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"É como se fôssemos a primeira geração vivendo a desesperança. A gente se vê sem opção. Se não atuarmos para mudar esse sistema econômico com falhas que levou o mundo ao colapso, não vamos ter futuro." A declaração de Thiago Bopp, de 18 anos, estudante de Gestão Ambiental no Brasil, traduz o sentimento de milhões de jovens que estão entrando em greves escolares, tomando as ruas mundo afora ou tentando assumir espaços de negociações para lutar contra as mudanças climáticas.

Bopp é o exemplo de uma geração que considera a mudança climática a questão mais importante do nosso tempo, de acordo com uma pesquisa da Anistia Internacional, divulgada hoje para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

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A pesquisa Futuro da Humanidade, realizada pela Ipsos MORI, é lançada ao mesmo tempo em que ocorre a 25ª Conferência do Clima da ONU, em Madri. O estudo ouviu mais de 10 mil pessoas de 18 a 25 anos em 22 países, incluindo o Brasil.

Os jovens opinaram sobre o estado dos direitos humanos em seu país e no mundo, quais questões consideram mais importantes e quem eles sentem ser os responsáveis por lidar com abusos. Em uma lista de 23 problemas, tiveram de escolher os cinco que consideram os mais importantes que o mundo enfrenta hoje. A mudança do clima foi citada por 41% deles; 36% escolheram a poluição e 31%, o terrorismo. Considerando apenas questões ambientais, 57% citaram o aquecimento global.

"É importante entender os sinais de alerta que essa pesquisa apresenta. O ponto mais citado globalmente por parte desses jovens é a questão climática. E nós, da Anistia Internacional, acreditamos que os eventos observados neste ano de 2019 mostram que os jovens estão vivendo dentro de um sistema falido", disse Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, em comunicado à imprensa.

Bopp, que está em Madri acompanhando as negociações da COP, conta ter começado a se preocupar com o problema aos 15 anos. Hoje, ele colabora com uma organização chamada Youth Climate Leaders, que atua com educação climática e abertura de oportunidades de trabalho para jovens líderes. "Queremos um modelo novo, lutamos por um desenvolvimento real, que não leve o planeta ao caos", diz o estudante.

"Acho que me preocupo com esse problema praticamente desde que nasci", brinca a designer Daniela Borges, de 26 anos, que também está em Madri para entender melhor o processo de negociações da COP. Ela é uma das organizadoras no Brasil das Fridays for Future, movimento iniciado pela sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que há pouco mais de um ano começou a fazer greves às sextas-feiras para pedir que seu país aja contra as mudanças climáticas.

Engajamento

"Não consigo fazer nada hoje que não seja relacionado com isso. Com as Fridays for Future me identifiquei. Sentia que não tinha voz por ser muito jovem e entendi ali que é do meu futuro que estamos falando. Quem tem de ter o que falar sobre isso sou eu", diz Daniela.

Giovanna Kuele, de 26 anos, veio à COP como profissional de uma organização que trabalha com a questão de clima e segurança, mas ecoa o sentimento dos mais jovens. "Atuo em Nova York e sempre nos chamam, os jovens, como elemento decorativo. O que a gente fala não é ouvido." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou uma carta para ser lida neste sábado, 7, aos participantes da 25ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP-25), que ocorre em Madri, na Espanha.

No documento, publicado no site oficial do PT, Lula relembra políticas ambientais adotadas durante os anos de gestão federal petista e critica o atual governo do presidente Jair Bolsonaro. "É um governo que já demonstrou em palavras, gestos e ações que não respeita a democracia, os direitos humanos e muito menos o meio ambiente, como o mundo pode comprovar nos recentes incêndios que atingiram a Amazônia ou no criminoso descaso diante do desastre causado pelo derramamento de óleo na costa do nordeste brasileiro", disse.

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Para o petista, "governos como esse (de Bolsonaro) representam uma agenda destrutiva, individualista e concentradora de riqueza, que havíamos superado na América Latina". Lula destaca que a conferência deveria ser realizada no Brasil, mas foi "boicotada" pelo "governo de extrema direita que atuou pela sua transferência para outro país, antes mesmo de tomar posse". A COP-25 chegou a ser transferida para o Chile, mas o país vizinho não pode realizar o evento em razão dos protestos que ocorrem contra o governo local. A terceira opção, então, foi a Espanha.

Quanto à gestão de seu partido, o ex-presidente ressaltou na carta que o PT contribuiu para o enfrentamento das mudanças climáticas, ao mesmo tempo em que promovia respeito ao meio ambiente e à biodiversidade brasileira. "Durante 13 anos reduzimos 59% o ritmo de desmatamento na Amazônia junto com os governos estaduais temos 114 unidades de conservação de florestas tropicais protegendo 59 milhões de hectares de florestas nativas e áreas indígenas nelas existentes", pontuou.

O período em que o ex-presidente permaneceu preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) também foi citado no documento. O petista agradeceu pelas "diversas mobilizações e declarações de solidariedade organizadas pelo movimento sindical internacional", diante da "prisão injusta" a qual foi submetido.

