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Dezenas de familiares se aglomeram todos os dias em busca de informações. A cena se repete desde a última sexta-feira (25), quando a Barragem 1 de rejeitos da mineradora Vale se rompeu e deixou um rastro de lama e mais de 270 desaparecidos em Brumadinho, no interior mineiro. O número de mortos chega a 84.  

Na porta de um dos centros de atendimento montados no município, encontramos dois irmãos que buscavam, com fotos nas mãos, qualquer notícia da irmã Gislene, de 53 anos. Edir Lazaro do Amaral é comerciante e conta que ela estava dentro do refeitório da empresa Vale na hora do rompimento da barragem. “Ela passou mensagens às 12h21 para algumas amigas. [Poucos minutos depois], uma vizinha viu a notícia e me avisou lá no restaurante. Até pediu para não avisar a minha mãe. Aí entrei em desespero”, relembra.    

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Gislene é uma das 276 pessoas consideradas desaparecidas até o momento. Ela trabalhava há 17 anos na Vale e, segundo o irmão, comemorava a compra de um carro novo e ainda cuidava da mãe idosa. “A gente está muito chateado, chorando muito. Está uma tristeza danada. Nem estou abrindo o meu restaurante. Estamos neste sofrimento. Minha mãe é acamada, nós não tivemos condições de avisá-la de imediato, ela ficou sabendo pela televisão”, conta.               

Apesar da saudade e da tristeza, para Edir, o mais importante agora é conseguir enterrar a irmã. “A esperança nossa é encontrar pelo menos o corpo dela para a gente ter um enterro digno, porque ela não merecia essa morte”, acrescenta emocionado.

Do outro lado da cidade de Brumadinho, aos pés do que já foi um riacho, encontramos o mecânico Nelson José da Silva Junior. De olhar perdido, observando o mar de lama, ele relembra que nasceu e foi criado ali. São 36 anos aqui, ao lado da barragem. “Não imaginava [isso], né, porque é tudo fiscalizado. Não sabia que a situação era dessa forma. Muita gente que trabalhava lá próximo dizia que tinha perigo [de rompimento], que estava vazando, mas eu mesmo não sabia disso”.

Todos os moradores da região onde vivia Nelson precisaram sair do local assim que a barragem de rejeitos se rompeu. Ele estava trabalhando longe dali. A esposa e o filho, que estavam em casa, conseguiram fugir. Mas, a irmã que trabalhava na Vale continua desaparecida. “Ela trabalhava na medicina do trabalho. E até hoje não temos notícia, nada, nada. Já fomos a hospital, IML, já andei essas matas todas e não encontrei nada’’.

A busca é pela irmã mais nova Fernanda, de 32 anos. Ela comemorava a conclusão recente da tão sonhada faculdade de psicologia. Mas, infelizmente, não poderá participar da Colação de Grau. “Ela estava tão feliz. Chegou a tirar todas as fotos. O pessoal da faculdade ligou pra nossa família, nós ficamos sem saber o que dizer. É muita tristeza.’’

A cada helicóptero que sobe e desce ali, fazendo resgates e buscas, Nelson fala, com lágrimas nos olhos: “Será que é a minha irmã?”.

Aproximadamente 140 nomes estão na lista de convidados pessoais do presidente eleito, Jair Bolsonaro, para a cerimônia de posse, em 1º de janeiro. A Agência Brasil apurou que entre os esperados em Brasília estão antigos parceiros de pescaria e líderes religiosos.

A família de Bolsonaro comparecerá em peso. A mãe, Olinda Bolsonaro, de 89 anos, Renato, único irmão do presidente eleito, filhos, noras, cunhados, netos e sobrinhos.

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Também estão na lista os pastores evangélicos Silas Malafaia, Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus e presidente da Igreja Batista Atitude Central da Barra, pastor Josué Valandro, frequentada pela futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

O fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da TV Record, bispo Edir Macedo, também está na lista.

Convites

A distribuição de convites começou no último dia 10 e ainda não foi concluída, alguns são entregues via Sedex, outros em mãos. No total, somente para a cerimônia de posse no Congresso Nacional, serão distribuídos 2 mil convites.

Para a recepção no Itamaraty, são previstos outros mil convidados. Na lista protocolar estão autoridades de primeiro escalão do governo, militares de alta patente, chefes de Estado, diplomatas, parlamentares e governadores eleitos ou reeleitos de estados.

Estrangeiros

A expectativa é de que 60 delegações estrangeiras prestigiem a posse. As presenças já confirmadas são de presidentes de países vizinhos, como Maurício Macri (Argentina), Sebastián Piñera (Chile), Mario Abdo Benítez (Paraguai), Tabaré Vázquez (Uruguai), Iván Duque Márquez (Colômbia) e Marín Vizcarra (Peru).

Também vão desembarcar em Brasília, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeu, além do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

O relatório da investigação apresentado na Malásia sobre o inexplicável desaparecimento em 2014 do voo da Malaysian Airlines MH370 com 239 pessoas a bordo não apresenta nenhuma informação nova, denunciaram nesta segunda-feira (30) os parentes das vítimas, indignados com o resultado.

Os familiares dos desparecidos, em sua maioria chineses, esperavam que o relatório oficial apresentasse respostas, quatro anos depois de um dos maiores mistérios da aviação civil moderna.

Mas durante uma reunião na sede do ministério dos Transportes da Malásia, quando o relatório foi apresentado às famílias antes de sua publicação oficial, algumas pessoas criticaram um documento que consideraram muito técnico.

A equipe de investigadores é "incapaz de determinar a verdadeira causa do desaparecimento do MH370", conclui o relatório de 400 páginas.

"É muito decepcionante, estou muito frustrada, não há nada novo", declarou Intan Maizura Othman, cujo marido viajava no Boeing 777 que desapareceu em 8 de março de 2014, pouco depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

"Muitos familiares fizeram perguntas e as respostas insatisfatórias provocaram a ira de várias pessoas", afirmou G. Subramaniam, que perdeu um filho na tragédia.

