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Escolher qual profissão seguir é um processo complexo e que deve levar em consideração uma série de fatores. É uma fase que, para alguns estudantes, pode ser marcada por erros, caso a escolha vá de encontro à afinidade e características profissionais essenciais para o ingresso em uma graduação. Para minimizar os riscos de equívocos e nortear os futuros universitários, uma parceria entre o projeto Vai Cair No Enem e a plataforma educacional Beduka disponibilizou, de maneira gratuita, um teste vocacional balizado cientificamente.

Até 9 de abril, estudantes de todo o Brasil, por meio da plataforma, podem realizar os testes vocacionais sem custo. De acordo com Willian Valadao, CEO do Beduka, o procedimento – batizado de raio-x - é baseado, em primeiro lugar, no perfil do estudante. “Ou seja, como é o estudante e partir de como ele é, a gente aponta as profissões que mais combinam com o estilo, com o jeito dele”, acrescenta o CEO.

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A análise do perfil do estudante permite um direcionamento profissional. “Isso é importante porque, às vezes, a pessoa é metódica, organizada, gosta de trabalhar de uma maneira mais sistemática. Existem profissões que combinam mais com esse estilo, por exemplo, facilmente ela pode trabalhar com desenvolvimento de software, pode ser um contador, mas de repente não seria tão bom trabalhar com vendas”, explica Valadao. “Por outro lado, existem perfis que não são tão organizados, gostam de contato pessoal e são mais dinâmicos. Esses não se adaptariam em uma rotina mais rígida, mais sequencial, dentro de um escritório, por exemplo”, acrescenta.

O CEO do Beduka ainda destaca: “Nosso teste vocacional identifica e faz um mapeamento completo do perfil do estudante e, a partir disso, aponta as profissões que mais combinam com esse perfil. Ele é baseado na metodologia Disc, amplamente utilizada no mundo inteiro e cientificamente validada. É um teste muito completo”.

O teste está disponível até o último dia de inscrições do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que dá acesso ao ensino superior por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Willian Valadao, a ferramenta é uma aliada importante dos estudantes que passarão pelo processo de escolha profissional, diminuindo os ricos de frustração. “É uma das decisões mais importantes da vida. Se a pessoa escolher o curso errado, no mínimo vai perder tempo e, se continuar, pode se tornar um profissional frustrado. Estamos liberando o acesso, junto com o Vai Cair No Enem, para que todo público receba o resultado de maneira completa, sem pagar nada”, reforçou.

Acesse o teste vocacional. Confira, ainda, no site do Beduka, um recurso que traz informações para quem busca ingresso em uma instituição de nível superior.

A cada ano, estudantes de todo o País se preparam para prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e aguardam o tão esperado dia do resultado para saber para quais universidades poderão se candidatar com as notas obtidas. Mas não são apenas as instituições de ensino superior brasileiras que aceitam essa pontuação como forma de ingresso.

Diversas universidades estrangeiras permitem que alunos brasileiros participem do processo seletivo utilizando a nota do Enem, algumas até dispensando o candidato de fazer a prova da instituição. Confira como funcionam a aplicação e ingresso em algumas universidades pelo mundo utilizando os resultados do Exame.

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Portugal

É o país onde mais universidades aceitam estudantes brasileiros por meio dos resultados do Enem. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 50 instituições de ensino no País participam da parceria com o governo brasileiro, desde 2014.

Uma delas é a Universidade de Aveiro (UA). Segundo o gestor de Relações Internacionais da instituição, Miguel Oliveira, existem atualmente mais de mil estudantes brasileiros vinculados à universidade, que entraram utilizando a nota do Enem como porta de entrada. Ele relata que as notas são avaliadas de acordo com o critério de cada curso. “Para cada curso em particular, valorizamos alguns componentes. Isto é, nós não consideramos a nota final do Enem, mas vamos buscar as notas correspondentes [às áreas do conhecimento] para cada curso”, ele explica.

Um aluno que esteja aplicando para o curso de engenharia precisará mostrar o melhor desempenho na prova de Matemática e suas Tecnologias, por exemplo. Para saber a classificação, é necessário fazer um cálculo que varia de acordo com os pesos que cada disciplina terá.

A estudante Lara Monique estuda engenharia e gestão industrial (equivalente à engenharia de produção no Brasil), desde 2018 na UA, e conta que o tempo de espera pelo resultado não foi demorado, levando menos de dois meses para todo o processo. “Para me candidatar eu tive que enviar só o Enem e meu histórico escolar de conclusão do ensino médio. (...) Foi tudo online. Quando eu fui aprovada eu recebi a carta de aceite da universidade, me matriculei, e aí fui no consulado para emitir meu visto e aí com o visto pronto, tudo isso concluído, eu consigo embarcar para Portugal”, ela relata.

Devido à pandemia do novo coronavírus, a instituição adaptou as aulas para o formato on-line, mas a previsão é que o próximo ano letivo (que em Portugal começa em setembro), tenha algum retorno às atividades presenciais. Atualmente, Portugal está vivendo um retorno gradativo do isolamento, em consequência da diminuição dos casos de Covid-19 no País.

Reino Unido

Algumas universidades aceitam a nota do Enem como parte do processo de ingresso, podendo haver a necessidade de realizar a prova própria de cada instituição para compor a nota de aplicação. É o caso da Universidade de Oxford, onde outros critérios também são avaliados, como o conhecimento do inglês e histórico escolar do ensino médio (ficha 19).

Outras universidades não somente utilizam parte da nota do Enem, como exigem que ela componha a avaliação do candidato brasileiro, como acontece em Kingston (exigência de aproveitamento mínimo de 55% da nota), Bristol, Glasgow e na Birkbeck University of London.

