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O governo já decidiu que não vai aumentar impostos este ano e em 2017 para alcançar a meta fiscal. A informação foi dada hoje (23), pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao reconhecer que a sociedade brasileira não tem mais como arcar com aumentos da carga tributária.

“Já há decisão da área fazendária neste sentido seguindo orientação do presidente Michel Temer. Não haverá aumento de impostos para 2017”. Em consequência, Padilha afirmou que o projeto que cria limites para o crescimento dos gastos públicos com base na variação da taxa da inflação do ano anterior “é inegociável”. Esse cálculo está previsto no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que está sob análise do Congresso Nacional.

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“Não há hipótese de o governo trabalhar com a flexibilização [dos gastos]. Claro que a decisão final cabe ao Congresso, mas, se não tivermos a aprovação da contenção das despesas, nós vamos ter uma expansão muito expressiva da dívida publica. É como na casa do João, da Maria e do José: o limite do cartão de crédito e do cheque especial estourou, não tem mais como sacar [dinheiro], então temos que cortar despesas. Dói um pouco, não vai ter mais cinema, festa de final de semana”, comparou.

Padilha disse que, como o governo não vai cobrar da sociedade, a diferença para o equilíbrio das contas públicas terá que vir do cortes de despesas. “Então vamos tirar das estradas, da segurança, uma vez que os gastos com saúde e educação são mantidos constitucionalmente – não pode ser mexido, vamos tirar de onde for possível”.

Reforma da Previdência

O ministro voltou a defender a necessidade da reforma da Previdência. “Nós temos que fazer com que o Brasil seja viável no longo prazo. E há duas coisas que são absolutamente indispensáveis que sejam enfrentadas. Uma é a questão da dívida pública, daí a razão do teto, e a outra é a reforma da Previdência. Se não, em pouco anos, o sujeito chega com seu cartão de aposentadoria no banco e não terá dinheiro necessário para que o pagamento seja feito.”

Aumentos salariais

Eliseu Padilha também confirmou a decisão do governo de não negociar aumentos salariais antes que seja decidida a questão do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, uma vez que a negociação estava em desacordo com a própria base de sustentação do governo.

“Essa foi uma decisão tomada durante a reunião do colegiado na última sexta-feira em São Paulo, que concluiu que não havia clima na base. Então o governo decidiu suspender [a negociação] até pelo menos depois da votação do impeachment”. A decisão, segundo Padilha, vai atingir todas as categorias que tiverem alguma ligação com o Executivo.

O ministro deu as informações em entrevista, no Rio Media Center, para apresentar, ao lado do prefeito Eduardo Paes, o balanço final dos Jogos Olímpicos de 2016.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou em entrevista à Rádio Estadão a expectativa do governo interino de Michel Temer (PMDB) com a votação final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT) no Senado. "Deveremos ter entre 60 e 63 votos a favor do impeachment", disse o ministro, emendando: "Sendo conservador, deveremos ter 61 votos."

Apesar da previsão, Padilha disse que o governo respeita a independência dos poderes e que o impeachment é questão do Senado. Mas, pela sua previsão, Michel Temer deverá contar com ampla maioria para continuar no comando do País.

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Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, ao tornar-se definitivo, o governo Temer será ainda mais objetivo para executar as ações necessárias para recolocar o País na rota do crescimento. "Governo enquanto interino deixa interrogações, é natural", afirmou. "Com governo definitivo, teremos de conter a expansão da dívida pública e reformar o nosso sistema previdenciário", disse.

Olimpíadas

Na entrevista ao vivo à Rádio Estadão, encerrada na manhã desta segunda-feira, 22, ele também fez um balanço dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro. Na sua avaliação, o balanço das olimpíadas é "altamente positivo". "Fizemos muito com pouco dinheiro (e mostramos) que o brasileiro é responsável e acolhedor", afirmou.

Padilha justificou a ausência do presidente da República em exercício, Michel Temer, na cerimônia de encerramento ontem à noite afirmando que situação semelhante aconteceu nos jogos de Londres e Pequim. "Ele (Temer) apenas seguiu o protocolo."

Ao falar do balanço que considera positivo, o ministro disse que os jogos apresentaram índice de segurança próximo de 90% e nos aeroportos, a pontualidade foi de mais de 95%. E repetiu: "Fizemos muito com pouco dinheiro."

O ministro também afirmou que os jogos olímpicos permitiram mostrar ao mundo que o Brasil tem capacidade de atrair investimento estrangeiro com segurança jurídica. E argumentou que o governo tem trabalhado para mostrar que pode-se investir no Brasil com segurança jurídica.

Impostos e Previdência

O ministro-chefe da Casa Civil declarou que "já está descartado aumento de impostos com este novo orçamento". Afirmou que a reforma da Previdência é absolutamente necessária. E argumentou que todo dinheiro do orçamento será pouco para aposentadorias, se não tiver uma reforma na previdência pública. "Além de estancar a dívida, temos de reformar nosso sistema previdenciário", afirmou.

"O governo vai mostrar que se não alterar o sistema previdenciário, não haverá dinheiro para bancar (as aposentadorias)", afirmou. O ministro garantiu, entretanto, que quem já tiver "direito adquirido" não precisa se preocupar, porque o governo levará em conta um período de transição. "Respeitaremos (esse período)", frisou.

