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A TV LeiaJá produziu uma série de três vídeos que trazem informações e curiosidades sobre essa celebração. Neste primeiro material, junto à professora de História Thaís Nunes, é possível entender como as diferentes religiões celebram essa festividade. A produção é da jornalista Maria Eduarda Lima, com imagens de Sidney Lucena e André Albino, e edição de Guilherme Silva.

Assista:

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Assista também os outros dois episódios:

Qual o verdadeiro dia em que Jesus nasceu?

As matrizes africanas celebram o Natal

De 26 a 30 de abril, será realizado o curso 'Roteiros para o Turismo Religioso no Nordeste do Brasil', organizado pela Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), por meio da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca). O programa é voltado para gestores e estudantes de turismo dos municípios nordestinos.

As aulas serão on-line, com duração total de dez horas. As inscrições são gratuitas, e podem ser feitas pelo preenchimento de um formulário até o dia 23 de abril. A capacitação busca debater novas possibilidades de emprego e renda a partir das renovações do turismo religioso na região.

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“Vamos compartilhar informações sobre esse rico patrimônio que temos no Nordeste do Brasil, que é a questão da religiosidade inerente ao povo. Nosso objetivo também é falar sobre destinos novos e atrativos que podem ser trabalhados com inovação de roteiros turísticos para propiciar trabalho, emprego e renda”, comenta a coordenadora e professora do curso, Andrea Berenguer, conforme informações da assessoria de comunicação da Fundaj.

O Ministério do Turismo cataloga mais de 500 festividades religiosas realizadas no País, muitas delas originárias da região Nordeste. No decorrer da formação, os alunos poderão debater história, tradição e fé, relacionando as três temáticas com o turismo religioso.

Além da religião católica, mais predominante em todo o País, a cultura brasileira tem influências do protestantismo e de religiões de matrizes africanas, como o candomblé e a umbanda. Um dos professores do curso, o mestre em ciências da religião, teólogo, jornalista e presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco, Múcio Aguiar, comenta que a Fundaj está abrindo diversas portas ao oferecer o curso para o público alvo. "Vamos apresentar ao público o mercado de possibilidades tanto para o gestor de turismo e também para os interessados em ingressar no mercado de trabalho. Paralelamente o curso oferece um passeio pelas diversidades da fé e os aspectos culturais e pelo cotidiano cultural, imaterial e antropológico das cidades onde os maiores festejos religiosos acontecem", ele ressalta.

A capacitação também contará com a participação de Ciema Mello, antropóloga do Museu do Homem do Nordeste, Mario Helio, diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco, e Olga Santos, monitora da Coordenação de Ações Educativas do Museu do Homem do Nordeste.

O papa Francisco pediu orações de todas as religiões nesta quinta-feira (14) para a humanidade enfrentar o atual momento de luta contra a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"O Alto Comitê para a Fraternidade Humana das Nações Unidas criou hoje um dia de orações e jejum para pedir a Deus misericórdia e piedade neste momento trágico da pandemia. Somos todos irmãos. Francisco de Assis dizia 'todos irmãos' e, por isso, homens e mulheres de todas as confissões religiosas se unam hoje em oração e na penitência para pedir a graça da cura desta pandemia", disse o líder católico durante a missa realizada na Casa Santa Marta.

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No entanto, apesar da urgência do momento, o Pontífice afirmou que a sociedade age de maneira "inconsciente" para outras situações tão sérias quando essa.

Segundo o Papa, o novo coronavírus "chegou como um dilúvio" porque "não esperávamos" por ele, mas "há outras pandemias e nós não percebemos, ficamos inconscientes perante às tragédias".

"Há pandemia da fome, onde nos quatro primeiros meses desse ano morreram 3,7 milhões de pessoas. Essa oração de hoje nos faz pensar nas outras pandemias: fome, guerras, crianças sem educação escolar. Que Deus pare essas tragédias", afirmou durante a homilia.

O líder católico destacou que pedir oração de todas as crenças não é um "relativismo religioso" porque o "Pai é de todos".

"Cada um reza como sabe, como pode, como recebeu da sua própria tradição. Não devemos rezar um contra o outro. Que o Senhor tenha piedade de nós e pare essa pandemia. Hoje é um dia de fraternidade, um dia de orações", concluiu.