França

Algumas universidades no País aceitam a nota do Enem como parte do processo de avaliação, porém as exigências para a aprovação são um pouco maiores. Não basta o candidato enviar o resultado das provas feitas, mas também ser aprovado em alguma universidade brasileira no curso para o qual o candidato está almejando na França.

Também é importante observar se o curso aceita o Enem como parte da aplicação. Mais informações sobre os processos de seleção em universidades francesas podem ser encontradas no site da Campus France, órgão ligado ao governo francês responsável pelo ensino superior no País.

Estados Unidos

Uma das universidades americanas, a New York University, aceita a nota do Enem em substituição das provas tradicionais realizadas no País. No entanto, não é apenas a nota do Exame que garante a aprovação na instituição, sendo também necessário apresentar certificado de conclusão do ensino médio e comprovação de proficiência em inglês.

O site Common app é uma plataforma que indica universidades nos Estados Unidos, e detalha os processos de seleção para cada instituição.

Canadá

No país, a Universidade de Toronto exige a nota do Enem para candidatos brasileiros, assim como certificado de conclusão do ensino médio.

Seis instituições de ensino superior de Pernambuco se reunirão, na próxima segunda-feira (29), para realizar um ato virtual em defesa da recomposição do orçamento para as Instituições Federais de Ensino Técnico e Superior (Ifes). O grupo alega que sofreu corte de aproximadamente 18% no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) aprovado na última quinta-feira (25), no Congresso Nacional. O texto segue para sanção presidencial.

Segundo informação divulgada pelas universidades, o protesto deverá ser realizado às 17h, com transmissão ao vivo pelo canal da UFPE no YouTube. Participam da ação a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e o Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE), que defendem que a Lei nº 177/2021 seja promulgada, de modo que os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) possam ser plenamente utilizados no orçamento deste ano.

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O ato reivindica recursos necessários para a manutenção e o funcionamento das instituições federais de ensino, defendendo também os recursos do FNDCT. O corte que atinge as instituições federais de Ensino Técnico e Superior equivale a R$ 1,4 bilhão a menos de recursos em relação aos valores do PLOA de 2020. No ano passado, já havia sido registrada redução de 8,64% no orçamento das Ifes, em relação a 2019.

De acordo com o reitor Alfredo Gomes, na UFPE, o corte projetado é da ordem de R$ 30 milhões. Assim, o orçamento dos recursos discricionários da UFPE cairá de cerca de R$ 160 milhões em 2020 para R$ 130 milhões neste ano. “O orçamento da UFPE está retrocedendo uma década, ficando praticamente igual ao de 2011. Com um corte desse porte, ficará difícil manter a Universidade funcionando, sobretudo se adicionarmos a esta equação os desafios da pandemia. O cenário é de muitos retrocessos”, avalia.

Segundo o reitor, a UFPE terá um orçamento inferior ao que tinha depois do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que foi instituído pelo Governo Federal em 2007 para dar às instituições condições de expandir o acesso e garantir condições de permanência no Ensino Superior. “É muito grave impor um orçamento inferior ao que tínhamos pós-Reuni porque, neste período, a instituição ampliou sua estrutura e capacidade, realizou a interiorização, democratizou o acesso e a permanência estudantis e implantou o sistema de cotas para todos os cursos e turnos. Precisamos garantir recursos para realizar a manutenção e o funcionamento das universidades e institutos federais. A luta por mais investimentos é urgente e necessária para salvaguardar a universidade e ampliar a oferta na graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão”, enfatiza.

Para o vice-reitor Moacyr Araújo, é importante a participação de todos no movimento permanente de defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. “Queremos reunir, neste ato, todos e todas que defendem a ciência, a educação e o Sistema Único de Saúde”, afirma.

O pró-reitor de Planejamento Orçamentário e Finanças da UFPE, Daniel Lago, explicou que os cortes afetam o valor destinado ao custeio de despesas discricionárias, que representam a parcela do orçamento que permite o funcionamento e a manutenção das instituições. Esses recursos mantêm contratos terceirizados, fornecimento de energia elétrica e água, compras de materiais diversos (de expediente a insumos para pesquisa), assistência estudantil, bolsas, editais de fomento, contratação de serviços, obras, entre outros.

Os detalhes sobre o orçamento da UFPE podem ser consultados no site da Pró-Reitoria de Planejamento Orçamentário e Finanças. “Se os orçamentos anuais a partir de 2011 fossem apenas corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado, sem discutir a necessidade de ampliação de investimentos na educação, o orçamento de 2021 deveria ser superior a R$ 240 milhões. Isso significa que a defasagem, apenas pela inflação, é de mais de R$ 100 milhões”, calcula Daniel Lago.

Programa virtual da Universidade Federal de Pernambuco, o “Agenda UFPE – Educação, Sustentabilidade e Desenvolvimento” discutirá, na próxima sexta-feira (26), o papel das instituições de ensino no combate ao racismo. Às 14h, por meio do YouTube, o público poderá acompanhar o professor Silvio Almeida, da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Almeida carrega no currículo, ainda, os títulos de filósofo, jurista e autor do livro “Racismo Estrutural”, lançado em 2019. O programa será conduzido pelo reitor da UFPE, Alfredo Gomes.

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Reservar vagas nas unidades públicas e em instituições técnicas de ensino para atletas que comprovem alto rendimento. Essa é a proposta do Projeto de Lei 302/21, em tramitação na Câmara dos Deputados.

