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A Argélia abriu o mercado para a carne de frango brasileiro após a revisão de certificados e auditorias e negociações promovidas pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA) e Relações Exteriores (MRE).

O Brasil é o maior exportador e o segundo maior produtor de carne de frango no mundo. Do total, 36% da produção nacional é vendida ao mercado externo.

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As exportações brasileiras do produto em 2023 atingiram, até agosto, US$ 6,73 bilhões, número 5,5% superior ao total alcançado no mesmo período de 2022.

No ano passado, o Brasil exportou US$ 9,52 bilhões de carne de frango, com embarque de 4,6 milhões de toneladas para 170 mercados.

Os principais mercados importadores da carne de frango brasileira são China, Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

O Ministério da Agricultura confirmou a suspensão temporária do Japão sobre a importação de produtos avícolas de Mato Grosso do Sul, após a detecção de um caso de gripe aviária em criação doméstica em Bonito (MS). Em nota à imprensa, a pasta disse que foi notificada na terça-feira, 19, pelo governo japonês sobre o embargo temporário em relação a ovos, aves vivas, carne de aves e seus subprodutos do Estado.

"A comercialização com os demais estados continua normalmente", esclareceu o ministério, em nota.

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A medida foi informada pelo Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAF) em comunicado de imprensa divulgado às 11 horas da terça-feira, como mostrou o Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. No comunicado, o governo japonês diz que a suspensão foi adotada como medida "para evitar a entrada da doença" no país.

Segundo o Ministério da Agricultura, Mato Grosso do Sul exporta ao Japão 18,4% de sua produção de carne de frango in natura, com base em dados do sistema de estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat).

"As medidas sanitárias estão sendo aplicadas pelo Serviço Veterinário Oficial para contenção e erradicação do foco, bem como estão sendo intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas na região. Não há estabelecimentos avícolas industriais nas áreas de risco epidemiológico ao redor do foco", acrescentou a pasta.

O ministério informa que até o momento não há nenhum foco da doença confirmado em plantel comercial no País. "Desta forma, o país segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)", concluiu a pasta na nota.

O governo chinês suspendeu as importações de carne de frango de uma unidade da Bello Alimentos (nome fantasia da marca Frango Bello), de Itaquiraí (MS), e de uma planta da São Salvador Alimentos (nome fantasia Super Frango), em Itaberaí (GO), conforme comunicado no site oficial da Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) publicado nesta segunda-feira, 31.

Os chineses informaram que a interrupção das compras entrou em vigor nesta segunda-feira, sem sinalizar quando os negócios podem ser retomados nem o motivo da decisão.

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O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou a suspensão pela China da habilitação para exportações de proteína de frango das duas plantas brasileiras. O governo destacou, porém, que "a área técnica do Ministério da Agricultura discorda da decisão adotada pela autoridade sanitária da China."

Conforme o comunicado, o Brasil "apresentará as informações técnicas para reverter a suspensão" junto à Gacc, o órgão do governo chinês responsável pela habilitação de estabelecimentos exportadores e que também realiza o controle de mercadorias na aduana.

No mês de dezembro, a China havia suspendido as importações de carne de frango da unidade da BRF em Marau (RS). Em agosto, o país havia suspendido também as importações de carne suína e de aves da unidade da BRF em Lucas do Rio Verde (MT).

O país asiático vem suspendendo, desde 2020, as compras de frigoríficos de vários países. A justificativa seria o maior controle sanitário, em razão da pandemia da covid-19.

Uma cabeça de galinha empanada veio junto do pedido de frango frito de uma cliente do KFC no Reino Unido. A empresa se pronunciou após a repercussão da imagem nas redes sociais.

A cliente ainda deu duas estrelas para o pedido e compartilhou a denúncia com os seguidores: "Encontrei uma cabeça de frango frito na minha refeição quente de asa, coloquei o resto fora, ugh", escreveu. 

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Na foto, ela segura a cabeça com bico e olhos fechados que teria encontrado dentro do pote de frango empanado.

O KFC ressaltou que a cliente foi generosa pela nota, e que ficou ‘surpresa’ e ‘chocada’ com o achado. A rede de fast food garantiu que vai ficar mais atenta aos fornecedores e aproveitou para fazer marketing: ‘nós servimos frango de verdade’.

A empresa também convidou a cliente e a família para conhecer os procedimentos de segurança de uma de suas lojas. "Esperamos que ela volte e nos deixe uma avaliação de cinco estrelas em breve", apontou na nota.

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Dona Lucia mora em Sucupira, periferia de Jaboatão dos Guararapes, e próximo ao mercado público de Cavaleiro, onde vai com frequência fazer as compras da semana. Com uma oferta bem diferente da encontrada nas regiões mais nobres da metrópole recifense, o mercado é uma opção para famílias com menor poder aquisitivo completar a feira do mês, ou mesmo para as que estão apenas focadas em economizar, desde que dispostas a enfrentar o “vuco-vuco” do espaço público, que comporta centenas de vendedores, oferecendo desde roupas íntimas e celulares, à “baba” de carneiro e cortes de todos os tipos de carne.

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Desempregada, Lucia Maria de Lima, de 54 anos, era doméstica em uma só residência até o início da pandemia, com renda fixa em torno de R$ 800, R$ 300 a menos do que o valor previsto pelo salário mínimo reajustado em 2021, que é de R$ 1.100. Com a chegada do coronavírus no estado, a trabalhadora perdeu o emprego, que lhe rendia oito diárias de R$ 100 ao mês e era sua única fonte de renda, além do Bolsa Família de R$ 89. Ela diz que chegou a receber o auxílio emergencial desde as primeiras parcelas, de R$ 600, mas o benefício foi suspenso nas últimas análises. Com o fim do Bolsa Família, aguarda sua chamada para o novo programa de auxílio do Governo Federal, o Auxílio Brasil, mas ainda não foi informada sobre parcelas pendentes ou restantes. Isso significa que, para o mês de novembro, dona Lucia não terá nenhum dos suportes que costumava ter. Em casa, vive com uma sobrinha de 18 anos, estudante e também desempregada. O último recurso é o filho, Alan de Lima, de 31 anos, que também é desempregado e vive de bicos, mas ajuda quando pode.

Com essas preocupações, diz viver “no aperreio”. Hoje, compra tudo pela metade e espera faltar para comprar. O dinheiro que entra varia, depende do que Alan faz no mês: R$ 100, R$ 150. Lucia vai cortando entre cereais, verduras e legumes, e a carne, mas é a última que tem pesado mais no orçamento e forçado adaptações. “É difícil, as coisas estão muito caras. Eu compro ovo, salsichinha, quando dá, o fígado ou o peito de frango. Não dá para compensar. Eu diminuo uma coisa para juntar e comprar outra. Eu comprava cinco quilos de feijão, agora compro três, e com a diferença compro o gás, pago a água, a luz. Vou diminuindo minhas contas até onde der e regrando as coisas para chegar até o próximo mês”, relata ao LeiaJá, enquanto pesquisa o preço do pé de galinha.

