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Um homem identificado pelas autoridades francesas como um extremista islâmico com problemas mentais esfaqueou até a morte um turista alemão e feriu duas pessoas neste sábado (2) em Paris antes de ser detido, segundo as autoridades.

O ataque ocorreu perto da Torre Eiffel, à noite, em um momento em que a França mantém um nível elevado de alerta devido ao aumento das tensões relacionadas à guerra entre Israel e o Hamas.

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"Não cederemos ao terrorismo", declarou neste domingo (noite de sábado no Brasil) a primeira-ministra francesa, Elizabeth Borne.

"Meus pensamentos estão com as vítimas, os feridos e seus entes queridos. Eu saúdo a coragem e profissionalismo de nossos serviços de emergência", acrescentou Borne.

O procurador antiterrorismo informou que se encarregaria da investigação do ataque.

Uma fonte policial disse que o agressor era conhecido pelas autoridades por seu extremismo islâmico e era tratado por problemas psiquiátricos.

Ele gritou "Allahu Akbar" (Alá é grande) antes de ser preso, de acordo com a fonte.

Segundo a promotoria de Paris, o agressor é um francês nascido em 1997 que havia sido detido em uma investigação sobre casos de assassinato e tentativa de assassinato.

O ministro francês do Interior, Gerald Darmanin, que foi ao local do ataque, afirmou que o homem havia sido condenado em 2016 a "quatro anos de prisão" por planejar outro ataque que não conseguiu executar.

O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu em mensagem no X, o antigo Twitter: "Envio minhas condolências à família e aos entes queridos do cidadão alemão falecido esta tarde no atentado terrorista de Paris, e meus pensamentos estão com as pessoas que estão feridas e sendo atendidas neste momento".

- Série de ataques -

"Um homem atacou um casal de turistas estrangeiros. Um turista alemão nascido nas Filipinas morreu esfaqueado", disse Darmanin.

De acordo com o ministro, um taxista que presenciou o incidente interveio. O agressor atravessou o rio Sena e atacou outras pessoas, ferindo uma com um martelo enquanto a polícia o perseguia.

A polícia usou uma pistola de choque para neutralizar o homem.

"Ele os ameaçou de forma muito violenta [...]. Agora terá que responder por suas ações perante a Justiça", garantiu Darmanin.

A França tem enfrentado uma série de ataques de extremistas islâmicos desde 2015, incluindo os ataques suicidas e armados de novembro de 2015, que deixaram 130 mortos em Paris e foram reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

As tensões aumentaram na França, um país com grandes populações judaica e muçulmana, após o ataque do movimento islamista palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro e os subsequentes bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.

No Natal de 2022, a família do bombeiro Yasser Youssef Batista Cordeiro protagonizou um episódio de violência e terror horas após a celebração da ceia natalina. O militar estava dormindo e acordou com os gritos da esposa, enquanto sua casa era invadida por um homem armado com facas. O caso aconteceu em um apartamento no Torreão, na Zona Norte do Recife, e foi testemunhado por vizinhos. À ocasião, o invasor golpeou Yasser com 32 facadas, após render a vítima e trancá-la no quarto que pertencia ao casal. Hospitalizado, o bombeiro morreu no dia seguinte, 26 de dezembro.  

Nesta segunda-feira (2), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Joana Bezerra, aconteceu a primeira audiência de instrução do caso, quase dez meses após o homicídio. O réu está preso desde o ocorrido, mas a família se mobiliza para que a prisão não seja flexibilizada de nenhuma forma e que o invasor vá a júri popular o mais rápido possível. Paula Ingrid, de 38 anos, sobrevivente e esposa de Yasser, relata que os dias têm sido difíceis e que é a busca por justiça que a tem motivado a correr atrás do necessário. 

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“O dia a dia é muito duro. Ele [o assassino] não tirou só a vida do meu marido. Tirou a minha, da minha filha, da minha enteada, da mãe dele. Da minha família e da dele. O dia a dia é de psicólogos, psiquiatras, remédios, urgência, crises de pânico. Tenho que lidar com toda essa loucura por algo óbvio. Ele foi pego em flagrante. Ele deu 32 perfurações no meu marido por nada, unicamente para fazer o mal”, desabafa Paula ao LeiaJá. Yasser Youssef tinha 41 anos e era oficial do Corpo de Bombeiros. O fato da vítima ser militar é considerado um dos motivos para o réu ter cometido um crime tão violento, em uma espécie de vingança, por ter confundido Yasser com um policial. 

A vítima sobrevivente é a principal mobilizadora da campanha “Justiça por Yasser”, que se organiza e divulga informações do caso através do Instagram. Paula e Yasser foram casados por 12 anos, mas estavam juntos há 19. O casal também tem uma filha, atualmente com oito anos, mas a menina não teve o nome divulgado. A criança é a segunda sobrevivente do episódio e também estava dormindo quando a invasão aconteceu.  

