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As autoridades da cidade do México proibiram mais de 1 milhão de carros de circularem nas ruas e ofereceram viagens gratuitas de metrô e de ônibus para incentivarem as pessoas a deixarem seus veículos em casa diante do terceiro dia de alerta de forte poluição na megalópole em 11 anos.

As autoridades aconselharam os moradores a limitarem a atividade ao ar livre devido aos altos níveis de ozônio, que estão quase o dobro dos limites aceitáveis.

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Alejandro Pacchiano, secretário de Meio Ambiente, disse nesta quarta-feira que, se as condições não melhorarem, novas medidas podem ser consideradas, tais como a suspensão da atividade industrial de algumas fábricas. Fonte: Associated Press.

Mais quatro cidades chinesas emitiram alerta vermelho de poluição do ar nesta quinta-feira, em resposta à previsão de chegada de uma forte nuvem de fumaça. Apenas nesse mês, Pequim emitiu dois alertas desse tipo.

A província de Shandong, no leste da China, emitiu alerta para quatro cidades, após a advertência de que a concentração de partículas no ar deve exceder os níveis aceitáveis por mais de 24 horas. O departamento de proteção ambiental de Shandong determinou que as escolas devem permanecer fechadas e as construções e demolições serão suspensas.

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Autoridades meteorológicas de Hebei, uma província próxima de Pequim e que é considerada uma das mais poluídas da China, emitiram o primeiro alerta vermelho para nuvens de fumaça na terça-feira. A cidade portuária de Tianjin também emitiu seu primeiro alerta nessa semana.

Os alertas vermelhos para a poluição do ar são emitidos quando os níveis de material particulado 2.5 (PM2.5) ficam acima de 300 por mais de 72 horas. Esse mês, houve acusações de que o governo chinês ignora algumas nuvens de fumaça graves, para evitar o impacto econômico das restrições. Fonte: Associated Press.

Uma grande poluição do ar forçou as autoridades do Irã a fechar todas as escolas e jardins de infância na capital do país, Teerã, por dois dias a partir de domingo, afirmando que a poluição chegou a níveis que comprometem a segurança.

A televisão estatal iraniana afirmou neste sábado que um comitê do governo ordenou o fechamento das escolas por causa do clima "poluído e insalubre". O governo também fechou escolas nas cidades de Isfahan e Arak.

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O céu de Teerã está entre os mais poluídos do mundo e os especialistas em saúde afirmam que muitos iranianos sofrem graves problemas de saúde como resultado. Fonte: Associated Press.

A capital da China estava em alerta vermelho contra a poluição pela segunda vez em menos de um mês neste sábado, com restrições ao número de veículos em circulação e à atividade das fábricas. A nuvem de poluição desceu sobre Pequim na sexta-feira e a previsão é de que isso dure até terça, por causa da falta de ventos fortes. O alerta vermelho é o mais elevado de quatro níveis de advertência no sistema chinês e é acionado quando se prevê que os níveis elevados de poluição vão durar mais de 72 horas.

O nível de PM 2,5 (material particulado em suspensão no ar com partículas de fuligem e outros poluentes com tamanho de até 2,5 micra, ou milésimos de milímetro) chegou a 331 partes por milhão neste sábado e a previsão é de que ele atinja 500 ppm nos próximos dias, mais de 20 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Sob o alerta vermelho, as fábricas em torno da cidade de 22,5 milhões de habitantes tiveram que reduzir sua produção, as escolas permaneceram fechadas e metade dos veículos foi obrigada a não circular.

Embora o sistema de alerta sobre poluição tenha sido adotado há dois anos, o primeiro alerta vermelho emitido na cidade foi em 7 de dezembro deste ano, o que levou muitos críticos a dizerem que o governo estava ignorando elevações fortes de poluição para evitar os custos econômicos que a redução da atividade na cidade implica. "Acho que o governo está fazendo um trabalho melhor do que antes. Em ocasiões anteriores, o governo não declarou alerta vermelho mesmo quando a nuvem de poluição era muito séria. Agora eles estão divulgando os alertas com antecedência para que estejamos preparados, e os alertas são acompanhados de outras medidas", comentou o morador Ma Yunan.

A poluição em Pequim é atribuída às usinas termelétricas a carvão à poluição industrial e à crescente frota de veículos. A geografia da cidade agrava o problema, porque a cidade é cercada por montanhas em três lados, e o ar frio do inverno exerce pressão para baixo sobre a nuvem de poluição, impedindo que ela se dissipe. O governo da China planeja reduzir as emissões de poluentes das termelétricas a carvão em 50% nos próximos cinco anos e diz que o volume total de emissões de poluentes deverá atingir seu pico em 2030, antes de começar a cair. Fonte: Associated Press.

A capital da China, Pequim, entrou neste sábado (19) no primeiro dia de alerta vermelho, que foi emitido pela segunda vez neste mês, por causa do alto índice de poluição. O alerta vermelho, considerado o mais grave, impõe restrições à circulação de veículos, restrição às empresas e escolas são fechadas.