De autoria da deputada Celina Leão (PP-DF), o PL quer incluir os atletas na Lei de Cotas, que reserva metade das vagas nas unidades para alunos oriundos de escolas públicas e que comprovem renda familiar baixa. Também são beneficiados estudantes autodeclarados negros, pardos e indígenas, além dos com deficiência.

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Ao defender sua proposta, Celina diz que o texto é uma forma de garantir a esse público o acesso ao ensino superior. “Na maioria dos casos, aqueles que possuem um bom desempenho dentro do esporte, às vezes, não possuem condições de garantir uma vaga nas instituições públicas existentes”, acrescentou, conforme informações da Agência Câmara de Notícias.

O PL ainda passará por análise de conclusões. Se for aprovado, poderá ser encaminhado para sanção.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub é alvo de um inquérito aberto pelo Ministério Público Federal (MPF) em Brasília por conta das acusações feitas contra universidades federais, quando ainda integrava o primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A portaria de instauração do inquérito civil é do dia 26 de fevereiro deste ano, dois dias depois da mesma Procuradoria da República no Distrito Federal (PRDF) arquivar outra investigação contra Weintraub, sobre o suposto crime de racismo contra chineses.

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A investigação anterior foi aberta depois de um post de Weintraub no Twitter no qual o ex-ministro insinuava que a China poderia se beneficiar da pandemia do novo coronavírus. A postagem também parodiava a forma como os falantes nativos do chinês pronunciam o som da letra "R" em português.

A ementa da nova investigação diz que o inquérito civil visa "apurar suposta improbidade resultante de conduta reiterada do Ministro da Educação Abraham Weintraub, consistente em ataques infundados e sabidamente inverídicos às universidades públicas brasileiras". A apuração será tocada pela procuradora Luciana Loureiro Oliveira. Como o inquérito acabou de começar, Weintraub ainda não foi convocado para depor.

Quando ainda era ministro, Weintraub acusou as universidades públicas brasileiras de produzirem drogas ilícitas, sem apresentar provas.

Segundo o ex-ministro, as universidades comportariam "plantações extensivas de maconha".

"Você tem plantações de maconha, mas não são três pés de maconha, são plantações extensivas de algumas universidades, a ponto de ter borrifador de agrotóxico. Porque orgânico é bom contra a soja para não ter agroindústria no Brasil, mas na maconha deles eles querem toda tecnologia a disposição", disse Weintraub em novembro de 2019, em entrevista ao site "Jornal da Cidade Online".

Weintraub disse também que haveria produção de metanfetamina, um estimulante sintético, nas faculdades.

"Você pega laboratórios de química - uma faculdade de química não era um centro de doutrinação - desenvolvendo drogas sintéticas, metanfetamina, e a polícia não pode entrar nos campi", disse.

Em dezembro daquele ano, Weintraub foi convocado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e reiterou as acusações - novamente, sem apresentar provas. O ex-ministro, porém, disse que a responsabilidade pelas supostas plantações de maconha não era dos reitores das universidades.

"Eu não falei em momento algum que a culpa é dos reitores (…). Falei que a situação é tão dramática que há plantação (de pés de maconha) em algumas. Não acusei reitores, professores, técnicos. Eu sou professor concursado de uma universidade federal", disse.

Paralelamente às ações que estão sendo tomadas para evitar a disseminação da Covid-19, universidades americanas criam ações a fim de recrutar estudantes de outros países que tenham interesse em admissões para capacitações à distância ou para aulas futuras, no modelo presencial. Do dia 22 a 27 de março será realizada a primeira Feira Virtual EducationUSA Brasil. Gratuito, o evento contará com a participação de representantes de 35 entidades norte-americanas que realizarão apresentações, esclarecerão dúvidas, divulgarão bolsas de estudos, além de apresentarem propostas para graduação, pós-graduação e intensivo em inglês. Abertas, as inscrições podem ser realizadas pelo endereço eletrônico.

Para a aluna da universidade Babson College, Débora Sena, o que destaca a feira é o contato com a cultura da instituição. De acordo com a estudante, as conversas auxiliam no direcionamento da carreira acadêmica, conforme interesse e perfil. “Os representantes trazem muito isso na maneira de se comunicar e como eles compartilham os principais motivos de orgulho daquela instituição. Em Babson, ao conhecer o time de “admissions”, eu entendi exatamente o que movia minha faculdade: Empreender. Naquele momento, eu soube que estava conversando com a instituição certa,” afirma ela, de acordo com a assessoria.

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Na feira, representantes de universidades e faculdades dos Estados Unidos farão apresentações destinadas ao interesse daqueles que querem estudar no país. Assunto como “Bolsas de estudos: Como encontrar a melhor opção financeira para você?” e “A importância das atividades extracurriculares durante a pandemia” são alguns dos seis temas da programação do evento. Os participantes poderão conversar, depois das exposições, em salas virtuais, com os profissionais para saber detalhes acerca dos processos e requisitos de admissão, destinos, vida acadêmica, entre outros.

Para o estudante do Dartmouth College, Giovani Costa, a feira é uma oportunidade para conhecer melhor sobre a avaliação e requisitos de cada instituição. “Existem mais de 4 mil possibilidades de instituições para se estudar nos Estados Unidos. A Feira do EducationUSA me ajudou a conhecer diversas faculdades em todas as regiões do país. Além disso, de forma prática, a participação da Feira é importante para que você desempenhe o “demonstrated interest”, que pode ajudar diretamente na “application”, uma vez que você terá informações específicas do diretor de admissões”, diz ele, de acordo com a assessoria.

