A CBF divulgou na tarde desta segunda-feira a súmula online do jogo no qual a Ponte Preta foi derrotada por 3 a 2 pelo Vitória, no último domingo à tarde, que terminou em confusão e vandalismo no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, onde a equipe da casa acabou sendo rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Ao fazer os seus relatos na súmula da partida válida pela penúltima rodada do Brasileirão, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro descreveu que torcedores arremessaram objetos em campo, como chinelos e um copo com líquido no gramado, assim como principalmente a invasão dos torcedores aos 38 minutos do segundo tempo, em episódio que provocou a suspensão da continuidade da partida.
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Ricardo Marques Ribeiro relatou que, aos 14 minutos do segundo tempo, um torcedor não identificado arremessou um chinelo em direção ao auxiliar de arbitragem Sidmar dos Santos Meurer, mas não o acertou. Mais tarde, aos 37, o mesmo bandeirinha presenciou um copo com líquido vindo da torcida mandante. No minuto seguinte, aos 38, um torcedor estourou a grade e invadiu o gramado. Outro grupo danificou o portão que dá acesso ao campo.
"Aos 38 minutos do segundo tempo, quando a bola se encontrava fora de jogo, um torcedor da A. A. Ponte Preta que se encontrava nas arquibancadas invadiu o campo de jogo, se dirigindo ao centro do gramado, sendo prontamente contido pelo policiamento. Na sequência e ainda antes do reinício da partida, ocorreu uma invasão generalizada de torcedores da A. A. Ponte Preta, que derrubaram parte do alambrado (localizado atrás do assistente n. 02) arrombando e danificando ainda um dos portões de acesso ao campo de jogo", relatou o árbitro na súmula.
A Polícia Militar precisou ser acionada para conter a invasão e houve confronto entre torcedores e policiamento nas arquibancadas. Fora do estádio a confusão continuou, com depredações e atos de vandalismo. O capitão Luciano A. F. Salaro redigiu uma declaração escrita à mão, em que avaliou que não teria condições de segurança para que a partida fosse restabelecida. O jogo ficou paralisado por 48 minutos, de acordo com o árbitro.
"Em razão do tumulto generalizado, com quebra de alambrado e portão do estádio Moisés Lucarelli, e também no exterior do mesmo, não foi possível garantir a segurança para o término da partida", relatou o capitão da PM. De acordo com Ricardo Marques Ribeiro, nenhuma das partes apresentou Boletim de Ocorrência até o fechamento da súmula. Ainda assim, o policiamento confirma que dois suspeitos foram detidos no meio da confusão.
Para que a partida fosse suspensa, o presidente da Ponte Preta, Vanderlei Pereira, e o presidente do Vitória, Agenor Gordilho Neto, ratificaram por escrito a decisão da arbitragem de encerrar o confronto aos 38 minutos do segundo tempo.
Sobre o zagueiro Rodrigo, expulso aos 14 minutos do primeiro tempo, foi relatado que o atleta acabou sendo punido com o cartão vermelho depois de ter "introduzido, por duas vezes, seu dedo médio entre as nádegas de seu adversário". O árbitro ainda descreveu que o jogador resistiu às ordens dadas para deixar o gramado e teve que ser "convencido pelos próprios companheiros" para que isso acontecesse.