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Pré-candidata a prefeita do Recife, a deputada estadual Priscila Krause (DEM) defendeu, nesta terça-feira (24), uma maior clareza nas regras eleitorais para o pleito deste ano, principalmente com a internet sendo utilizada constantemente pelos postulantes a cargos eletivos. A defesa da democrata acontece um dia após ela ser condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) a pagar uma multa de R$ 5 mil por propaganda irregular na web.   

De acordo com o TRE, Krause foi acusada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de ter extrapolado os limites permitidos na fase de pré-campanha ao utilizar um link patrocinado no Facebook que, segundo o órgão, remetia a campanha.  “O anúncio 'patrocinado' suprime consideravelmente o caráter democrático da rede social, ferindo – no caso da pré-campanha eleitoral – o princípio da isonomia entre os pré-candidatos, privilegiando aquele que dispõe de mais vigor financeiro para custear suas publicações, permitindo, assim, atingir um número infinitamente maior de usuários do que conseguiria através de um anúncio gratuito”, justifica a decisão do juiz coordenador da Propaganda Eleitoral do TRE-PE, Clicério Bezerra.

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Priscila Krause contestou a postura do Tribunal e disse que vai recorrer da decisão. Para a pré-candidata, a punição aplicada “modifica consideravelmente as possibilidades de discussão, via redes sociais, dos caminhos que envolvem a nossa sociedade”. “A postagem considerada irregular pelo Tribunal não cita o Recife, não fala sobre eleição, pré-candidatura, muito menos pedido de votos. Apenas apresentei o vídeo da inserção partidária que ia ao ar naquela noite, dentro do que permite a lei dos partidos. Patrocinei a postagem, fato muito comum nas redes sociais atualmente”, explicou a democrata.

Dizendo fazer política buscando o “diálogo com o cidadão”, a deputada pontuou ter ficado “surpresa” com a condenação” e disse ainda que está “sempre linkada nas tecnologias que permitem ampliar o debate”.  “Esse fato impõe a urgente definição das regras eleitorais para o pleito de 2016, evitando que a judicialização do processo, iniciado no Recife com essa decisão a mim imputada, venha confundir o eleitorado e desequilibrar uma futura disputa", alertou.

O Facebook criou um botão especial para homenagear todas as mães do mundo no próximo domingo (8). O Facebook Messenger agora oferece a opção de enviar uma mensagem decorada com flores coloridas. Para ter acesso à novidade nos sistemas Android e iOS, o usuário precisa ter a versão mais recente do aplicativo instalada.

"Mães são incríveis, e elas merecem serem comemoradas, até mesmo no Messenger!", disse o chefe da divisão que cuida do aplicativo, David Marcus. Além disso, o Facebook está testando uma nova reação representada por uma flor lilás – também em homenagem às mães. Os recursos inéditos estarão disponíveis até a próxima segunda (9).

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A defesa da presidente Dilma Rousseff (PT) entrou com novos recursos contra o andamento do processo de impeachment. A medida foi anunciada pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, no início da reunião desta quinta-feira (5), na comissão especial que analisa o pedido no Senado. Os recursos foram encaminhados à Presidência da Casa.

Cardozo alega que a defesa não teve acesso a um parecer de contas e a outros documentos incluídos nos autos do processo. Segundo Cardozo, a presidente Dilma não está tendo pleno direito de defesa. "A defesa não recebeu os documentos como aconteceu na Câmara", justificou.

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O advogado-geral da União também pediu a suspensão do processo pelo fato de a Câmara não ter publicado uma resolução sobre o andamento do impeachment, como previsto no Regimento Interno da Casa. "Nós dirigimos uma petição já há alguns dias para indagar se seria expedida a resolução ou não. Eu levanto a questão de que esse processo teria que ser suspenso até que a Câmara se posicione", argumentou.

Ouvido pelo colegiado, José Eduardo Cardozo também defendeu que o afastamento do deputado de Eduardo Cunha das funções de parlamentar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki confirma o “modus operandi” que caracteriza a nulidade do pedido de impeachment. “Está caracterizado o desvio de poder de um pedido que começou de uma ameaça, atestado hoje pelo Supremo com o afastamento”, alegou.

Cardozo destacou ainda que Eduardo Cunha restringiu o objeto do pedido de impeachment porque já havia jurisprudência do Supremo de que atos que justifiquem o impeachment só podem ser circunscritos ao atual mandato da presidente. Ele também rebateu a tese de que a votação em plenário convalidou o ato. “Não existe hipótese de convalidação de ato nulo na legislação”, explicou. “Hoje a decisão do Supremo nos faz pensar: vamos passar batido novamente pelas decisões do senhor Eduardo Cunha?”, acrescentou questionando.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta terça-feira, 26, o último recurso da defesa do ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos, alvo da Operação Anaconda, em 2013, que foi condenado por falsidade ideológica e peculato. Com a decisão, os ministros determinaram o trânsito em julgado do processo, o que significa que, a partir de agora, ele poderá começar a cumprir a pena.

O ex-juiz foi condenado a seis anos e três meses de prisão por envolvimento num esquema de venda de sentenças descoberto no Estado de São Paulo. Ele já foi condenado por outros crimes e chegou a passar oito anos na cadeia, mas foi solto em 2011.