São destaques, em meio às instituições confirmadas, Manhattan College, Colorado State University, University of California San Diego, Savannah College of Art and Design, entre outras. Débora dá uma dica para os participantes da feira. “A troca com outras pessoas é o que faz a diferença. Essa experiência pode te dar novas perspectivas para as redações chamadas de “essays”, que vão te colocar na frente de outros candidatos para as suas universidades preferidas,” afirma a estudante de Babson College. A expectativa do evento para este ano é receber mais de cinco mil candidaturas, a fim de alcançar um número maior que o da última feira presencial.

Veja, abaixo, a programação:

Sessão 1 - Dia 22/03 - Segunda Feira, das 18h às 19h

Bolsa de Estudos: Como encontrar a melhor opção financeira para você Instituições participantes:

-              Coastal Carolina University 

-              Colorado State University

-              Embry-Riddle Aeronautical University

-              St Cloud State University

-              Stony Brook University 

-              University of Nebraska at Kearney

 

Sessão 2 - Dia 23/03 - Terça Feira, das 18h às 19h

Programas de inglês intensivo e de curta duração em instituições americanas Instituições participantes:

-              California State University, Monterey Bay

-              California State University, Stanislaus 

-              Full Sail University

-              Greenville University

-              Iowa State University

-              University of Missouri 

 

Sessão 3 - Dia 24/03 - Quarta Feira, das 18h às 19h

Aprimorando o inglês e dicas sobre a vida acadêmica em um campus americano  Instituições participantes:

-              Ball State University

-              California State University, Chico

-              Montserrat College of Art

-              Nova Southeastern University

-              University of California San Diego

-              University of Iowa

 

Sessão 4 - Dia 25/03 - Quinta Feira, das 18h às 19h

A importância das atividades extracurriculares durante a pandemia Instituições participantes:

-              California State University, Northridge

-              California State University, San Marcos

-              Dallas Baptist University 

-              Manhattan College

-              Savannah College of Art and Design

-              State University of New York at Oswego

 

Sessão 5 - Dia 27/03 – Sábado, das 11h às 12h

O que fazer e não fazer na escrita de redações para Graduação, Mestrado e Doutorado Instituições participantes:

-              George Mason University

-              Goucher College

-              Missouri Western State University 

-              University of Delaware English Language Institute

-              University of Kentucky 

 

Sessão 6 - Dia 27/03 – Sábado, das 14h às 15h

As vantagens de estudar em Community Colleges e o processo de transferência Instituições participantes:

-              Foothill + De Anza Colleges

-              Orange Coast College

-              Salem State University 

-              San Jose City College

-              Shoreline Community College

University of Maryland Baltimore County

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Termina nesta terça-feira (23) o prazo de adesão de instituições públicas de educação superior ao primeiro processo seletivo de 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A adesão começou no dia 8 de fevereiro e terminaria no dia 12, mas foi prorrogada pelo Ministério da Educação (MEC) até esta terça-feira. Os procedimentos devem ser feitos exclusivamente por meio do site Sisu Gestão.

É de exclusiva responsabilidade da instituição participante descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas por ela ofertadas no âmbito do Sisu. As instituições que precisarem retificar informações sobre a adesão também têm até esta terça (23) para enviar os novos documentos ao MEC.

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O edital de adesão ao Sisu prevê ainda que seja disponibilizado, pelas instituições, o acesso virtual para que os estudantes selecionados pelo programa possam encaminhar a documentação exigida e efetuar suas matrículas de forma remota, caso não possam realizar os procedimentos necessários de forma presencial.

Cabe a elas, ainda, divulgar, tanto em suas páginas na internet como em locais de grande circulação de estudantes, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no âmbito do Sisu, conforme expressas em seus documentos de adesão, bem como editais próprios, como da lista de espera, e a sistemática adotada para a convocação dos candidatos.

Inscrição para estudantes

O período de inscrições dos estudantes aos Sisu será de 6 a 9 de abril.

Só poderão participar desta seleção do Sisu estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, que foi adiado em razão da pandemia de covid-19 e aplicado em janeiro e fevereiro deste ano. Hoje começa a reaplicação para aqueles que perderam a primeira prova.

Programa

O Sisu é o programa do MEC para acesso de estudantes a um curso de graduação em universidades públicas do país, sejam elas federais, estaduais ou municipais. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e, para participar, é preciso ter garantido um bom desempenho nas provas do Enem e não ter zerado a redação.

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--> Começa nesta terça-feira (23) a reaplicação do Enem

Termina amanhã (23) o prazo de adesão das instituições públicas de educação superior ao processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na oferta de vagas para o primeiro processo seletivo de 2021. A seleção oferece vagas aos candidatos tendo por base os resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020.

A assinatura do termo de adesão de cada instituição deve ser feita por meio do sistema de gestão do Sisu, no site do programa.

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O Sisu é o programa do Ministério da Educação para acesso de brasileiros a cursos de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e, para participar, é preciso ter garantido um bom desempenho nas provas do Enem e não ter zerado a redação. 

É de exclusiva responsabilidade da instituição participante descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas por ela ofertadas no âmbito do Sisu.

A primeira edição de 2021 do Ranking Web of Universities/Webometrics Ranking of World Universities, do Cybermetrics Lab, grupo de pesquisa do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), da Espanha, classificou a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) na 10ª posição entre as melhores universidades do Brasil. Na América Latina, ela ocupa a 16ª posição, e a 681ª colocação na lista global.

Essa listagem dá suporte a iniciativas de acesso aberto, acesso eletrônico a publicações científicas e a outros materiais de pesquisa acadêmica. Os critérios de avaliação usam indicadores web de Visibilidade, Transparência e Excelência. A publicação do ranking é feita por semestre, nos meses de janeiro e julho. São mais de 31 mil instituições de Ensino Superior no mundo que participam dessa classificação.