Padilha destacou que o governo está trabalhando com a idade mínima de 65 anos e que essa alteração será implementada mediante um período de transição. "O Brasil envelheceu e não criou riqueza para "manter os idosos com dignidade".

O peemedebista afirmou ainda que o governo tem como objetivo tornar sustentável o sistema previdenciário. Segundo ele, a reforma da previdência faz parte do ajuste nas contas públicas e na trajetória da dívida.

Cunha

Padilha disse também na entrevista à Rádio Estadão que o governo acompanha o julgamento do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), da mesma forma que observa o de Dilma Rousseff (PT). A votação final do processo de impeachment da petista começa no dia 25 de agosto.

Ele comentou que, assim como a votação do processo de Dilma, o julgamento de Cunha também é uma questão do Legislativo. "O partido (PMDB) não pode ser responsável por Cunha", afirmou o ministro, destacando que o ideal seria que ele pudesse comprovar que as denúncias contra ele não se sustentam.

Faltando menos de duas semanas para o envio ao Congresso Nacional da lei orçamentária de 2017, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, garantiu que não haverá surpresa e que o governo fechará as contas do ano que vem sem aumento de tributos. A proposta do Orçamento, afirmou, será feita com mais cortes nas despesas para garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, de déficit de R$ 139 bilhões.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Padilha disse que revisões na concessão de seguros por causa de acidentes de trabalho podem economizar de R$ 5 bilhões a R$ 7 bilhões por ano. "Estamos trabalhando com a possibilidade de cortar despesas em muitas áreas", afirmou Padilha. Segundo ele, o aumento das receitas previstas virá da retomada da economia e do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

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"O presidente Michel (Temer) e a área econômica entendem que o Orçamento de 2017 fechará sem aumentar ou criar tributos. Por quê? Temos um mar de oportunidades para parcerias com o setor privado, pelas quais a União receberá valores de outorgas também", disse.

A proposta de Orçamento tem de ser enviada até 31 de agosto, mesmo dia previsto para o julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Mas o ministro disse que essa coincidência de data não atrapalhará o projeto de lei. "A limitação das despesas, com o estabelecimento do teto, interessa a todo cidadão, mais do que aos eventuais governantes."

Pós-impeachment

Padilha rebateu as críticas de que o governo vai deixar o encaminhamento da agenda econômica no Congresso para depois das eleições municipais. "Negativo. Não poderemos deixar as medidas saneadoras para depois. Caso contrário, dificilmente poderemos votar as medidas este ano", ponderou. Ele informou que a reforma da Previdência será fechada depois da efetivação de Temer na presidência e antes das eleições municipais de outubro.

Para ele, após o impeachment, Temer terá maior força e credibilidade para negociar a aprovação das medidas no Congresso. "Ele (Temer) somará essas duas qualidades: o presidente e o respeitado conhecedor e operador do Congresso."

Depois da pressão política contra o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobretudo de lideranças do PSDB, Padilha minimizou o problema. "O PMDB tem um projeto de que o governo Temer tem de dar certo. E o ministro Meirelles é pessoa indispensável para alcançar esse objetivo", disse. Ele acrescentou que não "há ninguém" no PMDB com ação para desprestigiar o ministro da Fazenda e sua equipe.

Na estratégia de fortalecer a agenda de negociação das medidas econômicas, Meirelles começa nesta segunda-feira uma série de reuniões das bancadas de parlamentares de partidos da base do governo para falar sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do teto de gasto e do projeto de lei orçamentária. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil "reafirmou" nesta segunda-feira (15) seu "compromisso" com os Jogos Paralímpicos de setembro e assegurou que dará o apoio necessário para este evento, após uma reunião entre o chefe de gabinete e o presidente do Comitê Paralímpico Internacional.

O ministro Eliseu Padilha recebeu nessa segunda-feira (15), em Brasília, o presidente do comitê organizador, Philip Craven, "para reafirmar o compromisso do Brasil com as Paralimpíadas", destacou uma nota oficial, divulgada à noite pela Presidência.

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"O tema do orçamento não foi tratado, mas o governo reiterou que os Jogos ocorrerão e que darão o apoio necessário ao evento", enfatizou a nota.

Mais cedo nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que apelará da decisão judicial que bloqueou a transferência de recursos públicos ao Comitê Paralímpico Internacional para assegurar a realização dos Jogos Paralímpicos entre 7 e 18 de setembro.

"Seria uma vergonha para o Brasil, assim como para o esporte paralímpico e para as pessoas com deficiência, se não tivermos condições de realizar o evento", afirmou Paes em coletiva de imprensa, depois de se reunir com o presidente do comitê organizador, Philip Craven, e com o diretor-geral, Xavier Gonzalez.

Segundo Paes, a Prefeitura fará um aporte de até R$ 150 milhões, caso seja necessário.

"A prefeitura é garantidora da Paralimpíada. A prefeitura está com sua situação financeira saudável, com o pagamento das contas e dos servidores e tem dinheiro em caixa", garantiu Paes.