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De acordo com o ministro relator do recurso, Luiz Fux, a defesa de Rocha Matos tem abusado dos recursos na Justiça como estratégia para atrasar o andamento do processo na tentativa de que a punição prescreva. Todos os cinco ministros da Primeira Turma acompanharam o relator. Fux também votou pela determinação do trânsito em julgado, e apenas o ministro Marco Aurélio Mello discordou deste ponto, mas terminou vencido.

Rocha Mattos já foi condenado por outros crimes como corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. Em 2015, o Brasil conseguiu recuperar R$ 77,4 milhões que haviam sido depositados pelo ex-juiz em contas ilegais na Suíça.

A defesa do publicitário João Santana recorreu nesta terça-feira (19) da decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou na semana passada o pedido para anular a sua prisão e para que seu caso fosse para a Corte.

Em seu despacho, Teori julgou que a reclamação apresentada em março pela defesa do marqueteiro havia perdido o objeto, uma vez que as investigações relativas a Santana e sua mulher, Mônica Moura, já haviam subido para o Supremo.

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A defesa, porém, sustenta que a questão principal é a revogação da prisão de Santana. O publicitário e a mulher tiveram a prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro em fevereiro.

"Evidente, portanto, que a remessa dos autos originários a esta Corte, da forma como se verificou, não contempla, e muito menos esgota, as questões - muito mais graves, e de repercussões muito mais amplas - tratadas na presente Reclamação!", diz o recurso.

A chegada do caso ao STF ocorreu depois de Teori determinar que Moro deveria enviar ao Supremo todas as investigações da Operação Lava Jato que envolvessem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, indiretamente, a presidente Dilma Rousseff.

No recurso, os advogados de Santana voltam a argumentar que as investigações que pesam contra o marqueteiro são sobre possíveis crimes eleitorais ligados à campanha de Dilma. Em seu despacho, Teori afirmou que, porém, que eles são investigados por participação no esquema de corrupção da Petrobras e não por suposta participação em crime eleitoral.

Tudo indica que a ‘novela’ envolvendo o processo do humorista Danilo Gentili e a emissora Band não chegou ao fim com sua condenação. A emissora Bandeirantes vai recorrer a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) na última quarta-feira (13).

A sentença que envolve o apresentador, a emissora e Marcelo Mansfield determina que a pernambucana Michelle Maximino seja indenizada no valor de R$ 200 mil. Michelle ficou conhecida pelo alto volume de doação de leite humano. Ela chegou a doar 425, 3 litros no fim de fevereiro de 2016.

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Na ação, a pernambucana alegou que foi motivo de comentários considerados difamatórios, no programada de Gentili, e que virou motivo de chacota em sua cidade, chegando a ter sido prejudicada em sua produção de leite devido à perturbação psicológica que sofreu. Após o incidente, a técnica de enfermagem se mudou com a família para o Recife.

O processo contra Danilo corria na justiça desde 2014, quando Michelle chegou a pedir uma indenização de R$ 1 milhão. Em outubro de 2013 o TJPE determinou que a Rede Bandeirantes pagasse multa diária de R$ 5 mil caso não retirasse da internet o trecho do programa no qual a pernambucana era citada. Recentemente, o Tribunal determinou a punição ao humorista sob a justificativa de que sua atitude tenha causado consequências graves.

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A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) negou nesta quarta-feira, 17, o habeas corpus do pecuarista José Carlos Bumlai, preso na 21ª fase da Lava Jato em 25 de novembro do ano passado, e o manteve na prisão.

O pedido da defesa do pecuarista e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia sido negado liminarmente no dia 27 de novembro pelo tribunal. Em dezembro, Bumlai e outros dez investigados foram denunciados por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta por suspeita de irregularidade na contratação da Schahin para a operação do navio-sonda Vitoria 10.000, envolvendo um empréstimo de R$ 12 milhões para o amigo de Lula - parte desta quantia teria sido destinada ao PT. A Procuradoria da República cobra uma reparação de R$ 53, 5 milhões dos investigados.

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O relator do caso no TRF-4, juiz federal Nivaldo Brunoni, convocado para substituir o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato na Corte e que está em férias, afirmou em seu voto que a prova da materialidade e os indícios só foram reforçados pela denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

A defesa do pecuarista argumentou que a confissão realizada por Bumlai afastaria o risco à ordem pública ou ao processo e que a privação de liberdade não se justifica. O empresário admitiu à Polícia Federal que o empréstimo de R$ 12 milhões tomado junto ao Banco Schahin foi destinado para o PT.

O desembargador, contudo, entendeu que a confissão do empresário foi parcial e existem outros fatos na ação penal sobre os quais não foram dadas explicações. "A confissão parcial não afasta a necessidade de manutenção da prisão cautelar, pois em relação aos demais fatos ainda subsistem os riscos à sociedade e ao processo", entendeu Brunoni, apresentando fatos que ainda não foram esclarecidos.

