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Nesta terça-feira (15), a Vigilância Sanitária da cidade de Maceió, capital de Alagoas, apreendeu 80 Kg de alimentos estragados e produtos fora do prazo de validade em um estabelecimento comercial no bairro de Jacintinho.

De acordos com o órgão de fiscalização, entre os alimentos impróprios para o consumo que foram recolhidos estavam presuntos, queijo, mortadela, linguiça, feijão, entre outros produtos.

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“É necessário que todos fiquem atentos quanto aos produtos que são fornecidos e consumidos. Por isso, atuamos junto aos empreendimentos para orientá-los sobre a importância de cumprir com as normas sanitárias. Da mesma forma, fazemos esse alerta ao consumidor final, para que esteja vigilante quanto aos prazos de validade dos produtos comercializados”, orientou o chefe especial da Vigilância Sanitária, Airton Santos.

O proprietário do estabelecimento, de identidade não revelada, foi autuado e deverá responder a processo administrativo, cuja penalidade inclui multa no valor de R$ 180,00 a R$ 19 mil. Os alimentos apreendidos foram encaminhados para o descarte no Aterro Sanitário do município.

Foto: Divulgação/Vigilância Sanitária de Maceió

Disque Denúncia

Em casos semelhantes, a população de Maceió pode denunciar, de forma anônima, a irregularidade através dos canais disponíveis pela Vigilância Sanitária:

Telefone: (82) 3312-5495, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h;

WhatsApp: (82) 98752-2000, que funciona 24h, todos os dias

Os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no julgamento sobre o caso de perseguição ao jornalista Luan Araújo, em outubro do ano passado. Os votos foram favoráveis à denúncia que torna a parlamentar ré por porte ilegal de arma de fogo, além de constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. A posição dos ministros foi declarada em sessão plenária virtual, nesta sexta-feira (11). 

Na denúncia que está sendo avaliada no STF, a Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que a deputada seja multada em R$ 100 mil por danos morais coletivos. Pede-se, ainda, que ela perca a autorização para ter arma de fogo. 

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No voto inserido no plenário virtual, Gilmar Mendes alegou que Zambelli usou a arma “fora dos limites de defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições” e que isso, “em tese, pode significar responsabilidade penal". Moraes acompanhou o voto. Para que a deputada se torne ré, são necessários seis votos ou mais. A análise da denúncia será feita até o dia 21 de agosto. 

Relembre o caso 

No dia 29 de outubro do ano passado, Zambelli foi filmada apontando uma pistola Taurus G3C contra o jornalista Luan Araújo, em uma rua dos Jardins, em São Paulo.  A parlamentar alegou que quis se defender após ter sido agredida e empurrada pelo homem. Porém, imagens do momento da confusão mostram que isso não aconteceu, pois a bolsonarista teria caído sozinha. 

Em 20 de dezembro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Carla Zambelli entregasse a pistola que usou para perseguir Luan. O ministro atendeu um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). Assim, o STF marcou para agosto o julgamento que pode tornar ré a aliada de Bolsonaro por perseguição armada. O julgamento será em plenário virtual, modalidade em que os ministros apenas depositam seus votos em um ambiente digital. 

 

Alunos da UFPE denunciaram a estrutura do Centro de Artes e Comunicação, que estaria sofrendo processo de sucateamento. Foram relatados problemas como goteiras nas salas de aulas, ar condicionado, que teria caído e foi deixado no chão, entre outras reclamações.

Entre as denúncias feitas, está a da instalação de um novo elevador, contudo, já existe um aparelho no prédio. “A gente começou a discutir as políticas de acessibilidade do centro, que não tinha dentro do CAC. Quando falo que não tinha, é porque só tem um elevador dentro do prédio e esse elevador constantemente quebra.” Conta Emanuell George, estudante de Publicidade e Propaganda.

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Em nota, a Ascom da UFPE afirmou que o antigo elevador funciona, mas não consegue atender aos requisitos de acessibilidade, já que é um elevador de carga, usado sob demanda. Por isso o novo está sendo instalado. Além de novas rampas estarem sendo instaladas para atender de melhor forma PCDs (pessoas com deficiências).

As obras de acessibilidade teriam afetado diretamente alguns estudantes, como conta o estudante de Publicidade e Propaganda: “O Departamento de Música foi retirado de onde era para a construção da rampa que dá acesso ao teatro Milton Baccarelli, até então eles estão sem prédio dentro da Universidade”.

A equipe também achou outros pontos no prédio que põe em risco a segurança dos alunos, como alguns trechos do CAC com grades pelo chão e com pouca sinalização para avisar os transeuntes. Também foi informado que, em algumas salas de aulas, existem goteiras e que, num dos auditórios, um ar-condicionado caiu e foi deixado no chão ligado. “Fizeram alguma gambiarra pra que ele funcionasse direto no chão, não tem muito como regular a temperatura e ele faz bastante barulho”, conta um dos alunos que preferiu não se identificar.

Salas do Departamento de Dança e de Letras teriam sido interditadas em função de riscos no teto e por causa de goteira. “Os tetos das salas de aula estão com muita infiltração e a gente não pode nem ligar o ar-condicionado, porque se ligar explode” diz Emanuell.

A Ascom informou que o ar-condicionado se encontra no chão de forma intencional por causa da reforma estrutural que o prédio vem passando e que foram investidos sete milhões de reais na obra, que visa revitalizar todo o teto do prédio e melhorar as condições de acessibilidade. Além disso, foi informado que alguns aparelhos podem se encontrar no chão esperando a equipe de manutenção.