Nenhum rastro do avião foi encontrado na área de busca de 120.000 quilômetros quadrados no Oceano Índico. A investigação liderada pela Austrália, a maior de toda a história da aviação, foi suspensa em janeiro do ano passado.

A empresa privada americana Ocean Infinity retomou as buscas no início de 2018, com a promessa de que se não encontrasse nada não cobraria nada. Depois de analisar o leito marinho com a ajuda de drones de última geração, a empresa abandonou o projeto sem anunciar novidades.

O novo governo da Malásia, que assumiu o poder em maio, prometeu total transparência e afirmou que o relatório final, redigido por uma equipe de especialistas internacionais, seria publicado sem cortes.

Calvin Shim, marido de uma das aeromoças, esperava pouco depois de mais de quatro anos de buscas sem sucesso.

"Não encontraram a caixa-preta. Não encontraram os destroços do avião", lamentou. Ao mesmo tempo, ele espera que o governo tente encontrar novas pistas e considere a retomada das buscas.

Até hoje foram encontrados apenas três fragmentos confirmados do MH370, todos na cosa do Oceano Índico Ocidental. Várias teorias foram mencionadas sobre os motivos do desaparecimento do avião, desde um acidente até um sequestro ou um ataque terrorista.

Mais de um quinto dos investigados na lista do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Edson Fachin, tem parentesco entre si. Pais e filhos, maridos e esposas e até uma dupla de irmãos são delatados pelos executivos da Odebrecht aos investigadores.

A lista tem, por exemplo, quatro casais que, segundo os delatores, receberam caixa 2 para campanhas eleitorais. Um dos pares é formado pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) e o marido, Moisés Pinto Gomes. Segundo a Procuradoria-Geral da República, há indícios de que Gomes tenha recebido R$ 500 mil, divididos em duas parcelas, para a campanha eleitoral em 2014.

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A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) também é apontada como beneficiária, por intermédio do marido, Eron Bezerra, de caixa 2 para a campanha eleitoral de 2012. Outro casal que, de acordo com as delações, também está envolvido é a senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e seu marido e arrecadador de campanhas, Márcio Toledo. As campanhas eleitorais de Marta à Prefeitura de São Paulo, em 2008, e ao Senado, em 2010, foram, segundos os delatores, instrumento para o recebimento de R$ 550 mil e, posteriormente, R$ 500 mil, em caixa 2. Os repasses foram feitos a Toledo.

Dois delatores afirmaram também em depoimento que o deputado federal Décio Lima (PT-SC) pediu dinheiro para a campanha da esposa, a deputada estadual de Santa Catarina Ana Paula Lima (PT-SC), à prefeitura de Blumenau em 2012. O pagamento foi de R$ 500 mil.

As delações trazem ainda várias situações em que pais pediram dinheiro em nome de seus filhos. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o filho dele, Renan Calheiros Filho, receberam dinheiro da Odebrecht. Em negociação direta com os executivos da construtora, o senador solicitou o pagamento de R$ 1,2 milhão ao PMDB. Desse valor, pelo menos R$ 800 mil foram transferidos para o filho. Em contrapartida, o senador deveria facilitar a aprovação de leis que favoreciam a companhia.

Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também teria, segundo os delatores, atuado para aprovar legislação favorecendo negócios da Odebrecht. Em 2014, Jucá pediu R$ 150 mil em forma de doação eleitoral para o filho, Rodrigo Jucá (PMDB-RR), então candidato a vice-governador de Roraima. Os dois são acusados de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública. A chapa de Rodrigo, que tinha como candidato a governador Chico Rodrigues, do PSB, ficou em segundo lugar na disputa de 2014 pelo governo do Estado, com pouco mais de 45% dos votos.

O vereador e ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia (DEM-RJ) foi citado junto do filho, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em cinco delações. Elas apontam que em 2008, Rodrigo Maia recebeu R$ 350 mil para campanhas eleitorais. Mas naquele ano ele e o pai não foram candidatos. Posteriormente, em 2010, Rodrigo solicitou dinheiro para a campanha do pai. De acordo com as delações, ele recebeu R$ 600 mil. Em 2014, pai e filho voltaram a receber pagamentos, dessa vez para apoiar a aprovação de medida provisória de interesse da construtora. Ambos serão agora investigados pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública.

Outra dupla de pai e filho é a do senador José Agripino Maia (DEM-RN) e seu filho, o deputado federal Felipe Maia (DEM-RN). Delatores declararam que eles cobraram, respectivamente, R$ 100 mil e R$ 50 mil, em recursos de caixa 2. O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também é alvo de pedido de investigação junto do filho, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). De acordo com a Procuradoria, o pai pediu doações para a campanha do filho em 2010 e 2014. Duas parcelas de R$ 250 mil teriam sido pagas pelo setor de propinas da Odebrecht. Pai e filho são acusados de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública.

Daniel Vilela, deputado federal pelo PMDB-GO, é filho de Maguito Vilela, ex-senador e prefeito de Aparecida de Goiânia (GO), também pelo PMDB. Maguito é acusado por dois delatores de receber R$ 1 milhão para a campanha do filho à Câmara Federal. Os dois serão investigados por prática de caixa dois.

Por fim, consta das delações uma parceria fraterna. A lista traz o senador Jorge Viana (PT-AC) e seu irmão Tião Viana (PT-AC), governador do Acre. Juntos, delatores apontam que eles receberam R$ 2 milhões da Odebrecht em forma de doação para a campanha de Tião ao governo, em 2010. Desses, R$ 500 mil foram repassados oficialmente. Os fatos foram narrados em duas delações, uma delas do ex-presidente da companhia Marcelo Odebrecht. Os irmãos serão investigados por falsidade ideológica para fins eleitorais.

Familiares de policiais militares realizaram um protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, zona sul de São Paulo, nesta quarta-feira, 15. Os manifestantes pediam melhores condições de trabalho e reposição salarial aos agentes da PM paulista.

Em nota, a assessoria de imprensa do governo disse que seis representantes da Comissão dos Direitos Humanos dos Policiais de São Paulo se reuniram com o secretário-adjunto da Casa Civil, Fabrício Cobra, que "explicou que as solicitações estão em análise nas áreas técnicas". A manifestação foi pacifica e não ocupou a via.

