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Que uma boa parte da população defende Luiz Inácio Silva da Lula das acusações que envolvem o seu nome chegando a estar em primeiro lugar nas pesquisas entre os favoritos para ser presidente do país, isso não se pode negar. No entanto, muito menor é o número dos que aderiram a uma iniciativa vista por muitos críticos como fanatismo: participar de vigília, ou seja, militantes que dormem em plena praça pública [ou outros locais] com o único objetivo de mostrar solidariedade ao ex-presidente. 

Esse foi o caso de diversos grupos de movimentos, organizações populares, militantes em geral que se reuniram na Praça Tiradentes, no bairro do Recife, em frente ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), na terça-feira (23), em um ato público que contou com a presença de políticos e lideranças petistas. Apesar de um número bem menor, se comparado com outros estados, os que ali vão acampar querem mostrar que Lula “não está sozinho”. A vigília foi denominada “Eleição sem Lula é Golpe”. 

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Os manifestantes se viram de todo jeito. Em um espaço, umas poucas cabanas montadas para fazer vigília em ao ex-presidente. Em outro local da praça, grupos de jovens se reúnem para discutir o tema envolvendo Lula. Em outra área coberta, uma fila extensa é perceptível onde os presentes recebem pão e outros acompanhamentos para o jantar. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, Pedro Henrique, secretário da Juventude do PT-PE, contou que o esforço vale a pena porque mostra a “resistência” da Frente Brasil Popular, da esquerda, e do próprio partido em relação ao processo contra Lula. “É um processo arbitrário e, por isso vamos ficar e daqui vamos continuar resistindo até segunda ordem. Vamos estar na praça mostrando o nosso apoio e a nossa resistência contra esse processo contra Lula, que merece a reação popular. É isso que estamos fazendo aqui". 

O secretário garantiu que Lula é inocente. “Não há nenhuma prova contra ele, nem de que ele é proprietário do apartamento, nem de que ele usufruiu do apartamento, então ele é inocente. Só isso já nos dá ânimo para estarmos aqui defendendo a Constituição e defendendo alguém que é inocente e que está sendo condenado sem prova”, disse. 

Uma noite de espera

A militante da Juventude do PT Raissa Rabelo salientou que a noite será de reflexão e de espera. Ela também disse não se importar com a chuva e com os contratempos de não estar em casa. “Nós temos barracas, lonas e bancos. Só da Juventude são cerca de 50 pessoas que aqui irão dormir, fora o pessoal do sindicato, dos movimentos de moradia e sem terra que vão ficar aqui para acompanhar todo o julgamento. Vale muito a pena porque não é só uma questão de Lula, é a questão da democracia porque todos os dias estão sendo retirados direitos nossos e a gente está se acostumando com isso, mas não podemos. Estamos cansados, a lei precisa ser respeitada”. 

“Apesar de sabermos que a gente sabe de como anda o Judiciário brasileiro corrompido feito os outros poderes, mas estamos aqui no intuito de pressionar mesmo para que eles não levem na brincadeira não porque toda ação tem uma reação. Se quiserem legitimar o golpe que vem desde o impeachment fraudado do povo, a reação será o povo nas ruas”, avisou Raissa. 

O diretor de Assistência Estudantil da União dos Estudantes de Pernambuco, Vinicius Soares Ferreira, também mobilizou pessoas para aderirem à vigília. “Para que possamos defender o presidente Lula porque está acontecendo uma perseguição contra Lula. O que está em curso é um golpe articulado com setores da política brasileira que são conservadores e comandados pelo capital estrangeiro, que não querem que Lula seja presidente porque Lula representa um projeto popular, um projeto de um país governado pelo povo e para o povo. Eles não querem que esse projeto seja concretizado nas urnas”. 

 

Vinicius ressaltou que participam da vigília “várias forças políticas”, que se somam à luta em prol da democracia e para que Lula seja candidato. “Este momento serve para que fiquemos mais unidos já que amanhã vai acontecer o que a gente entende que é o momento mais crucial do ano, que é o julgamento, que vai decidir os caminhos para 2018. A ideia é que amanhã de manhã todos já estejam mobilizados aqui para poder acompanhar o julgamento e aí tirar as deliberações para como a gente vai reagir a partir da decisão desse julgamento. Claro que vale a pena não só por Lula, mas pelo que ele representa: um projeto de sociedade que todos nós defendemos”, contou. 

Apesar de o julgamento envolvendo Lula acontecer apenas na quarta-feira (24), em Porto Alegre, movimentos sociais já começaram a montar acampamento na cidade. A capital pernambucana também vai se juntar aos atos em favor do ex-presidente, nesta terça-feira (23), com a vigília nacional denominada “Eleição Sem Lula é Golpe”. A manifestação acontece a partir das 16h, na Praça Tiradentes, em frente ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), no bairro do Recife. 

Petistas e grupos pró-Lula estão convocando o povo para participar das mobilizações. Nesta segunda-feira (22), a deputada estadual Teresa Leitão (PT) também fez o convite aos pernambucanos. “O que Lula quer é provar a sua inocência e é também o que querem milhões de brasileiros e brasileiros. Não deixe de ir. Nós vamos começar com um ato político- cultural, nos reunindo exigindo que a Justiça seja feita”, explicou. 