Alguns alunos também acabaram se queixando da qualidade da água dos bebedouros e da sua proximidade com o banheiro. “É comum faltar água lá, eu mesmo não pego água nos bebedouros”, nos contou, em anonimato, outro estudante.

Na nota, a UFPE informa que já solicitou a análise da qualidade da água e que, mesmo assim, a Universidade está em processo de mudança no contrato de fornecimento de água em todo o campus.

A Secretaria de Educação de São Paulo, na última quinta-feira (3), confirmou o afastamento de um professor da Escola Estadual Comendador Luciano Guidotti, em Piracicaba. Caso as denúncias de assédio sexual contra duas alunas que teriam 16 e 17 anos e as denúncias de comportamento inadequados forem confirmadas, o docente perderá seu contrato. 

No Boletim de Ocorrência as vítimas informaram que o professor teria dito para uma das alunas que “você é bonita, eu me casaria com você”. Além disso ele teria passado o filme After em sala de aula, que contém cenas de sexo e a produção não é apropriada para menores de 14 anos. As jovens ainda informaram que o docente assediou outros alunos.

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Em nota, a Seduc-SP informou que por meio do Programa de Melhoria de Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP), os alunos estão tendo todo o suporte com acolhidas e rodas de conversa. “A Secretaria da Educação do Estado (Seduc-SP) repudia toda e qualquer forma de assédio dentro ou fora do ambiente escolar”, reafirma o órgão.

Quatro novas vítimas de abusos sexuais praticados por um líder religioso em Lucas do Rio Verde, no interior do Mato Grosso, surgiram após a prisão do suspeito, realizada pela Polícia Civil, na última quarta-feira (2). O homem está preso preventivamente desde quinta-feira (3), quando passou por audiência de custódia. Nove mulheres, vítimas dos abusos, já foram identificadas. 

Em depoimento, o religioso negou as denúncias, revelando que realizava os atendimentos espirituais nas cidades de Lucas do Rio Verde, Sinop e Alta Floresta. A delegada responsável pelas investigações, Ana Carolinne Mortoza Terra, acredita que, com o avanço dos trabalhos, devem aparecer novas denúncias de outras vítimas dessas cidades. 

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As investigações iniciaram após denúncias de três vítimas de Lucas do Rio Verde. A primeira denúncia foi registrada no ano de 2020 e as outras duas nos meses de junho e julho de 2023. Outras duas vítimas foram identificadas na cidade de Sinop. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito agia por meio de manipulação psicológica, sob argumentos de conexão e troca energética, colocando de forma fraudulenta na mente das vítimas a necessidade de realização de um ritual espiritual. 

Acreditando que receberiam uma cura espiritual, as vítimas deixavam que o suspeito realizasse toques corporais, chegando em um dos casos ao ato sexual, após ingestão de um chá. 

Segundo a delegada, todas as vítimas identificadas, até o momento, são mulheres, algumas passando por momento de fragilidade, tendo o suspeito aproveitado dessa condição para ludibriá-las. “Temos vítimas que foram abusadas desde o primeiro atendimento e outras, que frequentavam o centro por um longo período, gerando até mesmo uma dependência emocional do tratamento realizado pelo suspeito e das substâncias por ele utilizadas”, disse a delegada. 

 

O casal de influenciadores pernambucanos Gicely Rafaela e Léo do Coque se envolveram em uma confusão na noite dessa terça (1º), em um hotel em Maceió, em Alagoas. Ela fez uma série de publicações em que acusa o marido de agressão. Ele foi detido e levado à delegacia. 

Os fãs do casal foram pegos de surpresa com as acusações feitas por Gicely após os dois terem publicado diversos stories brincando. Ela disse que foi enforcada com um golpe mata-leão e impedida de deixar o quarto.   

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"A gente entrou brincando no quarto e, do nada, a gente começou a discutir. Ele se transformou e disse que eu [fazia] briga de ego em casa com ele, que eu queria ser melhor do que ele, que ele vivia frustrado perto de mim", relatou a influenciadora. 

Gicely também afirmou que Léo sofre com problemas psicológicos e estava drogado: "totalmente descontrolado".

Ela aponta que ele teria começado a se bater para lhe prejudicar: "começou a se bater no rosto, a se arranhar [e] quando eu consegui abrir a porta, ele pegou pelo pescoço, mordi ele aqui para me soltar e comecei a pedir socorro e todos os funcionários que tão aqui me tiraram do quarto".

Léo do Coque nega as acusações

Após receber apoio dos funcionários do hotel, a influenciadora acionou a Polícia Militar, que encaminhou os dois à delegacia para registrar a ocorrência e realizar exame de corpo de delito. 

Léo do Coque também deu sua versão nas redes sociais e alega ter sido vítima da esposa. Ele mostrou marcas de mordida e arranhões em torno do pescoço. "Ela me agrediu, fez o que fez e chamou a polícia para mim", rebateu.

O juiz Tarcísio de Moraes Souza, da 6ª Vara Criminal de Brasília, decidiu colocar o empresário Luiz Carlos Basseto Júnior no banco dos réus por suposta ameaça e incitação ao crime contra o advogado Cristiano Zanin, que está prestes a assumir a cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal.

No centro do processo está episódio ocorrido no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, no dia 11 de janeiro, quando Zanin ainda representava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Justiça.