Segundo comunicado no site oficial do PT, a carta de Lula foi lida pelo secretário do meio ambiente da CUT Nacional, Daniel Gaio, durante um ato realizado em frente à embaixada do Chile, em Madri, contra a política neoliberal do presidente chileno Sebastian Piñera.

Lideranças políticas, ativistas, acadêmicos e representantes da iniciativa privada estão reunidos em Madri, na Espanha, desde o último da 2, até o próximo dia 13 de dezembro, para discutir a Emergência Climática na Conferência da ONU sobre o Clima (COP25). Presidente para a América do Sul do ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, o prefeito Geraldo Julio chefia a maior comitiva da história da rede em COPs, com 60 representantes. O grupo chega a Madri neste domingo (8), com o objetivo de discutir a participação das cidades e governos locais no contexto da Emergência Climática. 

Na COP25, o prefeito Geraldo Julio terá ainda a oportunidade de apresentar os avanços do Recife na questão climática, que colocaram a cidade como referência no tema e levaram à liderança do ICLEI América do Sul. Outro objetivo é a busca por financiamento internacional para desenvolver mais ações na cidade, que está, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), entre as 16 mais vulneráveis aos efeitos das variações do clima no planeta. 

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Entre os membros da comitiva estão o prefeito de Lima, Jorge Muñoz, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, entre outros. Os trabalhos já começam no domingo com reunião preparatória da agenda de ação dos governos locais da América Latina, frente ao Acordo de Paris, durante a COP.  A reunião vai abordar as propostas de ação climática promovidas pelas cidades e como outros atores internacionais como instituições financeiras, redes de cidades, agências internacionais, podem contribuir com o desenvolvimento e aplicação dessa agenda. 

Na segunda-feira (9), o prefeito Geraldo Julio integra o painel Oportunidades e alianças pelo Clima – 2020: “O papel dos governos locais na construção de um compromisso nacional pelo clima”. O encontro será promovido com o intuito de fortalecer a interação entre governos locais e parlamentares brasileiros na promoção de diálogos sobre a Agenda Climática para 2020.   

Ainda na segunda, o prefeito participa do painel Prefeitos e Prefeitas, onde será discutida a visão dos governos locais da América Latina destacando compromissos e propostas de ação climática liderados pelas autoridades locais da região, projetando os desafios e prioridades para a implementação do Acordo de Paris na América. Participam desse encontro os prefeitos de Tegucigalpa (Honduras), Independencia (Chile), Oreamuno (Costa Rica), Arima (Trinidad e Tobago), Mérida (México) e Lima (Peru). 

A Prefeitura do Recife vem se destacando nas políticas públicas para o enfrentamento à Emergência Climática. Em novembro deste ano, durante Conferência Brasileira de Mudança do Clima, sediada na capital pernambucana, a prefeitura anunciou um conjunto de medidas, ampliando ainda mais o compromisso da cidade com a agenda climática. Entre as medidas estão o lançamento do Plano de Adaptação Climática do Recife, o decreto que declara o Reconhecimento à Emergência Climática Global pelo Município do Recife, a primeira cidade do Brasil a fazer esse reconhecimento e também com pioneirismo em todo o país, o Recife se tornou a primeira cidade incluir na grade curricular da rede pública de ensino a matéria Sustentabilidade e Emergência Climática. 

As ações vem se juntam ainda a ações concretas locais que buscam a redução das emissões, como a expansão da iluminação em LED na cidade com o Ilumina Recife e o projeto de Energia Limpa que será implantado no Hospital da Mulher do Recife. A Maratona Verde, que plantou 10 mil árvores em apenas uma semana, chegando a marca de mais de 80 mil árvores plantadas nos últimos 7 anos. A expansão da rede cicloviária, que quadruplicou de tamanho e ultra passou os 100km de extensão, entre outras medidas, como a recuperação do Jardim Botânico do Recife, os Econúcleos de Educação Ambiental e o novo Jardim do Baobá. 

Desde de 2013, a Prefeitura firmou compromisso com a causa da sustentabilidade e o enfrentamento às mudanças climáticas, com o ingresso na Rede ICLEI.  Em 2014, foi lançada a  Política de Sustentabilidade e de Enfrentamento das Mudanças Climáticas do Recife (Lei Nº 18.011/2014), que estabelece instrumentos para a implementação, em nível municipal, de ações sustentáveis e de enfrentamento ao fenômeno do aquecimento global, foi a primeira grande iniciativa. Foram feitos dois inventários de Emissões dos Gases, e o Plano de Adaptação da cidade. Foi estruturado ainda o Sistema Municipal de Unidades Protegidas, criando 26 Unidades de Conservação da Natureza, no território da cidade, das quais 19 já têm seus Planos de Manejo aprovados pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Em sua vigésima quinta edição, a COP 25 (Conferência das Partes) é o órgão de tomada de decisão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) e realizado pelos 197 países signatários da convenção e tem como objetivo avançar na implementação do acordos que foram determinados na Convenção que estabelece obrigações específicas de todas as Partes para combater as mudanças climáticas.