O Estado do Rio de Janeiro se declarou em situação de "calamidade pública" orçamentária em 17 de junho passado, mas "o município está muito bem", disse Paes poucos dias após afirmar, também em entrevista coletiva, que os Jogos não seriam afetados pela crise financeira.

Na sexta-feira (12), uma juíza federal proibiu o aporte de recursos públicos ao comitê organizador Rio-2016, alegando falta de transparência no uso do dinheiro.

"Vamos deixar explícito onde esse dinheiro será usado. O comitê é uma entidade privada que não segue as mesmas normas de transparência do serviço público. A Paralimpíada é um exemplo de superação nos esportes, mas ainda não é um modelo de negócio, não é tão atraente e tem mais dificuldades na venda de ingressos", disse o prefeito.

O comitê Rio-2016 já havia antecipado que recorreria da decisão judicial. O orçamento da organização, que sofreu vários cortes pela recessão econômica que atinge o país, fechou em R$ 7,4 bilhões.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, usou nesta sexta-feira, 12, o perfil da pasta em uma rede social para defender a reforma da Previdência, argumentando que os pagamentos das aposentadorias correm risco se não houver mudanças no atual modelo.

Ele repetiu que as alterações em estudo pelo governo não irão retirar direitos adquiridos pelos contribuintes. "A reforma da Previdência é indispensável para que o Brasil volte a ter confiança tanto no mercado interno quanto no mercado externo", disse Padilha no Facebook.

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O ministro citou que o déficit previdenciário foi de R$ 86 bilhões no ano passado, deve ficar em R$ 146 bilhões neste ano e pode chegar a um patamar entre R$ 180 bilhões e R$ 200 bilhões em 2017. "Isso não pode continuar, sob pena de não conseguir mais pagar a aposentadoria. Então tem que mudar para preservar, porque se não mudar não vai haver mais a garantia do recebimento da aposentadoria", enfatizou.

A reforma da Previdência tem sido muito criticada pelos movimentos sindicais, que não querem mudanças de regras para os contribuintes que já estão no mercado de trabalho. Segundo Padilha, no entanto, a proposta em estudo pelo governo preservará os direitos dos trabalhadores. "Ninguém perderá nenhum direito adquirido. Não precisa correr para o posto do INSS, todo mundo que tem o seu direito será preservado, não perderá absolutamente nada", completou.

Em outro vídeo na mesma página, Padilha disse que a renegociação das dívidas dos Estados com a União dará fôlego para que os governos estaduais enfrentem suas dificuldades. Pelo acordo, os entes ganharam uma carência de seis meses e pagarão parcelas mensais com desconto pelos 18 meses seguintes.

"Todo o valor que era pago para o governo federal está sendo postergado por até dois anos, então isso dá para os Estados um oxigênio nesse período. Em muitos Estados, esse valor é muito expressivo e dá condições a que este Estado possa enfrentar suas dificuldades momentâneas", disse o ministro.

"Como estamos vendo a confiança na economia sendo retomada neste momento, rapidamente as receitas devem começar a crescer e teremos condições dos Estados crescerem de novo", concluiu.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou nesta quinta-feira (11) após participar de Audiência Pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária no Senado, que o presidente em exercício, Michel Temer, já definiu que em setembro - após a conclusão do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff - vai recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Na reforma ministerial de Temer, que prometeu cortar pastas, o MDA passou a ser a Secretaria de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário e ficou subordinada à Casa Civil.

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Segundo Padilha, ao tomar ciência das pendências e do tamanho das questões que a pasta possui, o presidente Temer decidiu voltar à ideia de ter alguém que vai pensar 24 horas nos temas e "no patamar de ministro". "Eu tenho tantas ocupações que o tempo para cuidar da Secretaria de Desenvolvimento Agrário não é o que seria indispensável", justificou. "Dai porque o presidente disse: tão pronto seja vencida a interinidade, que se tenha os estudos para a reimplantação do ministério do Desenvolvimento Agrário."

O ministro disse ainda que não vê problemas em relação às futuras críticas que virão por mais uma mudança de posição do governo. "Não é mudança de posição, vamos otimizar, não vamos ter nenhum funcionário novo. Não haverá "nenhum centavo a mais de custo" da recriação da pasta", afirmou.

Segundo Padilha, o nome do atual secretário - José Ricardo Ramos Roseno - é um dos que o governo conta para essa promoção. "Não significa dizer que obrigatoriamente seja esse. Sabemos que a bancada do setor na Câmara tem pretensão de indicar um ministro", afirmou, sem adiantar para qual partido a futuro ministério será entregue.

Impeachment

Questionado se o governo trabalha para tentar acelerar o quanto antes o processo de impeachment de Dilma, Padilha afirmou que "todos os brasileiros gostariam de ter a solução deste impasse imediatamente". "Estamos há muito tempo vivendo com sentimento de provisoriedade, temos que tornar a coisa definitiva, isso vai dar certeza para todos", afirmou.

Segundo Padilha, mesmo ainda não sendo confirmado como presidente efetivo, Michel Temer "governa como se fosse governar pela eternidade". "Ele não pensa em ações que vão terminar no dia x, y ou z", afirmou. "Há um projeto em andamento para todo o mandato e esse projeto ganha mais fôlego a partir da confirmação (de Temer) como presidente."