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Basseto Júnior encontrou Zanin no banheiro do aeroporto quando este escovava os dentes. Então chamou o advogado de 'vagabundo', 'safado', 'bandido' e 'corrupto'. "Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse", afirma. Zanin não reagiu.

Em despacho assinado nesta quinta-feira, 27, o magistrado entendeu que estão presentes 'indícios de autoria e materialidade' dos crimes imputados pelo Ministério Público do DF a Basseto Júnior.

Ele tem dez dias para se manifestar sobre as imputações feitas pela Promotoria. O empresário ainda é alvo de uma queixa-crime apresentada por Zanin por supostos crimes contra a honra.

Como mostrou o Estadão, o MP do Distrito Federal entendeu que o empresário 'ameaçou a vítima Cristiano Zanin Martins de causar-lhe mal injusto e grave, uma vez que lhe disse diretamente 'Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse'.

Além disso, na avaliação da Promotoria, Basseto Júnior incitou, publicamente, a prática de crime, ao dizer que a vítima 'Tinha que tomar um pau de todo mundo que tá andando na rua''.

A 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julgou nesta quinta-feira (27) procedente o recurso do Ministério Público e aceitou a denúncia de Shantal Verdelho contra o obstetra Renato Kalil por lesão corporal e violência psicológica, durante o parto da segunda filha da influenciadora digital. O médico vai responder em primeira instância pelos crimes.

"Só de relembrar o dia do ocorrido, penso no que minha filha e eu tivemos que passar e me emociono. Penso que Justiça sendo feita não alivia o que passamos nesse dia, mas muda uma sociedade que vai saber que está protegida por ela, em seu momento mais vulnerável e que deveria ser lindo e com respeito, que é o parto", disse Shantal.

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Em outubro de 2022, a Justiça negou a denúncia feita pela Promotoria de Violência Doméstica do Foro Central da capital paulista, que acompanha o caso desde a abertura do inquérito policial.

O juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida Oliveira, da 25ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou, na época, que faltavam provas que justificassem no processo a imputação dos crimes alegados pela promotoria contra o obstetra. O recurso, então, foi protocolado pela defesa da influenciadora em novembro do mesmo ano.

Porém, nesta quinta-feira, por unanimidade, os desembargadores Mauricio Valala, Luiz Arruda e Sérgio Ribas anularam a decisão de arquivamento do caso. O acórdão deve ser publicado nos próximos dias. O processo corre em segredo de justiça.

Áudio vazado tornou o caso público

Um áudio de Shantal Verdelho alegando ter sido vítima de violência obstétrica durante o parto de Domenica, fruto do casamento com o modelo Mateus Verdelho, no Hospital e Maternidade São Luiz, na cidade de São Paulo, vazou em dezembro de 2021. Com a repercussão, a influenciadora digital revelou, nas redes sociais, que tinha registrado um boletim de ocorrência contra o médico Renata Kalil.

No áudio, ela falava sobre os supostos abusos sofridos durante o parto: "Descobri que ele falou da minha vagina para outras pessoas. Tipo, 'ficou arregaçada, se não tiver episiotomia, você vai ficar igual'. Ele quebrou o sigilo médico. Minha irmã descobriu (o sexo do bebê) pelo Instagram".

Em agosto de 2022, Renato Kalil foi ouvido pela polícia e admitiu que usou "palavras inadequadas" durante o parto, mas alegou que as falas foram "apenas em um momento de incentivo motivacional, pois o parto era um parto difícil".

O médico, então, negou ter cometido violência obstétrica e afirmou que "se errou, foi apenas 'verbalizando duas ou três palavras' e nada mais, pois todo o restante do seu trabalho foi correto".

O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu denúncia à Justiça Federal contra advogado que ofendeu um grupo de indígenas que almoçava em um restaurante em Santarém (PA), em agosto de 2022.

William Martins Lopes é acusado de racismo, após ter abordado lideranças indígenas em uma churrascaria da cidade e proferido uma série de insultos. O advogado teria se dirigido até a mesa e passado a falar, em voz alta, frases depreciativas como “índio não gosta de trabalhar”. Em vídeo utilizado como prova, ele aparece dizendo que estava armado e que usaria a força para se defender dos indígenas.

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O procurador da República no Pará, Felipe Palha, presenciou a cena e precisou intervir para evitar violência. Segundo o MPF, Lopes excedeu os limites constitucionais da liberdade de expressão ao reproduzir estereótipos racistas contra toda uma etnia.

O grupo de indígenas estava reunido no restaurante após participar de evento da Confederação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) em parceria com a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR).

Diante da permanência do denunciado no local, os indígenas tiveram que interromper o almoço e ir para o hotel onde estavam hospedados. De lá não saíram até o momento de ir para o aeroporto em razão da insegurança e por estarem assustados pela agressão sofrida.

“Entende-se por discriminatória qualquer atitude ou tratamento dado à pessoa ou a grupos minoritários que cause constrangimento, humilhação, vergonha, medo ou exposição indevida, e que usualmente não se dispensaria a outros grupos em razão da cor, etnia, religião ou procedência”, explica o procurador da República Ricardo Negrini, que assina a denúncia.

Na avaliação do MPF, Lopes agiu por vontade livre, consciente e sem nenhuma provocação. A ação foi considerada como um episódio de racismo evidente e de discurso de ódio, que fere direitos fundamentais assegurados pela Constituição. Rótulos como “não gostar de trabalhar” e de que indígenas são “vagabundos”, segundo o MPF, são desrespeitosos e atentatórios à honra de qualquer pessoa, “mais ainda quando dirigidos indiscriminadamente a uma população unida por um liame racial”.

