Tópicos | prefeito

A cidade de Beziers, no sul da França, acordou na terça-feira com vários cartazes em suas ruas que mostram homens barbudos representados como invasores, uma campanha organizada por seu prefeito de extrema-direita, que se opõe à abertura de um centro de acolhida para demandantes de asilo.

"É isso, eles estão chegando... Os migrantes ao centro de nossa cidade", afirmam os cartazes. A foto mostra vários homens, negros ou muito morenos, com barba ou com o rosto coberto com um capuz, mobilizados em massa diante da catedral de Beziers. Além disso, o cartaz apresenta a frase "O Estado os impõe a nós".

##RECOMENDA##

O prefeito de Beziers, Robert Ménard, pertencente ao partido de extrema-direita Frente Nacional, é conhecido por suas polêmicas declarações. No dia 5 de setembro havia declarado em um debate de televisão que ser francês significava ser "europeu, branco e católico".

O governo francês, que expressou que deseja fechar o acampamento de Calais, no norte do país, onde estão alojados em condições precárias entre 7.000 e 9.000 migrantes, começou a abrir pequenos centros de acolhida em várias localidades para reforçar as estruturas já existentes.

Embora o plano tenha se desenvolvido sem incidentes, em algumas cidades a iniciativa não foi bem recebida pelos governos locais, que alegam não ter sido consultados, e que a população está muito abalada pelos ataques terroristas registrados na França.

Vários centros foram danificados ou incendiados, inclusive antes de sua abertura.

Na sexta-feira, Ménard atacou a abertura do abrigo e disse que ocorre num momento em que "o município trabalha há dois anos para dinamizar novamente o centro da cidade".

Na tarde desta terça-feira (4), o prefeito Geraldo Julio reuniu a bancada de vereadores eleitos para agradecer o empenho de todos. O candidato à reeleição também convocou os aliados para se engajarem até o dia 30 de outubro. “Sei da importância de cada um para o projeto da Frente Popular do Recife. Agora temos outra etapa para cumprir e eu estou com mais disposição agora do que no primeiro turno. Vou trabalhar ainda mais nestes 25 dias”, ressaltou.

"Esse momento é de encontrar vocês para fazer esse agradecimento. Dizer que tem outro serviço para a gente, que é importante para todos nós. Formamos um conjunto grande, que cresceu durante o nosso governo, pessoas que se juntaram, vieram ficar conosco. E quando o conjunto cresce é porque as pessoas acreditam no projeto. Essa vitória será a vitória de todos nós para continuar esse projeto”, acrescentou o socialista.

##RECOMENDA##

Reforço

Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, também presente no encontro, afirmou que este é o momento de receber o “reforço exclusivo” de todos que estão envolvidos no processo. “Para que possamos consolidar o que construímos durante esse período”, disse.

O presidente frisou que todos foram vitoriosos no primeiro turno. “O resultado da eleição confirmou um crescimento intenso, desde o início do processo eleitoral. A gente está colocando em prática o que tínhamos planejado desde o início”, acrescentou Sileno. 

Vereadores do PSB, PMDB, PCdoB, PP, PSC, PRTB, Solidariedade, PEN, PSDC, PDT, Pros, PSD e PRP participaram da reunião. 

 

 

 

 

A cidade de São Paulo conta com quase 9 milhões de eleitores. Na eleição realizada neste domingo (2), mais de um terço do eleitorado não participou da escolha de João Doria Jr. (PSDB) para a prefeitura da maior capital do país. O número de abstenções, somado ao de votos brancos e nulos (que não são considerados válidos conforme a constituição de 1988) contabilizou 34,84% dos eleitores da cidade. Doria teve 34,72%.

Fernando Haddad (PT), atual prefeito, teve 16,70% dos votos válidos. Indicado pelas pesquisas pré-eleição com o maior índice de rejeição entre os candidatos, Haddad teve um leve crescimento na última semana antes da eleição, mas não foi suficiente para alcançar um segundo turno. Celso Russomano (PRB), que iniciou a campanha liderando as pesquisas, obteve 13,64%, sendo ultrapassado por Doria e Haddad. Marta Suplicy (PMDB) registrou 10,14% nas urnas e conseguiu vencer em duas regiões: Parelheiros e Grajaú, ambas no extremo sul do município. Luiza Erundina (PSOL), que também já foi prefeita da cidade no início dos anos 90, teve 3,18% dos votos, ficando atrás até do vereador Eduardo Suplicy (PT), eleito com quase o dobro de votos.

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Entre os vereadores, 22 dos 55 eleitos são novos no cargo, os demais se reelegeram. Alguns nomes tradicionais e de peso como Wadih Mutran (PDT), Nabil Bonduki (PT) e Jamil Murad (PCdoB), ficaram de fora após longos mandatos. Eduardo Suplicy teve mais de 300 mil votos, mais que o dobro do candidato mais votado em 2012, Roberto Tripoli (PV), com pouco mais de 132 mil votos, três eleitos são novos na política: Fernando Holiday (DEM) – líder do Movimento Brasil Livre, que concentrou a campanha em redes sociais; Janaina Lima (NOVO) – integrante do Vem Pra Rua, movimento que pedia o impeachment de Dilma Roussef; e Sâmia Bomfim (PSOL) – primeira vereadora eleita pela legenda em São Paulo e participante ativa de manifestações do Movimento Passe Livre e grupos ativistas femininos.

Com o pensamento positivo em relação ao resultado das Eleições 2016, o candidato Guga (PV) fez questão de sair de casa bem cedo para depositar seu voto. O político foi ao Colégio Estadual de Olinda, na Rua do Bomfim, acompanhado da esposa, Vanessa Rosas, dos filhos Lucas (3) e Gustavo Filho (1), além do seu candidato a vice, Thiago Marinho.

Natural de Fortaleza, o cearense de 39 anos, Gustavo Carvalho Rosas, deixou um recado aos cidadãos olindenses: “Somos o único projeto para Olinda com propostas concretas e viáveis. Somos a voz de Olinda que dialoga com todos. Então, vamos à virada de hoje, GUGA43”, afirmou. 

##RECOMENDA##

Apesar de já ter votado, o domingo de eleições do prefeiturável estava apensa começando. Ao longo do dia, ele pretende percorrer pelos bairros de Olinda, visitando parceiros políticos e amigos. Na hora da apuração, tudo indica que estará da sede municipal de seu partido, no bairro de Amaro Branco.

 

* com informações da assessoria de imprensa

Para quem vive no Recife, engarrafamentos e dificuldades de deslocamento de pedestres, usuários de transporte coletivo e ciclistas são enfrentados todos os dias. Os números ajudam a entender a magnitude do desafio da mobilidade na capital pernambucana. Em pesquisa da companhia holandesa TomTom, divulgada em maio deste ano, o Recife aparece como a cidade com o oitavo trânsito mais lento do mundo. Os recifenses gastam 44 minutos a mais por dia circulando pela cidade.

A frota de veículos não para de crescer. Dados do Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran) mostram que o número de carros era de 403.676 em 2006. Dez anos depois, já são 679.298 automóveis – sem contar com os veículos da região metropolitana, já que muitos moradores de municípios vizinhos circulam diariamente na capital.

##RECOMENDA##

No transporte coletivo, os usuários de ônibus somam 1,8 milhão diariamente. Para atender a tanta gente, existem cerca de 3 mil veículos e 54 quilômetros de corredor exclusivo para o modal. No metrô, que atende ao Recife e a mais quatro municípios, são 245 mil usuários por dia útil, de acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

“O Recife hoje está figurando na lista das cidades mais engarrafadas, a que tem mais violência no trânsito, a que mais se demora para esperar ônibus. O desafio que a gente vê é a priorização efetiva dos modais de transprotes mais eficientes e socialmente justos. Como diz a Política Nacional de Mobilidade Urbana, modos de transporte ativos e coletivos devem ser priorizados. Isso a gente tem visto muito pouco na cidade frente ao que se tem feito para o automóvel”, diz Daniel Valença, membro do núcleo executivo do Observatório do Recife.

Bicicleta

Em meio aos engarrafamentos, a bicicleta surge como um meio de transporte popular. Mais de 95% dos usuários usam esse meio de transporte para trabalhar, conforme pesquisa nacional Perfil do Ciclista Brasileiro. “Os números de algumas contagens, realizadas pela Ameciclo [Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife], passam de 3 mil deslocamentos de bicicleta. Fazendo um pequeno comparativo, São Paulo, por exemplo, tem ruas que, mesmo após a implantação de ciclovia, teve aumento de 100% nos deslocamentos e, ainda assim, não chegou aos 3 mil”, diz o relatório.

Recife tem cerca de 42 quilômetros (km) de corredores para ciclistas, entre ciclovias e ciclofaixas, sendo que 18 km foram criados no período da atual gestão. No entanto, a meta estabelecida no Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife, criado pelo governo do estado em parceria com os 14 municípios da área, prevê 71 km a serem construídos até 2017, da quais cerca de 63 km em 2014 e 2015.

A sociedade civil organizada têm demonstrado preocupação com o tema. Em julho, 79 grupos da sociedade civil participaram da 1ª Conferência Livre de Mobilidade do Recife, que divulgou 30 propostas e pediu a adesão dos candidatos a prefeito. Ao fim do prazo, o único a não assinar foi o atual prefeito, Geraldo Júlio (PSB).

Já no dia 20 de setembro o Desafio Intermodal Recife, realizado pela Ameciclo, o Observatório do Recife e o coletivo Direitos Urbanos, reuniu candidatos para testar diversos meios de transporte em um mesmo percurso de 10 km. Carlos Augusto (PV), Daniel Coelho (PSDB), Edilson Silva (PSOL), João Paulo (PT) e Priscila Krause (DEM) aceitaram o desafio. A forma de deslocamento foi sorteada para cada um. O horário escolhido foi 18h. O primeiro candidato a chegar, do PSOL, utilizou a bicicleta.

Mais ciclovias

O resultado do Desafio Intermodal reforça que o Recife tem uma vocação natural para a bicicleta. Plana, sem grandes alterações de relevo, deveria ter o desenvolvimento como um eixo de ações de mobilidade. O engenheiro Pedro Luiz Paes Barreto, um dos coordenadores da Ameciclo, afirma que, a despeito do potencial, a estrutura disponível para os ciclistas é precária. “Recife é uma cidade que conta hoje com 42 km de ciclofaixa, ciclovia e ciclorrotas. Isso é muito pouco, porque você tem uma demanda muito grande de estrutura. E a falta de estrutura acaba não resguardando aqueles que precisam utilizar, e impede que aqueles que querem usar a bicicleta como meio de transporte o façam por medo”, explica.

As ciclovias já disponíveis na cidade não podem ser totalmente aproveitadas, segundo Pedro, porque elas não têm uma ligação em rede – são descontinuadas, isoladas em diferentes pontos do Recife. Em determinados pontos-chave de conexão entre regiões da capital pernambucana, o ativista explica que o uso da bicicleta é inviável. “Você tem barreiras físicas que impedem que você consiga se deslocar dentro da cidade. Eu moro na zona norte, mas às vezes tenho que ir à zona sul. No meu percurso para a zona sul, eu teria que passar ou por uma BR ou por um viaduto, que é o Capitão Temudo. O pedestre também não consegue atravessar”.

A Ameciclo defende que, ao estimular o uso da bicicleta, menos carros vão congestionar as ruas do Recife. “Muitas das pessoas que fazem o uso do carro e migram para a bicicleta são pessoas que deixam de utilizar aquele meio de transporte nos sete dias da semana. E não fazem mais parte daquele engarrafamento. Isso vai simbolizar uma melhora para os usuários do carro e para os que usam o transporte público”.

Menos mortes no trânsito

Para Daniel Valença, integrante do Observatório do Recife, é preciso criar uma cultura mais "humana" no tráfego, com a criação de ciclovias e ciclofaixas em vias de alta velocidade e colocação de faixas exclusivas de ônibus. "E também a criação de zonas 30, onde fisicamente fica impossível que o motorista de automóvel ultrapasse 30 km por hora, porque ela tem passagem elevada de pedestres”, diz. “O principal desafio é a redução do número de mortes no trânsito. No Recife morrem tantas pessoas no trânsito quanto por arma de fogo. São 560 pessoas que morreram em 2014, os últimos dados que a gente tem, do Datasus”, acrescenta. 