Padilha disse ainda que pelos cálculos do governo hoje o placar obtido na última fase da votação do impeachment no Senado - de 59 votos a favor da continuidade do processo - "é o piso". "Podemos chegar a um teto maior, no limite 62 votos hoje, isso pode variar. Estamos com o cálculo entre 59 e 62."

O ministro da casa Civil, Eliseu Padilha, rebateu as informações de que teria seus bens bloqueados a pedido do Ministério Público Federal. "Ação de Improbidade contra mim ainda não foi recebida pela Justiça. Não houve nem há qualquer indisponibilidade de bens", afirmou, em sua conta no Twitter. "A Ação de Improbidade não deve prosperar, pois foi fundada em documento nulo e o praticado por mim é legal", afirmou.

Reportagem da revista Veja diz que o MPF pediu o bloqueio dos bens e a devolução de R$ 300 mil aos cofres públicos e que o peemedebista é alvo de uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal por supostamente ter mantido uma funcionária fantasma em seu gabinete quando deputado federal. Segundo a publicação, a descoberta aconteceu em 2008, quando a Polícia Federal investigava uma quadrilha que fraudava licitações públicas de obras municipais, estaduais e federais.

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Segundo Padilha, o inquérito sobre o caso já foi anulado pelo Superior Tribunal Federal (STF). "Existe na Justiça Federal Ação de Improbidade contra mim, com base nos documentos anulados pelo STF", disse, ressaltando acreditar que ela não será recebida. "A Ação de improbidade baseia-se em erro de que teria funcionária fantasma. O fiz conforme o Ato da Mesa 72/1997 que permite o que a maioria dos deputado faz: manter funcionários no Estado de origem", afirmou.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou responder, em entrevista coletiva ao final de uma reunião ministerial na manha desta terça-feira, 7, perguntas sobre o impacto dos pedidos de prisão de caciques peemedebistas feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que apenas o procurador poderia falar sobre o tema. "Em um outro momento, talvez comente os pedidos. Agora, aqui, é Olimpíada. Só quem pode responder é o Dr Janot, ele sabe por que fez, o que fez, o que escreveu e o que pediu. Eu não sei nada", disse, após coordenar reunião que tratou dos Jogos Olímpicos. O presidente em exercício, Michel Temer, chegou apenas para o encerramento do encontro.

Questionado sobre as implicações dos pedidos para o governo, Padilha respondeu: "Não sei nada, absolutamente nada." O ministro encerrou a coletiva diante da insistência para que comentasse o tema e fizesse uma avaliação dos pedidos de prisão no governo em exercício de Michel Temer. "Hoje é dia de avaliação das Olimpíadas e Paraolimpíadas. Muito obrigado, senti que esse tema (Olimpíada) está satisfeito. Fico muito feliz, obrigado", afirmou Padilha aos jornalistas.

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Janot pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador e ex-ministro do planejamento de Temer Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), por tentativa de barrar a Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo, nesta terça-feira, 7. O presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, também estaria na lista, de acordo com a TV Globo.

Apesar de a reunião comandada por Padilha ter começado às 9 horas, a coletiva foi marcada de última hora, assim como a participação de Temer já no fim do encontro, que não estava previsto na agenda. Questionado sobre a participação do presidente, Padilha afirmou que ele veio trazer uma mensagem positiva à nova equipe ministerial. "O presidente veio trazer a todos a grande esperança que o mundo tem em relação ao evento, que será visto por 5, por 6 bilhões de pessoas", afirmou.

Olimpíada

Padilha disse que na reunião com os ministros foi feita uma avaliação ministério por ministério e disse que não há "nenhum risco para o efetivo sucesso do evento". "Queremos dar uma palavra de otimismo que estamos no caminho certo e vai ser um sucesso, assim como foi a Copa do Mundo", destacou.

O ministro da Casa Civil disse que a reunião foi de nivelamento de informações e monitoramento dos jogos e que o evento "é oportunidade ímpar para o Brasil" e destacou o legado para o País. "Vamos ter herança material, com todas essas instalações que estão sendo feitas", disse, reforçando que também "vamos aumentar e muito o potencial turístico". "Temos certeza que esse evento vai nos dar franquia internacional", afirmou.

Questionado sobre o ponto mais sensível dos Jogos, o interino do Esporte afirmou que "segurança é sempre uma preocupação". "Todo o processo exige atenção, com segurança, energia e funcionamentos dos equipamentos", disse, ressaltando que também acredita no sucesso do evento.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira, 25, que a presidente afastada, Dilma Rousseff, só voltará a comandar o País se houver um "acidente de percurso" e negou que o novo governo, de Michel Temer, com apenas 13 dias, já enfrente uma crise política. Padilha defendeu o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi afastado do Ministério do Planejamento, ao sugerir, em conversa gravada, um pacto para frear a Operação Lava Jato, e observou que um governo com mais de dois terços de apoio "não pode ter medo" de oposição.

"A menos que haja um acidente de percurso, fica muito difícil que se tenha retorno da presidente Dilma", afirmou Padilha, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Advogado, o chefe da Casa Civil disse que, sob o ponto de vista legal, é "perfeitamente possível" a absolvição da presidente, mas observou que quem fez o movimento pela saída dela não foi o Congresso, mas, sim, as ruas.

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Questionado sobre o fato de Dilma dizer que a conversa gravada entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado escancara o "caráter golpista do impeachment", Padilha foi econômico no comentário.

"Tenho muita dificuldade em ver pessoas com boa formação falar em golpe quando o processo é regido pelo Supremo Tribunal Federal e foi aprovado, até o momento, por mais de dois terços do Congresso", disse ele. No diálogo com Machado, ocorrido em março, semanas antes da votação do impeachment na Câmara, Jucá admitiu a necessidade de mudar o governo para "estancar essa sangria", numa referência à Lava Jato.

À pergunta se o governo não temia que a Lava Jato acabasse contaminando a nova administração, o chefe da Casa Civil enfatizou, com um gesto de cabeça, a negativa: "O governo absolutamente não. Nós temos certeza de que o presidente Michel Temer passa ao largo dessa questão da Lava Jato".

Ao ser lembrado pelo jornal O Estado de S. Paulo de que há, no governo, seis ministros citados em investigações da Polícia Federal, o chefe da Casa Civil reagiu: "Muita calma nessa hora. A menção pura e simples (de nomes) pode não ter nenhum significado. A investigação pode chegar à conclusão de que é o caso de arquivamento."

Padilha não quis comentar gravações feitas por Machado envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e foi lacônico quando lembrado de que a delação de Machado ameaça outros peemedebistas de peso. "Cada dia com sua agonia", disse.

Planejamento

Embora o governo já esteja procurando um substituto para Jucá, que seja afinado com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Padilha não quis antecipar nomes. Cauteloso, disse até mesmo que Jucá pode voltar ao comando do Planejamento, "na medida em que o Ministério Público Federal dê o atestado de que não houve nada censurável" na conversa mantida por ele com o ex-presidente da Transpetro.

Sem esconder a alegria com a vitória do novo governo em seu primeiro teste no Congresso, com a aprovação, na madrugada desta quarta-feira, da revisão da meta fiscal - que elevou a possibilidade de déficit no ano para R$ 170,5 bilhões -, o chefe da Casa Civil afirmou que o governo Temer dará uma "guinada político-administrativa" no País.

Medidas

Padilha assegurou que a nova gestão fará uma "auditoria" em todos os ministérios e repartições, mas disse que não haverá devassa. "A intenção do governo não é fazer caça às bruxas", insistiu.

O ministro também destacou a necessidade de reformar a Previdência para equilibrar as contas públicas. Ao ser indagado sobre as críticas ao pacote de medidas anunciado na terça-feira - que cria limite para elevação dos gastos públicos e restringe o crescimento para despesas com saúde e educação - disse que é preciso "fazer mais com menos".

Diante da pergunta sobre a possível inconstitucionalidade da medida, Padilha fechou o semblante. "Não há nada inconstitucional. Zero. Eu sou advogado. Isso é discurso de oposição", afirmou ele.

Aos 71 anos, conhecido por montar planilhas "certeiras" sobre votos dos parlamentares, Padilha acertou o placar da Câmara para o impeachment de Dilma. Agora, o ministro - que já foi titular da Aviação Civil no governo Dilma e ajudou Temer na articulação política, no ano passado - está certo de que a oposição ao presidente em exercício não vingará. E como ficam as alianças municipais entre o PT e o PMDB nas eleições deste ano?

"Acho que a votação no plenário, nesta madrugada dá a ideia da possibilidade de aliança. É óbvio que inviabiliza", argumentou Padilha.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira (24), que a retirada de urgência do projeto de lei complementar de socorro aos estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff teve como estratégia não trancar a pauta no Congresso. "A urgência constitucional não sendo voltada ela passa a obstruir", disse.

Padilha disse que era preciso fazer "uma distinção". "A retirada da urgência não implica na desistência do projeto, só que perde a celeridade que a urgência constitucional prevê", afirmou.

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O presidente em exercício, Michel Temer, pediu ao Congresso Nacional que seja considerada sem efeito, e, portanto, cancelada, a urgência pedida para o projeto de lei complementar de socorro aos estados enviado pela equipe de Dilma Rousseff aos parlamentares em março deste ano. A mensagem de Temer anulando a urgência da matéria está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira.

Pelo projeto, elaborado ainda sob a gestão do então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a ajuda aos Estados e ao Distrito Federal se dará por meio de três ações: alongamento do contrato da dívida com o Tesouro por 20 anos e a consequente diluição das parcelas; possibilidade de refinanciamento das dívidas com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e desconto de 40% nas prestações da dívida por dois anos.

Temer ainda pediu o cancelamento da urgência de outros dois projetos. O primeiro dispõe sobre a criação de fundos de precatórios nos bancos federais para otimizar a gestão do pagamento desses débitos decorrentes de causas perdidas pela Fazenda Nacional. O outro prevê alterações na legislação sobre registro de empresas e procedimentos de Juntas Comerciais, para desburocratizar atividades relacionadas aos agentes auxiliares do comércio - armazéns gerais, leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais.

Uma petição online pede que o Supremo Tribunal Federal suspenda a nomeação dos ministros do governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) que são citados ou estão sendo investigados pela Operação Lava Jato. Criada no último dia 12, por uma pessoa identificada apenas como Danilo P., até o fechamento desta matéria a petição já tinha 201 mil assinaturas. 

