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Como planejado, a cada segunda-feira Pernambuco amplia a flexibilização das atividades econômicas e libera o retorno de setores específicos. Nesta segunda (22), shoppings centers e templos religiosos voltam a receber clientes e fieis. As lojas de varejo com mais de 200 m² também vão reabrir, enquanto a construção civil está autorizada a operar com capacidade total.

Dos 185 municípios, apenas 100 farão parte da quarta fase de reabertura. Ao invés de decair com o número de pacientes infectados pela Covid-19, as regiões de Garanhuns, Palmares, Goiana e Caruaru registraram um aumento na procura por leitos de UTI e não avançam com o Plano de Convivência de 11 etapas desenvolvido pelo Governo do Estado.

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O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano também já havia anunciado que, a partir desta segunda (22), iria ampliar a circulação dos ônibus com 70% da frota. A medida foi necessária para a readaptação da rotina dos trabalhadores em meio à pandemia.

O último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Pernambuco, emitido nesse domingo (21), confirmou mais 995 infectados e 86 mortes em decorrência do novo coronavírus. Ao todo, o estado já notificou 52.113 casos confirmados e 4.234 óbitos.

O governador Paulo Câmara (PSB) anunciou, nesta quarta-feira (17), a reabertura gradual de igrejas e templos religiosos em Pernambuco a partir da próxima segunda-feira (22). A medida vale para todo o estado, com exceção dos 85 municípios do Agreste e da Zona da Mata que não avançaram no Plano de Convivência com a Covid-19 por não apresentarem a mesma estabilização no registro de casos de Covid-19 registrada nas demais regiões.

De acordo com o governador, os templos vão precisar seguir um rígido protocolo com uma série de medidas preventivas. O público será limitado em 30% da capacidade do espaço, podendo chegar ao limite de 50 pessoas em locais com capacidade de até mil lugares e 300 pessoas em locais com capacidade superior a mil.

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"As atividades religiosas têm um papel fundamental para a sociedade, realizando ações sociais relevantes e asseguram o conforto espiritual, sobretudo em um momento tão difícil como o que estamos atravessando. Mas precisam ocorrer com consciência e a colaboração de todos. A pandemia não acabou e precisamos continuar com os cuidados necessários", destacou o governador Paulo Câmara no anúncio.

O protocolo também estabelece que deverá ser adotado um intervalo entre as celebrações, de no mínimo três horas, como forma de evitar aglomeração e garantir a limpeza do ambiente. Preferencialmente, devem ser disponibilizados cadeiras e bancos de uso individualizado, em quantidade compatível com o número máximo de participantes autorizados. Em caso de bancos de uso coletivo, eles devem ser reorganizados e demarcados para garantir o afastamento.

O governo também determinou que haja um controle de fluxo de entrada e saída de pessoas e, na hipótese de formação de filas, deverá ser feita demarcação de distanciamento mínimo. Sempre que possível, as portas de entrada devem ser distintas das de saída. Antes, durante e depois das celebrações, devem se evitadas práticas de aproximação e formas de contato físico, como dar as mãos, beijos, abraços e apertos de mão.  

"Todas essas regras foram discutidas com lideranças de cada religião e proporcionarão maior segurança a todos que frequentarem as celebrações", argumento o governador. 

O arcebispo Dom Fernando Saburido, da Igreja Católica, divulgou um vídeo com orientações aos fiéis:

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 Confira as medidas de proteção e distanciamento divulgadas pelo governo:

MEDIDAS DE PROTEÇÃO: 

1. O uso da máscara é obrigatório durante todo o período que estiverem fora de suas residências, mantendo seu uso durante as celebrações; 

2. Os templos devem disponibilizar acesso fácil a pias providas com água corrente, sabonete líquido e toalhas descartáveis, sempre que possível; 

3. Os templos devem disponibilizar álcool 70% em todos os acessos; 

4. Grupos de risco (idosos maiores de 60 anos, gestantes e pessoas com comorbidades) devem permanecer em casa e acompanhar as celebrações por meios de comunicação como rádio, televisão, internet, entre outros recursos; 

5. Crianças menores de 10 anos devem permanecer em casa, mesmo que existam espaços destinados à recreação, como espaço kids, brinquedotecas e similares, uma vez que esses devem permanecer fechados; 

6. Nas congregações que celebram a ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os líderes religiosos e o público devem higienizar as mãos antes de realizar a partilha. As pessoas devem respeitar o distanciamento aconselhado, e a comunhão será dada nas mãos, com a devida reverência; 

7. O método de ofertório deve ser revisto de forma a não haver contato físico entre as pessoas 

8. Fica proibido o compartilhamento de materiais como bíblia, revista, rosário, jornais, entre outros. O uso desses deve ser individual 

9. Dispensadores de água benta ou outro elemento de consagração de uso coletivo devem ser bloqueados. 

10. Após as celebrações, o local deve ser rigorosamente desinfetado principalmente, os mais tocados, como os bancos, maçanetas de portas, microfones entre outros. 

11. A limpeza e desinfecção dos sanitários devem ser intensificadas 

12. Os dispensadores de água dos bebedouros que exigem aproximação da boca com o ponto de saída da água devem ser bloqueados. 

13. Todos os ambientes devem ser mantidos preferencialmente abertos, arejados e ventilados, de forma natural. 

MEDIDAS DE DISTANCIAMENTO SOCIAL:

1. As celebrações serão limitadas, no que se refere ao número de participantes, a 30% da sua capacidade de acomodação, podendo chegar, no máximo, a 50 pessoas. Nos templos com capacidade de acomodação maior ou igual a 1.000 pessoas, as celebrações devem ser realizadas com, no máximo, 300 participantes. Dentre os participantes estão o celebrante, os apoiadores, os colaboradores e o público em geral; 

2. A distância mínima de segurança entre os participantes deve ser de 1,5m, excetuando-se os participantes do mesmo grupo familiar que residam juntos; 

3. O intervalo entre as celebrações deve ser de, no mínimo, 3 horas, tanto para evitar aglomeração, quanto para garantir uma efetiva limpeza/desinfecção do ambiente; 

4. Preferencialmente, devem ser disponibilizados cadeiras e bancos de uso individualizado, em quantidade compatível com o número máximo de participantes autorizados para o local; 

5. Bancos de uso coletivo devem ser reorganizados e demarcados de forma a garantir que as pessoas se acomodem nos locais indicados e mantenham o afastamento recomendado; 

6. Deve ser realizado o controle do fluxo de entrada e saída de pessoas, e na hipótese de formação de filas, deve haver demarcação para manter o distanciamento mínimo de 1,5 metros entre as pessoas; 

7. Sempre que possível, as portas de entrada devem ser distintas das de saída, havendo sinalização de sentido único, de modo a evitar que as pessoas se cruzem; 

8. Antes, durante e depois da realização das celebrações religiosas, devem ser evitadas práticas de aproximação entre as pessoas e outras formas de contato físico, como dar as mãos, beijos, abraços, apertos de mãos, entre outros 

9. Cartazes com orientações a respeito das medidas de prevenção e controle da COVID- 19, bem como das regras para o funcionamento dos templos religiosos devem ser fixados em pontos estratégicos e visíveis às pessoas, devendo haver, também, compartilhamento destas informações por meio eletrônico como redes sociais.

