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Um protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, nesta quarta-feira à noite, causou a interdição da ponte que liga a cidade ao Rio e vários confrontos entre manifestantes e policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o grupo. O anúncio da redução da tarifa, de R$ 2,95 para R$ 2,75, feito pela Prefeitura de Niterói enquanto o protesto acontecia, não impediu que a confusão continuasse e até aumentasse. Às 20h30 desta quarta os confrontos continuavam, mas alguns acessos à ponte estavam sendo liberados.

A ponte foi interditada pela concessionária quando alguns manifestantes se dirigiam para lá. A Tropa de Choque foi acionada para impedir que os ativistas ocupassem a ponte. Sacos de lixo foram incendiados e a PM usou bombas de gás lacrimogêneo.

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A manifestação reuniu 7.5 mil pessoas, segundo a PM, ou 50 mil, conforme os organizadores. Às 17 horas o grupo partiu da praça Araribóia, ponto de partida e chegada das barcas que navegam até o Rio. Os manifestantes pretendiam seguir até a prefeitura, mas o quarteirão onde fica o prédio foi totalmente isolado pela PM. Por isso, o destino passou a ser a Câmara Municipal.

A estudante universitária Yule Mansur, de 22 anos, criticou o bloqueio feito pela polícia e chegou a abordar um dos policiais: "Na Alemanha, policiais foram expulsos de suas casas pela crise econômica e se uniram aos protestos. É possível uma união cidadão-policial", disse ao PM.

Moradores e funcionários de escritórios de prédios situados no centro apoiaram o ato, lançando papel picado e balançando bandeiras pelas janelas, enquanto os manifestantes passavam. No início do trajeto houve um princípio de confusão entre militantes do PSTU e manifestantes. Uma líder estudantil ligada ao partido foi vaiada enquanto discursava, e sua fala foi ofuscada pelos gritos de "sem partido" da multidão. Quando um manifestante tentou abaixar uma faixa do PSTU, um militante reagiu: "Quem reprime é a polícia".

Além dos gritos de "sem partido", o outro mais ouvido durante a passeata foi "sem violência". Os políticos mais criticados durante a caminhada foram o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) e o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PT).

Quando um militante anunciou, de cima de um carro de som, que o aumento da tarifa havia sido revogado, a multidão reagiu aos gritos: "Não acabou, nossa luta é todo dia / saúde, educação e moradia".

Um vídeo postado no YouTube pela brasileira Carla Duden, vem causando grande repercursão em diversas redes sociais. Intitulado “No, I’m not going to the World Cup” (Não, eu não vou para a Copa do Mundo, em tradução literal), Carla expõe os motivos que a levaram a decidir não comparecer ao evento.

A gravação tem pouco mais de seis minutos, e começa falando sobre os custos exorbitantes que teriam sido gastos com a realização da Copa no Brasil, que já teriam alcançado 30 bilhões de dólares, valor mais alto do que os gastos nas últimas três Copas do Mundo em conjunto.

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Só no canal oficial onde o vídeo foi postado, a publicação já atingiu mais de 1,5 milhões de visualizações e tornou-se comum encontrá-la disposta na timeline do Facebook e outras redes sociais.

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FORTALEZA (CE) – O protesto no Ceará chegou dentro da Arena Castelão. Em menor proporção, é claro, mas de forma pacífica. O estudante de engenharia, Murilo Melo, conseguiu entrar com um cartaz na partida entre Brasil e México, nesta quarta-feira (19).

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De acordo com o cearense de 23 anos, a Força Nacional apreendeu outros dois cartazes dele, mas liberam um que estava em inglês. “Prenderam meus cartazes em português, mas não entenderam em inglês e deixaram entrar”, contou,

“Não é apenas por 20 centavos, mas por 6,9 bilhões de reais roubados dos cofres públicos”, são os dizeres de protestos carregados pelo estudante.

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Após a confusão envolvendo a Polícia Militar, o repórter Victor Bastos colheu depoimentos de manifestantes para saber o que de fato aconteceu nos momentos de tensão entre as partes. Segundo os relatos, a PM utilizou da violência desde o começo.