“No momento em que eu peguei minha filha e corri, eu ouvi quando ele viu a farda do meu marido. Ele começou a xingar, ficou muito nervoso. 'Tu é militar, filho da put*', e meu marido respondeu que era só bombeiro, mas nesse momento, certamente, ele começou a furar o meu marido, que também gritou pedindo 'por favor'. Também ouvi o barulho dos móveis arrastando, porque provavelmente meu marido tentou se defender. Saí de carro com a minha filha, pois tem um posto policial perto da minha casa, e quando voltei pra lá com os policiais, já havia uma segunda viatura, que a minha vizinha chamou, mas não deu tempo. Minha casa estava toda ensanguentada, um cenário de guerra”, continua a esposa da vítima. 

O dia da invasão 

Ainda segundo Paula Ingrid, a invasão foi antecipada por uma vizinha, que flagrou o suspeito preso às grades do prédio e informou a amiga por telefone. Paula correu para acordar Yasser, mas quando chegou no corredor entre o quarto da filha e a sala de estar, o homem já estava lá. O invasor entrou no local pela grade da lavanderia, que dá acesso à cozinha do apartamento e lá, furtou duas facas, utilizadas posteriormente no crime. 

Yasser foi acordado aos gritos da companheira. “Gritei pelo meu marido e ele acordou desnorteado, sem entender nada. Ele havia bebido vinho na ceia [de Natal] e estava sonolento. Ainda assim, ele foi pra sala e tentou uma negociação com esse homem e ele [o invasor] disse que tinham pessoas querendo matá-lo, mas que não seria morto. Na negociação ele rendeu o meu marido por trás, com uma faca no pescoço e outra na cintura. Ele levou o meu marido pro quarto e trancou a porta. Nisso, ele já tinha levado a chave da casa e os celulares. Foi ágil, foi tudo pensado. Quando ele entrou no quarto e trancou a porta, eu vi a outra cópia da chave, ao lado da chave do carro. Eu ceguei, só pensei na minha filha, que só tinha sete anos, e ele com certeza não iria nos poupar”, continua a vítima. 

Homenagem de Fernanda, primeira filha de Yasser. Foto: Vitória Silva/LeiaJá

As teses da acusação 

O caso de Yasser é representado pelas assistentes de acusação Gabriela Silva e Isabel Barbosa, que trabalham com a tese de homicídio qualificado por quatro qualificadoras. De acordo com as advogadas, a audiência de instrução já deveria ter ocorrido há alguns meses, mas a defesa do réu tem postergado o processo e esgotou o prazo estipulado por diversas intimações judiciais, o que é visto como uma tática comum nesses casos. 

"Hoje, vamos reforçar a tese das qualificadoras. A impossibilidade de defesa, a quantidade de facadas, o fato de a vítima estar dormindo no momento da invasão. Nossa expectativa é de que a audiência de instrução se encerre hoje. A defesa tentou postergar o júri de todas as maneiras. O atraso, além de prolongar o sofrimento da vítima viva [Paula], pode fazer com que o caso caia no esquecimento. Nós queremos a pena máxima e que o caso siga em evidência", informou Gabriela. 

A primeira audiência, no entanto, é apenas de instrução. É nela que se define tanto a questão de autoria, que, “neste caso, está comprovada, pois ele foi pego em flagrante e confessou”, segundo Gabriela, quanto a questão das qualificadoras que serão aplicadas em plenário do júri. A acusação vai apelar pela pena mínima de 24 anos. O autor já não é mais réu primário, tendo passagem por receptação, com registro em Jaboatão dos Guararapes. 

“Ele já é réu confesso e a defesa vem protelando para tentar ganhar tempo porque, como se tratou de uma situação de total emboscada sob motivo fútil, faz com que ele seja levado ao júri. Não existem dúvidas quanto à autoria do crime. Neste caso, o crime é um homicídio com quatro qualificadoras: motivo fútil, emboscada, meio cruel e ainda o fato de Yasser ser bombeiro, pois a informação da vítima ser um militar foi um fator determinante", alegou Isadora, também assistente de acusação. 

A defesa do autor do crime, um homem de 31 anos, cuja identidade não foi revelada, não foi localizada pela reportagem antes e nem durante a audiência. O caso estava sob a advogada cível Isadora Pires, que não representou o réu na audiência desta segunda-feira (2). Houve a habilitação de um novo advogado, criminalista, para a audiência de instrução. “Já desconfiávamos que havia um advogado criminalista por trás. É uma estratégia de defesa, como uma ‘fachada’. A advogada anterior nem era criminalista, mas de causas civis. Hoje, pode ser que o advogado habilitado peça novas perícias e consiga postergar o júri mais ainda”, esclareceu a assistente de acusação Gabriela Silva. 

Sobreviventes nunca retornaram ao local 

Após o crime, amigos e familiares de Yasser e Paula realizaram um mutirão para limpar o apartamento e remover os pertences do casal do imóvel. Paula diz nunca ter tido condições de voltar lá e, atualmente, mora com familiares. “Não fico só e não ando só. É um dia a dia de muita luta pra fazer o necessário, até porque carrego a dor também da minha filha”, disse. 

A criança, que à época do homicídio tinha sete anos, passou a falar sobre o episódio apenas recentemente. Paula diz que a filha “bloqueou” o dia como uma resposta ao trauma, mas que lembra com detalhes do que aconteceu, mesmo tendo sido acordada no meio da noite, já com a situação em andamento. 