Atualmente, ela não retorna ao trabalho por questões de saúde. Com medo de ter pego Covid ou de estar com algo mais grave, apesar do convite para voltar fazer diárias, prefere se certificar de que a saúde está em dia, antes de se comprometer a trabalhar na casa dos outros, mas afirma já ter completado o calendário de vacinas contra a Covid-19. Essa oportunidade de trabalho será a mesma e a única que Lucia teve em quase dois anos de pandemia e de desemprego. O relato da doméstica é facilmente confundido com o de muitos outros recifenses.

“Já cheguei, muitas vezes, a pensar que não teria dinheiro para nada. Já deixei de pagar água, de pagar luz, ficar ‘doida’ precisando pagar conta. Recebo desconto na energia pelo Bolsa Família, mas ainda pago R$ 70, R$ 80, por causa do aumento (bandeira vermelha). Fora o meu filho, agora, eu não tenho nenhum outro tipo de ajuda. Às vezes ele manda R$ 100 por mês, às vezes R$ 150. É a única renda certa que eu tenho”, finalizou.

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Inflação e desemprego desestabilizam orçamento da população

Assim como Lucia, quase 900 mil pernambucanos procuram emprego no estado. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em agosto deste ano, a taxa de desemprego em Pernambuco atingiu 21,6% no segundo trimestre de 2021, o pior resultado em nove anos e a maior taxa entre todos os estados brasileiros. Na média nacional, o desemprego marca 14,7%.

Influenciados pela pandemia, os números se traduzem em um total de 885 mil pessoas em busca de emprego, o que facilmente é percebido nas ruas das maiores cidades do estado, como o Recife, onde a concentração de renda também é a maior do Brasil. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, quando a pandemia da Covid-19 chegou ao país, o indicador cresceu 6,5 pontos percentuais.

Também parte desse número, a mãe Islaine Thais, de 21 anos, mora com seus dois filhos, Alan e Alana, de seis e cinco anos, respectivamente. Foi abordada enquanto pesquisava o preço das carnes, junto a amigas que conhece do próprio Mercado de Cavaleiro, também bairro onde se criou e mora até hoje. Para conseguir colocar comida na mesa, diz que pega bicos como babá de crianças, faxineira, cuidadora de idosos e até mesmo como atendente do mercado, quando surge alguma vaga. Segundo ela, está desempregada desde antes da pandemia, mas costumava ser mais fácil sobreviver. Islaine diz que “não é que a renda caiu pela metade, ela não existe” e que, por outro lado, os preços de tudo estão “pela metade do triplo”. Hoje, vive do suporte da mãe e do pouco que o trabalho informal e esporádico lhe rende, além dos benefícios que adquiriu por direito.

Auxílio Emergencial

Thais também costumava receber as parcelas do Auxílio Emergencial, criado na pandemia. Por ser mãe, começou recebendo as levas de R$ 1.200, mas recentemente o valor tinha se aproximado dos R$ 400. No último mês, o benefício foi suspenso. O Bolsa Família era de R$ 170, já que a jaboatonense é mãe de dois, mas este também foi suspenso. Só a resta ir para a ponta do lápis e escolher entre o que é menos importante na lista das despesas básicas e fundamentais ao lar.

“Estou ‘botando’ só um quilo de cada, né? Feijão está quase R$ 10, o óleo também. Eu não pago luz e nem água, mas pago aluguel. Junto o que ganho do Bolsa e minha mãe sempre me ajuda com alguma coisa. Às vezes meus filhos pedem alguma coisa, eu digo “quando eu tiver dinheiro, compro” e quando dá, coloco, porque criança sempre quer novidade. Estou marcando para ir no CRAS e ver como fica a minha situação”, relata.

Ela também relata que precisou fazer ajustes nas compras para dar conta de alimentar a família. “Quando compro, compro o que dá. Ou alimento, ou lanche, e eu prefiro o alimento porque enche o bucho. Às vezes compro galinha [que já é mais barata que a carne de boi], mas às vezes não dá, aí compro sasichinha, porque vem mais, e faço uma mistura: arroz, feijão e salsichinha. Tá precisando substituir tudo, porque está tudo um absurdo”, lamentou.

Inflação alta

Em outubro, a inflação da Região Metropolitana do Recife registrou o maior índice do ano: 0,82%. Este foi o quinto aumento seguido, consolidando tendência de alta nos preços de produtos e serviços. Em relação a setembro, o crescimento foi de 0,04 ponto porcentual (p.p), sendo a quinta menor variação mensal entre as 16 localidades pesquisadas. Os dados também são do IBGE. E como a inflação influencia no poder de compra da população, a cesta básica segue disparada, como uma das mais caras do país. No Grande Recife, a aquisição desses itens básicos tem impacto em 52,1% do salário mínimo do consumidor. Em setembro, a cesta chegou a custar R$ 566,40, passando para R$ 573,11 no mês de outubro.

No acumulado do ano, Recife registra a segunda maior inflação entre as capitais do país, com variação de 3,62%, ficando atrás apenas de Campo Grande (MS), que tem variação acumulada de 4,36%. Nos últimos 12 meses, o crescimento da inflação na RMR é ainda maior: 4,77%. Nas duas variações acumuladas, os indicadores superam a média brasileira, que marcou inflação de 2,22% no ano e 3,92% nos últimos 12 meses.

Também em outubro, ficou definido que o Procon Pernambuco terá ação conjunta para monitorar a inflação e abusos de preço em estabelecimentos do estado. O órgão acredita que a intervenção pode diminuir a impressão final ao consumidor, sobretudo dos mais pobres.

A ideia é uma fiscalização para mapear e penalizar estabelecimentos com preços abusivos, e aqueles com irregularidades no armazenamento e refrigeração de alimentos, que podem impactar na qualidade da segurança alimentar. A iniciativa deve ser realizada junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e à Polícia Civil.

“Vamos instalar imediatamente um procedimento administrativo de fiscalização pelo Procon, comunicado também ao Ministério Público, que vai participar conosco, e vamos chamar aqueles segmentos onde se observa evidente abuso (de preços); aqueles que estão praticando delitos, como vender produtos vencidos ou desligar as máquinas dentro das gôndolas do supermercado, das lojas de supermercado, vendendo produtos, muitas vezes, descongelados”, afirmou o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico ao LeiaJá.

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A realidade de quem vende

Apesar da impressão no consumidor, também não está fácil segurar as pontas do lado de quem vende. O repasse aumenta junto com a inflação e, do lado de dentro do balcão, famílias que dependem do comércio lidam com movimentação instável, insatisfação do consumidor, alta concorrência e aumentos constantes no preço da ração animal e das carnes repassadas para venda.