Da Ansa

O pedido de paz e respeito foi uma das tônicas na comemoração do Dia de Iemanjá, neste domingo (2), em diversas cidades do Brasil. Através de danças, procissões e cantorias, integrantes de religiões de matriz africana reverenciaram aquela que é uma das principais orixás, considerada a rainha dos mares.

No Rio de Janeiro, os festejos começaram logo cedo, com uma procissão no Cais do Valongo, local histórico no centro da cidade, por onde chegaram milhares de negros escravizados trazidos da África. Vestidos de branco, carregando flores, todos faziam questão de agradecer a Iemanjá. Em seguida, as comemorações prosseguiram com uma roda na Praça XV, reunindo integrantes e simpatizantes de todas as idades.

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“Nós comemoramos nesta data nossa grande mãe Iemanjá. Não existe intolerância religiosa, o que existe é racismo religioso. Nós sofremos o racismo dentro da nossa cultura e das nossas estruturas. Estamos aqui na rua pregando a tolerância, o respeito, a paz e a convivência entre todos”, disse Renato de Alcântara, padrinho do Bloco Afro Afoxé Ilê-Alá, que organizou a homenagem juntamente com o grupo Filhas de Ghandi.

Renato frisou que a intolerância é feita por grupos minoritários nas demais religiões e que existe um espírito de cooperação entre todas as verdadeiras lideranças, independentemente de qual corrente religiosa: “Temos muitos parceiros dentro das demais religiões, que congregam com a gente a ideia de união e paz”.

Nossa Senhora dos Navegantes

No sincretismo religioso, Iemanjá é Nossa Senhora dos Navegantes, para os católicos. Uma das maiores procissões do país acontece em Porto Alegre, onde o dia é feriado. A procissão reúne, anualmente, milhares de fiéis, tanto por terra quanto por água, pelo Rio Guaíba, do centro da cidade até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro de mesmo nome. A fé na santa católica foi trazida ao Brasil pelos navegadores portugueses.

Representantes das três religiões monoteístas - cristianismo, judaísmo e islamismo - assinaram e entregaram ao papa Francisco um documento no qual se pronunciam contra a eutanásia e a morte assistida, consideradas "moral e intrinsecamente incorretas".

Estas práticas devem ser "proibidas sem exceção" e "qualquer pressão ou ação sobre os pacientes para incitá-los a terminar com suas próprias vidas é categoricamente rejeitada", afirma o documento.

Os representantes das "religiões abraâmicas", o rabino David Rosen, diretor de Assuntos Religiosos do Comitê Judaico Americano; o bispo Vincenzo Paglia, presidente da Academia Pontifícia para Vida; o representante Metropolitano (ortodoxo) de Kiev, Hilarion; e o presidente do Comitê Central da Muhammadiyah de Indonésia (Associação Sociocultural Muçulmana), Samsul Anwar, assinaram o texto em um evento solene no Vaticano.

A ideia da declaração foi proposta ao papa pelo rabino Avraham Steinberg, copresidente do Conselho Nacional de Bioética de Israel.

O documento também autoriza a objeção de consciência para profissionais da área da saúde em todos os hospitais e clínicas.

"Nenhum operador de saúde deve ser coagido ou pressionado para ajudar direta ou indiretamente a morte deliberada e intencional de um paciente por morte assistida ou qualquer forma de eutanásia", afirma o texto.

Este direito deve ser "universalmente respeitado", mesmo "quando tais atos tenham sido declarados legais a nível local ou para determinadas categorias de pessoas".

Na Itália, o Tribunal Constitucional descriminalizou recentemente a morte assistida, que pode ser considerada legal no caso de cumprimento de uma série de condições.

O documento pede "uma presença qualificada e profissional para os cuidados paliativos, em todas as partes e acessível a todos".

"Mesmo quando é difícil suportar a morte, estamos comprometidos moral e religiosamente a proporcionar consolo, alívio da dor, proximidade e assistência espiritual à pessoa que está morrendo e a sua família", afirmam os signatários.

Sob o princípio de que "a vida merece ser respeitada até seu fim natural", as três religiões prometem "apoiar as leis e políticas públicas que defendem os direitos e a dignidade dos pacientes com doenças terminais para evitar a eutanásia e promover cuidados paliativos".