“Quando eu cheguei ao posto policial, cheguei gritando, porque não tinha como ser diferente, eu precisava de ajuda. Ali, ela entendeu e começou a chorar, a gritar, ficou em desespero. Na volta, ela ficou com uma vizinha. Ela bloqueou esse dia, mas recentemente consegui falar disso com ela e me surpreendi, pois ela lembra de detalhes. Como ela tem dificuldade de falar sobre, não achei que ela saberia. Ela só não sabe da crueldade, da quantidade de facadas, mas sabe de tudo. Ela me pergunta: 'mamãe, por que o assassino escolheu a nossa casa? Papai tinha 40 anos, por que Deus levou meu pai?'”, diz a mulher. 

Yasser tinha uma outra filha, do primeiro relacionamento. A jovem Fernanda Cordeiro, de 23 anos, ficou sabendo do assassinato do pai enquanto comemorava o Natal na casa dos sogros, que também haviam tido uma perda familiar na véspera da data. "Você nunca imagina que vai acontecer com você e com alguém que você ama. Tanto pra mim, quanto pra minha irmã, ele era a pessoa mais forte do mundo, a que sempre protegeria a gente e nada de mal aconteceria a ele nunca. Realmente, era essa visão bem fantasiosa mesmo, de herói. É terrível imaginar que meu pai passou por tudo aquilo. É de uma frieza absurda você fazer isso com uma pessoa. A gente tenta ser forte e levar os dias, mas a saudade só cresce”, finalizou Fernanda. 

Um ano após ser vítima de uma facada, o zagueiro Pablo Marí, ex-Flamengo e que defende o Monza, da Itália, viu o responsável pelo atentado, Andrea Tombolini, ser condenado a 19 anos e quatro meses de prisão. O homem de 46 anos ainda terá de indenizar o jogador e as demais vítimas.

O defensor espanhol não foi a única vítima do caso, ocorrido em um mercado de Milão, em outubro de 2022. Além do defensor do clube italiano, outras cinco pessoas foram atingidas e Luiz Fernando Ruggieri, de 48=7 anos, acabou morrendo.

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A Justiça Italiana chegou à conclusão que o criminoso sofre de distúrbios mentais, mas concluiu que ele entendia perfeitamente o que fazia, de acordo com o jornal Italiano Corriere Della Sera. Além da condenação à prisão, ainda foi determinado uma indenização de 30 mil euros (aproximadamente R$ 154 mil reais) à família de Ruggieri, que acabou não resistindo à agressão.

Andrea Tombolini afirmou, em depoimento à juíza Silvia Perrucci, afirmou que "sentiu inveja por ver aquelas pessoas todas felizes e bem", e optou por agredi-las com facadas. O criminoso chegou a pedir desculpas, mas não escapou da exemplar punição.

Os sobreviventes ao ataque também terão de ser indenizados por Tombolini. A Justiça italiana determinou que ele desembolse cerca de R$ 77 mil a ser dividido pelas outras pessoas feridas no ataque.

Uma mulher de 25 anos, identificada como Renata Barbosa do Amaral, foi assassinada pelo ex-marido no último sábado (22), enquanto cumpria expediente em um supermercado de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais. O crime, que foi flagrado por uma câmera de segurança do estabelecimento, foi cometido em frente aos filhos do casal, que têm 6 e 10 anos.  

No vídeo entregue pelo estabelecimento à Polícia Civil é possível ver Alessandro Vasconcelos, de 34 anos, surpreendendo a vítima com vários golpes. Renata não teve chance de reagir. Os colegas de trabalho percebem a situação segundos após a vítima ser golpeada e reagem assustados, mas não conseguem impedir o suspeito. Os filhos de Renata e Alessandro estavam ao lado da mãe durante o ocorrido. 

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O agressor se entregou à polícia, em um batalhão local, minutos depois, apesar de ter abandonado a cena do crime. Aos militares, ele informou que não aceitava o fim do relacionamento e disse que não conseguia mais viver sem a mulher. O crime foi premeditado e Alessandro foi ao local apenas para matar a ex-companheira. 

 

Foram divulgadas imagens que mostram o momento em que o aluno da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo, foi imobilizado por professoras nesta segunda-feira (27). Mais cedo, ele havia esfaqueado outros docentes e dois alunos durante o horário letivo.

O vídeo que circula nas redes sociais é de uma câmera de segurança de uma das salas de aula. O estudante do 8º ano está segurando uma pessoa no chão e duas mulheres adultas, possivelmente professoras da escola, se aproximam dele. Uma delas o segura por trás e a outra retira a faca de suas mãos. O vídeo para no momento que ela se aproxima para retirar a máscara que cobre o seu rosto.

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As vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Uma delas, uma professora de 71 anos, sofreu um ataque cardíaco após ter sido atingida e faleceu.

Um homem de 57 anos foi vítima de um latrocínio (roubo seguido de morte) na noite da sexta-feira (17), no bairro do Varadouro, em Olinda. Clelio Barreto da Silva estava em uma parada de ônibus quando foi abordado por criminosos que o esfaquearam, segundo a Polícia Civil de Pernambuco. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. 