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A deputada falou que todo o julgamento será acompanhado na rua. Está marcado, na quarta (24), um café da manhã que está sendo chamado de “Os inocentes com Lula”, que também acontece na Praça Tiradentes, a partir das 8h. “Ninguém pode ser condenado sem provas. E se não existem provas é porque não existe crime. Todo esse processo contra Lula está cheio de equívocos jurídicos e a Justiça não pode ser politicada nesse nível. Aqui, no Recife, conectado com todo o Brasil, nós vamos fazer esse grande ato em defesa de Lula, em defesa da democracia e pelo direito de Lula ser presidente”, reiterou Leitão. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico-Cultural, recomendou à Prefeitura do Recife que retire os animais expostos no Parque 13 de maio, localizado na área central da capital. O argumento é de que os animais estão expostos a sons e ruídos altos constantemente, o que prejudica o bem-estar deles e pode configurar crime ambiental.

A recomendação pede que os animais sejam encaminhados para unidades licenciadas de acolhimento e reabilitação de animais para retornarem aos seus habitats naturais. A prefeitura e a Autarquia de Melhoramento e Limpeza Urbana (Emlurb) têm prazo de seis meses para encaminharem os animais à Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).

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De acordo com o MPPE, caso não seja possível a devolução dos animais à natureza, devem ser providenciados espaços adequados para a permanência deles nas unidades de acolhimento. A prefeitura tem até cindo dias para informar se acata ou não a recomendação. O não cumprimento pode ser configurado como conduta omissiva ou comissiva, resultando em infração.

"O barulho decorrente da movimentação, em eventos realizados no parque, ultrapassa os limites permitidos pela legislação ambiental vigente, colocando a saúde e bem-estar dos bichos em risco", disse o promotor de Justiça Ricardo Coelho. As jaulas dos animais também não ofereceriam espaço suficiente para  vida em cativeiro, uma vez que não preservam as condições de vida das espécies. 

Lei - A Lei Estadual n° 14.639/12 dispõe sobre a proibição da permanência de animais silvestres, selvagens ou exóticos em ambientes de clausura nas praças, parques ou espaços urbanos. O texto aponta que os ambientes de clausura são proibidos quando localizados em praças e demais situados em áreas com registro de elevada densidade demográfica.

Em 2015, o prefeito Geraldo Julio sancionou a Lei 18.143/2015, que proíbe a exposição de animais em parques do Recife. Na época, já houve acusações de que, apesar da lei, os animais permaneciam sendo mantidos no Parque 13 de Maio.

Alunos do segundo semestre de Letras, com habilitação em Língua Portuguesa, da Universidade da Amazônia (Unama), tiveram uma aula de Libras (Língua Brasileira de Sinais) diferente na última segunda-feira (6). A aula que deveria ocorrer em sala foi levada para a Praça Batista Campos, onde os alunos tiveram a oportunidade de praticar a Libras com alunos surdos da Universidade Estadual do Pará (UEPA). A professora Silvany Santos, da Unama, coordenou o trabalho.

A turma foi dividida em três grupos. Cada um acompanhava os alunos surdos convidados Júlio Maia, Nathália Hermes e Edilaine Correia, que cursam o segundo semestre de Libras.

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Para Evander Santos, aluno do segundo semestre de Letras da Unama, participou da aula de Libras ao ar livre. “Participar dessa aula representa a inclusão que muitas vezes passa despercebida por muita gente. Com o recente tema do Enem eu pensei que muita gente iria se dar mal porque muitas pessoas não sabem que os surdos existem, e eu fiquei pensando em todas as aulas de Libras que eu tive”, contou Evander.

O acadêmico disse que durante a aula percebeu que os colegas de classe se empolgaram e ficaram ainda mais interessados em aprender a língua de sinais. “A minha avalição da aula é muito boa, porque as pessoas ficaram curiosas, meus colegas de classe perguntaram mais, coisas que eles não fazem em sala de aula. Então essa aula trouxe e aflorou a curiosidade em muitos que ainda não tinham”, conta.

Libras, reconhecida desde 2002, pela Lei nº 10.436, em 2005 foi instituída como obrigatória em cursos de licenciatura e fonoaudiologia. A professora Silvany Brasil informou que as aulas práticas são pensadas antes do semestre começar, sempre visando metodologias em que o aluno possa ter uma vivência amplificada. “Como temos uma carga horaria prática para essa disciplina, a gente pensa em atividades fora de sala de aula, onde os alunos possam viver essa prática que a gente aprende na teoria. Então eu entrei em contato com alguns alunos surdos da UEPA, para eles aprenderem no contato com os surdos, perguntando e aprendendo novos sinais em uma conversa de forma mais tranquila”, explicou Silvany.

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2017, "Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", provocou  debate sobre a inclusão e visibilidade de pessoas surdas no Brasil. Alunos e profissionais passaram a refletir sobre a importância do aprendizado da Libras em universidades e escolas de todo o país.

A Unama conta com um núcleo especializado que atende e acompanha os alunos surdos da instituição durante toda a sua graduação. Atualmente cerca de nove alunos surdos estão matriculados em diversos cursos. Para cada um são disponibilizados um tradutor/intérprete de Libras, adaptação de material didático e planos de aulas. 

Por Ariela Motizuki.

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Paz, calma e autoconhecimento são os benefícios adquiridos pelos alunos que praticam Tai Chi, todas as manhãs de sábados, na praça Batista Campos. Os benefícios são muitos: recuperação do condicionamento físico, da saúde, melhoras cardiovasculares e respiratórias. Os movimentos são indicados para qualquer idade, sem restrições.