Uma nuvem de fumaça pairou sobre a cidade durante a noite e está previsto que dure até terça-feira por causa da falta de ventos fortes. Os níveis do chamado material particulado 2.5 (PM2.5), os menores e mais mortíferos na atmosfera, devem superar 500, segundo o site oficial do governo de Pequim. Isso é mais de 20 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Metade dos carros da cidade serão forçados a deixar as ruas a cada dia, enquanto as churrasqueiras e outras fontes de fumaça estarão proibidas e a produção nas fábricas será restrita. As escolas fecharão e moradores são aconselhados a evitar atividades ao ar livre.

Os alertas vermelhos para a poluição do ar são emitidos quando os níveis de PM2.5 ficam acima de 300 por mais de 72 horas. Na semana passada, houve acusações de que o governo ignora algumas nuvens de fumaça graves, para evitar o impacto econômico das restrições. Fonte: Associated Press

A capital chinesa, Pequim, emitiu o segundo alerta de poluição aérea neste mês nesta sexta-feira (18). Com isso, são impostas restrições à circulação de veículos e escolas são fechadas.

Uma nuvem de poluição deve ficar sobre a cidade de 22,5 milhões do sábado até a terça-feira. Os níveis do chamado material particulado 2.5 (PM2.5), os menores e mais mortíferos na atmosfera, devem superar 500, segundo o site oficial do governo de Pequim. Isso é mais de 20 vezes o nível considerado seguro pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Metade dos carros da cidade serão forçados a deixar as ruas a cada dia, enquanto as churrasqueiras e outras fontes de fumaça estarão proibidas e a produção nas fábricas será restrita. As escolas fecharão e moradores são aconselhados a evitar atividades ao ar livre.

Na tarde de sexta-feira, o ar estava relativamente bom, com a leitura de PM2.5 em cerca de 80 e o sol brilhando sobre a cidade. A visibilidade em algumas partes de Pequim, porém, recuará para menos de 500 metros na terça-feira, quando a nuvem de poluição atingir seu pico, informou o site do governo municipal. A quase total falta de vento contribuirá para manter os poluentes na cidade, disse a administração.

Os alertas vermelhos para a poluição do ar são emitidos quando os níveis de PM2.5 ficam acima de 300 por mais de 72 horas. Na semana passada, houve acusações de que o governo ignora algumas nuvens de fumaça graves, para evitar o impacto econômico das restrições.

Alguns moradores desafiavam as restrições à circulação de veículos e reclamavam de ter que ficar em casa para cuidar das crianças. Outros aproveitaram a pausa nas aulas para viajar a locais onde o ar estava melhor.

Alguns estudos científicos atribuem 1,4 milhão de mortes prematuras por ano à poluição no ar da China, ou quase 4 mil ao dia. Maior emissor de carbono do mundo, o país pretende reduzir as emissões perigosas de suas usinas de energia a carvão em 50% ao longo dos próximos cinco anos. A China ainda depende do carvão para mais de 60% de sua eletricidade, mas trabalha para mudar a matriz e acrescentar a ela mais energia nuclear, solar e eólica. Fonte: Associated Press.

Pequim enfrenta o segundo dia de alerta vermelho, o nível máximo de poluição atmosférica na cidade que foi emitido na noite de segunda-feira, no horário local. Com isso, as pessoas evitaram sair de casa, as escolas foram fechadas e o uso de carros foi limitado. Houve limite também no funcionamento de fábricas e locais de construção. O alerta foi emitido para três dias.

Carros com placas pares foram proibidos de circularem nas ruas e rodovias. Os poucos pedestres que caminhavam nas ruas, utilizavam máscaras para ajudar na respiração. A maioria das empresas tem permitido os funcionários a trabalharem de casa.

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Os níveis de poluição ao meio-dia (horário local) nesta quarta-feira no centro de Pequim ficaram na faixa entre 250 e 300 no índice de qualidade do ar da cidade, sugerindo que as restrições começaram a surtir algum efeito. O alerta foi emitido após os níveis de partículas PM2,5 subirem para 300 microgramas por metro cúbico na segunda-feira. Este tipo de poluição refere-se a partículas encontradas no ar que são inferiores a 2,5 micrômetros de diâmetro, ou 1/30, a largura média de um cabelo humano. Por causa de seu pequeno tamanho, o PM2,5 - que inclui a poeira, sujeira, fuligem e fumaça - pode atingir profundamente os pulmões e entrar na corrente sanguínea. É esperado que os níveis diminuam amanhã com a chegada de uma frente fria. Fonte: Associated Press.

Pequim emitiu pela primeira vez nesta segunda-feira (7) um alerta vermelho para a poluição atmosférica, levando ao fechamento de escolas, restringindo fábricas e o tráfego, que irá manter metade dos veículos da cidade fora das estradas.

O alerta vermelho, o mais sério aviso em um sistema de quatro níveis, significa que a cidade está há mais de três dias consecutivos com poluição grave, de acordo com o Instituto de Pesquisa de Proteção Ambiental de Pequim, que emitiu o alerta para "proteger a saúde pública e reduzir os níveis de poluição do ar".

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Os níveis de partículas PM2,5 subiram para 300 microgramas por metro cúbico nesta segunda-feira e é esperado que este nível aumente antes que o ar comece a melhorar com a chegada de uma frente fria na quinta-feira. Este tipo de poluição refere-se a partículas encontradas no ar que são inferiores a 2,5 micrômetros de diâmetro, ou 1/30, a largura média de um cabelo humano. Por causa de seu pequeno tamanho, o PM2,5 - que inclui a poeira, sujeira, fuligem e fumaça - pode atingir profundamente os pulmões e entrar na corrente sanguínea.