A denúncia ainda destaca que, durante a oitiva, o advogado disse ser um defensor das causas das minorias. No entanto, o MPF constatou um cenário diferente ao pesquisar o histórico do acusado, inclusive com reiteradas acusações de sua atuação em favor de grupos antagônicos às populações tradicionais.

Para o MPF, a conduta de Lopes incidiu em três núcleos do crime tipificado no art. 20, § 2º, da Lei 7.716/1989: ao ofender os indígenas e fazê-lo em ambiente público; ao induzir pessoas à discriminação contra esse povo tradicional; e ao incitar e reforçar o sentimento de discriminação contra indígenas nas outras pessoas. Nesse sentido, o órgão pede à Justiça Federal que receba a denúncia contra o advogado e o condene ao pagamento de R$ 150 mil a título de danos morais coletivos.

Da assessoria do MPF

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-presidente do Santa Cruz Alírio Moraes por crime contra a ordem tributária. Segundo a denúncia, o empresário, quando presidia o clube em 2017, omitiu tributos e prestou declarações falsas à Receita Federal sobre o não recolhimento de Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF). A denúncia foi subscrita pela procuradora da República Silvia Regina Pontes Lopes. O caso é de titularidade do 15º Ofício da Procuradoria da República em Pernambuco.

A denúncia aponta que, nos meses de setembro a dezembro de 2017, a pessoa jurídica Santa Cruz Futebol Clube reteve imposto de renda sobre rendimentos do trabalho assalariado, no valor de R$ 169,5 mil. A quantia deveria ter sido recolhida aos cofres públicos.

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Durante a investigação, Alírio Moraes declarou às autoridades que não havia imposto retido (IRRF) a recolher, pois os respectivos campos das Declarações de Débitos e Créditos (DCTFs) estavam preenchidos somente com zeros, com exceção do mês de outubro, que estava preenchido com a quantia de R$ 10.

"O acusado prestou declarações falsas nas DCTFs com a vontade de suprimir o valor do tributo a ser recolhido. Ao agir dessa forma, o denunciado intentava deixar de pagar o tributo devido pelo Santa Cruz Futebol Clube, pois a constituição do crédito tributário, em razão da conduta dele, passou a depender de iniciativa da RFB, circunstância que muitas vezes enseja a decadência do direito de lançar", destaca a procuradora da República na denúncia.

Após a Receita Federal elaborar auto de infração em desfavor do clube e, considerando que não houve a apresentação de impugnação para as cobranças lançadas de ofício, a constituição definitiva dos créditos tributários ocorreu a partir de 27 de julho de 2018, sem que houvesse quitação ou parcelamento junto à RFB.

Na ação penal, o MPF cobra que a Justiça Federal receba a denúncia e condene o ex-presidente do Santa Cruz pela prática de crime contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, I, da Lei nº 8.137/90. Foi pedida, ainda, a fixação da quantia de R$ 169.507,11, monetariamente corrigida e acrescida de juros, como valor mínimo para reparação dos danos causados pelo crime tributário. A pena prevista é de reclusão, de dois a cinco anos, além de multa.

A Procuradoria da República no Distrito Federal defendeu nesta quinta-feira (20) o arquivamento da denúncia apresentada pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro contra Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

No início deste mês, a comissão entrou com uma ação contra Cid após ele prestar depoimento e se negar a responder perguntas que não o incriminariam. Para os parlamentares da comissão, o ex-ajudante teria cometido "abuso do direito ao silêncio" ao rejeitar informar até sua idade.

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Ao analisar o caso, o procurador Caio Vaez Dias entendeu que Mauro Cid não cometeu nenhum crime e pediu o arquivamento do processo. Caberá à 10ª Vara Federal decidir a questão.

Antes do depoimento, uma liminar da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), garantiu a Mauro Cid o direito de ficar em silêncio diante de perguntas que pudessem incriminá-lo.

O ex-ajudante de ordens foi chamado para depor após a divulgação de mensagens apreendidas pela Polícia Federal (PF) em seu celular na investigação sobre supostas fraudes nos cartões de vacina de Bolsonaro. 

De acordo com relatório de investigação da Polícia Federal, as mensagens evidenciam que Cid reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.

Defesa 

Procurado pela Agência Brasil, o advogado Bernardo Fenelon, representante de Mauro Cid, declarou que o Ministério Público agiu de "maneira precisa e em consonância com ordenamento jurídico" ao pedir o arquivamento.

Em nota, o defensor disse que a continuidade da representação da CPI seria "uma criminalização do direito constitucional ao silêncio".

"Ninguém pode ser constrangido a responder algo que possa eventualmente lhe prejudicar, tendo em vista que isto configura, indubitavelmente, a base do princípio humanitário do nemo tenetur se detegere - (a não obrigação de constituir provas contra si mesmo ), historicamente conquistado para afastar abusos do poder punitivo estatal", afirmou.

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou nesta quarta-feira, 19, uma representação pedindo ao Ministério Público que investigue o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o secretário de Assistência Social, Carlos Bezerra Junior, pelo suposto uso de imagens, sem autorização, de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social para mostrar feitos da gestão.

O documento é endereçado à Promotoria da Infância e Juventude do MP de São Paulo e aponta para oito publicações feitas nas redes sociais do prefeito e do secretário com imagens de crianças e adolescentes. O Ministério Público confirmou ao Estadão que recebeu o documento. Ele será analisado internamente.