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Segundo a nota "desde 2011, foram contratados 23.788 policiais militares, além de 3.278 novos profissionais que estão em formação e serão distribuídos para o Estado ao término dos cursos. Para a Polícia Civil, foram contratados 3.338 policiais e há 442 em curso na Acadepol. Para a SPTC, foram contratados 692 profissionais e 124 estão em formação". 

Os parentes haviam se reunido com o secretário da Segurança Mágino Alvez, na última terça-feira, 14. De acordo com os manifestantes, a pasta concordou em aumentar o quadro de médicos no hospital militar, custear advogados em casos de processos e a criação de um canal dentro da pasta para apresentar denúncias de abusos por parte de superiores.

“O Estado entregou meu filho todo queimado, em um caixão de R$ 250. Sete horas da manhã me ligaram para avisar que teve a rebelião e um dos mortos era meu filho. Encaminharam para o IML [Instituto Médico Legal] e eu fui reconhecer. Só isso, até hoje. Depois, vi fotos do meu filho algemado, nu, no pátio da unidade. Isso é socioeducativo? A direção e os agentes que fizeram isso, não foi simplesmente os adolescentes que mataram. Me falaram que ele estava de castigo. Tem precisão de colocar algema?”.

Esse é o relato de Paulo Félix de Almeida, 44, pai de um dos adolescentes mortos na rebelião do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Timbaúba (PE), ocorrida no dia 25 de outubro. Ele é apenas uma das pessoas que apresentaram denúncias de graves violações de direitos humanos de jovens com menos de 18 anos que praticaram delitos e estão cumprindo medida em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Os depoimentos foram feitos nesta quinta-feira (24) para uma comitiva encabeçada pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), que começou hoje uma visita em Pernambuco para verificar denúncias contra o sistema do estado.

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Da sociedade civil a membros de órgãos como o Tribunal de Justiça e da Defensoria Pública de Pernambuco, todos os presentes foram enfáticos ao afirmar as péssimas condições do sistema no estado. Superlotação, torturas físicas e psicológicas, estupros, falta de materiais básicos como papel higiênico e material de limpeza, adolescentes levados para a aula algemados e ausência de atividades educativas foram alguns dos temas apresentados na reunião.

Em seu relato, proferido de pé no meio da comissão federal, Paulo contou ainda que essa não foi a única vez em que seu filho teve seus direitos violados. Em uma passagem anterior pelo sistema, há quatro meses, o jovem de 17 anos sofreu uma tentativa de estupro na unidade de Abreu e Lima. “A direção colocou meu filho numa sala para fazer a segurança dele, mas nem um porco ficava lá. Meu filho foi vítima e foi tratado como um bicho”, diz. O pai narra que foi avisado por um dos próprios adolescentes por meio de um celular clandestino. Quando ele chegou ao local, encontrou fezes e urina espalhadas na cela e não havia colchão. Por três dias o garoto dormiu em cima de um pano, segundo o soldador.

Estado não cumpre TAC

A crise no estado tem um histórico. O procurador de Justiça Francisco Salles, do Ministério Público de Pernambuco, expôs a luta para que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado em 2012, seja obedecido pelo Estado. “Sentei com o Estado por quase nove meses para construir o acordo. O estado de Pernambuco tirou o que pôde e já tinha descumprido dois TACs antes desse, o primeiro de 2009. Ficou acertado dois anos para a construção de unidades de internação. Até hoje o acordo nunca foi cumprido”, diz. “Nesse período o Estado assassinou 32 adolescentes”.

Um dos momentos de maior comoção foi ocasionado pelo procurador. Depois de um relato repleto de palavras como “vergonha” e “fraude” para classificar o sistema socioeducativo, passou as fotos dos adolescentes mortos nas rebeliões de Timbaúba e Caruaru - local onde sete adolescentes morreram em uma rebelião no dia 30 de outubro . Jovens completamente queimados, alguns com as mãos amarradas e algemadas, e um deles com os membros amputados.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) e coordenador da Infância e Juventude do órgão, Luiz Carlos Figueiredo, criticou ainda a falta de sistemas de Liberdade Assistida, responsabilidade dos municípios, e disse que uma das causas da violência e da superlotação das unidades é a internação de adolescentes que cometeram crimes menores, muitas vezes pela primeira vez.

“Um dos meninos mortos na rebelião estava preso por furtar um relógio”, disse. Figueiredo defendeu audiências concentradas nas unidades para reavaliar casos e a estruturação das redes municipais que permitam a adoção de medidas em meio aberto – já que, segundo ele, muitos juízes enviam jovens para o internamento porque não há outra alternativa.

A reabertura do programa de regularização de recursos de brasileiros no exterior, conhecida como repatriação, deve permitir a adesão de parentes de políticos. A proposta é defendida pelo senador e relator do projeto, Romero Jucá (PMDB-RR). O projeto deve ser votado pelos senadores na terça-feira (22).

Jucá, que nessa quinta (17), assumiu oficialmente a liderança do governo no Congresso, voltou a defender a inclusão de parentes de políticos no projeto. "Se algum parente tem uma atividade econômica separada do político, não há porque penalizar esse parente", afirmou. Na primeira versão da repatriação, foi vedada a participação de parentes de políticos e cônjuges.

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De acordo com o senador, o Banco Central e a Receita Federal possuem mecanismos para acompanhar e verificar a origem dos ativos. Os dois órgãos foram procurados pela reportagem, mas preferiram não se manifestar.

Como mostrou a coluna da Sonia Racy no jornal O Estado de S. Paulo, o texto de Jucá já está pronto, apesar de não ter sido apresentado ao Senado. No projeto, ele já inclui a permissão para a repatriação de ativos de parentes de políticos, "desde que a origem dos bens seja desvinculada de atividades exercidas do político em questão".