Junto com o fechamento de escolas e limitação no tráfego de veículos, que podem circular a cada dois dias de acordo com a número final da placa, uma série de outras restrições procuram reduzir a quantidade de poeira e outras partículas na cidade de 22,5 milhões de pessoas. Segundo as autoridades, mais trens serão colocados em circulação para lidar com o afluxo maior de pessoas.

Embora a poluição na capital tenha melhorado ligeiramente nos primeiros 10 meses do ano, a poluição atmosférica pesada que pode ser vista do espaço obriga regularmente Pequim a suspender as atividades das escolas ao ar livre e fechar rodovias por causa da baixa visibilidade.

Além disso, com o alerta no nível máximo, a operação de diversas fábricas será restrita. A maior parte da poluição é culpa de usinas de energia movidas a carvão, juntamente com emissões de veículos e fábricas do setor de construção. A China, maior emissor de carbono do mundo, planeja modificar as usinas de carvão nos próximos cinco anos para combater o problema.

No entanto, enquanto a China estipula regras mais rígidas, mais investimentos em energia solar, eólica e outras energias renováveis, o país ainda depende do carvão para mais de 60% de suas energia. Fonte: Associated Press.

O Brasil terá de estabelecer uma estratégia para reduzir a emissão de gases de seu complexo industrial e de suas cidades, e não apenas se limitar à promessa de redução o desmatamento. Quem faz o alerta é Achim Steiner, diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), que indicou que o compromisso apresentado por governos antes da Conferência do Clima, em Paris, ainda está "distante" do que será necessário fazer para modificar a tendência de aquecimento do planeta.

Steiner, brasileiro naturalizado alemão, insistiu que o mero fato de governos apresentarem compromissos e planos de redução de emissões já é "algo histórico". "Isso é uma demonstração da confiança que eles têm no sistema da ONU", indicou. Em setembro, a presidente Dilma Rousseff revelou os planos brasileiros durante sua passagem pela Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Mas as metas praticamente apenas se referiam ao corte das taxas de desmatamento.

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Rota prevista.

Para ele, o Brasil "merece todo o reconhecimento e admiração por ter agido para reduzir o desmatamento, como nenhum outro país do mundo fez nos últimos anos". "Não estou negando que ainda exista o desmatamento e que, em certos momentos, a taxa aumenta", explicou. "Mas, ao longo dos anos, muitos olham a redução do desmatamento no Brasil como uma das ações mais significativas adotadas por um país para se desviar da rota prevista pelo IPCC (Painel Internacional de Mudanças Climáticas)", disse. Mas Steiner alerta que apenas reduzir desmatamento não será suficiente para o Brasil.

"É de interesse dos brasileiros que essa taxa de queda de desmatamento continue. Mas vamos também ser claros: dado os níveis atingidos pelo Brasil, o foco da economia e desenvolvimento será sua infraestrutura industrial", afirmou. "A sua infraestrutura urbana, a agricultura, e o transporte." Para ele, o desafio do governo será o de elaborar estratégias para tentar conter emissões nesses segmentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Defensoria Pública do Pará deve entrar nesta sexta-feira (16) com Ação Civil Pública na Justiça a favor das famílias afetadas pelos impactos do naufrágio de navio que carregava cerca de 5 mil bois, no município de Barcarena.

Daniel Lobo, defensor público, afirmou que o objetivo é prestar assistência adequada às comunidades diretamente atingidas: “Nós vamos focar mesmo no atendimento emergencial à população que foi diretamente atingida”.

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Um levantamento está em curso para avaliar a situação dos moradores e definir as medidas que serão tomadas. Nas áreas mais críticas, os moradores poderão ser remanejados. “Algumas pessoas já estão em abrigos, mas vamos verificar a possibilidade de um aluguel social ser pago e também de um auxílio financeiro, tendo em vista que a população não está podendo trabalhar”, disse Daniel Lobo. Os detalhes da ação foram definidos em reuniões com os ministérios públicos Federal e do Estado.

Na área atingida pelo acidente, os moradores precisam ficar com portas e janelas fechadas para evitar o mau cheiro vindo das carcaças de gado morto. Muitos começaram a procurar os postos de saúde com dores de cabeça e no estômago, além de dificuldade de alimentação.

Uma idosa de mais de 80 anos passa o dia inteiro com uma máscara no rosto para não sentir o mau cheiro da água que foi contaminada pelos bois mortos. “Eu sinto dor de cabeça e dor nas minhas pernas”, disse.

Com medo de usar água dos poços artesianos, as pessoas compram água mineral para realizar simples atividades domésticas. Outros moradores estão saindo de suas casas e pedem agilidade na solução do problema. No início da semana, movimentos sociais interditaram duas das principais vias do distrito de Vila do Conde.

Impactos - Em Barcarena, uma equipe da Delegacia Especializada em Meio Ambiente (DEMA) permanece acompanhando os prejuízos causados à comunidade. “Estamos auxiliando o Centro de Perícias na constatação da poluição atmosférica. Exatamente o odor ao qual a população de Barcarena está tendo que conviver”, ressaltou o delegado da Dema, Vicente Costa.

Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente do Estado reforçou a equipe para acompanhar a retirada das carcaças de gado das praias. “As carcaças estão sendo levadas para uma área da própria Companhia Docas do Pará (CDP), nós estamos observando de perto o material utilizado, o modo de transporte e tudo aquilo que possa oferecer riscos. Urgência não quer dizer displicência”, afirmou, em nota, o secretário de Meio Ambiente Luis Fernandez. 

Na última terça-feira (6), o navio Haidar naufragou no cais do porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste paraense, com uma carga de 5 mil cabeças de gado vivo, que seriam levadas para o abate na Venezuela. O naufrágio ocorreu duas horas depois do adernamento. Na quinta-feira (8), inúmeros bois, em estágio de putrefação, trazidos pela maré do rio Pará, amanheceram nas praias da região. Além da carga bovina, o óleo marítimo, altamente prejudicial à saúde e ao meio ambiente, vazou da embarcação, contaminando um raio de cerca de 4 km.

Em entrevista para o portal de notícias LeiaJá, a professora Maria Carolina Sousa, de Legislação Básica e Ambiental da Universidade da Amazônia (Unama), diz que "a tragédia tomou as proporções que vemos em virtude da demora na efetivação de um plano de contingência do sinistro, o que teria reduzido significativamente o tamanho da tragédia ambiental".

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Apesar de o governo estadual ainda não ter uma resposta para a causa do naufrágio, a professora Maria Carolina aponta a acomodação da carga viva e semovente como um aspecto importante para a ocorrência do naufrágio. 

Em entrevista à imprensa, o superintendente do Ibama no Pará, Alex Lacerda, aponta erros na contenção do sinistro, como a demora no atendimento e a falha de comunicação entre o CDP (Companhia Docas do Pará) e os órgãos competentes. Sousa acredita que tais erros potencializaram os impactos ambientais em Barcarena. Ele disse que, se as medidas preventivas tivessem sido colocadas em prática da forma mais imediata possível, boa parte dos impactos ambientais teria sido minimizada. 

Sobre os impactos ambientais gerados a longo prazo, a professora Maria Carolina diz que "tal sinistro deve levar a maior atenção a esse tipo de embarque e, na seara ambiental, a melhoria em ações preventivas, de aplicação de ações de emergência e contingência de futuras situações como a ocorrida". Segundo a pesquisadora, os efeitos negativos são muito preocupantes. "Lançamento de muita matéria orgânica, juntamente com o óleo espalhado, altera a qualidade da água para a sobrevivência das espécies de fauna e flora aquáticas, comprometendo as comunidades que dependem da água para pesca em sua economia", informa.

O Pará é um grande exportador de boi vivo, tendo grande parte de seu PIB composto pela atividade pecuária.

Centenas de carcaças de bois mortos tomaram praias e portos do distrito de Vila do Conde, em Barcarena, Pará, nesta segunda-feira, 12. O cenário surreal é resultado do naufrágio de um navio cargueiro que levaria mais de 5 mil cabeças de gado para a Venezuela, no último dia 6. Autoridades já consideram o desastre ambiental como um dos mais impactantes ocorridos no Estado.

Os bois mortos começaram a ser arrastados pela água rumo às praias próximas ao porto da Companhia das Docas do Pará (CDP) depois que a barreira de contenção da área do naufrágio partiu-se, no domingo, 11. Cerca de 4 mil cabeças de gado estão dentro do navio naufragado em frente ao píer. A embarcação tem 117 metros de comprimento.

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Poluídas por carcaças em avançado estágio de decomposição e centenas de litros de óleo que vazaram do navio, três praias de Barcarena e uma de Abaetetuba estão interditadas. Moradores da região, às margens do rio Pará, a 55 quilômetros de Belém, fizeram protestos e fecharam estradas para cobrar providências das autoridades.

Quando o navio de bandeira libanesa naufragou, pouco mais de 100 bois foram resgatados vivos. Alguns acabaram capturados por ribeirinhos, que os destrincharam para usar a carne para alimentação, em desacordo com as orientações da Vigilância Sanitária. Forte mau cheiro se espalhou nas comunidades afetadas e moradores começaram a usar máscaras. Outros deixaram o município.

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Prejuízos - Comerciantes e pescadores, que sobrevivem da renda de atividades turísticas, se organizam para cobrar indenizações. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) estabeleceu multa diária de R$ 1 milhão à CDP e empresas responsáveis pelo navio Haidar caso as determinações sanitárias e ambientais não sejam cumpridas.

"Queremos celeridade em todo o processo, porque o naufrágio afetou toda a população local", disse o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade Luis Fernandes Rocha. A CDP começou a cavar valas para incineração dos bois mortos, mas o transporte das carcaças foi interrompido por causa do protesto dos moradores.

Em comunicado, o prefeito de Barcarena, Antônio Carlos Vilaça, afirmou que o município enfrenta uma das piores tragédias ambientais de sua história. "Mas até agora, uma semana depois da tragédia que prejudicou a vida da nossa população, pouco foi feito pelas autoridades responsáveis", disse.

A montadora Audi admitiu nesta segunda-feira ter equipado 2,1 milhões de seus modelos premium com o software da matriz Volkswagen elaborado para fraudar os controles de emissões poluentes dos motores a diesel.

Apenas no mercado alemão, 577.000 carros da Audi contam com o programa. No mercado americano são 13.000.