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processo da Operação Lava Jato, negou nesta segunda-feira, 15, pela segunda vez, a suspensão da ação penal em que o dono da maior empreiteira do País, Marcelo Bahia Odebrecht, é réu junto com outros executivos do grupo, acusados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O despacho atendeu liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em recurso apresentado pelo criminalista Nabor Bulhões. Por determinação do tribunal, Moro fez uma segunda análise dos argumentos apresentados pela defesa de Odebrecht e determinou que a ação segue em fase de alegações finais.

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O TRF4 deu parcial provimento na sexta-feira, 12, a um recurso dos advogados do empresário Marcelo Bahia Odebrecht e determinou que o juiz Moro analisasse as teses e requerimentos apresentados pela defesa no dia 21 de janeiro. O magistrado havia indeferido a apresentação dos documentos por atraso no prazo.

Segundo os advogados de Odebrecht, Moro teria concedido prazo de cinco dias para que as partes se manifestassem sobre documentos juntados, "bem como para requerer o que entendessem de direito", o que levou a defesa a apresentar teses e manifestações relativas a diversos pontos do processo.

Além de atacar a anexação de provas pelo Ministério Público Federal, a defesa de Odebrecht insistiu na necessidade de oitiva de testemunhas fora do Brasil, entre elas o ministro da Justiça do Canadá.

No despacho de reapreciação dos argumentos da defesa, Moro manteve sua posição. "Embora deva-se respeitar a ampla defesa, não vai ela ao ponto de justificar a apresentação de requerimentos probatórios intempestivos (a Defesa teve todas as oportunidades anteriores para requerer suas provas, não se justificando a manifestação tardia), nem ao ponto de justificar a produção de provas manifestamente protelatórias, como aqui evidenciado pela pretensão em ouvir cinco testemunhas residentes no Canadá, inclusive o Ministro da Justiça daquele país, que nada sabem sobre os fatos relevantes da investigação", afirmou Moro.

Na avaliação do juiz, os pedidos requeridos são "irrelevantes, impertinentes e protelatórios".

Liminar

Os defensores de Odebrecht ajuizaram recurso pedindo a suspensão do processo, que se encontra em fase de alegações finais, por "inversão tumultuária". Segundo o juiz federal Nivaldo Brunoni, responsável por julgar os recursos da Operação Lava Jato durante as férias do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, existindo dúvida razoável, "melhor é a interpretação favorável ao réu, a fim de evitar a ocorrência de cerceamento de defesa". Mas a suspensão do processo foi negada pelo magistrado do TRF4.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) deu parcial provimento nesta sexta-feira, 12, a um recurso dos advogados do empresário Marcelo Bahia Odebrecht e determinou que o juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, analise as teses e requerimentos apresentados pela defesa no dia 21 de janeiro. O magistrado havia indeferido a apresentação dos documentos por atraso no prazo.

As informações foram divulgadas pelo TRF4. Segundo os advogados de Odebrecht, Moro teria concedido prazo de cinco dias para que as partes se manifestassem sobre documentos juntados, "bem como para requerer o que entendessem de direito", o que levou a defesa a apresentar teses e manifestações relativas a diversos pontos do processo.

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Entretanto, ao apresentarem a documentação, tiveram a análise negada por Moro sob argumento de que a instrução ordinária e a complementar estavam encerradas e que as questões colocadas pelos procuradores se referiam a etapas anteriores do processo e não aos documentos recentes.

Os defensores ajuizaram recurso no TRF4 pedindo a suspensão do processo, que se encontra em fase de alegações finais, por "inversão tumultuária".

Segundo o juiz federal Nivaldo Brunoni, responsável por julgar os recursos da Operação Lava Jato durante as férias do desembargador federal João Pedro Gebran Neto, existindo dúvida razoável, "melhor é a interpretação favorável ao réu, a fim de evitar a ocorrência de cerceamento de defesa".

"Penso que o juízo corrigido deve aceitar a petição formulada dentro do prazo concedido, e analisar as teses trazidas naquele arrazoado", decidiu Brunoni.

Mas a suspensão do processo foi negada pelo magistrado do TRF4. "Não verifico a necessidade de suspensão dos prazos da ação penal para que tal providência seja tomada, uma vez que somente haverá repercussão na marcha processual se acatada alguma tese que demande dilação probatória ou que atinja outras partes envolvidas", escreveu.

A juíza Melissa Costa Lage, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, rejeitou na última sexta-feira (5) o recurso da defesa do ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Eduardo Azeredo contra sua condenação a 20 anos e dez meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão tucano.

A defesa de Azeredo entrou com embargos de declaração, recurso que questiona aspectos da decisão da juíza, no dia 25 de janeiro, pouco mais de um mês após a sentença que condenou o ex-governador. Como o caso tramita em primeira instância, o tucano recorre em liberdade e continua trabalhando para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

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No recurso, a defesa aponta que a magistrada teria omitido declarações de testemunhas que inocentariam o ex-governador mineiro além de ter sido omissa em relação ao processo movido pelo Ministério Público contra o lobista Nilton Monteiro, que no decorrer das investigações do escândalo apontou que o tucano teria desviado dinheiro por meio do valerioduto - esquema que utilizava as empresas de publicidade de Marcos Valério e que posteriormente foi adotado pelo PT no mensalão no governo federal.