No Mercado de Cavaleiro, o Box do Vanderson é um dos mais antigos e o que, até o momento, consegue manter o preço mais competitivo entre as poucas lojas destinadas à venda de carne dentro da estrutura. Sabrina Layza, de 18 anos, é atendente desde pequena no estabelecimento, que pertence aos seus pais. Apesar da pouca idade, já tem muita experiência dentro do mercado, e relata que jamais presenciou uma situação parecida anteriormente. Durante o seu expediente, diz que recebe e dispensa pedintes do começo da manhã até o fim da tarde, quando o negócio fecha. Os clientes passam desacreditados e com frustrações, o que faz a pesquisa de preço, muitas vezes, ser só uma olhadinha e o destino de voltar para casa com mãos vazias.

“Tudo aumentou. Antes, carcaça e pé acumulavam no fim do dia. Hoje, são dois dos primeiros itens a sair das prateleiras. O que mais aumentou foi o filé de peito, que a gente vendia a R$ 12 e agora está R$ 18. A galinha inteira também, que era R$ 7 e agora é R$ 11. O fígado era R$ 7 e está por R$ 10. Os preços variam, mas nunca baixam. São desses aí que você está vendo, para pior”, relata.

A atendente diz que repassar os reajustes para o consumidor é uma “faca de dois gumes”. O preço da compra aumenta e implica no aumento do repasse, mas nem sempre é possível reajustar de acordo com o necessário, porque uma casa decimal a mais e a clientela já não é a mesma.

“Como comerciante, a gente sente bastante. Aqui no mercado a gente tinha o preço mais em conta. A gente já vendeu galinha inteira a R$ 6. Até os clientes antigos estão sentindo bastante, porque está muito apertado. Às vezes eles chegam aqui e ficam contando as moedas para comprar, às vezes nem levam a galinha inteira, levam pé, a carcaça, que são mais em conta”, continua.

Prejuízos

E o que acontece com o produto que não sai do balcão? De acordo com Jaqueline e Luane Barbosa, de 48 e 25 anos, a carne estraga ou é revendida em cortes, mas a certeza do prejuízo quase sempre existe. Mãe e filha são atendentes no box Rocha Aves, loja do Mercado de Afogados, no Recife. O negócio é de família e única fonte de renda da casa que possui quatro moradores — mãe, filha, o pai e um outro filho. Segundo a atendente mais nova, a maior impressão tem sido a da energia elétrica que, com sua taxação em pico no país, é inimiga dos dias menos produtivos no comércio.

“As mercadorias estragam, porque sobra muita coisa. O clima não ajuda, aí a carne esquenta e depois não presta mais. A gente tá correndo pra congelar um monte de coisas, mas com cortes. Cortamos pra conseguir vender. Não tem condições de guardar esse volume em freezer, a energia tá muito cara”, diz Luane. Assim como Sabrina, do Mercado de Cavaleiro, a mais nova da família dos Barbosa nota que partes menos valorizadas, como o pé de galinha, têm saído bem mais da prateleira, apesar do preço mais alto — antes, costumavam sobrar.

“A parte que está saindo mais é o pé. Mesmo ele estando com um valor maior — era R$ 2,50 a R$ 3, agora está por R$ 6, mas acho que os pedidos estão saindo menos no geral. Aqui a gente ainda consegue ter uma flexibilidade porque o preço é abaixo do mercado. Imagina para quem recebe uma renda mínima? Para comprar uma galinha inteira por R$ 30. Um assalariado vai poder comprar isso quantas vezes na semana? A pandemia impactou muito o pessoal. Antes o pessoal comprava carne defumada, que está custando em torno de R$ 35, hoje quase ninguém compra. Compram salsichão, compram asinha”, continua a mulher.

Quando é possível, ela e seus familiares separam o que sobra e está em bom estado, e destinam à população em necessidade. Segundo a mãe, Jaqueline, a quantidade de pessoas pedindo ajuda é algo jamais visto no mercado, que há décadas presencia cenas do tipo. Nem sempre quem pede faz parte da população de rua; a classe média em Pernambuco tem feito parte, como nunca, das concessões nos hábitos alimentares.

“Muitas pessoas aparecem pedindo, principalmente mãe e filho, pela manhã. Ficam mais de dez pessoas no balcão, quando encosta alguém pra comprar. Sempre tem alguém abordando, pedindo dorso, asinha (de frango), para levar pra mesa, dizendo que não tem o que comer. Aparecem senhoras pedindo para os netos que estão com dificuldade. Assim que abrem os portões, às cinco horas da manhã, já tem gente pedindo nos estabelecimentos. Isso já é antigo, mas com a pandemia, a dificuldade aumentou. Vem gente cedinho pegar os papelões e os plásticos que a gente descarta, pra vender. Vejo que aparecem pessoas no geral, com dificuldade, mas também aparecem pessoas de rua. Quando a gente se aproxima e vê, essas pessoas têm uma casa, tem uma vida, mas vêm realmente porque estão passando por dificuldades”, finaliza.

A carne se tornou um artigo de luxo no prato do brasileiro, que mudou os hábitos de consumo para não retirar de vez a proteína animal do prato. Pela alta procura de miúdos e ossadas, frigoríficos de Fortaleza, no Ceará, já comercializam ossos de primeira e de segunda. As informações são do Diário do Nordeste.

Usado como ingrediente para enriquecer o preparo de sopas e caldos, os ossos passaram a ser o produto principal das refeições. 

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A publicação observou que a distinção das opções de osso se dá pela quantidade de carne presente. Enquanto a de primeira varia em torno de R$ 9 o quilo, a de segunda é encontrada em média por R$ 5, na periferia. 

Além da nova especificação na hora da compra, os consumidores reclamam no custo das partes que antes eram vendidas por R$ 3 o quilo, ou eram doadas, quando não descartadas.

Os cortes traseiros bovinos já nem são tão vistos nas sacolas, enquanto os cortes dianteiros seguiram a disparada junto com o frango. Um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) aponta que 2020 foi ano que o brasileiro comeu menos carne desde 2008.

A disputa por miúdos, pés, asas, pescoço e até carcaças obriga os clientes a encomendar no dia anterior para garantir os produtos à mesa. Além de correr para embutidos como salsicha e mortadela, o estudo da Abiec também indica que o consumo de ovo atingiu o recorde dos últimos 10 anos com 251 unidades por pessoa.

O telejornal Bom Dia São Paulo da manhã desta quinta-feira (23) começou de maneira um pouco diferente - isso porque Rodrigo Bocardi recebeu um presentinho de ninguém menos que Ana Maria Braga: um prato de frango à Kiev, uma espécie de frango à milanesa com recheio de manteiga e ervas finas.

A situação aconteceu pois, na última quarta-feira (22), o apresentador decidiu chorar para a famosa cozinheira depois de uma chamada do Mais Você que exibia as atrações do programa dodia. Entre as receitas, estava o frango que leva o nome da capital da Ucrânia, alvo de elogios por parte do âncora.

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Ana Maria, é claro, ficou sabendo dessa história e prometeu, durante a exibição do Mais Você, que iria mandar o prato para que o colega provasse, uma vez que os dois trabalham nos Estúdios Globo localizados na cidade de São Paulo. O que poucos esperavam, talvez, é que Ana realmente fosse cumprir a promessa.