De acordo com dados do Ministério da Fazenda, a primeira fase da repatriação arrecadou R$ 46,8 bilhões, dos quais R$ 4,026 bilhões ficaram com os Estados - o correspondente a 21,5% do Imposto de Renda, divididos na mesma proporção do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Outros 24,5% são repassados para os municípios, por meio do Fundo de Participações dos Municípios (FPM), o correspondente a R$ 4,214 bilhões. Se os Estados conseguirem que o Supremo determine a divisão da multa também, esses valores dobram.

Agora, o governo estima que a nova arrecadação possa superar os R$ 20 bilhões. As alíquotas da multa e dos impostos devem subir de 15% para 17,5%.

Quanto à divisão da receita da multa com Estados e municípios, Jucá argumenta que é discutida com a Advocacia Geral da União (AGU), a procuradoria do Ministério Público e o Ministério da Fazenda. "A ideia é fazer um aporte que atenda também Estados e municípios."

De acordo com o senador, Temer está sensível à questão financeira dos Estados e busca soluções além da multa da repatriação para gerar receitas. Segundo disse, as preocupações vão além do Estado do Rio de Janeiro, que passa por grave crise financeira. A ideia é busca uma solução que ajude a todos os Estados.

Base

Em jantar promovido na quarta-feira, 16, pelo presidente Temer no Palácio da Alvorada, com lideranças da base aliada, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pediu para que o governo também distribua parte dos recursos arrecadados com a multa paga no programa de repatriação com os Estados.

"Aproveitei a oportunidade e propus ao presidente que ele se antecipe à decisão do Supremo Tribunal Federal com relação à distribuição da multa da repatriação para os Estados e municípios", afirmou Renan. Ele ainda disse que Temer está "refletindo e pensando" em convocar reunião com governadores.

O imbróglio entre Estados e governo federal hoje paira na Justiça. Na sexta-feira passada, a ministra do STF, Rosa Weber, determinou que a União deposite multa da repatriação no Fundo de Participação dos Estados. Com aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o governo vai entrar com recurso contra a decisão da ministra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após mais de dez horas de intensas negociações, a mulher feita de refém pelo próprio marido na casa do casal, localizada na Rua Barão do Livramento, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, foi liberada pelo homem por volta das 2h da madrugada deste domingo (10). Bastante emocionada, a senhora, que não teve o nome divulgado pela Polícia Militar, estava muito abalada no momento da libertação e precisou dos cuidados médicos de agentes do Samu.

Já o marido da vítima, até o fechamento desta matéria, ainda conversava com negociadores da Companhia Independente de Operações Especiais (CIOE) para que ele saísse da casa sem causar dano a si mesmo ou aos vizinhos da residência. Ele portava uma arma, ainda sem identificação de calibre. De acordo com informações de moradores da área e do Corpo de Bombeiros, o senhor, que também não teve a identidade revelada, passa por problemas psicológicos e perdeu o pai recentemente. Alguns vizinhos revelaram que ele sempre aparentou educação, assim como a esposa, e nunca teve problemas com outros moradores.

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Durante toda a noite desse sábado (9), soldados da Polícia Militar, bombeiros e equipes da CIOE estiveram no local para garantir um desfecho sem tragédia. Parentes do casal também foram até a residência, mas preferiram não conversar com a imprensa. 

 

Ao investigar o envolvimento do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva com supostos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no esquema descoberto na Petrobras, a Operação Lava Jato montou um diagrama de sua família, de dois irmãos, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, e Genival Ignácio da Silva, o Vavá, e do sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos.

O Relatório de Análise 769, da Polícia Federal, reúne, além dos diagramas com os elos familiares de Lula, "os vínculos societários dos mesmos e seus familiares, bem como, outras informações relevantes". Uma delas sobre viagens internacionais dos alvos, com base em dados extraídos do Sistema Nacional de Tráfego Internacional.

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O documento é de 11 de novembro e está anexado ao inquérito em que Lula é investigado por supostos crimes, em especial corrupção e lavagem de dinheiro, no recebimento de propina, oculta em forma de pagamentos de palestras via empresa LILS Palestras e Eventos. A instituição passou a ser usada pelo petista a partir de 2011, após deixar a Presidência, para dar consultorias e palestras para empresas, principalmente em países da América Latina e África.

O inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo juiz federal Sérgio Moro - dos processos da Lava Jato, em primeira instância, em Curitiba - há duas semanas.

O "gráfico de ascendência e descendência" montado pela PF, com Lula ao centro, abre o relatório. "Luiz Inácio Lula da Silva nasceu em Garanhuns (PE), em 27 de outubro de 1945, é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), torneiro mecânico formado pelo Senai, Lula tornou-se em 2002 o 35º presidente da República do Brasil, cumprindo dois mandatos sucessivos, encerrados em 2010", informa.

"Atualmente encontra-se casado com Marisa Letícia, o ex-presidente é pai de cinco filhos, sendo que Lurian Cordeiro é fruto da relação de Lula com a enfermeira Mirian Cordeiro."

Espécie de árvore genealógica resumida a quatro gerações da família Lula da Silva, o documento lista os cinco filhos do ex-presidente: Sandro Luis Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha, Luis Claudio Lula da Silva, alvo da Operação Zelotes, Marcos Cláudio Lula da Silva e Lurian Cordeiro Lula da Silva. A eles, estão associados ainda ex e atuais cônjuges e os netos.

"Utilizando-se do gráfico acima, foram realizadas pesquisas para todos os CPFs constante nele, com vistas a verificar as suas participações societárias, vínculos empregatícios e por fim, a relação de pessoas que mais os acompanharam em viagens internacionais", relatam o agente Wiligton Pereira e o delegado Márcio Anselmo, da equipe da Lava Jato.

No caso de Lula, foi "verificado somente sua participação em quadros societários e suas viagens internacionais a partir do ano de 2010, quando deixou a Presidência da República".

A Lava Jato reuniu elementos para apontar que Lula pode ter usado a família para ocultar patrimônio e recebimentos ilícitos. São investigados, por exemplo, pagamentos feitos para empresas dos filhos pela LILS e pelo Instituto Lula - ambos recebedores de valores milionários de empresas do cartel acusado de corrupção na Petrobras.