"Quanto à suposta omissão aos depoimentos dos 'corresponsáveis' (expressão utilizada pela Defesa), verifica-se que, a fim de se evitar prejulgamentos, deve-se evitar a menção aos corréus na sentença de processo ao qual não pertencem. Ainda que assim não fosse, as declarações dos corres foram transcritas na sentença", afirma a juíza Melissa Costa Lage ao rejeitar os argumentos da defesa, que ainda aponta que há um capítulo inteiro na sentença de 125 páginas sobre a investigação contra Nilton Monteiro.

"Em relação à citação parcial dos depoimentos das testemunhas, não há que se falar em qualquer omissão, uma vez que o magistrado não é obrigado a mencionar todas as provas produzidas integralmente, mas tão somente aquelas necessárias ao seu convencimento", segue a magistrada. Como mostrou a reportagem, na dura sentença que levou à condenação de Azeredo, a juíza aponta uma série de "mentiras" do ex-governador.

Procuradoria-Geral

Em fevereiro de 2014, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a condenação de Azeredo, que à época era deputado federal, a 22 anos de prisão pelo seu envolvimento no desvio de ao menos R$ 3,5 milhões de estatais mineiras para o caixa 2 da campanha à reeleição do tucano ao governo de Minas em 1998. O parlamentar, no entanto, renunciou ao cargo de deputado e, pela perda de foro privilegiado, o processo foi enviado à primeira instância da Justiça estadual em Minas Gerais.

Segundo a denúncia, o desvio ocorreu por meio das empresas de publicidade de Marcos Valério Fernandes de Souza, que atualmente cumpre pena de 37 anos de prisão imposta no julgamento do mensalão do PT.

O tucano, segundo a acusação, utilizou recursos que iriam para eventos para abastecer caixa 2 de campanha. Na sentença, a juíza afirma ter sido criada "uma organização criminosa complexa, com divisão de tarefas aprofundada, de forma metódica e duradoura". A reportagem não conseguiu contato com o advogado do tucano.

Defesa

Em nota, o PSDB afirma que a decisão de primeira instância em relação a Eduardo Azeredo "surpreendeu" a todo o partido que "conhece a trajetória política e a correção que sempre orientou a vida do ex-senador e ex-governador".

O PSDB diz respeitar a decisão da Justiça, mas "está confiantes de que nas instâncias superiores" o ex-senador possa apresentar as "razões de sua inocência" para que ocorra "reavaliação da decisão".

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pode anunciar ainda nesta terça-feira (2) a decisão do primeiro vice-presidente da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), sobre a anulação da sessão do Conselho de Ética que, em dezembro do ano passado, aprovou, por 11 votos a favor e 9 contrários, a continuidade do processo contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A informação foi dada por assessores do conselho.

O recurso, que foi apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha horas depois da sessão, questiona a negativa ao pedido de vista do deputado Genecias Noronha (SD-CE) no momento da votação do parecer.

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Marun usou o mesmo argumento em outro recurso apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e o pedido já teve aval do deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) no parecer em que acatou os argumentos a favor de Eduardo Cunha e que precisa ser votado pelo colegiado. Maranhão é aliado de Cunha e foi quem autorizou o afastamento do primeiro relator do caso, Fausto Pinato (PRB-SP), que defendia a continuidade das investigações. Ele foi retirado da função a pedido da defesa de Cunha por ser de partido da base do presidente da Casa.

A Mesa deve ser responsável pelo primeiro despacho, já que não há previsão de retorno das atividades das comissões que precisam eleger novos integrantes. Cunha vai esperar uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) aos recursos que apresentou para modificar o julgamento no qual a Corte decidiu invalidar, em dezembro do ano passado, a eleição da chapa avulsa para formação da comissão especial da Câmara que conduzirá o processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Eduardo Cunha é acusado de receber propina para viabilizar negócios da Petrobras e pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e por ter prestado falso testemunho em depoimento na CPI da Petrobras, ao negar que mantém contas no exterior. O Conselho de Ética notificou o parlamentar no dia seguinte à aprovação das investigações e, a partir dai, começou a contar o prazo de dez dias úteis para que Cunha apresente sua defesa por escrito. Como o Congresso entrou em recesso no final do ano e, na próxima semana, as atividades legislativas serão suspensas nos dias de carnaval, o prazo de defesa expira apenas no próximo dia 12.

Como surgiram outras acusações, a situação no Conselho de Ética pode se complicar ainda mais. Os cinco parlamentares do PSOL, legenda que entrou com a representação contra o peemedebista, marcaram para as 16h30 de hoje uma reunião com o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), para incluir informações. Com esse aditivo, o Conselho passará investigar também denúncias sobre mais cinco contas secretas mantidas por Cunha no exterior, além de declarações do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que revelou ter ido à casa do peemedebista.

Além de Marun, o próprio Eduardo Cunha entrou com novo recurso na CCJ para tentar anular o processo de investigação contra ele. O parlamentar ampliou os questionamentos e pede que todo o processo seja anulado desde a escolha do novo relator Marcos Rogério (PDT-RO), no último dia 9.