O apresentador foi abordado ao vivo por Maria, do programa culinário, que lhe entregou o prato durante o jornal: "Olha só, Maria! Chegou o frango à Kiev! Olha, quero um jaleco desse! Tô pidão, pedi frango e agora eu quero o jaleco. Frango à Kiev, vai sair manteiguinha de dentro? Não é que Ana Maria cumpriu a promessa? A Ana viu o vídeo e mandou o frango à Kiev aqui. Tô cuidando dele para assim que tiver a oportunidade provar e ver se a manteiguinha vai deslizar".

Bocardi, no entanto, não provou o quitute durante a transmissão do programa - mas, ao final do telejornal, exibiu um vídeo no qual aparece degustando a delícia aparentemente durante um dos intervalos da exibição, já que pouco depois ele corre de volta para o estúdio. Nas redes sociais, ele garantiu que o prato estava delicioso.

Um restaurante israelense perto de Tel Aviv serve frango fabricado em laboratório, apresentado como um produto orgânico que pode atender à crescente demanda por alimentos.

No andar térreo de um prédio despretensioso em Ness Ziona, no centro de Israel, o restaurante "El Pollo" serve hambúrgueres em um ambiente original, já que, do outro lado da elegante sala com luz filtrada, os consumidores veem, através de grandes janelas, o laboratório onde os técnicos trabalham atrás de grandes tanques de aço inoxidável.

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"É a primeira vez no mundo que você pode saborear carne cultivada em laboratório enquanto observa seu processo de produção", entusiasma-se Ido Savir, diretor da empresa SuperMeat.

Não há animais aqui. Em seu laboratório, células de ovos fertilizados são cultivadas em biorreatores, alimentados com líquidos vegetais ricos em proteínas, gorduras, açúcar, minerais e vitaminas.

Graças a esses fluidos nutritivos, as células se desenvolvem como o fariam no corpo do animal, transformando-se em tecido muscular e gordura.

Ao final do processo, o líquido é retirado do reator de onde é coletada a carne artificial.

"Delicioso", diz Gilly Kanfi, que se descreve como uma "carnívora". "Se eu não soubesse, pensaria que era um hambúrguer de frango como qualquer outro", explica esta mulher de Tel Aviv.

Kanfi reservou meses antes para ser cobaia neste restaurante que não faz seus clientes pagarem pela experiência culinária.

Em dezembro, o frango artificial foi servido em um restaurante de Singapura. E o primeiro bife in vitro feito de células-tronco de vaca por um cientista holandês da Universidade de Maastricht, Mark Post, foi apresentado em 2013.

Desde então, várias novas empresas foram criadas neste setor.

- Carne 'in vitro' é carne?

À frente do SuperMeat, o israelense Ido Savir, um cientista da computação vegano, se considera na "linha de frente de uma revolução alimentar", que visa produzir alimentos enquanto limita o impacto no meio ambiente.

A carne 'in vitro' é um setor que pode "aumentar a segurança alimentar mundial, com um processo sustentável, amigo dos animais e eficiente", segundo ele.

Permite "reduzir a quantidade de terra, água e muitos outros recursos usados" para a produção de carne, diz ele, já que a pecuária intensiva é fonte de metano, gás que favorece o efeito estufa.

No entanto, ainda há dúvidas sobre o real impacto ambiental da produção de carne de laboratório, em particular o seu consumo de energia e a sua segurança sanitária.

Ido Savir espera obter certificados que lhe permitam vender seu frango em Israel ou no exterior. Sua empresa é capaz de produzir centenas de quilos de carne por semana, explica à AFP.

Ter carne no prato sem se sentir culpado pelo bem-estar animal "é incrível", estima Annabelle Silver, que há anos não comia produtos derivados de carne.

"Um dos motivos pelos quais me tornei vegetariana é porque [a indústria da carne] é antiética, não é sustentável", explica ela.

Mas o frango 'in vitro' é carne? Os vegetarianos não são os únicos a levantar a questão em Israel, onde muitos habitantes seguem as regras do código alimentar do judaísmo.

O rabino Eliezer Simcha Weisz acredita que a produção de carne ecologicamente correta pode resolver alguns "problemas do mundo" e que o frango de laboratório poderá em breve obter certificação 'kosher'.

Como a maior parte dos itens da alimentação básica no Recife, a carne de frango passou por mais um aumento e chega aos 21% de alta no mês de outubro, segundo levantamento do Procon-PE para este mês. O item tornou-se o mais caro da cesta básica, que também não para de aumentar, chegando aos R$ 471,90 e com impacto de 45% sobre o salário mínimo. Consequentemente, comerciantes e consumidores da capital e região metropolitana já sentem o efeito desse aumento na carne branca, e a prospecção para a virada outubro-novembro é de um aumento iminente, ou mesmo de substituição nas refeições.

Para garantir a clientela, que ainda consegue se manter apesar da pandemia, os lojistas têm diminuído a própria margem de lucro para controlar o valor de saída aos consumidores. Contudo, com o lucro reduzido e ainda nenhuma previsão de baixa, a estimativa é de que o repasse já sofra aumento na entrada de novembro.

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O LeiaJá conversou com comerciantes e consumidores dos mercados públicos de Casa Amarela e Encruzilhada, ambos na Zona Norte do Recife, e dois dos mais populares da cidade.  No Mercado da Encruzilhada, “China”, 44, proprietário de um açougue homônimo há 15 anos, alerta que o aumento para o consumidor pode não esperar a virada para o mês de novembro. “O pessoal ainda tá levando mais frango, porque o frango é mais barato em relação às outras carnes. Ainda não aumentei o meu preço, mas se aumentar mais um pouco (com os fornecedores) vou ter que repassar mais alto. O preço de hoje pode não ser o mesmo de amanhã. Se hoje estou vendendo os cortes a R$ 12, mas no fim da tarde já compro mais caro, amanhã precisarei aumentar R$ 0,50 ou R$ 1. Depende do dia. O pessoal acha caro, mas eu não lucro nada, vou fazer como?”, questionou.

A queixa de China se repetiu entre todos os comerciantes ouvidos. Como o frango, as demais carnes têm saído por um preço mais alto, e a realidade do consumidor é escolher a opção menos cara. Taises Mirely, 27, é gerente de um frigorífico tradicional de Casa Amarela e reafirma os pontos dos colegas de profissão.

“A partir do momento que a gente compra já num valor alto, se não aumentar, como é que a gente vai tirar o lucro? Por enquanto, a gente tá tentando manter o nível para não perder clientes, e tá dando para fazer assim. O frango pode se tornar a carne mais cara daqui para o mês que vem. Mas tá variando bastante. Nosso quilo do peito de frango é R$ 10,99, mas teve uma cliente que chegou na semana passada falando que quase comprou a R$ 13,99, aqui perto. E dá até para entender o preço do concorrente”, explicou a gerente.