A Volkswagen, que possui 12 marcas de veículos, admitiu na semana passada que 11 milhões de carros contavam com o software, o que provocou uma forte queda da ação da empresa na Bolsa e vários processos judiciais.

Nesta segunda-feira, a ação da VW operava em queda de 6% na Bolsa de Frankfurt.

Aumento populacional, crescimento urbano desordenado e despejo de esgoto no rio Tapajós ameaçam um dos pontos turísticos mais famosos do mundo, o complexo de praias de água doce de Alter do Chão, distrito de Santarém, no oeste do Pará. As águas que banham parte do balneário estão impróprias para banho em pleno início do Sairé, a principal manifestação cultural da região, que atrai centenas de turistas ao "Caribe brasileiro".

Estudo divulgado em agosto sobre as condições de balneabilidade das praias de Alter do Chão feito pelo Laboratório de Gestão Ambiental do Instituto de Ciências e Tecnologias das Águas (ICTA), da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa),aponta que a Orla da Escadaria, a Orla final e trechos de praia com fim de linha de galerias pluviais submersas apresentam qualidade imprópria.  

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Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Podalyro Neto, os pontos onde ocorreram as análises de balneabilidade vão ser sinalizados com placas. O levantamento indicou também que a praia do Amor, o igarapé do Macaco e o canal principal do rio Tapajós foram considerados com qualidade própria/muito boa. As praias do Cajueiro e do CAT tiveram classificação própria/satisfatória. 

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LeiaJá tambémDel Chifre, a praia mais suja do Brasil?

A reitora da Ufopa, Raimunda Monteiro, afirma que estudos sobre a qualidade da água na Vila de Alter do Chão, localizada a 40 quilômetros de Santarém, serão constantes. "A Ufopa firmou um convênio com a Prefeitura de Santarém, pelo qual vai fazer análises periódicas da balneabilidade das águas de Alter do Chão", confirmou. "Com as análises, o Poder Público terá material para orientar a população no uso de suas praias com segurança".

O resultado da pesquisa levou a Justiça Federal a interditar, este mês, os trechos de praia localizados em frente à vila, local de maior concentração urbana e que abriga grande parte dos hotéis. Nesta área estão concentradas as maiores galerias de despejo de esgoto. A decisão, que atinge as orlas final e da Escadaria, foi tomada pelo juiz Érico Rodrigo Freitas Pinheiro, da Vara Federal em Santarém, acatando pedido do Ministério Público Estadual (MPE).

Pesam também na interdição o surto de hepatite ocorrido em Alter do Chão no início deste ano e o resultado de pesquisa encomendada pelo MPE à Ufopa, que indicou a presença de coliformes fecais em quatro áreas. Os impactos podem ser ainda maiores por conta do fluxo intenso de turistas na alta temporada, neste segundo semestre. Quando as águas do Tapajós começam a baixar, deixando à mostra praias de areia branca, a vila de 5 mil moradores recebe até 80 mil pessoas. 

A população de Santarém é a terceira maior do Pará. São 292.520 habitantes, de acordo com o levantamento "Estimativas da População para Estados e Municípios 2015", do IBGE, divulgado recentemente. Nos últimos anos, a cidade ganhou mais de 2 mil moradores. 

Pressão - Três fatores contribuem para a poluição das águas de Alter do Chão: as casas da vila e proximidades não são atendidas por sistema de coleta de esgotos, navios e barcos de turismo despejam dejetos diretamente no rio e a urbanização irregular avança na direção de áreas de proteção ambiental ao longo do Tapajós. 

Decreto expedido no início do ano pelo prefeito de Santarém, Alexandre Von, proíbe o acesso de embarcações poluidoras à área do balneário. Somente poderão circular aquelas equipadas com banheiros químicos, disse o prefeito, em comunicado. Ele afirma que trabalha na elaboração de projeto em parceria com o governo do Estado e Ministério das Cidades para a instalação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto em Alter do Chão - o que não tem prazo para começar. 

Na semana passada, a Justiça determinou a retirada de ocupações ilegais em áreas de preservação permanente da região e na área de proteção ambiental de Alter do Chão. O MPE, em ação civil pública, denunciou a existência de ocupações irregulares às margens do igarapé Cuicuera e do Lago Verde, com a demarcação de ruas e desmate para a construção de casas. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Santarém (Semma), a polícia foi informada sobre as ilegalidades. A desocupação das áreas não foi iniciada.

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Barcos na água, os remos cortam o rio com cuidado para não apanhar algum banhista de surpresa - ou até nadadores em treinamento. A cena era comum até a metade do século 20 no Capibaribe, rio que corta o Recife. A imagem atual, entretanto, mudou: os remadores do Sport Club do Recife, agora, se preocupam tanto com a sincronia dos movimentos, quanto em desviar dos dejetos que poluem o Capibaribe.

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Algumas vezes os detritos são imensos e flutuantes como geladeiras e sofás. Noutras, submersos e pontiagudos, causam danos, furos ou mossas que tiram a estabilidade dos barcos. O treinador da equipe rubro-negra de remo, Bruno França (assista à entrevista no vídeo), conta que a principal causa da imundície é o descontrole sanitário dos novos prédios construidos, que desovam suas fossas diretamente nos rios do Recife. A cidade é conhecida como a 'Veneza Brasileira, mas a imagem atual, entretanto, mudou: cardumes deram lugar a dejetos, as redes de pesca voltam mais vazias e o remo pernambucano afunda no lixo do mangue que não existia.