Preso há exatos dois meses, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) trabalha com seus advogados na preparação de recursos a serem apresentados a partir da próxima semana, na volta do recesso forense. Na tentativa de deixar a cadeia, o petista já deu aval para que seus advogados proponham ao ministro Teori Zavascki, relator do seu caso no Supremo Tribunal Federal (STF), um novo pedido de liberdade. A possibilidade de uma delação premiada estaria fora do radar, segundo pessoas próximas ao senador.

O advogado Antonio Figueiredo Basto adiantou ao Broadcast Político que a peça a ser apresentada ao STF está praticamente pronta. Segundo o defensor, um dos principais argumentos é que não há motivos para a manutenção da prisão preventiva do senador, uma vez que a instrução processual contra Delcídio já foi concluída. Ele citou ainda o fato de que a delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró já foi homologada e aceita pela Justiça.

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O STF decretou a prisão do senador - a primeira de um parlamentar no exercício do mandato - pelo fato de, segundo o Ministério Público Federal, Delcídio ter atuado para impedir Cerveró de fazer delação. "Não há mais fatos para justificar a prisão do senador", disse Basto, ao destacar que, conforme o Código de Processo Penal, não existe mais os elementos para mantê-lo detido preventivamente.

Se o recurso diretamente ao relator não for acatado, a defesa de Delcídio deverá impetrar um novo habeas corpus para ser analisado pelo plenário do STF. Na volta do recesso, os advogados do senador também vão apresentar a defesa preliminar à denúncia oferecida pelo procurador-geral da República contra o petista pelos crimes de impedir e embaraçar a investigação criminal contra organização criminosa, patrocínio infiel e exploração de prestígio.

Assessores que visitaram o senador nos últimos dias relataram que o petista está otimista com os recursos que serão apresentados ao Supremo. "Ele está confiante em sua defesa", disse um deles. "Ele vai dar a volta por cima", disse outro. A família, que praticamente se mudou para Brasília na virada do ano, também está esperançosa com a estratégia da defesa do senador.

Partido

Ao menos em outra frente, Delcídio deve ter um alívio temporário. A Executiva Nacional do PT não vai discutir nesta terça-feira, 26, o processo do petista. No dia 4 de dezembro, por sugestão da bancada do Senado, o partido havia suspendido por 60 dias a filiação dele, abrindo processo que pode culminar na expulsão do partido.

A análise do caso do petista só ocorrerá no dia 26 de fevereiro em encontro do Diretório Nacional do partido marcado para o Rio de Janeiro (RJ). O presidente do PT, Rui Falcão, tem defendido nos bastidores que ele deixe a legenda. Segundo pessoas próximas, o foco de Delcídio tem sido garantir sua liberdade. Até o momento, não recebeu nenhuma visita de colegas da bancada no Batalhão da Polícia Militar em Brasília. "Ele (Delcídio) nem comenta do partido", disse uma das pessoas que o visitaram.

O senador ainda é alvo de uma representação no Conselho de Ética do Senado que pode levá-lo à perda do mandato. Ele foi beneficiado pelo fato de ter sido notificado do pedido na véspera do início do recesso parlamentar. Somente a partir de 2 de fevereiro ele terá dez dias úteis para apresentar a sua defesa. A partir daí, começam a correr prazos para o relator do caso, senador Ataídes Oliveira (TO), e o colegiado apreciar o caso.

Senadores do PT e do PMDB, contudo, consideram reservadamente que a perda de mandato dele é uma questão de tempo. A avaliação é que o petista foi no mínimo imprevidente ao ter alardeado, em gravação feita pelo filho de Cerveró, Bernardo, que tinha influência para retirar da prisão do ex-diretor da Petrobras.

A fala grampeada por Bernardo serviu de base para a prisão de Delcídio. A demora para o processo dele seguir adiante no Conselho de Ética faz parte de um cálculo político de influentes parlamentares, uma vez que há 13 senadores envolvidos na operação, entre eles o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A apreciação do recurso impetrado pela deputada federal Luciana Santos (PCdoB), sobre a rejeição das contas da Prefeitura de Olinda em 2002, quando ela administrava a gestão, foi adiada para a próxima quarta-feira (27). O processo estava na pauta de julgamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) desta quarta (20), mas foi retirado pelo relator Marcos Nóbrega, instantes antes da sessão iniciar. 

De acordo com informações do órgão, Nóbrega justificou a retirada da pauta alegando ter dúvidas sobre itens do processo. Entre as irregularidades que ocasionaram a rejeição das contas está o não cumprimento da norma constitucional que destina 25% do orçamento municipal para a educação.

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A prestação de constas da comunista foi rejeitada em 2010 e, desde então, vem tendo a decisão final protelada por recursos e pedidos de vista. Caso o recurso não seja acatado, a deputada federal pode ficar inelegível. Luciana Santos tem o nome cotado para voltar a disputa pela Prefeitura de Olinda este ano. 

 

Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa, confirmou que, até o momento, o Governo Federal não liberou nenhum tostão para o combate à dengue e as outras doenças no Estado provocadas pelo mosquito Aëdes aegypti. O descaso da União está custando caro ao Estado. Chegam notícias de vários municípios dando conta de uma verdadeira epidemia de dengue.