*Da assessoria de imprensa

"Os discursos não bastam". Com a jovem sueca Greta Thunberg na liderança, milhares de pessoas vão protestar nesta sexta-feira (6) em Madri para pressionar os países signatários do Acordo de Paris a agir contra o aquecimento global.

Outra marcha está planejada em Santiago do Chile, onde a reunião anual da ONU sobre o clima (COP25) aconteceria antes que o país desistisse de recebê-la por causa de um movimento social sem precedentes.

Sob o lema "o mundo acordou diante da emergência climática", a marcha climática de Madri começará às 18h00 (14h00 de Brasília) em frente à estação de Atocha.

Símbolo da luta pelo meio ambiente desde que lançou, em agosto de 2018, sua "greve escolar" que impulsiona o movimento global "Sexta-feira pelo futuro", Greta Thunberg estará presente. A jovem sueca dará uma conferência às 16h30 (12h30 de Brasília).

Sem viajar de avião, devido a seu impacto ambiental, Greta foi de veleiro participar de uma cúpula da ONU sobre o clima em Nova York e depois para a COP25 anunciada no Chile. Com a mudança de local, teve que pegar uma catamarã para fazer o caminho inverso.

Depois de três semanas no mar, a ativista de 16 anos chegou a Lisboa e, de lá, seguiu para Madri, onde chegou nesta sexta por volta das 8h40 (4h40 de Brasília). Ela dará uma coletiva de imprensa às 16h30 (13h30 de Brasília).

O ator espanhol Javier Bardem, ativista climático, também participará do protesto, que incluirá discursos e eventos musicais e culturais.

"Sabemos que será grande. Esperamos centenas de milhares pedindo ações urgentes", disse um porta-voz da mobilização, Pablo Chamorro.

A marcha de sexta-feira quer ser um "grande momento global", afirmou Estefanía González, porta-voz da Sociedade Civil para Ação Climática (SCAC), que representa mais de 150 grupos chilenos e internacionais.

Em função da desigualdade social e econômica, a crise no Chile está "diretamente relacionada à crise ambiental", apontou González, referindo-se aos maiores protestos no país desde o fim da ditadura de Augusto Pinochet, há quase 30 anos.

"Hoje, a ação climática se traduz em equidade social. Não é possível ter equidade social sem a equidade ambiental", afirmou o ativista.

A SCAC é um dos organizadores da Cúpula Social para o Clima, uma conferência paralela à COP25 que vai durar uma semana, a partir deste sábado, e incluirá centenas de eventos e workshops.

Os cerca de 200 signatários do Acordo de Paris, que visa limitar o aquecimento global a +2°C ou +1,5°C, estão reunidos desde segunda por duas semanas em Madri, pressionados para definir metas mais ambiciosas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Embora o termômetro tenha registrado alta de +1°C desde a era pré-industrial, ampliando os desastres climáticos, esta reunião pode decepcionar.

Em um manifesto, as associações que organizam a marcha enviaram uma mensagem clara: "Voltaremos às ruas (...) para exigir medidas reais e ambiciosas de políticos de todo o mundo reunidos na COP" e reconhecem que "a ambição insuficiente de seus acordos levará o planeta a um cenário desastroso de aquecimento global".

O governo Jair Bolsonaro estreia nesta segunda-feira (2) em uma Conferência do Clima da ONU (COP), com o desafio de convencer os demais países de que continua a bordo dos esforços mundiais para conter as mudanças climáticas. Vai precisar fazer isso para contornar dados difíceis - como a taxa recorde de desmate da Amazônia na década -, e superar as críticas internacionais que recebeu ao longo do ano.

Em um comportamento pouco usual, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, chefe da delegação brasileira, estará em Madri, onde será realizada a COP-25, durante os 14 dias da reunião. Em geral, ministros só chegam para a segunda semana do evento, deixando a primeira parte das negociações para os diplomatas. Salles, que tem dito que vai cobrar contrapartida financeira de países ricos por - segundo seu entendimento -, estar fazendo sua parte, já estará lá a partir desta segunda-feira.

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O Brasil não indicou que deve se comprometer com nada além da meta de reduzir as emissões em 37% até 2025, na comparação com 2005, apresentada no Acordo de Paris. Pelo contrário: insiste num discurso de gestões anteriores, de que é a nação que mais reduziu emissões e que, por isso, merece ser paga.

De fato, o País reduziu suas emissões, mas o ganho do passado vem se diluindo com a retomada do aumento do desmatamento da Amazônia - historicamente a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa do Brasil. Mesmo com a queda de emissões no setor de energia, por causa do aumento da fatia de fontes alternativas, a alta do desmatamento no ano passado fez as emissões totais do País pararem de cair. E neste ano devem disparar em razão do aumento de 29,5% no desmatamento da Amazônia.

"O Brasil tem muita coisa feita e levará para a COP todo acervo de temas ambientais. Por outro lado, também quer receber a sinalização, finalmente, de que a promessa de recursos vultosos de países ricos para os países em desenvolvimento, já a partir do ano que vem, se concretize", disse Salles nesta semana. O ministro cita como exemplo o fato de que este outubro teve o menor número de queimadas na Amazônia para o mês na série histórica, mas não menciona que isso ocorreu depois de um agosto com as maiores queimadas desde 2010 - e que o desmatamento continuou subindo no período.

