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O Museu de Arte de São Paulo (Masp) voltará a funcionar neste sábado (24), seguindo as novas orientações do governo estadual em relação à pandemia de Covid-19. O museu trabalhará com 25% da capacidade e seguirá assim até 30 de abril, data em que será feita a nova reclassificação do Plano São Paulo.

O agendamento online, inclusive para os dias gratuitos, continua sendo obrigatório e deve ser feito pelo link: masp.org.br/ingressos. A bilheteria permanecerá fechada e a compra de ingressos, com dia e horário marcados, será exclusivamente online, sem cobrança de taxa de conveniência, conforme informou o museu.

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Ao adquirir um ingresso, o visitante tem direito de ver todas as exposições que estão em cartaz, sendo elas “Beatriz Milhazes: Avenida Paulista”, “Degas”, “Sala de vídeo: Teto Preto” e “Acervo em Transformação”, a mostra de longa duração do museu. 

Nos dias 24, 25 e 27, o museu funcionará das 11h às 19h; nos dias 28, 29 e 30, das 13h às 19h. O Masp informou que adotou todas as medidas necessárias para uma visita segura, que podem ser consultadas no site da instituição. Entre as ações de segurança sanitária, estão a redução da capacidade máxima de visitantes, o uso obrigatório de máscara e o cumprimento do distanciamento social.

As inscrições para a 16ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), que havia sido adiada por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foram reabertas. Os interessados podem realizar a candidatura até o dia 30 de abril. Estudantes do sexto ano do ensino fundamental até o último ano do ensino médio podem participar.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o incentivo e a promoção do estudo da matemática, a contribuição para a melhoria da qualidade da educação básica, promover a inclusão social por meio da disseminação do conhecimento, entre outros, estão entre os principais objetivos da olimpíada.

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As escolas que se inscreveram em 2020 continuarão com a participação garantida, no entanto, se desejarem alterarem os dados da inscrição, podem acessar a página restrita da escola na 16ª OBMEP e editar as informações. O prazo é também uma chance para que escolas públicas e privadas que ainda não fizeram a inscrição possam realizá-la.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o regulamento dessa edição da OBMEP teve adequações e mudanças relevantes, válidas especificamente para esta edição.

O novo cronograma e o regulamento da OBMEP podem ser acessados neste link.

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Museus, varandas dos cafés e escolas de ensino médio de Portugal voltaram a abrir, nesta segunda-feira (5), após dois meses de fechamento, na segunda fase do plano de desconfinamento do país, duramente atingido pela Covid-19 no início do ano.

Depois da reabertura das escolas primárias em 15 de março, nesta segunda-feira foram os alunos do ensino médio que voltaram às salas de aula.

Os demais setores que retomarem as atividades deverão seguir rígidas normas sanitárias.

As reuniões estão limitadas a quatro pessoas por mesa nos terraços, e os museus terão de adaptar seus horários. Nas academias, as aulas coletivas não estão autorizadas.

"Esperamos receber muito poucos visitantes", já que não há turistas estrangeiros, explicou à AFP António Nunes Pereira, diretor do Palácio Nacional da Pena, na vila turística de Sintra, a cerca de 30 km de Lisboa.

Segundo ele, haverá uma "verdadeira retomada" no verão (inverno no Brasil), quando "o processo de vacinação estiver mais avançado na Europa", e as restrições de viagens forem reduzidas. Muito menos afetado do que outros países europeus durante a primeira onda da pandemia, Portugal teve de enfrentar uma explosão de casos depois das festas de fim de ano.

Os hospitais ficaram saturados, e o governo impôs um segundo confinamento geral em meados de janeiro. Uma semana depois, as escolas foram fechadas.

O Reino Unido se prepara para testar uma série de medidas que vão permitir a retomada de algumas atividades no país após o pico da pandemia da Covid-19. Dentre elas, autoridades propõem a testagem das pessoas nas entradas e saídas de eventos esportivos, shows e boates. Além disso, há a ideia do "passaporte Covid-19", que deve mostrar se a pessoa já recebeu alguma dose da vacina e o histórico de testes negativos ou positivos.

A proposta do passaporte está sendo debatida em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos e em Israel. A crítica é sobre a privacidade médica das pessoas e também sobre a possibilidade de discriminação de pessoas e nações mais pobres, que não têm acesso imediato às vacinas.

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Dezenas de políticos britânicos, incluindo alguns do próprio Partido do primeiro-ministro, Boris Johnson, são contrários a essas medidas. O ministro Michael Gove, que liderou a força-tarefa responsável pela elaboração dos planos, reconheceu que os passaportes para vacinas levantaram "uma série de questões práticas e éticas" que precisavam ser resolvidas antes de qualquer implementação mais ampla.

Mas o ministro dos esportes do Reino Unido, Nigel Huddleston, enfatiza que "os primeiros pilotos quase certamente não envolverão nenhum elemento de certificação", mas envolverão testes antes e depois dos eventos. Segundo ele, Johnson deve dar mais detalhes sobre os passaportes do coronavírus amanhã.

Os primeiros eventos que funcionarão desta forma serão a semifinal da FA Cup, programada para o fim do mês no Wembley Stadium, em Londres, e a final do evento, que vai ocorrer em 15 de maio. A previsão é de que no primeiro teste haja 4 mil pessoas no estádio, que tem capacidade para 90 mil. No segundo caso, poderão participar até 21 mil pessoas.