De acordo com Valença, a gestão municipal  ainda não conseguiu transformar o discurso de mudar o sistema de mobilidade em prática. “O uso do dinheiro continua sendo feito para obras viárias, para o automóvel. A gente vê muito recapeamento de via e pouco crescimento de faixa exclusiva de ônibus, por exemplo. Dava para ter acelerado muito mais, mas ficaram travados com medo de bater de frente com a classe média que usa o automóvel”.

Repensar transporte coletivo

Para os movimentos que atuam no setor, a melhoria do transporte coletivo passa obrigatoriamente pela ampliação das faixas exclusivas de ônibus. Mas a medida ainda é insuficiente, segundo Raphaela Carvalho, da Frente de Luta Pelo Transporte Público, pois a rede transporte na região metropolitana do Recife impõe um trajeto mais longo ao usuário e as linhas existentes são insuficientes e mal distribuídas.

“Eu sou uma pessoa que depende exclusivamente do transporte público. Eu pego sete ônibus por dia para ir ao estágio e para a aula. Porque a grande lógica que o governo trouxe aqui para o transporte de massas foi investir no modal rodoviário, por meio da construção de terminais integrados, priorizando ônibus como transporte, em vez de ampliar a malha ferroviária, que é um modal mais barato e menos poluente, mais rápido, leva mais gente e não pega trânsito”, diz.

Estudo divulgado em 2015 pela Associação Nacional de Defesa do Consumidor, a Proteste, revelou que o Recife é a cidade com maior tempo de espera em pontos de ônibus, com 35 minutos, e o segundo maior tempo de viagem a bordo do coletivo, com uma hora e meia de duração. “Hoje, você não consegue se programar para sair para trabalhar com menos de duas horas de antecedência. Eu tenho que sair de casa no máximo 6h20 se eu quiser chegar às 8h no estágio. Isso numa distância onde eu gastaria no máximo 40 minutos. Se fosse metrô, gastaria 20”, reforça Raphaela.

Uma solução defendida pela Frente é repensar o modelo de concessão do serviço de transporte coletivo na região metropolitana e adotar um modelo de integração temporal, que permite ao usuário pegar outra condução em qualquer ponto, não só em terminais de integração. A ativista acredita que um investimento maior na malha ferroviária – expandindo o metrô do Recife, de propriedade federal, ou implantando o VLT (Veículo Leve sobre Trilho) - seria uma saída de longo prazo. 

Veja as propostas dos candidatos sobre mobilidade

A Agência Brasil perguntou a todos os candidatos a prefeito quais são as propostas na área de mobilidade. No caso dos que não responderam, as informações foram extraídas das propostas protocoladas no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Carlos Augusto (PV)

Na proposta protocolada no TRE, o candidato diz que pretende “investir na diversificação dos modais de transporte, estimulando o uso de hidrovias e aumentando o número de ciclovias, faixas exclusivas e requalificação das calçadas”; e  fazer campanhas para incentivar caronas em carros particulares. Quanto à integração metropolitana no transporte, Carlos Augusto quer “articular a implantação de novas linhas de trem metropolitano e a melhoria das preexistentes”. Ele também promete “melhorar a oferta de estrutura viária, com a abertura e pavimentação de ruas” e investir em ações de orientação e educação no trânsito.

Daniel Coelho (PSDB)

O candidato do PSDB propõe a recuperação de “espaços públicos de convivência”, em especial a calçada. No site de campanha, o candidato diz que pretende revitalizar as calçadas nos dois primeiros trimestres do mandato, de forma emergencial. Também pretende priorizar o sistema de ônibus da cidade como “espinha dorsal para integração de diversas modalidades”, criando corredores exclusivos e bilhete único. Para os ciclistas, promete criar uma rede de ciclovias e a integração com transporte público. Coelho também propõe o uso do rio como corredor de transporte, a construção de teleféricos públicos em área de morros e o asfaltamento de ruas e recuperação de vias.

Edilson Silva (PSOL)

De acordo com as propostas protocoladas no TRE, Edilson Silva defende a criação de faixa exclusiva para ônibus e bilhete único; a implementação do Plano Cicloviário, a implementação da intermodalidade de transporte – “ por meio de ciclofaixas e vias de pedestre articuladas a corredores de ônibus” ; e “a redução da circulação de automóveis nas áreas centrais da cidade”. Ele propõe ainda o uso dos rios que cortam a cidade como vias de transporte coletivo, ocupação das margens com ciclofaixas e calçadas, e também observa que as áreas de morro “precisam ter seu acesso facilitado” com escadas rolantes, teleféricos e trilhos para bicicletas, por exemplo.

Geraldo Júlio (PSB)

O candidato do PSB respondeu, por e-mail, à Agência Brasil: ”Já avançamos muito na mobilidade da nossa cidade nos últimos três anos e oito meses. Com a instalação de câmeras, fiscalização e ações de engenharia de trânsito, conseguimos reduzir em 30% o número de mortes no trânsito. Queremos continuar com as ações feitas no primeiro mandato. Vamos ampliar as ciclovias e ciclofaixas, formatando a rede ciclável da cidade, expandir a Faixa Azul - corredor prioritário de ônibus que já beneficia 635 mil passageiros por dia - para outros locais, promover a pavimentação de novas ruas e recuperar e requalificar as calçadas em 114 vias e 12 largos, além de reformar completamente 1.000 paradas de ônibus”.

João Paulo (PT)

O candidato da coligação encabeçada pelo PT respondeu à Agência Brasil: “Elaborar e colocar em funcionamento o Plano Municipal de Mobilidade, com prioridade para o transporte coletivo, pedestres e ciclistas, seguindo recomendação da OMS sobre segurança no trânsito; criar o Vem Mais Fácil, que permitirá ao passageiro se locomover, em duas horas, quantas vezes quiser, pelo preço de uma passagem, sem precisar ir aos terminais de integração; ampliar os corredores exclusivos ou prioritários para o transporte coletivo; manter e ampliar as infraestruturas cicláveis de acordo com o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife”.

Pantaleão (PCO)

O candidato defende, na proposta de governo protocolada no TRE, a estatização de serviços e meios de produção, mas não faz referência direta à mobilidade. Em eventos públicos, Pantaleão já defendeu menos sinais de trânsito, com a implantação de passarelas para pedestres a fim de aumentar a fluidez do trânsito, o bilhete único no transporte público e a ampliação da rede de metrô. 

Priscila Krause (DEM)

Na proposta de governo, Priscila Krause propõe integrar o planejamento territorial e de mobilidade “com ênfase no adensamento de corredores de transporte e centros de bairros, terminais de integração, estações do metrô e de navegabilidade do Rio Capibaribe”. A candidata também promete a integração temporal dos modais. Cita ainda a implantação de faixas exclusivas de ônibus e de transporte escolar e criação de corredores de pedestres. Quanto aos ciclistas, promete “estabelecer cronograma de implantação das ações que cabem ao município, de acordo com o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife”, compatível à prioridade de circulação dos corredores de transporte de massa”.

Simone Fontana (PSTU)

A candidata do PSTU argumenta que o transporte público é precário e “um dos mais caros do mundo”. Ela critica o modelo de concessão do serviço, explorado por empresas privadas, e diz que as concessionárias “beneficiam o lucro” acima da qualidade. “Só um transporte estatal, sob controle dos trabalhadores, pode garantir um serviço barato, a preço de custo, de qualidade e rumo à tarifa zero”, acrescenta, na proposta de governo protocolada no TRE. Simone Fontana também propõe, no documento, o passe-livre para desempregados.

Lélio Costa, o candidato à prefeitura de Belém do Partido Comunista do Brasil (PC do B), propõe uma gestão mais transparente caso seja eleito. “Atualmente, a população não consegue acompanhar a administração dos recursos públicos porque não tem transparência”, afirmou. Lélio pretende criar aplicativos para que a população acompanhe em tempo real o que se arrecada e se aplica no município de Belém. Além disso, Lélio falou de suas propostas para a saúde, saneamento básico e cultura.

Lélio atualmente é deputado estadual. Com formação em Engenharia Agrônomo, é servidor de carreira do ministério do Planejamento. Também é pastor. Veja, a seguir, a entrevista do candidato ao LeiaJá, a quinta da série.

##RECOMENDA##

* Se você for eleito prefeito de Belém quais serão as suas prioridades?

Faremos uma gestão transparente em todas as áreas. Atualmente, a população não consegue acompanhar o que entra e o que sai dos cofres da prefeitura. Precisamos aproximar a gestão da população e administrar o recurso público com responsabilidade. Queremos construir uma cidade de todos, onde as pessoas se sintam parte da cidade. Precisamos investir em saúde pública de qualidade, com foco na Atenção Básica. Vamos investir na construção de creches nas periferias e próximas aos centros comerciais e feiras da capital. Vamos criar um Plano de Mobilidade Urbana que garanta transporte público de qualidade, abrangendo vários modais de transporte, tais como a malha cicloviária e fluvial.

* Atualmente, Belém tem tido muitos problemas relacionados à segurança. Sabemos que a grande responsabilidade por esse serviço é do Estado, mas, caso  o senhor seja eleito, quais as medidas tomará, dentro de suas possibilidades administrativas, para reverter o quadro que temos hoje?

Belém está entre as 26 cidades mais violentas do mundo. A atual gestão falha nas políticas de repressão e em políticas que garantam oportunidade para a juventude. Vamos articular parceria entre União, Estado e Município, com investimento em tecnologia e inteligência e vamos transformar Belém numa referência nacional de Iluminação Pública. Vamos aumentar o efetivo da Guarda Municipal através de concurso público e aparelhar a Guarda. Vamos promover a urbanização das vias públicas, principalmente nas periferias da cidade. Mas medidas repressivas não bastam. Vamos investir em políticas sociais, fortalecer os Cras e os Creas. A política de assistência precisa funcionar. Vamos garantir educação pública de qualidade. Investir na qualificação profissional dos jovens, gerando emprego e renda para a juventude. Só é possível vencer a violência com investimento pesado em educação e inclusão social. A paz é filha da justiça!

* Outro problema que Belém enfrenta é a questão da mobilidade urbana. A obra do BRT se tornou um dos principais tópicos dentro desse tema. Como o senhor avalia essa obra?

O trânsito em Belém é um dos problemas mais sérios da cidade. O BRT não resolverá os problemas do trânsito em Belém, principalmente no formato em que está sendo implementado. O BRT precisa funcionar como um sistema integrado e inteligente de transporte que precisa ser pensado dentro de um Plano de Mobilidade Urbana com intervenção em vários modais de transporte. Isto não está sendo feito. É inadmissível que a atual gestão passe quatro anos e consiga inaugurar apenas quatro quilômetros de via. O Rio de Janeiro, neste mesmo período, inaugurou mais de vinte e cinco quilômetros. Precisamos tirar Belém do atraso e trazer a cidade para o século 21.

* Caso eleito, você pretendente continuar com a obra? E quais estratégias vai usar para diminuir os problemas de mobilidade urbana da cidade?

Vamos concluir o BRT da Augusto Montenegro, fazer o BRT Centenário e o BRT Centro e incorporá-los dentro do Plano de Mobilidade Urbana. Nós vamos integrar as ciclovias e ciclo faixas ao Plano de Mobilidade Urbana de Belém. Vamos garantir transporte fluvial de qualidade e preços acessíveis para possibilitar a quem mora nos distritos e ilhas cheguem ao centro da cidade e universidades. Vamos ampliar a malha de ciclovias e ciclofaixas inseridas dentro do Plano de Mobilidade Urbana. Vamos criar o Programa Calçada para Todos, que visa democratizar o espaço urbano garantindo acessibilidade e o direito de ir e vir da população. E vamos garantir o passe livre dos estudantes e para os beneficiários do programa Bolsa Família. Este também é um compromisso nosso com a educação e com a inclusão social.

* Além da obra do BRT o senhor pretende dar continuidade a outras obras iniciadas no mandato do prefeito atual?

É uma questão de responsabilidade com a coisa pública. Obras que foram iniciadas e julgamos importantes para a cidade precisam ser concluídas. É o Caso da Macrodrenagem da Estrada Nova e de outras bacias que se arrastam ao longo dos anos. É preciso e vamos concluir estas obras.

* Um dos maiores problemas quando se trata de transporte público em Belém é o desconforto.  O que o senhor pretende fazer para promover maior conforto da população nos transportes públicos?

Vamos promover a melhoria da frota do transporte coletivo. Os ônibus em Belém precisam ser climatizados e com assentos mais confortáveis para a população, inclusive com WiFi. Não podemos aceitar como a população de Belém é tradada. Precisamos humanizar todos os serviços públicos da cidade. Vamos investir em transporte fluvial de massa, possibilitando aos moradores das ilhas e distritos acesso ao centro da cidade e universidades pelo rio. Esses transportes também precisam ser confortáveis e de qualidade, mas com preços acessíveis à população.

* E no campo da educação como você atuará caso seja eleito?

A educação é o principal vetor de desenvolvimento de um povo e precisa ser prioridade da gestão. Vamos desenvolver uma forte política de construção de creches em Belém em todos os bairros. Será uma das políticas centrais do nosso Programa. Vamos construir uma creche de tempo integral no centro comercial de Belém para acolher os filhos dos trabalhadores e trabalhadoras do comércio; Vamos transformar as Escolas em espaços de educação integral e não apenas de escolarização; Vamos Investir na qualificação e remuneração dos profissionais da educação e adotar estratégias de articulação da escola com a comunidade; implementar em diálogo com a sociedade o programa Escola Cidadã, que consiste na efetivação de atividades educativas, culturais, esportivas e de lazer aos finais de semana nos espaços das escolas.

* Belém, como capital, é o centro cultural do Estado. Mas, os principais eventos que promovem a cultura no Estado geralmente ocorrem no centro da cidade, impossibilitando o acesso a uma quantidade maior de pessoas. Quais são as suas propostas para que uma maior parte da população tenha acesso à cultura?

Vamos implementar o Sistema Municipal de Cultura, garantindo suporte para funcionamento do Conselho Municipal de Cultura, Instalação do Fundo Municipal de Cultura, Fóruns Distritais de Cultura e Plano Municipal de Cultura. Promover e ampliar as Políticas de Editais de Cultura contemplando as áreas de música, literatura, audiovisual, dança, teatro e grafite; priorizando as categorias artísticas e culturais proponentes que vivam e atuem na periferia da cidade. Realizar o Projeto Cultura nas Praças, contemplando as manifestações artísticas e literárias. Discutir com os governos do Estado e da União, com a sociedade civil e com o setor empresarial um projeto de restauração dos imóveis do Centro Histórico da cidade. Vamos ainda Implantar o Arquivo Público do Município de Belém e o Teatro Municipal.

* Outro grande problema que a capital paraense enfrenta é na área da saúde. Quais as suas propostas para melhorar esse serviço e levar uma saúde de qualidade para a população?

A saúde pública em Belém é o retrato do descaso da atual gestão. Vamos criar o Mais Saúde Belém; garantir um posto de saúde 24h em pelo menos um distrito de Belém. Vamos ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da Família. A atual gestão prometeu que em três anos Belém teria 80% de cobertura do programa Saúde da Família, mas, hoje, mais de um milhão de pessoas não têm cobertura do Programa. Vamos implantar o Pronto Atendimento Móvel dos distritos e bairros; reformar e equipar os postos de saúde. Aumentar o efetivo dos trabalhadores de saúde através de concurso público. Hoje prevalece a lógica da doença; vamos inverter prioridades e priorizar a prevenção. É preciso evitar que as pessoas adoeçam. A Atenção Básica será prioridade máxima do nosso governo;

* O pórtico de Belém foi uma das obras mais esperadas pela população da capital e se tornou essencial na vida das pessoas que vivem nos arredores e hoje em dia é notável o descaso com a manutenção do pórtico. As escadas rolantes não funcionam e o espaço se tornou uma vitrine para os vendedores ambulantes. O senhor pretende dar continuidade aos serviços de manutenção do pórtico de Belém caso seja eleito?

A construção do Pórtico custou mais de R$ 9 milhões de reais aos cofres públicos. As condições do Pórtico já há alguns anos é uma afronta à população. Denunciei da Tribuna da Assembleia, enquanto Deputado Estadual que sou, várias vezes essa situação do Pórtico. Nós vamos já no primeiro mês de mandato intervir na área. Mas não apenas o Pórtico. As praças de Belém estão abandonadas. Os equipamentos estão sucateados. Nós vamos reverter esse quadro, realizando reformas em espaços públicos e garantindo os serviços de manutenção necessários. Custa muito menos aos cofres públicos realizar essas manutenções ao invés de realizar reformas depois que os equipamentos estão completamente deteriorados. Isso demonstra irresponsabilidade com a coisa pública, o que é uma marca da atual gestão.

* Um levantamento feito pelo instituto trata Brasil mostrou que Belém está entre as dez piores cidades do Brasil quando o assunto é saneamento básico. Por onde o senhor pretende iniciar as reformas e quais são as suas propostas para que o saneamento básico alcance todos os bairros de Belém?

Belém é a sexta pior capital do Brasil em saneamento básico, apenas 12,7% da população belenense têm atendimento total de esgoto. Vamos promover a coleta regular dos resíduos sólidos nas periferias com informação à população em articulação com Associações de Catadores de Materiais Recicláveis. Vamos garantir uma forte presença da prefeitura em relação à da Cosanpa, que é uma concessionária. Promover a Limpeza dos Canais periodicamente e a Drenagem dos canais das principais Bacias. Vamos implementar a Coleta Seletiva de material reciclável. Promover Educação ambiental nas escolas, igrejas, centros comunitários.

* Sabemos que muitos bairros de Belém, principalmente os localizados nas periferias da cidade, sofrem com o descaso. Para essa parcela da população falta educação de qualidade, saúde que funcione e um saneamento digno. Caso seja eleito, como você atuará nessas áreas?

Vamos mudar a realidade concreta das periferias de Belém com uma agenda pesada de investimentos públicos em todas as áreas. Vamos revolucionar a iluminação pública nestas áreas; garantir serviços essenciais como saneamento básico e limpeza das vias. As escolas serão abertas nos fins de semana para o desenvolvimento destes projetos. A construção de creches nestas áreas fará parte da agenda central do Governo. E vamos pavimentar as vias públicas, onde o carro da segurança pública não entra, mas entra o carro prata espalhando terror e medo entre os moradores.

* Os jovens representam hoje uma parcela muito grande da população do nosso estado. Você tem alguma proposta que vá beneficiar esse grupo?

Nosso governo terá a marca da participação permanente da juventude na elaboração e fiscalização das políticas públicas. Vamos investir em espaços de esporte, cultura e lazer para a juventude; Vamos realizar o Programa “Jovem Empreendedor” e garantir mais oportunidades para a juventude. Vamos lançar editais de cultura com foco em projetos desenvolvidos nas periferias da cidade, contemplando as mais variadas expressões artísticas, com a dança, o teatro, a música, o grafite. Hoje, perdemos parcela significativa dos nossos jovens para a criminalidade, porque nossa juventude não se sente parte da cidade. Precisamos conquistá-los, vencer a guerra contra o crime e as drogas, e isto só é possível ampliando direitos. Nossa candidatura nasceu da esperança e da certeza de que é possível construir uma cidade mais humana, um espaço de vida feliz. Vamos inovar! Trazer Belém para o século 21! Fazer uma Gestão com participação popular e muita transparência. 

Por Alinne Morais e Rebeca Nogueira.

Também no LeiaJá:

Entrevista com professor Ivanildo

Entrevista com Professor Maneschy

Entrevista com Edmilson Rodrigues

Entrevista com Cleber Rabelo

 

O vereador e candidato a prefeitura de Belém Cleber Rabelo (PSTU) falou sobre sua plataforma de governo. Ele trabalhou por 14 anos como servente de pedreiro. Nas eleições de 2012, foi o terceiro vereador mais votado da coligação PSOL/PSTU, com pouco mais de 4 mil votos. O político é também o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, desde 2003.

Cleber Rabelo criticou o BRT, principal obra da atual gestão municipal. "Eu já falava há um bom tempo que as obras do BRT não iam resolver o problema do transporte urbano em Belém. Já existiam estudos sobre o aumento anual de veículos, e o BRT é uma pista expressa, mas que se encheu de paradas na Almirante Barroso que inclusive vão atrasar as obras." Veja, abaixo, a entrevista do candidato, a quarta da série publicada pelo LeiaJá.

##RECOMENDA##

* Na área da saúde, se for eleito, quais são seus projetos?

O tema da saúde não envolve uma política específica só na questão da saúde diretamente. O tema do saneamento básico é fundamental na prevenção de doenças. Então esse tema na verdade já é uma calamidade pública em nosso município, porque 2,25% das residências é que têm direito à coleta de esgoto com tratamento e água encanada com tratamento. Então, ou seja, tem menos de 3% das residências do município de Belém com rede de esgoto tratada e água tratada, é um problema na saúde, porque na verdade as crianças têm contato direto com água contaminada, adoecem e por aí vai. Para cada real investido no saneamento se economizam três na saúde. O tema da saúde tem a ver com atacar este problema do saneamento, mas principalmente atacar o problema da atenção básica da saúde. Os agentes comunitários de saúde, os agentes de combate à endemia, que não têm um tratamento qualificado pelo município, pela prefeitura, precisam ter mais estrutura para poderem trabalhar. O nosso tema central em relação à questão da saúde é deixar de repassar o dinheiro público para empresas privadas – os laboratórios ou clínicas que prestam serviços para a prefeitura – para investir na saúde pública municipal. Muitas vezes com esses convênios [com clínicas e laboratórios], você não tem uma fiscalização de fato, por exemplo se realmente aconteceu aquela quantidade de exames – seja de raios-x, ultrassom, de uma série de coisas – então nós queremos pegar o dinheiro público e investir na saúde pública do município para fortalecer a saúde. 

* O que pretende fazer a respeito das longas filas e falta de leitos nos hospitais e PSMs?

Essa discussão já foi travada várias vezes na Câmara Municipal, e como vereador já tenho debatido esse tema, e na verdade Belém não tem um hospital de retaguarda. Para que se faça as cirurgias e o paciente vá para o hospital de retaguarda para recuperação. O Zenaldo propagandeou muito a compra do [hospital] Porto Dias, naquele valor “pequenino” de R$ 100 milhões, e isso acabou não se efetivando. E a tal parceria que ele falou tanto com o governador do Estado, discutiram a compra do Hospital Samaritano. Compraram o Samaritano por R$ 12 milhões, pagaram dois milhões e ficaram devendo 10, o dono do hospital inclusive lacrou lá, e não está tendo esse atendimento para a população. Isso foi um negócio muito mal planejado porque lá sequer tem elevador. O que Belém precisa na verdade é disso: a construção de um hospital de retaguarda para desafogar a central de leitos e das cirurgias de alta complexidade.

* Qual sua proposta para a educação? Mais escolas ou aumento de qualidade nas já existentes?