Ele também justifica que o desmatamento está em alta desde 2012, mas não menciona que a taxa de crescimento deste ano em relação ao anterior, de 29,5%, foi mais que o dobro da média nesses sete anos, de 11,5%. E que o Brasil tem uma meta interna de chegar a 2020 com o desmatamento da Amazônia em 3.925 km². Entre agosto do ano passado e julho deste ano, a taxa foi de quase 10 mil km², e dados preliminares indicam para mais de 4 mil km² desde agosto.

O plano de Salles é tentar apresentar na COP um novo fundo, com o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Pesa contra os apelos do Brasil, no entanto, o fato de que o País desmantelou neste ano o Fundo Amazônia. "Se chegar na COP pedindo dinheiro, o Brasil vai bater na porta errada. Além do aumento do desmatamento, vai ter de explicar a revogação do zoneamento da cana e o plano de acabar com a moratória da soja. Além disso, nem se pede dinheiro assim na COP", avaliou a pesquisadora aposentada do Inpe, Thelma Krug, que por anos participou como negociadora brasileira.

Salles cita o compromisso assumido pelos países ricos de levantarem US$ 100 bilhões ao ano a partir de 2020, para ajudar os países mais pobres a descarbonizarem suas economias. O ministro quer uma parte dos recursos, e sugeriu que uns US$ 10 bilhões caberiam ao Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, disse ter pedido ao governo Bolsonaro que "explique" à comunidade internacional sua posição oficial sobre políticas de proteção ambiental.

A declaração foi dada em entrevista à ANSA, por ocasião da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP25, que acontece de 2 a 13 de dezembro, em Madri, na Espanha.

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"O fato de a delegação do Brasil ser chefiada pelo ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles será uma boa oportunidade para explicar a posição", declarou o diplomata.

Bolsonaro já colocou em discussão a permanência no Acordo de Paris e é alvo de críticas por causa da fragilidade das políticas ambientais do governo, que permitiram o aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia e um desastre ambiental que sujou de óleo praias de todo o Nordeste.

Apesar disso, Ybáñez garantiu que o Brasil não será "acusado" na cúpula climática. "Acho que as COPs não são um exame para ver o que cada um de nós está fazendo. Essa cúpula não é um processo", reforçou.

Da Ansa

O Ministério do Interior da Espanha informou que a participação nas eleições nacionais realizadas neste domingo até o começo da tarde, no horário local, era 3,5 pontos percentuais menor que na última votação realizada no início deste ano.

O ministério disse que, às 14 horas (horário da Espanha), 37,9% dos eleitores elegíveis haviam votado, contra 41,5% no mesmo período da eleição de 28 de abril.

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Os líderes do partido pediram que os eleitores fossem às urnas, já que as pesquisas sugerem que até 35% dos 37 milhões de eleitores da Espanha poderiam pular a quarta votação do país em quatro anos.

O Partido Socialista do primeiro-ministro em exercício, Pedro Sanchez, obteve o maior número de votos nas últimas eleições de abril, mas não conseguiu obter apoio suficiente para formar um governo. A tendência é de uma nova vitória do partido do governo, mas sem formar maioria.

Fonte: Associated Press.

Homem foi preso transportando mais de mil pés de maconha em seu veículo. À polícia, o suspeito alegou se tratar de folhas de hortelã. O caso aconteceu no distrito de Arganzuela, capital de Madri, Espanha. Durante uma inspeção na van, os policiais encontraram cerca de US $ 660, o que equivale a R$ 2.749, além de um contrato para a compra de um barco e uma licença de navegação.

De acordo com o site NewsWeek, a polícia revelou que parou o veículo durante uma patrulha de rotina quando avistaram o motorista fazendo uma "manobra irregular". Depois de parado, os policiais notaram vários pacotes suspeitos cobertos por um pano dentro do carro. Quando perguntado sobre esses pacotes, o motorista ficou visivelmente nervoso e respondeu se tratar simplesmente de caixas de plástico.

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Desconfiados, as autoridades abriram as caixas e encontraram inúmeras plantas de maconha. O suspeito foi preso por crime contra a saúde pública, já que todos os crimes relacionados às drogas na Espanha são designados como tais.

Um toureiro francês identificado como Juan Leal, 26 anos, ficou ferido gravemente após receber uma chifrada no ânus durante um evento na arena Las Ventas, em Madri, na Espanha. De acordo com a imprensa internacional, o homem sofreu um ferimento de 25 centímetros no reto.

O caso aconteceu no último domingo (26), desde então vem repercutindo nas redes sociais. Mesmo ferido, Juan continuou e só foi para a enfermaria quando encerrou a luta. O Daily Mail publicou que o toureiro teve uma fratura no cóccix e no sacro. Os médicos sinalizam que Juan deva se recuperar totalmente, desde que fique de repouso para evitar infecções.