O pastor Valdemiro Santiago parece que está passando por um momento de crise financeira, após anunciar a venda da ‘cura da Covid-19’ com semente de feijão vendida a R$ 1 mil e ser desmentido. O pastor fez um corte em seu pessoal da TV e continua atrasando aluguéis dos templos.

Com a queda dos dízimos, apesar de ter reaberto suas igrejas antes do tempo, ignorando a quarenta, Valdemiro está com um grande volume de dívidas, que abrangem aluguéis, contas de água, luz e custos de manutenção dos seus templos. 

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Segundo o ‘Uol’ o pastor tem cortado salários e pessoal na sua rede de TV e rádio, como também tem feito uma redução nos pagamentos de parte da estrutura da igreja. Líder da Igreja Mundial do Poder de Deus e autointitulado apóstolo, Valdemiro tem feito apelos em suas pregações na TV, para que os fiéis façam um “sacrifício extra” e doem mais que o dízimo durante o período da quarentena pelo coronavírus.

Valdomiro, havia sido notificado pelo Ministério Público Federal para retirar os vídeos sobre os feijões, em que prometiam uma falsa cura, do seu canal do Youtube. Apesar das determinações de isolamento social boa parte dos templos do pastor já está em funcionamento.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, determinou a reabertura de shoppings, bares, restaurantes, igrejas, estádios e pontos turísticos. As medidas constam em decreto publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, na noite de sexta-feira (5), e já valem a partir deste sábado (6). 

Aulas nas redes públicas e privadas continuam suspensas até o dia 21 de junho. A abertura gradual da economia do estado foi detalhada em nota divulgada pelo governo.

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“A medida determina o funcionamento de alguns setores do comércio e da indústria em horários específicos para evitar aglomerações. O decreto 47.112 também prorroga, até o dia 21 de junho, algumas medidas restritivas de prevenção e enfrentamento à propagação do novo coronavírus no Estado do Rio. Para a elaboração do decreto, o governo do estado levou em consideração os dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), incluindo a redução do número diário de óbitos e das internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)”, informou a nota.

Assim, os shoppings podem funcionar das 12h às 20h, com limitação de 50% da capacidade, garantindo fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação também podem reabrir, obedecendo ao limite de 50% da capacidade. Áreas de recreação, cinemas e afins, no entanto, permanecerão sem funcionar.

Bares e restaurantes também podem voltar a abrir, respeitando o limite de 50% de sua capacidade. Pontos turísticos, como Cristo Redentor e Pão de Açúcar, também estão autorizados a abrir para o público, respeitando o limite de 50% de sua capacidade de lotação. 

As organizações religiosas, como igrejas, centros e templos, podem funcionar, desde que seja observada a distância de um metro entre as pessoas.

Sem aglomeração

O funcionamento dos parques, para a prática de esportes, também está permitido, desde que não haja aglomeração. Ficam autorizadas as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas. 

Atividades esportivas de alto rendimento, como futebol, passam a ser autorizadas, desde que sem público e com os devidos protocolos de higienização.

De acordo com o decreto, estão suspensas até 21 de junho as aulas presenciais das redes de ensino estadual, municipal e privada. Também continuam fechados cinemas, teatros e academias de ginástica. Em caso de descumprimento das medidas, o governo reforçou que as forças de segurança pública poderão atuar.

O estado do Rio é o segundo em número de mortes e casos confirmados de covid-19 no país, atrás apenas de São Paulo. Segundo o boletim de sexta-feira (5) da Secretaria de Saúde, são 63.066 casos confirmados e 6.473 óbitos, com outras 1.185 mortes em investigação.

O presbitério iluminado da Igreja de Nossa Senhora do Livramento, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR), é o único elemento que revela que, ali, haverá uma celebração religiosa. No lugar dos fiéis, sentados à espera do sermão, fotos de quem - por conta da quarentena - tenta se fazer presente mesmo à distância. Em frente à nave, dois smartphones estão preparados para transmitir a missa liderada pelo Padre Damião Silva, responsável por levar virtualmente, a Palavra de Deus às casas de seus seguidores. Os dispositivos são apenas uma parte dos elementos eletrônicos que viraram a ponte entre líderes religiosos e seus rebanhos, em uma época que os templos cristãos precisam evitar aglomerações para diminuir a possibilidade de contágio do novo coronavírus. 

“A gente fazia a missa para a comunidade e, quando podia, transmitia pelo Facebook da paróquia, mas era assim meio descomprometido. Quem quisesse entrar que entrasse, não tinha aquela 'investida' como a gente está fazendo agora”, conta o Padre, que precisou pedir ajuda aos fiéis, via WhatsApp, para divulgar os canais da congregação aos seus grupos de amigos e familiares. “No começo eram números bastante pequenos, mas com o decorrer do tempo e das missas a gente pedia 'você que está participando da missa, faz o teu link para outros grupos, para outras pessoas' e pouco a pouco essa corrente foi se firmando. Hoje, a gente tem em média duas mil pessoas, que eu chamo de famílias. Porque mesmo que seja uma pessoa ‘linkada’ ali, é uma casa que está recebendo a mensagem. Você não está sendo alcançado por essa mensagem sozinho”, afirma.

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Do outro lado da RMR, na capital pernambucana, a cena é reproduzida na Igreja Episcopal Carismática do Brasil. O templo, que fica no bairro dos Aflitos, Zona Norte, abrigava cerca de três mil fiéis todo domingo. Com a chegada da pandemia, os membros da congregação passaram a assistir ao culto dominical, além de outras atividades comuns à rotina da igreja, através de lives de Instagram, Facebook e YouTube.