Para os comerciantes que trabalham exclusivamente com a carne de frango, a impressão é de que os aumentos são tão constantes que já não se sabe a causa exata. Do aumento da ração das casas de criação ao aumento do dólar e seu impacto geral, as respostas dos fornecedores se revezam, é o que explica Marcelo José, 42, balconista de uma granja de médio porte também em Casa Amarela.

Ele diz que a empresa consegue manter o preço da maior parte dos alimentos, pois tem algumas coisas “ao próprio favor”, mas que “para quem paga aluguel ou só pode comprar em pouca quantidade, não dá para segurar em um valor muito baixo. O nosso frango natural, por enquanto, segue a R$ 10,90, o mesmo preço do mês passado. E conseguimos segurar, mesmo depois de dois aumentos, mas esperamos uma redução, ou não vai dar para segurar pro cliente”. 

Márcia Silva, dona de casa, 47, é uma das consumidoras que já não conseguem mais acompanhar o preço atual do frango. “Estou comprando agora, depois de umas três semanas sem comprar frango, e isso porque aqui foi um dos lugares mais baratos que encontrei. Não está dando, e tenho comprado carne de segunda, carne dessas de lata. Também substituo o frango por hambúrguer, que compro a menos de R$ 1, ovos, salsicha, qualquer opção mais barata”, disse, enquanto finalizava as compras em um dos estabelecimentos visitados.

O LeiaJá também ouviu Arthur Gonçalves, 28, que é proprietário de um restaurante no Mercado Público de Casa Amarela. Ele relata estar fazendo aumentos consecutivos em seus pratos. “Sei que precisei aumentar os pratos de um em um real. Com um frango caro, arroz caro e até um óleo a R$ 8, precisei subir o preço dos pratos. Mesmo assim, a margem de lucro só faz diminuir. Durante a pandemia eu fechei, retornei há pouco tempo. Não sei se vale a pena o trabalho, nem manter aberto”, explicou.

De R$ 12, o prato do restaurante de Arthur agora é vendido por R$ 15. Além do seu estabelecimento, outros dois restaurantes do local também fecharam as portas por aproximadamente seis meses durante a pandemia.

Em todos os estabelecimentos que trabalham com a carne de frango, nos dois mercados visitados, o preço do frango natural varia entre R$ 10,99 e R$ 13 o quilo. Para os cortes, o preço vai de R$ 10 a R$ 11,99. Já para o peito de frango, o menor preço foi R$ 10,99 e o maior, R$ 11,99, apresentando a menor variação.

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As Filipinas proibiriam temporariamente a partir desta sexta-feira (14) as importações de carne de frango do Brasil por medo do novo coronavírus.

A medida ocorre um dia depois que autoridades da cidade de Shenzhen, na China, alegaram ter encontrado traços do novo coronavírus em carregamentos de alimentos congelados importados do Brasil.

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"Com os relatórios recentes da China e em conformidade com a Lei de Segurança Alimentar do país para regulamentar os operadores de empresas de alimentos e proteger os consumidores filipinos, é imposta a proibição temporária da importação de carne de frango", disse o Departamento de Agricultura das Filipinas em um comunicado, citado pela agência Reuters.

O órgão não especificou, no entanto, quanto tempo a proibição seria aplicada. O Brasil responde por cerca de 20% das importações do produto das Filipinas.

Na quinta-feira (13) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disse que está buscando esclarecimentos das autoridades chinesas.

As Filipinas disseram que os produtos de frango que estão atualmente no mercado são seguros para o consumo.

Da Sputnik Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu nesta quinta-feira (13) que não é possível uma transmissão do novo coronavírus através de comida, depois que a China descobriu partículas da COVID-19 em alimentos importados.

"Não acreditamos que o coronavírus possa ser transmitido através de alimentos. Se entendemos bem, a China encontrou o vírus nas embalagens, testou com centenas de milhares e encontrou em algumas, menos de dez deram positivo", explicou a cientista Maria Van Kerkhove, responsável da unidade de enfermidades emergentes da OMS.

Porém, "sabemos que pode permanecer na superfície durante um tempo" e "temos dados indicativos, através da FAO (a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação)"para que os trabalhadores do setor alimentício se encontrem em segurança no ambiente de trabalho", afirmou Van Kerkhove.

As autoridades chinesas anunciaram também nesta quinta-feira terem encontrado partículas do vírus durante um controle rotineiro em asas de frango congeladas vindas do Brasil e embalagens de camarão importadas do Equador.

"Nossa alimentação em relação à COVID é segura", defendeu Michael Ryan, diretor de situações de emergência sanitária da OMS, que afirmou que "não há nenhuma prova de que os alimentos ou as cadeias alimentárias participem da transmissão do vírus".

"Não devem exagerar nesse tipo de informação", garantiu Ryan. "A gente já tem medo suficiente da pandemia", completou.

As autoridades chinesas anunciaram nesta quinta-feira (13) que detectaram o coronavírus responsável pela Covid-19 em um controle de rotina de frango importado do Brasil, o maior produtor mundial, e pela segunda vez em camarões procedentes do Equador.

O vírus estava presente em mostras coletadas na terça-feira (11) de asas de frango congeladas brasileiras, informou em um comunicado a prefeitura de Shenzhen (sul), perto de Hong Kong.

As autoridades informaram que submeteram imediatamente a exames de diagnóstico as pessoas que tiveram contato com os produtos contaminados, assim como seus parentes. Todos os testes apresentaram resultado negativo, segundo o comunicado.

A contaminação de frango brasileiro pode provocar uma nova queda das exportações brasileiras para a China.

Em fevereiro de 2019, Pequim passou a aplicar por cinco anos tarifas antidumping ao frango brasileiro, que vão de 17,8% a 32,4%.

O Brasil, maior produtor mundial de carne de frango, era até 2017 o principal fornecedor de frango congelado para a China, por um valor que se aproximava de um bilhão de dólares por ano e um volume que representava quase 85% das importações do gigante asiático.

Mas nos últimos anos o país perdeu parte do mercado para Tailândia, Argentina e Chile, de acordo com a consultoria especializada Zhiyan.

- Pacotes de camarões contaminados -

Além disso, na província de Anhui (leste) a prefeitura da cidade de Wuhu anunciou que detectou a presença do coronavírus em embalagens de camarões procedentes do Equador. Os pacotes estavam conservados no congelador de um restaurante da cidade.

Esta é a segunda vez desde o início de julho que a China informa a presença do vírus em pacotes de camarões equatorianos.

No dia 10 de julho, a Administração da Alfândega da China fez testes com mostras de um contêiner e com pacotes de camarões brancos do Pacífico que apresentaram resultados positivos para o novo coronavírus. As avaliações aconteceram nos porto de Dalian (nordeste) e Xiamen (leste).

De acordo com os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Equador produziu em 2018 quase 500.000 toneladas de camarões e 98.000 foram importadas à China, um mercado em plena expansão - um ano antes as exportações alcançaram apenas 16.000 toneladas.

Em junho, o grande mercado atacadista de Xinfadi, em Pequim, foi fechado após a detecção de um foco epidêmico que afetou centenas de pessoas. Restos de vírus foram detectados em uma tábua de corte de salmão importado.