Jessica Teixeira, estudante de Psicologia, conheceu o grupo pela internet e conta sobre a sua experiência durante a primeira aula de Tai Chi. “É minha primeira vez e pretendo vir várias vezes. Gostei bastante, a sensação que eu tive foi de ter esquecido todos os meus problemas lá de fora, e me concentrei em mim”, disse Jessica.

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Sandra Lubia, mestra de Tai Chi há 15 anos, explica como a musculatura do corpo é trabalhada durante os movimentos. “Os movimentos do Tai Chi são suaves, e ao mesmo tempo intensos porque você faz exercícios em apenas uma perna e ali trabalha a massa muscular e óssea”, explica a mestre.  “Ao mesmo tempo em que o aluno não perde o equilíbrio, ele centra no seu próprio corpo. Então, na verdade, o Tai Chi é o exercício mais completo que eu conheço”, completou.

A arte marcial Tai Chi Chuan é originada da China e atualmente se tornou uma prática de equilíbrio físico e mental. “O Tai Chi Chuan foi criado, inicialmente, como uma forma de luta na China. Porém, foi usado pelos hindus com o objetivo de meditação e cura. A arte trabalha mente, corpo e espírito em conjunto. Essa é a característica do Tai Chi que hoje vigora, já não como apenas luta. É usado como uma terapia meditativa e uma prática corporal", explicou a mestra. A mestra Sandra explica também a diferença entre Tai Chi e Tai Chi Chuan. “A diferença é que quando se fala em Tai Chi não se pratica a luta, só a prática por si mesma”, disse.

Sumaia Pinheiro, professora de História, está grávida de sete meses e conta como foi a experiência para ela e para o bebê durante a aula. "Gostei muito da aula, é uma sensação de calma, apesar de achar os passos bem complicados porque é minha primeira vez, mas é bem relaxante. É bom para o meu bebê, estou com sete meses", afirmou.

A ideia de ministrar aulas de Tai Chi na praça Batista Campos partiu do filho de Sandra. Foi ele quem alertou a mestra sobre os benefícios. "Foi o meu filho que me deu a ideia. Porque ele me fez ver que em Belém ainda não existia o Tai Chi. Além disso, as pessoas que mais precisam não têm condições financeira. Então viemos para a praça. Há uma troca de benefícios", afirmou Sandra.

Serviço

As aulas da mestra de Tai Chi Sandra são gratuitas e as inscrições podem ser feitas pela página do facebook: "Tai Chi-Meditando em Movimento". As aulas acontecem todos os sábados do mês, às 8h30, na praça Batista Campos, em Belém.

Por Maria Clara Silva e Kalylle Isse.

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Os alunos de Engenharia Ambiental e Núcleo de Resíduos da Universidade Guarulhos (UNG) realizam nesta sexta (15) e sábado (16) a “Ação Tropical” em Guarulhos e em Bertioga. O objetivo é trabalhar as questões do meio ambiente e preservação ambiental, conscientizando a população e os usuários de praias e praças da importância de manter esses locais limpos e organizados.

Na sexta-feira a ação será realizada em Guarulhos nas Praça Getúlio Vargas, Praça dos Estudantes, Praça Capitão Alberto e Praça IV centenário, e conta com a parceria do serviço de limpeza de Guarulhos, a Proguaru.

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Em Bertioga a ação ocorre no sábado, na praia Riviera de São Lourenço, no centro da cidade, e conta com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente do município.   

Nas duas cidades, os alunos vão participar da limpeza pública e distribuir sacos para recolhimento de lixo.

A “Ação Tropical” acontece das 8h às 15h nos dois dias.

Mais informações no telefone 2464-1151.

A praça Batista Campos, na região central de Belém, será palco, neste fim de semana (10 e 11), de mais uma feira gastronômica do Festival Brasil Sabor, que é realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e segue com agenda aberta na capital paraense até o dia 18 de junho. Essa é a 3ª grande feira gastronômica realizada pelo Brasil Sabor que, além de movimentar a economia de Belém, objetiva proporcionar um encontro de pessoas.

“As feiras têm sido muito importantes para fazer o segmento chegar mais próximo do consumidor final. É uma troca, um ganho tanto da população que poderá ver de perto as produções, quanto para os chefs dos restaurantes que mostrarão o trabalho realizado”, afirma a presidente da Abrasel, Rosane Oliveira. Quinze restaurantes participarão do evento com produção de iguarias inéditas que serão vendidas por preços acessíveis. “Os produtos serão comercializados na Praça por preços bem em conta com o intuito de favorecer a todos e para que, principalmente, a população participe”, diz a presidente da Abrasel.

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Além da venda de iguarias, a programação conta com shows das cantoras paraenses Yanna Cardoso, que se apresentará no sábado, a partir das 12 horas, e Renata Del Pinho, que comandará a animação do público no domingo, também a partir das 12 horas.

Com a realização da feira gastronômica na praça, Belém se iguala às outras grandes cidades que promovem ações voltadas à gastronomia. "O festival tem sido uma grande experiência para a nossa cidade. Com ele, podemos mostrar a grande riqueza e criatividade de nossas raízes gastronômicas. Temos aqui o que não se encontra em outros Estados e precisamos enaltecer isso", diz Rosane.

Os restaurantes que participarão da atividade são: Engenho do Dedé ; Nayah; Don Vino; Famiglia Sicilia; Eti Mariqueti; Tucuruvi; DomNato; Old School; Gratto; Casa Mia; Saldosa Maloca; Point do Açaí; Tapioquinha da Amazônia; Toró e Lacitatá.