Também nesta semana, o governo deve definir maneiras de flexibilizar as restrições a viagens internacionais. Na semana passada, o Reino Unido adicionou mais quatro países à sua lista vermelha de proibições de viagens. Em 9 de abril, a lista vermelha do Reino Unido deve ter até 39 países. O objetivo é evitar que mais variantes do vírus - especialmente aquelas detectadas pela primeira vez no Brasil e na África do Sul - cheguem ao território britânico.

As autoridades dizem que cerca de 47% da população do país recebeu a primeira dose da vacina contra o coronavírus, e mais de 5 milhões de pessoas receberam a segunda dose. Apesar do sucesso na vacinação, a Grã-Bretanha ainda tem o maior número de mortes por covid-19 da Europa, em torno de 127 mil.

Neste Sábado de Aleluia (3), véspera da Páscoa, o comércio do Centro do Recife recebeu movimentação tranquila, atípica para a demanda desse período do ano. Apesar das flexibilizações das medidas restritivas no estado e do novo Plano de Convivência, que permite a reabertura do comércio não-essencial e passou a vigorar em 1º de abril, as famílias da capital pernambucana parecem ter preferido ficar em casa. Em ronda, o LeiaJá notou poucos pontos de aglomeração e uma maioria de pessoas usando máscaras de proteção.

No bairro de São José, no Centro, a reabertura das lojas foi fria. Considerando a movimentação intensa mesmo nos piores momentos da pandemia, as ruas tipicamente cheias estavam mais vazias, com clientela pontual somente em algumas lojas e poucas pessoas sem máscaras. No entanto, houve aglomeração na Rua das Calçadas e desrespeito ao distanciamento social de no mínimo um metro e meio, por parte de lojistas e clientes.

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Nos shoppings da Região Metropolitana, o cenário não foi muito diferente. Dois dos maiores centros comerciais do Recife, o Shopping RioMar e o Tacaruna tiveram sábado de corredores vazios. Áreas de lazer, unidades da GameStation e praça de eventos permaneceram fechados, em respeito aos protocolos exigidos. Nas praças de alimentação, geralmente lotadas durante os feriados, também houve pouco movimento. No Tacaruna, quase todas as mesas estavam vazias.

Lojas com foco na venda de doces e chocolates eram as mais cheias dos centros. No RioMar, houve fila de espera para a aquisição dos ovos de páscoa em uma loja do segmento, mas havia sinalização do distanciamento social no piso, o que foi respeitado pelos visitantes. Os dois shoppings seguem fazendo checagem de temperatura em todas as entradas e saídas, assim como distribuem álcool em gel para as pessoas em atendimento.

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O primeiro cinema de Moscou e um dos mais antigos do mundo, o "Khudozhestvenny", anunciou nesta sexta-feira (2) sua reabertura ao público em 9 de abril, após uma restauração completa.

Localizado em um edifício emblemático no bairro histórico de Arbat, este conhecido cinema moscovita foi totalmente reformado, como visto durante uma visita de imprensa nesta sexta.

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Alguns elementos históricos, como os baixos-relevos da fachada, foram restaurados, mas também foram criados novos interiores modernistas ou art déco, sob a direção da agência de arquitetura local Strelka.

Inaugurado em 1909, este cinema foi o primeiro de Moscou e um dos primeiros do mundo, e seus visitantes incluem, entre outros, o famoso escritor Léon Tolstoi, segundo o teatro.

Durante o regime soviético, recebeu até mil espectadores (contra quase 500 hoje).

Em 1926, foi palco da estreia mundial do lendário filme de Serguei Eisenstein "O Encouraçado Potemkin".

O cinema, cuja restauração estava prevista desde 2010, estava fechado ao público desde 2014.

As obras começaram quando a sala pertencia ao grupo Rambler, liderado pelo bilionário russo Alexander Mamut, que desde então foi adquirido pelo Sberbank, o primeiro banco russo.

"O Sberbank restaurou completamente o lendário cinema Khudozhestvenny para devolver aos habitantes de Moscou e visitantes da capital um dos lugares mais apreciados por muitas gerações", disse a vice-presidente sênior do Sberbank, Tatiana Dobrokhvalova, em um comunicado.

O valor da restauração não foi divulgado.

A Disneylândia pretende reabrir no final de abril com capacidade limitada depois que a Califórnia aliviou as restrições pela covid-19, anunciou nesta terça-feira (9) o CEO da Disney, Bob Chapek.

O segundo parque temático mais visitado do mundo está fechado há quase exatamente um ano, com a mega atração perto de Los Angeles incapaz de reabrir no verão passado, mesmo quando outros resorts da Disney o fizeram em todo o mundo.

"Aqui na Califórnia, somos encorajados pelas tendências positivas que estamos vendo e estamos esperançosos que elas vão continuar a melhorar e seremos capazes de reabrir nossos parques para o público com capacidade limitada no final de abril", disse Chapek.

Uma data precisa da reabertura será confirmada "nas próximas semanas", acrescentou.

A declaração durante a assembleia anual de acionistas da Disney segue o anúncio de autoridades estaduais na semana passada de que os critérios de reabertura de parques temáticos e estádios ao ar livre serão relaxados a partir de 1º de abril, já que o pico de casos de coronavírus diminui rapidamente.

Parque temáticos só terão permissão para reabrir se seu condado ficar abaixo do "nível" mais restritivo de coronavírus do estado e, inicialmente, com 15% da capacidade e apenas para residentes da Califórnia.

Chapek alertou que a Disneylândia não poderá reabrir no primeiro dia do mês que vem pois leva tempo para chamar de volta mais de 10.000 funcionários de licença e treiná-los nas medidas de segurança contra a pandemia.