Também se comprometem a proporcionar o "máximo de informações e ajuda aos que enfrentam enfermidades graves e a morte".

As três religiões desejam "sensibilizar a opinião pública sobre os cuidados paliativos com uma capacitação adequada e a implementação de recursos para o tratamento do sofrimento e da morte", completa o texto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira, 28, que é constitucional a lei que permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religião de matriz africana. Os ministros analisaram o tema através de uma lei estadual do Rio Grande do Sul que deixou expresso que é possível o sacrifício animal nessas situações. A autorização foi acrescentada no Código Estadual de Proteção aos animais, que veda agressão e crueldade.

O julgamento tinha sido iniciado em agosto do ano passado, com os votos do relator, ministro Marco Aurélio Mello, e do ministro Edson Fachin, cuja posição formou a maioria no julgamento desta quinta-feira. As divergências foram pontuais. Por exemplo, para Marco Aurélio, o sacrifício de animais seria aceitável caso a carne fosse direcionada ao consumo humano - observação que ficou vencida no plenário.

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Por outro lado, por unanimidade, os ministros entenderam que a lei do Rio Grande do Sul que permite o sacrifício em ritual religioso é constitucional. A tese fixada ao fim do julgamento foi de que é "constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa, permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religião de matriz africana".

"Queria deixar claro no pronunciamento do resultado que todos os votos foram no sentido de admitir nos ritos religiosos o sacrifício de animais. A corte entendeu que a lei do Rio Grande do Sul que permite o sacrifício em rituais religiosos é constitucional", observou o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, ao pronunciar o resultado, que foi comemorado pelos praticantes das religiões de matriz africana que assistiam o julgamento do plenário.

A maioria dos ministros destacou que a lei gaúcha não errou ao ter feito uma designação especial as religiões de matriz africana, uma vez que a menção se dá em um contexto de especial proteção às religiões de culturas que historicamente foram estigmatizadas. "Penso que a razão é que as religiões de matriz africana são as que têm sido historicamente vítimas de intolerância, discriminação e preconceito. Não penso que seja tratamento privilegiado", observou o ministro Luís Roberto Barroso.

Primeiro a votar nesta quinta-feira - uma vez que foi responsável pelo pedido de vista que interrompeu o julgamento em agosto -, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a oferenda dos alimentos, inclusive com a sacralização dos animais, "faz parte indispensável da ritualística das religiões de matriz africana".

"Impedir a sacralização seria manifestar claramente a interferência na liberdade religiosa", considerou.

"Não se trata de sacrifício ou de sacralização para fins de entretenimento, mas sim para fins exercício de um direito fundamental que é a liberdade religiosa. Não existe tratamento cruel desses animais. Pelo contrário. A sacralização deve ser conduzida sem o sofrimento inútil do animal", disse Barroso. "Me parece evidente que quando se trata do sacrifício de animais nesses cultos afros isso faz parte da liturgia, e portanto, está constitucionalmente protegido", afirmou o ministro Ricardo Lewandowski.

Caso

O caso chegou ao Supremo através de um recurso do Ministério Público gaúcho, contra a previsão adicionada no código estadual. A decisão do plenário da Corte afeta apenas a lei do Rio Grande do Sul, mas expõe o entendimento dos ministros do STF, última palavra do Judiciário brasileiro, sobre o tema. Na ação apresentada em 2006, o MP estadual destacava que a previsão adicionada pela lei é desnecessária, já que a liberdade de religião é constitucionalmente garantida.

Quando o julgamento foi iniciado no ano passado, em nome do governo estadual, o procurador do Rio Grande do Sul Thiago Holanda Gonzalez afirmou que a lei não traz nenhum prejuízo ao caráter laico do Estado. "A liberdade de culto dessas religiões decorre da Constituição. Mas a lei não é inócua. Ela retira o constrangimento às religiões de origem africana. O Rio Grande do Sul nunca permitiu a crueldade (com animais)", afirmou.

Representante da União de Tendas de Umbanda e Candomblé do Brasil, o advogado Hédio Silva Júnior criticou a ação do Ministério Público estadual à época. "Parece que a vida de galinha de macumba vale mais do que a vida de milhares de jovens negros. É assim que coisa de preto é tratada no Brasil. A vida de preto não tem relevância nenhuma. A vida de preto não causa comoção social, não move instituições jurídicas. Mas a galinha da religião de preto, ah, essa vida tem que ser radicalmente protegida", questionou na tribuna do Supremo.