Serviço 

Evento Pocket Brasil Sabor

ONDE: Praça Batista Campos, no Centro de Belém.

HORA: 11h às 16h.

Por Alberto Dergan, da assessoria do evento.

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As noites de quinta-feira são diferentes na praça do Operário, em Belém. Pontualmente às 19 horas, moradores de rua se reúnem para assistir às apresentações de atores do Teatro Águia. Enquanto tomam o sopão doado pelos integrantes do grupo cênico, os espectadores ouvem histórias que falam do dia a dia, de problemas relacionados a uso de drogas, violência e prostitução, mas o objetivo principal das apresentações é conscientizar as pessoas em situação de risco e garantir conforto e paz. Nem que seja por alguns minutos.

As apresentações teatrais e a doação de alimentos fazem parte do projeto Teatro Águia nas Ruas, realizado há sete anos ininterruptos. O grupo formado pela teóloga Márcia Sarah, seus dois filhos e a nora interpreta Jesus, Satanás, pessoas em situação de risco e outros personagens para contar histórias. Na última apresentação, no dia 11 de maio, em São Brás, os atores falaram sobre os malefícios do uso de drogas ilícitas.

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Estudante de jornalismo e filho de Márcia, Lucas Sarah diz que aquelas pessoas precisam de impacto, de algo que choque a realidade deles. Foi surgiu a ideia de usar o teatro para que eles possam se ver naquela cena. “Quando tivemos o desejo de fazer peças lá, não queria levar apenas cultura ou um espetáculo, queria que eles vissem tudo aquilo que pastores, padres e ONGs falam a eles, que aquilo não era vida, que o contato com as drogas poderia matá-los”, conta o ator.

Segundo Márcia, a cidade só enxerga essa parcela da população pelo vidro do carro ou do ônibus, como se fossem pessoas distantes, fora da realidade de suas vidas. “Eles são muitos e estão em diversas praças, as pessoas passam perto deles, mas quando se aproximam, ficam em pânico e só faltam correr. Poucos vão lá levar uma palavra de esperança e de paz”, complementa Márcia.

O trabalho da família é voluntário e recebe ajuda das igrejas ou ONGs para garantir a alimentação dos moradores de rua durante as apresentações. Segundo os atores, o público se interessa por cada cena apresentada. Há casos em que alguns moradores se envolvem na história. “Ao interpretar o papel de Jesus, fui abraçado por alguns deles pedindo a ajuda de Deus. Por outro lado, quando interpreto o papel do diabo, outros tentam me agredir dizendo: ‘Tu é o diabo que me aprisiona nessa droga’. São seres humanos que precisam de ajuda”, conta Lucas, fundador do grupo.

Quéren Sarah, estudante de técnico em enfermagem, disse que estava em um coletivo quando dois ambulantes a parabenizaram pelo trabalho. “Eles conversavam sobre em qual local utilizariam drogas ilícitas, quando um deles parou e disse: ‘Você não faz parte daquele grupo que apresenta peças que mostram toda a vida do cara no mundo do crime? Eu gosto de ver, paro para refletir em tudo que vocês apresentam’. Ouvir isso é a nossa recompensa”, comenta Quéren.

Segundo o grupo, quando começa a chover, a peça não para, pois sempre tem alguém assistindo atentamente à história. Após a apresentação os atores ficam totalmente molhados, mas para eles tudo vale a pena, pois a mensagem foi entregue ao público.

Para Marluce Negrão, estudante de técnico em administração, o Ver-o-peso é um palco especial para o grupo. “Lá comemoramos o aniversário do Águia. Desde 2009 estamos junto com eles (moradores de rua), ensaiando meses para levar algo diferente a eles”, afirma Marluce. O grupo possui um canal no youtube com todas as peças e bastidores das ações: www.youtube.com/MinistérioÁguiaTeatroCristão. Fotos ou notícias do grupo estão disponíveis no blog: www.teatroaguia.blogspot.com. Contatos: (91) 983032494 zap – Quéren / 982004797 - Márcia / 32456213 - Lucas.

Por Lucas Sarah.

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A praça Batista Campos está recebendo desde a última quinta-feira a Feira do Artesanato Paraense (Fesarte), que na sua 5ª edição apresenta mais de 10 mil produtos, além de oferecer uma programação para todas as idades. Pelo estande montado no local, além de conferir as barracas dos artesãos, os visitantes podem emitir documentos de forma gratuita e ainda participar de várias oficinas.

Neste ano, a feira conta com algumas novidades do meio artesanal, como os chamados terrários, que são microssistemas vivos em vidros, compostos de pequenas plantas como cactos e outras. Tânia Sena, uma das artesãs que oferece a novidade, explica como faz o trabalho. “Eu faço terrários há mais ou menos nove meses, é algo recente. Eu comecei a fazer e fui gostando, utilizo vidros de sucos. Eu crio cenários em cada terrário, cenários áridos, tropicais e até lagos. Oriento as pessoas a como cuidar do próprio terrário, faço também oficinas que ensinam como produzir um terrário”, explica.