Disney, junto com outras operadoras e autoridades locais, aumentou a pressão sobre as autoridades estatais para permitir reaberturas mais rápidas, depois que a orientação anterior indicou que os parques temáticos estariam entre os últimos lugares a reabrir na Califórnia.

A empresa teve que descartar a reabertura planejada para a Disneylândia em julho do ano passado após uma disputa pública com as autoridades estaduais em relação as diretrizes de segurança. A Disney culpou parcialmente as restrições da Califórnia pela perda de 28.000 empregos em setembro.

Chapek disse que a reabertura seria bem-vinda pela equipe da Disney e "também é uma boa notícia para a comunidade de Anaheim, que depende da Disneylândia para empregos e negócios gerados pelos visitantes".

Durante a reunião dos acionistas, Chapek anunciou também que o serviço de streaming Disney + ultrapassou a marca de 100 milhões de assinantes, apenas 16 meses depois do seu lançamento.

O crescimento da plataforma superou expectativas e chega em um momento em que os parques, viagens e empresas de cinema da Disney são afetados pela pandemia.

"Nosso negócio direto ao consumidor é a principal prioridade da empresa e nossa robusta diversidade de conteúdo continuará a alimentar seu crescimento", disse Chapek.

As autoridades israelenses pretendem suspender gradualmente todas as restrições relacionadas ao novo coronavírus e reabrir totalmente o país até abril deste ano, disse o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quarta-feira (24).

Israel suspendeu o terceiro lockdown imposto no país ainda em 7 de fevereiro, mas manteve diversas restrições sociais em vigor. Uma nova fase de flexibilização, focada em centros comerciais e mercados, entrou em vigor no país ainda no domingo (21).

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"Planejamos vacinar toda a população adulta até o final de março e reabrir totalmente a economia do país até abril", disse Netanyahu em entrevista coletiva nesta quarta-feira (24).

De acordo com o primeiro-ministro, a campanha de vacinação em massa do país deve cobrir pelo menos 6,2 milhões de israelenses. O plano para deixar a quarentena inclui cinco fases. O país encontra-se atualmente na primeira fase - a emissão dos chamados passaportes verdes para os vacinados. A segunda etapa terá início em meados de março e prevê a reabertura total das instituições de ensino.

A vacinação de todos os adultos israelenses está prevista para ser concluída até o final de março, marcando a quarta etapa da abertura. Já em abril, na quinta etapa, o governo israelense espera que o país volte à vida normal, com todas as medidas de restrições sociais suspensas.

Israel começou a imunização em massa de sua população em 20 de dezembro. Até o momento, mais de 4,5 milhões de pessoas - cerca de metade da população israelense - receberam a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech e mais de 3,14 milhões de ambas as doses. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, o país tem hoje 763.558 casos confirmados da doença e 5.660 mortes por COVID-19.

Da Sputnik Brasil

Após o  fechamento nos dias 15 e 16, as agências bancárias reabrem nesta quarta-feira (17) a partir das 12h, com encerramento em horário normal de fechamento das agências. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nas localidades em que as agências fecham normalmente antes das 15h, o início do atendimento ao público será antecipado, de modo a garantir o mínimo de 3 horas de funcionamento.

Mesmo com o cancelamento dos pontos facultativos e das festas de carnaval em muitos estados e municípios, os bancos ficaram de portas fechadas para o atendimento ao público, em razão da pandemia causada pela Covid-19.

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A orientação da Febraban é que os clientes utilizem, preferencialmente, mesmo com o retorno do atendimento, os canais digitais, como sites e aplicativo dos bancos, para a realização de transferências e pagamento de contas.

Segundo a instituição, as contas de consumo (água, energia, telefone etc.) e carnês com vencimento em 15 ou 16 de fevereiro poderão ser pagos nesta quarta-feira, sem acréscimo.

A Febraban informou ainda que os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser pagos via débito direto autorizado.

Fechadas desde março para aulas regulares por causa da pandemia de Covid-19, as escolas vão reabrir a partir desta segunda-feira (1º), começando pela rede privada. No dia 8, será a vez das estaduais e, no dia 15, das municipais.

O processo até agora foi marcado por cobranças dos pais, consultas a especialistas - incluindo a contratação de consultorias de hospitais renomados pelos colégios mais caros -, adaptações nas salas, liminares que suspenderam o retorno e decisões da Justiça que mantiveram a reabertura. A data de volta às aulas presenciais foi definida na primeira quinzena de janeiro e as escolas poderão funcionar com 35% da capacidade.

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"Essas primeiras duas semanas serão para preparar os profissionais da educação municipal para o início do ano letivo. Para isso, já na segunda-feira, 1º, de maneira remota, cerca de 60 mil professores iniciam a organização pedagógica, juntamente com as equipes gestoras das unidades de ensino", afirmou, em nota, a Secretaria Municipal de Educação.

Nas 5,1 mil unidades da rede estadual, as aulas serão retomadas apenas no dia 8, mas os colégios já abrem a partir de hoje para estudantes que se cadastraram para receber a merenda. "Todos os 3,3 milhões de alunos poderão se alimentar nos dias de aulas presenciais. Para os 770 mil mais vulneráveis, a merenda será servida diariamente", informou a gestão estadual.

Greve

Em assembleia neste sábado (30), professores da rede pública do Rio decidiram iniciar greve contra o retorno das aulas presenciais. A categoria reivindica ser incluída entre os grupos prioritários da vacina, após profissionais da saúde e idosos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar de a capital mineira registrar índices elevados de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva e enfermaria para tratamento da covid-19, o prefeito do Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou hoje a reabertura parcial da cidade. Bares e restaurantes voltam a funcionar para vendas no local, mas com horário restrito para comércio de bebidas alcoólicas. A medida vale a partir de segunda-feira, 1º.