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Na edição mais recente, 1.306 instituições de Ensino Superior brasileiras estão no ranking. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está em 1º lugar no Brasil, 2º lugar na América Latina e 203º lugar no mundo. A lista completa está disponível no site da premiação.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou, nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial da União (DOU), os critérios para distribuição de bolsas e auxílios nos Programas de Pós-Graduação (PPGs) referente ao período de março de 2021 a fevereiro de 2022.

O documento considera os seguintes PPGs: Programa de Demanda Social (DS), Programa de Excelência Acadêmica (PROEX), Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (PROSUP) e Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Educação Superior (PROSUC).

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A cada PPG será atribuído, conforme o colégio, um quantitativo inicial indicado no edital estabelecido em conformidade com a nota obtida na Avaliação Quadrienal de 2017. Segundo o documento, os PPGs de instituições de ensino privadas ou comunitárias que recebam bolsas e/ou auxílios, têm o quantitativo inicial expresso em unidade de benefício, calculada a partir da soma dos valores orçamentários das bolsas e auxílios, previstos nos regulamentos específicos, e dividido pelo valor da bolsa de mesmo nível.

Dentre os critérios estabelecidos para o quantitativo final de bolsas, ou unidades de benefício a serem disponibilizadas a cada PPG, estão o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e a Titulação Média do Curso (TMC).

A pró-reitoria de pós-graduação, ou unidade equivalente, poderá solicitar a revisão dos quantitativos atribuídos a PPG de sua instituição, desde que comprove a inadequação em relação aos parâmetros já definidos no documento. O pedido de revisão deverá ser dirigido à DPB, que instruirá os autos e o remeterá ao presidente da Capes, para decisão final. Veja mais detalhes sobre os critérios de distribuição de bolsas e auxílios no edital.

O British Council, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), lança, este mês, o edital Internacionalização e Políticas Linguísticas para promover a capacitação de instituições de ensino superior públicas e privadas em programas que visam à cooperação internacional. O investimento previsto é de R$ 4 milhões. 

A intenção é, durante a pandemia do novo coronavírus, promover a chamada internacionalização em casa, ou seja, promover a contribuição internacional entre universidades, sem depender exclusivamente de programas relacionados à mobilidade. Além de participar de ciclo de workshops gratuito, instituições de ensino poderão inscrever projetos em edital que visa a estruturar programas multiculturais. 

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De acordo com o British Council, o edital prevê que universidades brasileiras façam parcerias com instituições de ensino superior do Reino Unido para criar um programa de internacionalização sólido para a comunidade acadêmica e a área de pesquisa e extensão. Um dos resultados que se espera do programa é a consolidação da imagem da pesquisa brasileira no exterior.

Oficinas gratuitas

Em fevereiro e março, o British Council irá oferecer três workshops gratuitos com o objetivo de capacitar as instituições de ensino superior a estruturarem propostas de internacionalização. O primeiro deles, com o tema Internacionalização do Ensino Superior: conceitos e dimensões será hoje (4), das 9h30 às 16h30. A transmissão será feita por meio do Zoom e pelo Facebook. 

A oficina online sobre Políticas Linguísticas para a Internacionalização está agendada para o dia 25 e sobre Estruturação de Internacionalização de Políticas Linguísticas, para o dia 11 de março. As informações estão disponíveis no site do conselho britânico . As inscrições devem ser feitas no mesmo endereço. 

De acordo com dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), de 2017, 225 de 230 instituições de ensino que participaram da pesquisa alegam ser pouco ou nada internacionalizadas. Além disso, pesquisas realizadas pelo Programa Idiomas sem Fronteiras demonstraram que apenas 3% dos acadêmicos e pesquisadores de universidades brasileiras com pós-graduação possuem o nível C1, avançado, de inglês.

O Banco do Nordeste recebe, a partir desta segunda-feira (25), as solicitações de crédito dos estudantes beneficiados no Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies), do Ministério da Educação (MEC), regularmente matriculados em instituições privadas de ensino superior.

Este ano estão sendo disponibilizados R$ 10 milhões oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), administrado pelo Banco. O financiamento pode cobrir até 100% do valor da mensalidade e pode ser solicitado em qualquer época do ano por meio do site do BNB, não precisando se deslocar até as agências.

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Para conquistar o financiamento, o estudante deve ter participado de pelo menos uma edição do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), a partir de 2010, ter obtido média das notas das provas igual ou superior a 450 pontos e nota maior que zero na redação.

O financiamento do Banco tem juros baixos, prazo de pagamento com até três vezes o tempo de duração do curso, durante o qual o pagamento mensal será de apenas 35% do valor da mensalidade mais os juros. Confira mais informações, requisitos e vantagens sobre o financiamento através do site do BNB.

O agravamento dos índices da Covid-19 em Portugal obrigou o governo a fechar escolas e universidades mais uma vez. Um novo lockdown já havia sido decretado na quinta-feira (14), mas o recorde de mortes pela doença aumenta diariamente no país.

Além da suspensão de 15 dias na atividade das instituições de ensino, tribunais vão julgar apenas casos urgentes e templos religiosos não vão promover cultos. A crescente dos índices da pandemia em Portugal é atribuída a mutação do vírus, identificada no Reino Unido e considerada mais transmissível.

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Segundo levantamento da Universidade norte-americana Johns Hopkins, que monitora as notificações da pandemia desde os primeiros casos, 2.093.948 casos e 9.686 mortes já foram registrados no país.