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A feira também é uma ótima oportunidade para expor e divulgar os trabalhos de cada artesão, como explica Isaura silva, vendedora de panelas refratárias. “Faço panelas refratárias há doze anos através de uma associação. É um grupo de 12 pessoas, cinco coordenam a ideia e o restante ajuda na produção, pra fazer a mão de obra.  A feira é uma ótima forma de mostrar o artesanato, só o fato de estar aqui divulgando o nosso trabalho já é muito importante”, conta.

A Fesarte permanece até este domingo (18), na praça Batista Campos, e é também uma ótima opção de passeio para as crianças, pois conta com oficinas de pintura, atrações infantis e uma brinquedoteca.

Por Gabriel Marques.

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Marco zero de São Paulo e cenário de acontecimentos históricos, a Praça da Sé foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). E o mesmo ocorreu com a catedral.

A decisão, tomada na segunda-feira, 20, tem por base a importância religiosa e histórica. "A Praça da Sé e a Catedral Metropolitana constituem testemunhos materiais da transformação da vila colonial em metrópole, do Império em República, dos bondes em metrô e das diversas formas de sociabilidade e cultura ao longo de seus quase 500 anos de existência", contextualiza a Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH), braço técnico do Condephaat. "O local também é palco de manifestações populares significativas para a cidade e foi, por muitos anos, um ponto de passagem, de comunicação, de festas religiosas, comércio e atividades administrativas".

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Histórico

Mais importante templo católico de São Paulo, a Catedral da Sé começou a ser erguida em 1913 - mas só seria inaugurada em 1954, durante as comemorações do IV Centenário da cidade. Ocupa o mesmo local da primeira igreja matriz paulistana, demolida anteriormente. Tem 111 metros de comprimento, 46 de largura e duas torres com 92 metros de altura. De estilo neogótico, foi projetada pelo engenheiro e arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl (1861-1916), antigo professor da Escola Politécnica (Poli-USP). Em seu acabamento, foram utilizadas 800 toneladas de mármore. Em seu interior, chama a atenção o imenso órgão de 12 mil tubos.

"A catedral e sua praça fronteira sempre desempenharam um importantíssimo papel cívico, além do religioso. Este tombamento representa perfeitamente a finalidade da sua intenção: a de transmitir para as futuras gerações as referências da obra e do engenho das gerações passadas, com vistas à consolidação de uma identidade cultural no presente", ressalta, em nota, José Eduardo Lefèvre, presidente do Condephaat.

Diversas manifestações ocorreram no local, sobretudo durante o período das Diretas Já e de redemocratização. Na Sé foram celebradas missas em memória de mortos durante o regime militar, como a do jornalista Vladimir Herzog e do metalúrgico Santo Dias da Silva.

Repercussões

Para o arquiteto e urbanista Lucio Gomes Machado, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), a Catedral da Sé é importante mais pelo lado afetivo do que arquitetônico. "Trata-se de uma coisa fora de época: ela se propõe a ser algo medieval no todo e tem uma cúpula que imita o Renascimento. Para os ortodoxos da história da arquitetura, é algo que não tem sentido."

Por outro lado, Machado ressalta que a igreja é importante para a cultura da cidade e do Estado. "Só a presença de uma obra desse tamanho em São Paulo já é algo digno de nota. E, do ponto de vista tecnológico, também vale ressaltar que ela conta com uma série de misturas de técnicas construtivas interessantes."

Também professor da FAU-USP, o arquiteto, urbanista e historiador Benedito Lima de Toledo ressalta que a arquitetura da igreja tem "inspiração europeia". "E a praça só é ampla como a conhecemos hoje por insistência do então arcebispo de São Paulo, d. Duarte Leopoldo e Silva (1867-1938). Ele insistiu muito com a Prefeitura para que a praça fosse grande, para que a catedral tivesse uma posição de destaque, com perspectiva", comenta.

Com pedras e uma garrafa, um homem matou sua parceira, com um bebê de nove meses no colo, quando discutiam em uma praça nos arredores de Buenos Aires, informou um delegado nesta quarta-feira, menos de uma semana depois de um grande protesto contra os feminicídios.

"Encontramos a mulher morta com lesões no rosto e na cabeça, depois de ter sido atingida com pedras e uma garrafa", disse o delegado Alejandro Moreno sobre o crime ocorrido na noite de terça-feira em uma zona operária ao sul da capital argentina.

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A vítima, identificada como Adela Maciel, de 41 anos, era mãe de oito filhos, e segundo peritos forenses citados por meios de comunicação locais sofreu danos contundentes no pescoço e na cabeça.

O casal se dirigiu à praça pública no momento em que ocorria uma falta de energia elétrica na região. Quando a luz voltou, os vizinhos encontraram Maciel morta com o filho ao lado, ileso.

No bairro, várias testemunhas identificaram o suposto autor do crime, que foi encontrado pela polícia durante a noite.

"Estamos tentando estabelecer se a vítima mantinha uma relação com o homem detido. Acreditamos que ele é o pai do bebê", acrescentou o delegado.

O crime ocorreu quatro dias depois de uma grande manifestação realizada na sexta-feira pelo segundo ano consecutivo na Argentina contra a violência de gênero.

Comidas gostosas, a preços populares, ao ar livre e o melhor: com ingredientes paraenses. O “Chefs na Praça” já se tornou um evento tradicional na programação do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, maior festival de gastronomia da região Norte que há 14 anos vem transformando maio no mês da culinária em Belém.

A praça Batista Campos será o palco para mais de 30 chefs locais fazerem comidas de rua ousadas e diferentes. “A praça é um espaço extremamente democrático, onde o chef está mais à vontade e acessível”, conta Joanna Martins, diretora executiva do Instituto Paulo Martins.

