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Respirar ar poluído por um longo período aumenta o risco de depressão, apontam dois novos estudos, que se somam às evidências crescentes de um efeito prejudicial da poluição na saúde mental.

A primeira pesquisa, publicada na semana passada na revista Jama Psychiatry, acompanhou cerca de 390.000 pessoas por 11 anos no Reino Unido. Os níveis de poluição a que foram expostas foram estimados segundo a localização de seu domicílio.

Os pesquisadores estudaram as taxas de partículas finas (PM2,5 e PM10), dióxido de nitrogênio (NO2) e óxido nítrico (NO), poluição causada em parte por centrais de combustíveis fósseis e pelo tráfego de veículos. “A exposição a longo prazo a múltiplos contaminantes foi associada a um risco maior de depressão e ansiedade", concluíram os cientistas.

O risco observado é não linear, ou seja, cresce fortemente acima de um nível de concentração relativamente baixo e tende a estagnar depois. “Sabendo que as normas de qualidade do ar de muitos países ainda excedem amplamente as recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2021, deveriam ser estabelecidas normas ou regulações de poluição mais estritas”, destacaram os autores do estudo.

O segundo estudo, publicado nesta sexta-feira na Jama Network Open, concentrou-se no efeito de partículas finas (PM2,5), dióxido de nitrogênio (NO2) e ozônio (O3) em pessoas com mais de 64 anos. O objetivo era estudar as consequências da poluição atmosférica no desenvolvimento de uma depressão tardia.

Esses trabalhos usaram uma base de dados do Medicare, seguro de saúde pública reservado aos idosos nos Estados Unidos, e estudaram uma população de 8,9 milhões de pessoas, das quais 1,5 milhão sofrem de depressão.

“Observamos associações nocivas estatisticamente significativas entre a exposição a longo prazo a níveis elevados de poluição atmosférica e o aumento do risco de diagnóstico de depressão no fim da vida”, apontaram os pesquisadores. “Indivíduos desfavorecidos socioeconomicamente apresentaram um risco muito maior de depressão na velhice neste estudo”, ressaltaram. “Eles estão expostos tanto ao estresse social quanto às más condições ambientais, incluindo a poluição atmosférica.”

A associação entre poluição e depressão poderia ser explicada pela relação observada entre altas concentrações de poluentes e inflamações cerebrais, segundo os dois estudos. Esses trabalhos "se somam aos elementos cada vez mais numerosos que mostram que deveríamos nos preocupar com os efeitos da poluição na saúde mental", observou Oliver Robinson, professor de neurociências e saúde mental da University College London, que não participou das pesquisas.

O Google Maps lançou um novo recurso que permite que os usuários verifiquem a qualidade do ar da sua região e em possíveis destinos. Inicialmente, essa atualização foi liberada apenas para os Estados Unidos, Índia e Austrália.

O Índice de Qualidade do Ar (AQI na sigla em inglês) deve oferecer uma medida confiável de quão saudável ou poluído está o ar. Informações sobre o tempo, dicas de atividades para praticar ao ar livre acompanharão o novo recurso.

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Segundo o Tecmundo, para conferir o AQI, o usuário deve tocar no ícone camadas do Google Maps e selecionar a qualidade do ar. As estações de monitoramento da qualidade do ar mais próximas irão aparecer como pequenas bolhas, mostrando pontos coloridos que irão indicar a qualidade do ar conforme uma escala definida pelo aplicativo.

As estações de monitoramento do AQI utilizadas pelo Google pertencem aos órgãos regulatórios governamentais ou parceiros não governamentais.

O governo de Nova Délhi decretou o fechamento das escolas até nova ordem, pediu aos moradores que optem pelo teletrabalho e proibiu o acesso dos caminhões de mercadorias não essenciais à cidade, com o objetivo de conter os perigosos níveis de poluição na capital da Índia.

A cidade de 20 milhões de habitantes, uma das mais poluídas do mundo, é afetada a cada inverno (hemisfério norte) por uma densa camada de névoa tóxica.

No sábado, as autoridades de Nova Délhi anunciaram o fechamento das escolas durante uma semana e paralisaram as obras do setor de construção durante quatro dias.

Mas um decreto de terça-feira à noite da Comissão de Gestão da Qualidade do Ar determina que o fechamento das escolas prosseguirá até nova ordem.

O organismo também proibiu a entrada de caminhões não essenciais na cidade até 21 de novembro, a interrupção das operações de seis das 11 usinas térmicas em um raio de 300 quilômetros e impôs o teletrabalho para 50% dos funcionários públicos, com a recomendação para que as empresas privadas sigam o exemplo.

A ordem foi anunciada poucos dias depois de o governo de Délhi ter rejeitado um pedido da Suprema Corte da Índia para a declaração, pela primeira vez, de um "confinamento por poluição", que restringiria os deslocamentos da população.