Irmãos

A Lava Jato criou diagramas também para as famílias de dois irmãos do ex-presidente: Frei Chico e Vavá. Nas duas imagens foram associados filhos e pessoas ligadas a eles, bem como empresas com quem eles têm vínculos e registros de saída do Brasil nos últimos dez anos.

No caso de Vavá, a PF copiou reportagem publicada em 2007, quando o irmão mais novo de Lula foi alvo de investigação na Operação Xeque Mate. Ele era suspeito de tentar traficar influência no governo federal em nome de empresários ligados a bingos eletrônicos ilegais, em Mato Grosso.

Vavá foi também monitorado em conversa com Lula, após a deflagração da Operação Aletheia - 24ª fase da Lava Jato -, no dia 4, quando o ex-presidente foi levado coercitivamente para depor e sua casa alvo de buscas. No diálogo, os dois falam que não poderiam se encontrar por causa da presença de "um monte de peão na porta de casa pra bater nos coxinhas".

Sobrinho

A PF destacou em seu relatório sobre a família Lula os vínculos familiares e de empresas de um sobrinho, Taiguara Rodrigues dos Santos. Ele é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, irmão da primeira mulher de Lula, Maria de Lourdes da Silva - já falecida.

Seu nome é conhecido em Brasília, como o "sobrinho de Lula". A PF anexou uma reportagem da revista Veja, no relatório, sobre a ascensão de negócios a partir de 2009, com citação a contratos em Angola e com a Odebrecht - alvo da Lava Jato.

Ele é dono da Exergia Brasil Projetos de Engenharia, ligada a uma empresa portuguesa. Taiguara chegou a ser convocado para depor na CPI do BNDES, no ano passado, pelos recebimentos da empreiteira em obras na África.

A PF destaca que Taiguara viajou três vezes em 2014 para o Panamá, uma delas no mesmo voo em que estavam Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha, e Fernando Bittar, sócio do filho de Lula e dono na escritura do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP).

O ex-presidente é alvo de outro inquérito aberto pela Lava Jato para apurar a compra da propriedade, em 2010, supostamente em nome de laranjas, e reformas realizadas, em 2011, por duas empreiteiras acusadas de corrupção na Petrobras - Odebrecht e OAS - e pelo amigo José Carlos Bumlai.

Defesa

"Esse relatório, e seu vazamento para a imprensa, é só mais uma amostra do grau de obsessão da Operação Lava Jato em perseguir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo sem haver nenhum indício de qualquer crime cometido pelo ex-presidente ou de qualquer relação destas pretensas investigações sobre sua família com os desvios da Petrobras que são a razão de ser da Operação", afirmou o Instituto Lula por meio de nota.

"Não faz nenhum sentido a perda de tempo de funcionários do Estado e de recursos públicos listando viagens ao exterior de familiares do ex-presidente que não exercem cargos públicos nem estão sendo acusados de qualquer crime", diz a nota.

"Após divulgar conversas telefônicas privadas, a privacidade de familiares do ex-presidente é de novo desrespeitada pelo mero fato de serem parentes de Lula", afirma a assessoria do instituto.

Os advogados da mulher e da filha do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entraram com um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender as investigações contra elas que estão nas mãos do juiz Sergio Moro, em Curitiba.

Eles alegam que as apurações que envolvem Cláudia Cruz e Danielle Dytz devem ser paralisadas na primeira instância enquanto o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, não julgar o recurso impetrado pela defesa para reverter essa decisão. A medida ficou sob a relatoria do ministro Celso de Mello.

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No último dia 15, Teori decidiu enviar os processos das duas para a primeira instância. A determinação atendeu a uma manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a justificativa de que elas não têm foro privilegiado para serem investigadas pelo Supremo.

O desmembramento é referente à investigação de supostas contas ilegais mantidas pela família de Cunha na Suíça, e que seriam abastecidas com propina desviada de contratos com da Petrobras.

Os advogados de Cláudia e Danielle, porém, sustentam que "não há nada nos autos a indicar terem as pacientes praticado crime em desfavor da mencionada empresa estatal".

Ter a mulher e a filha sob a jurisdição de Moro é um dos grandes medos de Cunha. Nos bastidores, o parlamentar afirma temer que o juiz decrete uma eventual prisão preventiva das duas para pressioná-lo.

Cunha se tornou réu em outro procedimento que tramita no Supremo sobre ao recebimento de vantagens ilícitas em contratos de navios-sonda para a Petrobras. Há também uma terceira investigação contra o peemedebista que apura a suspeita do pagamento de propina em obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Com semblante aflito e lágrimas nos olhos, parentes e amigos das vítimas do acidente com o avião A320, da companhia Germanwings, que caiu nesta terça-feira (24) quando fazia o trajeto entre Barcelona e Dusseldorf, chegavam ao aeroporto espanhol em uma busca desesperada por notícias.

"Estamos esperando alguma informação", dizia, muito chocado, Manuel, amigo de duas vítimas que não quis dar seu sobrenome. "Eram um colega da empresa e um diretor" que viajavam para a Alemanha para uma reunião, contou, quase sem palavras.

O primeiro "estava prestes a se aposentar", lamentava outro amigo, em frente à sala preparada para receber os familiares e amigos. Ali, nove membros da Cruz Vermelha - psicólogos, assistentes sociais e socorristas - se esforçavam em acompanhar os atingidos pela tragédia.

"Nestas situações, as pessoas vivem momentos de incerteza; quando recebem a notícia, vivem momentos de luto, de trauma, que nós tentamos minimizar na medida do possível", explicava sua porta-voz, Irene Peiró. Enquanto isso, a polícia científica coletava amostras de DNA para permitir uma identificação rápida das vítimas.

Dezenas de pessoas foram ao aeroporto de El Prat após o anúncio do acidente do voo 4U9525, da companhia Germanwings, uma filial de baixo custo da alemã Lufthansa, que decolou de Barcelona às 09H55 locais (05H55 de Brasília) com destino a Dusseldorf com 150 pessoas a bordo.