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No sábado (21), será o “Chefs na Praça – Comida de criança”, com comidinhas criadas pensando no público infantil, mas que vão agradar o paladar das pessoas que têm de 8 a 80 anos. A partir das 18 horas, serão vendidos pratos criativos, com ingredientes paraenses: churros com sabor de cupuaçu, macarons de castanha-do-pará e bacuri e o sorvete de açaí frito que vem fazendo sucesso no Circuito Gastronômico do festival desse ano também será vendido na praça, entre vários outros.

Chegar ao público infantil é um dos grandes objetivos do Instituto Paulo Martins, que promove o festival. “Percebemos que existe um potencial de fazer um Chefs na Praça especial para elas. Acreditamos que para mantermos forte a cultura gastronômica paraense, precisamos que as crianças se envolvam com a cozinha”, reforça Joanna Martins.

Especial - O “Chefs na Praça – Belém 400 anos” será no domingo (22), a partir das 12 horas, e o cardápio foi todo inspirado no aniversário da capital paraense. A chef Priscila Thomé participa do evento pela terceira vez e explica que gosta do desafio: “Ter que inventar coisas novas, descobrir, experimentar e inventar. Isso é algo que me instiga muito, pois precisamos usar nossos sabores. Temos uma culinária absurdamente maravilhosa e projetos como esse integram a população à culinária inovando e misturando”.

Para o evento, Priscila preparou um duo de brownies com recheio de creme de bacuri e de chocolate da ilha do Combu. Outros pratos diferentes também figuram no cardápio: o “manihot” é feito com salsicha de maniçoba, relish de jambu, queijo do Marajó gratinado e mostarda de tucupi. Tem feijoada de mariscos e mesmo filé com molho de cupuaçu e risoto de tucupi.

Os dois eventos são abertos ao público, sendo que cada prato possui preços que variam entre R$ 10 e R$ 25. O 14º Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense tem o apoio institucional do Governo Estadual do Pará por meio da SETUR e da Prefeitura de Belém, apoio e parceria do Sebrae/PA, Universidade da Amazônia (Unama), Tramontina, Jornal e TV Liberal, Revista Prazeres da Mesa, Tim e Shopping Boulevard.

Mais famoso e movimentado parque da cidade, o Ibirapuera deve ser reformado em breve - se tudo der certo, as obras começam neste semestre. Pelo projeto, assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e já em estudo preliminar, o estacionamento na frente do auditório será extinto para dar lugar a uma praça. O projeto foi divulgado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Conforme informou, em nota, a Secretaria Municipal de Cultura, o arquiteto foi chamada "para elaborar um plano de reestruturação do entorno da Oca, da área entre a Oca e o Auditório Ibirapuera e o projeto de reforma da Oca, visando a adequá-la às necessidades de segurança e evacuação".

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Inaugurado em 1954, o Ibirapuera foi concebido por Oscar Niemeyer (1907-2012). "O plano apresentado prevê a retirada da via pavimentada, asfaltada, entre a Bienal e a Oca, a retirada do estacionamento e da área asfaltada de todas interferências (placas, tartarugas) que existem neste trecho, para criação de esplanada de acesso com piso permeável aos edifícios culturais do parque, sem remoção de árvores", diz a secretaria.

"A reestruturação prevê ainda alteração do acesso ao parque neste trecho, com a criação, junto à via, de pontos de parada de ônibus, pontos de táxi e desembarque de passageiros, assim como vagas para deficientes. A proposta aumenta a área permeável, melhora o sistema de circulação, e cria uma entrada qualificada para o parque, em especial para os edifícios voltados à Cultura."

O projeto está sendo acompanhado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente. Será submetido aos órgãos de proteção ao patrimônio e ao conselho gestor do parque e já recebeu parecer favorável da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um incêndio destruiu nesta sexta-feira parte do telhado do Museu Nacional tcheco, situado na famosa praça Wenceslau, no centro histórico de Praga, sem causar vítimas ou danos às obras de arte, indicaram os bombeiros.

O incêndio foi declarado após a meia-noite e "se espalhou por 200 metros quadrados do telhado e do sótão", disse à AFP Pavlina Adamcova, porta-voz do corpo de bombeiros de Praga.

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Um agente de segurança, afetado pela fumaça, precisou ser hospitalizado.

"O fogo foi detectado às 00h32 GMT (22h32 de Brasília). Foi controlado duas horas mais tarde", disse Adamcova.

O edifício de estilo neorrenascentista, um dos temas recorrentes dos cartões-postais de Praga, foi construído entre 1885 e 1891.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), sancionou nesta terça-feira (19), o projeto de lei que homenageia o ator e comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, criador das séries Chaves e Chapolin, com a criação da Praça Roberto Bolaños, em Itaquera, na zona leste da capital paulista.

O espaço, localizado em frente à Estação Corinthians-Itaquera, não tinha denominação. Segundo o texto publicado no Diário Oficial da Cidade, o limite da praça vai do "canteiro central entre as vias do logradouro conhecido por Rua Doutor Luís Aires, no trecho entre o início do Túnel Jornalista Odon Pereira e a curva de acesso ao terminal.