Esta semana, o nível de poluição por partículas PM 2,5, as mais prejudiciais e responsáveis por doenças crônicas dos pulmões e coração, superou concentrações de 400 microgramas por metro cúbico em diversas partes da cidade.

Na semana passada, o nível chegou a 500, o que representa 30 vezes mais que o limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Um estudo publicado na revista The Lancet em 2020 afirma que pelo menos 17.500 pessoas morreram em Nova Délhi em 2019 devido à poluição do ar.

Um relatório publicado em 2020 pela organização suíça IQAir informa que 22 das 30 cidades mais contaminadas do mundo ficam na Índia. E Nova Délhi é a capital mais poluída do planeta

Cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) estão trabalhando em um projeto, com o objetivo de desenvolver equipamento de baixo custo, capaz de medir em tempo real a carga do novo coronavírus presente no ar, em diferentes ambientes. A iniciativa envolve dez pesquisadores, incluindo professores e alunos de pós-doutorado, mestrado e graduação. De acordo com Heitor Evangelista, que coordena a equipe, o monitoramento de microorganismos e partículas presentes no ar já é realizado com sucesso para diferentes finalidades.

"Ninguém começou a fazer isso agora. Mas a maioria dos equipamentos disponíveis no mercado não é apropriada para vírus. São mais apropriados, por exemplo, para bactérias, fungos e pólen. No caso do novo coronavírus, estamos falando de um vírus de RNA, muito suscetível às condições ambientais. Para coletar ambientalmente, e levá-lo em boas condições de análise até o laboratório, é preciso um equipamento que possa eliminar as interferências ambientais. Ele deve ser armazenado em baixa temperatura, na ausência de luz. São várias condições, essenciais para manter o vírus viável e assim evitar falsos negativos", explica o cientista.

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Em um ano e meio de trabalho, a equipe já desenvolveu dois equipamentos: o CoronaTrack e o CoronaTrap. Por enquanto, as análises ainda não ocorrem em tempo real. Uma vez capturadas, as amostras de aerossóis presentes precisam ser encaminhadas até um laboratório. Segundo Heitor Evangelista, os resultados ficam prontos em 24 horas.

"Temos observado, na prática, aquilo de que teoricamente se fala há muito tempo. Os ambientes internos oferecem maior risco que os ambientes externos", observa o pesquisador.

O CoronaTrack foi testado em lugares variados como praias, feiras públicas, restaurantes e na estação Central do Brasil. O CoronaTrap, desenvolvido mais recentemente, será usado durante as próximas semanas nas escolas públicas que retomaram as aulas.

A vantagem desse segundo equipamento é não precisar mais ser movimentado pelo ambiente, além de ter capacidade para monitorar uma área com maior abrangência. O coronavírus é capturado e armazenado em uma câmara escura climatizada, que o mantém sem contato direto com a luz e evita sua deterioração em função da temperatura, da radiação solar ou da umidade do ar.

A equipe já fez pedido de depósito de patente para o CoronaTrack e planeja, em breve, fazer o mesmo para o CoronaTrap.

A pesquisa vem sendo conduzida no Laboratório de Radioecologia e Mudanças Globais (Laramg) da Uerj e é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), vinculada ao governo fluminense, que atua no fomento à ciência, à tecnologia e à inovação. Também já contou com apoio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com os dados levantados no relatório anual do Energy Policy Institute da Universidade de Chicago (EPIC), a poluição que circula no ar já pode ser considerada mais letal que o fumo. Eventos como os incêndios na Amazônia são tidos como agravantes para a má qualidade do ar do Brasil, e assim, levanta-se o questionamento sobre o que é possível fazer para evitar que a poluição continue afetando a saúde de milhões de pessoas.

De acordo com a médica otorrinolaringologista Milena Costa, a qualidade do ar que respiramos está diretamente relacionada à saúde respiratória e bem estar, e o excesso de poluentes funcionam como uma espécie de agressor às células presentes em todo o aparelho respiratório, desde o nariz até os pulmões. “Sendo assim, é muito importante evitarmos a exposição a esses poluentes de forma prolongada, assim como lançarmos mão de uma limpeza da mucosa nasal com soluções fisiológicas para lubrificação e higiene respiratória”, orienta a médica.

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Além de todo o sistema respiratório que pode ficar comprometido no contato com a poluição, Milena explica que a pele e os olhos também podem ser prejudicados nesse processo. Assim, é possível projetar que o contato com a má qualidade no ar pode estar associado a um mal funcionamento crônico, semelhante ao tabagismo, que pode resultar em lesões na pele por agressão prolongada de raios UV, além de outras lesões indesejadas dentro do sistema respiratório.