Na educação é essencial dar uma atenção especial para as crianças. Os dados de 2010 revelaram que em Belém havia mais de 78 mil crianças de zero a três anos. E apenas 4,5% dessas crianças eram atendidas pelas creches municipais. Outra pequena parte era atendida por iniciativas privadas e pouquíssimos pela rede estadual. Portanto, mais de 71 mil das crianças estavam fora das creches. Essa realidade não mudou em Belém. Eu tenho uma política de creches que é importante porque vai avançar na geração de renda das famílias. A nossa prioridade na questão da educação é a construção de creches para dar atenção às crianças. Nas escolas, precisa-se de investimento para que possamos ter uma política de reforma e ampliação do que já tem para dar uma educação de mais qualidade, mais conforto. É um absurdo que as escolas daqui do município ainda funcionem com ventilador. Outro tema para nós é de que a educação não deve se restringir simplesmente à sala de aula. É necessário implementar mais políticas públicas nas escolas. Quem estuda de manhã tem que ter atividades extracurriculares de tarde, e vice-versa. Temos uma proposta de introduzir nas escolas a dança, teatro, música, capoeira, ou seja, introduzir a arte, cultura e lazer nas escolas para desenvolver as aptidões dos estudantes enquanto ainda estão jovens. Combater a violência também é ter políticas públicas, principalmente na educação.

* E a acessibilidade para os deficientes nos setores da educação e transporte público?

Este é um tema muito caro e difícil. Para os deficientes visuais ou físicos, precisa de uma política não só nas escolas mas no município. A locomoção é muito difícil em Belém, as calçadas não são padronizadas. A pista do BRT mostrou esses problemas, ocorreram vários acidentes, há uma dificuldade muito grande para as pessoas atravessarem a rua. Esta pista ficou desnivelada, então não tem uma acessibilidade melhor para cadeirantes. Então deveriam ter políticas de padronização das calçadas, acessibilidade nas escolas, não só rampas como também elevadores, e os ônibus que também têm uma deficiência muito grande em relação a isso. Tem ônibus que tem sim o acesso, mas muitas vezes não funciona. Às vezes o cadeirante precisa subir no ônibus mas o elevador não funciona. Isso acontece porque não há uma cultura de dar atenção para essas pessoas, tanto por parte dos empresários quanto por parte dos rodoviários, há uma pressa imensa para cumprir horário, que tem motorista que não quer parar nem para idoso, quanto mais deficientes, que vão atrasar o tempo dele. 

* Você pretende finalizar as obras do BRT e a expansão da Bernardo Sayão?

Eu já falava há um bom tempo que as obras do BRT não iam resolver o problema do transporte urbano em Belém. Já existiam estudos sobre o aumento anual de veículos, e o BRT é uma pista expressa, mas que se encheu de paradas na Almirante Barroso que inclusive vão atrasar as obras. Ainda não temos noção do funcionamento porque as estações não estão funcionando de fato com o BRT e com os ônibus que têm que transportar as pessoas pros bairros. Ela é uma obra insuficiente, caríssima, que não vai resolver o problema mas deve ser acabada. E justamente por ser insuficiente nós queremos discutir a implementação do transporte fluvial, que saia de Belém e passe por Outeiro, Icoaraci, Pratinha, Ver-o-Peso, e vá até a UFPA. Se houver barcas de qualidade, que nem as do Rio de Janeiro do trajeto Rio-Niterói, barcas velozes e que transportem com segurança, você desafoga muito o trânsito na Augusto Montenegro, rodovia do Tapanã e Almirante Barroso fazendo esse transporte pelo rio. Queremos cumprir aquilo que está na lei orgânica do município, que é a criação de uma empresa municipal de transporte, que não vise o lucro como os empresários de ônibus, aí é possível para o município garantir passe livre para os estudantes e desempregados. O passe livre dá direito a educação para os filhos dos trabalhadores.

* Uma das maiores preocupações é a crescente violência no Estado. Qual seu projeto para melhorar a segurança pública?

Para avançar nesse tema do combate à violência precisa-se de uma política de geração de emprego e renda que englobe um plano de obras públicas que tenha a questão da moradia popular para pessoas de baixa renda e reforma de escolas, unidades básicas de saúde e o saneamento. Nesse tema da iluminação pública, não só a prefeitura tem que garantir a iluminação como é importante a isenção de taxa, inclusive de IPTU, para desempregados e pessoas de baixa renda, porque a taxa de iluminação publica é muito alta, são várias pessoas que pagam pelo mesmo poste, tem um poste a cada 30 ou 50 metros, então 10 a 15 casas pagam um valor de uma taxa que é sobre o valor do consumo da sua energia, e quanto mais a pessoa gasta maior fica a taxa. Para pessoas de baixa renda nós queríamos criar um valor fixo e baixo de iluminação pública, isentar para pessoas desempregadas e garantir que tenha iluminação principalmente nos bairros periféricos, que são completamente abandonados pelo município.

* Você tem alguma medida ecológica planejada?

No tema ecológico uma das principais questões que precisa ser feita em Belém é o caso de calamidade pública, o saneamento básico, o tratamento da rede de esgoto que não existe. Esse é um dos temas centrais que tem a ver com a despoluição dos rios. Belém é cortada por vários rios e canais em que a rede de esgotos é diretamente despejada. Ter esse plano de despoluição dos rios de um programa ambiental que trate a rede de esgoto é fundamental. Temos aqui o Canal São Joaquim, mas as pessoas viajam daqui pra passear em Paris no Rio Sena. Se fosse desassoreado, tratado, despoluído, isso daqui é um prêmio que a gente tem que não é valorizado pelo poder público.

* Sobre o setor de Turismo, qual sua opinião?

O Turismo tem que ser tratado por aí, um plano que despolua e trate os rios como um patrimônio do município, mas não só isso. Eu acho importante incentivar a cultura popular – como o carimbó – por que às vezes se dá ênfase mais para outras questões que privilegiem as grandes redes de hotéis. Um dos nossos símbolos foi o mestre Verequete, que quase morre e não conhece o Theatro da Paz, não teve sua cultura exposta ali. Então incentivar a cultura popular pra resgatar isso é importante, pois queremos que as pessoas venham pra cá, não somente para conhecer as ilhas, como o Marajó, mas também para conhecer a cultura cultivada pelo nosso povo. O que nós temos hoje como grande patrimônio é o Arraial do Pavulagem, mas tem outras culturas que não recebem o incentivo do governo para que possa ter esse resgate e que os turistas possam conhecer a nossa cultura com muito mais ênfase.

* De que forma você pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores de construção civil ou a classe operária em geral?

É muito difícil ter um plano que mude de qualidade a vida dos trabalhadores da construção civil, quando se fala em termos de salário. Essa é uma luta que fazemos todos os anos pra tentar melhorar, mas em contrapartida o patrão quer muito trabalho mas não quer pagar um bom salário. No terreno da construção civil o que eu vou fazer como prefeito de Belém é aumentar a fiscalização de combate aos acidentes em obras, principalmente as mortes, que têm índices altos no nosso município. A prefeitura tem que agir com uma firmeza muito maior nessa área da segurança do trabalho, para que as pessoas não percam seus entes queridos. Eu mesmo, em 2011, perdi um primo que caiu do 11º andar na obra da Conselheiro e morreu na hora. Vocês sabem que eu sou operário da construção civil, sou trabalhador. A falta de segurança nas obras é constante, mas melhorar como prefeito a vida dos trabalhadores da construção civil significa ter um plano de obras públicas voltada a atender a questão de moradia a essas pessoas. 

* Seu projeto para a redução de salário dos vereadores foi bastante polêmico. Como você lidou com as críticas e a oposição?

Houve criticas de todos os lados. Nosso programa é contra esses privilégios dos políticos, não só dos vereadores, mas dos deputados estaduais, deputados federais – inclusive, no início desse ano, o Zenaldo se aposentou como deputado estadual ganhando mais de R$ 25 mil por mês – enquanto isso, o Michel Temer quer aumentar a idade da aposentadoria dos trabalhadores para 65 anos. Querem que o trabalhador morra de trabalhar e não se aposente, enquanto deputado federal não abre mão de dois mandatos e depois de oito anos se aposenta com um salário gordo. Nós achamos isso errado. Um vereador ou deputado deveria viver com um salário de professor, saber a realidade do trabalhador; e esse dinheiro que hoje é privilégio de poucos, ser usado pra atender a população na saúde, educação, moradia, e saneamento básico. Na Câmara eu fui o único vereador que votou a favor do meu projeto, do restante uns votaram contra e a maioria votou em uma emenda colocada pelo vereador Moa Moraes que tornava a redução facultativa: quem quisesse abrir mão do salário abria e quem não quisesse continuava com o mesmo pagamento, e isso foi aprovado. 

* Qual é a média de gastos da sua campanha eleitoral? Você doa metade do seu salário pro partido. O orçamento vem inteiramente destas doações ou há outras fontes de renda?

O nosso partido não aceita dinheiro de empresários para fazer campanha, pois achamos que essa é a grande debilidade do país: os candidatos recebem dinheiro das empresas e depois de eleitos as empresas vão cobrar; nenhuma empresa dá dinheiro sem interesse. Foi isso que se revelou na operação Lava-Jato, na lista da Odebrecht, ou seja, o próprio dono da Delta, uma empresa de construção civil, deu uma entrevista – acho que para a revista IstoÉ ou a Veja – e falou “se eu investir 30% em uma campanha de um candidato eu vou ganhar três vezes mais”. Ele sabe que aquilo não é um beneficio, é um investimento e que ele vai ter um retorno, tanto é que as mesmas empresas – Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez – doaram tanto para a campanha da Dilma quanto a do Lula, do Aécio Neves, da Marina Silva, de todos eles, porque sabiam que qualquer um que ganhasse ia ter aquela gorda fatia de retorno. A nossa campanha nesse sentido tem muita dificuldade, pois além de termos um tempo reduzido na televisão isso torna difícil a gente expressar as nossas opiniões e propostas. A nossa campanha se dá com doações dos trabalhadores. Organizamos um jantar e vendemos convites para arrecadar grana. Não pagamos ninguém para fazer panfletagem ou balançar bandeira, são os militantes do partido, alguns ativistas, e algumas pessoas que apoiam a nossa campanha que vão nos ajudar nos bairros.

Por Caio Matheus Sousa e Luísa Mitschein.

Também no LeiaJá:

Entrevista com professor Ivanildo

Entrevista com Professor Maneschy

Entrevista com Edmilson Rodrigues

 

 

 

 

Candidato à prefeitura de Belém pelo PRTB, o professor Ivanildo Gomes afirma não seguir ideologias partidárias e diz que não balança bandeiras. O mote de sua campanha gira em torno do fato de ser um cidadão, e não um político de carreira.

Casado, Ivanildo Gomes tem 61 anos e é  licenciado em Letras-UFPA, Mestre em Linguística, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduado em MBA em Gestão de Projetos na Administração Pública, Pós-Graduando em Libras, Moderador em DG e Analista de Pesquisa de Mercado, Opinião e Pesquisa. Veja, a seguir, a entrevista do candidato, mais uma da série preparada pelo LeiaJá. 

##RECOMENDA##

* Quem é o professor Ivanildo?

O professor Ivanildo é um cidadão que se apresenta como um não político. Político, na acepção da palavra que eu uso, é político de carreira; aquele que faz carreira política, que opta pela carreira política. Eu sou cidadão, professor de escola pública, licenciado em Letras, Mestre em Linguística, especialista na área de administração de projetos na gestão pública, gestão de pessoas, gestão por competência, pregoeiro, licitador, servidor público da SEDUC há 24 anos e cristão católico praticante. Fundei um movimento de solidariedade que presta ajuda assistencial às pessoas que precisam e que nunca pensou em ser candidato a cargo público algum, veio de um movimento no Brasil contra a corrupção e que atendeu a um pedido dos promotores de Curitiba e de apoio total juiz Sérgio Moro, apoio à Lava Jato. Um dos dez itens contra a corrupção seria não reeleger político profissional e o cidadão de bem se lançar candidato às eleições para verificar se o povo brasileiro realmente quer acabar com a corrupção, quer dizer não à política que está aí, quer dizer não aos políticos de carreira e que não votam também por ideologia. Este é o professor Ivanildo.

* O senhor recebeu um convite para aderir ao partido e ingressar na carreira política? Como se deu esse processo?