Após a polêmica envolvendo uma peça na qual uma atriz transexual faria o papel de Jesus, que foi suspenso na Arena Carioca, no Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) reafirmou que não permitirá em espaços administrados pela prefeitura eventos que ofendam as religiões das pessoas. A declaração aconteceu, nesta quarta-feira (6), durante a abertura dos Jogos Estudantis, na Barra da Tijuca. 

O prefeito garantiu que a atitude não é uma censura. “Se você considera censura, eu vou dizer a você que é. É uma censura que garante os direitos de liberdade religiosa e das pessoas não serem ofendidas na sua liberdade religiosa. Não chamo isso de censura. Enquanto eu for prefeito, nos espaços públicos administrados pela prefeitura, nós não permitiremos qualquer manifestação que ofenda a religião das pessoas”, ressaltou. 

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No Recife, uma exposição de arte denominada ““Tramações: Cultura Visual, Gênero e Sexualidades, em cartaz no Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), também foi alvo de muita polêmica. Segundo a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), a exposição é “contra todos os princípios religiosos e conter peças não apenas provocativas, mas caricaturas e distorções nitidamente ofensiva a símbolos das religiões cristãs”

Nessa segunda- feira (4), a vereadora do Recife Irmã Aimée definiu a apresentação pública na UFPE como um “horror”. Ela chegou a dizer que Bíblia sagrada se tornou, novamente, alvo de uma expressão de desrespeito. “A exposição trouxe páginas rasgadas da Bíblia, além de desenhos de partes íntimas nas folhas do livro sagrado, que horror”, lamentou no plenário da Câmara Municipal do Recife. 

Diversidade e respeito são os temas centrais da Expo Religião 2017, que ocorre no Porto das Artes do Boulevard Olímpico, no Centro da cidade do Rio entre os próximos dias 6 e 8 de outubro. De acordo com a assessoria da Expo, o evento é ainda mais importante agora, devido aos recentes e frequentes casos de intolerância religiosas em todo o país.

“Agora nossa responsabilidade é maior. Precisamos mais do que nunca lutar pelo Respeito e pela Diversidade Religiosa. Tendo em vista que hoje em sua grande maioria os professores são  de uma única religião, essa decisão coloca em risco o livre arbítrio”, destacou a diretora responsável, Luzia Lacerda.

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Durante os 3 dias do evento ocorrerão palestras, exposições, cantos danças e diversas outras atrações. A Expo conta com a participação de representantes de 17 Religiões (católica, budista, hare krishna, muçulmana sunita, muçulmana xiita, umbanda, matrizes africanas, espiritismo, paganismo, xamanismo, mórmon, judeus e fé bahá’i). Também estão confirmados autoridades como o presidente da Fundação Palmares, Erivaldo Oliveira, o Secretário Estadual de Cultura, André Lazaroni, e personalidades como o apresentador e carnavalesco Milton Cunha, que irão participar da primeira mesa da Expo.

Os casos de intolerância religiosa no Rio também levaram o secretário estadual de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos, Átila Alexandre Nunes, a se reunir, esta semana, com lideranças religiosas em Nova Iguaçu e criar a Comissão Mista de Apoio às Vítimas de Ataques a Templos Religiosos. O grupo irá mapear os casos de intolerância religiosa no município e, em parceira com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) e outros órgãos do poder público, criar ações de acolhimento e encaminhamento destes casos. 

Para o secretário, essa comissão permitirá um contato mais aproximado com as vítimas de intolerância.

"Com a comissão poderemos atuar de forma mais próxima da sociedade e das vítimas uma vez que muitas delas se sentem ameaçadas para denunciar. Recebi a informação de que 18 terreiros foram invadidos em um mês em Nova Iguaçu. O Estado não tem essas denuncias pois, os religiosos vítimas têm medo de registrar essas ocorrências”, disse o secretário.

O Pai Alam de Oxaguian, que participou da reunião disse que a criação da Comissão lhe desperta esperança.

"Vemos realmente uma luz no fim do túnel para os casos de intolerância religiosa no Rio. Estamos percebendo a disposição das autoridades em criar políticas públicas. Em Nova Iguaçu temos um clima geral de insegurança e aí os terreiros acabaram se tornando alvos fáceis”, disse.