A China, onde o coronavírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019, controlou em grande medida a epidemia, segundo os dados oficiais. Nesta quinta-feira, o país anunciou um balanço diário de 19 contágios. A última morte provocada pelo vírus aconteceu em maio.

O Brasil é o segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás dos Estados Unidos, com mais de 104.000 mortes e 3,16 milhões de casos.

O Equador tem um balanço de quase 6.000 vítimas fatais e mais de 97.000 casos confirmados.

As autoridades chinesas anunciaram na quarta-feira que uma mulher de 68 anos foi internada na província de Hubei (centro), onde a Covid-19 foi detectada pela primeira vez, apesar de ter sido considerada curada no início do ano.

A Covid-19 é uma doença respiratória e, até o momento, nada indica que pode ser transmitida por meio da ingestão de produtos contaminados.

Focos de contágio foram registrados em matadouros de vários países, como Alemanha, França, Estados Unidos ou Bélgica.

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O aumento do preço da carne pôs em risco o churrasco de fim de ano. Enquanto lojistas lamentam a alta e tentam fechar as vendas através de promoções, consumidores apostam na substituição de cortes e proteínas para que a grelha continue movimentada. O LeiaJá visitou açougues, ouviu vendedores e consumidores, e traz algumas dicas que podem te ajudar a manter a tradição do churrasco nas festividades de fim de ano.

O aumento das exportações de proteína animal para o mercado chinês é o motivo da insatisfação dos consumidores. "Tá um absurdo", reclama a auxiliar de cozinha Flávia dos Santos. Para ela, a famosa picanha "é uma carne que tem nome, mas também tem muitas outras boas, é só a pessoas pesquisar".

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Amaciar a carne para amaciar o bolso

Acompanhada da amiga de trabalho Priscila Moura, elas sugerem deixar as peças nobres de lado e apostar em cortes como bananinha e alcatra; encontradas no Mercado Público de Afogados, na Zona Oeste do Recife, por R$ 25 o quilo. Outra opção é comprar carnes 'mais duras' e amaciá-las com bebidas alcoólicas, frutas cítricas ou com o próprio amaciante específico.

O açougueiro Fábio Batista, que trabalha há 30 anos com bovinos, apoia as dicas das clientes. Ele afirma que o jeito é propor descontos para fechar as negociações e atrair os consumidores. "Meus clientes são antigos e quando eles pedem [desconto], a gente tem que 'ajeitar', né?", conta. Em seu frigorífico, a costela é vendida por R$ 15; já o preço da chã de dentro gira em torno de R$ 25.

“Eu garanto o churrasco”

"Eles sempre 'choram' um pouquinho e a gente sempre abate uma coisinha", reforça a dona do box frontal. Com uma maior demanda, dona Mirian Ferreira comemora: "a procura tá maravilhosa [...] Tá muito bom, não esperava ser tão bom como está". A explicação é pelo fato do seu comércio 'mexer' apenas com porco e bode, proteínas que serviram como uma fuga para o bolso da clientela. "Eu garanto o churrasco deles", assevera. Ela explica que o quilo do pernil e das costeletas dos animais de menor porte variam entre R$ 15 e R$ 20. 

Contudo, o sorriso no rosto de Cícera Leocardo era nítido. A vendedora de frango e linguiças destacou que "em comparação à carne [bovina], o frango tá melhor pra vender". Entre um atendimento e outro, ela destaca que a procura aumentou e o lucro do período deve atingir sua expectativa. Os itens com mais saída são a coxa -R$8-, a asinha -R$13-, o coração - R$20- e a toscana, que independente do tipo de carne, é vendida por R$ 14 o quilo. Vale lembrar que até a linguiça pode dar vez ao salsichão, com o pacote com 10 unidades vendido a R$ 10.

O mecânico João Barbosa compactua com a troca do boi pelo frango. "O plano B é correr para uma coisa alternativa. Eu mesmo tô levando o frango, no caso a coxa e a sobrecoxa", relatou. Diante do 'Réveillon da substituição', também é interessante se restringir à variedade de cortes e apostar em outros elementos que podem compor o churrasco. Além do vinagrete e da farofa, o pão de alho, a cebola e o abacaxi são um atrativo para satisfazer toda a família. 

Como tentativa de driblar o aumento do preço da carne bovina, os brasileiros voltaram as atenções para os cortes de frango e porco. No entanto, a intensificação de exportações para o Oriente, sobretudo a China, também aumentou o valor das carnes tidas como alternativa. A expectativa da indústria é que os preços não retornem aos praticados no ano passado.

"Vai ser uma pressão [no preço] bem forte agora, nos períodos de festa de fim de ano, quando as pessoas consomem mais, compram mais para seus churrascos, suas festas, mas ela continua pelo menos até a metade do ano que vem", projeta o diretor-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) em entrevista ao Uol.

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Para Ricardo Santin, o primeiro semestre de 2020 também será de alta. Ele reforçou o entendimento da ministra da Agricultura Tereza Cristina, que havia afirmado que o preço da carne bovina não retornaria ao nível anterior por conta da falta de reajuste nos últimos três anos.

Um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da USP comparou a variação entre outubro e novembro. Em São Paulo, o preço do boi gordo teve um aumento médio de 35,5%; seguido pelo frango congelado com 17,8%, e pelo porco, que alcançou 13,3%.

O efeito do preço da carne vermelha, que subiu mais de 35% em um mês em São Paulo, no valor da carne de frango e do peixe, está sendo analisado de perto pelo governo. A avaliação é de que a inflação de outras carnes seria um movimento natural de livre mercado, ou seja, com o aumento da procura por frango e também por peixe, é de se esperar que haja reajuste nos preços desses itens, principalmente nesta época de fim de ano.

No Ministério da Agricultura, a análise é de que o preço da carne vermelha deverá se estabilizar em um patamar de preços influenciado diretamente pelo custo internacional da proteína. Hoje, o preço da arroba do boi gordo - o equivalente a 15 quilos de carne - oscila entre US$ 40 e US$ 50. Se considerada a cotação desta sexta-feira, 29, com o dólar a R$ 4,23, chega a um preço de até R$ 201 pela arroba do boi.

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Nesta semana, em São Paulo, a arroba, que era vendida até o mês passado por R$ 140, em média, chegou a ser negociada por R$ 231 (algo em torno de US$ 54). Isso leva o governo a crer que haverá, depois da "euforia" com as importações chinesas, uma "acomodação" do preço no mercado nacional, mas sem retornar ao patamar anterior.

Na quinta-feira, 28, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que, além do efeito das exportações, é preciso considerar fatores internos, como o preço nacional cobrado pelo pecuarista, que estava sem reajuste há três anos, além da seca prolongada, que mexeu com a produção do boi gordo. "Sabemos que essa situação decorre de uma conjuntura de fatores. Agora, a arroba não vai baixar mais ao patamar que estava", disse.