Eu não ingressei na carreira política, eu estou disputando um cargo público, que é o de gestor da cidade, até pela formação que eu tenho dentro da área de gestão, e minha formação humana e cidadã enquanto professor que está em sala de aula. Eu responsabilizo os maus políticos por tudo que há de ruim, de desgraça, de corrupção, de morte por falta de assistência médica, por falta de oportunidade, pelo crescimento da violência. Eu culpo os políticos de carreira; é por isso que eu não aceito nenhuma comparação ao me chamarem de ‘ah, você está concorrendo a cargo político’. Não. Público é diferente, público não é político. Político é aquele que você faz a distribuição, depois, dos cargos e você vende a sua alma ao diabo. Público é aquilo que você é servidor, como eu sou. O meu patrão é o aluno que está na sala de aula, é o pai, é a mãe dele, é o cidadão. Eu sou a favor da eleição sem partido, eu me sinto mal sendo candidato por um partido, porque eu não defendo bandeira de partido, eu defendo a bandeira do cidadão. A lei é clara, quem vota tem o direito de ser votado, então se eu quisesse ser candidato a um cargo público bastava eu pegar meu título de eleitor, ir ao TRE e dizer que eu quero concorrer à eleição, e isso me faz bem, porque eu não defendo ideologias, eu defendo ideias. Não aceito nenhuma acepção a mim dizendo se eu sou de direita ou se eu sou de esquerda. Eu tenho braço esquerdo e braço direito, e tenho um tronco no centro. Eu sou cristão, a minha única ideologia, se existir, é Deus, meu único mentor é Jesus Cristo. Então, eu fui convidado a entrar no partido para ser candidato, declinei três vezes; eu já não entrei pelo partido, entrei pela pessoa, que é presidente do partido aqui na região, e que também faz trabalho humanitário. A minha campanha é feita exatamente como qualquer cidadão quer: é uma campanha limpa, é uma campanha que eu não faço carreata, pois eu sei o que é passar uma carreata barulhenta na porta de quem tem criança ou de uma pessoa hipertensa, como eu sou, que tem uma sogra com Alzheimer e sei como ela fica quando passa uma carreata com barulho. Então, a minha campanha talvez não seja conhecida; as pessoas estranham o fato de e eu ser um candidato, mas eu sou um candidato com princípios.

* Apesar de dizer que não lhe agrada a questão partidária, o PRTB é um partido que diz lutar em defesa da família. Como o senhor se relaciona com a luta em defesa da família no partido?

Com relação ao partido, não é que eu desgoste, é que eu não optei por partido. O lema do partido é um lema que eu defendo: ‘Família e pátria’. Quem não defende família e pátria? Agora, defender família e pátria não é assumir ideologias. Eu sou contra qualquer forma de ideologia que leve ao sectarismo, ao radicalismo, pra isso nós estamos vivendo o Estado Islâmico, pra isso nós tivemos o nazismo, pra isso nós tivemos o fascismo, então nós não podemos ser xiitas nem de esquerda, nem de direita; e eu não sou de esquerda nem de direita, eu sou um ser humano cristão, católico, que frequenta uma igreja que tem exatamente os meus princípios, e a família é um deles, pois sou um bom pai, tenho filhos maravilhosos, tenho minha esposa há 28 anos, e acho que a família é a base de tudo.

* O senhor afirma que é cristão. Isso pode de alguma forma afetar no apoio ou na forma de conduzir políticas públicas para a população LGBT da cidade?

Se todos nós tivéssemos o princípio cristão que eu tenho baseado no são Francisco de Assis e numa passagem bíblica, ‘tive fome, me deste o que comer, tive sede, me deste o que beber’, padrinho e tio de Maicon, aluno de Letras e homossexual, você acha que como cristão eu aceito qualquer tipo de discriminação? Jesus Cristo não discriminou ninguém. Meu princípio diz que todos somos iguais, porque a natureza nos limita, nós nascemos pelo mesmo processo da criação, somos limitados pela natureza humana, um pobre, um rico, um branco, um negro, um homem, uma mulher, um hétero, um homossexual. Se nós pegarmos todos e colocarmos dentro de uma câmara de gás por uma hora, ao abrir, o que você vai encontrar ali dentro são seres humanos mortos. Nós somos humanos, nós podemos ter pigmentos de pele diferentes, nós podemos ter opção sexual ou prazer sexual diferentes, eu posso pensar e agir de forma diferente, mas nós somos iguais na natureza. Se um de nós perder uma perna, o rico pode pegar a perna mais moderna e mecânica, um pobre pode colocar uma muleta de madeira, mas mesmo assim é uma perna artificial, porque somos limitados. Então, eu não imagino, nunca pensei em alguém que faz um governo que diferencia. O governo é para tornar todos iguais.

* E para o senhor, qual é o conceito de família?

O conceito de família é: todos aqueles que vivem debaixo do mesmo teto, ou mesmo separados que têm uma relação de afetividade, de amor, que ultrapassa o que a concepção de amor possa querer explicar. Independentemente de tudo. Família é família. Não quero nem saber como família vai ser constituída ou não, família é família. Família é um princípio que eu não preciso ser teu pai para te ter como filho.

* Hoje, qual o senhor considera ser o maior problema da capital?

O maior problema da capital é infraestrutura. Isso no todo; Belém não cumpre lei orgânica. Belém eu chamo de Belém da metade e Belém da maldade. Belém da metade porque todas as obras que se busca fazer aqui, elas começam e não terminam, o dinheiro acaba e ninguém sabe para onde vai. Belém não termina obra. BRT tem oito anos. Temos a macrodrenagem do Tucundúba, várias que começaram há vinte anos atrás, nunca terminaram e a cidade vai alagar de novo. Nós temos um sério problema: não se cumpre o código de postura de Belém. Em Belém se faz o que quer, se bota o que quer onde quer e atrapalha a vida de todo mundo. Ninguém se movimenta porque pensa em voto, político pensa em voto, eles não vão mexer agora em Belém porque podem perder voto. Mas se eu fosse elencar um problema, seria a falta da revitalização do centro histórico de Belém.

* Então esse é o seu principal lema na candidatura?

A infraestrutura, porque é o que tu sentes. Quando chove, o que que tu sentes? Quando tu sais da tua casa que tu pisas na lama, tu sentes o quê? Falta do asfalto. Quando tu vais querer passear na cidade, tu não tens para onde ir, não tens onde caminhar, quando queres ir no cartão-postal, você tapa o nariz ou então você esconde o celular porque você vai ser assaltado. Então nós temos um problema de lixo, de sujeira, temos problema de desorganização urbana com vendas, com tudo, falta de acessibilidade, pessoas com deficiência física e idosos não têm como andar em Belém, as calçadas são irregulares ou tomadas de mato. Quando você atinge esse problema da infraestrutura, da má infraestrutura, você consegue resolver outros problemas. Essa é a eleição mais triste que eu já vi na minha vida, porque a palavra que mais se usa é guarda municipal. Não se fala mais nem de professor, nem de educação; e outra coisa, a educação é ruim, que já tem candidato que sabe que nesse município a educação é realmente um inferno, tanto é inferno que ele tá prometendo até os céus.

* E caso eleito, existem grandes obras planejadas, fora as que estão por terminar?

Pretendo transformar as escolas em escolas-creches. Não é ensino integral. Não é construir, porque elas já estão construídas nos bairros, é transformar, adaptar para que a criança entre lá 7 da manhã e só saia de lá às 18 horas. E mexer na equipe que vai trabalhar dentro da escola municipal. Eu vou fazer concurso e um projeto de lei para que a equipe de todas as escolas municipais e fundamentais seja multidisciplinar, tenha obrigatoriamente o professor, o diretor, o psicólogo, o assistente social, o nutricionista, o psicopedagogo, o fonoaudiólogo, para que eles possam atuar e fazer concurso para médicos, para que esses possam fazer parte também dessa equipe, para que a criança fique ali o dia todo, além de contar, claro, com os profissionais que já existem, de educação física, arte e todos os outros. Então, é transformar essa escola. Essa é também a maneira que eu tenho de combater a violência. Eu sou contra, apesar de haver concurso, mas dizer que vai contratar 500 guardas municipais e motorizar. Não. Guarda municipal tem que trabalhar como uma guarda comunitária, ela tem que estar andando nas ruas, nas calçadas, fazendo que se cumpra o código de postura nos prédios públicos; escola que for pública vai ter que ter faixa de pedestre, porque só se coloca faixa em escola particular, não se coloca em escola pública, educação fiscal, educação cidadã dentro da escola, educação de trânsito, porque eu preciso educar a criança, porque amanhã ela vai ser adulta. Em Belém a política parece que é a política da promessa, eles ficam prometendo, e sabe por que isso? Eu sei porque eu trabalho com pesquisa. Porque o povo brasileiro paraense gosta de ouvir promessa. Não é à toa que nós somos devotos, a maioria, de Nossa Senhora de Nazaré e a eleição é em outubro: porque o povo gosta de promessa.

* O senhor acredita que em quatro anos consegue solucionar pelo menos 80% dos problemas de Belém?

Quatro anos não dá para fazer tudo. Mas dá para você arrumar Belém em um. Em um tu fazes a cidade voltar a ser uma cidade onde você tenha praças. As praças já existem, então tu não vais construir a praça. Tu já tens as praças, tu já tens os logradouros, tu já tens as calçadas, tu já tens a infraestrutura que Belém precisa. O que tá faltando é você arrumar. Ajeitar Belém, tu ajeitas em um ano. Eu não imagino numa Belém com obras faraônicas, eu imagino uma Belém para resolver infraestrutura, por exemplo, alagamento, nós temos que resolver alagamento, porque nós temos uma cidade que alaga. Como prefeito, eu não prometo nenhuma obra faraônica, eu prometo pegar o que tem e ajeitar.

* O senhor acredita que pode ganhar?

Eu? Claro que não. Quando eu vim à eleição, eu já sabia que não poderia ganhar, porque o que todo mundo pergunta, o que todo mundo diz, ‘você não é conhecido’. Eu acho que Belém perdeu.

Por Mateus Miranda e Arthur Siqueira.

Também no LeiaJá:

http://www.leiaja.com/politica/2016/09/28/professor-maneschy-tem-plano-c...

http://www.leiaja.com/politica/2016/09/28/edmilson-anuncia-criacao-de-se...

 

Aos 61 anos, o ex-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) Carlos Maneschy se lançou ao desafio de disputar a prefeitura de Belém. Doutor em Engenharia Mecânica, Maneschy pretende levar para a gestão do município sua experiência como administratdor do terceiro maior orçamento do Estado, a universidade, como costuma falar em campanha. Embora filiado a um partido tradicional, o PMDB, que tem como lideranças no Pará o senador Jader Barbalho e o ex-ministro Helder Barbalho, Maneschy se apresenta como "novidade", mas com experiência de mais de 30 anos de vida pública. A seguir, veja a entrevista do candidato, a segunda da série com os concorrentes à prefeitura de Belém.

* Qual a sua proposta para evitar os “recorrentes caos” no sistema de saúde do município? Pois em sua campanha, você fala que não irá aceitar grávida, idosos e crianças sem atendimento.

##RECOMENDA##

Chamamos nosso programa para essa área de “Saúde tem pressa”, porque não temos mais como admitir esse caos. Para a urgência e emergência, vamos colocar em funcionamento as unidades 24 horas, já que saúde também não tem hora. Vamos construir o pronto-socorro do Bengui, e escolhemos aquela área por ser a de maior expansão da cidade, abrangendo bairros como Tapanã, Pratinha, Cabanagem e Parque Verde, onde vivem mais de 600 mil pessoas, que significa quase metade da população de Belém. Em relação às grávidas, crianças e idosos, a melhora na gestão das unidades básicas, inclusive com sistema informatizado, e a requalificação de quadros dos profissionais vão garantir que as grávidas realizem todas as consultas previstas do pré-natal, o funcionamento do programa de atenção ao idoso e de atendimento à criança.

* Em sua propaganda política, você fala em chamar a Força Nacional para Belém. Essa medida será permanente ou pretende fazer uma “reforma” na segurança pública municipal?