A Secretaria de Direitos Humanos organizará até o final deste mês o Fórum Iguaçuano de Combate à Intolerância Religiosa.

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Na Sexta-feira Santa (14), em Belém, a tradição se cumpriu com mais uma Procissão do Encontro. A procissão com a imagem de Nosso Senhor dos Passos, que saiu às 7 horas da Basílica de Nazaré, se uniu à procissão com a imagem de Nossa Senhora das Dores, que saiu às 8 horas da Igreja de São João Batista, na Cidade Velha. O encontro foi na Igreja das Mercês, no bairro da Campina, região central da cidade.

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Dezenas de fiéis participaram, orando e reproduzindo a Via-sacra, para renovar seus votos de devoção a Maria e a seu filho Jesus. “A procissão da Via Dolorosa é muito antiga, em Belém tem mais de 200 anos essa tradição da Igreja. É o momento em que vamos sofrer as dores de Cristo no caminho do Calvário”, disse o diácono Silvio Ataíde, que, junto com o diácono Marcos Ribeiro, coordenou a procissão.

A caminhada seguiu tranquila, com a orientação do trânsito feita por agentes da Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém). Ao longo da procissão, foram relembradas as 14 estações da via-crúcis, com rezas, cantos e momentos de reflexão pela morte, paixão e ressurreição de Cristo. Participaram, além de católicos, espíritas e umbandistas unidos em oração.

A Procissão do Senhor dos Passos se destaca pela miscigenação de religiões, credos e crenças. Pessoas que professam a fé de diferentes maneiras veem a celebração como momento de renovação espiritual ou mesmo iniciativa cultural. É o caso da professora Eliana Albuquerque, 53 anos: “Vejo isso [a procissão] como um fato cultural e não tanto religioso. Mas respeito as outras ideias, ideologias”. “Para mim é uma renovação de votos, de humildade para ajudar os outros. Penso ainda que não devíamos fazer esse tipo de peregrinação apenas nessa época; deveria ser feita pelo menos mais duas vezes ao ano. Esse tipo de evento é muito importante pra gente que é umbandista”, contou Célia Silva, 62 anos.

As imagens de Maria e de Jesus foram recebidas por dom Alberto Taveira, arcebispo de Belém, em frente à Igreja das Mercês, por volta das 10 horas. O sermão do encontro foi presidido pelo sacerdote Maurício Henrique, da Paróquia de Jesus Ressuscitado, que refletiu sobre a hora da agonia e o sacrifício de Cristo. Após a homilia, as duas imagens seguiram unidas para a Igreja da Sé, onde ocorreria a adoração à Santa Cruz.

Sexta-feira Santa é o único dia do ano em que não se realiza missa. A Igreja Católica propõe um recolhimento em oração.

Por Nilde Gomes e Luiz Antonio Pinto.

Em meio ao conflito diplomático aberto entre a Turquia, a Alemanha e a Holanda, o ministro de Relações Exteriores turco, Mevlüt Cavusoglu, advertiu hoje (16) sobre a possibilidade de  "guerra religiosa" na Europa. Segundo a agência estatal de notícias turca Anadolu, ao mesmo tempo, o presidente turco, Recep Erdogan, voltou a denunciar um "novo nazismo" e acusou a Europa de voltar "aos dias anteriores à segunda guerra mundial". As informações são da DPA.

Falando para seguidores na cidade de Sakaria, no oeste do país, Erdogan criticou a decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia segundo a qual as empresas podem proibir, em determinadas circunstâncias, que suas empregadas usem o véu islâmico.

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“Entre a cruz e a meia lua”

"Meus queridos irmãos, começou uma batalha entre a cruz e a meia lua (símbolo do Islã). Não pode haver outra explicação", disse Erdogan. Além disso, ele acusou a Holanda pelo massacre de Srebrenica, na Bósnia. "Sua democracia é uma vergonha", disse o presidente turco. El e ressaltou que a Holanda "pagará" por proibir seus ministros de realizar atos em território holandês.

"Ei, Rutte, teu partido venceu as eleições, mas deves saber que perdeste um amigo como a Turquia", afirmou Erdogan, em referência à vitória do primeiro-ministro holandês Mark Rutte nas eleições ontem. O chefe de governo da Holanda já havia rechaçado as acusações turcas, que qualificou de inaceitáveis e de uma "deplorável falsificação da história".