O crime foi registrado pela Força Tarefa de Homicídios da Região Metropolitana Norte. De acordo com a corporação, que pede informações à população com a garantia do sigilo absoluto, um inquérito policial foi instaurado. Qualquer informação sobre o ocorrido pode ser repassada para a ouvidoria da SDS, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, através dos números: 0800-0815001 e (81) 9.9488-3455.

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O sobrinho da vítima Danilo Batinga relatou ao g1 que o tio trabalhava na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, conhecida como Capela Dourada, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. Ele morava em Paulista e aguardava um BRT no momento do assalto. “Dois indivíduos abordaram ele e anunciaram o assalto. Não sabemos se ele reagiu, se assustou ou algo assim, mas eles esfaquearam meu tio. Ele chegou a ser levado para o Hospital do Tricentenário, mas não resistiu”. 

O corpo de Clelio Barreto da Silva foi levado ao Instituto de Medicina Legal para perícias. O velório e sepultamento acontecem no domingo (19), no cemitério de Santo Amaro. 

O homem que tentou matar a ex-companheira a facadas em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, foi preso nesta quinta-feira (2), no bairro do Ibura, na Zona Sul da capital. A vítima foi salva pelo irmão, que também foi ferido para evitar a consumação do crime. 

Nesta manhã, policiais da 10ª Delegacia de Homicídios de São Lourenço cumpriram um mandado de prisão preventiva em decorrência dos fatos ocorridos no domingo (26). O agressor vai responder por tentativa de feminicídio e de homicídio contra o ex-cunhado. 

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Segundo a investigação, o homem também é suspeito de atear fogo na casa do ex-sogro, em novembro do ano passado. 

O ataque foi flagrado por câmeras de monitoramento e teria sido motivado por inconformismo com o fim do relacionamento. De acordo com os relatos, a convivência do casal seria marcada por agressões físicas e psicológicas, que se intensificavam quando o homem consumia bebida alcoólica.  

A Polícia Civil do Ceará prendeu preventivamente nesta segunda-feira, 29, o homem de 59 anos suspeito de matar a facadas um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Cascavel.

A corporação informou que Edmilson Freire da Silva tem passagem por lesão corporal dolosa no contexto de violência doméstica. Ele foi ouvido e deve ser transferido para o sistema prisional.

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O delegado responsável investiga se o crime teve motivação política. "Com base nas primeiras informações, a motivação está relacionada a questões políticas", informou a Polícia.

O crime aconteceu no sábado, 24, em um bar da cidade. Testemunhas relataram que uma discussão teve início depois que a vítima declarou voto em Lula.

A vítima, um homem de 39 anos, chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico.

Nas redes sociais, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, disse que o crime é resultado de "fanatismo e ódio".

O casal Geraldo Pereira Coelho, de 73 anos, e Oselia da Silva Coelho, de 72, foi morto a facadas na madrugada deste sábado, 25, em um condomínio no bairro do Humaitá, zona Sul do Rio de Janeiro.

Sem dar nome, a Polícia Civil informou que um homem foi preso em flagrante com a faca do crime no local. Seria o genro do casal, o oficial da Marinha Cristiano da Silva Lacerda, de 40 anos, agora sob custódia no Hospital Municipal Miguel Couto.

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O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) da Polícia Civil. A Polícia Militar (PM) informou que o crime aconteceu em condomínio na Rua Pio Corrêa, que fica próxima a uma das entradas do Túnel Rebouças, que liga as zonas sul e norte do Rio.

As autoridades policiais não deram detalhes do crime. O apartamento seria do filho do casal, o professor de inglês Felipe da Silva Coelho, que mantinha um relacionamento amoroso com o suspeito e recebia em casa os pais, naturais do Ceará, desde o último dia 17.

Policiais militares foram acionados no início da madrugada e encontraram o suspeito pelas mortes inconsciente. Coelho também foi encontrado no prédio, segundo a Polícia Militar, "abalado emocionalmente".

Neste sábado, 25, por volta das 11 horas, Coelho postou nas redes sociais uma foto tirada com os pais no Cristo Redentor. Na legenda, escreveu: "Pra sempre juntos, nos braços do Pai. Meus amores eternos. Nada vai apagar esse amor. Te amo, pai. Te amo mãe". Nos comentários de pesar, familiares e amigos lamentavam o ocorrido.

Em entrevista ao jornal O Globo, Coelho disse que já havia terminado o relacionamento com o suspeito, mas Lacerda, que dividia a moradia com o ex-companheiro, ainda morava no apartamento enquanto buscava outro lugar para morar. O término do relacionamento, em abril, teria acontecido em função de agressões.

Segundo o filho do casal assassinado, ontem, 24, ele tinha ido sozinho a um evento em Ipanema, também na zona sul do Rio, quando recebeu mensagens de Lacerda sobre um mal-estar da mãe, Osélia. Ao retornar para casa, Coelho teria se deparado com a cena do crime e buscou ajuda no condomínio. O filho do casal já prestou um primeiro depoimento na sede da Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.