Eu gostaria primeiro de esclarecer que, por se tratar de segurança ostensiva, que é competência do Estado, eu tenho sempre dito que vou pedir a parceria do governo do Estado para trazer a Força Nacional para Belém. Algumas cidades em situação crítica fizeram isso, e seria uma medida temporária até que de fato se possa reestruturar o lado municipal que dá apoio à segurança, colocando a Guarda Municipal nas ruas de Belém, com 500 homens em ronda, sendo 200 motorizados, iluminando e pavimentando as áreas críticas para que os veículos da segurança possam ter acesso.

* A população clama por uma melhoria no transporte público. Como você resolveria isso?

A resolução do transporte não é imediata, mas é possível. Primeiro com a conclusão das obras do BRT que estão em ritmo muito lento, ampliando o projeto até o Centro. Além disso, é preciso reorganizar as linhas alimentadoras para que a integração do transporte, tão comuns em outras capitais, sejam de fato implementadas em Belém.

* Sobre o BRT, imagino que você pretende concluir a obra. Mas pretende mudar o projeto?

Como dissemos, vamos sim concluir, pela importância e por se tratar de recursos públicos parados com uma obra que está extremamente lenta. O projeto atual sozinho não atende as necessidades de desafogar o trânsito, por isso vamos elaborar o projeto executivo e captar recursos para ampliar um braço do BRT via Independência e Pedro Álvares Cabral para chegar até o Centro. Além disso, reorganizar as linhas alimentadoras para que as estações de fato possam ser integradas e os trabalhadores paguem um preço justo para realizar grandes percursos que exijam a troca de ônibus em vários trechos.

* Você administrou a UFPA, a qual possui a terceiro maior orçamento do Estado, conforme você fala em sua campanha. Um orçamento de uma cidade como Belém certamente é maior. Em quatro anos, como você pretende investir?

Belém tem muitas questões sérias a serem resolvidas na saúde, mas também queremos investir em obras na educação e transportes. Além disso, a UFPA me deu uma grande experiência em captação, em trazer recursos externos com bons projetos, e isso pretendemos colocar a serviço de Belém.

* Para a educação, você quer implantar o projeto CEUs em Belém. Como esse projeto pode melhorar a educação na nossa cidade?

Vai melhorar muito, porque melhora um processo que envolve a famíia e a comunidade. Os dois primeiros serão em área muito carentes, um no Jurunas e um no distrito de Icoaraci. Os CEUs são escolas de qualidade com três refeições por dia, piscina, teatro e quadras de esporte, que vão manter os estudantes com uma jornada de atividades em tempo integral, e aos finais de semana vão atender às famílias e à comunidade com seus espaços de lazer. É uma experiência que já deu certo em outras cidades e também vai dar certo em Belém.

* Belém é uma cidade linda e deveria ser mais limpa também. Você pretende mudar esse cenário de muito lixo pelas ruas? Se a população colaborar por uma cidade mais limpa, as pessoas poderiam ter isenção em alguma taxa pública? Multa para quem jogar lixo na rua?

Eu acredito que não jogar lixo nas ruas é uma questão de educação, de amor pela cidade, e isso não deve depender de taxas públicas. Esse tipo de recurso deve ser investido em campanhas educativas, manutenção de lixeiras, porque também é verdade que muitas vezes as pessoas não querem jogar o lixo na via pública, mas, ou não encontram lixeiras, ou encontram em situação precária. Queremos investir nesses equipamentos, na regularidade da coleta e na fiscalização para minimizar o derrame de lixo nas ruas.   

* O saneamento básico é uma questão pertinente em alguns bairros de Belém. O que você irá fazer em relação a isso?

Queremos começar pelas áreas mais críticas, as de maior expansão em Belém, com a macrodrenagem de algumas bacias estratégicas, como as do Pararcuri e canal do igarapé Mata-Fome. Mas saneamento é também tratamento de água e esgoto, que em Belém, na  segunda do década do século XXI, ainda tem coberturas precárias. Vamos implantar microssistemas de água que não dependam da Cosanpa e ampliar o tratamento de esgoto sanitário.

* Belém é uma cidade rica em cultura e com um potencial turístico muito grande. Você possui um projeto para essa questão?

Sim, tanto acredito que temos que recuperar nosso patrimônio histórico quanto pretendo investir nas ilhas, especialmente Mosqueiro, que tem uma estrutura para gerar emprego e renda com o turismo, só precisa de incentivos, como a recuperação e reconstrução das orlas, e tenho um projeto que deu certo na UFPA e está em fase final, usando tecnologia dos nossos engenheiros e recursos em parceria com o governo federal.

* No seu mandato, zero corrupção? Estará atento?

Estarei atento, como estive na UFPA e como estive na Fadesp. Tenho uma história de vida, uma biografia, tenho 61 anos e não entrei na política com essa idade para fazer a coisa errada.

* Em relação à homofobia, você irá debater e implantar políticas em relação a isso em seu mandato?

Eu sempre digo que uma das virtudes que precisam ser cultivadas e ampliadas em nosso tempo é a tolerância. Aceitar o outro é muito importante para as relações pessoais e para uma sociedade mais justa. E eu tenho essa virtude em minha história de vida e na minha história profissional. Minha gestão na UFPA foi a que mais incluiu: negros, quilombolas, pessoas com deficiência. Tenho desprezo por atitudes intolerantes, racistas e homofóbicas, e penso que essa questão, em especial, precisa de atenção e políticas públicas de respeito, como ampliação da identidade social para pessoas transexuais, melhora das políticas de saúde, educação e geração de renda para a comunidade LGBT.

Por Vitor Castelo e Yasmin Costa.

 

Candidato pelo PSOL, Edmilson Rodrigues já se considera no segundo turno das eleições municipais para prefeito de Belém. A firmeza vem dos números mostrados nas pesquisas mais recentes, em que ele aparece na frente e está, em todas as situações, de fato, no segundo turno. Em entrevista a Márcio Silva e Yáskara Cavalcante, Edmilson fala de seu programa de governo, de planos a curto prazo para a saúde, a segurança e a educação da capital paraense e, principalmente, da criação de secretarias estratégicas para gerar emprego para jovens e melhorar a vida da população belenense.

Formado em Arquitetura e com 59 anos, eleito deputado federal em 2014 e ex-prefeito de Belém por dois mandatos, Edmilson também fala sobre uma polêmica: a acusação de causar prejuízos de R$ 306 mil aos cofres públicos, questão que, segundo ele, está sendo resolvida. Veja, a seguir, a primeira entrevista da série com os candidatos a prefeito de Belém:

##RECOMENDA##

* Que avaliação o senhor faz da sua última gestão como prefeito de Belém e como ela vai impactar na sua administração, caso o senhor seja eleito em outubro?

A gestão coordenada por mim no município de Belém, entre os anos de 1997 e 2004, foi a mais premiada da história do Pará. Recebemos 56 prêmios nacionais e internacionais, inclusive da ONU, em reconhecimento pela excelência da gestão. Vemos nas ruas que a população guarda na memória algumas ações importantes que realizamos no passado, como a primeira grande revitalização da história do complexo do Ver-o-Peso, a reforma do Mercado de São Brás, quebramos o monopólio e criamos novas linhas de ônibus e fizemos a primeira ciclovia de Belém, em São Brás, só para citar alguns exemplos. Na futura gestão, vamos dar continuidade ao projeto Orla e ao BRT, porém, com foco na integração do transporte de ônibus com outros bairros e também com os municípios da Região Metropolitana, de forma a integrá-lo também ao sistema cicloviário e outros modais de transporte. No saneamento, fizemos a macrodrenagem do Una e a primeira etapa do Tucunduba; asfaltamos com drenagem bairros inteiros, como o Jurunas e a Pedreira; criamos o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém (Saaeb), que ampliou o acesso à água, beneficiando comunidades, principalmente, de Outeiro e Icoaraci; e construímos Estações e Tratamento de Esgoto na Pratinha e em Mosqueiro. Certamente, uma das questões mais lembradas das nossas gestões passadas é a participação popular. Ao invés do Orçamento Participativo e do Congresso da Cidade, teremos subprefeituras que farão o planejamento de desenvolvimento a nível distrital, definindo as prioridades de obras e serviços em cada bairro mediante a representação popular.

* Caso eleito, qual o primeiro projeto a ser executado pelo senhor?

Vamos criar a Secretaria Municipal de Segurança. Entendemos que hoje a falta de segurança é o principal problema enfrentado pelo povo de Belém. O Município pode e deve colaborar no enfrentamento dessa questão, de forma preventiva, inclusive, por meio de ações educacionais e de assistência social já citadas. Ainda, na segurança, vamos criar o Sistema Municipal de Segurança e Prevenção da Violência - que vai regular e fiscalizar a ação das forças de segurança na cidade -, executar a Política Municipal de Segurança, instituir o Conselho de Segurança, o Fundo e o Gabinete de Gestão Integrada Municipal. Faremos o concurso público para aumentar o efetivo da Guarda Municipal, que terá o papel de promover e proteger os Direitos Humanos, com a presença reforçada nos distritos. E ainda reestruturaremos o programa Anjos da Guarda, que, por meio de parcerias com os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), será ampliado para todos os bairros.

* O senhor anunciou, no lançamento de sua candidatura à prefeitura de Belém, que a atenção básica à saúde é uma das suas prioridades. Na prática, o que o cidadão belenense terá quando o assunto é saúde?

A saúde está abandonada em Belém. Vamos botar as unidades básicas para funcionar com médicos, remédios e insumos. Além disso, teremos uma unidade em cada distrito funcionando 24 horas, o que vai permitir o socorro mais rápido a pacientes que residem distantes dos Pronto-Socorros Municipais, como os moradores de Icoaraci, Mosqueiro e Outeiro. Também vamos fortalecer a saúde preventiva com o programa "Saúde em Casa", recompondo e ampliando as equipes de atendimento de saúde para proporcionar o atendimento de casa em casa. Isso ajuda a reduzir os custos com a saúde, sem dúvida. E ainda vamos implantar o primeiro Hospital Municipal Materno Infantil de Belém.

* O senhor também anunciou a liberação de crédito para os jovens. Como funciona esse projeto?

A nossa ideia é viabilizar o trabalho para a juventude. Através do programa "Emprego Jovem, Empreendedor Jovem" vamos estimular e apoiar os jovens por meio da qualificação profissional, ensinando um ofício, mas também capacitando para a abertura de pequenos empreendimentos, que poderão ser viabilizados por meio do Banco Municipal de Crédito e Fomento. Ainda, vamos oportunizar o acesso ao Primeiro Emprego através de campanhas municipais para o cumprimento da Lei da Aprendizagem Profissional (Lei 10.097 / 2000). Também vamos criar o Conselho Municipal de Juventude e o Fórum Setorial de Tecnologias Livres, como mecanismo de formulação e debates sobre inovação, criação e mobilização da juventude em torno do universo digital. Ainda, criaremos os laboratórios digitais, apoiaremos atividades de arte e esporte de rua e teremos o projeto "Se essa rua fosse minha", que vai abrir os espaços públicos para a população, especialmente os jovens, aos domingos e feriados, para realização de atividades esportivas, culturais, artísticas, econômicas de perspectiva solidária e criativa.  

* O senhor governou Belém entre 1997 e 2004. Esta semana, o portal da Veja na internet divulgou matéria em que o senhor aparece como condenado a ressarcir R$ 306 mil reais por danos causados aos cofres públicos. Essas questões foram resolvidas?

Discordamos dessa decisão e estamos recorrendo dela, por isso, os efeitos dela estão suspensos. Foi uma decisão emitida 12 anos após o término do último mandato coordenado por mim e com base em informações prestadas pela gestão do meu sucessor, Duciomar Costa, mesmo todas as contas da gestão coordenada por mim terem sido aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Neste caso, a compra de livros didáticos alvo dessa decisão também foi aprovada pelo Ministério da Educação. Ocorre que a inexigibilidade desta licitação foi tratada diretamente pela Secretaria Municipal de Educação (Semec), responsável pelo controle de estoque e pela seleção das obras. A equipe técnica selecionou a obra de um autor sem similaridade no mercado editorial e, nessa condição, o Tribunal de Contas da União (TCU) já tem entendimento firmado sobre a inexigibilidade da licitação. Temos boas perspectivas de reverter essa decisão.