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A onda de protestos que vêm acontecendo em todo o Brasil chegou até a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No local, os torcedores que vão à Arena Pernambuco assistir a partida entre Itália X Japão têm nesta quarta-feira (19) a opção de estacionar os carros nas cinco mil vagas disponíveis na instituição. Vários estudantes bloqueiam a saída dos ônibus que levam os torcedores até a Arena, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.

O motivo é a dispensa das aulas no período da tarde e noite de hoje (19) por conta da utilização do espaço de estacionamento, que foi anunciado pelo secretário da Copa, Ricardo Leitão, nesta terça-feira (18). O clima é de revolta entre os manifestantes e os torcedores. “Queremos sair daqui. Isso é um absurdo. Temos o direito de ir e vir tanto como vocês, mas a partir do momento que atrapalha a gente, que comprou o ingresso e pagou estacionamento, temos que ir de qualquer forma”, afirma a professora Wilka Vilela.

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De dentro do ônibus aguardando a saída, o torcedor Felipe Barros reclama da mesma situação. “Faz meia hora que estou aqui dentro e nada. Pelo menos ainda tem muito tempo antes do jogo, senão eu realmente iria estar stressado”, conta.

Já para Elisa Victor, estudante de letras da universidade, o ato é um desrespeito. “Isso é uma falta de compromisso, um desrespeito conosco, que somos alunos e já estamos com as aulas bastante atrasadas. Além disso, vários pacientes também deixaram de ser atendidos no Hospital das Clínicas por causa do jogo”, relata.

A Polícia Militar (PM) está no local para conter possíveis atos de violência entre ambas as partes. Mas não foi isso que foi notado em um dos momentos de conflito entre torcedores e protestantes. “Isso aqui não é estacionamento, é universidade”, disse um dos manifestantes. Outros chegaram a bater boca. “Paguei e quero ir pra Arena. Saiam da frente agora”, disse.

O tempo esperado dentro dos ônibus é entre 20 e 30 minutos. Mesmo assim, filas quilométricas se estendem na saída da UFPE com destino a Arena Pernambuco. O jogo entre Itália X Japão começa às 19h de hoje (19).

Por Pollyanne Brito

Recife, como outras cidades brasileiras, é palco, nesta quinta-feira (20), de mais um protesto pedindo redução das tarifas de ônibus, melhorias no transporte, entre outras reivindicações. Por causa dos atos violentos ocorridos nas últimas manifestações, boa parte da população recifense está com medo, e, não é para menos. Nesta quarta-feira (19), nossa reportagem flagrou postagens de usuários do Facebook incentivando possíveis roubos e ações violentas.

Em umas das postagens, um usuário, que não terá a identidade revelada, convocou o povo para o ato de forma irônica. “Podem ir, e, por favor, levem suas bolsas com bem muito dinheiro e celulares. Não se esqueçam, eu estarei por lá esperando a sua ajuda”, postou o internauta. Outro usuário comentou da seguinte forma: “quem moscar (alusão a quem ficar distraído) com câmera para tirar foto só vai ver o vulto preto passando”.

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A reportagem do Portal LeiaJá conversou com o secretário de defesa social, Wilson Damázio, e, ele garantiu que a Polícia Militar de Pernambuco está pronta para evitar qualquer ato criminoso. “A Secretaria de Defesa Social (SDS) está preparada para dar segurança a população. Nosso papel é fazer com que a passeata prossiga em paz”, disse.

De acordo com Damázio, por medida de estratégia, não será divulgado o número de soldados envolvidos no protesto. Segundo ele, a SDS já está ciente de que indivíduos, até vinculadas a entidades protestantes, estão com intuito de provocar depredações e tumultos.

Em virtude do protesto mobilizado via redes sociais para esta quinta-feira (20), no Centro do Recife, os Tribunais da Justiça (TJPE) e Regional Eleitoral (TRE-PE) alterarão o horário de atendimento. Ambos os órgãos funcionarão apenas na parte da manhã das 7h às 13h.

Para o TRE-PE, a mudança de atendimento servirá para a sede do órgão, a Central de Atendimento ao Eleitor, os Cartórios Eleitorais da Capital e os anexos. Já a unidade do Expresso Cidadão do Shopping Rio Mar deverá observar o horário determinado pela Secretaria de Administração do Estado, devendo proceder o reagendamento dos eleitores, caso haja alteração de atendimento

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TJPE – No Tribunal de Justiça de Pernambuco, o expediente nas comarcas do Recife, de Olinda e Jaboatão dos Guararapes seguirá um mesmo horário da manhã, das 7h às 13h. A decisão foi tomada pelo presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Jovaldo Nunes. Já o plantão criminal do Judiciário será realizado, excepcionalmente, no Fórum Thomaz de Aquino, no bairro de Santo Antônio.

Por causa do protesto que será realizado nesta quinta-feira (20), em várias vias do Recife, algumas instituições de ensino modificaram seus horários de funcionamento. A UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, procurando preservar a mobilidade dos alunos e colaboradores, suspende, às 14h, as atividades. De acordo com a instituição de ensino, as ações agendadas para a data serão remarcadas.

Na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), as atividades serão realizadas até às 15h. A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) terá ponto facultativo a partir das 13h. A Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) encerrará suas atividades também às 13h.

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De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação de Pernambuco (SEE), até o momento, as aulas das escolas estaduais estão mantidas para amanhã. Porém, se houver alguma mudança nos planos, a SEE informará a sociedade por meio da mídia.

No caso da rede privada, segundo informações do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe), a decisão pela realização ou não das aulas, bem como alteração nos horários de funcionamento, vai depender dos donos das escolas. Segundo o sindicato, não existe uma ordem padrão.

O prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), José Fortunati (PDT), calculou nesta quarta-feira em 9% a queda do preço do transporte público na capital do Rio Grande do Sul, com a aprovação do projeto de lei que cria um regime especial para o setor no País (Projeto de Lei Complementar 310/2009) e que poderia levar a uma redução nas tarifas. Fortunati disse que, atualmente, o preço de tabela do transporte na capital gaúcha é de 3 reais, embora, por força de uma liminar dada pela Justiça, os passageiros paguem 2,85 reais.

Com a eventual isenção de impostos e tributos federais, estaduais e municipais, a tarifa de tabela poderia chegar a 2,73 reais para o passageiro. "Esse é o impacto. Para muitos, pode parecer pouco, mas para quem usa o transporte todo dia é um grande impacto", afirmou, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em que se discute o projeto.

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O presidente da comissão e relator da proposta na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), tem afirmado que o projeto pode levar a uma redução de até 15% na tarifa. Farias defende a aprovação "o mais rápido possível" do projeto pelo Congresso. A intenção é votar o texto na comissão na terça-feira, 15, e, por ser terminativo, devolvê-lo para a Câmara dos Deputados realizar mais uma votação, uma vez que o texto terá recebido modificações no Senado.

A presidente, Dilma Rousseff, reuniu-se nesta terça-feira (18) com o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, num hotel da zona sul de São Paulo para discutir uma estratégia com o objetivo de avaliar qual ajuda política poderá dar ao prefeito da capital paulista, Fernando Haddad (PT), por causa das manifestações que tomam conta das ruas da cidade nos últimos dias. A informação foi divulgada com exclusividade pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, lançado, oficialmente, nesta terça-feira, em Brasília,

Fora da agenda oficial, Dilma viajou na tarde desta terça para a capital com o objetivo de se encontrar com Lula, preocupada com os desdobramentos políticos que essas manifestações podem ter na administração de Haddad na Prefeitura e trocar ideias com o padrinho político sobre o assunto.

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Um grupo de manifestantes está ocupando a frente do Ministério Público do Trabalho, do Espinheiro, Zona Norte do Recife, no início da tarde desta terça-feira (18), durante uma negociação que está havendo dentro do edifício em prol do aumento salarial da categoria. Estão participando representantes do Sindicato dos Rodoviários e da Oposição. 

Vários Integrantes da Oposição Rodoviária está do lado de fora pressionado para que haja um acordo. Segundo um dos participantes, Roberto Carlos, eles pedem um aumento de 33%, mas o MP está oferecendo 7%. Além disso, a oposição também solita um acréscimo no Ticket Refeição que é de R$ 5 por dia. “Esse dinheiro não dá nem para um refrigerante e pão com ovo, quem dirá uma refeição completa”, enfatizou o homem.  

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Ainda na noite de hoje ficará decidido se vai haver outra paralisação igual da última sexta-feira (14), em que mais de 40 ônibus ficaram parados em plena via pública da cidade. 

Com informações de Pedro Oliveira

 

Foi de forma tranquila e passiva que o governador Eduardo Campos (PSB) comentou a manifestação marcada para a próxima quinta-feira (20), no Recife, através das redes sociais. Ele disse nesta terça-feira (18) que o processo, diferente de antigamente, possui uma cara nova e não quis associar o tema com a imagem que a presidente Dilma Rousseff (PT) poderá ter nas eleições em 2014.

O socialista descreveu as pessoas que estão participando dos atos públicos e garantiu que se fosse mais jovem e não administrasse o Estado, sairia às ruas também. “São os brasileiros que querem melhorar o Brasil, são pessoas como nós, eles podem não gostar do nosso jeito e das nossas opiniões, mas temos que respeitar para que as coisas sejam melhor. Claro que nesse processo apresenta como uma negação dos movimentos sociais e da políticas, mas não são todos que estão desconectados (com a política), alguns até têm muito contato com esse protesto que está nas ruas”, analisou.

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A avaliação do gestor estadual foi apresentada durante coletiva de imprensa para anúncio de redução da passagem de ônibus nas cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes e Olinda. Durante o evento, Campos foi indagado do que estaria cansando a população brasileira, além das valores das passagens, levando-as às ruas. “Eles veem carregando seus sonhos e daí sai a pauta. Têm quem fale da PEC 37, dos transportes, outros falam da inflação, dos salários, isso está sendo vivido nas ruas de uma forma nova”, opinou.

Durante a conversa, o socialista disse que se reunirá com membros do Ministério Público de Pernambuco e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além da Polícia Militar e outros órgãos da segurança. Segundo o socialista, a pauta discutida será manter a integridade de todas as pessoas que participarão do evento na próxima quinta-feira (20) e também das que não participarão. Em sua opinião, o ato representa a democracia. Ele também prometeu sentar e conversar com os organizadores do protesto para dialogar de forma aberta.

Colocando o governador em saia justa, uma das questões dirigidas a ele depois de se colocar a disposição em relação à manifestação, foi se estava faltando diálogo no governo Dilma. Depois de alguns segundos em silencio respondeu: “Eu não estou colocando nesse momento as coisas de forma que tenhamos mais problemas que já temos nesse horizonte. Acho que ela vai se colocar a disposição, assim como os prefeitos. No Congresso Nacional ontem (17), já colocaram esse tema”, se esquivou.

Mesmo demonstrando abertura para debater as pautas que deverão ser revindicadas pelos manifestantes, Eduardo Campos, frisou a inteligência e que não necessariamente acatará tudo. “Dialogar não quer dizer que vamos concordar com tudo, mas estamos usando aquilo que Deus nos deu: a inteligência. Usamos da democracia para isso, para conversar e se entender, eu acredito nisso”, reforçou.

Contexto político - A decisão do governador e possível candidato à presidência da República pode ser encarada como articulação política considerando que o anúncio da redução de R$ 0,10 centavos só aconteceu faltando apenas dois dias para o Recife parar, como prometem os manifestantes nas redes sociais.

MACEIÓ (AL) - O disparo de arma de fogo que atingiu o jovem estudante de 16 anos, no protesto contra o possível aumento da passagem de ônibus, realizado em Maceió nesta segunda-feira (17), partiu do servidor público, Josenildo dos Santos, que dirigia um carro pertencente à frota da Superintendência de Iluminação Pública de Maceió (SIMA), de acordo com a Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Ele relatou ao delegado Carlos Reis, na Polícia Civil, onde prestou depoimento por quase duas horas, que havia atirado para se defender.

Josenildo se apresentou na tarde desta terça à Polícia Civil - junto com o procurador da SIMA e do servidor da Superintendência que estava com ele no momento do disparo -, e afirmou ter dado um disparo para o alto com um revólver calibre 38 com o propósito de dispersar a multidão que, segundo ele, estava danificando o carro em que se encontrava. O menor baleado foi atingido de raspão no rosto e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde recebeu atendimento médico e não corre perigo de morte.

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De acordo com o delegado, Cícero Lima, a polícia tem 30 dias para concluir o inquérito e todos os fatos serão apurados. O acusado poderá responder por tentativa de homicídio, caso fique caracterizado que houve intensão.

O prefeito de Maceió, Rui Palmeira se pronunciou através de sua Fanpage informando que os dois servidores efetivos do município estavam em Celta prata, de placa PGK 2600, de Pernambuco, e que ambos foram afastados de suas funções até que os fatos sejam apurados e que lamenta o acontecido.

Confira a nota na íntegra:

“Ontem afirmei aqui minha posição em defesa de manifestações populares em busca de cidadania, pacíficas e com respeito ao direito de ir e vir. E ontem a sociedade maceioense e alagoana foi às ruas em busca de dignidade, em um movimento com forte presença jovem. Lamentavelmente, ontem à noite, um jovem foi alvo de um tiro covardemente disparado por um motorista na Fernandes Lima. Defendo a vida! Sou totalmente contra a violência! Nunca iremos ser omissos neste tema. Relatos de testemunhas afirmam que o veículo dirigido pelo autor dos disparos seria da frota da Prefeitura. Como prova de nossa transparência e isenção, ofertamos ontem mesmo as imagens das câmeras da SMTT à imprensa. E iniciamos uma busca intensa para apurar se a informação era verdadeira. Após levantamento minucioso, descobrimos no final da noite que a descrição do carro coincide com a de um veículo da SIMA. Determinei apuração rigorosa do fato. O superintendente Ib Brêda, que vem fazendo um excelente trabalho na SIMA, está tomando providências. Jamais compactuaremos com atos de violência. Como medida cautelar, vamos afastar os servidores suspeitos, garantindo seus direitos de defesa. E garantindo que o triste fato seja apurado com o máximo de rigor por todas as autoridades. Ainda na manhã de hoje, a Prefeitura vai se posicionar sobre o tema. Esta é minha determinação. Ao jovem atingido, desejo pronta recuperação. E em nome de nossa cidade, peço desculpas a ele, a seus familiares e amigos.”



Cerca de 80 pessoas fizeram um protesto na avenida Conde da Boa Vista na manhã desta terça-feira (18). Os manifestantes são agentes comunitários de saúde do Recife que reividicam o aumento do salário da categoria.

Um dos agentes, que se identificou apenas como Fernando, disse que o objetivo é conseguir que o piso seja de R$ 950 ao invés dos atuais R$ 673. "Estamos aqui protestando porque o prefeito Geraldo Julio nos fechou a porta e está propondo um aumento de apenas 6,49%, o que não nos agrada", afirmou.

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A Secretaria de Saúde informou que os agentes foram recebidos por meio do sindicato da categoria, o Sindacs, diversas vezes desde o início da gestão. Participaram das rodadas de negociação as secretarias de Saúde, de Governo e de Administração e Gestão de Pessoas. Ainda segundo o orgão, a proposta que foi construída na última reunião, na semana passada, foi além do reajuste de 6,49% e será apresentada e discutida em assembleia nesta terça-feira (18).

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MACEIÓ (AL) - Mais de cinco mil pessoas participaram do protesto contra o suposto aumento da passagem de ônibus urbano na capital alagoana, nesta terça (17). A concentração ocorreu às 16h, na Praça Centenário, localizada no bairro do Farol, e terminou em frente ao Complexo de Educacional de Pesquisa Aplicada (CEPA), por volta das 20h30. O ato foi considerado pacífico, porém no fim do manifesto ocorreu um disparo de arma de fogo por um motorista que tentava furar o bloqueio feito pelos manifestantes.

Um dos disparos atingiu de raspão o rosto do estudante Marcos Antônio, de 16 anos, que foi levado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência ( SAMU). O motorista conseguiu fugir.

Apesar da grande multidão, a Polícia Militar e os manifestantes não registraram outro ocorrido de violência.“Maceió nunca viu um ato como esse, onde a maioria são jovens expressando suas opiniões. Essas pessoas não aguenta mais sofrer por conta da educação, saúde e principalmente o transporte público. Apesar da grande quantidade de pessoas, não tivemos problemas em realizar a manifestação”, afirmou Thaís Cavalcante, uma das organizadoras do protesto.

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Com faixas e cartazes os manisfestantes expressavam sua indignação contra o aumento da tarifa do transporte público. Frases como “2,85 é open bar”, “Revolucionar o cotidiano, cotidianizar a revolução” e “Não pago R$ 2.85 se não vale R$ 1,00” puderam ser lidas na passeata.

Bloqueando as duas vias da principal avenida de Maceió, a Fernandes Lima, os manifestantes não constataram a indignação dos demais motoristas por conta do engarramento, mas sim um certo apoio deles.“Apesar do estresse, o que eles estão reivindicando é válido”, disse Igor Tássio, um dos motoristas que estava preso no trânsito.

O protesto contou ainda com seis viaturas e 20 agentes do Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, a Força Nacional, que sobrevoava o local, e agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), auxiliando o fluxo de carros na região.

Por parte da organização do ato, de acordo um dos organizadores, Gelvane Andreade, foram formadas comissões de segurança e estrutura, que controlava manifestações violentas e eventuais dispersões, comissão de trajeto para direcionar o percurso, e ainda uma comissão jurídica, em que mais de 20 advogados foram voluntários e acompanharam o protesto para mediarem qualquer conflito, denunciar possíveis abusos de poder das autoridades, e a mobilização de um plantão nas delegacias caso houvesse eventuais prisões.

O percurso feito pelos estudantes foi iniciado na Praça Centenário, seguiram em direção ao Centro da cidade, onde bloquearam a Ladeira dos Martírios e a Avenida Tomás Espíndola. Em seguida, retornaram para a Avenida Fernandes Lima, fechando as duas mãos da via e ocasionando um congestionamento de mais de duas horas na maior avenida de Maceió.

Por Marcela Terra e Flávia Yezzi

Uma onda de protestos tem sido vista por todo o Brasil nos últimos dias. Os motivos noticiados são vários e vão desde o aumento das tarifas do transporte público, em São Paulo, até os gastos exorbitantes feitos nas obras dos estádios que estão recebendo os jogos da Copa das Confederações, mas, que não tem apresentado resultados satisfatórios aos que tem comparecido aos eventos.

Antes de discutirmos os motivos que têm levado a população às ruas em vários estados do País, é preciso entender o que é um protesto. A Constituição Federal cita que “todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente (artigo 5º, inciso XVI).

Sabemos que o Brasil não é uma ditadura e dessa forma, a população tem direito a realizar protestos de forma pacifica, sem que estes destruam o patrimônio público ou incitem a violência. Fatos que não estão sendo respeitados, nem pelos manifestantes e nem pela polícia. O que temos visto são dezenas de ônibus depredados, pessoas feridas, e aqui podemos incluir os profissionais que participam da cobertura desses protestos, e verdadeiros campos de guerra se formando nos centros das cidades.

Apesar de todo avanço tecnológico e da utilização das redes sociais para realização de inúmeros protestos, não esperávamos que os protestos acontecessem apenas através das redes. Contudo, ir às ruas, com placas, faixas e rostos pintados, é protestar. Depredar ônibus, quebrar vitrines, atirar pedras e bombas, é vandalismo. Da mesma forma, se o protesto é realizado de forma pacífica, cabe a polícia acompanhar as manifestações, sem interferir de forma violenta, colocando em risco a vida de inúmeras pessoas.