As cidades mais preocupantes se encontram no Agreste. Surubim e Santa Cruz do Capibaribe, segundo informações levantadas pelo blog, estão com seus hospitais lotados de portadores e suspeitos de dengue. Há casos até de aumento de mortes de idosos, mais vulneráveis aos efeitos da doença.

O que intriga é a omissão e a enganação do Governo Federal. Enquanto o governador Paulo Câmara, confiando na intenção de Dilma em fazer uma ação conjunta chegou a liberar R$ 30 milhões, até agora o Ministério da Saúde não deu o ar da sua graça. Isso é mais vergonhoso pelo fato de, há 40 dias, o ministro reunir mais de 100 prefeitos para comunicar medidas de enfrentamento ao problema.

E Dilma, cinco dias após, vir ao Recife falar do vírus zica e das medidas que seu Governo estava tomando. Tudo mentida e enrolação. “Não recebemos nada da União. Até agora, só promessas”, disse Iran Costa, adiantando que o quadro no Estado requer uma atenção especial. Ele lamenta que até o momento as ações não tenham sido mais amplas e eficazes por causa da desatenção do Governo Federal.

O povo cansou de promessas e conversa fiada deste Governo. Na primeira reunião com prefeitos em Gravatá, o ministro Marcelo Castro (Saúde), em conversa com jornalistas, sequer tinha noção da grandiosidade de recursos que as ações programadas exigiam. Com Dilma, também não foi diferente.

Resultado: dinheiro, que é bom e necessário por parte da União, nem sinal. O ano está acabando, as chuvas de dezembro já começaram no Interior e com isso existe uma tendência do crescimento de mais casos de dengue, chikungunya e zika, para infelicidade da população em geral, que está apavorada e desprotegida.

NAS RUAS– A pesquisadora Silvia Matos, da Fundação Getúlio Vargas, costuma dizer que o ano de 2016 será aquele que a crise econômica “vai chegar à rua”. É a sua maneira de alertar que os custos sociais da recessão enfrentada pelo País serão mais pesados no ano que vai se iniciar. Os reflexos da queda acentuada do PIB devem se traduzir em mais desemprego e menos renda para os trabalhadores. Em termos numéricos, a perspectiva é que sejam pulverizados mais 2,2 milhões de empregos formais no próximo ano, depois de uma perda estimada em 1,6 milhão em 2015.

O isolamento de Armando–Depois da revoada dos deputados estaduais Romário Dias e Álvaro Porto, dos vereadores recifenses Carlos Gueiros e Eduardo Marques, o grupo do ministro Armando Monteiro Neto (Desenvolvimento) está perdendo mais uma histórica liderança trabalhista, também com assento na Câmara do Recife: Antônio Luiz

Neto, ex-presidente do Santa Cruz. Cortejados pela inhaca do poder, todos viram socialistas e ganham cargos no Governo estadual.

Dívidas estaduais– Um dos assuntos tratados pelos governadores com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ontem, foi a mudança no indexador das dívidas dos Estados, que já foi aprovada pelo Congresso, mas que ainda não foi regulamentada pelo Governo. O projeto fixa em 31 de janeiro de 2016 a data limite para a aplicação do novo indexador das dívidas de estados e municípios. Pelo texto, a partir dessa data, o Governo deverá corrigir os débitos pela taxa Selic ou pelo IPCA – o que for menor – mais 4% ao ano.

Protesto em Gravatá– Em Gravatá, o coronel Mário Cavalcanti come o pão que o diabo amassou. Além da fedentina do lixo não recolhido, servidores públicos foram às ruas, ontem, protestar contra o atraso de salários. Com faixas e apitos, professores, agentes de saúde e endemias, merendeiras e auxiliares de serviço geral e muitos outros profissionais gritaram frases de repúdio a intervenção, fecharam o trânsito e fizeram passeata pelas principais ruas do centro.

Nem ai! – Com a saída do vereador Antônio Luiz Neto, já formalizada ao presidente estadual do PTB, José Humberto, o grupo do ministro Armando Monteiro Neto fica esvaziado e acéfalo, sem um só representante na Câmara do Recife. Se alguém acha que Armando está perdendo o sono com isso está completamente enganado. Alguém ouviu dele que sem vereador de mandato será mais fácil montar uma chapa proporcional no Recife.

CURTAS

DE ALTA – O deputado Everaldo Cabral (PP) confirma que de fato se internou no hospital Português, sábado passado, conforme noticiado neste espaço. Mas ressalta que a razão da sua ida não tem relação com o fígado, mas com uma bactéria, que provocou febre de 40 graus. O parlamentar, entretanto, já recebeu alta e se encontra em casa, plenamente restabelecido.

FOCOS– Em Sertânia, onde o prefeito Guga Lins (PTB) trata o combate ao mosquito da dengue com descaso, tem foco em vários locais deixando a população assustada. Por ironia, o prédio do Samu, que está sendo reformado, virou um dos principais fomentadores do mosquito.

Perguntar não ofende: Depois de tantas reuniões com Dilma, os governadores já tiveram algum ganho em termos de recursos da União?

Líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara do Recife, o vereador Osmar Ricardo enviou à imprensa um comunicado informando que havia pedido explicações à prefeitura sobre a liberação de R$ 50 mil reais no ínicio deste mês de dezembro, à título de crédito suplementar, para a Secretaria de Esportes e Copa do Mundo, pasta extinta após o término do evento no Brasil, ainda em 2014. Porém, segundo a PCR, ocorreu apenas um erro de nomenclatura.

Segundo sua assessoria, o petista teria estranhado o repasse de recursos e cobrado esclarecimentos à Prefeitura através de um documento oficial - o pedido de informações.

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Também através de nota, a Prefeitura do Recife esclareceu o erro:

"É apenas um erro de nomenclatura. No sistema usado para elaborar os decretos, o nome do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), que faz parte da administração indireta, continuou atrelado à extinta Secretaria de Esportes e Copa do Mundo. Já a Secretaria de Esportes, que faz parte da administração direta, teve o nome atualizado, tanto que a dotação orçamentária anulada se refere a ela. Os gastos em questão não são ligados à Copa. O sistema já foi corrigido e os próximos decretos relativos ao Geraldão saírão com a terminologia correta"  

As tentativas do Real Madrid de anular a sua eliminação da Copa do Rei pela escalação de um jogador irregular seguem fracassando. Nesta segunda-feira, o Tribunal Administrativo do Esporte, órgão vinculado ao Ministério do Esporte da Espanha, rejeitou o recurso do clube contra a resolução do órgão disciplinar da Real Federação Espanhola de Futebol.

O Real Madrid foi eliminado ainda na sua fase de estreia na Copa do Rei por ter escalado Denis Cheryshev na vitória por 3 a 1 sobre o Cádiz, no jogo de ida da série, disputado em 2 dezembro, fora de casa. Cheryshev precisava cumprir um jogo de suspensão por acúmulo de cartões amarelos na última temporada, quando defendia o Villarreal, cedido por empréstimo pelo Real Madrid, mas mesmo assim foi aproveitado no confronto.

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Anteriormente, o Real Madrid havia fracasso no recurso impetrado na Real Federação Espanhola de Futebol. Além disso, não teve êxito no pedido de uma decisão liminar do Tribunal Administrativo do Esporte, realizado com o intuito de que o jogo de volta com o Cádiz pudesse ser realizado.

O tribunal, a instância máxima esportiva na Espanha, afirmou nesta segunda-feira que analisou "todos os argumentos das partes" e decidiu "rejeitar o recurso do Real Madrid" por uma "escalação imprópria".

Em nota oficial, o Real Madrid afirma que não concorda com a decisão e vai avaliar quais são as próximas possibilidades legais contra a punição. De qualquer modo, o Cádiz está classificado para as oitavas de final da Copa do Rei e vai encarar o Celta de Vigo, com o jogo de ida agendado para 7 de janeiro.

O erro do Real Madrid e a sua eliminação da Copa do Rei aumentam a crise do clube, que está sob intensa pressão após ser goleado por 4 a 0 pelo rival Barcelona, em casa, pelo Campeonato Espanhol.

O habeas corpus, instrumento jurídico que garante o direito de ir e vir do cidadão, pode ser usado para anular medidas de proteção à mulher previstas na Lei Maria da Penha. Este é o entendimento dos ministros da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os ministros julgaram o recurso da defesa de um homem acusado perante a Justiça de Alagoas de ameaçar a companheira. Ele não concorda com as medidas determinadas pelo Juizado de Violência Doméstica de Maceió, como manter distância mínima de 500 metros da mulher, não frequentar a residência nem o local de trabalho dela e evitar qualquer contato com familiares e testemunhas da vítima. Em caso de descumprimento, pode ser preso preventivamente. As informações foram divulgadas no site do STJ.

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Passados quase dois anos da imposição das medidas de proteção, o Ministério Público ainda não ofereceu denúncia contra o suposto agressor. Inconformado com a decisão de primeiro grau, sob a alegação que as medidas ferem seu "direito de ir e vir", o homem recorreu então ao Tribunal de Justiça de Alagoas. Para isso, utilizou o habeas corpus. O Tribunal, no entanto, não analisou o pedido por entender que o habeas corpus não é o instrumento legal adequado.

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas, representante do acusado, recorreu então ao Superior Tribunal de Justiça, sob a alegação de que a Lei Maria da Penha não prevê qualquer recurso contra decisões judiciais que impõem medidas protetivas.

No julgamento , os ministros reconheceram que o habeas corpus pode ser utilizado nesses casos e determinaram que o Tribunal de Justiça de Alagoas analise a questão.

"Se o paciente (autor do pedido de habeas) não pode aproximar-se a menos de 500 metros da vítima ou de seus familiares, se não pode aproximar-se da residência da vítima, tampouco pode frequentar o local de trabalho dela, decerto que se encontra limitada a sua liberdade de ir e vir. Posto isso, afigura-se cabível a impetração do habeas corpus, de modo que a indagação do paciente merecia uma resposta mais efetiva e assertiva", anotou o STJ na decisão.