   Um motorista de aplicativo foi atingido com nove facadas por adolescentes em tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte), na Zona Sul do Recife, na última segunda-feira (13). As informações são da TV jornal. 

Segundo a vítima, de 27 anos, o grupo que solicitou a corrida com destino final para o bairro do Ibura, era formado por quatro adolescentes, entre eles uma garota. O motorista contou que assim que os jovens entraram no carro anunciaram o assalto e o obrigaram a a seguir, por aproximadamente 30 minutos, para o Cabo de Santo Agostinho, litoral Sul de Pernambuco. No trajeto, o homem foi espancado enquanto dirigia e foi atingido por nove golpes de faca. 

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"Eles pediam dinheiro a toda hora. Eu mostrei que não tinha, que era minha primeira corrida. Mas eles disseram: 'Você vai ligar para alguém e pedir R$ 4 mil, porque é R$ 1 mil para cada um'", contou o motorista para a TV jornal. 

O homem relatou que ao chegar na BR-101 entrou em uma estrada de barro, e o carro ficou preso na lama. Com isso, o motorista conseguiu fugir  e pediu ajuda a um motociclista, que acionou a Polícia. Neste momento, os adolescentes tentaram empurrar o carro para fugir, mas os policiais apreenderam os suspeitos e os encaminharam para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).  Tags: Motorista de aplicativo, Recife, adolescentes, violência

Uma mulher de 50 anos foi morta a facadas em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, após uma discussão em um bar no centro da cidade, na última quinta-feira (21). Além dela, um homem de 55 anos foi golpeado pela arma branca e saiu da discussão ferido. De acordo com a Polícia Civil, o autor dos golpes é um homem de 56 anos, não identificado, e que teria fugido do local após cometer o crime. Esse foi o sexto crime do tipo contra uma mulher no Grande Recife em menos de duas semanas. 

Ainda segundo a Civil, as vítimas chegaram a ser socorridas para uma unidade hospitalar de Paudalho, na Zona da Mata do estado, mas a mulher não resistiu e morreu no local. O corpo dela foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal, na área central da capital. O estado de saúde do homem ferido não foi informado pela polícia e ele também não foi identificado. 

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Em nota, a polícia informou que a Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte registrou o caso como homicídio doloso consumado e homicídio doloso tentado e que as investigações já foram iniciadas. Confira a nota na íntegra: 

A Polícia Civil de Pernambuco informa que registrou, no dia 21 de abril, através da Equipe de Força Tarefa de Homicídios Metropolitana Norte, ocorrência de Homicídio – doloso (consumado) e Homicídio – doloso (tentado). As vítimas, uma mulher de 50 anos (vítima fatal), e um homem de 55 anos, foram socorridas em uma unidade hospitalar de Paudalho, após se envolverem em uma discussão em um bar, no centro de Abreu e Lima e serem golpeadas com arma branca pelo autor, um homem de 56 anos. O autor teria se evadido do local em seguida. As investigações foram iniciadas e seguem até esclarecimento do fato”. 

Violência contra a mulher na RMR 

Apesar dos indicadores da Secretaria de Defesa Social (SDS) do estado apontarem para uma retração do feminicídio no Grande Recife, no período de janeiro a março deste ano, os números voltaram a crescer em um intervalo curto no começo do segundo trimestre. Outros cinco homicídios foram registrados nas últimas duas semanas, além de uma tentativa de feminicídio e uma tentativa de homicídio. No último dia 11 de abril, uma mulher foi morta a facadas em Paulista. O autor do crime foi preso por feminicídio.   

No dia seguinte, 12 de abril, foram notificados outros dois casos. O primeiro foi em Olinda, onde uma mulher de 40 anos foi morta dentro de casa. O segundo foi no Cabo de Santo Agostinho. A vítima foi morta na frente dos dois filhos, com cerca de dez tiros. 

Na quarta-feira (13), uma grávida de 22 anos foi assassinada a tiros na frente da filha, em Olinda.  No sábado (16), uma mulher de 33 anos foi vítima de feminicídio em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Na última quarta-feira (20), uma mulher, uma criança e dois homens foram vítimas de tentativa de homicídio, no bairro de Candeias, também em Jaboatão. A mulher ficou ferida com um tiro de raspão na perna. 

 

A Polícia Civil informou que deu início às investigações do homicídio de Andreyvson Richard Silva, conhecido como Japa, na Rua Mamede Simões, uma das mais movimentadas do bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife.

Ativista do movimento Hip-Hop, o multiartista de 25 anos estava em um dos bares da rua quando se envolveu em uma discussãona noite da quinta-feira (6). Durante a briga, ele acabou assassinado a facadas.

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Segundo relatos, o suspeito também estava no bar e fugiu após desferir os golpes que causaram a morte de Andreyvson.

A Polícia registrou a ocorrência nessa sexta (7) e atua na identificação do autor para elucidar o crime.

 Um homem de 56 anos foi morto depois de negar uma carona a um colega de trabalho, na madrugada desta quinta-feira (30). Seu corpo foi encontrado pela Polícia Militar do Paraná, em uma estrada em Icaraíma, no noroeste do estado.

Ao portal IG, os policiais informaram que o homem havia comprado dois litros de bebida alcóolica para os colegas de trabalho e, posteriormente, teria se recusado a levar um deles no veículo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas não chegou a tempo de socorrer a vítima com vida.

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Polícia Militar informou que o homem havia comprado bebida alcóolica para os colegas do trabalho. (PMPR/divulgação)

Buscas foram realizadas no local, mas o autor do crime não foi localizado. A Polícia Civil investiga o caso.

Uma mulher trans identificada como Fabiana da Silva Lucas, de 30 anos, foi morta a facadas na madrugada desta quarta-feira (7) em um bar em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. O suspeito do crime, identificado apenas como Gaúcho, de 22 anos, foi agredido por populares ao tentar fugir e encaminhado em estado grave ao Hospital da Restauração (HR), no centro do Recife.

Segundo a delegada Érica Feitosa, à frente do caso, a vítima chegou ao estabelecimento e perguntou onde era o banheiro. Ao chegar no local, ela foi atacada pelo agressor. Ela faleceu no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru.

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"Fabiana era conhecida na região. Provavelmente fazia programas. E não tinha confusão com ninguém. O pessoal disse que ela se dava bem, não tinha problema", disse a delegada ao blog local Caruaru no Face.

De acordo com a delegada, as investigações buscam agora identificar as motivações do crime. "O que a gente ainda precisa saber é a motivação. Por que ele fez isso com Fabiana? Temos várias teses levantadas. Ao que tudo indica, Fabiana não fez nada contra o autor. Não se sabe se ele tinha pago para fazer algum programa com ela, apenas não gostava de Fabiana, se tinha alguma desavença anterior, não sabemos ao certo", acrescentou a delegada. O suspeito está custodiado no hospital.

Um homem matou com facadas uma funcionária da delegacia de Rambouillet, uma cidade a cerca de 60 km ao sudoeste de Paris, antes de ser morto a tiros por outros policiais, informaram a Procuradoria de Versalhes e fontes policiais.

A Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa (Pnat) disse à AFP que a Subdireção da Luta contra o Terrorismo está "realizando uma avaliação e que não assumiu a investigação até o momento".

O primeiro-ministro francês, Jean Castex, e seu ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciaram que estão se encaminhando imediatamente para a delegacia desta cidade de 26.000 habitantes.

"Prestarão seu apoio aos colegas da vítima e, por meio deles, a todo o corpo da polícia nacional" e das forças de segurança "atacadas mais uma vez", diz um comunicado do governo.

Segundo as primeiras informações da investigação, a funcionária administrativa foi esfaqueada duas vezes na garganta quando retornava de seu horário de almoço.

"O horror mais uma vez aponta e atinge as forças de ordem", reagiu o sindicato policial Alianza no Twitter.

A vítima sofreu inicialmente uma parada cardíaca e morreu logo depois, apesar da intervenção dos socorristas.

Seu suposto agressor, de nacionalidade tunisina e de 36 anos, morreu pouco depois por outro agente, segundo uma fonte policial. A fonte acrescentou que ele não possuía antecedentes criminais e tinha seus documentos em dia.

Um cordão de segurança impedia que uma dezena de curiosos se aproximasse da delegacia, localizada em um bairro residencial nobre, observou um jornalista da AFP.

Os últimos anos foram marcados por vários ataques com faca na França. Em 16 de outubro de 2020, neste mesmo departamento de Paris (Yvelines), um professor de ensino médio foi decapitado por um jovem de 18 anos de origem chechena.

Em 3 de outubro de 2019, nas instalações da sede da polícia de Paris, um funcionário matou a facadas três policiais e outor funcionário administrativo, antes de ser morto.

Um pastor evangélico, que não teve o nome divulgado, foi preso na manhã desta quinta-feira (22), enquanto pregava na igreja do bairro Cordeiros, em Itajaí, Santa Catarina, acusado de matar a própria esposa Mariane Kelly Souza, 35 anos. Uma mulher, que mantinha relação extraconjugal com o religioso, também foi presa pelo crime.

Segundo a Polícia Civil, o marido da vítima é suspeito de planejar e coordenar o crime. A sua amante teria executado o delito, juntamente com o seu genro, que teria auxiliado na execução, desferindo 27 golpes de faca na vítima. O corpo da mulher foi jogado em um rio da região, tendo sido localizado um dia após o crime.

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Além dos três suspeitos já presos, houve a participação de um adolescente que fugiu após o crime para Recife e não foi localizado. Dois dos suspeitos foram presos também na capital pernambucana, na manhã desta quinta-feira (22), pela equipe da DENARC da Polícia Civil do Estado de Pernambuco. O marido da vítima foi localizado e preso pela equipe da Divisão de Investigação Criminal (DIC/PCSC), no bairro Cordeiros, em Itajaí.

As investigações, conduzidas por policiais civis da DIC/PCSC de Itajaí, concluíram que o crime foi praticado para que o casal ficasse com a casa e o patrimônio da vítima e pudessem, assim, viver juntos usufruindo seus bens. Já os outros dois envolvidos, receberam a promessa de pagamento de R$ 2.500 a cada um deles. 