Desde 11 de janeiro, somente serviços essenciais, como supermercados, açougues e postos de gasolina, mantinham as portas abertas na cidade. O fechamento e reabertura em BH é feito com a observação de três índices. A circulação do vírus e a ocupação dos leitos de UTI e de enfermagem nos hospitais públicos e privados da capital. O índice que mede a possibilidade de transmissão é o único na faixa verde atualmente na capital mineira, em 0,95. Quanto mais baixo, menor fica a possibilidade de contaminação. Acima de 1, o índice entra na zona amarela de alerta.

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O dado que mostra a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva é o mais preocupante: 74,6% dos leitos de UTI para covid-19 estão ocupados, o que coloca a cidade na faixa vermelha de alerta, iniciada quando o uso dos leitos de tratamento intensivo para a doença atinge 70%. A ocupação de leitos de enfermaria para covid-19 está em 56,8%, na faixa amarela de alerta.

Além do funcionamento parcial dos bares, também voltam clubes, lojas de rua, shoppings e academias, que poderão funcionar todos os dias da semana, exceto domingos. A prefeitura admitiu a possibilidade de as aulas presenciais na rede pública municipal serem retomadas em março. Na segunda-feira, 1º, está prevista a volta do ano letivo, com classes remotas.

Durante o anúncio da medida, na tarde de hoje, Kalil justificou a decisão pela reabertura parcial. "Os índices baixaram, inclusive as UTIs", pontuou. Os três dados registraram recuos consecutivos ao longo da semana, apesar de ainda não terem saído da faixa vermelha, no caso da ocupação de UTI, e da amarela, no caso do uso dos leitos de enfermaria. O índice de transmissão também vem caindo.

O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, disse que outros fatores relacionados à ocupação dos hospitais para tratamento da covid-19 influenciaram a decisão. "A demanda da central de internação tem caído, assim como tem caído o número de transportes de pacientes com a doença no Samu", argumentou. "Isso permitiu trazer ao comitê essa discussão para que a cidade fosse reaberta e o prefeito concordou com ela", acrescentou.

Kalil vem sendo pressionado em relação às medidas de restrição, sobretudo por representantes do setor de bares e restaurantes. A nova decisão do prefeito permite o funcionamento normal dos bares e restaurantes de 11h às 22h, mas com a venda de bebidas alcoólicas só até às 15h. A medida desagradou Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel-MG).

"O comércio de bebidas alcoólicas representa 60% do faturamento dos estabelecimentos que funcionam à noite", afirma o presidente da associação, Matheus Daniel, que defende ainda o funcionamento dos estabelecimentos até as 23h. O dirigente disse ainda que vai esperar a publicação de decreto com as medidas para análise. "O ideal é sempre negociar", declarou.

O diretor da Unicef para a América Latina e o Caribe, Jean Gough, recomendou a reabertura pelo menos parcial das escolas, apesar da pandemia, em uma região onde nem todos têm acesso à internet para aulas remotas.

"A reabertura das escolas é importante", disse o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) à AFP em entrevista na quarta-feira (14).

“É preciso abri-las de uma forma que não seja a mesma (de antes), podem ser aulas presenciais por dias para uma turma e outros dias para outra turma”, recomendou Gough, que lamentou o tempo passado sem a reabertura das escolas.

“Na América Latina e no Caribe (...) sabemos que a maioria das crianças não puderam ter educação à distância ou não presencial porque as condições não existem, elas não têm internet, não têm acesso a telefone ou dispositivo para receber ensino digital", analisou.

Gough acredita que a reabertura parcial é possível porque o coronavírus não afeta as regiões da mesma maneira, se expandindo mais nas áreas com maior densidade populacional.

“A comunidade, os pais podem decidir, pode ser que a escola esteja aberta e depois de três meses tenha que fechar devido a um novo surto, mas a criança já terá seu material para trabalhar em casa”, argumentou.

O diretor da Unicef acredita que com medidas de biossegurança é possível voltar às aulas presenciais.

“As consequências negativas da não abertura são superiores ao risco de abertura de escolas” devido aos efeitos a longo prazo para as sociedades no seu desenvolvimento, sublinhou.

Gough explicou que o confinamento é sinônimo de uma maior carga de trabalho para os pais, já que precisam cuidar da criança.

“As escolas são espaços para a saúde mental. Estar confinado, principalmente para as crianças, o impacto mental é enorme porque elas não têm espaço para correr. Elas não podem ficar apenas sentadas, precisam de um espaço para recreação”, acrescentou Gough.

Segundo relatório do Unicef, o fechamento de escolas no pior momento da pandemia prejudicou 90% dos estudantes em todo o mundo.

A cidadela inca de Machu Picchu, localizada na região peruana de Cusco, reabrirá neste sábado (19), após cinco dias fechada devido a protestos de moradores das localidades de Machu Picchu e Ollantaytambo contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região, anunciaram autoridades locais.

A Direção Desconcentrada de Cultura de Cusco informou que, após o restabelecimento "da ordem social no distrito de Machupicchu, a partir deste sábado será restabelecido o atendimento e a entrada na cidadela".

O fechamento ocorreu na última segunda-feira (14), motivado por protestos da população, que reclama tarifas mais baratas e uma frequência maior de trens na rota entre Cusco e Machu Picchu às duas empresas que prestam serviço na região, Inca Rail e Perú Rail.

O trem é o único meio de transporte dos turistas que visitam a cidadela, mas também é muito utilizado por moradores da região. As manifestações começaram pacificamente, mas se intensificaram com a ocupação da estrada, confrontos com a polícia e ameaças de ocupação da cidadela.

Machu Picchu havia aumentado sua capacidade em 40% em 1º de dezembro, indo para 1.116 visitantes diários, um mês após sua reabertura, em meio a uma gradual redução das infecções por Covid-19 no Peru. Antes da pandemia, entre 2 mil e 3 mil pessoas entravam por dia no parque

Machu Picchu ('Velha Montanha' em quéchua) foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983 e, em 2007, foi escolhida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma pesquisa online internacional. A mítica cidadela, construída no século XV, colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século passado. O local foi "descoberto" pelo explorador americano Hiram Bingham em julho de 1911, embora alguns locais soubessem de sua existência.

Na noite desta sexta-feira (11), as portas do Teatro do Parque, localizado na rua do Hospício, área central do Recife, puderam enfim ser reabertas ao público. Após dez longos anos fechado para reforma de requalificação, o espaço cultural está pronto para ser explorado pela população. Reunindo autoridades e artistas da música pernambucana, a cerimônia que marcou a volta do local mostrou que os recifenses terão daqui para frente novas experiências, sempre reverenciando a história visceral do lugar com respeito.

Para o cantor Cannibal, a reabertura do Teatro do Parque é um ponto necessário para a arte de Pernambuco. "Daqui surgiu muita coisa positiva para o Brasil e o mundo. Estávamos sentindo a maior falta desse palco. Já toquei aqui. Essa volta do teatro é importante para todos", declarou o vocalista da banda Devotos. Além de Cannibal, marcaram presença no evento os cantores Getúlio Cavalcanti, Cristina Amaral, Benil e Maestro Forró.

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Em entrevista ao LeiaJá, a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, vibrou com o retorno do ambiente. Segundo ela, quem ganha com a volta do Teatro do Parque é o recifense. "A gente está entregando amorosamente um excelente espaço, reconstruído, com detalhes dos melhores níveis possíveis, que são coisas a altura do povo pernambucano e dos artistas", disse. "Transformamos no dia de hoje as grandes vitórias desse teatro", completou.

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Quem também reverenciou a conclusão das obras do espaço foi Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. De acordo com ele, "os 105 anos de resistência do Teatro do Parque merecem o devido respeito". Entre os inúmeros elogios de artistas e autoridades ao retorno das funções do Teatro do Parque, o prefeito Geraldo Júlio não compareceu à solenidade.

Segundo a assessoria, o gestor da cidade do Recife participou, na última quinta-feira (10), de uma celebração restrita no espaço, apenas com os trabalhores que estiveram envolvidos nas obras. Ao final dos discursos dos anfitriões, o seleto público que esteve no local, seguindo os protocolos de segurança contra a Covid-19, conferiu a apresentação do espetáculo Vozes do Recife, da Companhia Fiandeiros de Teatro.

A montagem mostrou poesias de grandes nomes da arte como Ascenso Ferreira, João Cabral de Melo Neto, Joaquim Cardozo, Manuel Bandeira e Carlos Pena Filho. Com direção de André Filho, e com pesquisa dele em parceria com Carlos Mendes, o elenco contou com Manuel Carlos, Daniela Travassos, Kellia Phayza, Charly Jadson e Samuel Lira.

Seguindo com a programação especial, o Teatro do Parque vai exibir neste sábado (12), a partir das 16h, o filme O Canto do Mar, do diretor Alberto Cavalcanti, sucesso na década de 1950. O longa-metragem é um dos acervos do próprio espaço, que chegou a receber uma assistência de digitalização. Cerca de 50 ingressos serão distribuídos na bilheteria do local, uma hora antes da sessão. As pessoas que desejarem ver de perto as novidades do Teatro do Parque irão poder fazer uma visita pelas instalações a partir da próxima segunda-feira (14), das 9h as 12h.

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Preso após matar João Alberto Freitas, de 40 anos, o policial militar temporário Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, trabalhava pela 1ª vez como segurança terceirizado do Carrefour no dia do crime. Ele foi contratado para suprir a falta de outro vigia, em jornada de 12 horas. Silva e o outro segurança foram filmados durante o espancamento e afastados do Carrefour. A empresa informou ontem ter afastado também a funcionária de blusa branca, que aparece no vídeo com cenas da agressão e não interfere.

"Aquele tinha sido o primeiro dia dele (Silva) no mercado e o pior, faltava apenas uma hora para ele ir embora. Na verdade, ele foi contratado por um outro colega, que iria realizar o pagamento do serviço diretamente para ele", disse o advogado do PM temporário, David Leal.

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Embora seja vedada atuação de PMs no horário de folga, Silva aceitou o serviço para ampliar a renda familiar, afirmou o advogado. "Ele viu que o bico não servia para ele, mas quis complementar a renda. Ficou com receio de aceitar o trabalho, que acaba sendo mal visto. Ele estudava para concurso e tinha o sonho de ser policial rodoviário federal. Foi no primeiro dia que ocorreu aquela grande fatalidade", disse.

Ele afirma que Silva não tinha vínculo empregatício com o Grupo Vector, empresa responsável pela fiscalização na unidade do Carrefour. Já o Grupo Vector disse que ele havia sido contratado no dia 19, estava devidamente registrado e teve o vínculo rescindido no dia seguinte ao assassinato.

Leal diz que o caso é uma "fatalidade" e diverge da prisão em flagrante. Os dois seguranças vão responder por homicídio triplamente qualificado - por motivo fútil, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Na noite de quinta, eles ficaram em silêncio durante a detenção. "Houve homicídio culposo, provavelmente, pela pressão exercida quando ele foi imobilizado. Meu cliente atuou para conter a agressão. Não teve nenhum cunho racial."

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do outro vigia, Magno Braz Borges. O Carrefour não informou a identidade da outra funcionária afastada. A Polícia Civil já havia dito que pode investigar as outras pessoas vistas na cena do crime por omissão de socorro.

"Já ouvimos mais de vinte pessoas no inquérito e vamos seguir realizando as diligências. ", disse Roberta Bertoldo, a delegada responsável pelo caso. A investigação tem prazo de 10 dias para concluir o inquérito a partir da instauração. Caso contrário, os trabalhos podem ser estendidos por mais 15 dias.

Reabertura

A loja do Carrefour onde João Alberto foi morto reabriu ontem em Porto Alegre, após três dias fechada. No local, era possível ver rastros da manifestação de sexta, em que houve invasão e depredação do estabelecimento. Lojistas e frequentadores do supermercado relatam que já flagraram excessos dos vigilantes.

Pichações, cartazes e flores em homenagem à vítima eram visíveis nas grades do Carrefour. Na parte interna, o clima era de tensão; funcionários com semblante preocupado trocavam poucas palavras e o movimento era bastante abaixo do normal. Ênio Dagoberto de Lima, de 67, é ambulante monta sua barraca com chapéus e camisetas na parte externa da loja. Segundo ele, o comportamento agressivo dos seguranças já era perceptível. "Sempre tinha umas mulheres que vendiam macela (planta). Eu vi vezes em que esses dois seguranças colocaram elas para rua com as crianças e tudo", diz.

Em nota, o Carrefour disse dar assistência aos lojistas. Para as lojas com avarias, disse estar em contato com os responsáveis para avaliar medidas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Vinte cinco alunos e 26 profissionais de ensino da rede estadual paulista foram infectados pela covid-19 desde o dia 15 de outubro, uma semana depois que as escolas tiveram aval para voltar a dar aulas regulares em boa parte das cidades paulistas. Os exames realizados, do tipo RT-PCR, detectam a infecção ativa no organismo e, portanto, captam o momento em que a pessoa infectada pode transmitir o vírus aos demais.

O inquérito epidemiológico está sendo realizado para mapear a incidência da doença na comunidade escolar. Os testes positivos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, foram identificados em escolas de 15 municípios paulistas. A pasta não informou quais seriam essas escolas nem os nomes das unidades que tiveram casos confirmados da doença.

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O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse nesta quarta-feira, 18, que não há registro de transmissão da covid-19 nas escolas estaduais. Segundo a Secretaria da Saúde, "não houve necessidade de fechamento de nenhuma unidade". A pasta, porém, não explicou se foi necessário fechar turmas que tiveram contato com os estudantes ou com os professores infectados.

"Estamos acompanhando tudo, estamos fazendo as testagens com a Secretaria de Saúde, não temos nenhum caso de transmissão dentro da escola. Tivemos casos, sim, dentro da nossa testagem que pega inclusive alunos que não estão frequentando a escola. São 26 casos dentro dos milhares (de testes) que já fizemos", disse Rossieli nesta quarta-feira, durante a inauguração de um centro educacional em Perdizes, na capital paulista.

Ao falar sobre escolas particulares, que também registraram infecções, ele reforçou os cuidados necessários fora das unidades. "As pessoas parece que esqueceram que estamos em um momento de pandemia", disse. "Uma coisa é abrir a escola, ter o aluno com segurança dentro da escola, e outra coisa é organizar festas no contraturno onde se esquece de novo a pandemia. Precisa separar isso para não trazer uma culpa que não é da escola", completou.

Em todo o Estado, 1,4 mil escolas já retomaram as atividades - 500 delas na capital. No total, segundo a Secretaria Estadual de Educação, são atendidos 400 mil alunos. "Todas as retomadas de atividades são sempre pautadas pelas medidas de segurança em saúde, assim como nos protocolos sanitários, com o objetivo de priorizar os alunos que mais precisam de apoio, inclusive no aspecto socioemocional", informou a pasta.

Entenda as datas de reabertura das escolas

A reabertura das escolas estaduais ocorreu em momentos diferentes em São Paulo. No dia 8 de setembro, o governo estadual deu aval para a retomada apenas de atividades extracurriculares em cidades com queda nas infecções. A capital paulista não reabriu naquele mês e outras prefeituras decidiram barrar o retorno.

Em 7 de outubro, o governo estadual deu autorização para a volta das aulas regulares, como Português e Matemática, nas escolas estaduais - dessa vez, a cidade de São Paulo optou por autorizar apenas atividades extracurriculares. A capital paulista só liberou o retorno para aulas regulares em novembro e apenas para alunos do ensino médio.

Uma coalizão de prefeitos da Califórnia, incluindo o de Los Angeles, pediu nesta segunda-feira (2) ao governador para relaxar os critérios estritos impostos para reabrir parques de diversões como a Disneylândia, fechados desde março pela pandemia e que empregam dezenas de milhares de pessoas.

Harry Sidhu, prefeito de Anaheim, onde fica a Disneylândia, e Eric Garcetti, de Los Angeles, onde estão os Universal Studios, destacam-se entre os oito signatários de uma carta enviada a Gavin Newsom para evitar que estas atrações permaneçam "fechadas indefinidamente".

"Nos preocupa que as recomendações do estado possam atrasar a reabertura dos principais parques temáticos em até um ano, o que teria um impacto significativo em centenas de milhares de postos de trabalho, milhares de pequenas empresas e milhares de receitas fiscais para nossas cidades", destacou a missiva.

Segundo as condições para reabrir, publicadas há duas semanas, os condados onde ficam os parques têm que estar em nível "amarelo", o mais baixo em uma escala sobre o controle do vírus, que tem quatro níveis.

O condado de Orange, por exemplo, que abrange Anaheim, está no nível "vermelho" ou três, enquanto Los Angeles está "púrpura", o mais restritivo.

Não está claro quando chegarão ao nível amarelo, devido aos novos casos de Covid-19 no país.

"Todos entendemos o difícil equilíbrio de proteger a saúde pública e, ao mesmo tempo, permitir uma atividade econômica segura", indicou a carta, também assinada pelos prefeitos de San Diego, San José, Fresno, Bakersfield, Riverside e Santa Ana.

Os prefeitos pedem que se permita abrir no nível "laranja", anterior ao amarelo, para beneficiar os parques menores.

Os parques californianos fecharam em março. Em setembro, a Disney anunciou que cortaria 28.000 postos de trabalho, condenando a posição das autoridades de não relaxar as restrições e permitir-lhes reabrir.

Seu parque na Flórida abriu em meados de julho, com capacidade reduzida e estritas medidas sanitárias.

Os prefeitos apoiaram parte das medidas de Newsom, como operar com 25% da capacidade com reservas antecipadas, exigir o uso de máscaras e medir a temperatura.

A Califórnia tem mais de 930.000 casos de Covid-19 - 4.094 registrados só nesta segunda-feira - e 17.672 falecidos.

Na periferia de Manaus, os corredores da Escola Estadual Antogildo Pascoal Viana voltaram a ser povoados pelos estudantes há dois meses. Mas nada é como antes. Abafadas pelas máscaras, as conversas entre professores e alunos revelam vazios - emocionais e de aprendizagem. Em todo o País, a volta à escola será árdua, não só pelas exigências sanitárias, mas principalmente por causa das necessidades educacionais.

Currículos mais compactos, programas de apoio entre estudantes e até a contratação de professores extras fazem parte das estratégias para contornar abismos de aprendizagem em sala de aula e os traumas decorrentes da pandemia. Redes de ensino no Brasil que já reabriram suas escolas revelam possíveis lições, mas também desafios de planejar e dar aulas.

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No Amazonas, o primeiro Estado a autorizar a abertura de escolas públicas, em agosto, a volta foi com medo. "O Amazonas esteve no olho do furacão, foi parar no The New York Times com notícias de covas coletivas", diz a secretária de Gestão da Secretaria de Educação, Rosalina Lobo. Quando as escolas estaduais reabriram para os alunos do ensino médio, precisaram conquistar a confiança dos pais e montar programa de acolhimento emocional.

O governo identificou que 13% dos estudantes da rede estadual do Amazonas perderam pelo menos um parente para a covid-19. É como se, em uma classe com dez alunos, pelo menos um estivesse de luto - estatística que o diretor Charles Pereira, da escola Antogildo Pascoal Viana, comprovou na prática.

"Na sala, perguntei se alguém tinha contraído a covid. Uma aluna disse que tinha perdido a mãe e o avô", lembra o diretor. "Ela falou de uma forma tão triste, me comoveu." Outros estudantes buscaram apoio psicológico no colégio, que fez um trabalho de escuta de alunos, professores e funcionários. O Estado ainda estruturou um programa de monitoria, em que os próprios estudantes ajudam a identificar dificuldades e solucionar problemas. "A escola é como refúgio para tentar esquecer um pouco da tragédia", diz Pereira.

Em cada Estado, diferentes planos de retomada das aulas presenciais estão sendo desenhados. Em comum, a ideia de que deve haver um trabalho de apoio emocional, diz Cecília Motta, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e secretária do Mato Grosso do Sul.

Avaliações. Os planos também são unânimes em identificar a necessidade de uma avaliação para saber o que os alunos aprenderam em casa. No Estado de São Paulo, onde a decisão sobre a volta às aulas ficou na mão dos prefeitos, testes de Português e Matemática devem ser aplicados assim que mais estudantes estiverem nas escolas.

O governo paulista quer medir "o tamanho do prejuízo", nas palavras de Caetano Siqueira, da Coordenadoria Pedagógica da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Especialistas calculam que a recuperação pode levar anos, demandará avaliações sucessivas e há etapas mais sensíveis, como a alfabetização e a transição entre ciclos (5.º ano e 9.º ano). "É irreal imaginar que os alunos do 1.º ano do fundamental vão ter progredido muito na sua alfabetização", reconhece Siqueira. No Estado, a volta está prevista para amanhã no ensino médio de colégios públicos e privados.

No Amazonas, uma prova de múltipla escolha com todas as disciplinas foi aplicada após o retorno presencial, em agosto. Segundo Rosalina, os resultados no ensino médio indicaram que colégios com boa gestão se adaptaram mais rapidamente ao ensino remoto, com impacto no resultado dos alunos.

Na escola de Pereira, o desempenho foi pior em Português, Matemática e Física. Agora, a escola organiza a recuperação, mas os professores têm de lidar com turmas ainda mais heterogêneas. As aulas remotas devem continuar em 2021, como reforço - mesma estratégia planejada por outros Estados.