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O Projeto de Lei 554/2014 é de autoria do vereador Marco Antonio Gil Ricciardelli, o humorista Marquito (PTB). No texto, o parlamentar justificou que a criação da Praça Roberto Bolaños "presta uma justa homenagem a uma figura pública que se fez presente na infância de muitas pessoas, desempenhando o papel de Chapolin Colorado e Chaves". O texto do PL ainda faz um resumo do currículo de Bolaños e de sua trajetória pessoal.

Mundialmente famoso como intérprete do personagem Chaves, Bolaños morreu aos 85 anos, em 2014. O ator nasceu na capital mexicana em 21 de fevereiro de 1929. Começou a carreira como redator publicitário e, nos anos 1950, passou a escrever roteiros para programas de comédia e cinema. Sua estreia como ator foi em 1960, no filme Dos Criados Malcriados.

Ganhou o apelido Chespirito do diretor Agustín Delgado, primeiro a rodar um roteiro escrito por ele. O cineasta considerava Bolaños "um pequeno Shakespeare", que fazia historias semelhantes às do escritor inglês. Em 1968, passou a escrever o programa Los Supergenios de La Mesa Cuadrada, onde estreou como ator na televisão.

Os cerca de 15 mil religiosos que esperavam para a celebração do culto de Natal, no Quartel do Derby, localizado na área central do Recife, não terão a celebração prevista para às 18h da noite desta sexta-feira (25). O evento é organizado pela Assembleia de Deus.

O culto que é realizado há sete anos teve sua edição suspensa por conta da previsão de fortes chuvas para hoje. A capital pernambucana foi acometida por grande volume de precipitação nas últimas horas tendo, inclusive, recebido alerta emitido pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).    

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Uma rua abandonada pelo poder público, à beira de um canal, acumulando lixo, lama e focos de dengue, além de atrair usuários de drogas. Assim é descrita a via que beira o canal Guarulhos, no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, pelos moradores do entorno.

Mas esta situação está mudando. Sem apoio do poder público, várias pessoas da área estão por conta própria reformando o espaço para transformá-lo em uma área de convivência para crianças e adultos da comunidade. O trabalho começou há três semanas, e todo sábado eles se reúnem para, aos poucos, mudar a realidade do local.

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Segundo o morador Julio Cezar Barreto Falcão, o grupo se uniu por meio do WhatsApp, aplicativo de troca de mensagens instantâneas para celulares, e decidiu reformar a via, na esquina com a Rua Bragança. "A iniciativa surgiu da nossa própria necessidade de possuir um espaço de lazer", contou Julio ao LeiaJá.

Pneus estão sendo usados para delimitar o espaço da nova 'praça'. Já estão prontos um campinho de futebol e uma árvore de natal feita de pneus. Julio afirma ainda que o plano é fazer um parquinho para as crianças poderem brincar.

Ele conta que os moradores entraram contato com a prefeitura, mas descobriram que a área na verdade é de responsabilidade do Dnit. "Enviamos ofícios mas não obtivemos resposta do Dnit", afirma Julio. O trabalho é feito de forma voluntária, de acordo com a disponibilidade de tempo e recursos de cada morador.

Está marcada até uma inauguração da 'Praça da Comunidade', no dia 27, com uma festa para as crianças. "Pretendemos reunir em torno de 100 crianças", diz Julio. "As crianças já estão jogando bola e a área já virou uma área de convivência para os adultos", afirma.

As calçadas esburacadas da Praça da República, no centro de Belém, fazem com que João Dias tenha que ter atenção para não tropeçar ou cair ao andar nelas. Bem ao lado, lixo e sujeira estão espalhados pelo gramado malcuidado, onde moradores de rua dormem e consomem drogas. Essa é a imagem que o estudante tem desse que é um dos locais onde ocorrem as manifestações culturais de Belém e onde o medo da violência e a insegurança convivem lado a lado com as pessoas que transitam pelo lugar que faz parte da história da cidade. A praça está abandonada e acaba afastando a população, que, por vezes, evita frequentá-la.

Há três anos João vive no bairro da Campina, próximo à praça da República e, nesse tempo, não vê nenhuma melhoria nas condições no local. Com tristeza, ele olha para longe, como se procurasse um lugar para pousar os olhos e, depois de um suspiro, diz: “Não vi nenhuma melhora. Até agora só tem piorado”. O estudante conta que, quando se mudou para perto, a praça era um local mais bonito e bem cuidado; havia água e peixes nos lagos, o gramado era aparado com regularidade e não havia tantas pichações nos monumentos. Bem diferente do que se vê hoje: estátuas e coretos tomados por pichações e, em alguns, o mato esconde delicados detalhes das construções. As folhas secas das árvores se misturam com papéis e plásticos amassados pelo gramado e nas calçadas. Os lagos passaram a ser apenas uma lembrança das pessoas mais velhas. Hoje, não há mais água e peixes. Foram substituídos por lixo amontoado pelos visitantes e moradores de rua.

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Assim como a sujeira e a falta de cuidados na Praça da República vêm aumentando, a violência e a insegurança tomam conta do lugar. “Ocorre muita violência. Já fui assaltado e prefiro evitar”, diz João. Jovens, mulheres, idosos e até mesmo crianças são as pessoas que mais se tornam vítimas da falta de segurança, segundo a policial militar Célia Souza. Ela conta que furtos são praticados por moradores de rua que vivem nas imediações para sustentar o vício em drogas. Os cruzamentos da praça são os lugares em que mais ocorrem delitos. Quem os pratica corre em direção às estreitas ruas do entorno da praça e desaparece em meio às buzinas dos vários carros e ônibus que passam por lá.