Políticas Públicas

Como medida de segurança pública que pode ser adotada, a especialista cita que deve haver um maior rigor nos controles de emissão de gás carbônico pelas indústrias e automóveis, principalmente em áreas urbanas. Além disso, uma melhora na qualidade do ar pode estar associada diretamente à redução de áreas de desmatamento, políticas de desenvolvimento de geração de energia sustentável.

 

 

A cidade de São Paulo registrou na segunda-feira (23) nível "péssimo" de qualidade do ar pela primeira vez desde 1996. O índice foi verificado na estação de Perus, zona noroeste da capital paulista, e está diretamente ligado ao incêndio que atinge o Parque Estadual do Juquery desde domingo (22), já consumindo cerca de 65% da área da unidade protegida na Grande São Paulo. Com o controle do fogo, a qualidade do ar até apresentou tendência de melhora, mas ainda não é considerada satisfatória.

"Com o incêndio de grande porte na região de Juquery, a massa da queimada acabou atingindo a região metropolitana e Perus registrou altíssima concentração de poluentes, deixando a qualidade do ar péssima na região, o que não se observava desde 1996 não só em São Paulo, mas em toda a região metropolitana", explicou em entrevista ao Estadão a gerente da divisão de qualidade do ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Maria Lúcia Guardani.

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"Ontem (segunda-feira) foi um dia atípico, muito diferente. Por causa da queimada, atingimos esse cenário, mas está melhorando", complementa Maria Lúcia. Segundo ela, enquanto outras oito regiões registraram níveis "ruim" ou "muito ruim" na segunda-feira, Perus permaneceu com o nível "péssimo" ao longo de todo o dia. O índice melhorou apenas no início da madrugada desta terça-feira, 24, passando, ainda assim, para o nível "muito ruim".

Boletim diário emitido pela Cetesb às 11 horas desta terça apontou que 11 das 28 estações da região metropolitana de São Paulo registraram nível "ruim" de qualidade do ar e outras duas, entre as quais a estação de Perus, registraram nível "muito ruim". Nenhuma registrou "nível péssimo".

"O incêndio foi contido, ainda tem fogo, mas não está afetando a região como aconteceu na segunda", explica a gerente da Cetesb, acrescentando ainda que as partículas se dispersaram pouco por ausência de vento e chuva na capital. Esses são alguns dos fatores que, segundo ela, fazem com que o nível de umidade do ar esteja crítico na cidade, métrica que é diferente da qualidade do ar.

"Estamos em um período de alta pressão atmosférica e a característica desse tempo é que o ar fica pressionado, o que significa que os poluentes não se dispersam. Isso tende a persistir por dias", explica o engenheiro e geógrafo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), David Tsai, reforçando que a situação está crítica mesmo fora dos índices. "É perceptível, pela própria respiração, que o ar não está legal", acrescenta.

Tsai diz ainda que, historicamente, São Paulo é um Estado que apresenta problemas por queimadas em plantação de cana, mas isso, segundo ele, foi reduzido com o avanço da legislação ambiental. Na região metropolitana, por outro lado, eventos como o do Parque do Juquery são considerados atípicos, o que acabou sendo determinante para a oscilação nos índices de qualidade do ar.

Nesta terça-feira, às 12 horas, a Defesa Civil municipal decretou estado de atenção, quando a umidade do ar fica entre 21% e 30%. Abaixo desse patamar, já é considerado nível de alerta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é entre 50% e 60%.

Nos próximos dias, a tendência é de que o tempo continue da mesma forma, com potencial para novos recordes de calor no inverno. O calor aumenta na quarta-feira, quando os termômetros podem alcançar a máxima de 32°C no meio da tarde. Pelo menos até quinta-feira, os índices de umidade devem continuar próximos ou abaixo dos 20%.

Cuidados com a saúde

O clima seco afeta o revestimento das vias respiratórias do nariz até o pulmão, explica o pneumologista André Nathan Costa, do Hospital Sírio Libanês. Quando essa mucosa fica ressecada, diz ele, o ambiente se torna favorável para a proliferação de agentes infecciosos, como vírus e bactérias. Além disso, por estar mais sensível e propensa a pequenas lesões, podem aparecer sintomas de tosse, sangramento nasal e irritação na garganta.

Os principais cuidados são relacionados à hidratação, que deve ser intensa. É recomendável, também, ingerir menos sal e alimentos condimentados. Costa aconselha ainda o uso de soro fisiológico no nariz e, eventualmente, de inalação. Se houver sintomas graves, o procedimento é procurar um médico e evitar automedicação.

