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O Ministério da Saúde vai entregar usinas de oxigênio a sete municípios do Amazonas nos próximos dias. Os equipamentos foram doados pelo Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo, e pela Fundação Itaú.

Cada usina tem capacidade para gerar 26 metros cúbicos de oxigênio medicinal por hora.

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O Amazonas enfrenta uma crise na saúde com o aumento no número de mortes pelo coronavírus por falta de oxigênio nos hospitais.

De acordo com o ministério, 10 municípios do Amazonas passaram a ter usinas de oxigênio para tentar frear a falta de equipamentos.

A meta da pasta é instalar 64 usinas em todo o Estado. O Hospital Getúlio Vargas, um dos que mais sofrem com a falta de oxigênio para tratamento de pacientes de covid-19, vai receber uma das usinas disponíveis.

Na tarde desta quinta-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, presta depoimento à Polícia Federal. O inquérito foi aberto e autorizado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), e investiga se o ministro da Saúde foi omisso em relação ao colapso na saúde de Manaus.

O Ministério da Saúde informou, nesta terça-feira (2), que a situação do abastecimento de oxigênio no Amazonas já é considerada normal: o consumo hospitalar diário de 80 mil metros cúbicos do gás está coberto, e há sobra de aproximada 8 mil metros cúbicos por dia.

Foi estabelecido um fluxo contínuo de chegada do gás por carretas vindas do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Além disso, diariamente, dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) chegam a Manaus, carregados com o produto. De acordo com a assessoria de imprensa do ministério da Saúde, as ações executadas sob coordenação do ministro, Eduardo Pazuello, fazem parte de uma série de medidas para desafogar a rede hospitalar do estado.

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Tanques

Ontem, foi iniciada operação para entregar, de avião, tanques isotérmicos com suplementação de oxigênio. Por via terrestre, é rotineira a chegada de carretas transportando tanques de oxigênio vindos da Venezuela, pela BR-174, e de outras regiões do Brasil, pela BR-319, contando com o auxílio de balsas para completar o trajeto, informou a assessoria do ministério.

Por via marítima/fluvial, o oxigênio é levado de navio para portos mais próximos, no caso é Belém (PA), onde o produto é envasado e embarcado em balsa para fazer o trajeto fluvial até Manaus. O carregamento de 90 mil metros cúbicos da operação realizada esta semana pela Marinha está sendo aguardado para chegada na capital do Amazonas nos próximos dias.

Usinas

O Ministério da Saúde e demais membros do comitê de crise elaboraram ainda um plano para implantação de 62 usinas destinadas ao crescimento da rede de abastecimento no interior. Desse total, 14 já se encontram em funcionamento e quatro estão em fase de implantação em Manaus e em outros municípios amazonenses. O plano contempla também a ampliação de mini usinas de oxigênio para a capital e o interior, visando reduzir a dependência das unidades de saúde do abastecimento externo.

Está também em andamento o processo de substituição da usina do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que gera 670 metros cúbicos de gás por dia, por outra mais robusta, com capacidade para produzir 2,4 mil metros cúbicos por dia. O ministro da Saúde acredita que, com a estabilização do oxigênio, será possível promover a abertura de novos leitos na unidade, para atender os pacientes de covid-19.

Com apoio do Ministério da Saúde e do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), a empresa White Martins, que fornece oxigênio para o Amazonas, também trabalha para expandir a planta de produção de oxigênio. Segundo a companhia, a ampliação da capacidade da unidade vai permitir elevar a produção em mais 6 mil metros cúbicos/dia. 

Próximos passos

Os esforços, a partir de agora, serão direcionados para ampliar a oferta de leitos e sanar as filas de espera. Nessa primeira fase, a previsão é abrir mais 150 leitos clínicos e 50 UTIs no estado.

Em paralelo, o ministério trabalha em conjunto com o Ministério da Defesa e o governo estadual com objetivo de viabilizar a transferência de pacientes para tratamento em outros hospitais do país. Já foram feitas, até o momento, mais de 430 transferências. Os pacientes estão sendo acomodados em leitos de hospitais universitários, disponibilizados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e pelos governos estaduais.

 

O presidente Jair Bolsonaro defendeu a atuação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, à frente da pasta e disse que o governo federal não tem nenhuma responsabilidade sobre a falta de oxigênio que matou pacientes de Covid-19 em hospitais públicos de Manaus.

"O trabalho é excepcional do Pazuello, é um tremendo de um gestor", disse Bolsonaro, ao sair de uma concessionária da Honda, em Brasília, na manhã deste sábado (30), onde chegou guiando uma moto. "Nós, no Amazonas, mandamos R$ 9 bilhões pra lá. Não é competência nossa e nem atribuição levar o oxigênio pra lá, damos os meios", disse Bolsonaro.

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Nessa sexta-feira (29), por determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal abriu inquérito para apurar se Eduardo Pazuello foi omisso no combate à pandemia do novo coronavírus no Amazonas. A ordem também é para que o general da ativa preste depoimento à Polícia Federal em cinco dias após ser intimado e que a investigação seja concluída em dois meses.