Várias delas se aproximavam procurando informação em um mostrador da Swissport, na qual três funcionárias atendiam em nome de várias companhias 'low cost', entre elas a alemã. Três casais e quatro homens sozinhos, visivelmente emocionados, tentavam saber do acontecido em um acidente que, segundo as autoridades francesas, não deixou sobreviventes.

As cenas de tristeza se repetiam. Um homem de uns sessenta anos, elegantemente vestido, tentava esconder as lágrimas atrás dos óculos redondos. Outro, na casa dos trinta, olhava fixo para o chão, negando com a cabeça como se não quisesse acreditar na tragédia.

Grito de dor

Um terceiro, com os cabelos grisalhos e os olhos avermelhados, chegou acompanhado de dois rapazes, envolvendo com um dos braços o mais novo, um adolescente que, visivelmente abalado, apoiava a cabeça no ombro do adulto.

Um grupo de 16 adolescentes alemães, com cerca de 15 anos, que acabava de fazer um intercâmbio escolar em um povoado próximo a Barcelona, estava entre os passageiros do trágico voo.

Pouco depois chegou uma senhora mais idosa, ao lado do companheiro e de uma mulher mais jovem, que não conseguiu conter um dilacerante grito de dor. Um a um eram acompanhados por policiais, à paisana e uniformizados, até a sala preparada para os familiares, mantidos longe dos jornalistas.

"A prioridade agora é atender os familiares das vítimas", disse o titular da pasta do Interior do governo catalão, Ramon Espadaler, assegurando ter colocado à disposição "hotéis para receberem atendimento psicológico".

Nenhum representante da companhia podia ser localizado no aeroporto de Barcelona. Só estavam presentes as três funcionárias atrás do mostrador da Swissport, visivelmente sobrecarregadas com a enxurrada de telefonemas. "Não podemos falar, isto cabe à comunicação de crise", dizia uma delas, uniformizada com blazer preto, camisa branca e lenço vermelho.

"Estou com muito medo. Não quero voar hoje. Vou de Germanwings e pra mim é muito estranho", desabafava a jovem turista alemã Ann Kristin, de 21 anos, que nesta mesma tarde devia pegar um avião da companhia alemã rumo a Dusseldorf após passar quatro dias em Barcelona com o namorado.

Dois voos continuavam previstos para esta cidade e Stuttgart à noite e outros dois procedentes das localidades alemãs, segundo os painéis de informação do aeroporto. A companhia aérea ainda tem voos para Hamburgo, Hanôver, Berlim e Colônia.

Enquanto isso, em Dusseldorf, os passageiros liam, incrédulos, o anúncio nos monitores do aeroporto: "um avião da Germanwings com destino a Dusseldorf caiu". "É assustador", dizia Ingrid Nunning, comovida, após desembarcar, procedente da Turquia. "Se tivesse sabido antes de decolar, não teria embarcado no meu avião", assegurou.

Umas vinte pessoas, familiares e amigos das vítimas, também eram atendidas no local por psicólogos.

Os procuradores da força tarefa da Lava Jato pediram à Justiça Federal do Paraná que suspenda por 60 dias a ação penal contra os parentes do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. A mulher, duas filhas e os dois genros do ex-diretor são acusados de participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro articulado por ele, além de prejudicar as investigações da Lava Jato.

Na petição encaminhada à Justiça Federal, o MPF alega que os acordos de delação com cada um dos familiares do executivo ainda não foram homologados pela Justiça e, por isso, pede que o processo seja suspenso por dois meses. A colaboração dos parentes do executivo faz parte de uma das cláusulas do acordo de delação de Costa, já homologado pelo Supremo.

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O pedido aguarda decisão da Justiça Federal. Atualmente, Costa cumpre prisão domiciliar em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro. Seus parentes aguardam a homologação dos acordos em liberdade.

Cada um desses acordos seguirá as condições do 'acordo mãe' firmado entre Costa e o MPF. Na prática, assim como o próprio ex-diretor fez, seus familiares terão que abrir mão de valores ilicitamente obtidos.

Costa autorizou expressamente a repatriação de US$ 25,8 milhões que ele mantém depositados na Suíça e em Cayman, além de entregar uma lancha, imóveis e até a Range Rover, avaliada em R$ 300 mil, que ele ganhou de presente do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava Jato.

Os familiares do ex-diretor foram flagrados por câmeras de segurança retirando documentos e arquivos dos computadores do escritório do executivo, no Rio, pouco antes de os agentes da PF realizarem buscas no local.

A mulher do ex-diretor da estatal, Marici da Silva Azevedo Costa, as filhas do casal - Ariana Azevedo Costa Bachmann e Shanni Azevedo Costa Bachmann - e os genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita, são investigados e processados criminalmente no âmbito da Lava Jato por diversos crimes tais como corrupção, peculato e lavagem de dinheiro oriundo de crimes contra a administração pública, segundo o Ministério Público Federal.

A Lava Jato também atribui aos familiares de Costa formação de organização criminosa e obstrução da investigação.

O Ministério Público Federal oferece um rol de sete benefícios aos familiares do ex-diretor da Petrobras:

1) Regime aberto de cumprimento de pena nas condenações relativas a novas acusações oferecidas, mesmo sem o preenchimento dos requisitos legais;

2) Substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos caso condenados;

3) Suspensão dos demais processos criminais instaurados, pelo prazo de 10 anos, depois de obtida uma condenação transitada em julgado por lavagem de dinheiro oriundo de crimes contra a administração;

4) Sobrestamento de inquéritos e outros procedimentos pré-judiciais ou judiciais a depender da efetividade da colaboração principal e/ou acessória, segundo avaliação do Ministério Público Federal;

5) Transcorrido o prazo de 10 anos sem quebra do acordo (principal ou acessório), a Procuradoria pleiteará que volte a correr o prazo prescricional até a extinção da punibilidade;

6) O Ministério Público não considerará violado o acordo principal pela violação dos acordos feitos com os familiares (acordos acessórios), mas a rescisão do acordo principal acarretará a rescisão dos acordos acessórios;

7) Multa no mínimo legal.

A recém-empossada governadora de Roraima, Suely Campos (PP), nomeou pelo menos 18 parentes ou pessoas próximas de sua família para cargos de primeiro escalão em seu secretariado e para o comando de órgãos estatais.