Segundo o pneumologista, as pessoas mais propensas a sofrer danos à saúde por causa do ar seco são crianças, idosos e aqueles que já têm doenças respiratórias, como rinite, sinusite crônica, asma, bronquite e efisema. (Colaborou Davi Medeiros)

O Ministério do Meio Ambiente vai monitorar a qualidade do ar nas grandes cidades e disponibilizar as informações sobre a poluição atmosférica para a população por meio de site e de um aplicativo de celular, em tempo real. A ação faz parte do programa Ar Puro, lançado nesta sexta-feira (13) pela pasta, em razão do Dia Interamericano da Qualidade do Ar, comemorado anualmente na segunda sexta-feira de agosto.

O aplicativo vai integrar o Sistema Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar (MonitorAr), uma plataforma alimentada automaticamente por dados locais e seguindo padrões internacionais de classificação. Segundo o ministério, o MonitorAr vai integrar os dados de todas as estações de monitoramento de qualidade do ar no Brasil.

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Até o momento, 126 estações nos estados da Bahia, do Espírito Santo, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul e de São Paulo já estão integradas ao novo sistema. Também serão instaladas estações em 17 estados do país que ainda não contam com essa estrutura.

O ministério disse que o monitoramento é fundamental para a prevenção de doenças respiratórias, para o combate às chuvas ácidas, responsáveis pela corrosão de materiais e contaminação de solo e água. Também vai auxiliar na redução dos impactos econômicos causados pela poluição atmosférica.

Além do sistema de monitoramento da qualidade do ar, o ministério também lançou um Guia Técnico para o Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar como parte das ações do programa, que integra a Agenda Ambiental urbana do órgão.

Após empresas distribuidoras de gás oxigênio divulgarem uma carta em que alertam para a possibilidade de crise no abastecimento do insumo no Estado, o Governo de Pernambuco alegou, na noite desta sexta-feira (28), que não existe risco de desabastecimento de oxigênio hospitalar. Em reunião nesta tarde para analisar os efeitos da Covid-19, o secretário estadual de Saúde, André Longo, além de dar a garantia, alegou que não existe comprometimento na produção do insumo.

“Eu gostaria de deixar bem claro que não há falta de oxigênio nas 66 unidades de saúde do Governo de Pernambuco, tampouco nas unidades de referência para atendimento dos casos de Covid na rede estadual. O abastecimento desse e de outros insumos para os hospitais estaduais está assegurado pela empresa fornecedora de gases hospitalares para o nosso sistema de saúde. Temos registrados, sim, casos de municípios que, em suas unidades próprias, estão tendo dificuldade em repor seus estoques. Muitos desses municípios possuem contratos com empresas de pequeno porte que não estão conseguindo atender o aumento da demanda”, disse Longo, conforme informações de sua assessoria de comunicação.

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O secretário explicou que a principal fornecedora de gás do País, inclusive com contrato de abastecimento com a rede estadual de saúde, possui uma planta industrial em Pernambuco. No entanto, o secretário reconheceu que houve falta de insumo em municípios do Agreste, tais como João Alfredo e Lajedo, motivada por “problemas na logística dos fornecedores de gases” das cidades.

“Diante das informações e solicitações dos municípios, motivado também pela aceleração da doença no Agreste do Estado, que tem provocado a saturação da rede hospitalar da Região, o Governo de Pernambuco começou a enviar 149 concentradores de oxigênio para cidades pernambucanas com o objetivo de auxiliar os gestores municipais na qualificação da assistência à Covid-19. Além disso, a Secretaria de Saúde de Pernambuco está em contato permanente com os gestores municipais, esmiuçando a situação e procurando soluções”, informou o Governo do Estado em nota à imprensa.

André Longo ainda declarou: “Estamos fazendo um levantamento detalhado da situação de cada cidade e já iniciamos o auxílio dos casos mais graves. Distribuímos concentradores de oxigênio para 44 prefeituras do interior, solicitamos ao Ministério da Saúde mais 500 desses equipamentos, além de 1 mil cilindros de oxigênio, e estamos encontrando formas de ampliar nossos contratos para atender aos pedidos que têm chegado”.

O gestor também informou que a Central de Regulação Hospitalar tem encaminhado pacientes assistidos em unidades municipais de menor porte para serviços de referência da rede estadual. São casos em que há relatos de dificuldade de abastecimento, informou o secretário de Saúde.

Desde a última quinta (6), a página do Supremo Tribunal Federal (STF) na internet está fora do ar. Por meio de nota, a instituição informou que há indícios de que o domínio sofreu um ataque hacker e que a Polícia Federal já foi acionada e investiga o caso.

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O Supremo planeja retomar, paulatinamente, os serviços online nesta sexta (7). Técnicos passaram a suspeitar de ação hacker ao observarem um aumento excessivo do número de acessos ao site. Vale lembrar que o STF tem identificado um crescimento nos acessos ao portal devido à ação de robôs desenvolvidos por empresas e profissionais ligados ao direito que, de forma lícita, prospectam dados da corte para levantamentos e estudos.