Inaceitáveis

Do mesmo modo, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente da França, François Hollande, rechaçaram hoje as acusações lançadas por membros do governo turco contra ambos os países. Merkel e Hollande mantiveram uma conversa telefônica em que concordaram que "as comparações com o nazismo e outras declarações contra a Alemanha e outros Estados são inaceitáveis", comunicou Steffen Seibero, porta-voz da chanceler alemã.

Da Agência DPA

Um levantamento da Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial mostra que mais de 60% dos adeptos de religiões afro-brasileiras de São Paulo são brancos. O estudo também revela que a maioria é composta de mulheres, com ensino médio completo. Entre as outras etnias, os pardos contabilizam 25,5% e os negros representam 13,1%. A pesquisa recebeu o nome de “Diversidade Etnico-racial e Pluralismo Religioso no Município de São Paulo”.

Segundo o advogado e ex-secretário da Justiça do Estado, Hédio Silva Júnior, “os dados desconstroem o senso comum, porque o estereótipo é de que essas são religiões de preto e ignorante”. O estudo foi elaborado com base nas informações dos censos do IBGE, obtidos entre 2000 e 2010, e mostra um crescimento de 43,8% no número de praticantes em São Paulo. Por crença, 50.794 pessoas se declararam umbandistas, 18.058 praticantes do candomblé, e 854 disseram ser adeptos de outros ritos afro-brasileiros.

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Do total de praticantes, 56,36% são mulheres, 43,63% homens. Para Silva Júnior, o esclarecimento da população, diretamente relacionado com o nível de escolaridade e as práticas de combate a intolerância religiosa, tem ligação com o crescimento do número de fiéis: 23,93% têm ensino superior, e a renda de outros 27% é superior a três salários mínimos.

O papa Francisco viaja nesta terça-feira a Assis, cidade de São Francisco no centro da Itália, para pedir paz no mundo junto aos líderes de diferentes religiões em um momento difícil para o planeta.

"Agora, mais do que nunca, precisamos hora, más que nunca, necessitamos paz nesta guerra que está em todas as partes do mundo", afirmou Francisco no domingo, na Praça de São Pedro. O papa permanecerá apenas um dia na cidade dos chamado Santo dos Pobres, durante o qual se reunirá com os líderes da Igreja ortodoxa e anglicana, assim com representantes do Islã e judaísmo.

A jornada pela paz, organizada dentro do encontro internacional intitulado "Sede de Paz", não apenas reclama o cessar das guerras, como também que a fé não seja utilizada como arma para gerar conflitos. Depois que os membros de cada religião se recolherem para orar, segundo sua tradição, em seguida farão um chamado conjunto com o papa Francisco pela paz.

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A Avenida Boa Viagem foi tomada por uma multidão de fieis, neste sábado de Finados (2), durante mais uma edição da Marcha para Jesus. Em clima de carnaval fora de época, doze trios elétricos saíram do Segundo Jardim em direção ao Pólo Pina, local da concentração final da caminhada. O trânsito no local foi interditado e agentes da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) fiscalizaram o deslocamento de pedestres e dos moradores locais. 

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Segundo a Polícia Militar, apesar da grande aglomeração de pessoas, nenhuma ocorrência foi registrada. Fiscais da Gerência de Apreensão da Diretoria de Controle Urbano (GEAP-Dircon) também acompanharam o evento. A previsão é que a festividade se encerre por volta das 21h, no palco montado praia do Pina. 

Membro da Associação Oásis da Liberdade (centro de prevenção ao uso de drogas para crianças e adolescentes entre 7 e 13 anos),  Ana Campelo considera extremamente importante uma ação desta natureza. “Independente de religião, orientação sexual, acredito que é um momento de integração para todas as pessoas. É se dispor a vir e atestar a crença em Jesus”, defende.  

Para Janaína Maria dos Santos, da Igreja Pentecostal Cristo é Vida, muitos estão ali com outros propósitos. “Algumas pessoas vêm para louvar verdadeiramente a Deus, mas outros só vêm bagunçar, com empurra-empurra, jogando creme nos outros, garrafas plásticas e fazendo gestos que não são de Deus”, opina a fiel. A caminhada agitou o comércio informal, atraindo inúmeros vendedores à orla das praias de Boa Viagem e do Pina.  