Suely foi eleita governadora após assumir o lugar do marido na cabeça de chapa do PP. O ex-governador Neudo Campos era o candidato ao Palácio Senador Hélio Campos, mas foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região por crime contra a administração pública e também teve suas contas na gestão estadual rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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Com a vitória sobre o então governador Chico Rodrigues (PSB), Suely deixou de lado o discurso de campanha e adotou o nepotismo que condenava nos adversários. A chapa do candidato à reeleição tinha como vice Rodrigo Jucá (PMDB), filho do senador Romero Jucá (PMDB). Suely acusava o parlamentar de querer formar uma oligarquia no Estado, pois teria planos de fazer do filho candidato ao governo em 2018 - Rodrigues não poderia disputar um novo mandato se fosse reeleito em outubro.

A governadora escolheu as filhas Daniele e Emília para as pastas da Casa Civil e do Trabalho e Bem Estar Social, respectivamente. Além delas, Suely tem como secretária de Educação a irmã, Selma Mulinari. Outro irmão da governadora, João Paulo Silva, assumiu o cargo de secretário adjunto de Agricultura e Abastecimento.

Suely também nomeou cinco sobrinhos seus e de Neudo Campos para cargos de confiança no primeiro escalão. A lista de pessoas próximas ao casal que vão trabalhar no governo inclui cunhados e sogros das duas filhas, além de Giovana Campos, casada com um dos filhos da governadora, Eduardo.

As indicações de parentes e amigos para os cargos de confiança têm como base o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que, embora o nepotismo seja proibido no setor público, há exceções para postos considerados de natureza política, como secretários estaduais e municipais. A questão, no entanto, ainda é polêmica e o Ministério Público Estadual informou que vai analisar as nomeações, todas publicadas em 2 de janeiro. Estima-se que os cargos ocupados por parentes e amigos da governadora somem salários de R$ 398 mil por mês.

Fora isso, as nomeações racharam o grupo político vencedor das eleições. O vice-governador Paulo César Quartiero (DEM) criticou as escolhas de Suely, em especial a do titular da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Hiperion Oliveira, primo da governadora. Ex-deputado, Quartiero é um dos arrozeiros expulsos da área indígena Raposa/Serra do Sol, cuja demarcação foi defendida pelo agora secretário estadual. O vice também se queixa de não ter sido consultado na montagem da equipe de governo.

Legalidade

A assessoria de comunicação do governo de Roraima informou que os atos de nomeação do secretariado e demais cargos de confiança seguiram critérios de legalidade, como decreto legislativo promulgado pela Mesa Diretora da Assembleia, em 28 de dezembro de 2014, ainda na gestão passada. Em nota, o governo diz que "a escolha do primeiro escalão seguiu critérios de confiança, capacidade técnica e disposição para reconstruir Roraima. Todos os atos de nomeação seguiram critérios de legalidade". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os parentes dos mortos no acidente do avião do voo 8501 da AirAsia buscaram forças na oração neste domingo, uma semana após o desastre que matou 162 pessoas. Membros das famílias, que se mostram emocionalmente exaustos, cantaram e choraram em uma capela pequenina de Surabaia, a cidade da qual o voo partiu, em 28 de dezembro. O reverendo Philip Mantofa, que chefia a congregação na Igreja de Mawar Sharo, encorajou os familiares reunidos a encontrar conforto na fé.

Não se sabe o que causou o acidente. Antes de perder contato, o piloto disse ao controle do tráfego aéreo que estava se aproximando de nuvens ameaçadoras. No entanto, a permissão para voar a uma altitude maior foi negada, devido ao tráfego aéreo pesado.

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Os corpos têm chegado um a um a Surabaia, a segunda maior cidade da Indonésia. Mais três corpos foram recuperados neste domingo, ampliando o total para 34.

Nomes tradicionais da política brasileira conseguiram passar a tradição do nome para os filhos e neto, e conseguiram  eleger seus parentes para deputados estadual e federal na eleição do último domingo (5).  

Clarissa Garotinho, filha do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, é um exemplo. Ela foi eleita a deputada mais votada do seu estado. Em São Paulo, Bruno Covas, que é neto do ex-governador Mário Covas, foi eleito com mais 352 mil votos. Outro filho de político eleito foi Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro. 

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Na Região Norte, Arthur Bisneto, filho do Prefeito de Manaus, Arthus Virgílio Neto, foi eleito o deputado mais votado do Amazonas. Antes do pleito deste ano, Bisneto já ocupou o cargo de vereador de Manaus e de deputado estadual por dois mandatos. 

Na Paraíba, o deputado mais votado foi Pedro Cunha Lima, filho do senador Cássio Cunha Lima – que disputa o segundo turno para governador do estado. O segundo deputado mais votado foi Veneziano, filho do ex-deputado federal Antônio Vital do Rêgo (falecido) e da deputada Nilda Gondim. Veneziano é irmão do senador Vital do Rêgo. 

No Rio Grande do Norte, Walter Alves foi eleito deputado estadual. Ele é filho do Ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves. Betinho Rosado Segundo ocupou o lugar do pai, Betinho Rosado, na Assembleia Legislativa do estado. Na Bahia, Mário Negromonte, filho do ex-deputado Mário Negromonte, foi o segundo deputado mais votado no estado. Em Alagoas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), conseguiu eleger o primogênito Renan Filho para o governo estadual com 52,16%.

Na região Sudeste, Newton Cardoso Junior, filho do ex-governador de Minas, Newton Cardoso, foi eleito deputado mineiro. 

Com informações da Agência Câmara 

Três parentes do papa Francisco morreram e um quarto ficou gravemente ferido em uma colisão entre um carro e um caminhão, ocorrida nesta terça-feira (19), em uma rodovia na Argentina, conforme informaram o Vaticano e a polícia local.

