 33, § 4º, do Código Penal) é suficiente para autorizar a mudança a regime prisional mais brando, conforme indicado por esse Juízo", afirmam os procuradores.

Segundo os procuradores, "trata-se de direito do apenado de, uma vez preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos, passar ao cumprimento da pena no regime mais benéfico".

Após a Polícia Federal pedir a libertação e em seguida voltar atrás, a Justiça Federal de Brasília decidiu manter preso Danilo Marques, um dos quatro suspeitos de hackear as mais altas autoridades da República. A PF apontou novos elementos que desmentem a afirmação de Danilo de que não tinha conhecimento das atividades do suposto líder do grupo, Walter Delgatti Neto, e reforçam a conexão entre ambos.

"Após o encerramento da extração e espelhamento dos arquivos de mensagens de conversas armazenadas no aparelho celular de Danilo Cristiano, verificou-se que o mesmo teria de fato conhecimento das invasões a contas de aplicativos do Telegram que eram realizadas por Walter Delgatti Neto, bem como foi observada a intensa troca de mensagens indicativas da participação de Danilo Cristiano Neto em fraudes bancárias juntamente com outras pessoas", disse o delegado Luís Flávio Zampronha, responsável pelo caso na Polícia Federal.

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O juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal, concordou com o novo posicionamento. Ele não aguardou a nova posição do Ministério Público Federal, que havia sido favorável à soltura.

"A Polícia Federal (...) constatou que Danilo Marques tinha conhecimento das invasões a contas de aplicativos Telegram que eram realizados por Walter Delgatti Neto (...), razão pela qual revê seu posicionamento e solicita a manutenção da custódia temporária", escreveu Vallisney em sua decisão.

A prisão temporária de Danilo Marques, Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Santos e Suelen Priscila Oliveira encerra no fim desta quinta-feira, 1º. A PF ainda analisa se irá pedir prorrogação das prisões - no caso, conversão à prisão preventiva, sem prazo de duração.

Enquanto isso, a investigação avança tentando identificar se houve pagamento pelo material hackeado e tentando rastrear as movimentações bancárias e em criptomoedas dos investigados. Os peritos também continuam analisando o conteúdo apreendido e aparelhos celulares e dispositivos eletrônicos dos alvos.

A defesa de Danilo Marques, procurada pela reportagem, disse que só poderia comentar a decisão após ter acesso aos documentos do inquérito que embasaram a decisão.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram a soltura de Danilo Marques, um dos quatro presos na Operação Spoofing, que mira invasões a celulares de altas autoridades da República.

Cabe ao juiz Vallisney Oliveira, da Décima Vara da Justiça Federal, tomar a decisão sobre o pedido.

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Na última terça-feira, 30, um pedido de soltura de Danilo foi negado durante audiência de custódia - situação em que um preso temporário é levado ao juiz, para verificação das condições de encarceramento e de necessidade de manutenção da prisão. As prisões temporárias dele e dos outros três investigados terminam na quinta-feira, dia 1º.

Danilo é motorista de aplicativo e foi preso pela ligação com Walter Delgatti Neto, o "Vermelho". Walter tinha contas que estavam no nome de Danilo e foram usadas para fazer as invasões em aparelhos de celulares, que podem chegar a 1.000, de acordo com a PF.

A 10.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal negou pedidos de liberdade dos investigados na Operação Spoofing. Os pedidos foram feitos pelos advogados de defesa após audiência de custódia com os suspeitos de hackear o ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, e procuradores da Lava Jato, e outras autoridades.

Walter Delgatti Neto, Gustavo Henrique Santos, Suelen Priscila Oliveira e Danilo Marques permanecerão no cárcere até pelo menos a quinta-feira, 1, quando termina o prazo da prisão temporária.

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O juiz Vallisney Oliveira autorizou um banho de sol ao dia para eles.

Suelen chorou no depoimento apontando maus-tratos, agressão psicológica e uso de algema no avião ao ser transportada para Brasília. A defesa dela pediu transferência da prisão feminina conhecida como "Colmeia" para a Superintendência da Polícia Federal no DF. O juiz autorizou.

O Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs) protocolou nesta sexta-feira (26) no Tribunal de Justiça (TJ-RS) um pedido de prisão do governador Eduardo Leite (PSDB) por descumprimento de decisão judicial.