Queixa dos moradores

Ao invés de festa, transtorno. O sentimento de invasão de privacidade ainda é recorrente entre os moradores da Avenida Boa Viagem, já acostumados a discutirem a realização de eventos do tipo desde o extinto Recifolia. “Incomoda. Você aqui dentro sente o estrondo, o barulho nos vidros e, ainda por cima, o horário é muito extenso, vai até à noite. Liberam isso e não liberam o carnaval. A Prefeitura deveria fiscalizar e atuar de outra forma”, afirma a jornalista Luciana Leão, moradora do Edifício Oceania.

Para ela, deveriam ter menos trios elétricos e a quantidade de decibéis permitida deveria ser revisto. “Você fica preso na sua casa, não pode sair. Tudo bem que é uma vez por ano, e devemos respeitar as crenças de cada um, mas é complicado”. 

A instituição Al-Azhar, principal autoridade do islã sunita, espera que com o novo Papa, Francisco, as relações com o Vaticano sejam melhores que durante o pontificado de Bento XVI.

"Esperamos melhores relações com o Vaticano depois da eleição do novo Papa pelo bem de toda a humanidade", declarou à AFP Mahmud Azab, assessor do grande imã de Al-Azhar, Ahmad al Tayeb, para o diálogo religioso.

"Quando surgir um novo rumo, voltaremos ao diálogo com o Vaticano que foi suspenso no início de 2011", afirmou, antes de felicitar "todos os católicos do mundo".

Em 2006, Bento XVI provocou uma ruptura com o mundo muçulmano ao citar um imperador bizantino que descreveu o profeta Maomé como um propagador através da violência de ideias "ruins e desumanas".

O diálogo foi retomado em 2009, antes de ser interrompido quando o Papa fez um pedido por proteção às minorias cristãs depois de um atentado suicida contra uma igreja de Alexandria, no Egito, durante a noite de 31 de dezembro.

A Al-Azhar decidiu suspender as reuniões com o Vaticano por considerar que as declarações de Bento XVI sobre os cristãos do Oriente eram "ataques repetidos contra o islã".

Com 85,1% de católicos, o Piauí está em primeiro lugar no ranking dos Estados em relação a esta religião. O Rio de Janeiro está em último, com 45,8% de católicos, segundo dados do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Com tantos católicos, o Piauí fica em último lugar na proporção de evangélicos: apenas 9,7%. Rondônia tem a maior proporção, com 33,8% dos habitantes evangélicos.

O Censo 2010 também aponta que o Rio Grande do Sul é o Estado dos contrastes - é ali que fica o município com maior número de católicos, União da Serra. De cada 100 moradores, 99 declaram-se desta religião. Também é gaúcho o município com maior número de evangélicos, 85,84%. E, curiosamente, o lugar chama-se Arroio do Padre.

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A pesquisa derruba o mito de que a Bahia é o Estado da umbanda e candomblé; dos 15 municípios que concentram a maior proporção de pessoas que professam essas religiões, os 14 primeiros ficam no Rio Grande do Sul. Itaparica (BA) só aparece na 15.ª posição.

Também está nos pampas o município com maior número de pessoas que não têm religião - em Chuí, 54% declararam não professar nenhuma fé.

O Estado só não tem município campeão no número de espíritas. O título coube a Palmelo, em Goiás, onde 45% são espíritas. A cidade fica a 2 horas de Abadiânia, onde o médium conhecido como João de Deus afirma realizar cirurgias espirituais.

Embora sejam minoria absoluta, as pessoas sem religião e os espíritas também tiveram crescimento. Em vinte anos, a proporção de sem religião aumentou 70% passando de 4,7% para 8%. Entre 2000 e 2010, o aumento foi menos expressivo - a parcela da população que declara não ter religião passou de 7,4% para 8%. São 15,3 milhões de brasileiros, de acordo com dados do Censo 2010 do IBGE.

Já o crescimento dos que se declaram espíritas aconteceu na última década, passando de 1,3% para 2%. Eram 2,2 milhões e agora são 3,8 milhões de brasileiros.

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Ainda menos representativas, outras religiões também tiveram crescimento. O islamismo (0,2% da população) teve aumento de 29% e é professada por 35.167 pessoas. As tradições indígenas foram citadas por 63.082 entrevistados - um aumento de 269% em relação aos 17.088 de dez anos antes. Os seguidores do hinduísmo praticamente dobraram, em números absolutos - passaram de 2.905 para 5.675 -, mas representam 0,002% dos brasileiros.

A proporção de brasileiros que declararam umbanda e candomblé como sua religião se manteve a mesma, 0,3%, somando-se as duas. Mas o número absoluto de seguidores do candomblé teve ligeiro aumento - de 127 mil para 167 mil. O judaísmo também se manteve estável, com 0,5% da população. Hoje são 107 mil brasileiros.

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE com novas informações do Censo 2010 mostram que o Brasil é um país cada vez menos católico, embora esta ainda seja a religião majoritária. A queda da população católica foi recorde entre 2000 e 2010. A proporção caiu 12,2%: passou de 73,6% dos brasileiros para 64,6%. Em 1991, os católicos eram 83% da população. Em vinte anos, a população católica diminuiu 22%, ou seja, em proporção, a Igreja Católica perdeu mais de um quinto de seus fiéis.

Em números absolutos, a Igreja Católica perdeu quase 1,7 milhão de fiéis no País, saindo de 124,9 milhões para 123,2 milhões em 2010. Entre 1991 e 2000, a queda na proporção de católicos também tinha sido elevada, de 11,3%, mas o número absoluto tinha aumentado. Se o ritmo de queda da última década for mantido, em vinte anos os católicos serão menos da metade da população.

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O recuo dos católicos está diretamente ligado ao aumento de 44% da proporção de evangélicos. Eram 15,4% da população brasileira em 2000 e passaram para 22,2% em 2010. Na década anterior, entre 1991 e 2000, o crescimento dos evangélicos foi muito maior, de 70%.

Apesar do aumento, os três grandes segmentos da religião tiveram comportamento completamente diferentes. Os evangélicos tradicionais, ou de missão, ficaram estagnados em proporção. Tiveram um pequeno aumento em números absolutos, passando de 6,9 milhões para 7,6 milhões, mas proporcionalmente houve ligeiro recuo. Os evangélicos tradicionais eram 4,1% da população em 2000 e em 2010 passaram a 4%. Esses evangélicos são das igrejas históricas como Adventista, Luterana, Batista e Presbiteriana.

Comportamento oposto tiveram os evangélicos desvinculados de igrejas. Segundo técnicos do IBGE, nesta categoria se enquadram tanto os que circulam entre várias denominações quanto os que se consideram evangélicos mas não frequentam igrejas. Esse grupo cresceu mais de cinco vezes em uma década: os evangélicos "independentes" eram menos de 1,7 milhão em 2000 e passaram para 9,2 milhões em 2010. Em proporção, pularam de apenas 1% para população brasileira para 4,8%.

Já os evangélicos pentecostais - da Assembleia de Deus e de igrejas como Universal do Reino de Deus, Maranata, Nova Vida, Evangelho Quadrangular, entre outras - continuaram a crescer, mas o ritmo diminuiu na última década. Em números absolutos, os evangélicos pentecostais mais que dobraram na década de 1990 (aumento de 119%). Entre 2000 e 2010, eles cresceram 44%. Pouco mais de 25 milhões de brasileiros são evangélicos pentecostais.

Universal

Este grupo sofreu mudanças significativas na última década. Fenômeno dos anos 90, a Igreja Universal do Reino de Deus perdeu quase 230 mil fiéis em dez anos, passando de 2,101 milhões para 1,873 milhão. Uma queda de mais de 10%.

No universo chamado neopentecostal (que exclui a Assembleia de Deus, mais tradicional), duas novas igrejas são a maior ameaça à Universal. Segundo técnicos do IBGE, os dados mostram que a Igreja Mundial do Poder de Deus, do apóstolo Valdemiro Santiago, já arrebanhou 315 mil fiéis.

A outra grande dissidência é a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R.R.Soares, mas ainda não há dados disponíveis sobre o número destes fiéis. Somadas ao fenômeno do crescimento dos evangélicos sem vínculo com igrejas, as novas denominações fizeram diminuir também o número de fiéis de outras igrejas, como a Nova Vida e a Congregação Cristã do Brasil.

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