De acordo com o STF, "o acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas". Todos os sistemas ligados à atuação jurisdicional seguem funcionando normalmente, a exemplo do peticionamento eletrônico, sistema utilizado por advogados para protocolarem peças virtualmente. Apesar disso, o STF deve ampliar os prazos processuais e estender a sessão do plenário virtual da corte, até então programada para acabar nesta sexta-feira (7).

 

 Às 20h30 desta sexta (23), vai ao ar a entrevista exclusiva concedida pelo presidente Jair Bolsonaro ao apresentador Sikêra Jr. O conteúdo será veiculado pelo programa Alerta Especial, da TV A Crítica, emissora afiliada à RedeTV, por meio de televisão e Youtube. 

Bem visto pelos adeptos do bolsonarismo, Sikêra Jr costuma utilizar seu programa e suas redes sociais para propagar notícias falsas. Em outubro do ano passado, o apresentador disse ao vivo que o Psol havia entrado com recurso Supremo Tribunal Federal (STF) para “obrigar o ensino da ideologia de gênero nas escolas brasileiras”.

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Ele ainda chamou os integrantes do partido de “pedófilos”. Além disso, Sikêra Jr vem relativizando a gravidade da pandemia de Covid-19. “O Covid-19 é um H1N1 com uma baita assessoria de marketing”, escreveu o apresentador em seu Twitter.

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A Xiaomi parece ter achado a solução para a polêmica dos smartphones sem carregador. A empresa chinesa anunciou o “Mi Air Charge Technology”, um sistema de carregamento sem fio que é aparentemente capaz de carregar dispositivos “em um raio de vários metros”, segundo a companhia. O dispositivo pode recarregar os aparelhos a 5W, mesmo com obstáculos físicos no ambiente. 

Mas não são só os smartphones que podem ter a bateria carregada com a tecnologia. A Xiaomi afirma que o Mi Air Charge também funcionará com smartwatches e pulseiras fitness. Um dos objetivos da companhia parece ser o de extinguir os fios em salas e ambientes domésticos. Vários dispositivos da empresa como alto-falantes, lâmpadas e aspiradores inteligentes, todos são alimentados pelo mesmo sistema remoto. 

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Como funciona

De acordo com a empresa chinesa, a tecnologia central do carregamento envolve o posicionamento no espaço e a transmissão de energia. Muito parecido com uma mesa lateral, o dispositivo tem cinco antenas de interferência de fase integradas, que servem para detectar precisamente a localização do smartphone. Uma matriz de controle de fase composta por 144 antenas transmite ondas milimétricas diretamente para o telefone por meio da formação de feixe e assim ele fica carregando mesmo sem fio.

A Xiaomi também desenvolveu um conjunto de antenas em miniatura com “antena beacon” e “matriz de antena receptora” embutidos para smartphone. A antena Beacon transmite informações de posição com baixo consumo de energia, já o conjunto de antenas receptoras composto de 14 antenas converte o sinal de onda milimétrica emitido pela caixa de carregamento em energia elétrica através do circuito retificador, para conseguir o efeito prometido. Ainda não há previsão de quando o produto chegará ao mercado. 

O novo coronavírus foi reencontrado depois de meses em objetos de hotéis ou hospitais, assim como em suspensão no ar, mas, até a publicação de um estudo recente, não se tinha provas que as partículas virais estavam suficientemente intactas para replicar-se e infectar pessoas.

Uma equipe da Universidade de Nebraska conseguiu pela primeira vez replicar partículas do SARS-CoV-2 extraídas do ar de quartos de pacientes com Covid-19.

A descoberta reforça a hipótese de que o vírus é transmissível não somente por saliva, tosse ou espirro, mas também por gotículas que as pessoas expelem quando conversam ou expiram e que são tão leves que podem ficar suspensas no ar durante muito tempo se o ambiente não tiver ventilação suficiente.

Os resultados são preliminares e não foram revisados pelo comitê de leitura de uma revista científica, que deverá analisar se o método usado na pesquisa é confiável. O estudo foi publicado na segunda-feira (20) no site web medrxiv.org, onde a comunidade médica pode analisá-lo e comentá-lo livremente.

A mesma equipe já havia publicado em março um estudo que provava que o vírus persistia no ar de quartos de hospital que recebiam pessoas infectadas.

"Não é fácil", explicou à AFP Joshua Santarpia, professor da Universidade de Nebraska, ao comentar a missão de recolher do ar partículas virais com um aparelho do tamanho de um celular.

"As concentrações são frágeis, geralmente há poucas chances de recuperar amostras que podem ser usadas", continuou.

Os pesquisadores extraíram ar dos quartos de cinco pacientes, que conversavam e tossiam, e conseguiram capturar microgotículas de menos de cinco mícrons de diâmetro que continham o vírus.

Em seguida, os cientistas isolaram o vírus e o levaram para um ambiente controlado para replicação, o que conseguiram em três das 18 amostras.