O governado do Estado, Paulo Câmara, promete lançar nesta quinta-feira (7), o Programa Pernambuco na Universidade (Prouni-PE). A solenidade de lançamento está marcada para as 14h30, no Palácio do Campo das Princesas, no Recife.

O programa prevê o oferecimento de mil bolsas de estudo no valor de R$ 500 para cada aluno. Os estudantes poderão usar o benefício em instituições de ensino superior, tais como autarquias municipais, instituições comunitárias e privadas, desde que tenham sede no Estado.

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Os critérios de participação só serão detalhados nesta quinta-feira. Há a expectativa, porém, de que serão exigidas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), entre outras regras.

O profissional de museologia é responsável por preservar e classificar peças de valores artísticos, históricos, culturais e científicos, que são colocados em exposição para o público. Além disso, o museólogo também estuda a relação do homem com os itens produzidos ao longo da história.

No Brasil, o setor cultural enfrenta diversos desafios, mas o museológico brasileiro obteve avanços significativos nas últimas duas décadas, como aponta o Coordenador de Museologia do Museu do Homem do Nordeste, Albino Oliveira. Ele lembra que, em 2003, foi lançado o documento Política Nacional de Museus, que contou com a participação de diversos representantes da comunidade museológica.

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O documento apresenta sete eixos programáticos: gestão e configuração do campo museológico; democratização e acesso aos bens culturais; formação e capacitação de recursos humanos; informatização de museus; modernização de infraestruturas museológicas; financiamento e fomento para museus; aquisição e gerenciamento de acervos culturais.

No segundo semestre de 2003, o Departamento de Museus e Centros Culturais (DEMU), que ficou responsável por assumir o trabalho de implantação e consolidação da recém-criada Política. "Na sequência à criação do Demu, foi instituído o Sistema Brasileiro de Museus (SBM), através do decreto nº 5.264, de 5 de novembro de 2004", recorda o Oliveira. O SBM promove a interação entre os museus, instituições, profissionais ligados ao setor, e visa o constante aperfeiçoamento da utilização de recursos materiais e culturais. Também valoriza o registro e disseminação de conhecimentos específicos no campo museológico.

A Política também promove a gestão integrada, desenvolvimento das instituições, acervos, processos museológicos, e contribui no desenvolvimento das ações voltadas para as áreas de aquisição de bens, capacitação de recursos humanos, documentação, pesquisa, conservação, restauração, comunicação e difusão entre os órgãos e entidades públicas, entidades privadas e unidades museológicas que integram o SBM.

Outro avanço ocorreu em janeiro de 2009, quando as leis nº 11.904 e nº 11.906 instituíram, respectivamente, o Estatuto dos Museus, que define por lei, quais instituições podem ser consideradas museus; e o Instituto Brasileiro de Museus, uma entidade administrativa composta de profissionais jurídicos de direito público. Hoje, esse órgãos estão vinculados ao Ministério do Turismo.

O Estatuto dos Museus possibilita ao poder público garantir meios de incentivos, e permite aos museus ampliarem o espaço na agenda pública, além de regulamentar as maneiras de criação, fusão, extinção de museus e como eles devem compor as esferas federais, estaduais e municipais. "Também determina aspectos relacionados ao seu regimento, às suas áreas básicas e sua relação com a sociedade e seus pares", explica Oliveira.

Expansão da museologia nas universidades

Diversas universidades públicas e federais oferecem cursos de graduação em Museologia, que ampliam as discussões sobre museus no campo acadêmico, e também a oferta de profissionais em todo Brasil. "Surgiram também novas oportunidades de financiamento através de editais públicos para a seleção de projetos no âmbito do extinto Ministério da Cultura e de empresas públicas, como Petrobrás, Caixa Econômica Federal e BNDES. Ambos minimizando as distorções do setor entre o Sudeste e as demais regiões", destaca o museólogo.

O profissional de museologia pode se dedicar a atividades acadêmicas que estudam o desenvolvimento da teoria museológica, e debate questões relacionadas à preservação da memória. "Como também e, principalmente, atividades práticas relacionadas à documentação, preservação e difusão dos acervos dos museus", explica Oliveira, que entrou na área por interesse pelo estudo e documentação de coleções de museus.

Apesar dos avanços, Oliveira lembra que a extinção do Ministério da Cultura e as consequências da pandemia do coronavírus (Covid-19) trouxeram incertezas para a comunidade museológica e obrigaram os museus a iniciarem um período de adaptação aos novos tempos. "Atualmente eles buscam por alternativas que retomem e garantam seu lugar na agenda pública federal e na vida das pessoas, seja através das visitas presenciais, ou por meio das atividades remotas que reflitam os interesses da sociedade", comenta.

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a prever uma data para retorno das aulas presenciais nas universidades públicas e privadas. Após recuar na semana passada da data anunciada para janeiro, o ministro fala agora em 1º de março, segundo declaração dada por ele em entrevista à CNN Brasil.

"Nós estamos apontando para o dia 1° de março que nós julgamos ser uma data equilibrada e boa para que dê tempo para que as universidades façam alguns ajustes, inclusive pedagógicos e letivos", explicou Ribeiro.

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Ele ponderou que a previsão está sujeita a novas análises em caso de um novo aumento da covid-19 nas cidades. "Mas na portaria há previsão para que, caso haja um recrudescimento ou não das condições de cada cidade, isso pode ser depois conversado com o próprio MEC. Não queremos um retorno a qualquer custo", acrescentou.