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Uma das ocasiões que foi apresentada no pedido de investigação é do dia 7 de junho deste ano. Nunes e Bezerra Junior visitaram juntos dois projetos da Assistência Social em Capela do Socorro, subprefeitura que abrange os bairros Grajaú, Cidade Dutra e Socorro, na zona oeste de São Paulo. Nas imagens, os dois aparecem rodeados de crianças que são contempladas pelos projetos.

"Muito feliz com o que vi nas visitas que realizei a dois importantes serviços da Secretaria de Assistência Social, na Capela do Socorro: o Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo (CEDESP) 'Rosa Mística' e o Centro para Crianças e Adolescentes (CCA) 'Sete de Setembro'. O trabalho realizado nesses lugares me faz ter a certeza de que estamos no caminho certo no que se refere ao apoio e fortalecimento de vínculos para pessoas em vulnerabilidade social", escreveu Nunes nas redes sociais.

Outro episódio que fundamenta a representação é um vídeo que Bezerra Junior publicou no dia 19 de abril. De acordo com as imagens, ele aborda uma família em situação de rua e ajuda a equipe da pasta a conduzir uma mãe com dois filhos a uma instituição de acolhimento. A legenda do vídeo diz: "Ficar nas ruas é estar sujeito a uma série de violações e violências, ainda mais quando se está com crianças. Por isso, a gente insiste mesmo para que as pessoas sejam acolhidas. E a gente vem trabalhando para melhorar os serviços".

Outras situações

Além dos oito episódios enumerados na representação, a reportagem encontrou outras publicações nas redes sociais do prefeito e do secretário nas quais crianças e adolescentes aparecem. Não há indicação de autorização dos responsáveis. No dia 5 de julho, Nunes visitou a comunidade da Favela do Haiti, na Vila Prudente, zona oeste de São Paulo, prestigiando ações do Favela 3D, projeto que busca melhorar as condições de vida dos moradores da região.

"A mudança que estamos realizando na Favela do Haiti é um exemplo de que precisamos unir forças para interromper o ciclo de pobreza das favelas", escreveu Nunes. Ele aparece em fotografias cumprimentando crianças.

No dia 4 de julho, Bezerra Junior publicou um vídeo mostrando o acolhimento de uma família em situação de rua na praça Marechal Deodoro, no centro de São Paulo. No vídeo, ele conversa com os pais da menina, mostra eles recolhendo os pertences para irem ao hotel da Assistência Social e abraça a criança.

Na legenda do vídeo, o secretário mencionou o nome da menina. "Hoje, graças a Deus, a pequena [...] e seus pais dormirão seguros, protegidos do frio, acolhidos em um hotel social", escreveu Bezerra Junior, marcando o perfil do prefeito.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a divulgação da imagem de menores de idade exige autorização dos pais. A representação enviada por Erika ao MP de São Paulo pede que Nunes e Bezerra Junior mostrem como obtiveram essa autorização e se possuem os dados das pessoas que aparecem nas imagens.

"Há indícios de que os gestores públicos indicados exploram de modo indevido a imagem de crianças e adolescentes para fins de promover ações da Prefeitura com contornos publicitários, ainda que não mercadológicos", diz o documento. "Ao fazer isso, estão violando a intimidade, privacidade e dignidade das crianças e adolescentes envolvidas, especialmente aquelas que são retratadas em condição de extrema vulnerabilidade."

A abertura de uma investigação depende da avaliação do promotor de Justiça que receberá o pedido.

O que o prefeito e o secretário têm a dizer

O Estadão entrou em contato com as assessorias de comunicação do prefeito Ricardo Nunes e da Secretaria de Assistência Social, pasta chefiada por Carlos Bezerra Junior. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno.

O nome de Felipe Prior está entre os mais comentados da internet, mas não é por um bom motivo. Isso porque, no último domingo (16), a mulher que denunciou o ex-BBB por estupro se pronunciou pela primeira vez e contou detalhes do episódio traumatizante ao Fantástico.

Em julho de 2023, Prior foi condenado a seis anos de prisão em regime semiaberto, contudo, o caso aconteceu em 2014, quando eles faziam faculdade de arquitetura em São Paulo.

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Segundo a vítima, eles se conheceram através de uma amiga em comum e, certa vez, combinaram caronas, já que todos moravam próximos. No dia 8 de agosto de 2014, a mulher tinha 22 anos de idade e acabado de sair de uma festa da Universidade de São Paulo. Quando ambos estavam indo embora, ela e a amiga aceitaram a carona de Prior.

Primeiro, o ex-BBB deixou a amiga em casa e depois foi levar a vítima. No meio do caminho, ele parou o carro e começou a beijá-la.

"À medida que as coisas iam acontecendo, ele se tornava cada vez mais agressivo comigo. Eu falei: Felipe, eu não quero, não quero. Comecei a tentar resistir fisicamente e ele começou a puxar meu cabelo, começava a me segurar pelos braços, pela cintura, proferiu umas frases muito... Ele começou a falar pra eu parar de me fazer de difícil, que é claro que eu queria, que agora não era hora de falar que não, e começou a forçar penetração", disse.

E completou:

"Quantas vezes eu preciso falar não para a pessoa entender que ela está me machucando? Que está me violentando? E ele é muito mais forte que eu. Eu não tinha como sair dessa situação. Foi bem doloroso. Eu gritei, começou a sair muito sangue. Foi o susto que ele teve que levar para parar a situação, porque fez uma poça de sangue no carro dele, nele, ele perguntou se eu queria ir para o hospital, aí eu falei que não, que eu só queria ir para minha casa. Quando eu cheguei, fui direto para o banheiro, fiquei no chuveiro tentando estancar o sangue sozinha, mas minha pressão já estava muito baixa. Fui acordar minha mãe e pedi para ela me ajudar, e aí ela deu uma olhada no machucado, levantou e falou: A gente vai para o hospital".

Após ver que sangramento não iria parar de forma natural, a mulher se dirigiu ao hospital e a médica diagnosticou que houve laceração de primeiro grau. Prior chegou a mandar mensagem para saber como ela estava, e a moça respondeu que continuava muito machucada, mas pediu que ninguém soubesse o que tinha acontecido.

"Eu estava com medo dele falar para as outras pessoas e eu ficar marcada por essa situação. Eu não queria que as pessoas me vissem, me enxergassem e pensassem nisso. Fui escondendo de mim mesma, fui evitando lidar com essa situação. Eu achava que ia conseguir apagar isso da minha vida e seguir em frente como se nada tivesse acontecido, mas isso não aconteceu".

A vítima ainda entregou que teve crise de ansiedade ao vê-lo no BBB20 e o motivo de querer denunciá-lo após anos do ocorrido.

"Vi o rosto dele pela primeira vez em muitos anos. Eu só decidi denunciar tudo o que aconteceu depois que eu comecei a receber das minhas amigas prints de tweets de outras mulheres falando que tinham sido abusadas e violentadas por ele".e

Uma denúncia em vídeo, realizada por parte da equipe de enfermagem do Hospital Getúlio Vargas (HGV), um dos maiores do Recife, tem ganhado repercussão nas redes sociais e sindicais da categoria de saúde. Nas imagens, é possível ver diversas rachaduras, infiltrações e a presença de mofo em diferentes salvas de atendimento da unidade de saúde, especialmente no setor cirúrgico. Uma das áreas chegou a ser coberta por tapumes que, segundo os denunciantes, têm o objetivo de maquiar a situação. 

O vídeo é narrado pelo enfermeiro Fábio Luciano Araújo, do HGV. Outros funcionários participam, mas não falam para a câmera. Nesta sexta-feira (14), o Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe), através da presidente Ludmila Outtes, denunciou à imprensa a situação da instituição. A coordenadora aponta que, desde 2018, a estrutura passou a apresentar maiores sinais de deterioração.  

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Transcrição da denúncia: 

“Estamos aqui paramentados porque estamos no bloco cirúrgico do Hospital Getúlio Vargas, que é referência em Pernambuco. Mostramos a parte estrutural e notamos que, nos últimos dois meses, aqui em Pernambuco, especificamente em Recife e Paulista, caíram três prédios, deixando o saldo de 20 mortes. Tá aqui a situação, as rachaduras. Isso é precaução para que não aconteça uma catástrofe, para que vidas não sejam perdidas. Está aqui outra parede no bloco cirúrgico, com rachaduras, no Hospital Getúlio Vargas. Colocaram tapumes numa área porque daqui em diante não podemos passar, para não mostrarmos à opinião pública, mas há várias salas com rachaduras maiores do que essas vistas. Isso aqui é uma sala de cirurgia onde ficam dezenas de funcionários, mas principalmente pacientes. Está tudo rachado e com mofo. Essa é a realidade da saúde pública no estado de Pernambuco. Parede com rejunte somente para colar, e isso na entrada do bloco cirúrgico do hospital.” 

Em nota, a Secretaria de Saúde (SES) de Pernambuco informou que a estrutura apresentada nas imagens recentes está “escorada” desde 2017 e que a situação é monitorada há mais de 14 anos. A pasta também afirmou ter informes sobre o assunto e que a governadora Raquel Lyra (PSDB) esteve em Brasília recentemente, em busca de investimentos para uma reforma nas unidades de emergência do estado, incluindo o HGV. Por fim, a SES demonstrou ter controle da situação e fazer o monitoramento do risco, mas sem menções a possíveis desabamentos ou maiores perigos, apesar dos relatos. Confira na íntegra: 

“Em relação às recentes notícias veiculadas sobre a estrutura do Bloco G3 do Hospital Getúlio Vargas (HGV), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) esclarece que a edificação encontra-se escorada desde junho de 2017, não sendo este um fato novo, está ciente da situação e tem trabalhado para viabilizar a realização da obra de recuperação estrutural da unidade. Inclusive, a Governadora do Estado esteve em Brasília em busca de investimentos para a realização de reformas estruturais das unidades de emergências do Estado. 

A estrutura é monitorada há mais de 14 anos, resultando na geração de inúmeros relatórios e notas técnicas que compõem um extenso acervo de informações para acompanhamento da situação e adoção de medidas visando manter a segurança do prédio. 

Desde 2019, a Secretaria de Saúde, em conjunto com a Casa Militar, realiza vistorias regulares para analisar tecnicamente a situação da edificação. Como resultado dessas vistorias, relatórios detalhados são elaborados e disponibilizados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), garantindo a transparência e o compartilhamento das informações obtidas. 

De posse das informações técnicas, a atual gestão da SES-PE reforça que já possui um projeto de recuperação estrutural, contendo todos os dados necessários para corrigir o problema em questão. Esse projeto está em conformidade com as normas e diretrizes técnicas aplicáveis, e busca assegurar a segurança e a estabilidade do edifício. 

Reiteramos, por fim, o compromisso desta Secretaria em garantir a segurança dos usuários do Hospital Getúlio Vargas, assim como de seus profissionais, e também na adoção de todas as medidas necessárias relativas ao problema.” 

 

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o empresário Luiz Carlos Basseto Júnior por ameaçar e incitar o crime contra o advogado Cristiano Zanin. O ataque ocorreu no Aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, em 11 de janeiro, quando Zanin fazia parte da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva e ainda não tinha sido nomeado para o cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado deve assumir a cadeira na Corte em agosto.

Segundo o promotor Fernando Augusto Martins Cuóco, responsável pela apresentação da denúncia, o empresário "ameaçou a vítima Cristiano Zanin Martins de causar-lhe mal injusto e grave, uma vez que lhe disse diretamente 'vontade de meter a mão na orelha de um cara desse'. Na mesma data, hora e local indicados, o denunciado incitou, publicamente, a prática de crime, ao dizer que a vítima 'tinha que tomar um pau de todo mundo que tá andando na rua'".

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Basseto Júnior encontrou Zanin no banheiro do aeroporto quando o novo ministro do STF escovava os dentes. O empresário então chamou o advogado de 'vagabundo', 'safado', 'bandido' e 'corrupto', enquanto filmava a cena com seu celular. Zanin permaneceu calado e Basseto Júnior postou a gravação em suas redes sociais.

Ainda no início do ano, o empresário foi indiciado pela Polícia Civil do DF e acusado em queixa-crime ajuizada por Zanin na Vara Criminal de Brasília, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). A Justiça chegou a marcar audiências nessa ação, mas Basseto Júnior não foi encontrado.

O pedido do MP agora deve ser analisado pelo juiz Nelson Ferreira Júnior, da 6a Vara Criminal do Distrito Federal. O magistrado também é o responsável pela queixa-crime apresentada por Zanin.

Defesa

A reportagem busca contato com a defesa de Basseto Júnior. O espaço está aberto para a sua manifestação.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta segunda-feira (3), o projeto de lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre homens e mulheres quando exercerem trabalho equivalente ou a mesma função. O PL 1.085/2023 foi aprovado no mês passado pelo Congresso Nacional e agora deverá ser regulamentado por decreto. 

O projeto, que agora foi transformado em lei, é de autoria do Executivo, e prevê aplicação de multa ao empregador que descumprir a igualdade salarial para mesmas funções e competências profissionais. A multa será equivalente a dez vezes o valor do novo salário devido. Em caso de reincidência, o valor será dobrado. Atualmente, pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é prevista multa de um salário mínimo regional. 

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"Nesse governo, o empresário que não cumpra [a equivalência salarial], vai ter que enfrentar a legislação brasileira, a lei", afirmou Lula durante cerimônia de sanção, ocorrida na Base Aérea de Brasília.

  Mesmo com pagamento da multa, a pessoa discriminada pode ingressar com pedido de indenização por danos morais. Para dar eficácia à nova lei, o governo federal instituiu canais de denúncia sobre o descumprimento da igualdade salarial por parte de empresas e entidades em geral.

As pessoas podem encaminhar os casos por meio de um portal do Ministério do Trabalho ou pelo telefone: Disque 100, Disque 180 ou Disque 158.

Desigualdade estrutural

No Brasil, uma mulher ganha, em média, 78% dos rendimentos de um homem, apontam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No caso de mulheres pretas ou pardas, o percentual cai para menos da metade (46%) dos salários dos homens brancos. 

"Nós, mulheres, aguardamos por esse dia há pelo menos 80 anos. A obrigatoriedade do salário igual para trabalho igual entre mulheres e homens existe desde 1943 no Brasil, com a implementação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Desde então, houve pouquíssimo avanço nesse sentido", afirmou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. 

De acordo com o Palácio do Planalto, não houve vetos ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo. Na tramitação no Congresso, os parlamentares fizeram algumas mudanças no texto original. Entre elas, a empresa fica dispensada da exigência de igualdade salarial quando adotar a previsão por meio de negociação coletiva, plano de cargos e salários, regra não estabelecida pela CLT. Pelo projeto, as empresas deverão apresentar relatórios para que fiscais possam comparar os valores pagos a homens e mulheres. 

Outras medidas previstas são a disponibilização de canais específicos para denúncias; promoção e implementação de programas de diversidade e inclusão no ambiente de trabalho por meio da capacitação de gestores, lideranças e empregados e empregadas sobre a temática da equidade de gênero no mercado de trabalho, com aferição de resultados; e fomento à capacitação e formação de mulheres para ingresso, permanência e ascensão no mercado de trabalho em igualdade de condições com os homens. 

Outras medidas Durante a mesma cerimônia, o presidente Lula também sancionou a lei que garante, no programa Bolsa Atleta, a manutenção do pagamento da bolsa à atleta gestante ou puérpera. 

Outra medida sancionada pelo presidente foi a mudança da Lei 8.906/94, o Estatuto da Advocacia, para incluir o assédio moral, o assédio sexual e a discriminação entre as infrações ético-disciplinares no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Pernambuco (Sinpolpen) denunciou que, nesta sexta-feira (30), suspeitos arremessaram materiais ilícitos por cima do muro da Penitenciária Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do Estado. Para a categoria, o flagrante, registrado em vídeo, é resultado da falta de efetivo suficiente na guarda interna de policiais penais.

Nas imagens, é possível observar a liberdade de movimentação de criminosos, dentro e fora da penitenciária, listada pelo Estado como de segurança máxima. Ainda de acordo com o Sinpolpen, foram arremessados celulares, garrafas de bebida e, muito provavelmente, armas e drogas.

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"Isto vêm acontecendo em todas unidades prisionais do Estado", alega comunicado emitido pelo Sindicato.

O sindicato alega que a falta de efetivo suficiente na guarda interna de policiais penais impede que existam postos avançados e rondas nas áreas dos pavilhões, para conter que presos transitem livremente dentro da unidade. Também não são realizadas vistorias no perímetro ao redor da unidade prisional.

A segurança dos estabelecimentos penais são de responsabilidade da Polícia Penal, assim como o perímetro, mas, por falta de efetivo, policiais militares ocupam os postos em perímetro.

“Tal função não é para ser de responsabilidade da Polícia Militar. E ocorre que inúmeras vezes a Polícia Militar não coloca viaturas perto das áreas de guaritas para evitar o arremesso. São cerca de 70% das guaritas externas que estão desativadas”, observou.

O que fazer?

O Sinpolpen cobra a convocação dos 1.354 Policiais Penais formados no curso de formação e fazer o planejamento de ocupação de todos os postos avançados e preenchimento do déficit de efetivo, calculado em 2.560 agentes.

“Na Penitenciária Professor Barreto Campelo, por exemplo, há cerca de oito policiais penais, numa unidade prisional que tem cerca de 698 presos com superlotação. Temos Unidades Prisionais como o Presídio de Igarassu com 4.770 presos com capacidade 1.226 vagas por exemplo com apenas 10 policiais por plantão com proporção de 470 presos por policial pena", diz João Batista de Carvalho Filho, Diretor da Federação Nacional dos Policiais Penais,

"O atual governo tem de fazer medidas urgentes com o reforço de efetivo, pois existem chaveiros e presos controlando ações que são do Estado, e pior estes presos vem  subjugando outros detentos", finalizou o comunicado enviado à imprensa.

Um homem de 31 anos foi preso nesta sexta-feira (30), na cidade de Boituva, em São Paulo, acusado de ter estuprado a enteada, de 9 anos. A mãe da menina teria feito a denúncia contra o companheiro após encontrar vídeos e imagens dos estupros no celular do homem, feitos por ele mesmo. 

Segundo a Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, ele teria chantageado a vítima, e dizia que ela não poderia contar a ninguém o que aconteceu, pois ela iria passar vergonha.  

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O suspeito está à disposição da Justiça e deverá responder por estupro de vulnerável e produção de cenas sexuais de menores. 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou a denúncia contra a deputada e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações) no caso que ficou conhecido como "quadrilhão do PT". A decisão foi unânime.

A denúncia foi oferecida em 2017 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na esteira das investigações da Operação Lava Jato.

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Gleisi foi acusada de receber caixa dois de R$ 1 milhão na campanha ao Senado em 2010. O ex-ministro, na época marido da petista, foi apontado como responsável por negociar os supostos pagamentos.

A própria Procuradoria-Geral da República (PGR) mudou o posicionamento e, desde março, passou a defender a rejeição das acusações por falta de justa causa. O argumento foi que a denúncia está fundamentada apenas nos depoimentos de delatores e não foi comprovada por outros elementos.

O julgamento foi realizado no plenário virtual. O ministro Edson Fachin, relator do caso, argumentou que a denúncia "sucumbe" com o recuo da PGR.

"A falta de interesse da acusação em promover a persecução penal em juízo, por falta de justa causa, em razão de fatores supervenientes à apresentação da denúncia, deve ser acatada neste estágio processual destinado a aferir a possibilidade de instauração da ação penal, sobretudo quando amparadas em fundadas razões ou modificação fática que influenciem no julgamento do feito", escreveu.

A denúncia atingiu também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. O processo foi desmembrado e, como eles não tinham mais prerrogativa de foro, tramitou na primeira instância. Eles foram absolvidos em 2019.

Neymar Jr. e sua família deixaram São Paulo, depois do leilão do instituto, e foram direto para Mangaratiba, onde ocorrerá o chá revelação do segundo filho do craque, dessa vez, fruto do relacionamento com Bruna Biancardi. Se o nome dessa cidade te parecer familiar, deve ser porque, recentemente, o pai do jogador recebeu voz de prisão após desacatar uma secretária do meio ambiente enquanto ela interditava um lago na casa do craque por crime ambiental.

Pois é, esse mesmo lago voltou a dar o que falar. Tudo porque Neymar foi visto nandando no local, mesmo após a interdição. Em cliques que rondaram as redes sociais, é possível ver o jogador e alguns amigos fazendo uma espécie de festa no local. Alguns até compartilharam cliques com o papel deixado pela prefeitura para sinalizar a interdição.

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Neste sábado (24) segundo informações do jornal Extra, Bruna e Neymar fecharam o hotel Portobello Resort para realizar o chá revelação de seu primeiro filho. As diárias no local custam cerca de mil e 400 reais.

Ainda de acordo com o jornal, Biancardi teria contato com a ajuda de Rafaella e a madrasta de Ney para organizar a festa. Vale lembrar que tudo isso acontece enquanto Ney e Bruna estão no olho do furacão. Recentemente, o jogador admitiu publicamente ter traído a amada no Dia dos Namorados.

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