É no horário entre 17 e 18 horas, durante a semana, que os furtos e assaltos ocorrem mais intensamente. Também atento ao grande movimento que há nas manhãs de domingo na praça, o PM Celso Santos conta que, no meio da semana, o número de assaltos costuma ser maior devido haver menor circulação de pessoas e falta de iluminação em certos trechos. “Nessas horas, a praça vai se tornando mais soturna e as pessoas evitam passar por aqui.”

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O estudante João Dias conta que a praça também tem se tornado abrigo dos moradores de rua, os mesmo que praticam os furtos e assaltos e também fazem do lugar ponto uso de drogas e prostituição. “Todos sabem que aqui vira barra pesada com pontos de drogas, assaltos e programas sexuais”, diz João. As pessoas menos atentas podem não reparar, mas o uso de drogas ocorre com frequência e não se restringe apenas a um determinado horário. A prostituição também faz parte dos problemas do lugar. Homens, mulheres e travestis costumam fazer ponto nas calçadas da praça e, por vezes, também assaltam a população que passa pelo local.

Os assaltos diminuem aos sábados e domingos, quando há mais pessoas circulando por conta das diversas feiras expostas no logradouro. Realizadas sempre aos finais de semana, com vendas de artesanato, adoção de animais, lanches, assim como apresentações de música popular e de artistas de rua, as feiras fazem a praça voltar a ser ocupada por famílias e amigos que se divertem, crianças que brincam e com os animais que passeiam com seus donos sob o sol da manhã ou debaixo das sombras das mangueiras do local.

A praça da República é um dos principais pontos turísticos de Belém, espaço de fortes manifestações culturais, como o Círio e o Arraial do Pavulagem, que levam centenas de pessoas às ruas e enchem a cidade de cores e sons. É rodeada por locais históricos como o Teatro da Paz e o Cinema Olympia, que são frequentados pela professora e pesquisadora Stela Pojuci. “As pessoas sujam muito, os transeuntes também não cuidam delas e jogam lixo no chão”, diz. Stela conta que a praça recebeu este nome em homenagem ao novo regime político que havia sido instaurado no Brasil no fim do século XIX e se tornou o que é graças às obras feitas por Antônio Lemos, o então governante de Belém.

Por Lucas Corrêa. 

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Insatisfeitos com o atraso na entrega de uma obra de lazer, moradores fecharam a Avenida Caxangá, na altura do Túnel da Abolição, Zona Oeste do Recife, no início da tarde desta quarta-feira (21). Os manifestantes queimaram entulhos para impedir a passagem dos veículos. Além disso, os moradores da comunidade Sítio do Berardo, fazem batucadas e exigem posicionamento da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). Por conta da manifestação, o trânsito está complicado.

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Segundo os moradores, o protesto é contra a paralisação e atraso de 1 ano e 6 meses na obra da praça de esportes e de cultura no Terreno da Fábrica. O manifestante Tony de Jesus, morador da comunidade, afirma que o movimento tem como finalidade exigir providências precisas da gestão municipal. "A reivindicação é pela construção de vários equipamentos públicos. O pior de tudo é que faz 51 dias que as obras pararam e o prefeito afirmou que isso não iria ocorrer", falou descontente. 

A assistente social Thays Silva detalha as obras que foram paralizadas. "A perspectiva era que a comunidade recebesse vários equipamentos, como a Praça de Esporte e da Cultura, Upinha, biblioteca e até um Centro de Referência de Assistência Social (Cras)", enumerou. A moradora da comunidade ainda relatou que as obras não estão nem com 50% em andamento. Ainda de acordo com Thays, os moradores tentaram garantir alguns prazos, porém não obtveram sucesso. "Já houve reunião com com a prefeitura, mas nada foi definido, inclusive os moradores já provocaram uma audiência pública, porém não conseguimos nada. Por isso estamos fazendo protesto", explicou. Além disso, ela ressaltou que parte da verba voltou para o Governo Federal. "A verba para a Biblioteca Mais Cultura já havia sido enviado, mas por incopetencia do prefeito, ela voltou para o governo federal”, concluiu.

Após acordo firmado entre representantes da manifestação e a Polícia, o protesto foi encerrado às 18h45 e o Corpo de Bombeiros conteve as chamas e o tráfego na via foi liberado.

Com informações de Naiane Nascimento e colaboração de Roberta Patu

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Aproximadamente 80 jovens, moradores do bairro de Brasília Teimosa, no Recife, participaram do projeto intitulado ‘Eu na Comunidade’, desenvolvido pelo instituto JCPM. A iniciativa teve como objetivo requalificar a Praça Cristina Valença, do mesmo bairro e proporcionar benefícios para a população da região.  

“É uma forma de despertar nesse público ainda em formação a cidadania e o sentimento de pertencimento ao local, exercitando a participação nas questões do seu bairro”, pontua o coordenador de projetos sociais do IJCPM, Carlos Duarte.  Além disso, a atividade também visa desenvolver o cuidado com o bem público e trabalhar a autonomia.

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A reforma teve duração de aproximadamente um mês. Na divisão de tarefas entre as partes envolvidas, jovens e poder municipal, os alunos do IJCPM ficaram responsáveis pela pintura, enquanto à Emlurb coube o reparo dos equipamentos de ferro, com colocação de novas cadeirinhas de balanço, além de plantio e implantação de lixeiras.

* Com informações da assessoria de imprensa

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