Segundo ele, o País está entre os últimos países a retomar as aulas presenciais em todo o mundo. "Não há mais condição de a gente ficar prorrogando indefinidamente o retorno presencial das aulas", reforçou o ministro.

Ele disse que uma nova portaria sobre o assunto seria publicada na noite da segunda-feira (7), em edição extra do Diário Oficial da União.

O anúncio da medida na semana passada enfrentou forte resistência das universidades federais, que pedem que as aulas a distância sejam prorrogadas até o fim de 2021.

Na quarta-feira (2) uma primeira portaria falava em retorno às aulas presenciais a partir de 4 de janeiro. As atividades digitais deveriam apenas ser feitas de "forma complementar", de acordo com aquela determinação.

No mesmo dia, o MEC decidiu revogar a portaria após a repercussão negativa entre instituições e especialistas. Na quarta-feira, o ministro falou que previa fazer uma consulta pública "para ouvir o mundo acadêmico", mas menos de uma semana depois decidiu editar uma nova portaria alterando a data.

Segundo juristas, a primeira portaria poderia levar à judicialização, porque a Constituição garante a autonomia universitária e há ainda a previsão de que decisões sanitárias em relação à pandemia sejam tomadas pelos governos locais. Portanto, não seria possível uma universidade voltar a funcionar se o município não permitisse, por exemplo. Se a nova portaria mantiver os mesmos termos, é possível que contestações com conteúdo similar surjam por parte das instituições de ensino.

O Ministério da Educação (MEC) realizou uma reunião, nesta sexta-feira (4), para tratar da portaria que prevê o retorno das aulas presenciais nas universidades federais em janeiro. Segundo a pasta, os representantes das instituição não apresentaram rejeição ao documento e a maioria se mostrou favorável à retomada presencial.

"Não houve rejeição a natureza da portaria. Todos os pontos mencionados, sugestões e observações, por parte das entidades, foram anotadas pelos representantes do MEC presentes à reunião", disse o órgão, em nota. 

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Ainda de acordo com o Ministério, a retomada presencial é esperava o mais brevemente possível pelas instituições. "A maioria dos representantes das entidades se mostraram favoráveis a necessidade do retorno das aulas presenciais na maior brevidade possível, obviamente respeitando se os protocolos de segurança, a autonomia já prevista às instituições de ensino superior e as particularidades de caráter local e regional", escreveu o MEC.

O órgão ainda garante que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, irá se pronunciar sobre a portaria e outros pontos abordados na reunião. Aulas presenciais estão suspensas desde março devido à pandemia.

O canal ‘CNN’ informou, nesta quarta-feira (2), que o Ministério da Educação (MEC) decidiu revogar a portaria que determina a volta às aulas presenciais nas universidades públicas a partir de janeiro de 2021, mesmo diante da pandemia de Covid-19. Instituições de ensino não aceitaram a posição da pasta, sustentando o discurso de que ainda não é seguro retomar as atividades apenas no formato presencial.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por exemplo, divulgou uma nota em que se posiciona contrária à portaria do MEC. A instituição de ensino reitera o valor da sua autonomia acadêmica. “A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) informa que reafirma sua autonomia e seguirá a decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), que aprovou, na última sexta (27), o calendário acadêmico-administrativo do ensino de graduação presencial para os exercícios de 2020 e 2021 no formato híbrido (Resolução 23/2020). A proposta deste calendário foi construída com ampla participação da  comunidade acadêmica”.

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De acordo com a CNN, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que abrirá uma consulta pública para ouvir a comunidade acadêmica. Ainda segundo o canal, Ribeiro disse que, diante da recusa das universidades, o MEC deixará que cada instituição decida a organização dos seus calendários acadêmicos.

Além da UFPE, a Universidade de Brasília (UnB) se posicionou contra a postura do MEC. Confira, a seguir, a nota na íntegra:

A Universidade de Brasília recebeu com surpresa a notícia da publicação da portaria n.º 1.030 do Ministério da Educação, que versa sobre o "retorno às aulas presenciais" a partir de 4 de janeiro de 2021. A UnB ainda analisa o teor completo da portaria, mas chama a atenção a edição de um normativo como esse, específico para instituições federais, em um momento de aumento das taxas de contaminação pelo coronavírus em diversos estados e no Distrito Federal.

A pandemia, lamentavelmente, ainda não deu sinais de arrefecimento – pelo contrário. Além disso, a portaria ignora o princípio da autonomia universitária, previsto na Constituição Federal, e o disposto no parecer n.º 15/2020 do Conselho Nacional de Educação, que prevê a adoção de medidas excepcionais durante o ano de 2021, dado o cenário de calamidade na saúde pública. Tal parecer aguarda homologação do MEC.

Importante destacar que a UnB vem acompanhando com muita atenção a evolução da pandemia. A Universidade elaborou um Plano de Retomada das Atividades, em cinco etapas, com volta gradual da presencialidade. O avanço ou a eventual regressão no plano depende das fases da pandemia. As discussões sobre o formato do próximo semestre (2º/2020), previsto para começar em 1º de fevereiro de 2021, ainda estão sendo feitas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

A Universidade de Brasília reitera que não colocará em risco a saúde de sua comunidade. A prioridade, no momento, é frear o contágio pelo vírus e, assim, salvar vidas. A volta de atividades presenciais, quando assim for possível, será feita mediante a análise das evidências científicas, com muito preparo e responsabilidade. 

A universitária Luiza Ventura Lima, de Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, aguarda o término deste semestre para se formar em jornalismo no Centro Universitário Carioca, uma universidade privada que funciona no bairro do Méier, subúrbio do Rio de Janeiro.