Como justificativa para a suspensão dos atos, o autor utiliza como exemplo o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que teve a nomeação como ministro-chefe da Casa Civil sustada pelo ministro do STF, Gilmar Mendes. A intervenção judiciária aconteceu após os partidos de oposição alegarem que a posse de Lula ao cargo era para garantir foro privilegiado e dificultar as investigações do envolvimento dele no esquema de corrupção na Petrobras.

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“Assim como Lula, alguns ministros indicados pelo presidente interino Michel Temer também tiveram seus nomes citados nessa operação, razão pela qual deve o Supremo se manifestar sobre a legitimidade destes para a posse nos cargos públicos e obtenção ou manutenção de foro privilegiado”, afirma o texto. “Não aceitaremos posições contraditórias da Suprema Corte”, acrescenta.

Segundo o documento online, devem ser suspensas as posses de Geddel Vieira Lima, Romero Jucá, Henrique Eduardo Alves, Bruno Araújo, Ricardo Barros, Raul Jungmann, Eliseu Padilha e José Serra.

Na linha de frente da defesa do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ex-ministro Eliseu Padilha faz as contas e ressalta que, ainda que seja instaurado o processo de impeachment contra o vice, não haverá apoio suficiente dentro do Congresso para afastá-lo.

Assim como o senador Romero Jucá (RR), que assumiu nesta terça-feira, 5, interinamente a presidência do PMDB, Padilha foi escalado para tirar Temer da linha de frente dos embates com o PT e o Palácio do Planalto, que se acentuaram após o rompimento do PMDB com o governo.

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"A correlação de força que hoje existe dentro da Câmara dos Deputados se inverte. Hoje, quem tem que evitar que não se tenha 342 votos terá que colocar. E em tese, hoje temos mais facilidade para que não aconteçam 342 votos contra o Michel. Não haverá 342 votos pelo impedimento dele. Presumo que se mate (o processo) na comissão", disse Padilha, fazendo uma referência ao número de apoio necessário para que um processo de impeachment passe pelo plenário da Câmara.

As declarações de Padilha ocorreram após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello determinar ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receba um pedido de impeachment do vice-presidente e envie o caso para análise de uma comissão especial a ser formada na Casa.

A decisão monocrática do ministro passa a valer desde já, mas Cunha já sinalizou que irá recorrer e levar a discussão para ser decidida pelo plenário do STF.

Para Padilha, o ministro tomou a decisão de forma isolada e não contaria com o respaldo da maioria do ministro do STF. "Nós temos tranquilidade absoluta no que diz respeito ao presidente Michel. No que pese todo o respeito ao ministro Marco Aurélio, essa posição dele é uma posição isolada em relação a muitas decisões do Supremo. E o que nós contamos é que, com os recursos que venham a ser apresentados no processo, se tenha reversão", disse o peemedebista.

A expectativa dentro da cúpula do PMDB é de que a tramitação do processo, mesmo após uma decisão final pelo STF, se arraste dentro da Câmara por meio de possíveis manobras regimentais. Entre as que poderiam ser adotadas é a não indicação, por parte dos líderes, dos integrantes que deverão compor uma futura comissão especial.

O ex-ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, minimizou o impacto da Operação Catilinárias, desencadeada nesta terça-feira, 15, pela Polícia Federal, no PMDB. Ele lembrou que as investigações já estavam em andamento. "O PMDB existe nas 27 unidades federativas, temos nomes sendo investigados, por enquanto só investigados", disse, após se reunir com o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.

O ex-ministro, que deixou o governo logo depois que foi instaurado o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, fez questão de ressaltar que a sigla não tem nenhum membro preso. "Tem muita gente presa, não tem ninguém preso no PMDB", disse.

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Hoje a Polícia Federal cumpre 53 mandados de busca e apreensão, inclusive na casa e no gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de dois ministros de Estado, o de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, e do Turismo, Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB.

Membro da executiva do PMDB, Padilha disse que tinha vindo falar com o "chefe" para ver o que fazer e preferiu não comentar a situação de Cunha. "Esse eu não sei", disse. O ex-ministro defendeu as investigações, disse que as instituições têm que cumprir o seu papel sem fazer distinção entre "a, b ou c".

Padilha reuniu-se com Temer e deputados peemedebistas nesta manhã. Profundo conhecedor da bancada do PMDB na Câmara, o ex-ministro ajudou nas articulações para tirar Leonardo Picciani (RJ), tido como aliado do Planalto da liderança do partido na Câmara. Participaram do encontro os deputados Osmar Terra (RS); Darcisio Perondi (RS); Lelo Coimbra (ES), Baleia Rossi (SP).

O peemedebista Eliseu Padilha entregou nesta segunda-feira, 7, ao governo sua carta de demissão. O documento foi protocolado às 16h06 na Casa Civil e recebido pelo ministro Jaques Wagner. Após receber a carta, Jaques seguiu para reunião com a presidente Dilma Rousseff, durante a qual a informou da decisão.

A reunião da presidente, que acontece nesta tarde, no Palácio do Planalto, entretanto, é com o grupo interministerial que cuida do programa de combate ao zika vírus e seria preparatória para o encontro de governadores, amanhã, em Brasília.