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Já imaginou chegar no Santiago Bernabeu na Espanha, casa do Real Madrid, entrar em uma fila para fazer um tour e sair como sócia do clube? Tudo isso aconteceu na quarta-feira(29) com a recifense Maria Fernanda Guedes de 18 anos, torcedora do Santa Cruz, que está de férias na Europa.

Em conversa com o LeiaJá, a torcedora e agora sócia do Real Madrid contou como tudo aconteceu. “ Cheguei em Madrid um pouco tarde, só que eu queria logo ver o estádio. Estava eu meu pai e minha vó. A gente deixou ela em um café e foi eu e meu pai. Na fila meu pai encontrou uns vizinhos e ficou conversando e eu tentando falar com o ‘cara’ que estava vendendo só que ele falava muito rápido” argumentou.

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“Ele estava com um papel cheio de números que eram os valores de cada pacote. Eu estranhei ser bem caro, mas eu não entendia o que ele falava a já eram 17:45, o tour é até 19h. Aí eu só respondia: si, si, si. Quando eu paguei uma moça pediu minha identidade, meu endereço. Eu estranhei, mas pensei que seria para eles ter o controle de quem ia visitar”, explicou.

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Depois de todo esse desenrolar que Maria Fernanda recebeu a surpresa, ela tinha virado sócia do Real Madrid. “Ela me deu um cartãozinho com meu nome eu pensei ‘que chique’ e aí começou a me dar uma braçadeira de capitão, uma faixa, uma foto oficial, desconto de restaurante, um monte de coisa. Foi aí que descobrir que tinha virado sócia do Real Madrid”, finalizou.

Maria Fernanda confessou que tinha a intenção de assistir a grande decisão da UEFA Champions League entre Tottenham e Liverpool no sábado (1º) no Wanda Metropolitano, estádio do Atlético de Madrid, mas com poucos ingressos que custam acima dos 1500 euros, Fernanda não estará no duelo.

Com um efetivo policial de mais de 4.700 policiais e até drones para monitorar as atividades dos torcedores, a Espanha vai disponibilizar um esquema de segurança sem precedentes para a final da Liga dos Campeões, no estádio Wanda Metropolitano, em Madri, onde Liverpool e Tottenham se enfrentarão em busca do título continental a partir das 16 horas (de Brasília) deste sábado.

Ao revelar o grande plano que será implementado para o confronto, as autoridades espanholas disseram nesta terça-feira que a operação policial preparada para a decisão, considerada de "alto risco", será a maior já montada para um evento esportivo na história da capital espanhola.

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A medidas que serão tomadas para o decisivo confronto continental superarão as que foram colocadas em prática para a final entre River Plate e Boca Juniors, que se enfrentaram em dezembro passado no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, onde foi definido o campeão da edição passada da Copa Libertadores.

"Nós faremos mais do que fizemos durante a final da Libertadores", afirmou o diretor-geral da Polícia Nacional, Francisco Pardo, destacando também que o grande esquema planejado para conter conflitos entre torcedores dos rivais ingleses será executado já nos dias que antecederão o confronto de sábado. "Garantiremos aos cidadãos uma operação de segurança muito poderosa durante estes dias em que nós teremos muitos torcedores na cidade de Madri", completou.

As medidas que serão implementadas para a final da Liga dos Campeões foram discutidas nesta terça-feira em um encontro de quase duas horas na capital espanhola, onde estiveram presentes vários dirigentes de diferentes setores de segurança e representantes da Uefa.

Com mais de 4.700 policiais envolvidos nesta operação, esta final da Liga dos Campeões ainda será a primeira na qual drones serão utilizados para monitorar os torcedores. Veículos pesados das autoridades de segurança também serão posicionados do lado de fora do estádio Wanda Metropolitano no dia da decisão, sendo que os fãs serão revistados de forma criteriosa para poderem ultrapassar as áreas que dão acesso ao palco da decisão.

As autoridades policiais disseram que a Espanha está mantendo o alerta de nível 4 contra possíveis atos terroristas, o que é um indicativo de alto risco. E este estágio de alerta é mantido no país desde 2015.

INVASÃO INGLESA - Mais de 30 mil torcedores ingleses são esperados na capital espanhola, onde desembarcarão para acompanhar uma final no novo estádio do Atlético de Madrid, cuja capacidade é para abrigar 68 mil pessoas.

Liverpool e Tottenham receberam, cada um, cerca de 17 mil ingressos alocados pela Uefa para os seus respectivos torcedores, mas autoridades espanholas esperam muitos milhares a mais viajando até Madri sem entradas ou hospedagem reservada com antecedência, aumentando a possibilidade de problemas no entorno da cidade.

As autoridades revelaram também que medidas extras de segurança serão adotadas para manter os grupos de torcedores rivais separados desde a hora em que chegarem aos aeroportos ou estações de trem da capital espanhola até que eles possam ser liberados para transitar na cidade.

"Este evento neste fim de semana atrairá milhares de pessoas para Madri, mas tenho certeza de que, com o planejamento da Polícia Nacional e dos aeroportos e do Comitê Organizador Local, todos os visitantes que virão a Madri terão um tempo maravilhoso", afirmou Ken Scott, conselheiro de segurança e proteção da Uefa, nesta terça-feira.

A capital espanhola abrigou pela última vez a decisão da Liga dos Campeões em 2010, quando a Inter de Milão superou o Bayern de Munique para conquistar o título no estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid. No mesmo local, o River Plate superou o arquirrival Boca Juniors para faturar a Libertadores do ano passado em um incomum confronto na Espanha na partida da volta da decisão sul-americana.

Naquela ocasião, a Conmebol escolheu o Santiago Bernabéu como palco da finalíssima após os episódios de violência de torcedores do River que atacaram o ônibus do Boca durante o percurso até o estádio Monumental de Núñez, onde o duelo que definiria o campeão continental acabou sendo adiado por razões de segurança antes de ser remarcado para ocorrer na capital espanhola.

"A final da Copa Libertadores foi um grande desafio e nós tivemos um grande sucesso, mostrando ao mundo a imagem de um país que é seguro e experimentado na organização destes tipos de eventos", destacou Francisco Pardo nesta terça.

A prisão e posterior libertação, nesta quinta-feira (4), em Madri, de um espanhol que ajudou na morte de sua esposa, sofrendo de esclerose múltipla por 30 anos, relançou o debate sobre a eutanásia no país. "O juiz o libertou sem medidas cautelares", disse uma fonte judicial.

A fonte acrescentou que "a investigação continua, por um crime de cooperação no suicídio", mas que o juiz não viu motivo para "permanecer na prisão provisória". "O marido da falecida foi preso ontem", quarta-feira, em um bairro de Madri, disse à AFP um porta-voz da polícia nacional.

Um porta-voz da polícia nacional disse à AFP que o marido "declarou que sua esposa estava em estado terminal, e que ela havia lhe fornecido uma substância para provocar sua morte" e que ela "não sofreu".

Em uma transmissão de vídeo na mídia espanhola e gravada na terça (2) e quarta-feira (3), o homem é visto conversando com a mulher, que responde afirmativamente à pergunta do marido sobre se ele quer dar fim à sua vida. Ele acabou dando-lhe sódio pentobarbical.

Em uma entrevista transmitida no ano passado no canal La Sexta, o homem, Ángel Fernández, explicou que sua esposa, sexagenária, ficou doente por esclerose múltipla por três décadas e quis "morrer com dignidade".

Um jovem foi detido em Madri, suspeito de ter assassinado a própria mãe e de colocar seus restos mortais em diferentes recipientes depois de cortá-la em pedaços, informou nesta sexta-feira (22) a Polícia espanhola.

"No dia de ontem (quinta-feira), depois que uma amiga da falecida denunciou que havia passado um mês sem vê-la, uma patrulha da polícia foi à residência (da mulher) e a encontrou esquartejada", explicou à AFP uma porta-voz da Polícia nacional.

Os agentes encontraram "restos mortais em tupperwares pela casa", na residência da família no bairro de Salamanca, situado no centro da capital espanhola.

O filho de 26 anos foi detido no local como o suposto autor do homicídio da mãe, de 66 anos.

O jovem já tinha sido detida doze vezes, a maioria por maus-tratos, informou a porta-voz da Polícia.

A imprensa madrilense evocou um possível caso de canibalismo, mas a polícia não quis confirmar esta hipótese.

Após a violência ocorrida antes da partida final da Libertadores, em Buenos Aires, River Plate e Boca Juniors se enfrentam hoje (9), às 17h30 (de Brasília), no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. É a primeira vez que a Taça Libertadores terá jogo disputado em território europeu. A medida foi adotada pela Comenbol, por questão de segurança, depois que o ônibus com os atletas do Boca foi apedrejado por torcedores do River há 15 dias.

Temendo episódios de violência, o governo espanhol disponibilizou cerca de 4 mil policiais entre agentes públicos e privados. Em Madri, na véspera do jogo deste domingo, torcedores do Boca e River escolheram locais distintos para se reunir a fim de assistir à partida de logo mais.

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A diretoria do River tentou evitar a transferência do jogo para a capital esánhola, alegando que se a decisão fosse no Monumental, na capital argentina, as arquibancadas estariam ocupadas apenas por seus torcedores, como ocorreu no primeiro jogo da final na Bombonera. Segundo eles, com a mudança para Madri, as duas torcidas vão dividirão as arquibancadas do Bernabéu. Para os diretores, a presença da torcida do Boca é uma vantagem concedida ao clube adversário.

Já os drietores do Boca chegaram a sinalizar que a sua equipe não disputaria a final em Madri. Eles reivindicavam que o arquirrival fosse desclassificado como punição pela violência contra seus jogadores. O técnico Guillermo Barros Schelotto, por exemplo, fez discurso duro contra o episódio que gerou a decisão do torneio para um país europeu.

A expectativa é que o Boca entre em campo com a formação anterior, com Sebastián Villa e Ramón Ábila no setor ofensivo.

Prováveis escalações:

River Plate: Armani; Montiel, Martínez Cuarta, Maidana, Pinola e Casco; Palacios, Ponzio, Pérez e Pity Martínez; Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo.

Boca Juniors: Andrada; Jara, Izquierdoz, Magallán e Olaza; Nández, Barrios e Pérez; Villa, Pavón e Ábila. Técnico: Guillermo Barros Schelotto.

Árbitro da partida : Andrés Cunha (Uruguai), auxiliado pelos compatriotas Nicolás Tarán e Mauricio Espinosa.

 

*Com informações da Agência EFE.

O espanhol Carlos García Juliá, de 65 anos, que participou de um atentado a um escritório de advocacia em Madri, em 1977, conhecido como “Massacre de Atocha”, foi detido em São Paulo por agentes da Polícia Federal a pedido da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

Juliá tinha 24 anos quando cometeu o atentado a tiros dentro de um escritório de advogados trabalhistas e de militantes do Partido Comunista da Espanha, ainda ilegal no país, que deixou cinco mortos e quatro feridos. Ele foi condenado pela Audiência Nacional Espanhola a 193 anos de prisão como autor dos cinco assassinatos.

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Segundo a Polícia Federal, o assassino foi preso quando chegava em casa, na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, mas negou que seria o verdadeiro criminoso. Já na sede da Superintendência da PF, a real identidade de Juliá foi confirmada devido ao teste de impressões digitais. Agora, ele está preso provisoriamente na carceragem da polícia, mas a Espanha já acionou os trâmites para que sua extradição seja feita.

O massacre foi realizado por ativistas de extrema-direita contra a redemocratização espanhola, por isso o crime teve grande repercussão no final da década de 1970.

Juliá cumpriu 14 anos de pena na Espanha e conseguiu liberdade para ir morar no Paraguai, onde teria emprego, de lá ele foi para a Bolívia, onde foi condenado por envolvimento no tráfico de drogas, mas conseguiu fugir para o Brasil antes de ser extraditado para o país espanhol. Em São Paulo, ele morava desde 2001 com um passaporte venezuelano e trabalhava como motorista de aplicativo de viagens. Além disso, era casado com uma brasileira que supostamente não sabia de nada e, inclusive, alugou o carro para que ele pudesse trabalhar.

A Prefeitura de Madri anunciou nesta terça-feira (4) que não concederá licenças a três empresas de aluguel de patinetes elétricos, e deu a elas 72 horas para retirar seus veículos das ruas da capital espanhola.

O consistório alegou que as empresas Lime, Wind e VOI não deram informações suficientes aos clientes sobre as suas condições de uso.

A Lime, de propriedade da Uber e da empresa da Google Alphabet, e as outras duas empresas, haviam começado a operar este ano na capital espanhola sem autorização oficial.

A sua chegada forçou Madri e outras cidades espanholas a regular seu uso.

Na capital, os patinetes não podem circular nas calçadas nem nas áreas de pedestres, mas podem transitar na ciclovia e nas vias onde a velocidade é limitada a 30 km/h, algo que acontece em 80% de sua ruas.

As empresas afetadas podem enviar "a qualquer momento" uma nova solicitação de licença, informou a Prefeitura em em comunicado, no qual afirma que um total de 18 empresas manifestaram interesse em oferecer este serviço.

Contactada pela AFP, a empresa californiana Lime, que havia distribuído a maioria dos patinetes afetados pela medida, não reagiu imediatamente à decisão municipal.

Em Barcelona, a segunda cidade espanhola, que enfrenta um turismo maciço, já é proibido o uso de patinetes elétricos compartilhados. De acordo com seu regulamento, qualquer pessoa que pague para usar esses veículos deve ser acompanhada por um guia.

Em outras cidades europeias, como Paris, Viena e Zurique, foram introduzidos programas similares de aluguel de patinetes.

Diferentemente das bicicletas de aluguel, que normalmente devem ser deixadas em estações designadas, no caso dos patinetes são os usuários que se responsabilizam por estacioná-los em um local seguro.

O próximo usuário pode encontrar o veículo mais próximo com um aplicativo em seu celular, desbloqueá-lo e usá-lo pagando as taxas indicadas.

O ex-juiz da Lava Jato e futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, Sérgio Moro, afirmou nesta segunda, 3, que a prevenção e o combate à corrupção não deve ser limitado ao trabalho dos tribunais nem das forças policiais. Segundo o magistrado, é necessário empenho de outros poderes no enfrentamento aos desvios.

"A corrupção não pode ser enfrentada unicamente pelas Cortes de justiça, pelos agentes da lei, policiais, procuradores e juízes", afirmou Moro. "É preciso que casos de grande corrupção sejam sucedidos por uma resposta institucional. É necessário que o governo, que o Congresso, tome atitudes para prevenir a grande corrupção".

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Convidado para um seminário em Madri promovido pela Fundação Internacional para a Liberdade e mediado pelo escritor e Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, Moro narrou brevemente suas ações na Operação Lava Jato e os motivos de aceitar o convite de Jair Bolsonaro (PSL) para integrar o futuro governo.

"Sempre me perguntei se não tínhamos ido longe demais na aplicação da lei. Se não tínhamos chegado em um momento em que o sistema político ia revidar para manter aquele sistema de corrupção", afirmou Moro.

Segundo ele, ao aceitar o Ministério da Justiça, busca consolidar uma agenda de combate à corrupção e evitar interferências para barrar as investigações.

"Me senti tentado pela oportunidade de fazer algo mais significativo não pela posição de poder, mas pela probabilidade de avançar nessa agenda que representa o aprofundamento da nossa democracia em nível mais alto, com propostas de lei e liberação dos órgãos de investigação sem interferência política", disse. "São necessárias reformas mais gerais e isso não posso fazer como juiz, mas posso tentar fazer dentro de uma posição no governo".

Autoritarismo

Durante sua fala, Moro saiu em defesa do presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao afirmar que "não vislumbra risco de autoritarismo", à democracia ou uma possibilidade de "captura" do poder por outras instituições.

"É até estranho dizer isso, mas não vislumbro no presidente eleito um risco de autoritarismo ou risco à democracia", disse. "Também não existe um risco de controle, de captura das instituições de controle e dos demais poderes. Não há nenhuma possibilidade."

Moro também afirmou que, apesar das "declarações infelizes" feitas por Bolsonaro no passado, o futuro governo não atacará direitos de minorias, como mulheres, negros e a população LGBT.

"Eu jamais aceitaria uma posição no governo se vislumbrasse qualquer risco de discriminação de minorias", afirmou Moro. "Pessoas às vezes fazem afirmações infelizes no passado, mas isso não significa que se traduz em políticas públicas concretas."

O governo espanhol informou que não permitirá que os restos mortais do ditador Francisco Franco, morto em 1975, sejam enterrados na Catedral da Almudena de Madri, como pretendem seus parentes, quando forem retirados do monumento do Vale dos Caídos, nos arredores da capital.

A iniciativa tem como objetivo impedir que "um ditador continue ocupando um espaço público que se preste ao enaltecimento", alegou o governo.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Serviço de Resgate Marítimo da Espanha informou que pelo menos 479 pessoas, incluindo mais de 100 crianças, foram resgatadas durante o fim de semana enquanto tentavam atravessar uma estreita faixa do Mar Mediterrâneo no norte da África.

O serviço disse que 330 migrantes foram resgatados no sábado, a maioria deles na área do estreito de Gibraltar e um pouco mais a leste, em uma parte do Mediterrâneo conhecida como o Mar de Alborão.

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Eles incluíram cerca de 100 menores que foram apanhados por um navio da Guarda Civil Espanhola e um marroquino que foi encontrado à deriva em um material inflável originado em um pneu de caminhão. O serviço de resgate diz que outras 149 pessoas foram resgatadas hoje.

A Organização Internacional para as Migrações da Organização das Nações Unidas (ONU) informou em 11 de julho que mais de 16.900 migrantes chegaram à Espanha até agora este ano, número próximo ao número de chegadas na Itália. Quase 2.900 pessoas chegaram ao território espanhol atravessando os dois enclaves do país no norte da África. Fonte: Associated Press.

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas de Madri, na Espanha, descobriu que os sobreviventes do ebola geram anticorpos capazes de identificar as partes vulneráveis do vírus e neutralizá-lo. A descoberta é considerada um primeiro passo para a produção de uma vacina eficaz para todas as variantes do ebola.

O pesquisador do Serviço de Microbiologia e do Instituto de Pesquisa do Hospital Universitário 12 de Outubro, Rafael Delgado, explica que o estudo faz parte de uma nova estratégia chamada "vacinologia reversa" que busca identificar antígenos vacinais contra alguns agentes. A estratégia consiste em descobrir quais são as áreas mais vulneráveis dos vírus, que geralmente estão na superfície – nas proteínas que o envolvem – e conseguir vacinas capazes de induzir os anticorpos a identificarem essas áreas.

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Dessa forma, os pesquisadores demonstraram que em pacientes sobreviventes de ebola existem anticorpos especiais em proporção muito pequena, mas que reconhecem essas áreas escondidas e mais vulneráveis do vírus, presentes em todas as cinco variedades do ebola.

A expectativa é conseguir desenvolver uma vacina eficaz mas, segundo Delgado, os pesquisadores ainda estão nos primeiros passos, já que antes é necessário realizar pesquisas em ratos. A estimativa é de que os resultados fiquem prontos em um ano.

A estratégia está sendo utilizada também para avançar no desenvolvimento de uma vacina com eficácia mais prolongada para o vírus da gripe, e para outra contra o HIV, já que se demonstrou a existência de anticorpos igualmente protetores que reconhecem as regiões mais vulneráveis e escondidas do vírus. "Induzir a produção desses anticorpos mediante vacinas é agora o desafio da vacinologia no futuro", afirma Delgado.

A maioria das vacinas funcionam por sua capacidade de induzir a produção de anticorpos que reconhecem e neutralizam a superfície dos vírus, como é o caso das de sarampo e hepatite B. No caso do ebola, da gripe e do HIV, uma de suas barreiras é a variabilidade e a capacidade desses vírus para esconder as áreas mais vulneráveis de seu revestimento.

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