À medida em que a sujeira foi tomando conta dos rios pernambucanos, o remo passou a perder espaço e visibilidade. "É muito difícil sobreviver apenas como remador", conta Bruno França. Atualmente, Pernambuco conta com apenas dois clubes para disputa de competições deste esporte olímpico: o Sport e o Náutico. São equipes que se colocaram entre as principais do Norte-Nordeste e já brigaram com as maiores do País, mas atualmente não recebem o investimento necessário, principalmente para um esporte que conta com equipamentos tão caros.

Vários dos barcos do Sport estão deteriorados não só pelo tempo, mas também por colisões com lixos sólidos do Rio Capibaribe. Para comprar um novo barco e voltar à disputa das competições em alto-nível, o Sport tentou uma nova iniciativa, o crowdfunding (ou investimento coletivo). A ideia é juntar investidores para arrecadar R$ 100 mil. O objetivo de Bruno é tentar colocar o clube rubro-negro novamente entre os melhores do Norte-Nordeste.

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Outra barreira que o esporte sofre é em relação à visibilidade. Um esporte que normalmente atrai pelo contato com a natureza está afastando possíveis praticantes justamente pelo desgaste que existe no Capibaribe. "Poucas pessoas se interessam em praticar remo aqui em Pernambuco. Eu digo isso até pelo contato que temos com o Náutico e não é diferente. As pessoas veem a situação do rio, sentem o cheiro... Quem quer conviver com isso? Além da rotina desgastante que temos", conta Bruno França.

Os remadores esperam mudanças efetivas nas políticas públicas de limpeza do rio, que filtram principalmente lixos sólidos. Para os esportistas, a mudança tem que incluir o sistema sanitário dos prédios que ocupam as margens do rio. Além de uma conscientização geral dos recifenses para contribuir com que o Capibaribe volte a ser usado não só para o próprio remo de maneira segura, mas também outros esportes aquáticos como o caso da natação.

Ainda assim, o semblante de Bruno França não é dos mais esperançosos em relação ao Capibaribe. Talvez o tom pessimista seja pela vivência nestas mais de duas décadas remando em águas que tendem a escurecer e exalar um odor cada vez mais forte. Ou talvez seja só uma visão realista da derrocada do remo pernambucano em relação ao cenário nacional.

Os objetivos de redução dos gases de efeito estufa, anunciados até agora em nível mundial, levariam a um aquecimento climático “bem superior a 2 graus”, limite fixado pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo estudo divulgado hoje (2) em Bonn (Alemanha).

O mundo continua em trajetória de subida de 2,9 a 3,1 graus até 2100, informa o Climate Action Tracker (CAT), organismo que integra quatro centros de investigação e que analisa as emissões e os compromissos dos países, no estudo divulgado paralelamente às negociações preparatórias à Conferência de Paris sobre o Clima.

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Os compromissos de redução apresentados pelos governos à ONU “levam a emissões mundiais bem superiores aos níveis necessários para conter o aquecimento em 2 graus” em relação à época pré-industrial, mostra o estudo.

A Conferência de Paris sobre o Clima, marcada para dezembro, visa a obter um acordo para limitar o aumento da temperatura mundial a 2 graus. Segundo os cientistas, um aquecimento além desse limite terá consequências irreversíveis.

Até essa terça-feira (1º), 56 países, responsáveis por cerca de 65% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento climático, entregaram os seus objetivos de redução à ONU.

De acordo com o estudo, para limitar o aumento da temperatura a 2 graus, os governos devem reforçar significativamente os seus objetivos: “devem reduzir em conjunto as emissões mundiais de dióxido de carbono equivalente entre 12 e 15 gigatoneladas  até 2015 e entre 17 e 21 gigatoneladas até 2030”.

As emissões de gases de efeito estufa chegam atualmente a cerca de 50 gigatoneladas.

Sobre os compromissos de 15 países (representando 64,5% das emissões mundiais), o CAT considerou sete “inadequados” (Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Cingapura, Coreia do Sul, Rússia), seis “médios” (China, União Europeia, México, Noruega, Suíça, Estados Unidos) e apenas dois “suficientes” (Etiópia e Marrocos).

“A maioria dos governos que já apresentaram os seus compromissos de redução deve rever os seus objetivos de acordo com a meta mundial mundial e, na maioria dos casos, reforçá-los. Os que ainda estão estabelecendo as metas devem ser tão ambiciosos quanto possível”, lembrou o Niklas Hohne do NewClimate Institute, um centro de investigação membro do CAT.

Os dez principais emissores de gases de efeito de estufa que ainda não divulgaram os seus objetivos são: Índia, Brasil, Irã, Indonésia, Arábia Saudita, África do Sul, Tailândia, Turquia, Ucrânia e Paquistão. Eles são responsáveis por 18% das emissões em nível mundial.

Da Agência Lusa

A novela envolvendo a poluição da Baía de Guabanara e os Jogos Olímpicos do Rio-2016 ganhou mais um capítulo, agora envolvendo um velejador alemão. Erik Heil, medalhista de bronze na classe 49er no evento-teste realizado na semana passada, alega ter contraído "germes multirresistentes", que lhe causaram infecções nas pernas e na anca.