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Padilha deixou o Planalto e seguiu para a sede do PMDB, onde deve conceder uma entrevista coletiva. Na saída, segundo interlocutores da presidente, o agora ex-ministro estava sorridente e afirmou que continuará a ajudar o governo da presidente Dilma.

A saída de Padilha, considerado um dos nomes mais próximos ao vice-presidente Michel Temer, tem sido interpretada no Planalto como um sinal de enfraquecimento na aliança PT/PMDB. Além disso, reforça a tese de que Temer estaria se distanciando da presidente.

Assim que foi deflagrado o processo de impeachment, na última quarta-feira, a presidente teve apenas um rápido encontro com o vice. Auxiliares da presidente dizem reservadamente que a postura de Temer passa a imagem de que ele está conspirando para chegar ao poder.

Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff tentou minimizar o distanciamento entre ela e seu vice, Michel Temer. Dilma disse que sempre confiou no peemedebista e que ainda não havia sido informada sobre o pedido de demissão do ministro Eliseu Padilha.

O ministro demissionário da Aviação Civil, Eliseu Padilha, irá se reunir nesta segunda-feira, 7, com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para comunicar pessoalmente ao governo sua decisão de entregar o cargo. Apesar de o governo ainda esperar uma conversa com Padilha, o cargo dele já estaria em negociação. O líder do governo na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), já teria recebido a tarefa de indicar nomes para a vaga.

Picciani nega a oferta, mas admite que, se for procurado, irá atender ao apelo do governo. "Em nenhum momento, a Dilma fez o convite à bancada para indicar. Se ela vier a fazer, nós debateremos com a bancada. A bancada de Minas Gerais é importante e pode desempenhar bem essa função", sugeriu.

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Na última quinta-feira, 3, ele protocolou uma carta de demissão na Casa Civil, mas a presidente Dilma Rousseff disse sábado no Recife (PE) que não tinha conhecimento.

"Eu não recebi nenhuma comunicação do ministro e ainda conto com sua permanência", disse Dilma, que foi à capital pernambucana para se reunir com autoridades discutir ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. "Não sei se ele tomou uma decisão definitiva porque não conversou comigo. Aguardo. Não tomo posição sobre coisas que não consigo entender inteiramente", complementou a presidente.

A decisão de Padilha de deixar o governo ocorre em meio ao início da discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso e foi interpretada no Palácio do Planalto como o primeiro passo para o descolamento do vice e o desembarque do PMDB da equipe. Padilha é um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, que tem se aproximado do PSDB.

O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), afirmou nesta sexta-feira, 4, que a saída de Eliseu Padilha (PMDB) do ministério da Aviação Civil foi uma movimentação individual e não partidária. "Um ou outro militante de qualquer partido pode tomar a decisão que quiser, mas não entendo como uma decisão partidária, portanto respeito mas vamos tratar com o PMDB", disse Sibá.

Padilha é um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer. Ele comunicou sua saída do governo à cúpula do PMDB na manhã desta sexta-feira. Segundo na linha sucessória da Presidência da República, o vice-presidente Michel Temer evitou nesta quinta-feira, 3, participar das principais discussões com integrantes da cúpula do governo e de se posicionar publicamente sobre a instauração do processo de impedimento a presidente.

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A mesma conduta de Temer tem sido adotada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e lideranças do partido. Sibá está em São Paulo para participar de reunião da Executiva Nacional do PT. O encontro havia sido convocado para tratar do destino do senador Delcídio Amaral, preso por obstruir investigações da Lava Jato, mas deve se centrar nas estratégias do partido para enfrentar o processo de impeachment deflagrado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Um dos principais aliados do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), disse na manhã desta sexta-feira, 4, a correligionários que vai deixar o governo.

Segundo relatos, o ministro tentou se reunir com A presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 3, mas não teve êxito. A conversa deve ocorrer na próxima segunda-feira, dia 7. Nesta sexta, Padilha cumpre agenda no Rio Grande do Sul, seu Estado de origem.

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Um posicionamento oficial, por parte dele, deve ocorrer apenas após a conversa com Dilma. A decisão do ministro ocorre em meio ao início da discussão do processo de impeachment da presidente no Congresso Nacional.

Distanciamento

Segundo na linha sucessória da Presidência da República, Temer evitou nesta quinta-feira participar das principais discussões com integrantes da cúpula do governo e de se posicionar publicamente sobre a instauração do processo de impedimento à presidente.

A mesma conduta de Temer tem sido adotada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e lideranças do partido na Casa. A avaliação inicial das lideranças do PMDB no Senado é de que o momento é de "cautela", uma vez que a questão ainda precisa ter seus desdobramentos na Câmara - onde o processo deverá ser discutido inicialmente.

O ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), afirmou nesta segunda-feira (31), durante almoço com empresários em São Paulo, que seu partido permanece comprometido com a manutenção da governabilidade, apesar da pressão exercida por grupos menores dentro da legenda. "Existe uma pressão interna de um grupo considerável no partido, mas minoritário, para que o PMDB se declarasse independente", afirmou Padilha. "No entanto, o compromisso do PMDB é com a governabilidade. A maioria do PMDB quer manter o status quo."

