Tópicos | Arábia Saudita

As mulheres sauditas serão autorizadas a obter passaporte e viajar ao exterior sem precisar obter a aprovação de um tutor do sexo masculino, anunciou o governo de Riad nesta quinta-feira (1°).

"Um passaporte será emitido a todo cidadão saudita que fizer a demanda", noticiou o jornal governamental Umm Al Qura, citando uma declaração do Executivo.

Segundo o jornal Okaz, vinculado ao governo, e outros veículos que citaram autoridades, esta nova regra será aplicada a mulheres a partir de 21 anos.

O reino obriga as mulheres a obter a permissão de seus "tutores" masculinos - sejam o marido, o pai ou outros parentes homens - para se casar, renovar o passaporte ou sair do país.

As ativistas dos direitos das mulheres fazem campanha há décadas contra esse sistema, que transforma as mulheres em menores legais por toda a vida.

A decisão se dá em um contexto de liberalização impulsionada pelo príncipe-herdeiro saudita, Mohamed bin Salman - governista de fato do reino - para transformar o Estado conservador, muito criticado pelo tratamento dado às mulheres.

Entre as reformas que ele impulsionou está a decisão de eliminar a proibição para que as mulheres dirijam carros, que era única no mundo, bem como permitir a elas assistir a partidas de futebol junto com os homens e realizar trabalhos que não costumavam se enquadrar nos estritos limites dos tradicionais papéis de gênero.

Mas embora estas medidas estejam transformando a vida de muitas mulheres, os críticos consideravam que serão reformas cosméticas, enquanto o reino mantiver o sistema de "tutores", que concede aos homens uma autoridade arbitrária sobre suas familiares mulheres.

A tensão no Estreito de Ormuz, a rivalidade entre Arábia Saudita e Irã e a proximidade de Donald Trump com Riad têm impulsionado a compra de armas americanas pelo reino saudita. Por trás das vendas bilionárias está a aposta do presidente, que acredita que os acordos criem empregos em Estados-chave para sua reeleição, no ano que vem.

A Câmara dos Deputados dos EUA barrou, na semana passada, um novo pacote de venda de armas para Arábia Saudita e Emirados Árabes no valor de US$ 8 bilhões, com o argumento de que elas estavam sendo usadas em massacres de civis por tropas sauditas no Iêmen e evitar que Trump drible o Congresso em questões de política externa e segurança nacional.

##RECOMENDA##

Os pacotes de venda de armas precisam ter autorização do Legislativo. No último deles, no entanto, o presidente alegou "necessidade emergencial" para concluir a venda. Durante o governo Trump, as compras sauditas cresceram 92% em comparação com o último ano da presidência do democrata Barack Obama, segundo levantamento do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz em Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).

Em 2016, os sauditas compraram US$ 1,7 bilhão em armas americanas. Esse valor, em 2018, cresceu para US$ 3,35 bilhões. Ainda de acordo com o Sipri, a Arábia Saudita respondeu, no ano passado, por 12% das compras mundiais de armas. Entre 2014 e 2018, o volume de compras de armamentos dos sauditas cresceu 192%.

Analistas são unânimes em atribuir ao menos três razões para essa corrida saudita por armas. O primeiro deles é o conflito com os rebeldes da etnia houthis no Iêmen. A minoria xiita, respaldada pelo Irã, luta pelo controle do país desde a queda de Ali Abdullah Saleh, na esteira da Primavera Árabe, que trouxe instabilidade à região. Os sauditas não aceitam a influência xiita na Península Arábica.

Para Seth Binder, do Projeto sobre Democracia no Oriente Médio, as vendas de armas sob o governo Trump subiram com relação ao período de Obama, que costumava vetar algumas exportações em razão do conflito no Iêmen. "O governo Trump apoiou significativamente a Arábia Saudita no conflito com os houthis", avalia Binder.

O segundo fator que contribui para o aumento na compra de armas americanas pelos sauditas é a crescente tensão com o Irã. Desde que assumiu o poder, Trump tem criticado Teerã e se colocado contra o acordo nuclear alcançado por Obama, em 2015. No ano passado, o pacto foi abandonado pelos EUA, com o apoio tácito da Arábia Saudita, rival regional dos iranianos.

Outro ponto que facilita os negócios entre Washington e Riad é a proximidade de Trump com a casa real da família Saud. Em uma de suas primeiras viagens internacionais, o presidente se aproximou do rei Salman e do príncipe Mohamed Bin Salman, líder de fato do país. O genro de Trump, Jared Kushner, também é um interlocutor do príncipe, acusado de ser o mandante do assassinato, na Turquia, do jornalista saudita Jamal Khashoggi, um duro crítico da monarquia.