Santarpia, porém, se mostra confiante: "eles se replicam em cultivos celulares e, consequentemente, são infecciosos".

No início da pandemia, as autoridades sanitárias consideravam improvável que o novo coronavírus fosse transmitido pelo ar e estimavam que a principal via de contaminação era o contato direto. Contudo, após pressão da comunidade científica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) admitiu em 7 de junho a existência de provas sobre a propagação aérea.

"O debate se tornou mais político do que científico. Acredito que a maioria dos infectologistas concordam que a via aérea é um componente da transmissão", afirmou Santarpia.

Linsey Marr, especialista em transmissão aérea de vírus, afirmou no Twitter que o estudo apresenta "provas sólidas".

"Há vírus infeccioso no ar. Resta saber a quantidade que se precisa respirar para ser infectado", concluiu.

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado nesta terça-feira sobre o fato de que alguns cientistas têm pressionado a entidade a mudar suas diretrizes para enfatizar que existe o risco de transmissão por gotículas no ar da covid-19. Coordenadora da unidade global de prevenção de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi afirmou que a questão é alvo de investigações em andamento, mas lembrou que a entidade já sugere cautela em vários de seus documentos com os riscos de transmissão em locais fechados.

Allegranzi disse que a OMS tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados. Além disso, ela afirmou que existe um debate sobre a transmissão pelo ar, mas ainda não com evidências sólidas para garantir que isso aconteça.

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Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembrou sobre as etapas do trabalho científico, com produção de estudos, depois revisados pelos pares e publicados ou não. Como exemplo, ela lembrou que houve inicialmente uma publicação que relatava sucesso no tratamento com a hidroxicloroquina contra a covid-19, mas ela depois foi retirada, diante de inconsistências no estudo. Houve outras pesquisas depois disso sobre o medicamento, lembrou. "Há evidência suficiente para mostrar que ela não tem impacto na mortalidade em pacientes hospitalizados", afirmou Swaminathan sobre a hidroxicloroquina.

O Centro de Estudos Estratégicos do Exército (CEEEx) está fora do ar desde essa segunda-feira (6), quatro dias após publicar um estudo propondo o isolamento horizontal para combater a disseminação da pandemia no Brasil. Contrário às recomendações das autoridades sanitárias mundiais e à suspensão do comércio proposta pelos governadores, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) defende que apenas pessoas do grupo de risco fiquem em casa.

O material intitulado: "Crise Covid-19 estratégias de transição para a normalidade" afirmava que "há um consenso mundial, entre os especialistas em saúde, de que o isolamento social seja a melhor forma de prevenção do contágio, especialmente o horizontal, para toda a população".

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O Exército informou que "o endereço eletrônico encontra-se em manutenção", de acordo com a Folha de São Paulo. O próprio CEEEx confirmou a manutenção e garantiu que uma equipe está trabalhando para a retomada no ar. Os militares também não deram prazo para o retorno do site.

Foi aprovado nesta última quarta-feira (4), em segunda votação pelo Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o projeto de lei número 741/2019 que determina a substituição dos ônibus com mais de 8 anos de vida útil. Desses, pelo menos 70% dos que entrarão em uso entre 2020 e 2023 terão que ser equipados com ar-condicionado. A obrigatoriedade vale para todos os veículos da Região Metropolitana do Recife.

O projeto foi enviado pelo Governo do Estado à Alepe, após ser aprovado requerimento dos conselheiros Pedro Josephi e Márcio Morais no âmbito do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). No requerimento, os conselheiros, que também são coordenadores da Frente de Luta pelo Transporte Público, justificaram a necessidade de uma legislação que valesse para todo estado e não apenas para Recife e Olinda, que criaram legislações semelhantes.

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De acordo com Pedro Josephi, foi apresentado no início do ano um requerimento ao CSTM para que o Governo enviasse um Projeto de Lei estabelecendo a obrigatoriedade de ar-condicionado em todos veículos de todos os municípios do Grande Recife. “As legislações de Olinda e Recife atingiam percentual pequeno da frota, onerava consideravelmente a tarifa e repassava para todos os usuários, mesmos os não beneficiados. O Governo abriu consulta pública e atestou a vontade da população”, comenta Josephi.

De acordo com os cálculos feitos pela Frente de Luta Pelo Transporte Público, Essa determinação poderá causar um impacto de até 5 centavos nas tarifas. “Diferente dos 30 centavos para aplicação da legislação municipal. Além disso, agora a vida útil de um ônibus caiu de 10 para 8 anos. Um avanço”, pontua o conselheiro. O projeto segue agora para a redação final e depois para a sanção do Governador Paulo Câmara.