E é durante a realização de um evento de porte mundial que o Brasil é notícia nos principais veículos da imprensa mundial de forma negativa. Da mesma forma, brasileiros espalhados pelo mundo também tem realizado protestos de apoio aos manifestantes daqui. Vale ressaltar que, fora do Brasil, todas as manifestações estão acontecendo de forma pacifica.

Caros leitores, foi nas ruas do país, com passeatas e comícios realizados de forma organizada e pacifica que os brasileiros conseguiram acelerar o fim do Regime Militar. Da mesma forma, com os estudantes nas ruas, cartazes e gritos que Fernando Collor deixou a presidência da República por escândalos de corrupção. Tudo sem as imagens de guerra que temos acompanhado.

É temeroso ver que novas mobilizações estão marcadas em várias cidades do país e faz-se imprescindível que o poder político reavalie as ordens dadas às forças de segurança e que, assim, apenas os atos de depredação e vandalismo sejam coibidos, jamais ferindo o direito de se reunir e se manifestar.

Um grupo de centenas de brasileiros se reuniu no início da noite desta segunda-feira, 17, na Union Square, uma praça movimentada de Manhattan, em Nova York, em um ato de apoio às manifestações no Brasil. Também estava marcado um ato semelhante em Chicago.

Em Nova York, o protesto foi organizado no Facebook e até o início da noite, a página na internet apontava em torno de 1,1 mil pessoas confirmadas para participar. A reportagem esteve na Union Square e observou um número bem menor de ativistas. Segundo um dos organizadores, havia 300 manifestantes.

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Na praça nova-iorquina, o grupo portava cartazes em inglês e português falando do preço alto do transporte público brasileiro e pedindo para que os norte-americanos boicotem a Copa do Mundo, em 2014, no Brasil. Os manifestantes, cantando o Hino Nacional e muitos com a cara pintada, despertaram a atenção de curiosos que passavam no local. "É a nossa forma de ajudar o que está acontecendo no Brasil, inclusive divulgando aqui nos Estados Unidos", disse uma estudante de São Paulo que preferiu não se identificar.

Na terça-feira, 18, estão marcadas manifestações de apoio aos brasileiros em outras cidades norte-americanas. San Diego e São Francisco, na Califórnia, terão encontros semelhantes. No domingo, 16, segundo os organizadores, houve um ato em Boston e uma manifestação menor, no Central Park, em Nova York.

Belém registrou nesta segunda-feira uma das maiores manifestações populares dos últimos dez anos na capital do Pará. Um total de 15 mil manifestantes, de acordo com organizadores, ou dez mil, na avaliação da Polícia Militar (PM), tomou as ruas dos bairros de São Braz e Marco, protestando contra as obras do BRT, um projeto de R$ 450 milhões que pretende oferecer serviço de ônibus de transporte rápido em faixa exclusiva, mas que se arrasta há mais de um ano e prejudica o trânsito na principal avenida de entrada e saída da cidade, a Almirante Barroso.

Os manifestantes também levaram cartazes contra a corrupção e o caos na saúde pública na capital paraense, além da criminalidade, que põe a cidade entre as mais violentas do mundo, de acordo com um estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). "O povo não suporta mais tanto descaso e corrupção com o dinheiro público", afirmou o estudante José Wilson Ferreira. O ajudante de pedreiro Eduardo Sarmento disse que foi ao protesto porque acredita que o povo "está acordando para reivindicar seus direitos".

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Partidos que tentaram erguer as bandeiras foram vaiados pela multidão e obrigados a recolhê-las sob gritos de estudantes e trabalhadores. A PM informou que mil homens asseguraram a manifestação. Segundo os organizadores e policiais, nenhum caso de violência foi registrado. A prefeitura não se manifestou, mas o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) disse que a obra está sendo retomada e a primeira etapa será inaugurada em dezembro. Ele culpou o antecessor e ex- aliado político, Duciomar Costa (PTB), pelo atraso da obra.