Caso do Espírito Santo, que até pretende distribuir equipamentos a alunos e professores. "Queremos oferecer condições de acesso mais adequadas para um ano em que sabemos que o programa (online) vai permanecer", diz o secretário de Educação capixaba Vitor de Angelo.

Atividades em grupo e formação de classes alunos de diferentes séries também podem ser estratégias. "A escola vai precisar reorganizar tempos e espaços", diz Anna Helena Altenfelder, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Essencial. Apesar dos esforços, os gestores consideram que é preciso calibrar as expectativas. Redes estaduais e municipais vêm "compactando" seus currículos para dar foco ao que é considerado essencial. "A priorização é necessária porque há diferentes níveis de acesso e ritmos de aprendizagem", diz Katia Smole, diretora do Instituto Reúna, que tem um método de priorização curricular.

Em Geografia, por exemplo, os currículos incluem tanto aprender a ler mapas quando conhecer organizações mundiais. "A alfabetização cartográfica é essencial. Já o conhecimento de organizações pode ser feito até pela mídia", diz Katia. Essa priorização vem sendo usada em Pernambuco e no Amapá, além de redes municipais.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A cidadela inca de Machu Picchu reabre neste domingo (1º) em meio a uma redução gradual das infecções de Covid-19 no Peru, depois de ficar fechada por quase oito meses, um duro golpe para milhares de pessoas que vivem do turismo.

O primeiro trem com turistas - e uma equipe da AFP - chegou por volta das 07h locais (09h de Brasília) a Machu Picchu Pueblo, cidadezinha mais próxima da cidadela, após uma viagem de uma hora e meia às margens do rio Urubamba, saindo da antiga aldeia inca de Ollantaytambo.

Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983 e eleita uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno em 2007, a cidadela escondida entre a cordilheira dos Andes receberá seus primeiros visitantes nesta segunda-feira, alguns dos quais já esperam na cidade vizinha.

Com a reabertura, as esperanças renascem em Cusco, a antiga capital do Império Inca, e nos povoados do Vale Sagrado dos Incas, que são paradas obrigatórias em direção a Machu Picchu e enfrentam uma enorme crise econômica por conta da pandemia, já que 70% de sua população vivia do turismo.

Após um confinamento obrigatório de mais de 100 dias, suspenso em 1º de julho, muitos hotéis, restaurantes e outras empresas da área faliram e milhares de trabalhadores ficaram desempregados.

Metade dos 80 hotéis e albergues de Ollantaytambo fecharam, segundo Joaquín Randall, presidente da Associação de Hotéis e Restaurantes da cidade, localizada a 32 km da cidadela.

"Os hotéis formais, que pagam impostos e estão em dia com o Estado, têm conseguido empréstimos" do governo, mas não as inúmeras acomodações informais, disse ele à AFP.

Diversas cadeias de hotéis internacionais e peruanas reabriram neste fim de semana em Cusco, no Vale Sagrado e em Machu Picchu Pueblo, antes conhecido como Águas Calientes.

A reabertura desperta as esperanças de milhares de pessoas que vendiam artesanato, transportavam turistas ou ganhavam a vida em outros ofícios ligados ao turismo.

Neste domingo, a empresa PeruRail retomou as viagens de seus trens turísticos entre Cusco e Aguas Calientes. Na segunda-feira, sua concorrente IncaRail fará o mesmo.

De acordo com os novos protocolos, apenas 675 turistas poderão entrar por dia em Machu Picchu, um terço do permitido antes da pandemia.

A mítica cidadela construída no século XV, que colocou o Peru no mapa turístico mundial em meados do século passado, recebeu um milhão e meio de visitantes em 2019.

A segunda fase de reabertura da Biblioteca Pública do Estado (BPE) foi realizada nessa segunda-feira (26). Concentrados na Praça da Informação, o laboratório de informática, o Setor de Referência e o Escritório de Direitos Autorais já estão recebendo 50% da capacidade do público pernambucano. Ainda não há data prevista para o retorno das atividades da próxima fase, que diz respeito à ampliação dos atendimentos das áreas e realização de eventos.

Quem tiver interesse, pode ir à BPE no horário das 9h às 14h. As pessoas podem circular pelo Salão de Leitura e Setor Circulante (esse último tendo seu funcionamento voltado exclusivamente à devolução de livros), além da Praça da Informação, Setor de Referência e Escritório de Direitos Autorais. Por meses, a BPE se preparou para esta retomada, que vem sendo gradual e seguindo os protocolos de segurança para evitar a disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

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“Realizamos diversas reuniões on-line com todos os funcionários e todo o espaço está sinalizado, com aferição de temperatura corporal, tapetes sanitizantes, totens de álcool gel e locais para a higienização das mãos. A biblioteca é um local de oxigenação do cérebro também, e é muito importante reabrir esse espaço, principalmente depois do período difícil que passamos. Estamos prontos e seguros para receber o público”, afirmou o gestor da BPE, Hélio Monteiro, segundo a assessoria da Secretaria de Educação e Esportes (SEE).

Hortência Oliveira, antiga usuária da BPE, fez a devolução de um livro e, na ocasião, aproveitou para verificar a segurança do ambiente. “Eu fico muito animada porque vou voltar a ler e estudar, finalmente. Venho todas as manhãs há algum tempo e adoro realizar minhas pesquisas aqui. E agora, depois desse rigoroso isolamento, nada melhor do que um espaço como esse para a gente fugir um pouco dessa realidade tão dolorosa. Já circulei nos locais permitidos e me sinto muito segura para voltar. Aqui é sempre muito organizado, e numa pandemia não seria diferente”, contou ela, segundo a assessoria.

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