Ele também negou que o PMDB irá deixar o conselho político e acrescentou que o vice-presidente Michel Temer deu a sugestão para criar um conselho mais amplo, com representação de partidos da base, para ouvir outras posições políticas.

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Padilha afirmou que permanecerá "mais 15 ou 30" dias atuando no varejo da articulação política do governo e que depois disso a Secretaria de Relações Institucionais não precisará mais existir. "Essa é uma secretaria (SRI) que, a rigor, não tem mais muita razão de existir neste governo. Estamos ultimando a questão dos cargos no terceiro escalão. No segundo escalão já está tudo definido. Quando isso estiver concluído, não vai mais se falar de cargo, a menos que morra alguém."

A partir de amanhã, segundo o ministro, ele passará a dar meio expediente na Secretaria de Aviação Civil e meio na Articulação Política "para que a memória não seja perdida e as tratativas não sejam desfeitas".

"De agora em diante, as emendas são impositivas. Não tem mais como escolher se eu pago ou não para ti", afirmou. Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) deixou as negociações de varejo com o Congresso Nacional, tarefa em que era auxiliado por Padilha.

Reforma administrativa

A respeito da possível união de sua pasta com o Ministério dos Transportes, em uma eventual reforma administrativa do governo, Padilha disse ver a iniciativa "com bons olhos". Segundo o ministro, existem condições para que essa ideia seja colocada em prática com eficiência. "Não vamos perder eficácia na aviação civil se, por ventura, vier a ser parte de um ministério maior."

Padilha ainda destacou que o setor de aviação e aeroportos não perderia com a eventual extinção da secretaria, uma vez que o segmento é bastante atuante, com empresários e parceiros de nível internacional interessados no setor.

Para o ministro, a concessão aeroportuária e o projeto dos aeroportos regionais poderá ser "a grande marca do governo Dilma". Ele voltou a destacar que dentro do contexto de reestruturação da Infraero serão criadas duas subsidiárias, Infraero Serviços e Infraero Participações e que, a partir da criação da Infraero Serviços, haverá a garantia do estabelecimento de um sistema de gestão para os aeroportos regionais. "Eles precisam de uma âncora forte. A Infraero Serviços seria a âncora que poderia atendê-los. Esses 270 aeroportos regionais representam 270 polos de desenvolvimento em todo o País", afirmou.

Na corrida pela preferência de Pernambuco para receber o hub do Grupo Latam, das empresas aéreas LAN e TAM, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), reúne-se, nesta quarta-feira (22), com o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha.

O encontro acontece na sede do Ministério, em Brasília, às 15h. Esta é a terceira vez, em pouco mais de três meses, que o governador encontra com Padilha. A primeira vez foi em 5 de maio, quando Paulo Câmara apresentou o projeto do estado na concorrência pelo empreendimento.

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A segunda em 16 de junho, juntamente com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). Os três pontuaram as medidas do Governo Federal que pode contribuir com a aprovação do hub para Pernambuco. A expectativa é de que no encontro desta quarta, o governador apresente novas demandas ao ministro.

Pernambuco concorre pelo hub da Latam com os estados do Ceará e Rio Grande do Norte. O resultado da disputa deve ser divulgado em dezembro pelas empresas aéreas. 

O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse que o governo continuará buscando harmonia com o Congresso Nacional, mesmo com a ruptura da aliança anunciada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Apesar do tom conciliador, a estratégia do Palácio do Planalto é isolar Cunha e minimizar o mal-estar com o PMDB.

“As relações serão normais entre os dois Poderes”, frisou Padilha, em coletiva de imprensa, após a reunião do conselho político. “Penso que em todas as pessoas que chegam aonde chegou o presidente Cunha, está implícita a responsabilidade dos chefes de Poder: os interesses da nação se sobrepõem aos interesses conflitantes entre um e outro Poder”, explicou o peemedebista que enfatizou que o deputado “sempre mereceu e merece atenção e respeito".

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Padilha disse que respeita a opinião do presidente da Câmara, mas negou que o governo tenha alguma interferência na investigação e instauração de processos da Operação Lava Jato. “Vários integrantes do Poder Executivo também sofrem acusações neste processo. O governo, efetivamente, não tem nenhuma influencia no Ministério Público e na Polícia Federal, especificamente neste caso, a Lava Jato. É uma percepção pessoal dele, que a gente tem entendimento diferenciado”, disse.

Sobre as críticas do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao ajuste fiscal conduzido pelo governo, Padilha evitou polêmicas. “Os aliados não estão proibidos de fazer críticas. O governo tem que ter humildade e sensibilidade de acolher essas críticas e dialogar com esse parceiro. As críticas dele têm que ser vistas como contribuições, ele aponta caminhos que fazem o governo refletir. É normal no campo da política que um aliado faça críticas, o que tem que ser interpretado como contribuição”.

Na reunião de articulação política, foi feito um balanço do semestre. Além da presidente Dilma Rousseff e de Padilha, estiveram presentes os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça), Nelson Barbosa (Planejamento) e Jaques Wagner (Defesa). Parlamentares também participaram do encontro, como o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS); o líder do governo no Congresso, o senador José Pimentel (PT-CE) e o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara.

 

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