Todos os investigados, exceto o marido da vítima e o menor que ainda não foi localizado, confessaram a prática do crime durante interrogatório policial, dando detalhes.

A juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, foi morta com 16 golpes de faca distribuídos pelo corpo, aponta o laudo da necropsia do Instituto Médico Legal (IML). A magistrada do Tribunal de Justiça do Rio foi assassinada na véspera de Natal pelo ex-marido, o engenheiro Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante.

A informação foi confirmada pela assessoria da Polícia Civil, sem mais detalhes. Segundo reportagem do jornal O Globo, foram dez perfurações no rosto e na cabeça e seis nas costas. No entanto, um corte na jugular teria sido o golpe fatal na juíza, que não teve chance de socorro.

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Viviane entrará para uma triste estatística: em 2020 o Estado do Rio registrou 67 feminicídios, segundo dados até novembro do Instituto de Segurança Pública (ISP). No ano passado, foram praticados 85 feminicídios, a maioria (47,2%) cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. De 2017 a 2019 houve alta de 25% desse tipo de ocorrência.

Filmado por uma testemunha, o crime ocorreu na frente das três filhas do casal (duas gêmeas de 7 anos e uma de 9 anos), na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense. O corpo de Viviane foi cremado na manhã deste sábado, 26, no bairro do Caju, na região central do Rio de Janeiro.

O caso gerou comoção e despertou manifestações de órgãos do Judiciário. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, divulgou nota oficial em que os órgãos "se comprometem com o desenvolvimento de ações que identifiquem a melhor forma de prevenir e de erradicar" o feminicídio.

Há três meses, a juíza chegou a denunciar o ex-marido por lesão corporal e ameaças. O próprio TJ providenciou uma escolta para Viviane, mas ela abriu mão da proteção. Em 2007, uma ex-namorada de Paulo José Arronenzi já havia denunciado o engenheiro por agressão.

O crime ocorreu por volta das 18h30, quando a juíza levava as filhas para passar o Natal com o pai. Ela se encontrou com o ex-marido na Rua Raquel de Queiroz. Num vídeo que chegou a circular nas redes sociais e está sendo usado como prova pela polícia, o ex-marido ataca a juíza na frente das filhas, a despeito dos pedidos das meninas para que parasse.

Testemunhas ainda pediram socorro aos guardas municipais do 2º SubGrupamento de Operações de Praia, que estavam na base ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local do crime. Os agentes encontraram a juíza desacordada, caída ao chão. Apontado por testemunhas como autor das facadas, Paulo José Arronenzi foi preso pelos guardas municipais sem mostrar resistência.

Policiais do 31º Batalhão da Polícia Militar, do Recreio dos Bandeirantes, e agentes do Corpo de Bombeiros também foram acionados, mas já encontraram Viviane morta no local do crime. A faca usada no assassinato não foi encontrada, mas a polícia achou uma mochila dentro do carro de Arronenzi com três facões de churrasco, o que indicaria um crime premeditado.

A Delegacia de Homicídios investiga as circunstâncias do assassinato. Arronenzi foi conduzido pelos guardas municipais à delegacia, na Barra, mas precisou ser levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, no mesmo bairro, por causa de um corte na mão. O acusado foi atendido e liberado pelos médicos, sendo reconduzido por policiais militares à delegacia.

Arronenzi não falou com os policiais e disse que só prestará depoimento em juízo. A audiência de custódia do engenheiro ocorreu na tarde desta sexta-feira, e a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva, que não tem prazo para expirar. Ele foi transferido para um presídio nesta sexta-feira.

Repercussão

Em nota, o ministro Luiz Fux lembrou que há um grupo de trabalho no CNJ especificamente para o enfrentamento da violência doméstica. "Tal forma brutal de violência assola mulheres de todas as faixas etárias, níveis e classes sociais, uma triste realidade que precisa ser enfrentada", escreveu.

A nota diz ainda que "o esforço integrado entre os poderes constituídos e a sensibilização da sociedade civil no cumprimento das lei e da Constituição da República, com atenção aos tratados internacionais ratificados pelo Brasil, são indispensáveis e urgentes para que uma nova era se inicie e a morte dessa grande juíza, mãe, filha, irmã, amiga, não ocorra em vão".

Outro integrante do STF, o ministro Gilmar Mendes, se manifestou pelo Twitter sobre o crime. "O gravíssimo assassinato da juíza mostra que o feminicídio é endêmico no País: não conhece limites de idade, cor, ou classe econômica. O combate a essa forma bárbara de criminalidade quotidiana contra as mulheres deve ser prioritário", escreveu Gilmar.

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Claudio Castro, também comentou o crime no Twitter. "É inadmissível que o feminicídio continue acontecendo", disse.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) também publicou uma nota de pesar pela morte de Viviane. O órgão lembra que a juíza integrava a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro havia 15 anos, com passagem pela 16ª Vara de Fazenda Pública, e atuava atualmente na 24ª Vara Cível da Capital.

"O MPRJ, por meio da Promotoria de Justiça com atribuição, irá acompanhar a investigação deste bárbaro crime e repudia o feminicídio", disse o órgão.