Frango

A ministra ainda brincou com repórteres quando foi questionada se estava consumindo carne vermelha, Tereza Cristina respondeu: "Estou comendo frango. Agora, é só frango".

O mercado chinês tem apresentado uma variação brusca de preços. A tonelada da carne, que estava sendo exportada ao país asiático pelo preço médio de R$ 7 mil, já é negociada em R$ 6 mil.

O governo refuta qualquer risco de desabastecimento de carne no mercado nacional. O País tem hoje um rebanho de 215 milhões de cabeças de gado, ou seja, há mais bois no pasto que cidadãos no Brasil.

Na avaliação de economistas, a alta não só da carne bovina como de outras mercadorias agrícolas - como feijão (de 38,1%, no atacado, até a metade de novembro), café (5,6%) e frango (3,2%) - deve colaborar para uma aceleração da inflação nos próximos meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Cerca de 28 toneladas de carne de frango roubadas foram recuperadas nesta sexta-feira (27), no quilômetro 90 da BR 408, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife. Durante a restituição da carga avaliada em R$ 177 mil, três homens foram presos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) abordou um caminhão e constatou a presença de um bloqueador de rastreamento no veículo. Ao ser questionado sobre o dispositivo, o condutor tentou fugir, mas foi detido, junto com um passageiro.

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Ele confessou que o caminhão foi roubado nessa quinta-feira (26) e que a mercadoria havia sido descarregada em um depósito localizado em Cajueiro Seco, no município de Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife.

No local, foi encontrada a câmara frigorífica que estocava o material roubado e outros produtos sem nota fiscal. No decorrer da operação, as autoridades descobriram que o dono do depósito também é proprietário de um mercadinho.

Os agentes foram ao endereço e prenderam o proprietário. O trio foi encaminhado à Delegacia da Polícia Civil de Roubos e Furtos de Cargas de Pernambuco, onde ficaram à disposição da Justiça. O dono da carga roubada compareceu à delegacia para pegar a mercadoria. 

Acompanhe

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A carne de frango brasileira que é rejeitada no Reino Unido por contaminação pela bactéria salmonela volta ao Brasil e é revendida no mercado nacional. A prática foi descoberta por meio de uma investigação conduzida pela Repórter Brasil em parceria com o jornal britânico The Guardian e o Bureau of Investigative Journalism, que comprovou que, entre abril de 2017 e novembro de 2018, mais de 1 milhão de aves congeladas (ou 1.400 toneladas) foram vetadas nos portos do Reino Unido por não atenderem aos padrões sanitários europeus – mais rigorosos do que os verificados por aqui. 

Mesmo após Operação Carne Fraca, que apontou problemas no controle de qualidade da carne brasileira em 2017, portos europeus continuam rejeitando entrada de contêineres brasileiros com produtos contaminados. Carne volta ao Brasil, é processada e chega às prateleiras dos supermercados.

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O retorno ao Brasil dos contêineres com produtos contaminados foi comprovado por documentos internos obtidos junto à agência britânica de padrões alimentares (Food Standards Agency). Além de confirmarem a volta desse frango contaminado ao Brasil, o Ministério da Agricultura e a a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) esclareceram o que acontece com essa carne quando volta ao país.

No mercado brasileiro, o produto vetado pode seguir dois caminhos, a depender do tipo de salmonela presente. Se forem bactérias com risco potencial à saúde humana – o que acontece em menos de 1% dos casos, segundo o ministério –, o frango contaminado é cozido, e a carne é processada em subprodutos, como nuggets, salsichas, linguiças e mortadelas de frango. Já se a contaminação for por bactérias que, de acordo com os padrões brasileiros, não apresentam riscos à saúde, o produto “in natura” é colocado no mercado interno e chega aos açougues e supermercados. 

O cozimento ou a fritura da carne contaminada elimina o risco à saúde, já que mata os micro-organismos, de acordo com a diretora do Departamento de Inspeção dos Produtos de Origem Animal (DIPOA), do Ministério da Agricultura, Ana Lucia Viana. Existem cerca de 2.600 tipos de salmonela, mas não são todos que causam infecções alimentares em humanos – há dois tipos, porém, que podem levar à morte. 

‘Desrespeito aos brasileiros’

A ABPA, que representa os grandes fabricantes de proteína animal do Brasil, afirma que “as cargas que não atendem aos critérios estabelecidos pela União Europeia são devolvidas e submetidas a tratamento que garante a segurança da carne para processamento”. 

Associações de consumidores, no entanto, criticam o retorno dos lotes contaminados ao Brasil. “Esse tipo de prática é um grande desrespeito aos consumidores brasileiros, que são expostos no mercado a produtos de pior qualidade por conta do menor nível de exigência sanitária no país. Isso pode trazer consequências negativas à saúde da população”, afirma a nutricionista Ana Paula Bortoletto, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

No Brasil, testes realizados pelo Ministério da Agricultura mostram que cerca de 18% da carne de frango apresentam algum tipo de contaminação por salmonela – o que está dentro dos limites legais, já que a regulamentação brasileira tolera até 20% de contaminação. Na Europa, o percentual de aves contaminadas é de apenas 3,3% , segundo o órgão europeu responsável por segurança alimentar, o EFSA (European Food Safety Authority).

“A Europa está um passo à nossa frente nesse controle. Então quem quiser acessar esse mercado, tem que atender às regras dele”, diz a diretora do Departamento de Inspeção dos Produtos de Origem Animal (DIPOA) do Ministério da Agricultura, Ana Lucia Viana.

Em 2017, o controle sanitário da carne no Brasil foi colocado em xeque por revelações feitas pela Operação Carne Fraca, que em 2017 apontou falhas na fiscalização federal de frigoríficos. A ação identificou um esquema de pagamento de propinas a servidores do Ministério da Agricultura para autorizar a venda de produtos fora do padrão de qualidade. No ano seguinte, a terceira fase da operação mostrou que testes em laboratório eram fraudados para omitir justamente a presença de salmonela nos produtos destinados à Europa. 

Como resposta, os europeus embargaram a compra de 20 frigoríficos de frango, afetando principalmente plantas da BRF. Porém, mesmo após o escândalo, a investigação conjunta revela que a fiscalização nos portos britânicos continua flagrando carne de frango produzida no Brasil contaminada por salmonela. Os documentos recebidos pela reportagem mostram que o frango brasileiro contaminado também foi exportado para outros países da Europa, como Holanda, França, Alemanha, Espanha, Itália e Bélgica.

Até 2017, não existiam normas brasileiras regulamentando o que fazer com a carne rejeitada na Europa e despachada de volta ao Brasil – a decisão do que fazer com esses contêineres cabia então às empresas donas das cargas. Após o escândalo provocado pela Carne Fraca, o Ministério da Agricultura editou uma norma dando aos fiscais agropecuários a palavra final sobre o processamento da carne quando ela é vetada no exterior e volta ao Brasil. 

Antes da Carne Fraca, em 2016, o governo estabeleceu normas para controlar a salmonela nas granjas – ampliando assim a fiscalização, que antes estava concentrada somente nos frigoríficos. Apesar dessas novas regras, os índices de contaminação no Brasil continuam nos mesmos patamares, já que o percentual de contaminação de 18% continuou estável entre 2014 e 2017 – último ano com resultados disponíveis.

Recalls de carne contaminada também continuam ocorrendo no mercado interno, como aconteceu em fevereiro deste ano, quando a BRF recolheu 460 toneladas de carne de frango de uma de suas marcas, a Perdigão, por risco de estarem contaminadas por salmonela, produzida por uma unidade sua no Mato Grosso do Sul.

Um dos problemas no controle de qualidade feito no Brasil é o baixo número de fiscais, de acordo com Rudmar Pereira dos Santos, presidente da Associação de Fiscais Agropecuários do Paraná (Afisa).”Não há servidores suficientes para a fiscalização e, por isso, não há garantias de que as recomendações sanitárias sejam adotadas”, afirma. Segundo ele, as granjas paranaenses continuam “cheias de salmonela”. O Paraná foi o Estado mais afetado pelo embargo europeu aos frigoríficos brasileiros. 

Os documentos obtidos pela reportagem mostram que uma parte do frango brasileiro vetado nos portos britânicos foi exportada pelas duas maiores empresas brasileiras do setor: a JBS, dona da Friboi e da Seara, e a BRF, proprietária das marcas Sadia e Perdigão. 

As empresas negam falhas nos procedimentos sanitários e em seus padrões de qualidade. Em relação aos produtos enviados para a Europa, a JBS informou, em nota, que segue todos os procedimentos determinados pela legislação e pelos órgãos reguladores. “Não há registro de ocorrências reportadas por consumidores em seus diferentes mercados, nacional ou internacional, o que reitera a conformidade dos processos adotados pela empresa e a segurança dos seus produtos.”, afirma a maior produtora de proteína animal do mundo. 

Já a BRF afirmou, por meio de um comunicado, que “cumpre as normas e exigências de qualidade estabelecidas na legislação brasileira e as determinações do MAPA, e baseia sua atuação nos compromissos de segurança, qualidade e integridade”.

Foto: Arquivo/Agência Brasil

Guerra comercial?

As exportações de carne de frango para a União Europeia caíram 18% entre 2016 e 2018, justamente por conta das revelações feitas pela Operação Carne Fraca. A comercialização de carne de frango movimenta anualmente R$ 50 bilhões no Brasil, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),  e emprega 3,5 milhões de trabalhadores direta e indiretamente.

O embargo europeu foi interpretado pelas empresas e autoridades brasileiras como uma “guerra comercial” contra o frango nacional. O caso, no entanto, revela profundas diferenças sanitárias nas políticas de controle da salmonela na Europa e no Brasil. 

A União Europeia deu início há 15 anos a um programa de controle de salmonela em aves de criação e nas destinadas para o abate. Com um rigoroso padrão de monitoramento da granja aos supermercados, as taxas de infecção no continente caíram de 23%, em 2006, para os  atuais 3,3%. O número de pessoas infectadas pela salmonela caiu de quase 200 mil para 91 mil no mesmo período na Europa. No ano passado, 156 pessoas morreram no continente após serem infectadas por salmonela.

Já no Brasil, é impossível de saber precisamente quantas pessoas morreram ou foram infectadas. Isso porque a notificação de casos de salmonela por parte das unidades de saúde pública não é obrigatória.    

Por esse motivo, o número do Ministério da Saúde sobre internações em decorrência de intoxicação por salmonela – 2.569 casos em 2018, o equivalente a sete por dia – pode ser muito maior. “A salmonela é sempre uma preocupação. Se é maior ou menor agora, não sabemos, porque não temos dados confiáveis”, diz a especialista em segurança alimentar Bernadette de Melo Franco, da Universidade de São Paulo (USP).

Por Diego Junqueira e André Campos, da Repórter Brasil, e Andrew Wasley e Alexandra Heal, do Bureau of Investigative Journalism

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) deteve um grupo de nove homens e um adolescente envolvidos em uma tentativa de saque de carga na noite dessa segunda (27) em Cantagalo, na região centro-sul do Paraná.

O grupo preso tinha a intenção de saquear uma carga de 27 toneladas de frango congelado, transportada por uma carreta que havia tombado por volta de 13 horas, no quilômetro 426 da rodovia. No acidente, o motorista sofreu lesões leves.

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Avaliada em R$ 555 mil, a carga saiu de Cascavel e tinha como destino Paranaguá.

No começo da noite, cerca de 200 pessoas que se aglomeravam nas imediações do acidente passaram a ameaçar e investir contra os policiais. Várias pedras foram arremessadas, a partir de uma área de mata, às margens da BR-277.

Viaturas e alguns policiais foram atingidos. Para conter o ataque e dispersar os agressores, os agentes efetuaram disparos de arma de fogo. Não houve feridos.

Na sequência, nove homens, com idades entre 18 e 39 anos, e um adolescente de 17 anos foram detidos em flagrante, pelos crimes de tentativa de furto, ameaça, desobediência, dano simples e tentativa de lesão corporal.

A ação teve o apoio de equipes das polícias Militar e Civil, além de vigilantes contratados pela empresa seguradora da carga. As equipes encaminharam os dez detidos para a Delegacia da Polícia Civil em Laranjeiras do Sul.

Da Agência PRF

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou nesta terça-feira, 22, que apenas 25 plantas frigoríficas continuam autorizadas a exportar carne de frango para a Arábia Saudita, de um total de 58 plantas habilitadas. Em nota, a entidade informou que as empresas autorizadas constam de uma lista divulgada pelos sauditas. "As razões informadas para a não-autorização das demais plantas habilitadas decorrem de critérios técnicos", acrescentou a ABPA. Até o momento, planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações, disse a associação.

A ABPA também afirma que está em contato com o governo brasileiro para que, em tratativa com o reino da Arábia Saudita, sejam solucionados os eventuais questionamentos e incluídas as demais plantas. Durante a manhã, o presidente da associação, Francisco Turra, participou de reunião no Ministério da Agricultura, em Brasília.

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A rede de alimentos BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou nesta quarta-feira (19) que fez um acordo para vender a Avex - uma das líderes na produção de frango e margarina na Argentina - por US$ 50 milhões às empresas Granja Tres Arroyos e Fribel S.A. Com isso, a companhia espera levantar R$ 5 bilhões com vendas de ativos até o final deste ano.

A BRF informou ainda que concluiu a montagem de um fundo de investimentos em direitos creditórios, conseguido por meio de uma distribuição inicial de R$ 875 milhões em cotas. O fundo serve para adquirir direitos originados de operações comerciais realizadas com clientes no Brasil.

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Da meta de reestruturação de R$ 5 bilhões, a rede de alimentos já arrecadou cerca de R$ 1,9 bilhão. No início de dezembro, a BRF também vendeu R$ 822 milhões em ativos, incluindo a argentina Quickfood para a marca brasileira Marfrig.

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