“O que a gente tem feito aos pouquinhos é ensinar como se usa a tecnologia. Quando o idoso ou a pessoa que não tem muito acesso a tecnologia tem alguém em casa, um filho, um neto, facilita. Quando não tem, por telefone explicamos como acessar para poder ter aquele conteúdo. Não é fácil, mas a gente tem feito”, conta o reverendo Ivan Rocha.

Por ser uma igreja grande, com mais de cinco mil membros, a congregação conta com uma estrutura maior. São três câmeras dispostas para dar a impressão de que o culto estaria ocorrendo como antes, além de computadores que inserem informações ao longo da transmissão. Para seguir as normas da quarentena, a equipe não ultrapassa 10 pessoas, entre responsáveis pelas câmeras, internet, músicos e pastores. 

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Do outro lado da tela

Mas a mudança não atinge apenas as congregações. Os fiéis, que frequentavam as celebrações semanalmente, também tiveram que se adaptar ao isolamento e às transmissões via redes sociais. É o caso de Maria de Fatima Cavalcanti, de 63 anos. Frequentadora assídua da missa dominical, a aposentada encontrou nas transmissões uma forma de continuar reforçando sua fé, mas garante que, apesar da facilidade, não é a mesma coisa.

“A gente está acostumada a estar ali na frente do padre, falando com o padre, assistir a multidão e todo mundo junto. Pela televisão eu já tinha o costume de assistir [a missa] e nesse período que com as igrejas não estão abertas, há missas todos os dias, aí eu assisto. Ponho aqui no YouTube e coloco na televisão, mas não é como a gente está lá na igreja, pessoalmente”, diz.

Acostumada a assistir às celebrações conduzidas pelo Padre Damião Silva, ela explica que  - por ter o contato dele no WhatsApp, sempre é avisada quando haverá a transmissão de alguma missa. “Muitas vezes a gente não está com disposição para sair e se a gente pode assistir pela internet é muito bom. Mas não deixo de participar da missa dominical.  Até pela comunhão, que na internet a gente não tem”, conta.

Quem a ajudou a dar os primeiros passos foi a neta, que mostrou como era possível conectar a TV ao YouTube. “Eu comecei com Maria Clara que antes eu não sabia nem como acessava. Antigamente, a televisão era para a gente assistir somente os programas, hoje, você tem tudo lá. As missas ficam gravadas. Se na hora você não puder assistir, daqui a meia hora você assiste”, conta. Quando perguntada se pretende voltar à igreja assim que acabar a quarentena, dona Maria de Fátima é cautelosa. “Eu vou dar um tempinho mais, esperar as coisas se acalmarem, que a gente está vendo que um dia diminui [o número de casos de coronavírus], outro dia aumenta. Eu estou louca para sair, ir para a rua, mas por enquanto não vou”, finaliza.

O presidente dos EUA, Donald Trump, exigiu nessa sexta-feira (22) que os governadores permitam a abertura dos templos religiosos imediatamente, à medida que o país relaxa gradualmente as restrições para conter a Covid-19. "Hoje estou classificando casas de culto - igrejas, sinagogas e mesquitas - como lugares essenciais, que fornecem serviços essenciais", disse Trump, em entrevista coletiva na Casa Branca. "Os governadores precisam fazer a coisa certa e permitir que esses locais de fé, importantes e essenciais, sejam abertos agora, neste fim de semana."

A decisão de Trump, anunciada em uma entrevista coletiva marcada às pressas, é uma forma de pressionar os governadores a retomar as atividades econômicas o mais rápido possível. "Se não fizerem isso, vou passar por cima dos governadores. Precisamos de mais oração na América, não de menos", disse.

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O presidente não explicou como pretende emitir uma ordem que tenha de ser cumprida pelos Estados. Estabelecer o que constitui um serviço essencial tem sido uma prerrogativa das autoridades estaduais e locais, não do governo federal, e muitos restringiram o funcionamento dos templos para conter a propagação do vírus.

Questionada pouco depois da declaração do presidente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, chamou o tema de "questão hipotética" e acusou os repórteres de quererem ver as igrejas fechadas.

Nesta semana, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) emitiu um roteiro detalhado para reabrir escolas, creches, restaurantes e transporte coletivo, entre outras empresas. Mas as orientações para a reabertura de templos enfrentaram atrasos, pois a Casa Branca se recusa a impor limites às instituições religiosas.

Na semana passada, o presidente prometeu divulgar diretrizes específicas para as igrejas, o que não ocorreu até agora. Em alguns Estados, locais de oração retomaram suas atividades sob regras estritas de distanciamento, enquanto em outras, pastores e sacerdotes realizam cultos ao ar livre, com os fiéis permanecendo dentro de seus carros.

Para Trump, os lugares devem ser abertos porque prestam um serviço essencial, assim como farmácias, restaurantes, supermercados, hospitais e clínicas de saúde. "Alguns governadores consideraram essenciais as lojas de bebidas e as clínicas de aborto, mas deixaram de fora igrejas e outras casas de culto. Não está certo", disse. Trump afirmou que os líderes religiosos vão cuidar da saúde de suas congregações. "Eles amam o seu povo e não querem que nada de ruim aconteça com eles ou com qualquer outra pessoa." (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a publicação de um novo decreto de reabertura econômica da Itália, após o número de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) estar sob controle, uma série de estabelecimentos e serviços foram autorizados a voltar a funcionar a partir desta segunda-feira (18).

Confira o cronograma do que poderá funcionar:

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A partir do dia 18 de maio, reabrem restaurantes, bares, pizzarias, pubs, cabeleireiros, esteticistas, centros estéticos e de beleza, shoppings, centros comerciais, museus e igrejas com celebrações com a presença de fiéis.

Todos terão protocolos sanitários específicos, mas as principais medidas seguem sendo o uso obrigatório de máscaras, o respeito ao distanciamento entre as pessoas, o controle do número de visitantes dentro dos estabelecimentos e a constante higienização dos espaços abertos ao público. Alguns setores, especialmente, os ligados à estética, só poderão funcionar através do sistema de agendamento do serviços.

Também não será mais necessário apresentar o formulário para sair de casa, usado durante o período de lockdown para atestar a necessidade da saída, e nem justificar as movimentações entre cidades de uma mesma região.