Em texto publicado em um blog de atletas no site da Confederação Alemã de Vela, Heil relata que nunca havia tido infecções na perna. "Eu suponho que eu tenha sido infectada no evento-teste. A causa é, provavelmente, a poluição da Marina da Glória, que tem um fluxo constante de águas residuais da cidade e hospitais", escreveu o velejador.

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Na publicação, Heil e a Confederação Alemã não dão maiores detalhes sobre as causas da doença. Conta-se apenas que o velejador vai todos os dias a um hospital da capital Berlim e que as infecções devem ser tratadas e raspada. "Uma vez que nenhuma anestesia local é possível, provavelmente você (o leitor) pode imaginar a dor de tal procedimento".

A polêmica é a terceira causada pela poluição da Baía de Guanabara apenas no evento-teste da vela. Primeiro o sul-coreano Wonwoo Cho alegou ter sofrido infecção por poluentes. Ele teve de ser internado no hospital Samaritano, na zona sul do Rio, após sofrer um quadro de desidratação, e sentir indisposição abdominal e dor de cabeça. Segundo seu técnico, Danny Ok, o problema ocorreu em consequência do contato do atleta com a água poluída da Baía.

Mas o Comitê Rio-2016, alegou que não há razões que apontem o contato com água como causa do problema. Após o primeiro atendimento ainda no local de prova, o sul-coreano recebeu um litro de soro, medicação para dor de cabeça e teria deixado o hospital duas horas depois livre dos sintomas. No dia seguinte, aliás, voltou à competição.

Depois de encerrado o evento-teste, o ex-velejador Lars Grael contou que os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan, competidores da classe Nacra17, foram prejudicados pela sujeira, uma vez que um plástico grande ficou preso no leme deles em uma das regatas Ainda de acordo com o ex-velejador, o leme deles desarmou e o barco então saiu do rumo. Com isso, eles tiveram uma capotagem e atribuíram isso ao plástico.

A condição da água da Baía de Guanabara é um dos pontos de maior fragilidade da Olimpíada do Rio. Recentemente, o governador Luiz Fernando Pezão admitiu que não será cumprida a meta de tratar 80% do esgoto despejado no local. Perto da Marina da Glória, onde os atletas partem para o mar, inclusive, há despejo de esgoto sem tratamento, mas os organizadores garantem que nas áreas de competição a qualidade da água é própria para banho.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou nesta sexta-feira (14) seu pedido por testes virais nas águas do Rio de Janeiro que receberão eventos da Olimpíada de 2016. De acordo com a OMS, em entrevista a Associated Press, testes de vírus em locais como a Baía de Guanabara e a Lagoa Rodrigo de Freitas são "aconselháveis".

O pedido da OMS vai na contramão do que o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nesta semana. O diretor executivo das Olimpíadas, Christophe Dubi, descartou analisar amostras em busca de vírus, seguindo uma suposta orientação da própria OMS, de que os testes bacterianos já seriam o suficiente.

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Nesta sexta, a OMS negou que "tenha aconselhado contra testes virais" e reiterou seu apoio a medida, como já havia feito no início do mês. "A OMS sugeriu ao COI que amplie sua base de indicadores científicos para incluir viroses", informara um comunicado da OMS, no dia 1º.

Testes para avaliar a presença de vírus nas águas cariocas também são cobrados por entidades esportivas. No dia 4, a Federação Internacional de Remo exigiu análises deste nível nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, que receberá os eventos de remo e canoagem velocidade nos Jogos do Rio, em 2016.

As entidades estão em alerta desde que a Associated Press publicou estudo no fim de julho apontando a presença de vírus nas águas da Baía de Guanabara, Lagoa Rodrigo de Freitas e na Praia de Copacabana, que também receberá eventos olímpicos no próximo ano.

De acordo com a análise encomendada pela AP, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS).

A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) divulgou nessa sexta-feira (7) mais um relatório de balneabilidade, que avalia a qualidade das praias de Pernambuco e se elas são ou não impróprias para banho. De acordo com o levantamento, até o próximo dia 13 de agosto, devem ser evitados pelos banhistas 21 trechos espalhados entre Goiana, Itamaracá, Paulista, Olinda e Jaboatão.

O Programa de Monitoramento conta com 50 pontos de amostragem, distribuído em onze municípios litorâneos, situados em três regiões geográficas. Alguns desses pontos aparecem com certa frequência, de acordo com Eduardo Elvino, diretor de controle de fontes poluidoras da CPRH. “Olinda é bem recorrente nos relatórios do CPRH, principalmente o ponto que fica na área central Praça dos Milagres e no Janga, em frente ao forte de Pau Amarelo. Outra região que sempre aparece é o Pina, que, surpreendentemente, dessa vez não apareceu”, informou. Já Fernando de Noronha sempre está excelente no controle feito pela agência. 

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As praias podem ser classificadas em quatro categorias: excelente, muito boa, satisfatória ou imprópria. Segundo Eduardo Elvino, alguns dos motivos que contribuem para que a área esteja imprópria são o escoamento sanitário, matadouros públicos, carregamento de partículas de solo contaminadas com chuva ou lavagem de carros, entre outras substâncias inadequadas lançadas nos canais e redes fluviais.

Além disso, o especialista explica que o crescimento das cidades da Região Metropolitana do Recife não foi proporcional à cobertura sanitária por parte da Compesa, resultando em arranjos malfeitos improvisados pela população. “Hoje a cobertura da Compesa está em torno de 32%, o que significa que a cidade cresceu e a concessionária não conseguiu acompanhar. Por isso, as pessoas arrumam soluções individuais, que pode ser o lançamento de esgoto em canal ou rede fluvial, e esse esgoto acaba indo para o mar”, explica Elvino.

Para evitar o escoamento indevido, alguns programas estruturadores vêm sendo elaborados, como o ‘Cidade Saneada’, realizado pela Compesa há cerca de dois anos. O programa visa dar uma cobertura de coleta e tratamento de esgoto em 90% dos municípios de Pernambuco em 12 anos. Entretanto, até agora só 3% foi concluído. O Governo do Estado também vem planejando mais dois programas, cujos focos são fazer o saneamento ambiental de cidades próximas à bacia do rio Ipojuca e à bacia do rio Capibaribe. “Se realizados, esses programas podem melhorar e muito o problema de poluição, visto que são essas duas bacias contribuem significativamente para a poluição do mar aqui na RMR”.

A previsão é que o programa de saneamento ambiental da bacia do rio Ipojuca seja concluída em seis anos e o projeto de sustentabilidade hídrica da bacia do rio Capibaribe termine em três anos.

Confira a lista de praias consideradas impróprias até o próximo dia 13.

Em Goiana:
Pontas de Pedra, na Praia do Meio, em frente aos chuveiros públicos.
Praia de Catuama, em frente à Igreja Matriz.

Em Itamaracá:
Praia de Jaguaribe, em frente à Rua Santina de Barros.

Em Paulista:
Praia de Pau Amarelo, em frente ao Forte de Pau Amarelo.
Praia do Janga, em frente à Rua Cláudio S. Bastos Nº 190 (Cond. Roberto Barbosa).
Praia do Janga, em frente à Rua Betânia.

Em Olinda:
Praia de Rio Doce, em frente à Rua Paulo N. Queiroz, próximo à foz do Rio Doce.
Praia de Rio Doce, em frente à Rua Frederico Lundgren, na entrada para Rio Doce.
Praia de Casa Caiada, em frente à Av. Ministro Marcos Freire Nº 3861
Praia de Casa Caiada, em frente à Av. Ministro Marcos Freire Nº 3443, por trás do  Bompreço
Praia de Casa Caiada, em frente à Rua Alcina C. de Carvalho,  por trás do Olinda Praia Clube.
Praia de Bairro Novo, em frente à Av. Ministro Marcos Freire Nº 2039 (Quartel da PE)
Praia de Bairro Novo, em frente à Av. Min. Marcos Freire  1387, por trás do Colégio Bairro Novo.
Praia do Carmo, em frente à Praça João Pessoa, por trás dos CORREIOS.
Praia dos Milagres, em frente à Praça dos Milagres.
 
Em Jaboatão:
Praia de Piedade, em frente à Avenida Beira Mar Nº 606 (Hospital da Aeronáutica)
Praia de Piedade, em frente à Av. Bernardo V. de Melo c/ R. Goiana – Balneário do SESC
Praia de Candeias, em frente à Av. Bernardo V. de Melo Nº 4799 c/ R. Aníbal Varejão (SNIPE)
Praia de Candeias, em frente à Av. Bernardo V. de Melo Nº 5422 (Conj. Residencial Candeias II).
Praia de Candeias, em frente à Av. Bernardo V. de Melo Nº 6476 – Restaurante Candelária.
Praia de  Barra de Jangadas, em frente ao Nº 10800 (antiga Marina dos Mares).

Preocupada com o resultado de recente análise das águas da Baía de Guanabara, a Federação Internacional de Vela anunciou que vai encomendar um estudo próprio para avaliar a qualidade das águas do local, sede das provas da modalidade durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano. Diretor executivo da federação, Peter Sowrey afirma que a pesquisa vai detectar a eventual presença de vírus e bactérias na água. A entidade decidiu promover sua própria análise depois que a agência de notícias Associated Press divulgou relatório nesta semana apontando a presença de vírus e coliformes fecais nas águas da Baía de Guanabara, na Lagoa Rodrigo de Freitas, ambas sedes de eventos olímpicos, e na praia de Copacabana.

De acordo com a análise, 150 amostras de água foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais. Elas apontaram níveis altos de adenovírus nos três locais. Também mostrou sinais de rotavírus, principal causa mundial de gastroenterite. Os testes foram realizados pela Universidade Feevale, de Novo Hamburgo (RS), por encomenda da AP.

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A divulgação da análise gerou repercussão mundial e voltou a preocupar entidades olímpicas. Na sexta-feira, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, questionou os resultados da análise e os supostos "interesses" por trás da investigação. Ele afirmou que nos próximos dias o governo vai revelar o trabalho que vem sendo feito para despoluir a Baía de Guanabara, em conjunto com autoridades e especialistas.

Em nota divulgada na sexta, a Federação Internacional de Vela reiterou que está em constante contato com o governo do Rio, o Comitê Rio-2016 e o Comitê Olímpico Internacional (COI) para cobrar medidas que assegurem a saúde dos atletas durante a Olimpíada do Rio.

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