Jeff Abramson, pesquisador da Arms Control Association, ressalta que Trump sempre teve os sauditas como foco. "Ele acredita que essas vendas são importantes para sua política externa", diz.

"Trump quer os benefícios das vendas de armas para a Arábia Saudita porque criam empregos em Estados-chave, que serão muito importante para ele na disputa pela reeleição, em 2020", afirma William Hartung, do Center for International Policy.

Para entender

A revolução de 1979 no Irã levou à derrota do xá Reza Pahlevi e mudou as relações entre o que se tornaria uma república islâmica xiita e o reino saudita, de maioria sunita.

Para a Arábia Saudita, a Revolução Islâmica marcou uma tentativa de destronar seu papel hegemônico na região, especialmente porque Teerã tentou exportar sua revolução para outros países do Golfo Pérsico.

Durante a guerra Irã-Iraque, entre 1980 e 1988, os sauditas e os EUA apoiaram Saddam Hussein. Após a revolução, o Irã começou a ser visto pelo Ocidente como uma ameaça para a segurança em razão de suas ambições nucleares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara de Representantes dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira (17) a favor do bloqueio de uma venda de armas para a Arábia Saudita e outros aliados, uma derrota à qual o presidente Donald Trump poderá responder com o veto.

Os legisladores, muitos dos quais se declararam horrorizados com o assassinato, no ano passado, do jornalista Jamal Khashoggi no consulado saudita de Istambul, e com a atuação de Riad na guerra do Iêmen, votaram uma série de medidas para impedir a polêmica venda.

"Quando observamos o que acontece no Iêmen é importante que os Estados Unidos tomem uma posição", declarou Eliot Engel, deputado democrata membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes.

"Não podemos ignorar os atos violentos e os massacres cometidos contra civis" por parte das forças sauditas, destacou Eliot Engel.

Riad lidera uma coalizão que apoia o governo iemenita contra os rebeldes huthis, aliados ao Irã. Desde a intervenção saudita, a guerra provocou mais de 10 mil mortes e "a pior crise humanitária no mundo" atualmente, com milhões de pessoas sofrendo de desnutrição, segundo a ONU.

Numerosos parlamentares, incluindo republicanos, consideram que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman como o autor intelectual do assassinato de Jamal Khashoggi.

A resolução que bloqueia as vendas de armas já passou pelo Senado e agora será enviada diretamente à Casa Branca, onde se espera que Trump a vete, utilizando pela terceira vez essa prerrogativa presidencial.

Para derrubar o veto são necessários os votos de dois terços dos legisladores das duas câmaras do Congresso, o que é pouco provável.

O número dois da comissão de Relações Exteriores da Câmara, o republicano Michael McCaul, criticou a decisão "perigosa" da Casa, destacando o "deslocamento dos tentáculos iranianos" no Oriente Médio.

"Se deixarmos isto avançar, a instabilidade vencerá o jogo e a segurança dos nossos aliados, como Israel, se verá ameaçada".

A venda de armas à Arábia Saudita foi autorizada em junho pela administração Trump, que ignorou o Congresso evocando uma situação de emergência pelo conflito com o Irã.

O secretário de Estado americano Mike Pompeo disse neste domingo (23) que visitará a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para conversações sobre a crise provocada pela derrubada de um drone americano pelo Irã.

"Vamos conversar com eles sobre como nos certificaremos de que todos estamos estrategicamente alinhados e como podemos construir uma coalizão global" sobre o Irã, afirmou.

Pompeo disse que fará paradas na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos - que ele chamou de "grandes aliados no desafio que o Irã representa" - a caminho da Índia, onde ele começa uma visita na terça-feira.

Os Estados Unidos incluíram nesta quinta-feira Arábia Saudita e Cuba em sua lista negra de países que não fazem o suficiente para lutar contra o tráfico de pessoas, uma designação que poderia levar a sanções.

Em um relatório anual do Departamento de Estado, o governo dos Estados Unidos atribuiu à Arábia Saudita violações dos direitos trabalhistas de estrangeiros e acusou sua inimiga, Cuba, de tráfico de pessoas através do seu programa de envio de médicos para outros países.

China, Coreia do Norte, Rússia e Venezuela seguiram no Nível 3 do relatório, no qual se incluem os países que não cumprem os padrões mínimos de proteção a vítimas de tráfico estipulados pela lei americana.

O relatório sobre o tráfico de pessoas (TIP, sigla em inglês) é um documento anual divulgado pelo Departamento de Estado que classifica os governos segundo seus esforços para reconhecer e combater o tráfico humano.