No entanto, continua proibida, ao menos até o dia 2 de junho, a saída para outras regiões do país - a não ser que haja justificativa por motivos de saúde, trabalho ou urgência. Nesse caso, ainda é obrigatória a apresentação do formulário.

Está liberado o encontro tanto com parentes, namorados e amigos, sempre respeitando as normas de segurança sanitária, como o distanciamento de um metro e o uso de máscaras. No entanto, esses contatos podem ser feitos tanto em locais fechados como públicos.

Outra liberação é o uso de praias e parques com fins recreativos, sempre respeitando a distância de no mínimo um metro de distância entre as pessoas.

- Outras datas importantes:

A partir de 25 de maio, os italianos poderão voltar a frequentar estádios, ginásios e centros esportivos sem restrições de atividades, mas sempre respeitando as regras sanitárias de uso de máscara e distanciamento social. Para uso de piscinas, há a ordem de distanciamento de sete metros entre os praticantes.

Já no dia 3 de junho, estarão liberadas as movimentações entre regiões e também entre os países-membros da União Europeia sem apresentar justificativas. Porém, segundo o decreto, as regiões poderão limitar essa movimentação entre locais que possuam índices epidemiológicos muito diferentes. Ou seja, se uma região tem poucos casos e a outra tem um número elevado, poderá haver restrições pontuais.

A partir do dia 15 de junho, estarão autorizados a voltar a funcionar os cinemas e teatros, com regras de distanciamento e venda antecipada de ingressos. Também há limitação no número de pessoas simultaneamente nos locais: não pode haver mais de 200 pessoas em locais fechados e de mil pessoas em áreas abertas.

No mesmo dia, os centros de recreação de verão também poderão ser reabertos. Continuam proibidas, sem previsão de data, as manifestações e protestos públicos ou qualquer tipo de aglomeração em vias públicas.

Da Ansa

O presidente Jair Bolsonaro promoveu um encontro entre o secretário da Receita Federal, José Barroso Toste Neto, e o filho do pastor R.R. Soares, o deputado David Soares, na última segunda-feira (27), para tratar sobre a dívida que as igrejas evangélicas tem com o Fisco. A informação é do jornal Estado de São Paulo.

Após tentar interferência na Polícia Federal, Bolsonaro pressiona agora a Receita, para que o órgão perdoe as dívidas de igrejas evangélicas, que fazem parte do núcleo de apoio ao governo. 

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A reunião aconteceu no Palácio do Planalto. Segundo a reportagem do Estadão, o encontro foi à portas fechadas. Na ocasião, Bolsonaro teria ordenado que a equipe econômica “resolva o assunto”, mas o órgão ainda se mantém resistente.

A Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por R.R. Soares, acumula uma dívida ativa com a União de R$ 144 milhões e dois processos de R$ 44 milhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara de Brasília, determinou, que o governo Jair Bolsonaro adote medida para "impedir que 'atividades religiosas de qualquer natureza' permaneçam incluídas no rol de atividades e serviços essenciais para fins de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus". A decisão acolhe pedido do Ministério Público Federal. A decisão é do dia 31 e dava 24 horas para o governo agir. Até o momento, a medida permanece inalterada. Segundo a Procuradoria, a decisão também não foi derrubada em segundo grau.

Segundo o magistrado, que determinou a suspensão de trecho do decreto do presidente sobre serviços essenciais, o texto em relação às igrejas "não se coaduna com a gravíssima situação de calamidade pública decorrente da pandemia que impõe a reunião de esforços e sacrifícios coordenados do Poder Público e de toda a sociedade brasileira para garantir, a todos, a efetividade dos direitos fundamentais à vida e à saúde".

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A Justiça Federal no Rio de Janeiro chegou a decidir de maneira semelhante, mas a liminar foi cassada pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Nesta quinta, 2, a Procuradoria no Rio recorreu da decisão. Se o governo quiser recorrer da decisão do juiz de Brasília, poderá pedir sua reconsideração em primeira instância, ou apresentar apelo ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Em ação civil pública movida à Justiça, a Procurador Felipe Fritz Braga usou uma charge da cartunista Laerte Coutinho para 'ilustrar' deu pedido. Na imagem, um líder religioso chama os fiéis: "Venham". Atrás dele Deus alerta: "Venham nada!".

Segundo ele, 'sem qualquer justificativa racional', Bolsonaro 'incluiu no rol de serviços essenciais as atividades religiosas de qualquer natureza, dando margem para que os cultos e liturgias presenciais voltem a ocorrer, o que significa grandes e frequentes aglomerações de pessoas num momento em que toda a ciência afirma que o isolamento social é a medida mais eficaz para conter a propagação do vírus'.

"É hora, portanto, de dar à razão e à ciência o peso merecido e necessário, para evitar um dano coletivo de proporções incomensuráveis à saúde individual e coletiva e a fim de proteger o próprio sistema de saúde brasileiro, que ameaça colapsar-se tal como ocorreu na Itália e Espanha, caso as medidas de contenção e isolamento determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde não sejam seguidas", escreve.

O decreto

A medida do governo atendeu a interesses já manifestados por líderes de igrejas evangélicas, como os pastores Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, aliados do presidente.

Mesmo assim, lideranças religiosas afirmaram à reportagem que, apesar da permissão, não pretendem usar o decreto para fazer cultos ou missas em cidades onde a aglomeração de pessoas foi proibida, como São Paulo e Rio de Janeiro.

A decisão do governo, que inclui essas duas atividades na lista de serviços essenciais, não depende de aval do Congresso e afronta restrições impostas por Estados e municípios para reduzir a circulação e evitar a propagação da doença.

O presidente Jair Bolsonaro começou o domingo (12) de Páscoa recebendo uma imagem de Santa Paulina - a primeira religiosa brasileira canonizada pela Igreja Católica. À tarde, o chefe do Planalto participa de uma cerimônia por videoconferência com líderes religiosos.

O presente foi dado pelo deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC), natural de Nova Trento, cidade catarinense que tem a santa como padroeira. "Ele está bem preocupado com a situação do desemprego", disse o parlamentar ao Broadcast Político após a visita no Palácio da Alvorada, residência de Bolsonaro.

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Durante a pandemia do novo coronavírus, Bolsonaro tem feito questão de reforçar preocupação com o cenário econômico e contrariado orientações do Ministério da Saúde sobre o isolamento social. Conforme o Estadão noticiou, pesquisa do instituto Locomativa indica que metade dos brasileiros perderam renda desde a escalada da crise sanitária do novo coronavírus, em meados de março.