As suspeitas de omissão do titular da Saúde referem-se à demora do envio de ajuda ao Estado, especialmente a Manaus, onde dezenas de pessoas morreram asfixiadas nos hospitais, e ainda ao estímulo para uso de medicamento sem eficácia contra a Covid-19. Bolsonaro minimizou a investigação.

"Pequenos partidos de esquerda procuram o supremo para tudo. Agora, pode investigar o Pazuello, não tem problema nenhum. Não há omissão. Ele trabalha de domingo a domingo, vira a noite. Duvido que, com outra pessoa, teria tido a resposta que ele está dando. Ele faz tudo o que é possível. Agora, numa investigação como essa, nós não temos nada a temer."

O navio-patrulha oceânico Apa, que integra a frota da Marinha brasileira, atracou no porto da Vila do Conde (PA) na noite da última terça-feira, 26, com um tanque de 54 toneladas, que será envasado em Belém com 90 mil m³ de oxigênio líquido e seguirá rumo ao Amazonas para abastecer hospitais de Manaus.

A Marinha foi responsável pelo transporte de São Paulo ao Pará. Agora, uma balsa será usada para transportar, por rios, o tanque até Manaus, onde deve chegar na primeira semana de fevereiro.

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A capital do Amazonas enfrenta colapso no sistema de saúde devido ao agravamento da pandemia do coronavírus. O transporte faz parte da Operação Covid-19, realizada pelas Forças Armadas para mitigar as consequências da doença.

O Apa partiu de Santos em 19 de janeiro e tinha previsão de parada no Pará no dia 28 de janeiro, mas, devido às boas condições meteorológicas e aos esforços da tripulação, composta por 80 militares, a chegada em Vila do Conde foi antecipada em dois dias.

A missão do Apa teve apoio do Comando do 4º Distrito Naval, da Companhia Docas do Pará, que disponibilizou cais e guindastes, e da empresa White Martins, fornecedora do oxigênio.

O Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação no Estado do Pará também se dispôs a ajudar no transporte.

O Amazonas corre o risco de novo colapso no fornecimento de oxigênio, caso a demanda diária, hoje superior a 80 mil metros cúbicos por dia, aumente nos próximos dias. Segundo a única produtora no Estado, a White Martins, nos últimos cinco dias a empresa atingiu o limite máximo de entrega, duas vezes e meia a capacidade de produção de sua planta em Manaus, que é de 30 mil metros cúbicos por dia.

No dia 14, os hospitais de Manaus entraram em colapso por causa da falta de oxigênio e pacientes morreram asfixiados. Diante da crise, o Amazonas recebeu remessas de cilindros enviadas pelo governo federal e também doações, muitas delas articuladas pelas redes sociais. Segundo a reportagem apurou, o cenário de crise de duas semanas atrás ainda não se repete nas unidades de saúde, mas o aviso da White Martins acende o alerta no Estado.

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"Em paralelo, é imprescindível que as autoridades de Saúde mantenham o monitoramento constante da sua demanda no Amazonas, para que seja definido um plano de atendimento emergencia", diz nota da empresa enviada à reportagem. Procurado, o governo do Amazonas diz contar com o apoio das Forças Armadas para o transporte de oxigênio não só da White Martins como de outras empresas e doações para Manaus. "O governo do Amazonas também requisitou a produção de outras duas empresas locais que produzem oxigênio e que são de menor porte comparado à multinacional White Martins."

Vacinação

A juíza federal do Amazonas Jaiza Fraxe determinou que o governo estadual suspenda a entrega à prefeitura de Manaus das 132,5 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca que chegaram no sábado a Manaus até que haja transparência na vacinação, com a exigência da publicação de listas diárias de quem foi imunizado.

A magistrada quer evitar que pessoas fora do grupo prioritário recebam as doses, como ocorreu na semana passada. Dois funcionários do governo estadual já foram exonerados, mas há ao menos quatro integrantes da prefeitura da capital, entre eles a secretária de Saúde, Shádia Fraxe, e o de Limpeza Pública, Sebastião Reis, que não sofreram punição. O responsável pela Defensoria Especializada em Atendimento de Interesse Coletivo, Rafael Barbosa, defende, contudo, que não seja suspensa a aplicação da vacina, prevista para os maiores de 75 anos, além de completar os profissionais da saúde, que já começaram a ser vacinados com a Coronavac no dia 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Embaixada da China no Brasil anunciou nesta sexta-feira, 22, em sua conta oficial no Twitter, que empresas e associações do país asiático doaram ou estão em processo de doação de 1.700 cilindros de oxigênio, outros 1.900 quilos de oxigênio e grande quantidade de insumos sanitários ao Amazonas. O Estado enfrenta um colapso no sistema hospitalar e a elevação das mortes em meio à pandemia de covid-19, até por falta de oxigênio medicinal.

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A Embaixada da China afirmou que as empresas e associações estão sensibilizadas com a situação no Amazonas. De acordo com a representação diplomática, a bandeira da China está ao lado da do Brasil para "vencer essa luta".

A cidade de Monte Alegre, no Pará, só dispõe de oxigênio hospitalar até a noite desta sexta (22). Diante da iminente falta do produto, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) encaminharam ofícios à Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) e à Prefeitura da cidade, recomendando a adoção de medidas imediatas.

Os órgãos de justiça também querem saber quais providências estão sendo tomadas para evitar que o município fique sem oxigênio. De acordo com o MPF, Monte Alegre possui 19 pacientes internados com covid-19. Além disso, as informações enviadas pela secretaria de Saúde de Monte Alegre ao MPPA dão conta de que a empresa responsável por fornecer oxigênio ao município disse que está impossibilitada de entregar o produto nesta sexta-feira e no sábado, por falta de estoque na distribuidora.

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A secretaria municipal de Saúde colocou ainda que, até às 22 horas da última quinta-feira (21), possuía 28 cilindros de oxigênio hospitalar, quantitativo considerado baixo para atender a demanda. O MPF e o MPPA também enviaram ofício à prefeitura de Santarém, solicitando auxílio humanitário ao município de Monte Alegre, através da reposição emergencial do estoque do insumo.

O ex-presidente Lula (PT) enviou carta de agradecimento ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta sexta-feira (22), por ter enviado oxigênio a Manaus, no Amazonas. No texto, o ex-presidente disse que o gesto do presidente venezuelano, que é constantemente criticado pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), “prova que é possível fazer política sem ódio”.

O líder petista lembrou do tempo que Brasil e Venezuela eram parceiros, reforçando: “E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela”.

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Lula ainda afirmou que com o gesto de solidariedade feito por Maduro, deixa a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

Confira a carta na íntegra:

Prezado Presidente Nicolás Maduro,

Quero agradecer o gesto de solidariedade e a grandeza política que vossa excelência teve ao ser solidário com o povo de Manaus, na crise por falta de oxigênio hospitalar, resultado da ausência de responsabilidade do governo no nosso país.

O seu gesto prova que é possível fazer política sem ódio.

Tenha certeza, senhor presidente, que essa ação não será esquecida pelo povo brasileiro. E tão logo conquistemos a democracia de volta para o Brasil iremos restabelecer relações políticas civilizatórias com o governo e o povo irmão da Venezuela. Seu país sempre foi um grande parceiro do Brasil durante o meu governo, no governo da presidenta Dilma e também durante outras administrações.

Fica, com esse gesto de solidariedade, a lição para os países aprenderem a conviver democraticamente na adversidade.

O povo da Venezuela e somente ele, pode julgar o governo venezuelano. E todos aqueles que reconheceram um impostor como presidente devem agora ter a mesma grandeza que o senhor teve em relação ao Brasil e reconhecer vossa excelência como o único e legítimo presidente da Venezuela.

Um abraço do seu amigo,

Luiz Inácio Lula da Silva





 

 

 

Questionado pela reportagem do LeiaJá, o governo de Pernambuco garantiu que possui estoque regular de oxigênio para tratar os doentes da covid-19. Na semana passada, ao lado da Prefeitura do Recife, o estado encaminhou 200 concentradores para Manaus, capital do Amazonas, que enfrenta crise de abastecimento do produto.

De acordo com o secretário executivo de Administração e Finanças da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Caio Mulatinho, Pernambuco possui consumo anual de 437 mil metros cúbicos de oxigênio. “Nossa principal fornecedora tem uma planta industrial em funcionamento no estado, que também é responsável pelo fornecimento de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte”, comenta.

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Isenção sobre o ICMS

Nesta quinta (21), o Conselho Nacional de Polícia Fazendária de Pernambuco (Confaz), aprovou, em reunião extraordinária, feita de maneira remota, a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o oxigênio hospitalar. Através da Secretaria da Fazenda, o governo do Estado foi favorável à isenção. 

No Amazonas, por exemplo, os valores do ICMS sobre o oxigêio hospitalar produzidos dentro e fora do estado são, respectivamente, de 7% e 18%. "Em Pernambuco, o monitoramento do estoque de oxigênio é feito pelo Gabinete de Enfrentamento à covid-19, de maneira diária, para que não falte nenhum insumo para atender a população”, ressalta Mulatinho.

A comunidade do game PUBG no Brasil (playerunknown's battlegrounds), fará uma live beneficente, nesta sexta-feira (22), para arrecadar doações que devem ajudar as unidades de saúde de Manaus. A transmissão acontecerá no canal da Twitch do streamer aXt e deverá usar o valor coletado para comprar cilindros de oxigênio que auxiliarão no atendimento de pacientes na capital amazonense. 

A ação, intitulada Somos um Squad, contará com participações de Ivanzito, Afrodite_XX e Thaina_ . O valor arrecadado será doado para a instituição BoraAjudar, que tem atuado diretamente na coordenação e aquisição de cilindros de oxigênio para os hospitais do Amazonas. 

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Os interessados em ajudar poderão doar diretamente na Twitch pelo canal do aXt durante a realização da live. A live está marcada para começar às 18h. 

Durante reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), realizada na manhã desta quinta-feira (21), a Secretaria da Fazenda de Pernambuco votou a favor da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o oxigênio hospitalar.

O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha, assegurou que a medida vale para a aquisição do Estado, destinadas às unidades hospitalares aqui situadas, e para à remessa solidária que será enviada ao Amazonas.