Uma designação de Nível 3 significa que os Estados Unidos podem restringir a ajuda econômica ao referido país no Fundo Monetário Internacional e em outros órgãos de desenvolvimento global.

"Isto é o que as ideias conservadoras que imperam nos EUA confundem com tráfico de pessoas. Denunciamos esta acusação imoral, mentirosa e perversa", tuitou o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

Na mesma rede social, seu chanceler, Bruno Rodríguez, considerou a inclusão na lista "mais uma calúnia para justificar novas medidas de hostilidade" contra a ilha.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, informou que os Estados Unidos tomaram medidas, no ano passado, contra 22 países devido à sua designação no relatório.

"Essas medidas e a mensagem que as acompanha são muito claros: se vocês não se opõem ao tráfico, os Estados Unidos farão isso", disse Pompeo, ao apresentar o relatório juntamente com Ivanka Trump, filha e assessora do presidente americano.

Cuba é acusada no informe de forçar médicos a fazer parte de suas missões internacionais, um programa da revolução de Fidel Castro que nos últimos anos gerou altos rendimentos a Havana por contratos com dezenas de países.

O informe disse que Cuba cancelou no fim de 2018 seu programa "Mais Médicos" no Brasil depois de que o então presidente eleito, Jair Bolsonaro, o descreveu como tráfico de pessoas.

Além de questionar as missões médicas, o informe disse que o governo cubano "não criminalizou todas as formas de trabalho forçado ou tráfico sexual de jovens de 16 e 17 anos", e tampouco tentou identificar as vítimas de trabalho forçado, entre outras queixas.

Sobre a Arábia Saudita, os Estados Unidos disseram que o reino processou poucos traficantes e fez muito pouco para ajudar as vítimas de tráfico de pessoas. Em vez disso, as prendeu, multou e deportou sob acusações de violar leis migratórias ou se vincular à prostituição, indicou.

O príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, da Arábia Saudita, acusou o Irã pelos ataques a navios-petroleiros no Golfo Pérsico, segundo trechos de uma entrevista publicada neste domingo (fuso local).

"O regime iraniano não respeita a presença do premier do Japão como convidado em Teerã, e respondeu a seus esforços diplomáticos atacando dois navios-tanque, um deles japonês", disse ao jornal Asharq al-Awsat, referindo-se aos ataques de quinta-feira, nos quais o Irã negou envolvimento.

A cidade sagrada de Meca se prepara para receber os líderes árabes e muçulmanos em três encontros, nos quais a Arábia Saudita buscará o apoio de países da região contra seu grande rival, o Irã, após recentes ataques contra alvos petrolíferos no Golfo.

O ministro saudita das Relações Exteriores, Ibrahim al Asaf, criticou na quarta-feira (29) a "interferência" iraniana na região após novas acusações do assessor americano John Bolton, que disse que Teerã estaria provavelmente por trás da sabotagem em 12 de maio contra navios petroleiros, perto dos Emirados Árabes Unidos.

As declarações foram feitas quando a Arábia Saudita, aliada sunita de Washington, busca isolar o Irã, seu grande rival xiita, e definir o tom antes destas três reuniões: a das monarquias do Golfo, a dos chefes de Estado árabes e a dos líderes de países muçulmanos.

"O apoio de Teerã aos rebeldes huthis no Iêmen é a prova de interferência do Irã nos assuntos de outras nações e é algo que (...) os países islâmicos deveriam rechaçar", disse Asaf.

O ministro saudita falou durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores dos 57 membros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) na cidade de Jidá, perto de Meca, no oeste da Arábia Saudita.

Um representante de Teerã, Reza Najafi, autoridade do ministério iraniano das Relações Exteriores, participou da reunião preparatória da OCI, da qual o Irã é membro.

Asaf disse que os ataques no Golfo devem ser tratados com "firmeza e determinação".

As tensões na região aumentaram com o ataque em 12 de maio a quatro navios, dois deles petroleiros sauditas, ao largo da costa dos Emirados Árabes Unidos, bem como a multiplicação de disparos dos rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, contra alvos sauditas, incluindo duas estações de bombeamento de um oleoduto.

Além disso, as tensões exacerbaram ainda mais em abril, quando a administração de Donald Trump incluiu a Guarda Revolucionária iraniana em sua lista de "organizações terroristas". Washington também reforçou as sanções contra o Irã depois de ter abandonado, há um ano, o acordo internacional de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

Na quarta, Teerã negou firmemente as acusações de Bolton, chamando-as de "ridículas".

Por outro lado, um fato significativo é que o Catar, que protagonizou uma grave crise diplomática com Riad e seus aliados em junho de 2017, enviou à Arábia Saudita o seu primeiro-ministro, o xeque Abdullah bin Nasser Al Thani.

Os Estados Unidos saudaram essa situação. Washington tentou nesses dois anos mediar a situação entre os dois países, porque a tensão atrapalhava sua estratégia de isolamento do Irã.

Em Riyadh, na Arábia Saudita, uma empregada doméstica filipina foi amarrada em uma árvore no sol pelos patrões, como punição por ter deixado alguns móveis caros fora de casa. 

Lovely Acosta Baruelo, 26 anos, trabalhava para a família árabe há alguns meses e, de acordo com relatos, os chefes deixaram a mulher no sol para que ela sentisse na pele os riscos de deixar os móveis expostos a radiação solar.

##RECOMENDA##

Fotografia foi tirada por uma colega de trabalho, também filipina, que afirmou que os patrões aplicam punições severas sempre que os funcionários cometem algum erro. Foto: Reprodução

Segundo o jornal britânico Daily Mail, com a ajuda do Departamento de Relações Exteriores a mulher conseguiu voltar para as Filipinas.

Nas redes sociais, Lovely postou um desabafo sobre o ocorrido. “Obrigada a todos que me ajudaram. Eu gostaria de pedir ajuda também aos outros filipinos no país. Eles são as pessoas que me ajudaram e eu temo pela segurança deles. Espero que sejam resgatados também”, escreveu. “E o velho [se referindo a um dos patrões] vai encontrar seu karma, é só esperar. Continue descontando os nossos salários. Esse é o motivo da sua falta de saúde. Isso é o seu karma por todas as coisas erradas que você fez”, acrescentou.

Em meio à tensão entre Irã e EUA, a Arábia Saudita confirmou ontem que drones carregados com explosivos atingiram poços de petróleo perto de Riad, capital saudita. O ataque, classificado de "terrorista" pelo governo saudita, ocorreu dois dias após petroleiros do país serem sabotados na costa dos Emirados Árabes.

Ontem, rebeldes houthis do Iêmen assumiram a autoria da ação. A TV Al-Massirah, controlada pelos houthis, confirmou a realização de uma "operação militar contra alvos sauditas com sete drones". Os houthis têm atacado cidades sauditas, mas foi a primeira vez que uma instalação da Aramco, estatal do petróleo, foi atingida.

##RECOMENDA##

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes lideram a aliança sunita - apoiada pelo Ocidente - que interveio no Iêmen em 2015 contra os houthis, que são xiitas e têm apoio do Irã. O conflito é considerado uma guerra indireta entre sauditas e iranianos. Os houthis negam ter relação com Teerã e garantem que lutam contra a corrupção. O conflito deixou milhares de mortos e levou a ONU a qualificá-lo como "a maior crise humana da atualidade".

O ministro saudita da Energia, Khalid al-Falih, disse ontem que a produção de petróleo e as exportações não foram interrompidas. Na segunda-feira, a Arábia Saudita denunciou um ataque contra dois petroleiros. Horas antes, autoridades dos Emirados haviam informado sobre sabotagem em quatro de seus navios perto do Estreito de Ormuz. Um quinto do consumo global de petróleo passa pelo canal, que separa o Irã da Península Arábica.

O Irã tornou-se um dos principais suspeitos das sabotagens. Os EUA disseram que os iranianos foram os autores dos atentados, mas Teerã nega e diz que o objetivo dos ataques é "causar uma guerra". Recentemente, Washington aumentou as sanções contra Teerã, dizendo que quer reduzir as exportações de petróleo iraniano a zero, depois de abandonar o pacto nuclear de 2015, firmado entre Irã e potências globais. "Precisamos investigar para entender o que aconteceu", disse John Abizaid, embaixador dos EUA na Arábia Saudita. "Um conflito não é de interesse do Irã, nosso ou da Arábia Saudita."

Ontem, autoridades iranianas acusaram os americanos de "orquestrarem um incidente" para causar uma guerra. O chanceler do Irã, Mohamed Zarif, disse que "as tensões continuam a subir porque forças americanas se dirigem à região". O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que não vai negociar com os EUA, mas garantiu que não haverá nenhuma guerra. "Este caminho não interessa a ninguém", disse.