Na agenda oficial, Bolsonaro não tem compromissos oficiais. Ao receber o deputado, o chefe do Planalto usava uma camiseta do clube gaúcho Esportivo.

O vice-presidente Hamilton Mourão, por sua vez, usou a manhã do domingo para andar de bicicleta no entorno dos palácios Jaburu e Alvorada.

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Com o avanço do novo coronavírus e a renovação de mais 15 dias da quarentena, as celebrações da Semana Santa nas igrejas serão diferentes. Líderes religiosos mudaram as programações para evitar aglomerações e a movimentação de pessoas nas ruas, igrejas e templos.

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Para a igreja católica, a celebração começa no Domingo de Ramos, uma semana antes da Páscoa. A festa comemora a entrada de Jesus em Jerusalém. Este ano não houve a Procissão de Ramos, como de costume.

Segundo o padre e coordenador arquidiocesano da Pascom Belém, Nilton Cezar, foi pedido para que os fiéis colocassem um ramo na porta ou no portão de suas casas. Um carro da Paróquia Cristo Peregrino, da qual o padre faz parte, realizou uma bênção das casas dos devotos. 

“Frente a esta pandemia do coronavírus, na qual devemos ficar em quarentena, a igreja orienta para que todos assumam essa consciência e postura de ficar em casa. Todas as celebrações têm sido transmitidas nesses dias para que os fiéis que se encontram em casa tenham a oportunidade de participar das santas missas”, informou o padre Nilton. Segundo ele, transmissões mais criativas possibilitam a participação dos fiés dentro de suas próprias casas.

De acordo com o padre Nilton, as recomendações do arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira, são para que, nesta quinta-feira, os católicos coloquem uma vasilha e jarra com água na porta, janela ou em um lugar de destaque na frente da casa para que as pessoas entendam isso como uma disposição para o serviço e também para a celebração da comunhão. “A celebração não contará com o ato do lava-pés, exatamente por causa desta situação do coronavírus e pela ausência do povo na celebração. Na sexta-feira não contará com o beijo na cruz, embora tenhamos pessoas que fazem parte deste rito celebrativo, a equipe de liturgia”, explicou.

“Na sexta-feira existe um sinal recomendado pela igreja de colocarmos no portão ou na porta uma cruz, sinal da nossa pertença à igreja de Cristo e da nossa comunhão com a arquidiocese. No sábado, convidamos à celebração do Sábado Santo, a acender uma vela na hora da celebração da vigília com uma bíblia. Você coloca uma bíblia e a vela do lado e acende com um gesto de participação dessa celebração e renovação do batismo. No domingo, o nosso gesto é de colocarmos uma toalha branca no portão ou na porta simbolizando a ressurreição do Senhor”, explicou o padre.

A igreja evangélica não é diferente. Os líderes farão seus cultos on-line. A pastora da igreja evangélica Labaredas de Fogo, Ray Tavares, disse que os cultos da igreja já têm transmissão on-line desde o decreto do governo e que durante a Semana Santa vão continuar.

 “Como não estamos podendo fazer os cultos presenciais, nós vamos fazer os cultos on-line. Vamos fazer a Sexta-feira Santa ao pé da cruz normalmente como fazemos na igreja, montar a cruz e o manto. Vamos fazer uma manhã ao pé da cruz só que on-line, todo mundo nas suas casas. Domingo vamos fazer o culto da ressureição de Cristo que fazemos todos os domingos da ressureição, todos de branco. O culto da manhã será às 9 horas e à noite, às 18 horas. No decorrer da Semana Santa vai ser como estamos fazendo, dias de terça-feira, quarta e quinta-feiras, às 19 horas”, explicou a pastora.

De acordo com os líderes religiosos da igreja católica e da igreja evangélica, assim como em estabelecimentos e outra profissões, a igreja tem passado por momentos difíceis financeiramente, pois sem as suas celebrações religiosas não há arrecadação de ofertas e dízimos e a igreja sobrevive disso para poder honrar com os seus compromissos.

“A ausência do seu povo, que não pode participar dos eventos paroquias, não pode participar das nossas santas missas, e também a dimensão administrativa, financeira, que tem prejudicado bastante, por conta de muitas pessoas também não estarem recebendo, têm dificuldtado. Mas a igreja tem se reinventado nessa questão e disponibilizado vários cartões dinâmicos do dízimo para facilitar a vida dos seus paroquianos, assim também aumentando a equipe para ir de em casa em casa receber o dízimo, o que tem ajudado com os compromissos de honrar com os funcionários, pagar as contas, as despesas da paróquia e assim por diante”, explicou o padre Nilton.

“Perda da receita para manter as suas despesas mensais, isso é fato. Não é diferente como em qualquer um outro estabelecimento, porque a igreja se mantém dos dízimos e das ofertas. Quando você não tem culto, automaticamente você não tem arrecadação. Muita gente não sabe e não trabalha com transferência, não tem contas bancárias, então isso tem gerado um prejuízo, também essa questão da unidade, de estar se encontrando, conversando, aconselhando um ao outro. A gente trabalha muito com o aconselhamento pastoral e nós estamos impossibilitados de estar fazendo isso presencialmente. Estamos fazendo muito por telefone, mas não é a mesma coisa, então isso é um prejuízo porque essas pessoas estão se sentindo sem essa cobertura espiritual”, comentou a pastora Ray sobre as dificuldades.

 

 

 

 

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, popularmente conhecida como mórmon, paga uma taxa anual de R$ 805 à União para usar um apartamento de 273 metros quadrados na Península, região com torres de alto padrão na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. Um imóvel de metragem similar no mesmo local pode ser encontrado a partir de R$ 1,9 milhão ou alugado por, no mínimo, R$ 6 mil mensais.

Perto dali, no Jardim Oceânico, a Primeira Igreja Batista da Barra da Tijuca paga aos cofres públicos uma taxa de R$ 1,4 mil por ano pelo uso de um apartamento em uma das áreas mais valorizadas do Rio. Próxima à praia, com amplo comércio e acesso ao metrô, uma unidade ali custa pelo menos R$ 1,5 milhão ou R$ 9 mil mensais.

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Em franca expansão de suas atividades, igrejas usam imóveis pertencentes à União para atuar no País. Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S.Paulo, a partir de dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e registros de cartórios, revela que 663 salas comerciais, apartamentos, terrenos, galpões e residências em condomínios de luxo estão ocupados por organizações religiosas.