No carro estavam um sobrinho do papa, acompanhado de sua esposa e seus dois filhos, um de dois anos e outro de apenas oito meses. Apenas o sobrinho, Emanuel Bergoglio, de 38 anos, sobreviveu. Ele é filho de um irmão do pontífice. A esposa chamava-se Valeria Carmona, de 36 anos, e as duas crianças foram identificadas como José e Antônio. Eles morreram antes de chegar ao hospital.

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O veículo colidiu com a traseira do caminhão, em acidente entre as cidades de Rosário e Córdoba, aparentemente enquanto a família retornava para Buenos Aires após um fim de semana de folga. O motorista do caminhão não se feriu.

O porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, afirmou que "o papa foi informado do acidente e que está profundamente abalado". Ele acrescentou que Francisco pede a todos que compartilhem seu sofrimento e que se unam a ele em orações.

Fonte: Associated Press.

Os parentes e amigos de Bruna Gobbi se concentraram na orla de Boa Viagem, na manhã desta terça-feira (22), para protestar. Há um ano, a turista paulista foi morta após ser atacada por um tubarão quando passava as férias com a família no Recife. O objetivo do ato foi pedir aumento na proteção para banhistas que frequentam a praia, além de lembrar a morte da jovem.

Eles distribuíram panfletos e vestiram camisas estampando a foto da estudante. Também colocaram, na beira-mar, sacos plásticos preto para simbolizar mortes provocadas por ataques de tubarão. Participaram outras vítimas de ataques de tubarão e entidades não governamentais.

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Bruna estava com uma prima quando foi atacada na perna. Chegou a ser socorrida para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, em seguida transferida para o Hospital da Restauração, mas não resistiu. A estudante foi a 59° vítima de ataques de tubarão no Estado e a 24° morte. A contagem começou desde 1992.  

Nesta terça, o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) aprovou os testes com tela de proteção com 400 metros que será instalada no mar para proteger os banhistas. Há três anos, o projeto foi prometido. De acordo com o Cemit, ainda será aberta uma licitação para escolher qual a empresa vai confeccioonar e instalar as telas.

Já quarta-feira (23), a equipe de organização não-governamental Ocearch, que chegou hoje na capital, começará a capturar e marcar tubarões-tigre na costa nordestina para instalar um chip de monitoramento.

 

Família e amigos dos cidadãos da Holanda mortos na queda do voo MH17 na Ucrânia encontraram-se com membros da família real e políticos holandeses nesta segunda-feira (21). "Esse terrível desastre deixou uma profunda ferida em nossa sociedade", disse o Rei Willem-Alexandre após o encontro. "A cicatriz será visível por anos", acrescentou.

Autoridades holandesas condenaram fortemente a forma como os corpos das vítimas têm sido tratados. Nesta segunda-feira, um trem refrigerado levando o corpo das vítimas deixou a estação de uma cidade ucraniana próxima ao acidente e controlada pelos separatistas pró-Rússia em direção a um centro de triagem liderados por especialistas holandeses. O local foi instalado na cidade de Carcóvia, também no leste da Ucrânia, controlada pelo governo de Kiev. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, disse hoje que a repatriação dos corpos é sua prioridade número um.

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Em ato incomum, o Rei fez um pronunciamento televisivo após receber centenas de familiares e amigos das vítimas. "Nós entendemos a frustração e a dor e compartilhamos o desejo de esclarecer as causas desse desastre", disse o monarca em relação às dificuldades enfrentadas pelas investigações do incidente.

O primeiro-ministro também se solidarizou com os parentes. "Todos os holandeses estão de luto, todos os holandeses estão próximos a essas famílias", disse. Fonte: Associated Press.

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O programa Opinião Brasil desta segunda-feira (19) alerta a população para a questão da alienação parental. Para falar sobre o assunto, o jornalista Álvaro Duarte recebe a Juíza da 5ª vara de família e registros civil da capital, Luzicleide Maria Muniz e a psicóloga chefe do Centro de Apoio Psicossocial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (CAT-TJEPE), Helena Ribeiro. 

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A Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS (termo proposto por Richard Gardner, em 1985), acontece quando um dos genitores tenta manipular a criança ou o adolescente. Essa situação é bastante comum nos casos de separação do casal, durante a disputa de guarda, propostas de pensão e até mesmo quando qualquer um dos genitores tenta dificultar a convivência do filho com o pai ou a mãe. "A alienação parental não acontece somente quando os casais resolvem se separar, mas no convívio também. É uma questão de disputa de autoridade e esse conflito acaba trazendo sérios problemas para a criança ou o adolescente", disse a Psicóloga Helena Ribeiro. 

A lei prevê penalidades para qualquer um dos genitores que pratique a alienação parental. O acompanhamento psicológico, multa e até mesmo a perda da guarda do filho, são as principais punições da lei de alienação parental, 12.318, que foi sancionada no dia 26 de agosto de 2010. "Em 80% dos casos de separação, a alienação parental está presente. Esse processo de vingança e desmoralização do ex-cônjuge perante o filho, acaba utilizando a criança ou o adolescente como um instrumento de agressividade contra o ex-passeiro", afirmou a juíza Luzicleide Maria.  

O Opinião Brasil é exibido toda segunda-feira no Portal LeiaJá.

Alexandre Vieira, tio materno do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, disse que ainda não conseguiu assimilar a perda do sobrinho. "As pessoas têm falado muitas coisas, são muitas informações ao mesmo tempo, então ainda não consegui assimilar que não vamos mais conviver com o Douglas". Apesar de morarem em cidades diferentes (Alexandre em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e Douglas em Copacabana, no Rio) eles se falavam constantemente. "Fica uma lacuna, um vazio, que aos poucos será amenizado com a saudade. Agora, só podemos agradecer por ter tido a oportunidade de conviver 26 anos com a alegria do Douglas".

Irmã.

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Grávida de oito meses, Jaqueline Cristina Fernandes, uma das irmãs mais velhas de DG, sofreu com pressão alta ao saber da morte do irmão. Moradora de Raiz da Serra, na Paraíba, ele viajou até o Rio de Janeiro, mesmo contrariando indicações médicas, para se despedir do irmão. A outra irmã do dançarino, que mora na Espanha, não conseguiu passagem a tempo de chegar para o velório e o enterro.

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