Para Trista Parsi, professor de Relações Internacionais da Universidade de Georgetown, a crise é um erro estratégico dos EUA. "Os americanos forçaram uma situação, uma crise desnecessária com um país que estava seguindo as regras de um acordo bom para todas as partes. Só chegamos a este estágio porque Trump deixou o acordo e colocou no comando John Bolton, que há 20 anos busca uma guerra com o Irã", afirmou Parsi ao jornal O Estado de S. Paulo, em referência ao conselheiro de Segurança Nacional de Trump.

Segundo o New York Times, o secretário de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, apresentou um plano militar que prevê o envio de até 120 mil soldados à região, caso o Irã ataque forças americanas ou avance seu programa nuclear. A revisão do plano foi ordenada por Bolton.

O plano reflete a influência de Bolton no governo Trump, cuja tentativa de confronto com Teerã foi ignorada há mais de uma década pelo presidente George W. Bush. Bolton teve papel significativo no projeto de invasão do Iraque que derrubou Saddam Hussein.

Algumas autoridades americanas disseram que os planos mostram como o Irã se tornou perigoso. Outros, que pedem diplomacia, afirmaram que o plano aumenta as tensões com o Irã. Aliados europeus, que se reuniram com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, disseram que as tensões podem causar um conflito.

Os 120 mil soldados são uma força parecida com a usada pelos EUA na invasão do Iraque, em 2003. A mobilização daria a Teerã mais alvos para atacar, arriscando enredar os EUA em um conflito prolongado. Isso também reverteria anos de recuo americano no Oriente Médio, desde que Barack Obama decidiu retirar suas tropas do Iraque, em 2011.

Donald Trump, criticou a reportagem do Times. "Acho que é notícia falsa. Se eu faria isso? Com certeza. Mas não planejamos isso. E, se fizéssemos, enviaríamos muito mais tropas do que isso", disse. (Com agências internacionais)

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) está estudando a possibilidade de realizar a Supercopa da Espanha na Arábia Saudita a partir do próximo ano. O presidente da entidade, Luis Rubiales, afirmou nesta quarta-feira que a disputa da competição no Oriente Médio é uma das opções consideradas para o torneio, assim como a implementação de um novo formato de disputa, com quatro clubes, que seriam os dois primeiros colocados do Campeonato Espanhol e o campeão e o vice da Copa do Rei.

Até 2017, o vencedor da Supercopa espanhola era definido no início da temporada por meio de duas partidas envolvendo o atual ganhador da principal competição do país e o time que ergueu o troféu da Copa do Rei no ciclo anterior do futebol nacional.

##RECOMENDA##

E agora a RFEF estuda a ideia de passar a Supercopa para janeiro no seu calendário de torneios. A proposta será submetida a uma assembleia geral da federação na próxima semana, quando a mesma poderá ser aprovada ou descartada pelos dirigentes.

Rubiales não confirmou as versões de que um possível acordo para levar a disputa da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita esteja sendo discutido por causa de uma oferta de 30 milhões de euros (cerca de R$ 133 milhões) dos representantes do país do Oriente Médio, que estariam dispostos a pagar este valor por ano em um compromisso para abrigar seis edições do torneio.

Porém, o dirigente máximo do futebol espanhol deixou claro que existe uma negociação em curso com os árabes. "É muito difícil chegar a esta cifra, muito, muito difícil. Vamos tentar nos aproximar ao máximo (destes valores)", disse.

Um dos principais críticos à ideia de organizar partidas do Campeonato Espanhol nos Estados Unidos, Rubiales afirmou que a RFEF levaria em conta a saúde dos jogadores ao tomar uma decisão, observando o fato de que jogar a Supercopa na Arábia Saudita não afetaria tanto os atletas como se eles tivessem, por exemplo, de viajar até os Estados Unidos ou para a Ásia, onde o tempo de viagem e as diferenças de fuso horário são maiores em relação à Espanha.

A final da Supercopa da Espanha fora do país europeu, por sinal, não é uma novidade. No ano passado, quando foi adotado o formato de um único jogo para determinar o campeão, o Barcelona superou o Sevilla em Tanger, no Marrocos, para ficar com o título da competição.

A Supercopa da Itália de 2019 foi jogada na Arábia Saudita, como parte de um acordo de vários anos cujo valor pago para que isso ocorresse foi avaliado em mais de 20 milhões de euros (cerca de R$ 88,6 milhões). E a Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE), que também criticou a iniciativa de realizar jogos do torneio nacional nos Estados Unidos, não se opôs à ideia de realizar a Supercopa em solo árabe.

A La Liga, entidade que organiza o Campeonato Espanhol, teve de cancelar um jogo nesta temporada que o Barcelona faria na Flórida (EUA), contra o Girona, depois que o clube catalão desistiu de atuar no país da América do Norte por falta de consenso entre as partes envolvidas no confronto.