As entidades têm a posse da maior parte dessas propriedades federais. Pelas regras, os ocupantes pagam apenas uma taxa anual que incide sobre o valor registrado do terreno e pode ser de 0,6% ou 2%. Parte desses imóveis é usada como moradia de dirigentes das igrejas.

O patrimônio da União é formado por terrenos e imóveis residenciais e comerciais construídos em terras devolutas, indígenas, áreas à beira-mar, margens de rios e também obtidos como pagamento de dívidas.

O governo do presidente Jair Bolsonaro já autorizou a ocupação de três imóveis por igrejas evangélicas: uma sala comercial para a Igreja Universal do Reino de Deus e uma sede para a Assembleia de Deus Ministério Bethel, ambos em Vitória, no Espírito Santo, além de uma casa para a Igreja Apostólica Restauração do Povo de Deus, em Tramandaí, litoral do Rio Grande do Sul. Todas a partir de 2019.

Há também casos em que a União permitiu, ao longo dos anos, que imobiliárias fizessem condomínios e loteamentos em suas áreas. Os ocupantes são beneficiados por adquirirem a posse de casas por valores abaixo dos cobrados normalmente pelo mercado ou por morarem em apartamentos pagando apenas uma taxa irrisória.

Condomínio

Foi o caso de Tamboré 2, um condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo. Ali, o apóstolo Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, mora em uma casa de alto padrão, erguida em terreno da União. A Mundial paga R$ 5,8 mil por ano ao governo. Em 2012, a igreja comprou de um antigo ocupante o direito de usufruir da residência de 925 metros quadrados por R$ 1,3 milhão.

Em imobiliárias, casas no mesmo condomínio são anunciadas por valores entre R$ 6 milhões e R$ 35 milhões. O imóvel possui acabamento externo em mármore e jardim de palmeiras exóticas. O jornal O Estado de S.Paulo entrou em contato e encaminhou questionamentos por escrito à Igreja Mundial do Poder de Deus, mas não obteve resposta.

A Igreja Universal do Reino de Deus também usufrui de imóveis da União localizados em condomínios de alto padrão na Grande São Paulo, como o Alphaville 3 e o Tamboré 1, onde moram empresários, artistas e atletas famosos.

Nos últimos meses, a organização do bispo Edir Macedo colocou à venda por R$ 790 mil o direito de uso de um lote de 532 metros quadrados na Alameda Itanhaém, no Alphaville 3, um dos mais tradicionais da área. Há sete anos, a Igreja Universal recebeu o terreno plano e com poucas árvores como doação, estimada em R$ 100 mil, embora o valor venal fosse de R$ 162 mil. O Estado apurou com corretores da região que o valor de mercado, na verdade, seria superior a R$ 1 milhão.

Já no Tamboré 1, a igreja de Edir Macedo anunciou um terreno arborizado de 1,8 mil metros quadrados, na esquina das avenidas São Paulo e Limeira na Fazenda, por R$ 919 mil. O direito de uso desse imóvel foi comprado em 1997 pela simbólica quantia de R$ 0,07, embora o valor venal fosse, à época, de R$ 45 mil. Os terrenos estão abaixo do preço porque, segundo a imobiliária responsável pela venda, a Universal paga à vista ou com parcelas altas.

À reportagem a Universal disse que usa os imóveis citados para evangelização e como apoio ao trabalho da igreja. Atualmente, as maiores detentoras de imóveis pertencentes à União são a Igreja Cristã Maranata, com 40 propriedades ao todo, e a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia do Recife, ligada à Igreja Católica, com 37 imóveis.

Após o Governo Federal liberar a retomada das atividades de centros religiosos, com a inclusão de igrejas no rol de atividades essenciais em meio à pandemia do novo coronavírus, o juiz federal Manoel Pedro Martins de Castro Filho, da 6ª Vara de Brasília, decidiu que medidas sejam adotadas para impedir que os locais de culto permaneçam em funcionamento. A decisão, que acolhe pedido do Ministério Público Federal, foi divulgada nessa terça-feira (31) e estipulava o prazo de 24 horas para que a União tomasse uma ação.

Para o juiz, a publicação de parte no art. 3º do decreto 10.282/2020 "não se coaduna com a gravíssima situação de calamidade pública decorrente da pandemia que impõe a reunião de esforços e sacrifícios coordenados do Poder Público e de toda a sociedade brasileira para garantir, a todos, a efetividade dos direitos fundamentais à vida e à saúde".

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O Ministério Público Federal também moveu uma ação civil pública para reforçar o "impacto negativo que a inclusão das atividades religiosas poderá ter nas medidas de saúde pública”. No entendimento do procurador Felipe Fritz Braga, a liberação viola o direito fundamental social à saúde, presente no art. 6º da Constituição Federal, e não há “qualquer justificativa racional" que a legitime.

Fritz Braga reforça as recomendações das autoridades sanitárias na prevenção da covid-19 e avalia que a retomada dos centros religiosos acaba "dando margem para que os cultos e liturgias presenciais voltem a ocorrer, o que significa grandes e frequentes aglomerações de pessoas num momento em que toda a ciência afirma que o isolamento social é a medida mais eficaz para conter a propagação do vírus".

Ao rebater a ação do Governo Federal que alterou o decreto sobre serviços essenciais, o procurador exaltou a importância das bases científicas para a tomada de decisões desta natureza. “Não me parece admissível que hoje o Estado, sobretudo num campo tão sensível como é o campo da saúde, que diz respeito à vida, e à própria dignidade da pessoa humana, possa agir irracionalmente, levando em conta razões de ordem metafísica, ou fundado em suposições, enfim, que não tenham base em evidências científicas”, discorreu.

“É hora, portanto, de dar à razão e à ciência o peso merecido e necessário, para evitar um dano coletivo de proporções incomensuráveis à saúde individual e coletiva e a fim de proteger o próprio sistema de saúde brasileiro, que ameaça colapsar-se tal como ocorreu na Itália e Espanha, caso as medidas de contenção e isolamento determinadas pela OMS e pelo Ministério da Saúde não sejam seguidas”, complementou Fritz Braga.

A suspensão do funcionamento de todos os templos religiosos em Salvador começa a vigorar a partir desta quarta-feira (25), conforme anunciou nesta segunda (23) o prefeito ACM Neto (DEM), em coletiva à imprensa durante o lançamento da campanha nacional de vacinação. Quem descumprir a determinação, que será publicada em decreto, poderá ter o alvará de funcionamento cassado.

Neste final de semana, a força-tarefa de fiscalização da Prefeitura, formada por equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), Vigilância Sanitária (Visa) e Guarda Civil Municipal (GCM), iniciou uma operação de conscientização junto a igrejas e demais templos religiosos. Durante a ação, os agentes orientaram 171 templos a suspenderem cultos, missas e encontros presenciais.

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“Os agentes verificaram que a maioria das igrejas estão obedecendo as determinações. Nesse momento, o intuito da Prefeitura é evitar o avanço rápido do novo coronavírus (Covid-19) e proteger a vida da população”, destaca o secretário da Sedur, Sérgio Guanabara.

Com informações da Secom Salvador

Todas as mesquitas e igrejas do Egito fecharam neste sábado (21) por duas semanas para frear a propagação do coronavírus, anunciaram as autoridades religiosas do país.

O ministério de Bens Religiosos e a Igreja copta ortodoxa alertaram, em dois comunicados, sobre o "risco" de propagação da COVID-19 que "representam as congregações em massa".

O ministério decidiu "proibir as orações coletivas e fechar as mesquitas (...) a partir de hoje (sábado) e durante duas semanas", declarou em sua página do Facebook.

Apelando à "responsabilidade patriótica" na luta contra o vírus, o Santo Sínodo da Igreja copta ortodoxa ordenou o fechamento do conjunto de igrejas, assim como a "suspensão das missas" durante este mesmo período.

Na sexta-feira, a Igreja copta católica (minoritária) anunciou a suspensão das missas até nova ordem.

Os cristãos coptas, que constituem a maior minoria cristã do Oriente Médio, representam entre 10% e 15% da população egípcia de cerca de 100 milhões de habitantes.

As medidas de fechamento foram anunciadas no dia seguinte à oração das sextas-feiras, nas quais os fiéis chegaram em massa nas mesquitas, apesar do surgimento de novos casos no país todos os dias.

O Egito registrava oficialmente na sexta-feira à noite 285 pessoas infectadas e oito mortos, segundo o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas ainda persistem as dúvidas sobre a veracidade destes dados, já que muitos países registraram casos do novo coronavírus em pessoas que estiveram no Egito recentemente.

Para limitar a propagação do vírus, o Cairo fechou escolas e universidades, museus, aeroportos e o fechamento noturno de cafés, restaurantes e casas de show até 31 de março.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) irá suspender a cobrança da tarifa social para todo o Estado em função da crise causada pelo novo coronavírus. Segundo anunciou, a tarifa não será cobrada a partir de abril pelo prazo de 90 dias.

A medida deve atingir 506 mil famílias. Segundo Doria, a medida visa proteger "as pessoas mais pobres, vulneráveis e desvalidas".

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O governador também disse, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, que o Estado não deve atender os setores essenciais do funcionalismo público, que pedem que funcionários acima de 60 anos sejam dispensados de suas atividades. Segundo Doria, profissionais da rede estadual de saúde, da segurança pública, da Sabesp, da Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo (Ctesp) e do sistema penitenciário deverão continuar com os trabalhos.

A medida também foi adotada pelo prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), que reiterou que as áreas de segurança e saúde não podem sofrer baixas nas atividades. "O serviço que eles prestam é essencial e não podemos abrir mão", disse o prefeito.

Fora do campo dos serviços considerados essenciais, Doria disse que antecipará as férias para os professores e gestores que atuam na rede estadual de ensino. Segundo ele, são 150 mil professores, além de 15 mil profissionais que atuam na rede do Centro Paula Souza. O prefeito Bruno Covas também adotou a medida e disse que os profissionais da Secretaria de Educação do município de São Paulo terão suas férias antecipadas.

Igrejas e templos

Doria recomendou que igrejas, templos ou qualquer denominação religiosa suspendam por sessenta dias, a partir de segunda-feira (23) missas, cultos ou qualquer outra aglomeração de qualquer natureza na capital e região metropolitana de São Paulo. A medida se dá por causa da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Disse o governador: "tivemos o cuidado de dialogar com os principais líderes e não houve nenhuma resistência (ao pedido)". "Diferente de um líder religioso do Rio de Janeiro, aqui todos foram solidários." "Todos entenderam o momento de convergência solidária sem a força da lei", afirmou Doria. "Se não houver a sequência a essa orientação, o governo e a prefeitura irão agir", afirmou.

"Isso não significa o fechamento", ressalvou o governador. "Orações podem ser feitas de forma virtual", disse Doria que também afirmou ter pedido às denominações religiosas que informem seus fiéis sobre as medidas de prevenção contra o novo coronavírus.

A pedido do Papa Francisco, algumas paróquias de Roma irão permanecer abertas para os fiéis, apesar da decisão anunciada ontem pela Conferência Episcopal italiana de respeitar o fechamento para lugares públicos exigido pela Itália para frear a pandemia de coronavírus.

As paróquias de bairro vão abrir suas portas e programarão missas para os fiéis, enquanto as basílicas e os templos mais visitados pelos turistas permanecerão fechados.

A ideia surgiu do papa Francisco, que manifestou, nesta sexta, preocupação com o lado negativo das "medidas draconianas". Em sua missa matutina no Vaticano, ele comentou que a medida corre o risco de mergulhar muitos fiéis "na solidão".

"Vamos deixar abertas apenas as paróquias", anunciou o cardeal e bispo vigário de Roma, Angelo De Donatis, em um comunicado.

A pandemia de coronavírus é motivo de preocupação para a Igreja italiana, assim como para o Vaticano e para o papa Francisco, que reconheceu sua gravidade várias vezes em suas missas.

Em algumas paróquias, os fiéis já começaram a surgir, respeitando a distância de mais de um metro entre os presentes, como pedem as autoridades.

País europeu mais afetado pela pandemia de COVID-19, a Itália registra, conforme balanço divulgado pela Defesa Civil na quinta-feira, ao menos 1.016 óbitos e 15.000 infectados.

Todas as igrejas da diocese de Roma permanecerão fechadas até 3 de abril, com o objetivo de ajudar a interromper a pandemia de Covid-19, anunciou nesta quinta-feira o cardeal italiano Angelo De Donatis, bispo vigário de Roma.

"Até sexta-feira, 3 de abril de 2020, o acesso às igrejas" em Roma e, de "maneira geral, aos locais de culto permitidos ao público, ficam proibidos a todos os fiéis", disse monsenhor De Donatis em comunicado à imprensa.

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Embora as misssas, assim como qualquer outra reunião de pessoas, já tenham sido proibidas, as igrejas permanecem abertas aos fiéis.

"Lembramos que esta disposição foi adotada para o bem comum", acrescentou o prelado.

Essa decisão é particularmente simbólica na Itália, onde a grande maioria da população se declara católica.

O coronavírus é motivo de preocupação para a Igreja italiana e também para o Vaticano, e o Papa Francisco mencionou isso em várias ocasiões em suas missas.

Na terça-feira, ele pediu aos padres "que tenham coragem de sair e visitar os doentes", "para acompanhar as equipes médicas e os voluntários".

O governo italiano incluiu missas, casamentos e funerais entre congregações proibidas, "uma medida fortemente restritiva cuja aceitação implica sofrimento e dificuldades" para padres e fiéis, lamentou a Conferência Episcopal Italiana há alguns dias em seu site.

Desde então, o clero não fez nenhuma reserva sobre as novas medidas restritivas adotadas pelo governo italiano.

A Itália, é o país da Europa mais afetado pela pandemia do Covid-19, e ultrapassou 1.000 mortes na quinta-feira, com um total de 1.016 mortes e 15.000 infectados, segundo a proteção civil.

O filósofo Olavo de Carvalho acusou as instituições religiosas, o comunismo, a maçonaria e até as Forças Armadas de serem as causadoras de “tudo de mau que acontece no Brasil”. Em publicação nessa sexta-feira (6), na sua conta oficial do Facebook, ele não poupou as palavras.

Segundo Olavo, esses organismos não necessariamente são maus, contudo quem ocupa altos cargos neles "acaba tentando tirar vantagem e f... com o resto da população". O guru do presidente Jair Bolsonaro ainda sugere o fim do prestígio dessas instituições.

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"Tudo o que acontece de mau no Brasil vem de uma ou várias destas instituições: Forças Armadas, Partido Comunista, Maçonaria, Igreja Católica, Igrejas Evangélicas. Não que elas em si sejam necessariamente más, mas quem quer que suba na hierarquia de uma delas acaba tentando usá-la para tirar vantagem e f... com o resto da população. Demolir o prestígio dessas instituições seria tirar de milhões de picaretas a arma do crime", apontou o escritor na rede social.

Instituições religiosas que reúnem grande número de seguidores em seus templos estão alterando práticas tradicionais para prevenir eventual contágio pelo novo coronavírus. Nas igrejas católicas, os padres estão sendo orientados pelas dioceses a evitar apertos de mão, abraços e mãos dadas durante celebrações. Na comunhão, a orientação é de que a hóstia seja dada na mão e não na boca. Dirigentes de igrejas presbiterianas também passaram orientações a pastores e, em Cotia (SP), um templo budista começou a medir a temperatura de visitantes.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da Igreja Católica brasileira, informou que não indica normas para arquidioceses, mas pede que cada local observe sua realidade e adote providências necessárias. "Cabe portanto aos bispos orientarem seus sacerdotes, bem como aos fiéis observarem as regras de higiene compatíveis com o momento." Segundo a CNBB, as arquidioceses mineiras de Belo Horizonte, Uberaba e Juiz de Fora, e as nordestinas de João Pessoa (Paraíba) e Rio Grande do Norte divulgaram comunicado aos padres com orientações para prevenir o vírus.

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Conforme o bispo de Campos (RJ), D. Roberto Ferreira Paz, da Pastoral de Saúde da CNBB, a recomendação é primeiramente trabalhar a prevenção e divulgar as informações das cartilhas de saúde sobre o vírus e as modalidades de contágio. Ele ressalta que é de extrema importância tratar a informação sobre o vírus com objetividade científica e a seriedade dos dados para evitar pânico e surtos de irracionalidade. "Sobretudo a solidariedade com as comunidades que estão padecendo ou podem estar mais expostas. Além disso, colaborar com a vigilância sanitária e estar sempre atualizado, assim poderemos correr na frente e neutralizar os riscos deste vírus para a nossa população, especialmente os mais vulneráveis."

As principais recomendações aos padres são para que orientem os fiéis a receber a hóstia nas mãos e não diretamente na boca. Em vez do abraço da paz, dado durante a missa, a orientação é fortalecer o sincero sentimento de bem-querer em relação ao próximo. Na oração do pai-nosso, no lugar de se darem as mãos, o cuidado é que seja cultivado com mais intensidade o compromisso com a fraterna comunhão.

O secretário de imprensa da Arquidiocese de São Paulo, padre Bruno Vivas, disse que, em função do que já foi divulgado pela CNBB, cada paróquia deve adotar as medidas de precaução necessárias. Em seu Twitter oficial, a arquidiocese reproduziu orientações sobre os cuidados com a doença. Em publicação no site, o cardeal D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, lembrou que a arquidiocese tem uma "legião de profissionais da saúde, voluntários e ministros dos enfermos" em sua Pastoral da Saúde. "Somos feitos assim e, por mais que encontremos solução científica para a cura de muitos males, restarão ainda muitos e outros novos surgirão a cada dia", disse.

A Igreja Presbiteriana do Brasil informou que, embora o Supremo Concílio não tenha editado normas específicas, as recomendações para o coronavírus são as mesmas já adotadas em outras situações de risco à saúde, como evitar grandes aglomerações e contatos físicos prolongados durante os cultos, além de ofertar álcool em gel nas igrejas. Conforme o pastor Ricardo Mota, os cultos estão acontecendo normalmente e não haverá interrupção nas programações em decorrência da confirmação de um caso em São Paulo.

Em seu site oficial, a Universal do Reino de Deus reproduz declaração do bispo Edir Macedo, fundador e líder. "Temos visto isso em nossos dias, pois até mesmo doenças que eram consideradas erradicadas têm ressurgido em algumas partes do mundo, deixando as nações em estado de alerta."

Medição de temperatura

Já o templo Zu Lai, em Cotia, na Grande SP, decidiu restringir a entrada, fazendo medição de temperatura (sem contato físico). Caso o visitante não concorde, será proibida a entrada. Também houve cancelamentos de atividades de fim de semana e convite a acompanhar cerimônias pela internet.

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