Em mais uma derrota para o Palácio do Planalto nesta semana, o Tribunal de Contas da União (TCU) negou nesta quarta-feira (9) o recurso apresentado pelo governo Dilma Rousseff no caso das chamadas "pedaladas fiscais". Na prática, a Corte consolidou o entendimento de que o governo cometeu uma infração grave à Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em votação rápida no plenário, todos os membros da Corte de Contas acompanharam o voto do relator, ministro Vital do Rêgo. Ficou definido que as transações têm "todos os atributos de operação de crédito vedadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)". A Advocacia-Geral da União (AGU) argumentava que as manobras não caracterizavam operação de crédito.

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Em abril, de forma unânime, os ministros haviam condenado o governo pelas "pedaladas" e considerado a manobra uma infração da LRF. Em seu voto na análise do recurso, Vital ressaltou que é preciso que as operações sejam incluídas na Lei Orçamentária.

O TCU ainda deu provimento parcial ao pedido do Banco Central (BC), sobre o registro das dívidas geradas pelas pedaladas nas estatísticas oficiais de endividamento. Pela decisão, não será preciso que a autoridade monetária incorpore as pedaladas na dívida pública dos anos de 2013 e 2014.

Ficou definido ainda que o FGTS e o Finame, programa operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), devem informar ao BC, a partir de agora, todas as dívidas mantidas pelo governo com eles. Essas dívidas deverão ser incorporadas pelo Banco Central na dívida líquida do setor público. Além disso, o BC deve incorporar, a partir de agora, os passivos do governo junto ao Banco do Brasil (BB), que opera programas subsidiados de crédito rural.

Essas dívidas todas, chamadas de pedaladas fiscais, serão incorporadas pelo Banco Central já a partir da próxima divulgação mensal de estatística fiscal. Há uma dúvida, porém, se essas dívidas serão incorporadas já nos indicadores de novembro, que serão divulgados no fim deste mês, ou a partir dos dados de dezembro, que somente serão anunciados em janeiro de 2016.

O julgamento desta quarta-feira foi o penúltimo passo para o fim do processo das pedaladas, que deverá ocorrer somente em 2016, com a atribuição de responsabilidade dos 17 envolvidos. Nesse ponto final, o TCU poderá decidir pela inabilitação para o serviço público de autoridades do governo, o que exigiria a demissão imediata dos citados.

Entre os envolvidos estão o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Petrobras, Aldemir Bendine, que foi presidente do Banco do Brasil, além do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e do ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin.

Pedaladas

As pedaladas fiscais consistem em atrasos reiterados no repasse de recursos do Tesouro Nacional aos bancos públicos, ocorridos principalmente em 2013 e 2014, para o custeio de programas sociais. A prática, considerada ilegal pelo TCU, permitiu que o governo Dilma inflasse artificialmente seus resultados e melhorasse o superávit primário em determinados períodos.

O relatório da área técnica do TCU sobre o caso, que embasou os votos dos ministros do Tribunal na análise das contas de 2014 de Dilma, considerou as pedaladas um procedimento irregular.

A defesa do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque conseguiu levar para 2016 o julgamento da ação penal contra seu cliente sobre pagamento de propina envolvendo a construtora Odebrecht. O processo voltou a tramitar nesta segunda-feira, 7, após ser suspenso para que a estatal providenciasse a entrega de mais de 30 mil comprovantes bancários referentes aos pagamentos que teriam envolvido propina para o ex-diretor, indicado pelo PT no esquema de cartel e corrupção alvo da Operação Lava Jato.

No pedido, a defesa de Duque solicitou ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações na primeira instância, que fosse anexado os comprovantes de ordens de pagamentos da Petrobras referentes às várias obras que integram a denúncia da força-tarefa da Lava jato.

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Tática

A Petrobras juntou na semana passada parte dos documentos e informou o juízo "a dificuldade, de custo e tempo, para cumprir o determinado por envolvendo requisição a nove instituições financeiras diferentes cerca de 30.062 comprovantes bancários". No dia 2 de novembro, Moro havia considerado o pedido como tática de protelação da ação. "Não se trata de prova cuja necessidade surgiu no decorrer da instrução", afirmou o juiz.

Na tarde desta terça-feira, 8, a Petrobras anexou os comprovantes entregues pelos bancos que ainda não haviam fornecido dados e o prazo para que as partes se manifestassem sobre o material foi aberto.

Com a medida, o julgamento do caso e a sentença do juiz sairá no início de 2016. Duque está preso desde março deste ano e o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, desde junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A banda de rock americana Pearl Jam doará 100.000 dólares às vítimas do rompimento de duas barragens da mineradora Samarco na cidade de Mariana - informou o grupo nesta terça-feira, que já havia exigido a punição das empresas responsáveis.

"@PearlJam doará $100k para ajudar as comunidades afetadas pela tragédia no Brasil", publicou o grupo nas redes sociais Twitter e Facebook, onde estimularam seus fãs a fazer suas próprias contribuições às vítimas da maior catástrofe ambiental da história do país.

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O grupo, que já havia anunciado que doaria o cachê de um de seus shows às vítimas, postou hoje que identificou pelo menos três organizações locais para canalizar suas contribuições. O Pearl Jam pediu a opinião de seus seguidores brasileiros para distribuir os recursos.

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