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Vale lembrar que Pernambuco já enviou 200 concentradores de oxigênio, juntamente com a Prefeitura do Recife, para o Governo do Amazonas. A doação chegou em terras amazonenses no último domingo (17). 

Os equipamentos doados foram usados em hospitais de campanha de Pernambuco e agora devem ajudar na grave situação vivenciada pelo Estado do Amazonas em meio à pandemia da Covid-19. 

O Governo de Pernambuco garante que a doação dos equipamentos não compromete a estrutura de assistência hospitalar aos pernambucanos.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) solicitou que a Prefeitura do Recife, através de um ofício encaminhado à Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) na última quarta-feira (20), informe sobre a atual situação do município diante dos riscos de aumento no número de casos e de óbitos por conta da Covid-19, como vem acontecendo no Amazonas. O pedido atende a uma recomendação do Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC). 

O documento foi enviado pelo conselheiro Carlos Porto, relator das contas da SESAU, à secretária Luciana Albuquerque, considerando a trágica situação vivida nas últimas semanas pelo povo amazonense que levou a um novo colapso no Sistema de Saúde local e à falta de oxigênio para atender pacientes internados.

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A prefeitura terá até a próxima segunda-feira (25) para informar as ações que vêm sendo tomadas para evitar que o município do Recife passe por situação semelhante e se foram feitas atualizações no Plano Municipal de Contingência, elaborado em março de 2020.

O TCE também quer saber a atual situação dos contratos com as empresas fornecedoras de oxigênio para a cidade e como ocorre o seu abastecimento e distribuição na capital pernambucana. A prefeitura terá que informar quais as quantidades de cilindros e concentradores estocados no município e se este número é suficiente para evitar um eventual colapso do sistema de saúde local, diante de um novo surto da pandemia.

Uma equipe técnica da Gerência de Contas da Capital (GECC) do TCE deverá realizar uma vistoria nos locais de armazenamento no próximo dia 28 para conferir os quantitativos e a situação dos estoques do gás.

*Com informações do TCE

O Ministério Público (MP), a Defensoria Pública e o Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Amazonas questionaram o governo do Estado sobre o número de doses da Coronavac recebidas, o rateio entre as cidades e a lista de profissionais de saúde imunizados. A vacinação do filho de um deputado estadual e de duas irmãs filhas de um empresário local, todos médicos recém-formados, motivou críticas nesta quarta-feira (20).

Na noite desta terça (19), David Dallas e as gêmeas Gabrielle e Isabelle Kirk Lins publicaram fotos nas redes sociais do momento em que recebiam as doses da vacina. O jovem é filho do deputado estadual Wanderley Dallas (Solidariedade). Elas, de 24 anos, são filhas dos donos da universidade e hospital Nilton Lins, alugado pelo governo para funcionar como hospital de campanha. Os três não vinham atuando na linha de frente de combate à covid-19.

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Só Isabelle teve sua nomeação publicada no Diário Oficial do Município um dia antes da vacinação. Os outros dois tiveram a nomeação publicada no dia seguinte. Eles não ocupam cargos de médicos, mas de gerentes de projetos - com salários de cerca de R$ 15 mil. O Estadão procurou os três, mas não conseguiu contato.

A prefeitura respondeu apenas que as duas jovens foram vacinadas por serem funcionárias, mas não respondeu por que uma delas só foi nomeada depois. Também não explicou o caso de Dallas. O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), publicou ontem em suas redes sociais que baixaria uma portaria proibindo as pessoas de postarem fotos nas redes sociais após serem vacinadas.

Questionamentos

Defensoria, MP e TCE cobram o Estado sobre o total de doses distribuídas entre os municípios. Consta no site do Ministério da Saúde que chegariam para Manaus 101 mil doses de vacina e só chegaram 40 mil. Segundo o ofício enviado ao governo pelos órgãos de controle, outros municípios também receberam menos, como Parintins, que iria receber 4.974 doses, mas recebeu pouco mais de mil esta semana.

"Não há transparência alguma nos dados, estamos enviando ofícios sobre essa falta de informações ao governo do Estado desde a primeira fase da pandemia", afirmou defensor público do Estado, Rafael Barbosa.

A Defensoria pediu ajuda aos coordenadores do Atlas Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Universidade Federal do Amazonas. O grupo cruzou dados de vacinas recebidas com o previsto pelo plano estadual de imunização. "Alguns municípios, como Amaturá, receberam 173% da quantidade de vacinas para a 1ª fase. O governo diz que é para vacinar as duas fases, para facilitar a logística com municípios muito longínquos, mas se fosse assim, seria 200% do total. Os números não batem", diz Danilo Egle, coordenador técnico do ODS.

Membro do Conselho Regional de Enfermagem, Cleide Martins disse que houve hospitais onde, além dos profissionais de saúde, foram vacinados outros setores, como a direção dos hospitais e outros funcionários. Já o presidente do Sindicato dos Médicos, Mário Vianna, cobrou a vacinação de todos os profissionais de saúde. "Se continuarem a adoecer no nível que estão adoecendo, vai faltar oxigênio e profissionais de saúde."

Sobre os questionamentos feitos pelo TCE, o governo amazonense informou que vai prestar todas as informações requisitadas pelo tribunal.

Omissão do AM em crise do oxigênio

O Ministério Público Federal instaurou inquérito civil para investigar possível ato de improbidade administrativa do governo do Amazonas diante da falta de oxigênio na capital e no interior. A apuração busca entender se a administração estadual foi avisada do iminente colapso com uma semana de antecedência. "Autoridades locais sabiam da possibilidade da falta de oxigênio", disse o procurador Igor Spindola, que está a frente das ações do Ministério Público Federal (MPF) no combate à pandemia no Amazonas.

A investigação solicitou informações ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Defesa sobre as medidas adotadas diante de informações prévias sobre a provável crise de desabastecimento de oxigênio no Amazonas e também pediu informações e documentos do governo do Amazonas e da empresa White Martins sobre os alertas oficialmente feitos às autoridades competentes da perspectiva de falta de oxigênio.

Foi constatado que dois aviões da FAB que traziam cilindros de oxigênio de fora do Estado já há uma semana, por conta do aumento da demanda, não fizeram a rota nos dias 13 e 14 de janeiro. Na noite do dia 14, começaram as denúncias de mortes por falta de oxigênio nos hospitais da capital.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Susam) disse que o governo está "empreendendo todos os esforços, com auxílio do governo federal, para equacionar as dificuldades encontradas na logística de abastecimento de oxigênio nas unidades de saúde da rede pública de saúde da capital e interior". A nota destaca que os sistemas de saúde dos municípios de Coari, Parintins e Tefé são independentes, sendo gestão plena das prefeituras municipais, mas o Estado auxilia a administração local.

O Estadão mostrou semana passada que, ao menos desde o dia 23 de novembro, o governo do Amazonas sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a alta demanda. A informação consta de projeto básico, que foi elaborado pela própria pasta, para a última compra extra do insumo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a morte de seis pessoas de uma mesma família, em menos de 24 horas, na cidade de Faro (PA), devido a complicações por covid-19 e falta de oxigênio hospitalar na Unidade Básica de Saúde (UBS) onde foram atendidas, o governo do Pará trabalha para garantir o abastecimento do produto nas cidades paraenses que fazem divisa com o estado do Amazonas.

As mortes ocorreram entre segunda-feira (18) e terça-feira (19). Segundo a secretaria estadual de Saúde Pública (Sespa), já na noite desta segunda-feira, 159 cilindros de oxigênio medicinal foram levados de caminhão para Santarém, de onde foram transferidos para outras cidades do oeste paraense.

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Segundo a pasta, o produto já foi distribuído para quatro municípios, entre eles, Faro, que recebeu 20 cilindros. Setenta e nove recipientes foram remanejados para Oriximiná. Já as cidades de Terra Santa e Juruti receberam 30 recipientes cada.

Ontem (20), o governador Helder Barbalho conversou, por videoconferência, com prefeitos de cidades paraenses que fazem divisa com o Amazonas, estado onde o número de mortes por covid-19 aumentou na semana passada por causa da falta de oxigênio em hospitais públicos e privados. Desde a última segunda-feira (18), seis pacientes com a covid-19 foram transferidos do Amazonas para o Pará, em estado grave. São cinco mulheres e um homem.

Além de ouvir as demandas dos prefeitos do oeste paraense, Barbalho também se reuniu com representantes de empresas que fornecem oxigênio para o Pará. Ele garantiu que não há escassez de oxigênio medicinal no estado.

“Tem leito e há oferta de oxigênio. Não podemos confundir falta de gestão e busca ao produto com escassez. Isso está longe de acontecer”, afirmou Barbalho, atribuindo às prefeituras a responsabilidade de planejar suas ações de forma a não faltar insumos médicos e equipes de profissionais da saúde.

“As prefeituras devem ter planejamento para garantir equipes médicas e suporte de insumos. O governo do estado está à disposição naquilo que nos cabe, mas tive a comunicação de que as empresas que fornecem oxigênio têm condições de atender [à demanda]. Elas dependem das solicitações de cada município”, acrescentou.

Hoje (20), os secretários adjunto da Sespa, Sipriano Ferraz, e o secretário regional de governo do Baixo Amazonas, Henderson Pinto, viajaram para Faro. Eles vão verificar a estrutura hospitalar da região e checar eventuais demandas das autoridades locais.

O governo do estado também pediu à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorização para que o serviço aeromédico possa pousar em Faro a fim de transferir para outras localidades os pacientes que precisarem.

Em nota, a Sespa informou que o fornecimento de oxigênio para o estado é capaz de suprir a demanda de todas as cidades paraenses, e ainda apoiar outros estados, como o Amapá e o Maranhã. Ainda assim, a pasta alertou às secretarias municipais para que estejam atentas à situação.

“Por causa da municipalização da saúde, cada prefeitura é responsável pela manutenção de contratos e aquisição do produto para abastecimento local, cabendo então à gestão estadual a compra e o abastecimento de oxigênio dos hospitais estaduais”, informou a Sespa.

Aveiro

Ainda na divisa com o Amazonas, próximo a Santarém, a prefeitura do município de Aveiro decidiu restringir a circulação de pessoas a fim de tentar conter a disseminação do novo coronavírus e o consequente aumento do número de casos da covid-19.

Decreto assinado pelo prefeito Vilson Gonçalves estabelece toque de recolher na cidade, proibindo o trânsito de pessoas nas vias públicas de todo o município após as 22 horas. Comércios, bares, restaurantes e similares também terão que fechar suas portas a partir deste mesmo horário. Além disso, estão suspensos o funcionamento de espaços desportivos (como academias e escolas de treinamento), as atividades de balneários, clubes e similares e vendas ambulantes.

Quem chegar à cidade após passar por locais classificados como de risco vermelho para o contágio da covid-19 deverá passar ao menos 14 dias em isolamento domiciliar, mesmo que não apresente sintomas da doença. O início das aulas presenciais em estabelecimentos de ensino públicos e privados também está suspensa por tempo indeterminado, de forma que o ano letivo começará por meio de aulas remotas.

 

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O Ministério Público Federal (MPF), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) cobraram do Ministério da Saúde e do governo do Pará providências para evitar a falta de insumos e garantir o atendimento a pacientes com covid-19 no interior do Estado. Há indicativos, segundo aponta a recomendação, de que nos municípios da região do Baixo Amazonas o sistema de saúde está prestes a entrar em colapso.

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Procuradores da República, procuradores do Trabalho e promotores de Justiça alertam para o risco da falta de oxigênio hospitalar e outros insumos necessários para o atendimento. O problema já ocorre no município de Faro, segundo informações divulgadas pela Prefeitura à imprensa.

A região fica na divisa do Pará com o Amazonas. O MPF, o MPT e o MPPA recomendam que o Ministério da Saúde monitore e atue de forma coordenada com o Estado do Pará e com os municípios – em especial os do Baixo Amazonas – para garantir o abastecimento de insumos.

Atendendo ao pedido do governo do Estado, o Ministério da Defesa autorizou o deslocamento de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para fazer o transporte de uma usina de oxigênio hospitalar adquirida pela Prefeitura de Oriximiná. O voo está previsto para sair rumo ao município às 18 horas desta quarta-feira (20), chegando a cidade por volta das 22 horas.

O governo do Estado também ampliou a quantidade de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) disponíveis para os pacientes com Covid-19 nas regiões do Baixo Amazonas e Tapajós. A informação é da Agência Pará.

Serão implantadas 90 UTIs e 34 leitos clínicos nos Hospitais Regionais do Tapajós, em Itaituba (60 UTIs e 24 leitos clínicos); do Baixo Amazonas, em Santarém (20 leitos de UTI e cinco leitos clínicos); e Hospital 9 de Abril na Providência de Deus, no município de Juruti (dez novos leitos de UTI e cinco leitos clínicos).

A estratégia é para garantir suporte, principalmente aos municípios da região da Calha Norte: Faro, Terra Santa, Óbidos, Oriximiná e Juruti. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará tem 312.632 casos confirmados de covid-19 e 7.434 mortes.

Com informações do MPPA e Agência Pará.

 

Em Manaus, a corrida por oxigênio está longe de ter fim. Daniela Cardoso é jornalista e em sua página no Instagram tem narrado sua saga para abastecer os cilindros de oxigênio da irmã e da mãe. "Tem gente que está na fila desde a madrugada de ontem (segunda-feira, 18). Eu continuo aqui (início da tarde desta terça-feira, 19) e eles ainda não começaram a chamar as pessoas que vão entregar o seu cilindro", relatou Daniela, que já estava há pelo menos 5 horas no local, uma empresa de gás no Distrito Industrial, na zona sul de Manaus.

As empresas estão adotando diferentes métodos para suprir a demanda, algumas recebem os insumos vazios e entregam no dia seguinte, através de um sistema de ficha. Em alguns locais de abastecimento apenas 50 cilindros são disponibilizados para a população, os demais vão para hospitais da cidade. "Para ficar na fila eu já fui na empresa quatro vezes, e já fiquei um dia inteiro, hoje tem uma pessoa que foi buscar, pela primeira vez, e é um cilindro pequeno", explica a jornalista, cansada na procura de atendimento médico, enquanto a mãe teve um piora em seu quadro, na manhã desta terça-feira.

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A estudante Wendy Milla Brito iniciou nesta terça-feira uma campanha pelas redes sociais para levantar fundos para adquirir oxigênio e medicamentos para a mãe, a assistente bucal, Gizelle Brito. "Eu consegui dinheiro para comprar remédio hoje, mas tive que dar a minha azitromicina para minha mãe. Procurei oxigênio para doação, mas a maioria é para venda e os preços estão lá em cima". O uso de azitromicina contra covid-19, apesar de incentivado pelo governo federal, não tem comprovação de eficácia.

O professor de educação física Daniel Lima tem o pai e o padrasto infectados pelo coronavírus revezando oxigênio em duas casas. Daniel conseguiu reabastecer duas vezes antes da escassez do gás e outra nesta segunda-feira, com muita dificuldade. "A situação é tão ruim que tanto pai quanto padrasto usam o mesmo cilindro. É possível porque meu pai e padrasto moram em ruas paralelas, então quando meu pai está fazendo fisioterapia, quem usa é o meu padrasto", explica Daniel. "Dois amigos me procuraram quando faltou oxigênio nos hospitais de Manaus. Eu me sinto muito mal, minha cabeça dói, a culpa é grande, estou destruído mentalmente, pois eu não pude ajudar um cara que me ajudou. O pai de um morreu, não aguentou 30 minutos sem oxigênio."

Ao menos seis pessoas da mesma família morreram por asfixia na cidade de Faro, Pará, de segunda-feira (18) para terça-feira (19). A realidade no local, de 12 mil habitantes, é de colapso na rede da saúde com a falta de oxigênio para pacientes da Covid-19. O município fica na divisa com o Amazonas, Estado que ainda não resolveu a crise de abastecimento do insumo, que se estende há pelo menos 13 dias.

Na última semana, outras 18 pessoas morreram asfixiadas em três cidades amazonenses, conforme governos locais e o Ministério Público. Balanços extraoficiais de prefeituras e médicos apontam um total de 35 óbitos.

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Em Faro, a situação mais preocupante é na comunidade de Nova Maracanã, onde havia na terça 34 hospitalizados. A prefeitura pede ajuda para transferir oito doentes em estado grave e com urgência de UTI. A falta de estrutura também atinge as cidades vizinhas de Terra Santa (PA) e Nhamundá (AM).

Na manhã desta terça-feira, o prefeito de Faro, Paulo Carvalho, conseguiu comprar 20 cilindros de oxigênio de Santarém (PA). Faro também costuma comprar suprimentos em Manaus. "Ambas as cidades estão em crise. A demanda é maior que a quantidade, porque a produção está comprometida", diz, referindo-se à crise na empresa White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar no oeste do Pará.

Prevendo alta de infecções, a prefeitura de Faro aumentou o total de leitos de seis para 30. Segundo o médico da Unidade Básica de Saúde da cidade Yordanes Perez, o oxigênio recebido nesta terça garante só dois dias de tratamento dos pacientes.

O morador Luís Carvalho relatou a mobilização na madrugada para ajudar os doentes. Segundo ele, foi preciso o empréstimo de dois cilindros de Nhamundá para evitar mais mortes. "Eram três horas da madrugada quando duas balas (cilindros) chegaram de voadeira (espécie de lancha) em Faro. Uma ficou aqui (NA UBS) e a outra levamos de carro para Nova Maracanã", conta.

Desde o dia 5, Faro está em toque de recolher. De 20h às 5h, não é permitida movimentação. Durante o dia, o comércio local funciona com restrições. As medidas foram tomadas após o fim de ano, quando a cidade recebeu muitos visitantes de Manaus.

Na semana passada, o Pará proibiu a circulação de embarcações vindas do Amazonas. A Secretaria de Saúde Pública do Pará informou ser de responsabilidade das prefeituras a manutenção de contratos e a aquisição do oxigênio. Conforme o Estado, 159 cilindros foram distribuídos ontem para a região.

Amazonas

Em Coari, a 362 quilômetros de Manaus, foram confirmados sete óbitos de domingo para segunda por falta de oxigênio no hospital regional. A prefeitura da cidade acusou o Estado de reter 200 cilindros. Conforme o governo, o Estado teria enviado 40 cilindros na segunda, mas o avião que realizaria o desembarque dos equipamentos foi direto para o município de Tefé, a 523 km da capital, impossibilitando o retorno a Coari já que o aeroporto local não opera voos noturnos.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Amazonas disse lamentar e afirmou que, por "opção do município, o sistema de saúde na cidade é independente, sendo a gestão municipal". Mas, segundo o texto, o Estado "nunca se furtou de auxiliar a administração local". A pasta alega que a carga de cilindros foi enviada a Tefé, por causa de um atraso da fornecedora de oxigênio.

As outras mortes por asfixia no interior foram em Manacapuru (7), segundo o MP e Itacoatiara (4), onde o governo do Estado sugeriu na semana passada abrir valas diante da impossibilidade de suprir rapidamente os estoques de oxigênio. Em Manaus, não há dados oficiais.

O Amazonas não está conseguindo suprir a demanda do interior de pedidos de internação ou oxigênio. Enquanto defensores públicos e promotores entram com ações civis públicas para tentar priorizar seus municípios, decisões judiciais barram as tentativas e colocam na mão do Estado decidir quem é prioridade.

A líder do PSOL na Câmara, deputada Sâmia Bomfim (SP), cobrou informações do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre os estoques de cilindros de oxigênio, seringas e agulhas para vacinação em todos os Estados do Brasil. A parlamentar protocolou um requerimento pedindo explicações ao Ministério da Saúde.

No documento, ela solicita detalhamento de dados como a média de consumo semanal de oxigênio medicinal em cada unidade federativa e em quais Estados o Ministério da Saúde percebeu aumento de consumo deste insumo a partir de dezembro.

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A deputada questiona ainda se existe um plano para evitar a escassez de equipamentos de proteção individual na rede pública - como luvas descartáveis, óculos de proteção, aventais, máscaras cirúrgicas, máscaras N95, toucas descartáveis e protetor facial de acrílico.

"Devemos garantir urgentemente que tal situação de desabastecimento não se repita e que os trabalhadores da saúde tenham sua segurança assegurada pelo poder público", disse a parlamentar.

Com a nova explosão de casos de Covid-19 no Amazonas, o Estado vive atualmente o pior momento da pandemia, com colapso no sistema de saúde e falta de oxigênio para pacientes.

Na última quinta-feira (14), o estoque do insumo chegou a acabar nos hospitais de Manaus e pacientes morreram asfixiados, segundo o relato de médicos. Nesta terça-feira (19), sete pacientes morreram em Coari (AM) e seis em Faro (PA) devido à falta do insumo.

Conforme divulgou o Estadão, pelo menos desde o dia 23 de novembro a Secretaria de Saúde do Amazonas sabia que a quantidade de oxigênio hospitalar disponível seria insuficiente para atender a alta demanda provocada pela pandemia de Covid-19.

As dificuldades no atendimento da demanda teriam sido relatadas ao Ministério da Saúde no dia 7 de janeiro. O governo federal disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que soube da falta de oxigênio no dia 8. Pazuello esteve em Manaus no dia 11.

Depois do colapso no sistema de saúde de Manaus, capital do Amazonas, a falta de oxigênio hospitalar para tratar pacientes internados com o novo coronavírus também foi registrada no município de Faro, no Pará. Após a cidade de 12 mil habitantes registrar pelo menos seis mortes por asfixia em 24 horas, uma força-tarefa composta por integrantes dos Ministérios Públicos Estadual, Federal e do Trabalho formalizou um pedido de providências ao Ministério da Saúde e ao Governo do Pará.

No documento, enviado na tarde desta terça-feira (18), promotores e procuradores pedem que as autoridades informem as ações em curso para evitar o desabastecimento de insumos e garantir o atendimento aos pacientes. Há preocupação especial de um 'efeito cascata' na região do Baixo Amazonas onde, segundo o ofício, há indicativos de que o sistema de saúde está prestes a entrar em colapso. O prazo fixado para resposta é de três dias.

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Os Ministérios Públicos recomendam que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o secretário estadual de Saúde, Rômulo Rodovalho Gomes, atuem em conjunto no monitoramento e suporte material e humano aos municípios, incluindo o custeio de eventuais transferências para outros Estados.

O documento observa ainda que a atuação direta do governo federal no combate à pandemia da covid-19 em Estados e municípios jamais foi vetada pelo Supremo Tribunal Federal - ao contrário do que disse o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na esteira das mortes em Manaus.

Na prática, a recomendação é instrumento usado pelo Ministério Público para alertar autoridades sobre a necessidade de providências para resolver uma situação irregular ou que possa levar a irregularidades. Em última instância, abre caminho para a judicialização, nas esferas cíveis e criminais, em caso de descumprimento injustificado.

Em nota divulgada na tarde de ontem, a Secretaria de Saúde do Pará informou que emitiu alerta às secretarias municipais para que monitorem os estoques dos hospitais. No texto, a pasta afirma que cada prefeitura é responsável pela manutenção de contratos e aquisição do insumo para abastecimento local e que ao governo cabe o abastecimento dos hospitais estaduais.

Além do Amazonas e Pará, o Ministério Público também monitora a situação no Ceará. Até esta segunda-feira, 18, o órgão havia formalizado três pedidos de informações, dirigidos às secretarias de Saúde do Estado e de Fortaleza e à empresa White Martins, sobre a demanda de oxigênio hospitalar no Estado. Embora a Promotoria descarte, neste momento, o risco de desabastecimento, a ideia é se adiantar a possíveis explosões na demanda.

"Nós estamos acompanhando como os estoques são controlados pelas autoridades, como é a fabricação, e se a White Martins tem capacidade para, eventualmente, aumentar a produção. Tudo isso para entender quais são as providências que podemos tomar para que o que aconteceu em Manaus não ocorra aqui no Estado do Ceará", explicou ao Estadão a promotora Ana Cláudia Uchôa, titular da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza.

Na manhã desta terça-feira (19), Whindersson Nunes avisou aos seguidores do Twitter que estava enviando oxigênio para Manaus, no Amazonas. O humorista garantiu na postagem que 217 cilindros do insumo já estava a caminho da capital amazonense. 

Assim que fez o anúncio, internautas parabenizaram Whindersson. "Parabenizo o humorista pela atitude de doar, certeza que está salvando muitas vidas. Mas não pensem que isso faz dele uma pessoa melhor do que você, ele só está doando o que tem. Você que não tem condições financeiras pode ajudar orando", comentou um dos usuários da rede social.

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Whindersson Nunes capitaneou na últuma semana uma mobilização na internet para conseguir arrecadar uma boa quantidade de cilindros de oxigênio, com destino aos hospitais de Manaus. A capital do Amazonas vem sofrendo um colapso no sistema público de saúde em relação aos altos índices de internações por Covid-19.

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