Luíza é negra, seus pais não têm curso superior, assim como os seus avós. Quase com o diploma na mão, ela se recorda do primeiro dia de aula. “Assim que eu cheguei na faculdade minha turma tinha uns setenta alunos. De negro, tinha eu e mais duas pessoas”, recorda.

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Em quatro anos na faculdade, Luiza não teve nenhum professor negro, mas lembra-se de ser atendida por funcionários pretos ou pardos administrativos e da inspetoria, além dos faxineiros da faculdade. “É uma coisa para parar e pensar”, comenta a formanda. Ela vai concluir o curso aos 21 anos, dentro da faixa etária esperada para alunos que não entraram com defasagem de idade e série no curso superior, nem tiveram que trancar algum semestre já na faculdade.

Segundo a pesquisadora Tatiana Dias Silva, autora de estudo sobre ação afirmativa e população negra na educação superior, publicado em agosto pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 36% dos jovens brancos naquela faixa etária estão estudando ou terminaram sua graduação. Entre pretos e pardos, esse percentual cai pela metade: 18%. A Meta 12 do Plano Nacional de Educação (Lei n° 13.005/2014) prevê que, até 2024, 33% da população de 18 a 24 anos estejam cursando ou concluindo a universidade.

A preocupação da especialista é que a desigualdade persista por muito tempo e afete o desenvolvimento do país. “Como sociedade isso é inadmissível. Se a questão racial é um elemento estruturante, ele precisa ser enfrentado. Como a gente pode pensar o projeto de desenvolvimento do país que não incorpora esse desenvolvimento para todos os grupos?”, pergunta em entrevista à Agência Brasil.

A partir da base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo de Tatiana Silva contabiliza que, em 2017, 22,9% de pessoas brancas com mais de 25 anos tinham curso superior completo. A proporção de negros com a mesma escolaridade era de 9,3%.

Aumento de 400%

Outro levantamento, também a partir dos dados do IBGE, feito pelo site Quero Bolsa, informa que - entre 2010 e 2019 - o número de alunos negros no ensino superior cresceu quase 400%. Os negros chegaram a 38,15% do total de matriculados, percentual ainda abaixo de sua representatividade no conjunto da população – 56%.

O site ainda verifica que, em alguns cursos, a presença de negros não chega a 30%. Esses são os casos de medicina, design gráfico, publicidade e propaganda, relações internacionais e engenharia química.

Lucas Gomes, diretor de Ensino Superior do Quero Bolsa, assinala a importância da política de cotas (Lei nº 12.711/2012), do acesso a programas de financiamento (Programa Universidade Para Todos, o Prouni, e o Programa de Financiamento Estudantil, Fies) e da educação a distância para o crescimento do número de universitários negros na última década. Ele é otimista. “A tendência é que, nas próximas gerações, isso se torne mais perto da realidade”, prevê.

Fora dos cargos de liderança

O diretor assinala, no entanto, que, além de formar mais pessoas negras, é preciso que, após a universidade, o mercado de trabalho contrate mais pretos e pardos. “Ainda temos um abismo de contratação entre pessoas brancas e negras”, alerta. “O último levantamento que o Quero Bolsa realizou, com dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], indica que apenas dois de cada dez profissionais em cargos de liderança em empresas privadas eram negros, em 2018.”

“Nos primeiros seis meses deste ano, de 42 mil vagas de liderança abertas em empresas privadas, apenas 23,7% foram ocupadas por homens e mulheres negros. O restante foi ocupado por brancos, outras etnias ou que não declararam cor", acrescenta Lucas Gomes.

O especialista em diversidade Carlos Paes acrescenta que a evolução no mercado de trabalho ainda tem mais obstáculos para as pessoas negras. “Criamos outras barreiras além da formação em curso superior, como falar outro idioma (inglês)”. Para ele, a ocupação de bons postos de trabalho não aumentou na mesma proporção. “Ainda estamos vendo pessoas negras e pobres em empregos que não correspondem à sua formação”, lamenta.

Efeito simbólico

O ingresso em melhores empregos impacta na renda, na possibilidade de ascensão social e, para muitos, no ingresso na classe média. O aumento de status ainda tem efeito simbólico e duradouro:  abre novas perspectivas para crianças negras e amplia a visão de mundo de crianças não negras, como salienta Janine Rodrigues, educadora, escritora e fundadora da Piraporiando, que trabalha com educação para a diversidade.

“É importante”, acredita, porque mostra a possibilidade de pretos e pardos ocuparem todos os espaços sociais. Segundo a educadora, “quando as crianças veem os negros em todos os lugares da sociedade, elas também constroem a percepção de poder.”

Janine Rodrigues aponta que o racismo institucional e nas interações sociais tem efeitos perversos. “Dia desses um pai me disse que seu filho foi racista com uma coleguinha. Mas que ele, como pai, não sabia o que dizer, pois o filho só tinha cinco anos e, falar de racismo com uma criança de cinco anos era algo muito forte” segundo ele. 

“Ora, se o filho de cinco anos não pode ouvir sobre o racismo, a coleguinha da mesma idade é obrigada a sofrer racismo e ter maturidade? Perguntei. É isso o que o racismo faz. Desumaniza.”

Para a educadora, outro efeito do racismo é limitar conhecimento, diminuir repertórios e alimentar a exclusão social. “Nossa academia, nossas escolas, nosso olhar sobre a cultura (ou a hierarquização dela) ainda têm uma visão eurocentrada. Então, o que representa o negro, a cultura negra, não está dentro. A sociedade está sempre falando de nós como 'os outros'. Tudo isso reflete nas percepções das crianças negras”, alerta.

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