A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) emitiram também nota de pesar afirmando que o assassinato da juíza não ficará impune.

"Nesta Nota Oficial conjunta, as entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos", publicaram as entidades. A Defensoria Pública se colocou a disposição das mulheres que precisem denunciar crimes de feminicídio.

A juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) Viviane Vieira do Amaral Arronenzi foi morta a facadas ontem à noite (24), em frente do Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Avenida Rachel de Queiroz, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. O acusado pela morte é o ex-marido, que foi preso por guardas municipais do 2º Subgrupamento de Operações de Praia (SGOP).

De acordo com a Guarda Municipal, os agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local, quando foram chamados por pessoas que viram as agressões para ajudar a vítima. No local do crime, os guardas encontraram a juíza caída no chão e desacordada.

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As pessoas que estavam no local e viram o assassinato indicaram o autor, que foi preso pelos guardas sem apresentar resistência. Na sequência, chegaram ao local policiais militares e agentes do Corpo de Bombeiros, que constataram que a vítima estava morta. As primeiras informações indicam que as filhas do casal estavam com a mãe e presenciaram o crime.

O acusado foi levado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DH), na Barra, pelos agentes da Guarda Municipal, mas como estava com um corte na mão precisou ser socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge, também na Barra. Lá ele foi atendido, recebeu alta e foi levado por policiais militares para a delegacia.

Nota de pesar

Em nota, o TJRJ lamentou a morte da magistrada. “O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro lamenta profundamente a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, vítima de feminicídio na Barra da Tijuca nesta quinta-feira (24)”.

Também em nota, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) informam o assassinato da juíza e prometem punição para o autor do crime. “Nesta Nota Oficial conjunta, as entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos”.

Em mensagem no Twitter da Associação de Magistrados Brasileiros, a presidente Renata Gil chamou a atenção para os casos de feminicídio cometidos no país "O feminicídio é o retrato de uma sociedade marcada ainda pela violência de gênero. Precisamos combater esse mal!", disse, manifestando solidariedade à família.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro também manifestou pesar pela morte da juíza e prestou solidariedade à família e aos amigos da magistrada, ao presidente do Tribunal de Justiça e às associações da Magistratura. “Viviane Vieira do Amaral Arronenzi integrava a magistratura do estado do Rio de Janeiro havia 15 anos. Atualmente, trabalhava na 24ª Vara Cível da capital. Antes, atuou na 16ª Vara de Fazenda Pública”.

Ainda na nota, a Procuradoria-Geral de Justiça do Rio disse que segundo informações da Polícia Civil, o autor do crime é o ex-marido da juíza, Paulo José Arronenzi, de 52 anos, preso em flagrante. “O MPRJ, por meio da Promotoria de Justiça com atribuição, irá acompanhar a investigação deste bárbaro crime e repudia o feminicídio”.

Na comemoração dos 18 anos, Nathalia Saldanha foi assassinada a facadas pelo ex-namorado, que é pai da sua filha de dois anos. Nessa segunda-feira (12), ele invadiu a festa e, além de esfaquear a jovem, matou a ex-sogra e feriu outras três pessoas em Guaianazes, na Zona Leste de São Paulo.

A família estava reunida em casa e celebrava a nova idade de Nathalia, quando foi surpreendida pelo ataque. Separados há cerca de um mês e meio, os vizinhos reforçam a agressividade do suspeito, que não aceitava o término da relação.

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As principais vítimas foram a ex-companheira e a ex-sogra, que chegaram a ser socorridas mas não resistiram às facadas. Ele ainda feriu o padrasto de Nathalia e mais duas pessoas. Uma delas era uma criança de apenas 10 anos. Após o ataque, o homem fugiu e ainda é procurado pelas autoridades.

 

Nesta segunda (20), foi destaque no jornal italiano Gay News o falecimento da transexual cearense Manuela de Cássia, de 48 anos, em sua casa em Milão, na Itália. Manuela é conhecida por ter se apresentado no programa de Raul Gil. Ela não resistiu às 50 facadas que levou no peito e nas costas e teve seu corpo encontrado por vizinhos, que sentiram um forte cheiro de gás saindo do local.

De acordo com o site italiano Fanpage, os investigadores acreditam que Manuela, que fazia programas em seu apartamento, foi morta por um cliente. É provável que o criminoso tenha tido a intenção de explodir o local, mas os bombeiros chegaram a tempo de impedir que isso ocorresse. Vizinhos relataram que a circulação de clientes não incomodava e que a mulher era bastante conhecida na área de Piazza Firenze.

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A morte chocou a comunidade LGBTQIA+ italiana. Em seu Facebook, a ativista italiana Antonia Monopoli lamentou o ocorrido. “Manuela de Cassia, uma mulher trans com um olhar doce. me junto às muitas pessoas que estão expressando sua dor”, escreveu.

Segundo o jornal cearense Diário do Nordeste, a Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos do Ceará (SPS-CE) solicitou que o Ministério da Cidadania acompanhasse o caso e "as providências a serem tomadas pelo órgão federal". A SPS também está em contato com a Prefeitura de Fortaleza e a Defensoria Pública para “dar o apoio necessário”.

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