A poluição do ar em Sydney, a maior cidade da Austrália com mais de 5 milhões de habitantes, está hoje entre as 20 piores do mundo devido fumaça provocada pelos incêndios no leste do país, disseram as autoridades.

Também conhecida como "Big Smoke" (nome dado na Austrália às grandes cidades), Sydney faz jus hoje a esse nome. A fumaça desaparecerá progressivamente ao longo do dia, mas aumentará à noite. Há um alerta de má qualidade do ar", alertaram os serviços de meteorologia pelo Twitter.

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No portal AirVisual, que mede a qualidade do ar em todo o mundo, Sydney ocupa hoje a 17ª posição, duas abaixo da cidade chinesa de Xangai, num ranking liderado por Daca, em Bangladesh.

Dados do governo de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, mostram que a qualidade do ar "é pobre".

A nuvem de fumaça sobre Sydney ao amanhecer é consequência dos incêndios das montanhas Gosper, a cerca de 300 quilômetros (km) a noroeste da cidade e que já queimou cerca de 850 quilômetros quadrados.

O impacto da fumaça, que também afeta as cidades de Wollongongong e Newcastle, deverá ser agravado pelo calor intenso esperado para os próximos dois dias na costa leste da Austrália e que dificulta, há duas semanas, o combate às chamas por mais de 1.300 bombeiros.

Pelo menos seis pessoas morreram devido aos incêndios florestais em Nova Gales do Sul, a região mais atingida pelo fogo e pela seca severa. Desde 1º de julho, foram atingidos 13 mil km² na região.

A temporada de incêndios na Austrália varia de acordo com a área e as condições meteorológicas, embora sejam geralmente registrados entre os meses de dezembro e março.

Os piores incêndios ocorridos no país nas últimas décadas ocorreram no início de fevereiro de 2009, no estado de Victoria (sudeste), e deixaram 173 mortos e 414 feridos. A área afetada foi de 4.500 km².

*Emissora pública de televisão de Portugal

Uma criança de 6 anos morreu depois que seus amigos, também crianças, colocaram um compressor de ar em seu ânus. O fato aconteceu em Indore, no Estado de Madhya Pradesh, na Índia. A vítima foi identificada como Kanha Yadav. 

De acordo com o site local NDTV, as investigações apontam que os amigos do menino encheram o seu abdômen com ar, usando o compressor, quando estavam brincando. A criança foi levada às pressas para o hospital, onde morreu. 

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Foram os próprios amigos da vítima que o levaram para casa. "Seu estômago estava inchado. Eu imediatamente o levei para o hospital", revela Ramchandra Yadav, pai do menor.

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Os efeitos da poluição do ar à saúde humana já são conhecidos. Uma pesquisa do Instituto de Biociências (IB) da Universidade de São Paulo (USP) identificou agora que as árvores também sofrem esses efeitos, o que interfere nos benefícios ambientais prestados por elas. Os pesquisadores utilizaram como modelo a tipuana (Tipuana tipu) – uma das espécies de árvores mais comuns em São Paulo – e mostraram que os poluentes atmosféricos restringem o desenvolvimento desse tipo de planta.

Diminuir temperatura, produzir vapor de água, mitigar o escoamento da água da chuva e, inclusive, filtrar a poluição são alguns dos benefícios das árvores no ambiente urbano que estão prejudicados. “Vamos precisar muito desses serviços ambientais para a gente se adaptar aos impactos das mudanças climáticas. É muito importante ter árvores na cidade. Quanto mais saudáveis elas forem, mais rapidamente a gente vai ganhar esse serviço [ambiental]. As árvores que estão crescendo neste momento estão, provavelmente, sofrendo com o efeito da poluição”, disse Marcos Buckeridge, professor do IB-USP e responsável pelo projeto.

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Foram analisadas 41 tipuanas localizadas em diferentes distâncias do Polo Industrial de Capuava, em Mauá, uma das áreas mais industrializadas da região metropolitana de São Paulo. De acordo com os pesquisadores, o bairro é composto por áreas residenciais e comerciais e um polo industrial, formado por refinarias de petróleo e fábricas de cimento e fertilizantes, por onde circula grande quantidade de caminhões e carros.

Estudo

Com um instrumento semelhante a uma broca de furadeira, mas com o interior oco, chamado de sonda Pressler, os pesquisadores retiraram amostras das cascas e dos anéis de crescimento. Eles analisaram a composição química e o tamanho dos anéis e conseguiram medir a variação dos níveis de poluição do ar por diversos elementos químicos a que as plantas foram expostas durante o desenvolvimento e como esse fator influenciou o crescimento delas.

“Nós pegamos árvores que estão em posição onde há uma poluição muito forte e comparamos com árvores onde a poluição não é tão forte”, afirmou Buckeridge. Quando os anéis são muito grandes ou largos, isso indica anos de bom crescimento, ou seja, foram anos de menores níveis de poluição. Os anéis de crescimento menores ou mais estreitos, por sua vez, representam anos de crescimento ruim, quando os níveis de poluição foram maiores.