A Arábia Saudita anunciou neste sábado (23) a assinatura de um decreto real sobre a substituição de seu embaixador nos Estados Unidos, em um momento em que o escândalo sobre o homicídio do jornalista Jamal Khashoggi põe à prova as relações dos dois aliados.

A princesa Rima Bint Bandar foi nomeada a nova embaixadora saudita em Washington no lugar do príncipe Khalid bin Salman, que foi nomeado novo vice-ministro da Defesa.

O ex-embaixador é irmão caçula do príncipe-herdeiro da coroa saudita, Mohamed bin Salman.

Esta troca na representação diplomática ocorre enquanto as relações bilaterais se encontram sob uma forte tensão devido ao assassinato de Khashoggi, ocorrido no consulado saudita em Istambul, na Turquia.

Legisladores americanos chegaram a ameaçar com medidas duras a Arábia Saudita depois do crime, em meio a alegações sobre a responsabilidade do próprio príncipe-herdeiro.

O governo saudita negou enfaticamente qualquer responsabilidade no crime.

O ministro saudita das Relações Exteriores, Adel al Jubeir, assegurou em Washington que apontar o príncipe-herdeiro com relação ao assassinato de Khashoggi era cruzar uma "linha vermelha" (um limite).

Em fevereiro, a Câmara de Representantes do Congresso americano aprovou uma moção para pôr fim à participação de Washington nos esforços militares da Arábia Saudita no Iêmen.

Enquanto isso, no Senado americano legisladores democratas e republicanos apresentaram um projeto de lei para proibir certas vendas de armas à Arábia Saudita, devido ao caso Khashoggi, mas também pelo controverso papel de Riad na guera no Iêmen.

A polícia turca suspeita que o corpo do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado em 2 de outubro no consulado de seu país em Istambul, foi queimado em um forno no jardim da delegação, segundo relatório policial citado pela agência Anadolu.

Foi descoberto um forno subterrâneo com capacidade de atingir até mil graus, suficiente para eliminar qualquer rastro de DNA, diz o relatório. (Com agências internacionais)

##RECOMENDA##

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um aplicativo da Arábia Saudita, que pode ser usado para rastrear mulheres e impedi-las de viajar, será investigado pela Apple, disse o presidente-executivo da companhia. Em entrevista à rádio americana NPR, Tim Cook disse que não estava ciente do aplicativo Absher, mas irá analisar o caso.

As mulheres na Arábia Saudita precisam obter permissão para deixar o país de um guardião do sexo masculino, geralmente um pai ou marido. O Absher, que oferece uma variedade de serviços do governo, como a renovação de licenças para motoristas, torna o processo de permitir ou proibir viagens muito mais fácil, e isso pode ser feito através de um smartphone.

##RECOMENDA##

O aplicativo está em uso há vários anos e já foi baixado mais de um milhão de vezes. Uma investigação do site Insider expôs como ele estava sendo usado por guardiões do sexo masculino para registrar para restringir ou permitir viagens internacionais de esposas, irmãs e filhas.

O homem recebe uma notificação se uma mulher dependente tentar sair do país. A organização Human Rights Watch (HRW) disse que programas como este podem facilitar os abusos dos direitos humanos, incluindo a discriminação contra as mulheres.

LeiaJá também

--> WhatsApp pedirá permissão antes de te adicionar em grupos

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou nesta terça-feira, 22, que apenas 25 plantas frigoríficas continuam autorizadas a exportar carne de frango para a Arábia Saudita, de um total de 58 plantas habilitadas. Em nota, a entidade informou que as empresas autorizadas constam de uma lista divulgada pelos sauditas. "As razões informadas para a não-autorização das demais plantas habilitadas decorrem de critérios técnicos", acrescentou a ABPA. Até o momento, planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações, disse a associação.

A ABPA também afirma que está em contato com o governo brasileiro para que, em tratativa com o reino da Arábia Saudita, sejam solucionados os eventuais questionamentos e incluídas as demais plantas. Durante a manhã, o presidente da associação, Francisco Turra, participou de reunião no Ministério da Agricultura, em Brasília.

##RECOMENDA##

Não foi fácil, mas dois dos favoritos ao título da Copa da Ásia conseguiram nesta segunda-feira as suas classificações às quartas de final da competição, que está sendo realizada nos Emirados Árabes Unidos. Japão e Austrália, a atual campeã, suaram para passarem por Arábia Saudita e Usbequistão, respectivamente. Também no sufoco, os anfitriões fizeram a festa com a vitória na prorrogação contra o Quirguistão.

No primeiro duelo do dia, entre seleções que disputaram a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, os japoneses contaram com o gol do zagueiro Takehiro Tomiyasu, aos 20 minutos do primeiro tempo, para despachar a Arábia Saudita, no Sharjah Stadium, na cidade de Sharjah.

##RECOMENDA##

Nas quartas de final, o Japão - maior vencedor da Copa da Ásia com quatro títulos - terá pela frente, nesta quinta-feira, a seleção do Vietnã, que no último domingo surpreendeu ao eliminar a Jordânia. O jogo será realizado no Al Maktoum Stadium, em Dubai.

Com sofrimento ainda maior, a Austrália não conseguiu superar a defesa do Usbequistão, no Khalifa bin Zayed Stadium, em Al Ain, e ficou no empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Na disputa por pênaltis, se deu melhor por 4 a 2 graças a duas cobranças desperdiçadas pelos usbeques Islom Tuhtahujaev e Marat Bikmaev.

Nesta sexta-feira, em Al Ain, os australianos continuarão a sua campeã pelo bi continental contra os donos da casa. No Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi, nesta segunda, os Emirados Árabes Unidos passarem pelo Quirguistão por 3 a 2 na prorrogação - empate por 2 a 2 no tempo normal.

No primeiro tempo, Khamis Esmail, aos 14 minutos, abriu o placar para os anfitriões, mas antes do intervalo o Quirguistão empatou com Mirlan Murzaev. Na segunda etapa, os árabes voltaram a ficar na frente com o gol de Ali Ahmed Mabkhout, aos 19, mas sofreu a igualdade nos acréscimos com Tursunali Rustamov. Coube a Ahmed Khalil em uma cobrança de pênalti, aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação, garantir a vitória e a vaga dos Emirados Árabes Unidos.

Nesta terça-feira, as oitavas de final serão completadas com dois jogos. No Rashid Stadium, em Dubai, a Coreia do Sul jogará contra o Bahrein. Em Abu Dabi, no Al Nahyan Stadium, o Catar enfrentará o Iraque.

Depois de 13 dias de disputas e 36 partidas realizadas, chegou ao fim nesta quinta-feira a fase de grupos da Copa da Ásia, que está sendo jogada nos Emirados Árabes Unidos. Pela terceira e última rodada, Japão e Catar venceram os seus duelos e terminaram as suas chaves na liderança - derrotados, Usbequistão e Arábia Saudita, respectivamente, passaram em segundo. E os quatro melhores terceiros colocados dos seis grupos foram definidos: Bahrein, Quirguistão, Omã e Vietnã.

A partir deste domingo começa a fase de oitavas de final com a realização de três partidas: Jordânia x Vietnã, Tailândia x China e Irã x Omã. No dia seguinte, mais três jogos com Japão x Arábia Saudita, Austrália x Usbequistão e Emirados Árabes Unidos x Quirguistão. Os dois últimos confrontos, na terça, serão Coreia do Sul x Bahrein e Catar x Iraque.

##RECOMENDA##

Nesta quinta-feira, o Japão fechou o Grupo F com 100% de aproveitamento ao bater de virada o Usbequistão por 2 a 1, no Khalifa bin Zayed Stadium, em Al Ain. Eldor Shomurodov abriu o placar para os usbeques, mas Yoshinori Muto e Tsukasa Shiotani viraram para os japoneses. No outro jogo da chave, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi, Omã conseguiu a classificação com a vitória por 3 a 1 sobre o Turcomenistão.

Pelo Grupo E, Catar e Arábia Saudita se enfrentaram no Zayed Sports City Stadium, em Abu Dabi, e os anfitriões da Copa do Mundo de 2022 ganharam por 2 a 0 - com dois gols de Almoez Ali -, garantindo a liderança com três vitórias. O rival do Oriente Médio ficou em segundo, com seis pontos.

Mas as emoções ficaram para o outro jogo da chave. O Líbano precisava bater a Coreia do Norte por quatro gols de diferença para se classificar por suas próprias forças. Mas fez 4 a 1 e foi eliminado pelo Vietnã no quarto critério de desempate, que é o fair-play (menor número de cartões).

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), agência da Organização das Nações Unidas (ONU), vai analisar a situação de Rahaf Mohammed Alqunun, de 18 anos, que fugiu da Arábia Saudita e pede asilo à Austrália e Tailândia. A jovem deixou seu país sob a alegação de que deseja estudar e não tinha permissão.

A agência da ONU informou que o caso está sendo acompanhado de perto para avaliar se deve ser solicitada proteção internacional à jovem. Rahaf afirmou que estava de férias no Kuwait com a família quando fugiu para a Tailândia por temer por sua vida. Ela planejava ir para a Austrália e está no aeroporto de Bangkok, no país tailandês, onde teve o passaporte retido.

##RECOMENDA##

O Acnur é responsável pela defesa dos refugiados e requerentes de asilo, desde que tenham sido confirmados ou reivindicados como necessitados de proteção internacional, caso não possam retornar aos seus países de origem.

Há uma regra mundial que proíbe que os países expulsem ou devolvam pessoas a um território onde sua vida ou liberdade esteja ameaçada. Esse princípio é reconhecido como lei internacional e também consta entre as obrigações do tratado da Tailândia.

O petróleo fechou em alta a sessão desta segunda-feira, 7, impulsionado por informações de que a Arábia Saudita pode cortar suas exportações da commodity além dos níveis acordados com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), além da queda do dólar em relação a outras moedas fortes.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 1,17%, a US$ 48,52 por barril. O Brent para março, por sua vez, avançou 0,47%, a US$ 57,33 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

##RECOMENDA##

Em busca do barril do petróleo Brent a US$ 80, para cobrir um aumento nos gastos do governo, a Arábia Saudita planeja cortar suas exportações do óleo para 7,1 milhões de barris por dia (bpd) até o fim de janeiro, de acordo com autoridades da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Riad deve cortar as exportações de petróleo em até 800 mil barris por dia em relação aos níveis de novembro. A redução da oferta pelo maior exportador de óleo bruto do mundo iria, dessa forma, além dos compromissos assumidos no mês passado pela Opep e por outros grandes produtores.

Autoridades do cartel, por outro lado, disseram que o esforço provavelmente não será suficiente para elevar os preços ao nível desejado pelo reino.

As informações impulsionaram o petróleo, que já marcava alta desde cedo, na esteira da queda o dólar em relação a outras moedas fortes, o que torna a commodity mais barata para detentores de outras divisas.

As mulheres na Arábia Saudita em breve passarão a receber uma mensagem de texto em seus celulares para informá-las sobre mudanças em seu estado civil. A medida foi criada para tentar impedir que homens terminem seus casamentos sem informar suas esposas, segundo a CNN.

A mensagem de texto incluirá o número do certificado de divórcio e o nome do tribunal onde as mulheres podem pegar a documentação. Elas também podem perguntar sobre seu estado civil através de um site e ler documentos relacionados ao processo.

##RECOMENDA##

O movimento do governo faz parte das reformas sociais e econômicas do país, como a que permitiu que as mulheres dirigissem. Sob o sistema de tutela masculina da Arábia Saudita, elas não podem se casar, divorciar ou viajar para fora do país sem a permissão de um parente do sexo masculino, geralmente um pai ou marido.

Enquanto um homem na Arábia Saudita pode rapidamente e facilmente se divorciar de sua esposa, as mulheres que buscam o fim de um casamento devem convencer os tribunais com a razão e evidências de abuso. Isso não pode ser feito sem o consentimento do guardião masculino delas.

LeiaJá também

--> China implementa uniforme com GPS para monitorar crianças

Caso seus maridos se separem sem seu conhecimento, as esposas da Arábia Saudita serão notificadas via mensagem de texto, a partir desse domingo (6). A nova lei pretende pôr fim aos divórcios secretos, quando nem mesmo as mulheres são informadas da separação judicial. Além disso, a lei tenta proteger os direitos das divorciadas, já que garante a plena consciência do seu estado civil.

A ação foi proposta pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que vem dando às mulheres mais direitos em um reino tão inflexível. Ano passado, por exemplo, ele promoveu um ato significativo quando pôs fim a proibição das mulheres dirigirem.

##RECOMENDA##

Em comunicado, o Ministério da Justiça do reinado afirmou que "os tribunais sauditas começaram a enviar estas notificações. É um passo para proteger os direitos das mulheres", e complementou que elas poderão verificar o estado civil no próprio site do ministério, ou pedir uma cópia dos documentos do divórcio na Justiça.

Mesmo tomando conhecimento da separação, não está garantido às mulheres o recebimento de pensão ou a custódia dos filhos. Elas ainda estão sujeitas a uma série de normas severas, que inclui um estrito código de vestimenta, a necessidade de permissão de um homem da sua família para trabalhar, viajar, se casar e até mesmo receber tratamento médico.

Nas redes sociais, muitas sauditas protestaram por medidas mais significativas de liberdade. Nos últimos anos, elas obtiveram a permissão para entrar em estádios esportivos, para votarem em eleições locais e conquistaram maior participação no mercado de trabalho.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando