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Pressionada para elevar um representante da bancada da Câmara a posto de destaque no governo Dilma, a cúpula do PDT marcou para o próximo dia 14 de julho reunião entre parlamentares e a Executiva da legenda. O encontro será realizado para discutir a permanência de Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho. Na lista dos cotados para substituir Dias estão os deputados Afonso Motta (RS), Ronaldo Lessa (AL) e Sérgio Vidigal (ES).

O tema debatido ontem entre integrantes da bancada da Câmara, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o vice-presidente da República, Michel Temer. "Foi discutida a relação do partido com o governo e houve cobranças para que o partido fosse fortalecido no ministério, com as secretarias que estão com outros partidos. Além disso, um setor da bancada defendeu que houvesse um representante (da bancada do PDT na Câmara) no governo (primeiro escalão)", disse o presidente do PDT, Carlos Lupi.

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Segundo Lupi, no encontro marcado para o próximo dia 14 também estará em foco a possibilidade de o partido permanecer independente e até abrir mão dos cargos federais. "Há um setor que também defende essa tese. Vamos ouvir todos", ressaltou.

Nascido no Rio de Janeiro, mas residindo em Pernambuco desde os 17 anos, o atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem Santiago (PDT), 59 anos, exerceu atividade parlamentar por três mandatos seguidos e tentou se eleger como vice-governador de Pernambuco nas eleições de 2014. Anunciado como pré-candidato a prefeito do Recife pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o pedetista conversou com exclusividade com a equipe do Portal LeiaJá e revelou abrir mão da disputa eleitoral, e também, da presidência do PDT-Recife. Além disso, o ex-deputado disparou farpas ao presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes e ao seu correligionário e prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT).

Confira a entrevista na íntegra: 

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LeiaJá (L.J): Como o senhor avalia o novo desafio à frente da Fundaj:

Paulo Rubem (P.R): O compromisso que me fez ir para a Fundação é assumir esse projeto pelo menos por quatro anos. Não é entrar agora e passar uma chuva, e no ano que vem sair como se isso aqui fosse abrigo temporário para passar uma noite, não é. É uma instituição grandiosa com competência, com qualidade, com grandes desafios que é acompanhar o plano nacional de educação, o sistema nacional de cultura. Aqui se faz pesquisa, se faz formação, aqui se protege o patrimônio, o acervo e a memória, e o meu projeto com a Fundação é de quatro anos, e não é entrar agora e sair na eleição e por isso, meu nome está fora também.

(L.J): Recentemente seu nome foi colocado como pré-candidato à Prefeitura do Recife. O senhor irá encarar esse desafio?

(P.R): Eu conversei com ele (Carlos Lupi) durante a semana, tanto por telefone, quanto por email. Eu agradeço, mas essa discussão não cabe agora, neste momento, porque nós construímos uma aliança e essa aliança se desfez. Nós temos um prazo até outubro quando os partidos vão colocar seus nomes. 

(L.J): De qual aliança o senhor está falando?

(P.R): Foi encaminhada uma lista para ser publicada no TRE-PE, e a lista foi alterada. O Wolney Queiroz simplesmente alterou a lista e com essa alteração, desqualifica a equipe, porque o acordo foi que ele comandaria a executiva estadual com a equipe dele e nós a nossa, mas o acordo não foi cumprido. Então, como eu entendo que houve uma intervenção indevida, ele alterou a lista e colocou os nomes que ele queria, o que eu não fiz. Eu não me sinto representado apenas para ocupar um cargo. Eu não estou atrás de cargo, eu não preciso disso. Tinha proposto uma equipe e um plano de trabalho desde fevereiro, mas na minha opinião houve um rompimento, então, nesse sentido, eu abro mão da presidência do partido. Não estou pleiteando e meu nome não está posto para as eleições de 2016.

(L.J): Diante do ocorrido o senhor sugere uma solução?

(P.R): Eles vão encontrar solução, mas quem eu indicaria que pode assumir à presidência do partido é a Isabella de Roldão que tem um mandato, que está exercendo um ataque violente do PSB em relação ao seu mandato e acho que ela tem mérito de conduzir o processo e eu estou à disposição para debater e discutir, mas, como o acordo feito só atendeu a um lado, que é o lado mais antigo do partido que é Wolney e José Queiroz que está há mais de 25 anos estão com o partido na mão, eu me considero liberado para não pleitear mais à presidência do partido.

Você ter sido parlamentar por oito anos, ter feito uma lista e a outra parte adultera a sua lista, tira os nomes e coloca nomes sem nenhuma consulta, isso para mim atingiu o limite do respeito. Então, como nós não estamos pleiteando cargo eu abro mão.

(L.J): Qual foi a agressão que o PSB fez a Isabella?

(P.R): Não há como fazer aliança com o PSB pela tamanha agressão que o PSB tem feito a ela. Ela foi cassada da Comissão de Educação da Câmara com um ato de Vicente André Gomes quanto nenhum presidente pode fazer isso. Quem decide se um parlamentar é membro ou não de uma comissão é a proporcionalidade, é o tamanho da bancada, são as escolhas que os partidos fazem, nunca um ato do presidente. O presidente da Câmara foi covarde, ele foi absolutamente capacho do prefeito do Recife e do PSB ao tomar uma decisão pessoal de cassar a presença de Isabela na Comissão de Educação e à presidência da Comissão, e esse tipo de atitude inviabiliza dentro de quaisquer razões, dela participar da campanha no palanque do PSB. Então, ela pode ser a candidata da frente, ou candidata à reeleição, apoiando um candidato único de oposição ao governo Geraldo Julio.

(L.J): Sua decisão de abrir mão da presidência do PDT-Recife já foi comunicada a direção nacional? 

(P.R): Estou comunicando isso ao Lupi e ao Wolney nessa semana e nós não vamos implementar o plano de trabalho que nós queríamos porque o acordo que fizemos foi rompido, então, eu não tenho nem disposição de ser presidente do partido no município se eu não tenho a maioria para acompanhar o nosso plano de trabalho e, consequentemente, eu estou saindo dessa possível condição de ser presidente.

(L.J): Com essa decisão o senhor também desiste de uma possível candidatura em 2016?

(P.R): Consequentemente estou abrindo mão de ter meu nome discutido porque só tem sentindo ter uma candidatura se tiver um plano de trabalho que eu assuma, daí como possível candidato com um total controle do plano de trabalho e como isso está sendo sugerido por ele, e na nossa avaliação rompe o acordo que era o Wolney assumir a estadual e eu assumir a municipal, então, eu estou comunicando a ele. Já enviei um email e estou abrindo mão e ele faz a composição que quiser e como a equipe de trabalho não foi reconhecida, objetivamente, não está mais em discussão o município e a indicação que ele fez, mas eu permaneço como membro da Executiva Nacional, da Coordenação da Secretaria Econômica e eu estou coordenando hoje o debate econômico do PDT, mas a nível municipal, como não foi cumprido acordo e não se garantiu a equipe, nós não vamos assumir nenhuma responsabilidade e vamos tocar o projeto a nível nacional.

(L.J): A vereadora Isabela de Roldão se colocou à disposição caso o senhor não quisesse entrar na disputa. Como avalia o nome dela?

(P.R): É ótimo. Ela exerce mandato, mas nenhuma candidatura vai sair sozinha. É importante discutir com os partidos aliados qual é a perspectiva dos partidos da oposição, se vai haver uma única candidatura de oposição a Geraldo Julio, ou se são mais candidaturas. Eu sei que o Psol vai lançar o Edílson Silva, o PSDB vai lançar o Daniel Coelho, e não sei se o bloco PT, PTB e PDT se vai ter um, ou mais de um candidato. Então, o nome de Isabela está posto e se ela se colocar a disposição vai ser discutido pelo partido, mas nessas condições não há como.

Eu não conversei com ela e só vi essa notícia pela imprensa, mas na minha avaliação o mandato dela é importante para a cidade como vereadora. Ela tem demonstrado isso, e é obvio que ela terá a oportunidade de discutir se para ela é melhor ter o nome avaliado pelo PDT, pelo PT, ou se ela tenta a reeleição e mantém a aliança.

(L.J): Qual foi o entendimento do partido nas eleições de 2012? 

(P.R): Havia uma resolução aprovada no encontro nacional e meu nome foi cassado para o PDT apoiar Geraldo Julio, então, passando por isso eu não tenho como ter nenhum grau de confiança de que assumindo à presidência e a maioria, eu possa construir uma candidatura. Eu fui eleito numa convenção nacional para ser membro e assumir uma secretaria nacional, hora, se eu tenho condições de ser eleito numa convenção nacional porque eu não posso assumir o partido no Recife?

Isso é igual você contratar um técnico de futebol para assumir uma equipe, mas o preparador físico é outro, o médico é outro, o fisioterapeuta é outro que você não conhece. Equipe é equipe, propus um acordo e nós cumprimos e o outro lado não cumpriu. Então, está rompido o entendimento. Mas estou em paz, sem nenhum estresse. Wolney não honrou a lista no Recife e entregou o partido em Jaboatão a pessoas que são ligadas ao PSB. Com essa postura não há o menor grau de confiança.

Em 2012 a decisão nacional era de ter candidatura própria. Só podia fazer convenção para apoiar outro candidato se tivesse uma comunicação com dez dias de antecedência e não foi feito isso e a decisão final de apoio a Geraldo Julio não foi uma decisão da convenção, foi uma atitude de José Queiroz que disse depois da reunião nacional “eu não aceito porque eu já dei a minha palavra a Eduardo que o partido irá apoiar o PSB”. Então a palavra dele vale mais do que o partido? Do que uma resolução nacional? Então para que isso não se repita em 2016, para quem quer que seja o nome do PDT para provável para candidato a prefeito, eu vou levar esse debate com antecedência a partir de agora para a próxima reunião da executiva em agosto, para que a executiva participe e possa brecar esse tipo de chantagem porque um presidente do partido diz: Eu já dei a minha palavra, então, um partido não existe, não tem direção, não tem diretoria, é uma negociação de palavras. 

(L.J): Existem rumores de uma possível saída sua do PDT devido a insatisfação. Essa informação é verdade?

(P.R): Não, não. Isso aí foi uma discussão que eu fiz em março. Na verdade nós entregamos o partido porque meu nome tinha sido ventilado para ser o presidente, surpreendentemente publicaram depois de 90 dias o meu nome, mas quando eu me dei conta houve uma adulteração da relação de nomes, os nomes que eu indiquei foram vetados e foram colocados outros nomes que não me representam, então, de imediatamente eu disse: está aqui, estou me afastando, eu não me sinto e alguns interpretaram que isso era uma desfiliação e eu até coloquei que isso representava o afastamento da minha pessoa a essa base, mas eu foi eleito numa convenção nacional e ninguém pode tirar, a não ser numa outra convenção nacional.

(L.J): Como senhor analisa a postura do PDT para escolha de dirigentes em Pernambuco?

(P.R): Em Pernambuco quem elege os dirigentes não são os filiados. Há mais de dez anos aqui tudo é resolvido na cúpula do partido, e foi proposto um acordo e o acordo atende uma parte e não atendeu a outra parte, nós decidimos e vamos levar essa discussão à executiva nacional, porque por enquanto, eu só tenho conversado com Lupi.

(L.J): Nos bastidores da política há informações de que o ex-deputado João Paulo estava chateado porque o senhor foi contemplado com cargo e ele não foi para a Sudene. Isso é verdade?

(P.R): Não tenho nenhum conhecimento sobre isso. Não soube que João Paulo tinha sido indicado para a Sudene. Eu estou sabendo disso exatamente agora, então, não posso nem comentar isso. O que eu converso, vez por outra, com pessoas que foram da equipe de João Paulo e de pessoas que foram da assessoria dele, não me relataram nenhuma insatisfação não. Até porque aí, do ponto de vista dos nomes, pode ter havido algum outro tipo de conflito de interesse, mas eu não tive nenhuma informação nesta questão de insatisfação de João Paulo porque eu fui indicado para a Fundação e ele não foi para outros órgãos. Acho que são processos diferentes, são perfis diferentes. A Sudene é uma coisa, a Fundaj é outra, e a minha vinda para cá foi motivada primeiro por uma motivação dos próprios pesquisadores  da casa, pelo perfil da fundação, e meu perfil político e acadêmico e aí eu não posso responder, porque honestamente, eu não tive nenhuma manifestação de que João Paulo ficou insatisfeito por isso.

(L.J): José Queiroz fez algumas críticas ao senhor em relação à disputa eleitoral de 2016 dizendo que só sabia fazer oposição. Como o senhor avaliar essas alfinetadas?

(P.R):Eu não tenho nada a responder a José Queiroz . Não vou responder a José Queiroz. Ele não merece resposta. Ele quer justificar o injustificável que é a postura dele como coronel há mais de 25 anos comandando o partido, não respeita eleição, não convoca eleição. Não vou responder a José Queiroz. Tudo o que ele diz sobre mim é mentira e falta de vergonha e eu não vou responder.


A pouco menos de um ano e quatro meses para as eleições de 2016, o cenário eleitoral começa a se definir. Em Jaboatão dos Guararapes, por exemplo, a maior incógnita é se o PSDB permanecerá como o partido majoritário da gestão já que o prefeito Elias Gomes (2009 – 2016) não pode disputar a reeleição e tem como maior desafio fazer um sucessor tucano. 

Um dos agravantes para a escolha de Elias, no entanto, é a possibilidade do PSB, principal aliado tucano no município, querer disputar o pleito. A instabilidade da aliança entre as legendas se confirma quando um dos cotados para disputar o pleito, o vice-prefeito Heraldo Selva (PSB), assume que o PSB tem pretensões conquistar o cargo majoritário. Caso a especulação quanto ao PSB se confirme, a legenda socialista terá possibilidades de gerir as duas cidades com os maiores colégios eleitorais de Pernambuco, Recife e Jaboatão, respectivamente. 

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“O PSB tem intenções sim de disputar a Prefeitura de Jaboatão, mas essa discussão só vai se concretizar em 2016. Temos toda uma conjuntura para analisar até lá”, argumentou, em entrevista ao Portal LeiaJá. Questionado se a opção poria em xeque a aliança com o PSDB na cidade, Selva desconversou e reforçou o discurso clichê de que “só discutiria 2016 em 2016”. 

Mesmo como sucessor natural de Gomes, o vice-prefeito não é o único socialista que tem feito articulações visando angariar votos e apoios para assumir o comando da cidade, o deputado federal João Fernando Coutinho (PSB) também tem se colocado no páreo. Sobre as movimentações de Coutinho, Selva admitiu que “o PSB tem vários quadros” que podem entrar na disputa. “Por enquanto só colocamos o nosso nome a disposição do partido, não sabemos se vamos disputar. A definição só quando analisarmos os quadros em 2016, até lá qualquer um pode promover articulações”, resumiu. 

A ventilação de mais de um nome socialista para a corrida eleitoral no município é comemorada pelos possíveis rivais, entre eles o deputado federal Anderson Ferreira (PR) que considerou a divisão um “motivo de enfraquecimento do PSB na disputa”. “Quando o partido começa a ter uma divisão interna enfraquece a candidatura. No nosso partido já existe um consenso em torno do meu nome, a gente tem uma unidade. Minha situação é mais cômoda”, argumentou o republicano, em entrevista ao LeiaJá.

Apesar de afirmar querer discutir o pleito eleitoral apenas no próximo ano, Ferreira se colocou como o “novo” e criticou a atual gestão da cidade. “A gente vem para mostrar o novo. Um é o PSDB que é protagonista e o outro é PSB, que é coadjuvante. O povo de Jaboatão merece renovação, quem tem essa cara do novo somos nós”, assegurou.  “O cenário que Jaboatão se encontra hoje é de um descaso total, cheio de maquiagens. É só andar a cidade que você vai ter um termômetro. Durante oito anos não foi feito nada da cidade”, acrescentou o pré-candidato.  

Além de Selva e Ferreira, outros nomes estão sendo cotados para disputar a Prefeitura de Jaboatão. Para a permanência do PSDB, o nome em questão é o da secretária municipal Conceição Nascimento. O deputado estadual Cleiton Collins (PP), Neco (PDT) e o deputado federal João Fernando Coutinho também integram a lista dos pré-candidatos. O Portal LeiaJá entrou em contato com todos eles, mas não atenderam as ligações. 

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchoa (PDT), nomeou o ex-prefeito de Palmeirinha, no Agreste, Eudson Catão, para compor a equipe de assessoria especial do seu gabinete. O ex-prefeito, no entanto, foi condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa. Segundo o processo, Catão deixou de prestar contas relativas a recursos recebidos, por meio de convênio, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. 

A nomeação do novo assessor especial de Uchoa foi publicada no Diário Oficial do Poder Legislativo na última quarta-feira (10). Através da assessoria de imprensa da Casa, o presidente informou que não tinha conhecimento da condenação, mas que iria revogar o ato de nomeação do ex-prefeito de Palmeirinha. 

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Condenação por Improbidade – A ação contra o ex-prefeito foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Garanhuns e a condenação foi divulgada em janeiro. Na decisão, a Justiça apontou que a irregularidade aconteceu em 2001 a partir de um convênio para a execução de obras de infraestrutura e serviços no município, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

As irregularidades constatadas levaram Eudson Catão, inclusive, à condenação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após instauração de tomada de contas especial. A Justiça Federal atendeu ao pedido do MPF e condenou o ex-prefeito a perda de eventual função pública, suspensão dos direitos políticos por três anos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público, bem como de receber benefícios e incentivos fiscais ou creditícios por três anos. Não cabe mais recurso contra a decisão judicial.

 

O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou na noite desta quinta-feira (11), a reaproximação com o partido PDT e possíveis diálogos também com o PT, ambos partidos que apoiaram o seu ex-concorrente das eleições de 2014, Armando Monteiro (PBT). As declarações do socialista sobre novas alianças foram feitas no final da solenidade de recebimento da Medalha Frei Caneca, entregue pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, no Recife. 

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Relembrando a reunião que teve nesta semana com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, o governador admitiu a possível reaproximação. “Ele foi me visitar. Realmente há conversas, nós sempre estivemos juntos no campo da esquerda. Nas últimas eleições, infelizmente, o PDT não me apoiou oficialmente, apesar de vários integrantes do partido ter nos apoiado como o presidente da Assembleia Guilherme Uchoa e o deputado Wolney Queiroz”, recordou.

Apesar de não ter tido o apoio do PDT em 2014, Câmara demonstrou interesse em poder contar com a legenda nos próximos pleitos. “Nós queremos estar juntos nas próximas oportunidades e queremos também de ter oportunidade de, junto ao PDT, debater o Brasil nesse momento de tantos desafios”, anunciou. 

Questionado se também estava se reaproximando do PT através de conversas confirmadas pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, e o próprio Lupi, o socialista negou as conversas, mas deixou claro que existe a abertura para o diálogo. “Estou também aberto a conversar com todos que queiram conversar conosco”, revelou Câmara. 

A vereadora do Recife Isabella de Roldão (PDT) afirmou, nesta quarta-feira (10), que se o presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem (PDT), não estiver disposto a pleitear o comando da Prefeitura durante as eleições de 2016, ela se colocará à disposição do partido para a disputa. Segundo Roldão, o PDT tem propostas concretas para comandar o Recife e não deve abrir mão mais uma vez do pleito.

“Para 2016 a nossa prioridade é Paulo Rubem, ele era pré-candidato em 2012 e retirou a candidatura para apoiarmos o atual prefeito. Agora, se ele não quiser entrar na disputa, meu nome está e sempre esteve pronto para entrar no processo de discussão”, cravou a parlamentar. “O partido tem propostas concretas para Recife. Se me perguntarem se sou candidata hoje, digo que não. Sou vereadora e candidata à reeleição”, acrescentou.

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Com a afirmação do desejo de disputa, o PDT se separa ainda mais da possibilidade de reaproximação com o PSB local. A vereadora, no entanto, afirmou que a reaproximação pregada pelo partido com os socialistas é a nível nacional. “A reaproximação tratada por Carlos Lupi foi a nível federal. O que ele discutiu com o governador (Paulo Câmara) foi que com o fim do processo de fusão do PSB com o PPS essa questão federal poderia ser retomada, até porque a questão local é nossa. Ele não vem de Brasília para discutir Recife e dizer que devemos nos aliar ao PSB”, argumentou. “Aqui não fomos nós que rumamos para o outro lado, foi o PSB que se perdeu neste caminho”, disparou. 

O nome de Paulo Rubem como pré-candidato ao Executivo municipal foi divulgado na última segunda-feira (8) pelo presidente nacional da legenda, Carlos Lupi. Questionada se já conversou com Paulo Rubem sobre o assunto, Isabella de Roldão afirmou que ainda não teve oportunidade e está aguardando que Rubem convoque a reunião da Executiva Municipal do PDT para tratar sobre o assunto. O Portal LeiaJá entrou em contato com o pedetista nesta quarta-feira, mas até o fechamento da matéria ele estava participando de uma reunião na Fundaj e não pôde conversar com a nossa reportagem.

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT) participa, a partir desta quarta-feira (10), da 19ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale). O evento acontece até a próxima sexta-feira (12), em Vitória, no Espírito Santo (ES). O 1° vice-presidente da Casa, Augusto César (PTB), também vai participar do encontro. 

Os ministros das Cidades, Gilberto Kassab; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro; da Aviação Civil, Eliseu Padilha; dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues; de Minas e Energia, Eduardo Braga; e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, estão na lista dos palestrantes do evento. 

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Durante o encontro serão debatidos temas como etica e a segurança jurídica, os desafios do desenvolvimento no Brasil em 2015 e sustentabilidade. Além disso, também será feita uma análise do cenário político e econômico do país e um debate sobre a reforma política e o pacto federativo. 

 

 

 

Os dois principais assuntos divulgados pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, em passagem por em Pernambuco, nesta segunda-feira (8): o nome do ex-deputado federal Paulo Rubem (PDT) como pré-candidato à Prefeitura do Recife e os diálogos de reaproximação com o PSB, são divergentes entre os pedetistas pernambucanos. Alguns apoiam e defendem a aliança com os socialistas, mas criticam o nome do pré-candidato, já outros, analisam de uma forma totalmente oposta. 

Para o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), a possibilidade de parceria com o PSB como comentou o líder nacional é uma boa articulação. “Eu considero a inciativa do presidente Lupi, se esse for o objetivo central, louvável, porque coincide com os meus sentimentos de está na base de Paulo Câmara e poder ajudar a Frente Popular em Pernambuco a cumprir os seus objetivos, até pelas dificuldades que o governado enfrenta”, aprova. 

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Garantindo ter ido à reunião da Executiva Estadual para abraçar Lupi, Queiroz espera que os diálogos se consolidem para uma unidade entre as legendas. “Então, vim aqui abraçar o presidente Lupi e esperar que isso tudo aconteça nesse movimento. Tem uma série de encontros dele, com o governador, com Geraldo Julio, com Renildo e tomara que essas costuras deem certas e a gente possa está integralmente dentro da Frente Popular”, anseia. 

Outra pauta anunciada pelo líder nacional já não é vista com os mesmo bons olhos pelo gestor de Caruaru. “Olha, o nome de Paulo Rubem eu não discuto para nada, porque Paulo Rubem só soube fazer oposição de baixo nível e eu não quero resposta nem diálogo. Eu refluí um pouco no partido para que todo o projeto do presidente Lupi não tivesse nenhum obstáculo, logo, em não opino nem a favor, nem contra as essas alternativas de Paulo Rubem”, disparou Queiroz. 

Diferente da opinião do prefeito, a vereadora do Recife, Isabella de Roldão (PDT) vê os dois temas de forma diferente. “É bem difícil essa aliança aí, mas eu continuo insistindo que a gente deve separar as questões. Ninguém é eleito para ser situação ou oposição, a gente é eleito para ter um mandato e uma das minhas funções é fiscalização e, infelizmente, hoje eu não posso tirar o chapéu para a gestão do PSB nem no Recife, nem no Estado. Em Recife especificamente é uma gestão falha. É uma gestão que já passou da metade, já está com um ano e meio de gestão e não conseguiu deixar nenhum marco. Se você perguntar qual é o marco da gestão Geraldo Julio as pessoas só vão falar da ciclofaixa. É esse o marco, as ciclofaixas aos domingos?”, indagou. 

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Para a vereadora não há como unir PDT e PSB por divergências ideológicas. “São questões ideológicas. Acho que o PSB, infelizmente, se afastou do socialismo, se afastou desta gestão voltada para as pessoas e se a gente espremer não tem caldo. Dizer a você: como é que faz para reativar isso para voltar? voltar para onde? Voltar ou continuar? mas vamos ver”, analisou. 

Já em relação a Paulo Rubem, a parlamentar que alegou está com uma expectativa positiva da vinda de Lupi a Pernambuco porque ele tem o “intuito de unir mais uma vez as representações do Estado e ratificar as candidaturas próprias nos municípios”, aprovou o nome e fez vários elogios. “Excelente nome né? Paulo é um dos melhores nomes que o Estado de Pernambuco tem. Na verdade, ele vem reforçar que nós vamos ter candidatura própria, que a gente vai marchar nessas bandeiras que são as bandeiras do PDT porque é interessante que a gente faça essa análise de que o PDT nunca mudou de lado. Nós sempre estivemos no mesmo lado, nas mesmas bandeiras, nas mesmas lutas e isso é que é importante que seja dito”, enfatizou. 

As possíveis críticas do ex-ministro do Trabalho e Emprego e presidente nacional do PDT, ao Partido dos Trabalhadores (PT), recentemente, foram negadas pelo pedetista nesta segunda-feira (8) em Pernambuco. Veículos nacionais informaram que Lupi teria dito que o PT foi o partido que mais roubou, mas o líder garantiu que a informação foi “truncada” e que não havia rancor pela saída do ministério.  

Para Lupi não há mágoas, principalmente porque o PDT comanda atualmente o ministro que ele deixou. “Nenhuma (mágoa) até porque o Ministério do Trabalho é comandado pelo PDT e eu não falei isso especificamente, não fizeram como você está fazendo: uma entrevista, gravaram uma conversa informal numa reunião em São Paulo e truncaram”, explicou. 

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Para justificar sua afirmação, o pedetista disse que fez, apenas, comentários gerais e não se referiu ao partido. “Conforme você fala um assunto, por exemplo, você diz assim: roubaram muito na Petrobras, eu não falei o PT roubou muito na Petrobras, até porque se você pegar os indiciados da Petrobras tem muito mais gente de outros partidos do que o PT, e eu não gosto de criminalizar instituição”, esclareceu. 

Segundo Carlos Lupi, a instituição está acima das pessoas. “Se as pessoas erraram, nós temos que punir as pessoas que estão erradas e a instituição não pode pagar o preço por os atos errados das pessoas e isso são opiniões mal colocadas, também pode ter sido um momento infeliz meu, não foi uma entrevista, foi uma “entrevista clandestina”, porque não foi nem jornalista foi um companheiro que passou essa gravação e foi usada de forma maldosa, mas não significou nada, não tem nenhuma influência”, confirmou o líder nacional. 

 

 

Apesar de anunciar a pré-candidatura do ex-deputado federal e atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, à disputa da Prefeitura do Recife em 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, veio a Pernambuco nesta segunda-feira (8) em busca de uma reaproximação com o PSB. Entre as agendas do pedetista, houve um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e foi remarcada uma reunião com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), além disso, ele participou de reunião com a Executiva Estadual. 

Segundo Lupi, mesmo o PDT tendo apoiado a candidatura de Armando Monteiro nas eleições de 2014, agora, o momento é outro. “Aqui, inicialmente com o governador, ele ganhou a eleição, nós demos apoio oficial à candidatura do senador Armando Monteiro e ficamos muito felizes com esta aliança com o senador, mas agora é outro momento. Ele hoje é governador eleito de um partido que tem uma história de aliança entre PDT e socialistas”, analisou. 

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Destrinchando a conversa que teve com Câmara, o líder nacional abordou a fusão com o PPS. “Colocamos muito a questão nacional. Ele quer ajudar a fazer uma reaproximação nacional já que, com essa possibilidade da fusão do PSB com o PPS levam eles muito para o campo do PSDB, mas como eu percebi que está praticamente descartado, isso volta o PSB para o seu leito natural”, ressaltou, com esperança de aproximação. “Quando volta para o campo natural, o diálogo é muito mais fácil porque somos aliados de meio século. Então, ele ficou de marcar uma reunião com o presidente do partido, Siqueira, lá em Brasília e essa reaproximação”, revelou. 

Com o nome de Paulo Rubem anunciado como pré-candidato, Lupi preferiu não tratar de questões locais com o governador. “Eu, com sinceridade, não tratei de nível local porque como nós tivemos uma candidatura adversa e contrária, não seria nem ético da minha parte falar sobre isso. Isso vai ser muito da questão que vai ser discutida pelo diretório regional aqui, porque o partido tem visões diferentes”, frisou, relembrando a postura de alguns correligionários. “O Paulo Rubem defende que a gente vá para uma linha de oposição, os deputados já são contrários a essa discussão, mas é algo que tem que ser discutido internamente para termos essa definição”, ponderou. 

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Ele também separou o intuito da reaproximação do PSB com a eleição local no Recife. “A eleição municipal ela trata muito o foco de cada cidade e cada um tem que respeitar. O partido existe para ter candidatos, se cada partido quiser obrigar os outros de não ter candidatos aí acaba os partidos. Essa questão das capitais é uma diretriz nacional e não dos Estados, e só onde não tiver nomes é que não vamos lançar, e Paulo, desde da outra vez reivindicou que não houve esse compromisso com a nacional e agora há. Se ele quiser será candidato”, reconfirmou. 

Reunindo o diretório estadual para tratar de pautas internas e eleitorais, o pedetista também comentou sobre a convenção estadual da legenda. “Eu já tive hoje aqui uma conversa prévia e cerca de 100 municípios já podem fazer as convenções municipais, porque para fazer a convenção estadual, primeiro você tem que fazer a municipal. Então, iremos dar um prazo máximo de 90 dias para que essas convenções sejam realizadas, e logo depois, mês seguinte, nós fazemos a estadual”, contou. 

Encontros com prefeitos – Na vinda de Lupi ao Recife estava marcada também, uma reunião com Geraldo Julio, mas como o socialista está em Brasília a conversa será realizada nesta terça (9). “Não será mais aqui. Ele ficou com alguns compromissos em Brasília e eu vou conversar com ele amanhã, vou está lá e a gente combinou de conversar lá, mas a conversa é a reaproximação com uma conversa com os dirigentes do PSB tanto Geraldo, como o governador, como que eu tive há duas semanas com Rollemberg, o governador de Brasília. É um pouco a reaproximação de dois aliados históricos. É um pouco o campo nacional que eu estou tratando”, sinalizou. 

Ainda em Pernambuco, a última agenda de Carlos Lupi hoje será em Olinda numa reunião com Calheiros. “Renildo é meu amigo de muitos anos. Foi deputado comigo, trabalhou na revisão constitucional, é um diálogo franco com quem eu tenho profundo respeito e amizade, e claro: tudo gira em torno da política e das eleições e possíveis alianças. Já somos aliados hoje”, detalhou o presidente nacional. 

De olho nas articulações políticas a nível local e nacional para as eleições de 2016, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou nesta segunda-feira (8), o nome do atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem (PDT), como pré-candidato à Prefeitura do Recife no próximo ano. Com encontro marcado na tarde de hoje com membros da Executiva Estadual na capital pernambucana, o pedetista também garantiu entrar na disputa eleitoral em Jaboatão dos Guararapes e mais outras 38 cidades pernambucanas.

Segundo o líder nacional, a proposta do partido em Pernambuco é lançar candidatura própria. “A nossa ideia na capital é ter candidatura própria e o nome mais cotado é de Paulo Rubem. Se ele realmente quiser ser candidato a prefeito será”, anunciou.

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Questionado se a vinda a Pernambuco visava garantir uma aliança com o PT para as eleições de 2016, o presidente pontuou a importância de apoios. “Para ele (Paulo Rubem) conseguir o apoio do PT, do PTB, será até uma reciprocidade ao PTB apoiá-lo e terá toda a nossa simpatia e apoio, porque isso é uma diretriz que a nacional já tirou: uma candidatura própria. Só não será se ele não quiser”, cravou.

Outra cidade que participará da corrida eleitoral pelo PDT é Jaboatão dos Guararapes. “Em Jaboatão alguns vereadores conversaram comigo já faz algum tempo. O ex-presidente da Câmara, o Neco, é amigo de amiga nossa do diretório nacional e conversou comigo para ser candidato a prefeito lá em Jaboatão. Eu conversei com Wolney, ele se empolgou com essa ideia e hoje ele não esteve aqui porque o pai da esposa está muito mal no hospital, mas já afirmou, e eu estou vendo se fazer um time bom lá. Um time para ganhar e o Neco será nosso candidato a prefeito porque nossa prioridade é de que cidades que tenham dois turnos teremos candidato”, revelou. 

Ainda sobre eleição, Carlos Lupi deseja mais que dobra o número de prefeitos pedetistas que atualmente são apenas 11. “Estamos costurando várias (cidades). Dos 100 municípios que nós estamos fazendo convenções pelo menos 40 ou 45 teremos candidatos a prefeito e isso se aproxima porque já temos 11, e nossa intenção é mais que dobrar nosso número de prefeitos aqui”, contabilizou. Além da reunião da Executiva Estadual, o líder nacional ainda vai conversar com o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), nesta segunda. 

 

 

 

 

 

Cumprindo uma agenda intensa em Pernambuco, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, almoçou com o governador Paulo Câmara (PSB), nesta segunda-feira (8). Na pauta do encontro estiveram temas como os desafios de Pernambuco e do Brasil para os próximos anos.

Além do líder nacional, também participaram da conversa o secretário estadual da Casa Civil, Antônio Figueira, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa, e o deputado federal e presidente do PDT em Pernambuco, Wolney Queiroz.

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Ainda nas atividades de hoje, Lupi participará de uma filiação de vereadores de Jaboatão dos Guararapes para o PDT logo mais às 16h, terá uma reunião com a Executiva Estadual às 17h e posteriormente rá com o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), às 19h. 

Após um fim de semana de conversas entre a cúpula nacional do PSB, o governador de Pernambuco e vice-presidente do partido, Paulo Câmara, afirmou, nesta segunda-feira (8), que a legenda socialista quer firmar parcerias com o PPS, mas também observa a necessidade de rediscutir a fusão e deixar a concretização do processo “mais para frente”. De acordo com ele, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai se reunir com o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire, e outros membros dos partidos nesta semana para tratar dos desdobramentos do assunto. 

“O partido está unido, todos entendendo da necessidade de se rediscutir essa questão do processo de fusão. Esta semana vai ter alguns desdobramentos do processo lá em Brasília, o presidente Carlos Siqueira deve se encontrar com representantes do PPS para que a gente possa definir (o adiamento efetivo do processo)”, frisou o governador, após a cerimônia de posse dos membros do Conselho Estadual de Direitos Humanos. “A gente quer ter políticas juntas (com o PPS), mas com esse processo de fusão sendo mais discutido com os estados e ficando um pouco mais para frente”, acrescentou. 

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Questionado sobre a possibilidade do adiamento do processo gerar algum desconforto interno – principalmente com o vice-governador de São Paulo, Márcio França, que esteve à frente das negociações –, o governador voltou a pontuar a unidade da legenda e destacou que as conversas em torno da fusão vão continuar acontecendo para que as divergências entre o PSB e o PPS sejam superadas. “As conversas com o PPS continuam é apenas o momento de abranger mais o debate. Temos mais convergências do que divergências e precisamos mesmo aprofundar o debate para superar qualquer tipo de divergência que possa ocorrer. É isso que vai se fazer em 2015 e 2016”, conjecturou.

Encontro com Carlos Lupi – O governador encontra no início da tarde desta segunda-feira com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que está em Pernambuco para um encontro com a direção estadual pedetista. Apesar de não compor a base aliada de Paulo Câmara, o PDT integra, em alguns municípios, o hall de aliados do PSB, entre eles Caruaru, no Agreste.

Na cidade, inclusive, há instalada uma pré-disputa pelo apoio de Câmara para as eleições municipais de 2016. Nos bastidores, conta-se com, no mínimo, três aliados que pretendem disputar o pleito: os deputados federal Wolney Queiroz (PDT) e estaduais Raquel Lyra (PSB) e Tony Gel (PMDB). 

“Está muito cedo para conversar sobre 2016. Tenho um amplo palanque em Caruaru, a gente quer na verdade é ajudar Caruaru para que a cidade ajude o Estado. Estamos conversando com todos os atores. Tanto a deputada Raquel Lyra, quanto Tony Gel e Wolney Queiroz são pessoas que eu respeito muito”, observou o governador ao ser indagado se a disputa pelo Executivo de Caruaru em 2016 estava na pauta da conversa com Lupi. Os dois almoçam juntos neste momento. 

Integrante da base da presidente Dilma Rousseff, a bancada do PDT na Câmara divulgou nota na qual critica o aumento da taxa básica de juros e reafirma sua oposição contrária ao "receituário neoliberal" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

O comunicado é assinado pelo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), que lamenta a nova elevação da Selic pelo Banco Central, desta vez para 13,75% ao ano. "Já não há mais como esconder que a opção do governo em render-se ao mercado financeiro se mostra definitiva", argumenta o parlamentar.

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Mesmo no controle do Ministério do Trabalho, o PDT se opôs de forma ferrenha, no Congresso, às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas. Durante a tramitação na Câmara, o partido fechou questão contra as propostas encampadas pelo Palácio do Planalto e votou em peso para tentar derrubá-las. Elas acabaram sendo aprovadas pelo Legislativo e foram enviadas para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Figueiredo alega que cada vez mais a política do segundo mandato da petista se "identifica com governos passados que mantiveram o Brasil em longos períodos de recessão e aprofundaram a desigualdade e a exclusão social". "A recente aprovação das MPs 664 e 665 - que cortam e limitam o acesso ao seguro desemprego e cortam a pensão das viúvas - e os cortes no orçamento de 2015 que inviabilizam os investimentos e até a manutenção da infraestrutura da educação, saúde e programas sociais, confirmam isso", acrescenta o pedetista.

O deputado afirma ainda que o PDT vai continuar caminhando "na contra-mão" da atual política econômica. "Cada vez mais o PDT expressa sua oposição a Joaquim Levy e seu receituário neoliberal. Definitivamente, não somos iguais e não caminharemos juntos."

Divergência

Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Figueiredo disse que o PDT, embora da base, não vai abrir mão das críticas à política econômica do governo. "Queremos divergir por dentro", disse. "É uma reafirmação de como consideramos absurda a política econômica do ministro Levy, que não tem efeito nenhum a não ser agradar o mercado financeiro."

"O que mais nos assusta é saber que eles aumentam em meio ponto porcentual (a taxa Selic) e dizem que não vai parar por aí. O único segmento que vibra com isso é o sistema financeiro", pontuou. Figueiredo defendeu ainda que o Congresso aprove alguma legislação que "freie o absurdo que está acontecendo na economia" do País.

Movimento social e política deixaram de andar juntos há um tempo. Atrelar as bandeiras hasteadas pelos dois segmentos antes era visto como positivo, mas hoje é sinal de descrença. No Recife, as defesas do Movimento Ocupe Estelita – conhecido por ser contra a implantação do Plano Urbanístico do Cais José Estelita, no bairro de São José – têm se misturado aos pleitos políticos das bases da oposição e do governo. Para uns a movimentação é positiva, no entanto outros veem como a politização do grupo que surgiu inicialmente em defesa das pautas da cidade. 

Sob a ótica do vereador Wanderson Florêncio (PSDB), por exemplo, o Movimento, apesar de lutar por uma causa justa, tem atuado de “forma politiqueira” nos últimos dias. “O Ocupe Estelita deixou de ter um caráter construtor e passou a ter um sentimento mais político”, cravou. “Uma bola fora do Movimento foram os últimos acontecimentos, como o protesto no Shopping e na casa do prefeito. Perderam o rumo inicial, que eu considero como positivo, pois eles surgiram chamando a atenção ao projeto do Novo Recife e conseguiram que ele fosse modificado”, acrescentou, avaliando.

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Mesmo acreditando no caráter mais político do grupo, o tucano defendeu que não é possível estereotipar o Ocupe. “Defendo qualquer tipo de movimento e manifestação social, mas o Ocupe Estelita perdeu a essência. A gente não pode generalizar, é claro. Acredito que 90% estão indo pela causa da cidade, mas os líderes do movimento, sabemos, têm envolvimentos político-partidários. A minoria termina manchando o sentimento da maioria”, argumentou o parlamentar. 

Rebatendo o posicionamento do colega, a vereadora Isabella de Roldão (PDT) grifou que “todo movimento social faz política”. “Acredito que tentam deturpar o Ocupe Estelita e as bandeiras carregadas por ele, querendo misturar isso com as bandeiras partidárias”, observou. “O que as pessoas querem é deteriorar o movimento. Essa discussão é muito séria e vão dizer que quem chegar junto é aproveitador. O político que chegar junto e lutar pela causa vai ser visto como um político interesseiro (...) A única falha que o movimento tem é de não ter existido há 30 anos”, acrescentou a pedetista, que tem endossado as lutas do Ocupe Estelita. Ela inclusive assina uma petição de nulidade da Lei que estabelece o Plano Urbanístico da área. 

A visão de deturpação pregada por Isabella de Roldão é corroborada por integrantes do Movimento. Para a advogada do grupo, Liana Cirne, as pessoas que acusam o movimento de atuar com interesses políticos posteriores querem “desqualificar a luta pela causa”. Segundo ela, o Ocupe é um “movimento em defesa da cidade e do direto da cidade, pela nossa paisagem cultural, o conforto ambiental, estadia e qualidade de vida”. 

“Política era para ser uma coisa bonita, mas esses políticos com ‘p’ minúsculo mancharam a reputação do segmento e, por isso, hoje dizer que o movimento tem um sentimento político é negativo. Essas pessoas (que taxam o movimento) emporcalham a política e não conseguem entender o porquê de recebermos simpatia e apoio de muitos. Nós que não temos cargos fazemos política com ‘p’ maiúsculo para os filhos, netos e gerações não nascidas”, argumentou a advogada.

Segundo Liana, o Ocupe Estelita virou uma “luta de todo o Brasil” e muitos querem “retirar o mérito desta luta que não é partidária”. “Quando iniciamos esta luta pelo Cais José Estelita, o governo era do PT, fizemos criticas contundentes. Vamos nos aliar a qualquer proposta que seja decente para o Cais José Estelita e o Recife (...), vamos reconhecer o mérito de quem nos oferecer soluções e criticar qualquer um que defender o Novo Recife, não importa a legenda”, cravou. “Gostaria de ter o prazer de aplaudir Geraldo se ele reconhecesse as irregularidades e a nulidade do Plano Urbanístico, o que é possível, pois já foi proposta uma ação civil pública. E se ele se dispuser a absorver de fato as sugestões da sociedade”, acrescentou.

O diretório nacional do PDT aprovou nesta sexta-feira, 15, posição de "independência" em votações do ajuste fiscal, mas adiou a decisão de eventualmente deixar a base de apoio ao governo Dilma Rousseff (PT).

Após a reunião, realizada no Rio, o presidente do partido, Carlos Lupi, afirmou que "a saída é bem provável, se o governo continuar nesse rumo". Ele definiu o resultado como "desquite amigável".

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Na reunião, os 250 integrantes diretório delegaram para a executiva do partido, que reúne 40 pessoas, a decisão sobre continuar ou não no governo petista - o PDT ocupa o Ministério do Trabalho. A próxima reunião da executiva deverá ocorrer em um mês.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que defendeu a saída imediata, afirmou após a reunião que "não dá para ficar nesse governo". "A tendência é sair, só estamos discutindo o momento." Os senadores do PDT já haviam votado contra a proposta do governo Dilma de restringir o seguro desemprego e outros benefícios. A executiva do PDT deverá se reunir novamente daqui a um mês.

Apesar de Buarque ter afirmado que a decisão será tomada em um mês, Lupi disse que não há prazo definido. "O que está claro é que não vamos seguir o governo em votações nas questões que firam os nossos princípios. O governo tem que dizer qual é o campo que ele quer. Se vai continuar arrochando salários e diminuindo direitos do trabalhador ou se vai querer ir em cima dos bancos, que têm lucros exacerbados", disse o presidente do PDT.

Segundo Lupi, criou-se um consenso no partido das dificuldades de continuar apoiando o governo se ele não rever suas posições. "Se o governo achar que a nossa companhia por causa dessas votações está incomodando, vamos seguir o nosso rumo." Para Buarque, o PDT passou um recado claro de que não está com o governo Dilma. "Estamos perdendo o tempo de formular nossas propostas. Vamos nos reunir outra vez daqui a um mês. Se a decisão for tomada, vamos entregar os cargos."

A bancada do PDT tomou a posição que acha "a mais correta" na votação da Medida Provisória 665, que altera as regras de concessões de seguro-desemprego e abono salarial, e tem "autonomia para isso", disse ontem, 8, o ministro do Trabalho, Manoel Dias. Na votação de quarta-feira, todos os deputados do PDT, partido da base desde o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, votaram contra a MP, essencial para o ajuste fiscal.

Após participar de evento comemorativo aos 70 anos do fim da 2.º Guerra Mundial, no Rio, o ministro negou haver constrangimento com a decisão dos deputados do PDT."Quando aceitamos ingressar no governo, ainda no governo Lula, o partido colocou que iria participar de um governo plural e que o PDT tem suas causas pétreas e não iria renunciar a ela. O presidente Lula entendeu como uma posição partidária."

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A votação dos pedetistas foi entendida como indicação de que o partido poderá caminhar para a oposição, já que o caso se soma à recente declaração do presidente da sigla, Carlos Lupi, de que o PT "roubou demais". Na ocasião, o ex-ministro do Trabalho cobrou mais espaço dentro do governo. "Eu não quero um pedaço de chocolate para brincar como criança que adoça a boca. Eu quero ser sócio da fábrica, eu quero ajudar a fazer o chocolate", declarou em encontro com correligionários na semana passada, em São Paulo.

O atual titular da pasta relativizou, porém, a piora do mercado de trabalho, apontada pela alta da taxa de desemprego de 6,5% para 7,9% no primeiro trimestre deste ano, como revelou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o ministro, a crise política afeta a econômica. "Quanta gente está postergando a compra de um automóvel, de um apartamento? Investimentos que deveriam ser feitos não foram. Tivemos uma crise na maior empresa empregadora e investidora do País, que é a Petrobrás, mas ela está já voltando ao seu controle", disse o ministro.

Desestabilização

Segundo Dias, há setores querendo desestabilizar o governo com a crise política. "Nós que somos do PDT, que viemos do antigo PTB, conhecemos toda essa história. Fizeram com (o ex-presidente Getúlio) Vargas e com o presidente João Goulart a mesma coisa. Mudam os atores, mas o palco é o mesmo. Querem agora desestabilizar o governo da presidente Dilma, que foi eleita democraticamente, está aí com três, quatro anos de governo e está adequando o País a um novo momento."

Dias prevê melhora da economia no País no segundo semestre deste ano. "Todo ano, os primeiros meses do ano são os meses mais difíceis. A retomada chega no auge lá pelo mês de agosto", concluiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tudo indica que o PDT está caminhando para a oposição. Depois de o presidente do partido, Carlos Luppi, ter dito que o PT "roubou demais", o PDT na noite desta quarta-feira, votou em massa contra a Medida Provisória 665, o que desagradou profundamente o governo. Esse gesto, dizem interlocutores do Planalto, poderá custar o Ministério do Trabalho, ocupado pelo pedetista Manoel Dias. "Foi um sufoco, mas vencemos", comentou um assessor palaciano, ao lembrar que nesta quinta-feira as votações prosseguem e será preciso manter a base mobilizada.

Sem contar com os votos do PDT e de dez petistas e de 13 peemedebistas, o governo só respirou aliviado porque o texto recebeu apoio de oito deputados do DEM que, depois de terem participado de almoço com Michel Temer, nesta quarta-feira, votaram com governo pelo ajuste fiscal. Temer também conseguiu apoios no PV, que não é da base aliada, e resgatou dissidentes do PP.

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Mas, agora, o governo deverá cobrar do PDT, que votou em massa contra o governo na MP 665.

O vice-presidente Michel Temer, coordenador político do governo, permaneceu em seu gabinete, no Planalto, até o final da votação, acompanhando passo a passo a votação no Congresso. Embora o placar das aprovações não tenha sido dos mais folgados, Temer comemorava o resultado, ao lado dos ministros Eliseu Padilha, da Aviação Civil, e Henrique Eduardo Alves, do Turismo, e fez questão de ligar para vários parlamentares agradecendo seus votos.

Até o fim desta segunda-feira (27), a Ordem dos Advogados do Brasil seccional Pernambuco (OAB-PE) deve recorrer à Corte Especial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) contra a queda da liminar que suspendia o quinto mandato de presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), do deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT). De acordo com informações da assessoria de imprensa, a equipe jurídica da OAB-PE está finalizando os últimos detalhes do recurso para encaminhá-lo ao TJPE. 

>> "Vou assumir a sexta vez", ironiza Uchoa após queda da liminar

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A liminar que afastou Uchoa do cargo foi expedida pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública do Recife, Mariza Silva Borges, no último dia 16. No entanto, quatro dias depois o presidente do TJPE, desembargador Frederico Neves, derrubou a decisão. No texto, Neves justificou que suspender o mandato de Uchoa como presidente da Alepe “não se mostra minimamente razoável (...) sem que tenha havido, sequer, oportuna impugnação à candidatura respectiva, por quem quer que seja”.

O dilema entre a OAB-PE e o deputado Guilherme Uchoa iniciou em janeiro, antes mesmo da eleição dele para o quinto mandato. O colegiado considera inconstitucional a recondução de um paramentar para o mesmo cargo na Mesa Diretora da Alepe por mais de duas vezes. A ótica da OAB-PE também se estende ao deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC) que foi eleito, pela terceira vez, para a 4ª secretaria da Casa. 

Após tomar posse como deputado estadual, Manoel Boatefogo (PDT), encontrou-se, na noite dessa quarta-feira (22), com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Palácio do Campo das Princesas. Apesar de compor naturalmente a bancada de oposição - por ter sido eleito pela coligação Pernambuco Vai Mais Longe do PT, PTB e PDT - uma das primeiras atitudes do novo parlamentar foi travar um canal de diálogo com o governador. Ele assume a cadeira deixada pelo deputado Manoel Santos (PT), falecido no último domingo (19). 

Manoel Botafogo foi a sede do governo acompanhando pelo ex-deputado estadual, Botafogo Filho (PDT). Também participaram do encontro os secretários estaduais Antônio Figueira (Casa Civil), Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico), André Campos (secretário-executivo de Articulação Política), além do líder do Governo na Alepe, Waldermar Borges.

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