O sindicato argumenta que o pedido se deve ao não pagamento dos salários dos servidores estaduais do Executivo e das autarquias até o último dia útil do mês trabalhado. Em nota, o Palácio Piratini afirma que Eduardo Leite vai se manifestar quando receber a intimação.

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O texto argumenta ainda que "o atraso no pagamento dos salários ocorre há quase quatro anos e é uma situação alheia à vontade do governador". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Preserva São Paulo, que reúne comerciantes e moradores da região central da cidade, pediu na Justiça a paralisação das obras de revitalização do Triângulo Histórico, as vias que formam o calçadão do "centro velho" da capital paulista, e do Vale do Anhangabaú, que já teve o piso original, datado da década de 1980, retirado por agentes da Prefeitura. A Justiça ainda avalia o pleito.

Além deles, há mais grupos contrários à intervenção: de skatistas que frequentam a região à arquiteta Ana Maria Wilheim, filha do também arquiteto Jorge Wilheim, autor do projeto urbanístico do Anhangabaú, que agora está sendo mudado. A gestão Bruno Covas (PSDB) afirma que o plano contou com a participação de atores da sociedade civil e que a elaboração do projeto básico seguiu todos os ritos legais.

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O juiz Enio José Hauffe, da 16ª Vara da Fazenda, que avalia a ação, pediu posicionamento prévio da Prefeitura sobre as queixas na ação e aguarda, agora, um parecer do Ministério Público Estadual sobre o tema, que ainda não se manifestou.

É mais uma ação contra projetos que a Prefeitura vem tocando na área central da capital paulista. Na última terça-feira, 23, a Justiça concedeu liminar paralisando a revitalização do Largo do Arouche, sob risco de danos ao patrimônio histórico. No início do mês, o Tribunal de Contas do Município suspendeu uma licitação para obras do futuro Parque Minhocão, no Elevado Presidente João Goulart.

Os grupos insatisfeitos com as ações da Prefeitura questionam, entre outros itens, a falta de diálogo. O argumento é que as obras estão sendo feitas sem participação popular e sem divulgação da íntegra do projeto que está sendo implementado. Além disso, afirma a ação judicial, não houve divulgação da licitação para contratação da empresa que está tocando a obra, a um custo de cerca de R$ 80 milhões.

A ação destaca que o projeto tocado por Covas nasceu na gestão anterior, de Fernando Haddad (PT). O Banco Itaú contratou o escritório dinamarquês Ian Gehl para fazer um projeto para lá, que foi doado à cidade após aprovação da gestão petista. "O grau de desconhecimento dos problemas da cidade demonstrado pelos dinamarqueses e a inadequação do projeto levaram até mesmo a um repúdio da proposta por parte dessa plateia escolhida a dedo (pela gestão Haddad)", afirma a ação.

Ana Maria Wilheim destaca, por exemplo, os espelhos d'água propostos para a área. "Qualquer ponto de água no centro de São Paulo é usado pela população de rua para banho e lavar as roupas, tamanha é a necessidade dessa população", destaca. O projeto que está sendo desmontado, lembra a arquiteta, foi escolhido após um concurso público, feito pela cidade, que contou com mais de 90 propostas. "Agora, não houve discussão nenhuma", afirma.

A reclamação de falta de diálogo se exemplifica em uma petição, que circula nas redes sociais, de grupos de skatistas. Eles temem perder a arquibancada de mármore presente no vale. "A nossa proposta é que o novo projeto seja adaptado para que se mantenha e/ou melhore as arquibancadas", diz o texto da petição. "Muitos skatistas profissionais nacionais e internacionais consideram o vale um dos lugares mais clássicos do mundo."

O comerciante Carlos Beutel, dono de um restaurante no centro e ativista pelo turismo na área (organiza caminhadas noturnas na região) diz que, ainda em 2015, quando o projeto começou a ser discutido, uma audiência pública chegou a ser convocada. "Eles estimaram em 3 mil pessoas, aí não teria lugar para fazer. Então, cancelaram", afirma. "Depois, fizeram uma reunião (com técnicos) que teve 60 pessoas". "O centro não quer concreto, mas a Prefeitura está em uma cruzada contra as pedras portuguesas", afirma.