O centro do Rio foi palco, nesta segunda-feira, da maior passeata da série de protestos contra o aumento no preço das passagens de ônibus ocorrida na cidade. Cerca de 20 mil pessoas participaram. Tudo ia bem até perto das 20 horas, quando um pequeno grupo subiu as escadarias da Assembleia Legislativa do Rio para tentar invadir o prédio. Eles estavam em quantidade 133 vezes maior do que a de policiais militares (eram 150, segundo dado oficial da corporação), que se refugiaram dentro da Assembleia e jogaram gás de pimenta e bombas de efeito moral de dentro do edifício para fora.

Boa parte dos manifestantes estava de branco. Eles ocuparam toda a extensão da Avenida Rio Branco, uma das principais da região, para gritar também por outras causas: eles são contrários ao uso de dinheiro público nas obras preparatórias para a Copa do Mundo de 2014 e reclamam da má qualidade dos serviços públicos.

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Embora a dispersão estivesse prevista para a Cinelândia, os manifestantes que seguiam à frente decidiram ir até a Assembleia Legislativa, como aconteceu na última quinta-feira, quando o prédio foi pichado. A concentração começou às 17 horas e, até as 19h30, não havia ocorrido confronto com a Polícia Militar, que até então apenas acompanhava os manifestantes.

Uma pequena parte dos manifestantes, em sua maioria jovens estudantes, levava flores, demonstrando que o ato tinha, de modo geral, motivação pacífica. Eles tiveram respaldo de profissionais que se prontificaram a ajudar em caso de arbitrariedades policiais: 60 advogados se colocaram à disposição para agir em caso de prisões ilegais ("mas não de depredações", ressalvaram) e 20 estudantes de medicina de jaleco branco se ofereciam para atender possíveis feridos. Até as 19 horas não havia registro de incidentes.

Os dizeres "Revolto-me, logo existo", "Verás que o filho teu não foge à luta" e "Somos filhos da revolução" estamparam cartazes. Os manifestantes que estavam com bandeiras de partidos políticos (PCB, PSol, PSTU) foram criticados - preferia-se a bandeira do Brasil. Ainda na concentração, enquanto um dos líderes do movimento discursava fazendo críticas à presidente Dilma Rousseff pela parceria com os governos do estado e município do Rio, o cineasta Daniel Zarvos, de 39 anos, tentou se apossar do microfone gritando palavras de apoio a ela.

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Em sintonia com outros protestos que estão sendo realizados em várias cidades do Brasil, um grupo de mais de mil pessoas seguiu, na noite desta segunda-feira (17), pela Avenida Conde da Boa Vista em sentido à praça do Derby, ambas localizadas no Centro do Recife. De acordo os participantes, o ato público é uma prévia do protesto que ocorrerá nesta quinta-feira (20). As principais reivindicações são a redução da passagem de ônibus e o passe livre para estudantes.

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Durante o percurso, as pessoas se concentraram no cruzamento com a Avenida Agamenon Magalhães, na área central do Recife, o que fez o trânsito parar por alguns minutos, em pleno horário de retorno das pessoas do trabalho para casa. Alguns dos manifestantes estavam com os rostos cobertos por camisetas, com máscaras e cartazes cantavam o hino nacional e gritavam "o Recife vai parar, se a passagem não baixar".

Próximo protesto - durante a mobilização da noite desta segunda foi definida a próxima mobilização, que será na quinta-feira (20), às 16h, na praça do Derby. Os manifestantes levarão máscaras para possíveis investidas de gás lacrimogêneo da polícia. Os organizadores também pediram ajuda dos estudantes de saúde, para prestar possíveis primeiros-socorros e solicitou a advogados dedicados a ajudar pessoas possivelmente presas por policiais no ato.

Os manifestantes pediram para levar documento de identificação e que apesar da localidade ter alguns hospitais, darão prioridade a passagem de ambulâncias. A mobilização durou cerca de uma hora, o encerramento aconteceu por volta das 21h40.

*Com informações de Moriael Bandeira

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