* Existe algum projeto a curto prazo para atender as necessidades de trabalhadores ambulantes do Centro Comercial de Belém?

Na gestão anterior coordenada por mim, o Centro Comercial foi contemplado com o projeto "Via dos Mercadores", que iniciou a intervenção nas calçadas, no piso da via, nova iluminação das ruas e fachadas dos prédios. O projeto previa a implantação de bancos e lixeiras, de quiosques padronizados para os ambulantes, pontos de táxi e postos de informações turísticas, com a finalidade de organizar o centro comercial, incentivar o turismo e manter a atividade laboral dos ambulantes. A proposta era promover a inclusão social e resgatar o patrimônio físico e cultural da cidade. Mas, infelizmente, o desamor por Belém fez com que o mesmo fosse interrompido a partir de 2005. Creio que a retomada desse projeto ou a definição de outra proposta, se for o caso, depende do diálogo com os lojistas, ambulantes e moradores do centro comercial, exatamente como fizemos no passado.

* O senhor votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Sua relação com o PT está estreita? Há possibilidade de apoio da candidata Regina Barata ao senhor, no caso de segundo turno?

É importante observar que o Partido dos Trabalhadores não faz parte da minha coligação, o que já demonstra que não há qualquer relação estreita. A minha relação é respeitosa com todos os partidos e tenho orgulho de ter ajudado a construir o PT quando ele acolhia um projeto de construção coletiva de um futuro e presente menos desiguais e mais justos. Estou filiado ao PSOL há 11 anos. Desde então, é este o partido que acolhe minhas convicções e este projeto coletivo. Por esta razão, fui oposição ao governo Dilma desde meu primeiro dia como deputado federal, até sua saída, em defesa dos interesses do povo. A título de exemplo, votei contra todas as Medidas Provisórias que arrochavam a Economia colocando a conta para que o trabalhador, a viúva e o desempregado pagassem. Estive contra o projeto de Lei Anti -Terrorismo que criminaliza os movimentos sociais. Atuei pela suspensão da construção da Usina de Tapajós, que alagaria territórios Munduruku. Tive, inclusive, um projeto de Lei e uma emenda vetados pela ex-presidente. O que anistiava os PMs do Pará, que felizmente foi derrubado pelo Congresso. E a emenda que auditaria a dívida pública, cujo veto não conseguimos derrubar. O que não significa que fui conivente com um processo inconstitucional que forjaram na Câmara, sob a regência de um presidente corrupto, réu na Lava Jato e que foi inclusive cassado recentemente. Isto, sim, era favorecer a corrupção: agir de forma irresponsável colaborando com uma manobra coordenada por indicados e réus na Lava Jato. Para que, inclusive, ela não chegasse até eles. Sobre apoios à minha candidatura ao segundo turno, é precipitado falar em qualquer acordo, uma vez que sequer temos o resultado do primeiro turno. Não há qualquer diálogo precipitado com qualquer outro candidato.

* O senhor acha que está no segundo turno, como mostram as pesquisas?

A última pesquisa divulgada foi feita pelo Instituto Paraná e divulgada no dia 16 de setembro. Nela, estou com 33,9% das intenções de voto. Os outros dois candidatos mais próximos têm 21,3% e 19%. Antes desta divulgação, no dia 10 de setembro, IBOPE também publicou sua pesquisa mais recente na qual tenho 36% das intenções de voto, e os outros dois candidatos mais próximos aparecem com 24% e 20%. Desta forma, as pesquisas indicam que, em qualquer cenário, estou no segundo turno. Mas, sabemos, nossa campanha não é fácil. Temos pouco tempo de TV e muito menos recursos que as demais campanhas cujos candidatos estão melhor posicionados nas pesquisas. Temos, contudo, um engajamento das pessoas nas ruas que enxergam em nossa candidatura a possibilidade de ter uma Belém, de fato, melhor para se viver. As entrevistas e debate recentes também nos dão oportunidade de mostrar, com mais fôlego, nosso programa e propostas. Nesse sentido, apesar de uma difícil disputa e de condições penosas de se fazer campanha eleitoral, temos elementos favoráveis que nos levam ao segundo turno.

*O que o senhor fará de diferente agora do que fez nos oitos em que governou Belém? Que erros não cometeria?

Quando fui prefeito, gostaria de ter entregue o terceiro PSM no Barreiro, distrito da Sacramenta. Deixei o prédio pronto, mas os gestores que me sucederam não deram a destinação programada para esse prédio, não fizeram outro PSM e nem ampliaram o prédio do Guamá. Ainda na saúde, tive o objetivo atingir 100% da cobertura dos lares pelo Programa Família Saudável, avançamos bastante de forma inédita até então. Mas, hoje, infelizmente, esse programa recrudesceu, pois está com equipes reduzidas e estrutura esvaziada. Já na educação, eu trabalhei para erradicar o analfabetismo através do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), porém, os recursos federais sofreram cortes e, apesar de termos avançado bastante, não atingimos a meta. No saneamento, a meta era atingir 100% do abastecimento de água à população de Belém. Apesar de termos ampliado o acesso à água, ainda deixamos um déficit de 90 mil habitações. Hoje, esse número está em 300 mil. Sobre a macrodrenagem, queríamos ter concluído também a do Tucunduba, mas teremos a oportunidade de fazer isso agora, se o povo de Belém me julgar merecedor do seu voto, no próximo dia 2 de outubro.

Por Márcio Silva e Yáskara Cavalcante.

 

A quatro dias das eleições municipais de 2016, os candidatos a prefeito de Belém aceleram o ritmo da campanha. Com pesquisas nas mãos e militantes nas ruas, os concorrentes trabalham para conquistar eleitores com projetos de gestão que envolvem questões fundamentais na administração pública. Saúde, saneamento, educação, transportes e segurança pública estão entre as principais demandas da sociedade belenense.

O LeiaJá Pará encaminhou convite para entrevistas a todos os candidatos. Edmilson Rodrigues, Cleber Rabelo, Professor Ivanildo, Professor Maneschy e Lélio Costa atenderam à solicitação. Zenaldo Coutinho, atual prefeito, Éder Mauro, Regina Barata e Luís Alberto Menezes não responderam aos e-mails de solicitação. Úrsula Vidal respondeu que todas as informações sobre seu programa de governo estão no site da campanha. Abaixo, saiba quem são os candidatos à prefeitura da capital paraense, conforme registro no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Acompanhe as entrevistas que serão divulgadas no LeiaJá.

##RECOMENDA##

CARLOS EDILSON DE ALMEIDA MANESCHY (PROFESSOR MANESCHY)

PMDB (15)

Coligação PARA O BEM DE BELÉM (PMDB / PP / PMB / PRB / PHS / PROS)

OCUPAÇÃO: PROFESSOR DE ENSINO SUPERIOR | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELEM | IDADE: 61 | BENS: R$ 918.762,09

EDMILSON BRITO RODRIGUES (EDMILSON)

PSOL (50)

Coligação  JUNTOS PELA MUDANÇA (PDT / PSOL / PPL / PV)

OCUPAÇÃO: DEPUTADO FEDERAL| INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELÉM | IDADE: 59 | BENS: R$ 172.071,42

IVANILDO GOMES CARDOSO (PROFESSOR IVANILDO)

PRTB (28)

OCUPAÇÃO: PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELÉM | IDADE: 61 | BENS: R$ 15.000,76

JOSÉ CLEBER BARROS RABELO (CLEBER RABELO)

PSTU (16)

OCUPAÇÃO: VEREADOR | INSTRUÇÃO: ENSINO MÉDIO COMPLETO | NATURAL DE BACURI | IDADE: 43 | BENS (sem informação)

LELIO COSTA DA SILVA (LELIO COSTA)

PC do B (65)

OCUPAÇÃO: DEPUTADO ESTADUAL | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE TUCURUÍ | IDADE: 38 | BENS: R$ 376.159,00

LUÍS ALBERTO MENEZES DA SILVA (LUÍS MENEZES)

PCB (21)

OCUPAÇÃO: SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL | INSTRUÇÃO: SUPERIOR INCOMPLETO | NATURAL DE BELEM | IDADE: 50 | BENS: R$ 50.000,00

REGINA LÚCIA BARATA PINHEIRO SOUSA (REGINA BARATA)

PT (13)

OCUPAÇÃO: SERVIDOR PÚBLICA ESTADUAL | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELÉM | IDADE: 55 | BENS: R$ 858.314,20

ÚRSULA VIDAL SANTIAGO DE MENDEÇA (ÚRSULA VIDAL)

REDE (18) Coligação JUNTOS PARA TRANSFORMAR BELÉM (PPS / REDE)

OCUPAÇÃO: JORNALISTA E REDATORA | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE RECIFE | IDADE: 44 | BENS: R$ 350.000,00 | PROJETOS | DOADORES | FICHA

| DEFERIDO (Saiba Mais)

ZENALDO RODRIGUES COUTINHO JUNIOR (ZENALDO COUTINHO)

PSDB (45) Coligação UNIÃO POR UMA BELEM DO BEM (PSL / PSC / PSB / PMN / PEN / PR / PTC / PTN / PT do B / DEM / PRP / PSDC / PTB / SD / PSDB)

OCUPAÇÃO: ADVOGADO | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELÉM | IDADE: 55 | BENS: R$ 1.249.574,51

ÉDER MAURO CARDOSO BARA (ÉDER MAURO)

PSD ( 55)

OCUPAÇÃO: DEPUTADO FEDERAL | INSTRUÇÃO: SUPERIOR COMPLETO | NATURAL DE BELÉM | IDADE: 55 | BENS: R$ 1.050.653,71

 

A Faculdade Maurício de Nassau realizou no último final de semana um debate entre os prefeituráveis da cidade de João Pessoa, capital da Paraíba. Dos quatro candidatos ao posto, apenas dois compareceram: Charliton Machado (PT) e Victor Hugo (PSOL). 

Dividido em três blocos, o debate realizado no auditório da instituição em João Pessoa, contou com transmissão ao vivo através do Portal LeiaJá. Na oportunidade, os políticos apresentaram suas propostas para resolver os principais problemas da cidade nos campos da saúde, educação e segurança. Eles ainda responderam às perguntas elaboradas pelos alunos da instituição.

Acompanhe o debate na íntegra, nos vídeos a seguir:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A cidade de São José de Espinharas, no Sertão da Paraíba, está há 14 dias sem prefeito. O atual gestor da cidade e candidato à reeleição, Renê Caroca (PSDB), foi afastado do cargo pela Polícia Federal no último dia 9 por envolvimento em irregularidades de licitações. Com a ausência dele, quem deveria assumir era o vice, Paulo Medeiros (PTdoB). O adjunto, no entanto, rompeu com Caroca, renunciou ao cargo e é hoje candidato a vice na chapa adversária ao tucano na disputa. 

Seguindo a Constituição Federal, quem assumiria o comando do Executivo Municipal, nesta circunstâncias, seria a presidente da Câmara dos Vereadores, Maria do Socorro (PSDB). Ela informou nesta sexta-fera (23), porém, que não vai ocupar o posto antes do dia 2 de outubro. "É um risco assumir uma prefeitura neste estado e com esses problemas. Fomos aconselhados a não tomar posse. Por isso, vou aguardar o fim das Eleições para virar prefeita [interina] de São José de Espinharas", explicou. 

##RECOMENDA##

Caso o prefeito não retorne ao cargo, a posse de Maria do Socorro já está prevista para o dia 3 de outubro, contabilizando assim quase um mês sem gestor municipal. Os servidores da prefeitura estão acampados na Câmara Municipal desde essa quinta-feira (22) em protesto pelo atraso dos salários do mês de agosto. 

Prisão do prefeito

Renê Caroca foi detido durante a Operação Veiculação, deflagrada no último dia 9, mas liberado no dia 14. Ele é suspeito de cometer irregularidades em licitações e contratos públicos de locação de veículos. Além dele, o prefeito de Emas, José Madruga, também foi preso e a prefeita de Patos, Francisca Motta, foi afastada do cargo, As falcatruas investigadas correspondem a mais de R$ 11 milhões. 