"Mais do que isso, há a questão de saúde pública", diz o advogado Jorge Eduardo Rubies, autor da ação. Ele afirma que há estudos relacionando o tipo de chafarizes propostos para o Anhangabaú, chamado "spray parks", a doença.

Defesa prévia

A Prefeitura de São Paulo já apresentou sua defesa prévia à Justiça. Em nota à reportagem, a gestão Covas afirma que "apresentou esclarecimentos sobre os pontos mencionados na ação e está à disposição para dúvidas relacionadas à proposta de requalificação do Vale do Anhangabaú".

Segundo o texto, o projeto foi concebido "com a contribuição de diversos atores da sociedade civil em oficinas e conta com aprovações de diretrizes na Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, Condephaat (Conselho Estadual de Patrimônio) e Conpresp (Conselho Municipal de Patrimônio), além de ter sido apresentado na Câmara Municipal e em diversas reuniões setoriais com associações locais, universidades e fóruns profissionais".

"Com relação ao sistema de água, o projeto prevê um ciclo de limpeza para que a água tenha qualidade e possa ter contato humano", diz o texto, afirmando que "as águas pluviais serão captadas e passarão por tratamento químico automático, conforme as normas técnicas exigidas pela Anvisa e Ministério da Saúde". Por fim, a Prefeitura diz que "a contratação do projeto básico cumpriu todos os ritos legais e de licenciamento".

O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) pediu à Justiça na noite desta quarta-feira, 17, a prisão preventiva do médico ginecologista José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama, investigado por abusar de pacientes. Imagens divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, indicam a prática dos crimes.

O órgão ressaltou, em nota, que mesmo fora das funções de prefeito e médico, Paiva é influente na cidade cearense de 20 mil habitantes e no meio político estadual, "sendo capaz de, diretamente ou por interpostas pessoas, coagir, constranger, ameaçar, corromper, enfim, praticar atos tendentes a comprometer a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil".

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A reportagem exibida no domingo, 14, mostrou vídeos de dezenas de mulheres sendo abusadas e filmadas pelo próprio médico. À Globo, uma mulher afirmou ter sido vítima de Paiva pela primeira vez aos 14 anos e que só voltou ao consultório porque ele era o único ginecologista da cidade.

Outra mulher disse que o médico usava a boca para examinar os seios, com o pretexto de verificar se havia secreção nas mamas. As gravações mostram ainda que Paiva posicionava as pacientes de costas para realizar exames, alegando que "era o procedimento". Em todos os vídeos, é possível perceber que o médico chamava suas pacientes de "bebê".

O MP-CE informou que depois da divulgação dos primeiros vídeos, em março de 2018, a Promotoria de Justiça de Uruburetama instaurou uma notícia de fato após ouvir quatro mulheres.

"O MP-CE solicitou informações à Polícia Civil, que logo depois resolveu abrir o inquérito policial. O inquérito foi concluído em dezembro de 2018, e a polícia sugeriu o arquivamento", informou. "O MPCE requisitou novas diligências à polícia. Na área cível, a Promotoria ajuizou uma ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa em desfavor do então prefeito, no final de 2018."

Na segunda-feira, 15, um novo inquérito policial foi instaurado em Uruburetama, quando outras vítimas foram ouvidas. "Pelo menos 18 vítimas já identificadas nas imagens exibidas pela imprensa serão convidadas para prestarem suas declarações o mais rapidamente possível", afirmou o Ministério Público.

O MP-CE declarou ainda que a Promotoria de Justiça de Cruz também atua no caso. O órgão recebeu os depoimentos das primeiras quatro vítimas que se apresentaram à delegacia após a divulgação dos vídeos. Paiva trabalhou como médico da prefeitura de Cruz de 1992 a 2012 e manteve um consultório particular no município até o ano passado.

Carreira política

O ginecologista era filiado ao PCdoB do Ceará. De 2012 a 2016, foi vice-prefeito de Uruburetama e, em 2018, foi eleito prefeito para administrar o município até 2020. O partido decidiu na segunda-feira expulsá-lo dos quadros.

A presidente da Câmara Municipal de Uruburetama, Maria Stela Gomes Rocha, baixou o Decreto Legislativo 2/2019 e afastou provisoriamente Paiva do cargo de prefeito, "até decisão final do processo que apura a denúncia por infração político-administrativa".

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