“As árvores mais próximas às vias de tráfego e expostas a concentrações mais altas de alumínio, bário e zinco, gerados pelo desgaste de peças de automóveis, tiveram menor crescimento ao longo dos anos”, mostra o estudo, que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com a pesquisa, o material particulado (partículas muito finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar) com tamanho de até 10 micrômetros (PM10), emitido pelo polo industrial, reduziu em até 37% a taxa de crescimento do diâmetro das árvores mais próximas à área.

Os resultados das análises da composição química das amostras das cascas foram confirmadas com dados obtidos por meio de séries temporais de emissões de material particulado na região de Capuava por cerca de 20 anos, elaboradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).

O estudo revela que os metais pesados e o material particulado influenciam o desenvolvimento das árvores ao mudar as propriedades ópticas da superfície das folhas. “Dessa forma, aumentam a temperatura e reduzem a disponibilidade de luz para a fotossíntese da planta. Além disso, podem reduzir as trocas gasosas das árvores ao acumular nos estômatos foliares – um conjunto de células nas folhas da planta que permitem a troca de gases com o ambiente e a transpiração do vegetal”.

Buckeridge destaca que a pesquisa mostrou o impacto da poluição no desenvolvimento das tipuanas e, agora, em novas etapas do trabalho, será possível calcular os impactos para a cidade como um todo. “Agora vamos ter que integrar, fazer a modelagem da arborização em São Paulo e ver, no caso da tipuana tipu, quais são esses efeitos no nível macro, mas nós não temos esse número ainda”, explicou.

A poluição atmosférica se converteu no quarto fator de morte prematura no mundo, provocando perdas de potenciais benefícios no valor de centenas de bilhões de dólares à economia mundial, segundo um relatório do Banco Banco Mundial publicado nesta quinta-feira.

O ar contaminado matou 2,9 milhões de pessoas em 2013, segundo os últimos dados disponíveis publicados no relatório. Se for somada a poluição nos lares, principalmente resultante do uso de combustíveis sólidos para calefação ou cozinha, o total de mortos sobe para 5,5 milhões.

As doenças causadas pela poluição ambiental (cardiovasculares, câcer de pulmão e outras doenças pulmonares crônicas e respiratórias) são, em consequência, responsáveis por uma morte em cada dez no mundo, seis vezes mais que as causadas pela malária.

Cerca de 87% da população do planeta está mais ou menos exposto a esta poluição.

Estas perdas de vidas humanas também são sinônimo de perdas em termos de potenciais rendimentos e de obstáculos ao desenvolvimento econômico, segundo cálculos do Banco Mundial.

O estudo avalia que as perdas de rendimentos trabalhistas atribuídas a essas mortes alcançaram 225 bilhões de dólares em 2013.

Além disso, esta poluição provoca perdas em termos de bem-estar que totalizam 5,1 trilhões de dólares.

A baixa umidade relativa do ar fez a Defesa Civil colocar a cidade de São Paulo em estado de atenção nesta terça-feira (4). De acordo com informações do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), a umidade estava em torno de 29% na última medição, feita às 14h30. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera índices inferiores a 60% inadequados para a saúde.

Segundo meteorologistas da CGE, não há expectativa de chuvas. A tendência é de melhora nos próximos dias, com umidade do ar oscilando entre 35% e 85%.

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De acordo com o centro, o tempo seco registrado nos últimos dias na capital é consequência de um bloqueio formado por um sistema de alta pressão atmosférica que atua em grande parte do País. A tendência é de que haja temperaturas mais baixas nas madrugadas e aumento ao longo do dia. A recomendação do órgão é ingerir bastante água e evitar a prática de exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 16h.

A qualidade do ar na capital, medida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), foi considerada boa somente em duas das estações nesta terça: Parque Dom Pedro II, na região central, e Itaquera, na zona leste. Outras duas estações registram qualidade ruim e as outras 12, moderada.

A Cetesb alerta que pessoas com doenças respiratórias ou cardíacas, idosos e crianças podem apresentar ardor nos olhos, nariz e garanta, tosse seca e cansaço. O médico Paulo Saldiva, especialista nas consequências da poluição do ar para saúde, alerta para o risco de desidratação. "Crianças e idosos devem observar a cor da urina. Se ficar escuro, estão desidratadas. Pode-se perder muita água nesses períodos." Ele recomenda o uso caseiro de umidificadores ou bacias com água. "A poluição de ar é complicada, já que não existe uma estação de tratamento de ar. Ou se reduz a emissão de gases, no caso de São Paulo com a restrição do tráfego de veículos, ou esperamos que a natureza ajude. Então, temos de esperar e tomar as precauções", disse.

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