Um candidato a prefeito de Japeri, na Baixada Fluminense, sofreu um atentado a tiros na madrugada de desta sexta-feira (23). André Luis de Oliveira Cristino, mais conhecido como Andrezinho de Japeri, de 39 anos de idade, foi atacado quando chegava em casa após um compromisso de campanha, segundo a Polícia Civil. O candidato não se feriu.

O político, que também é policial militar, foi surpreendido quando conduzia seu veículo e foi fechado por outro carro de onde dois homens desembarcaram e efetuaram diversos disparos contra seu carro. André, que por ser policial portava arma no momento da ocorrência, reagiu aos disparos e atingiu os criminosos, que conseguiram fugir, apesar dos ferimentos.

##RECOMENDA##

Andrezinho foi ainda na manhã de hoje à 63ª Delegacia de Polícia em Japeri, para abertura de inquérito. A Polícia Civil também informou que a perícia já foi realizada no veículo e que um procedimento policial foi instaurado para apurar as circunstâncias e autoria do atentado.

Durante lançamento do programa de governo de Heraldo Selva (PSB), na noite desta segunda (5), o prefeito de Jaboatão dos Guararapes não poupou críticas, sem citar nomes, ao candidato também à Prefeitura de Jaboatão Cleiton Collins (PP). "Ele se diz um santo rapaz, mas não tem nada de santo", criticou.

Elias Gomes também declarou, ainda sem citar nomes, que o pastor mente com uma bíblia debaixo do braço. "Ele ora bota a Bíblia debaixo do braço, ora coloca no lixo. Quem diz de forma afirmativa que a nossa gestão não fez nada está cometendo um pecado imperdoável. Ele mente", disparou.

##RECOMENDA##

O prefeito ainda salientou que é necessário ter cuidado com os candidatos. "Existem oportunistas que ficam tentando enganar o povo. Heraldo é o mais experiente e comprometido em levar adiante o nosso projeto. Esses oportunistas são perigosos e traiçoeiros. São lobos vestidos em pele de cordeiro. São lobos maus e precisam ser rechaçados e isso depende de cada um de vocês", falou.

Elias também aproveitou o ato para falar sobre os avanços dos seus mandatos: "Requalificamos a Estrada da Curcurana, muitas outras obras para superar um passado de atraso, da pequenez e da picuinha política para pensar grande como temos pensado".

LeiaJá também

--> Vice de Selva diz que não adianta 'promessas mirabolantes'

Na noite deste segunda (5), o candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes Heraldo Selva (PSB) e sua vice Conceição Nascimento (PSDB) lançam programa de governo para o município. Militantes aguardam a chegada do candidato e do atual prefeito da cidade Elias Gomes. 

Segundo Heraldo, o programa de governo foi concluído após promover um intenso trabalho de escuta popular, ouvindo as demandas da população e apontando soluções para garantir um futuro. O plano trará propostas nos mais diversos eixos para o desenvolvimento da cidade, como saúde, educação, segurança, mobilidade, cultura, infraestrutura e outros.

##RECOMENDA##

Foi em tom de comemoração que os taxistas deixaram a sede da Prefeitura do Recife, no fim da manhã desta segunda-feira (5). De forma incomum, o próprio prefeito Geraldo Julio recebeu uma comissão de manifestantes. A conclusão, segundo os próprios taxistas, é a criação de um plano de ação para fiscalizar os motoristas do Uber.

Metade da comissão dos taxistas que subiu para falar com o prefeito retornou para informar a categoria sobre as deliberações e encerrar o ato. “Ficou definido na reunião que vai se formar um plano de ação para fiscalizar o transporte irregular de passageiros. Estão definindo agora as diretrizes para esta fiscalização”, explicou o taxista Luís Augusto da Silva à categoria. 

##RECOMENDA##

[@#galeria#@]

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Geraldo Julio já havia dito que aumentaria a fiscalização ao Uber. Ainda não há detalhes de como o plano vai funcionar na prática, até porque parte da categoria continuou em reunião para discutir a questão. O taxista Luís Augusto adiantou que a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) vai percorrer os pontos em que há maior concentração de motoristas do aplicativo. 

Em nota, a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, da qual a CTTU faz parte, limitou-se a dizer que há constante fiscalização contra o transporte remunerado irregular de passageiros, seja através de táxis de outros municípios operando na capital, vans de transporte escolar irregulares ou até de carros particulares atuando como táxis. 

O protesto dos taxistas teve início na Avenida Beira Rio, no bairro da Madalena, Zona Oeste do Recife, e atravessou a Avenida Conde da Boa Vista, no centro da capital. O ato não teve apoio do Sindicato dos Taxistas de Pernambuco, que alegou ser uma manifestação eleitoreira e que já estava em diálogo com órgãos públicos à respeito da legalidade do Uber. 

[@#video#@]

LeiaJá também

--> Aos taxistas, Geraldo promete fiscalização contra o Uber

--> Secretário pede que ato dos taxistas seja pacífico

--> Taxistas voltam a protestar contra o Uber no Recife

Às vésperas das eleições municipais, o atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio, recebeu de diversos presidentes de Federações Esportivas Pernambucanas, no último final de semana, na UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau, um documento solicitando algumas ações voltadas para o esporte na cidade. Entre os principais pontos estão a criação de programas de incentivo no âmbito municipal; a inserção de pessoas ligadas à área técnica esportiva na administração da Secretaria de Esportes; e o primeiro entre todos, que diz respeito a conclusão das obras do Geraldão.

“O Santos Dumont já está com convênio firmado com o Governo Federal para iniciar a reforma e agora estamos lutando pelo Geraldão. Quando o ginásio estiver pronto, vamos conseguir trazer grandes competições para o Recife. Geraldo sabe disso e garantiu que vai trabalhar para concluir o equipamento no mais curto espaço de tempo possível”, destacou o presidente da Federação Pernambucana de Basquete, Ênio Guimarães, que esteve presente no evento.

A ação também chegou a ser realizada com o atual governador Paulo Câmara em 2014, quando ele estava no período eleitoral. Na ocasião, as propostas solicitadas se assemelhavam as atuais. Geraldo Júlio prometeu aos dirigentes estudar todas as propostas enviadas e dar uma resposta dentro de um prazo de 15 dias.

Confira as 10 pontos propostos ao prefeito do Recife pelas federações:

“01 - Término das Obras do GERALDÃO - Concentrar esforços para o término das Obras do GERALDÃO. O equipamento é a grande saída para Recife sediar eventos nacionais e internacionais, em desportos de quadra.

02 - Criar o Programa BOLSA ATLETA E PARATLETA DO RECIFE - Criação de Lei Municipal para o referido programa, visando a SELEÇÃO de atletas, paratletas e técnicos, residentes em Recife, com orientações e acompanhamento até a fase de PRESTAÇÃO DE CONTAS.

03 - Criar a LEI DE INCENTIVO AO ESPORTE DO RECIFE - Criação de Lei Municipal para o referido benefício, visando a SELEÇÃO de projetos desportivos, que contemplem atletas, paratletas, técnicos e eventos, com orientações e acompanhamento até a PRESTAÇÃO DE CONTAS.

04 - Criar o CONSELHO MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER - Discussão do planejamento desportivo, com participação da comunidade desportiva, será essencial para a elaboração de uma política democrática para o desporto.

05 - Apoiar os Projetos Desportivos das FEDERAÇÕES AMADORAS SEDIADAS EM RECIFE - São as Federações que fazem o desporto, juntamente com seus atletas, paratletas e técnicos. Elas não recebem subvenções e já foram taxadas de “pedintes”, por algumas pessoas.

06 - Mutirão para REGULARIDADE DAS FEDERAÇÕES AMADORAS - Criar, em caráter de urgência, Comissão para Análise e Avaliação da Regularidade das Federações com pendências perante a Fazenda Municipal, com alternativas de correção.

07 - Recriar os JOGOS ESCOLARES DO RECIFE – JEREs - O evento será uma seletiva municipal para que as escolas públicas e privadas alcancem os JEPs, já na Fase Regional/Estadual. Será mais um banco de talentos para futuros alunos atletas das Instituições de Ensino Superior do Estado.

08 - RECURSOS DESTINADOS ao ESPORTE - Criar mecanismo de gestão na Prefeitura do Recife, em que a comunidade desportiva e federações possam sugerir ações e indicar melhorias.

09 - CONCURSO PÚBLICO para a Secretaria de Esportes e Lazer - Atualmente os profissionais da Secretaria de Esportes são originários de outros órgãos.

10 - A Secretaria de Esportes do Recife seja composta por profissionais da área técnica de ESPORTES - Ter conhecimento e experiência comprovados na área de atuação, facilita o entendimento, inclusive, com a comunidade desportiva.”

LeiaJá também

--> Fechado, Geraldão está há 14 anos sem grandes eventos

--> Sem Geraldão, Recife frustra vindas da seleção de futsal

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, criticou nesta quinta-feira (25) a proibição do burkini decidida por 30 prefeituras do litoral francês, em entrevista publicada pelo jornal londrino Evening Standard.

"Ninguém deve ditar às mulheres o que devem usar. Ponto. Assim, simples", declarou Sadiq Khan, que nesta quinta-feira iniciou uma visita a Paris, em sua primeira viagem oficial desde que foi eleito prefeito de Londres.

"Não é justo. Não digo que nosso modelo seja perfeito, mas uma das qualidades de Londres é que não apenas toleramos a diferença, mas que além disso a integramos", completou Khan.

O prefeito de Londres disse que a integração e a diversidade estão entre os temas que pretende conversar com a prefeita de Paris, a socialista Anne Hidalgo.

O Conselho de Estado, principal tribunal administrativo de França, deve se pronunciar a partir desta quinta-feira sobre a legalidade dos decretos contrários ao burkini.

A Polícia Civil realiza, na manhã desta sexta-feira (19), a Operação Longa Manus, contra pessoas suspeitas de atrapalhar as investigações da Operação Tsunami, que apura desvio de verbas públicas da Prefeitura de Catende. Nesta manhã já foram presos o filho e o sobrinho do prefeito de Catende, Otacílio Alves Cordeiro (PSB), e um tenente-coronel da Reserva da Polícia Militar.

Além desses, a polícia também cumpriu três conduções coercitivas contra a filha do prefeito e duas empregadas de Otacílio. Ao todo, estão sendo cumpridos os três mandados de prisão preventiva, seis mandados de busca e apreensão domiciliar e quatro mandados de condução coercitiva. Segundo a Polícia Civil, as ações acontecem em Catende, Itamaracá e Recife. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Os presos e materiais apreendidos estão sendo encaminhados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), em Afogados, na Zona Sul do Recife. Estão participando da operação 78 policiais civis e 25 policiais militares.

De acordo com a Polícia Civil, o tenente-coronel da Reserva foi identificado como Adalberto Carvalho de Souza. Já o filho do prefeito é Paulo Augusto Cordeiro – durante a Operação Tsunami, a polícia prendeu um outro filho de Otacílio, Ronaldo Alves Cordeiro. A filha conduzida coercitivamente foi identificada como Jaqueline. Já as empregadas são Mikaela e Eliane. 

Operação Tsunami – O prefeito de Catende, Otacílio Alves Cordeiro, é apontado como líder de uma organização criminosa que fraudava licitações do município, o que gerou um prejuízo estimado em R$ 5 milhões das verbas públicas. Durante a prisão do gestor, a polícia encontrou em sua residência a quantia de R$ 758.437 e uma barra de ouro no valor de R$ 40 mil. 

Outras dez pessoas foram presas durante a Operação Tsunami, entre elas o filho do prefeito, a nora e o secretário de finanças do município. Enquanto preso, Otacílio chegou a fazer despachos da própria cadeia. Ele conseguiu a prisão domiciliar, mas voltou ao sistema penitenciário do Estado por quebrar regra do uso da tornozeleira eletrônica. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando