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Manifestantes contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, discursam nos carros de som durante protesto na Avenida Presidente Vargas, região central do Rio de Janeiro. Movimentos sociais e políticos da oposição revezam-se ao microfone cobrando mais cultura, educação, vacinação e respeito à democracia, além de criticarem o avanço da inflação.

Uma das vozes foi do professor e vereador do Rio de Janeiro Tarcísio Motta (PSOL). "O mundo e a vida deviam ser muito melhores. Por isso, a gente diz: 'Fora, Bolsonaro'. Com esse genocida, o povo seguirá excluído", disse o vereador, em discurso no carro de som da Central Sindical e Popular (CSP).

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Entre gritos de "Fora, Bolsonaro", o professor Tulio, vereador também pelo PSOL, queixou-se do preço dos alimentos. "O peito de frango está R$ 20. É a política do ministro Paulo Guedes da Economia. Queremos comida na mesa, vacina no braço, educação. Não queremos essa política liberal", protestou o vereador.

Tatianny Araújo, do movimento Resistência Feminista, discursou que "nenhuma liberdade democrática vai cair". "Bolsonaristas movidos pelo dinheiro colocaram caminhões novinhos na Esplanada dos Ministérios para fazer uma fake news. Mas vamos resistir. Sete de Setembro é um dia nosso, do povo. Com máscaras, vamos resistir e gritar a palavra democracia", disse ela.

Neste 7 de setembro, dia que se celebra a independência do Brasil, o Recife é marcado por manifestações pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que convocou seus apoiadores em tom permanentemente antidemocrático nas últimas semanas. A concentração bolsonarista começou cedo na capital pernambucana, por volta das 9h, no bairro da Imbiribeira, na Zona Sul. Em carreata organizada pela Aliança Pernambuco, Grupo Brasil Conservador e outras entidades da direita local, apoiadores se concentraram simultaneamente à passeata realizada no bairro de Boa Viagem.

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Repetindo o cenário de protestos anteriores, os manifestantes chegaram às ruas sem máscara, trajando bandeiras do Brasil e gritando palavras de ordem. A carreata sairá às 10h da Imbiribeira com destino ao bairro de Boa Viagem, onde os manifestantes nos veículos devem se unir à passeata e concluir a manifestação no Terceiro Jardim.

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, divulgou nessa quarta-feira (1º) uma mensagem em vídeo aos dirigentes e militantes do PT, na qual chama todos às ruas no próximo 7 de setembro. O movimento revive o “Grito dos Excluídos” e deve marcar oposição às manifestações bolsonaristas também já marcadas para a data em todo o País.

Criado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Grito ocorre desde 1994 e reúne, sempre no Dia da Independência, pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Neste ano, a manifestação ganhou a adesão da Campanha Fora Bolsonaro, que definiu o dia 7 como a próxima data de lutas contra o governo de Jair Bolsonaro.

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“Neste dia 7 de setembro, nós estaremos nas ruas junto com o Grito dos Excluídos, com a população que está brigando por comida, renda, trabalho, moradia. Esse é o nosso papel, o papel do Partido dos Trabalhadores”, informa Gleisi no vídeo. “O Grito dos Excluídos acontece há 21 anos, sempre com pautas diferenciadas, dependendo do ano. E, neste ano, é a crise do povo. E nós precisamos estar juntos do povo brasileiro, porque essa é a nossa pauta”, lembra.

A presidenta do PT pede para que os militantes organizem a participação em todas as cidades onde ocorrer o Grito dos Excluídos. “Pegue o calendário, incentive a nossa militância. Nós precisamos mostrar que o Brasil tem jeito e que tem gente lutando pelo povo. A nossa pauta não é da violência, não é da escalada autoritária, não é contra instituições, não é pelo voto impresso. A nossa pauta é a vida do povo, e o povo está precisando muito de nós, do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. Então, não esqueça: dia 7 estaremos nas ruas em todo o Brasil. Participe”, convida.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) foram às redes sociais para criticar os atos realizados em Brasília nesta sexta-feira (27), contra o marco temporal para a demarcação de terras indígenas e outras pautas envolvendo os direitos dos povos originários. Manifestantes atearam fogo em uma espécie de “caixão” feito de papelão, em frente ao Palácio do Planalto, na Praça dos Três Poderes.

Bolsonaro ironizou, falando que “esse tipo de gente” tem a intenção de retomar espaços de poder com o apoio “daqueles que censuram, prendem e atacam os defensores da Constituição Federal e da liberdade”, alfinetando o ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal.

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No mesmo fio, Carlos respondeu: “Haverá inquérito para MAIS este absurdo? Depois da esquerda, com políticos e conhecidos incentivarem, fatos vistos por todos, com depredações de bens públicos e privados e nada acontecer, fica mais essa questão”.

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Indígenas de diversas regiões do país têm se reunido em diferentes localidades de Brasília para pressionar os parlamentares sobre o andamento do marco temporal no Congresso. O tema chegou a entrar na pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (26), mas foi adiado para o dia 1º de setembro.

A fumaça preta podia ser vista de longe, atrás do Congresso Nacional. O Corpo de Bombeiros esteve no local e apagou as chamas. Ninguém se feriu.

O presidente Jair Bolsonaro saiu de Brasília para cumprir agenda em Goiânia (GO). Este é o quarto dia consecutivo de protestos na capital federal.

Pelo quarto fim de semana consecutivo, opositores das medidas de controle da covid-19 na França manifestaram-se em dezenas de cidades do país.

Cerca de 240 mil manifestantes participaram das marchas convocadas em mais de 150 cidades, incluindo 17 mil em Paris, de acordo com a contagem do Ministério do Interior, um número que ultrapassa os 204 mil do sábado anterior e é significativamente alto para meados do verão.

As passeatas acontecem dois dias após a entrada em vigor de grande parte das restrições e coincidem com uma nova mensagem do presidente Emmanuel Macron, incentivando a vacinação.

A partir de segunda-feira, será necessário apresentar certificado de vacinação, teste PCR negativo ou atestado de recuperação da doença para ter acesso a cafés e restaurantes, salas de espetáculo e feiras profissionais, ou para fazer uma viagem longa de avião, trem ou ônibus.

O presidente propôs essas medidas visando acelerar a campanha de vacinação, que neste sábado alcançava 44 milhões de pessoas (quase 66% da população) com pelo menos uma dose.

Mas, embora a epidemia esteja voltando a se espalhar, muitos franceses veem essas medidas como um ataque às liberdades civis.

“Macron, não quero teu passe” ou “Macron, não queremos nem te ver” foram alguns dos gritos ouvidos em Paris, onde o protesto contou com a presença de "coletes amarelos".

“O problema do passe sanitário é que nos está sendo imposto”, lamentou Alexandre Fourez, um profissional de marketing de 34 anos.

Na região de Provença-Alpes-Costa Azul, na costa mediterrânea, pelo menos 37 mil pessoas se manifestaram em cidades como Toulon, Nice e Marselha.

Nesta última, a educadora aposentada Geneviève Zamponi descreveu o passe como "humilhante e discriminatório", apesar de ser favorável à vacinação.

A maioria das manifestações foi pacífica, mas em Lyon sete participantes foram detidos por lançarem projéteis. No total, o Ministério do Interior deu conta de 35 detidos e sete agentes feridos.

Em cidades da Itália houve protestos contra a introdução de um certificado de saúde semelhante ao francês. Mais de mil pessoas se concentraram na Piazza del Popolo de Roma e em Milão. O documento é obrigatório desde ontem para entrar em cinemas, museus e restaurantes.

Funcionários de escolas e universidades, bem como os universitários, também terão que apresentar o certificado, que será necessário para embarcar em voos domésticos e trens de longa distância a partir do mês que vem.

Pelo quarto fim de semana consecutivo, opositores das medidas de controle da covid-19 na França, como o passe sanitário e a vacinação obrigatória para profissionais de saúde, se manifestaram em dezenas de cidades do país.

Para este sábado, foram convocados protestos em mais de 150 cidades, marchas que coincidiram com uma nova mensagem do presidente Emmanuel Macron: "vacine-se", bem quando o número de franceses que receberam pelo menos uma dose chega a 44 milhões (quase 66% da população).

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Na quinta-feira, o Tribunal Constitucional ratificou a medida, adotada em julho por lei, que prevê a extensão do uso do passe sanitário a mais espaços públicos, e estabelece a obrigatoriedade de vacinação do pessoal de saúde.

Assim, a partir de segunda-feira, será necessário apresentar certificado de vacinação, teste PCR negativo ou atestado de recuperação da doença para ter acesso a cafés e restaurantes, salas de espetáculo e feiras profissionais, ou para fazer uma viagem longa de avião, trem ou ônibus.

As autoridades enfatizam que o número de hospitalizações em prontos-socorros e de mortes diárias por covid-19 voltou a aumentar.

O Ministério do Interior estimou que os manifestantes de 31 de julho eram pelo menos 204 mil, enquanto na semana anterior eram 161 mil. “Esperamos mais ou menos o mesmo número de manifestantes” no sábado, previu uma fonte policial.

“Macron, não quero teu passe” ou “Macron, não queremos nem te ver” foram alguns dos gritos ouvidos em Paris, onde ao menos mil pessoas, monitoradas por um dispositivo policial, se reuniram para protestar. Entre eles, muitos "coletes amarelos".

Boa parte dos manifestantes, alguns vacinados, veem nessa imposição do passe sanitário uma "obrigação disfarçada de se vacinar" e "uma sociedade de controle", e temem que os empregadores possam suspender temporariamente o contrato de um trabalhador se ele não tiver o passe em ordem.

Também há quem se recuse a ser usado "como cobaia" para as novas vacinas.

Enquanto isso, na cidade de Cambrai, onde se reuniam cerca de cem manifestantes, algumas lojas foram fechadas como forma de protesto contra o passe sanitário.

Na semana passada, em algumas passeatas, houve confrontos com as forças de segurança e insultos à mídia. Em Montpellier, os manifestantes xingaram um farmacêutico que estava realizando testes de covid em seu estabelecimento, chamando o homem de "colaborador" (como chamavam quem ajudava o regime nazista na França) e "assassino".

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deferiu o habeas corpus e libertou nesta quinta-feira (5) o ativista Paulo “Galo” Lima, preso desde o último dia 28 de julho, após associação ao incêndio contra a estátua do bandeirante fascista Borba Gato, em São Paulo. Familiares e amigos aguardam agora o retorno de Galo, que passa pelos trâmites finais. A informação foi parcialmente divulgada mais cedo nesta quinta, pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, e confirmada há alguns minutos pelo perfil oficial do entregador.

“Ainda dá tempo de reparar essa absurda ilegalidade”, comentou Arruda, que considera a prisão como de cunho político.

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No dia 24 de julho, manifestantes colocaram pneus em chamas ao redor do monumento localizado na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, na Zona Sul de São Paulo. O ato aconteceu no mesmo dia em que ao menos 488 protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aconteceram por todo o Brasil e em várias cidades do mundo.

Na quarta-feira, dia 28, por volta das 13h, Galo se apresentou no 11º Distrito Policial de Santo Amaro, em São Paulo, segundo sua equipe. O mandado de busca e apreensão para a residência de Paulo Galo havia sido expedido para o local errado, por isso, ele apresentou seu endereço correto, autorizando a entrada em sua residência para possíveis buscas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) e os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 decidiram banir a postagem de fotos de atletas se ajoelhando durante o evento em seus perfis oficiais. Segundo informações exclusivas do jornal inglês The Guardian, a mensagem foi compartilhada pela alta cúpula na noite de quarta-feira (manhã de quarta no Brasil), mencionando especificamente o jogo entre Grã-Bretanha e Chile, válido pela primeira rodada do futebol feminino.

A partida realizada em Sapporo nesta quarta-feira ficou marcada pela imagem dos dois times se ajoelhando antes do apito inicial. O ato antirracista e contra o ódio online foi visto na TV e seguido pelas seleções dos Estados Unidos, da Suécia e da Nova Zelândia. Apesar disso, o gesto não esteve presente em nenhum dos perfis oficiais de Tóquio-2020 e nem do COI. As páginas de Facebook e Twitter dos Jogos, assim como a do Instagram, com mais de 500 mil seguidores, não cobriram o momento.

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O insider do jornal inglês considerou a decisão estranha, já que a organização responsável pela Olimpíada celebra imagens icônicas de protesto, como a dos americanos Tommie Smith e John Carlos erguendo seus punhos fechados na edição de 1968, na Cidade do México. Os atletas dos 200 metros ficaram famosos ao fazerem o gesto dos "Panteras Negras" durante a cerimônia do pódio e protestarem contra o tratamento injusto dado aos negros nos Estados Unidos.

Recentemente, o COI relaxou a Regra 50, que proibia os atletas de fazer qualquer tipo de "demonstração ou propaganda política, religiosa e racial em qualquer local, arena ou outras áreas Olímpicas". O protesto pacífico é permitido aos participantes, desde que feito sem interrupções e com respeito aos competidores. Sanções ainda são previstas para aqueles que protestarem no pódio.

A decisão de se ajoelhar foi apoiada pelo chefe de delegação britânico, Mark England. "Certamente, o time de futebol feminino tem uma opinião muito forte sobre o abuso online, sobre o racismo, a campanha 'Kick It Out' (que busca igualdade e inclusão no futebol) e sobre se ajoelhar, e nós as apoiamos totalmente nisso", afirmou. England adicionou que todos ficaram "enojados" com a situação envolvendo a seleção inglesa após a derrota na final da Eurocopa.

O COI não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Apenas o presidente, o alemão Thomas Bach, durante uma entrevista coletiva, deu uma resposta breve quando perguntado sobre o ato de britânicas e chilenas. "É permitido. Não é uma violação da Regra 50. Isso é o que está expressivamente permitido nessas diretrizes".

As autoridades cubanas reuniram dezenas de milhares de simpatizantes nas ruas neste sábado (17), quase uma semana depois de serem surpreendidas pelos protestos mais generalizados em décadas.

O presidente Miguel Díaz-Canel - acompanhado pelo ex-presidente Raul Castro, de 90 anos - apareceu na avenida Malecón, à beira-mar, que recebeu alguns dos maiores protestos contra a escassez e o sistema político no fim de semana anterior.

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Ele fez um discurso apaixonado culpando os Estados Unidos e seu embargo econômico, "o bloqueio, a agressão e o terror", enquanto uma multidão agitava bandeiras cubanas e do Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro durante a Revolução Cubana. "O inimigo voltou para lançar tudo o que tinha para destruir a sagrada unidade e tranquilidade dos cidadãos", disse Díaz-Canel.

Ele terminou sem o tradicional grito de "Pátria ou Morte!" - um slogan ridicularizado na semana passada por manifestantes que gritavam: "Pátria e vida!"

Havana tem voltado ao normal nos últimos dias, mesmo que o serviço de dados de internet móvel - que as autoridades cortaram no domingo - continue limitado.

Depois de o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionarem sobre os protestos em Cuba, o pré-candidato às eleições de 2022 e ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) seguiu a linha de seu prováveis rivais no pleito do ano que vem e publicou um vídeo, nesta sexta-feira (16), se posicionando sobre a ilha caribenha. Ao fazer críticas ao regime cubano, Ciro diz que "é preciso coragem, equilíbrio e isenção" para Cuba lidar com "duas bombas relógio": o bloqueio econômico e a ditadura política".

"Nosso querido povo cubano está sofrendo", inicia o presidenciável. Segundo Ciro, além de uma "autodeterminação" da população local, o conflito merece "atenção e solidariedade internacionais". Em crítica ao governo Bolsonaro, o ex-governador diz que a política externa brasileira não pode ser "condescendente" com desrespeito à soberania de Cuba e ao direito internacional promovido pelos Estados Unidos.

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Com foco em atingir também Lula, Ciro diz que a política nacional também não deve seguir a atuação brasileira dos governos petistas. Conforme classifica, a política externa era marcada por "velhos hábitos latino-americanos".

"O Brasil deve reconhecer que a luta do povo cubano pela sua independência da Espanha, e depois pela sua afirmação nacional, sempre encontrou um enorme obstáculo: o poder imperial do seu vizinho, o gigante Estados Unidos". Segundo ele, "não resta a menor dúvida de que, nesta briga secular, o Brasil só pode estar do lado do nacionalismo cubano, contra o intervencionismo contumaz norte-americano".

Ciro ainda criticou o autoritarismo do regime político em Cuba. "As liberdades de seu povo, inclusive a de debater, estão suprimidos". "Ninguém pode saber ao certo se a ditadura conta, ou não, com o apoio da maioria", afirma.

A repercussão dos protestos em Cuba reativou uma disputa ideológica entre Bolsonaro e Lula e, agora, ganha outro personagem político. Na terça-feira (13), Bolsonaro e Lula se manifestaram sobre a ilha caribenha. O atual chefe do Executivo teceu críticas ao socialismo e cobrou direitos essenciais para a população cubana, enquanto Lula minimizou as repercussões e apontou que os problemas que ocorrem no país são devido às sanções econômicas que os Estados Unidos aplicaram à ilha.

Nesta semana, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o governo cubano, impulsionadas pela grave crise sanitária, econômica e de abastecimento que Cuba vive, agravada pela pandemia de covid-19.

Ativistas cubanos denunciaram nessa quarta-feira (14) às Nações Unidas a prisão de 162 pessoas durante os protestos de domingo em Havana e em várias cidades de Cuba e pediram ajuda para obter sua libertação. No primeiro sinal de recuo, três dias após os maiores protestos desde 1994, desencadeados principalmente pela escassez de remédios e alimentos, o governo cubano anunciou que está autorizando "excepcionalmente e temporariamente", a importação por meio de passageiros que chegam ao país de alimentos, produtos de higiene e medicamentos sem limite de valor de importação e sem pagamento de tarifas.

Fontes na Casa Branca revelaram que o governo do presidente Joe Biden está revendo várias medidas adotadas durante o governo de Donald Trump para ajudar os cubanos que enfrentam problemas econômicos ampliados pela pandemia.

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Segundo as fontes, a revisão poderia levar à flexibilização das restrições às remessas que os cubano-americanos podem fazer para suas famílias em Cuba. Estima-se que essas remessas sejam de entre US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões ao ano, representando a terceira maior fonte de divisas em Cuba depois da indústria de serviços e turismo.

Biden também estaria estudando levantar a proibição de viagens entre os EUA e a ilha, assim como a retirada da designação de Cuba como um "Estado patrocinador do terrorismo", que Trump determinou dias antes de deixar o cargo, em janeiro.

O jornalista cubano Maurício Mendoza, que mora em Havana, disse ao Estadão que há um grande número de detidos no país, mas muitas pessoas de destaque já estão sendo soltas. "Enquanto eu estava acompanhando as manifestações, estava comigo o jornalista Maykel González Vivero. Ele foi detido, mas foi solto no dia seguinte. O governo está tendo certo cuidado com quem tem mais visibilidade, porque não é conveniente ter pessoas notórias presas. Mas pessoas com menos visibilidade seguem detidas. O medo é que, com essas pessoas, eles (o governo) queiram ensinar uma lição aos demais."

Segundo o jornalista, o clima é de medo. "O que incomoda agora é esse clima de incerteza. Quando você anda pela cidade escuta os comentários das pessoas, e o que posso dizer é que há um descontentamento popular com o sistema. Esse pedido do presidente para que os revolucionários ‘saiam a defender a revolução’… Olhe, não posso ser categórico, mas ninguém vai sair a defender…"

Mendoza diz que uma estratégia do governo é usar paramilitares, vestidos de civis e armados com paus, para dizer que são o povo fiel à revolução, e atacar os próprios cidadãos. "O que Díaz-Canel está incitando é a uma guerra civil entre cubanos. Está mandando uma parte da população reprimir a todos que não estejam de acordo com o socialismo", disse.

O engenheiro agroindustrial e ativista pelos direitos humanos, Gerardo Páez, disse que em sua cidade, Artemisa, as tropas especiais, ou boinas negras, estão patrulhando as ruas de dia e de noite, mostrando sua presença para amedrontar a população e provocar a sensação de pânico.

"O que começou como uma marcha pacífica foi gerando outro tipo de comportamento. A polícia foi a primeira a agredir, até mesmo usando meios baixos, como quando direcionaram a manifestação até a unidade de polícia intencionalmente. Lá houve uma grande confusão", disse Páez. "Um garoto teve as costelas quebradas, o que provocou uma perfuração no pulmão. Minha vizinha está internada pela quantidade de golpes desferidos por um boina negra."

"É quase um consenso entre a maioria dos cubanos não deixar as ruas, apesar da violenta repressão que sofremos, porque se deixarmos, o regime vai se sentir empoderado", disse o ativista.

"Eu trabalho com uma organização chamada Civil Rights Defender, em parceria com uma organização cubana, e o que fazemos basicamente é monitorar e documentar os casos de violação aos direitos humanos no país. Quando começou a movimentação (no domingo), não passaram nem 30 minutos e a segurança do Estado já estava na esquina da minha casa, com a intenção de impedir que eu saísse e mobilizasse as pessoas que conheço. E ali ficaram até a manifestação ser sufocada. Isso aconteceu também com muitos opositores, não foi um caso isolado", disse ao Estadão o poeta Eduardo Clavel Rizo, morador de Santiago.

"Basicamente, o governo tem reprimido bastante. Há muitas pessoas detidas. Não sabíamos o que estava se passando, mas agora com a volta da internet nos demos conta de que faltam muitas pessoas, e não há informação sobre elas", disse Rizo.

"Os parentes têm ido às unidades de polícia perguntando por eles, e o que dizem é que não estão lá. Então o que se faz é reputá-los como desaparecidos, porque as pessoas sabem que eles estavam nas manifestações, têm testemunhos de que foram detidos pela polícia, e agora a polícia diz que não sabem onde eles estão."

Segundo Rizo, o termo desaparecido lá talvez não seja tão extremo como foi empregado em ditaduras como a brasileira, em que os desaparecidos nunca foram encontrados. "Aqui há um procedimento jurídico que, em casos em que alguém foi detido e não se sabe o paradeiro, apresenta-se um habeas corpus para identificar onde essas pessoas estão. Não chega a ser como as desaparições forçadas que havia nas ditaduras latino-americanas. (Com agências internacionais)

Uma mãe se viu obrigada a jogar seu bebê de um prédio na cidade de Durban, no leste da África do Sul, na tentativa de salvá-lo de um incêndio causado por saqueadores que tomam a região desde a prisão do ex-presidente Jacob Zuma na semana passada.

O ato foi registrado em vídeo. O bebê é segurado por um grupo de pessoas no chão. Tanto a mãe quanto a criança foram resgatadas e estão bem.

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A África do Sul enfrenta sua pior onda de violência política em anos. Os tumultos se iniciaram na última quinta-feira, 8, quando Zuma começou a cumprir uma sentença de 15 meses por desacato ao tribunal. Ele se recusou a cumprir uma ordem judicial para testemunhar em um inquérito que investiga denúncias de corrupção sob seu mandato, de 2009 a 2018.

Desde então, protestos tomaram as ruas e gradualmente se transformaram em uma onda de saques nas áreas dos municípios de duas províncias, Gauteng e KwaZulu-Natal, onde uma estação de rádio comunitária foi saqueada e tirada do ar e centros de vacinação contra a covid foram fechados. A situação ainda não está controlada.

Na tarde desta terça-feira, 13, autoridades informaram que ao menos 72 pessoas morreram durante os tumultos. Mais de 700 foram presas, a maioria por atos ilegais como saques e vandalismo. (Com agências internacionais)

Uma manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro terminou em confusão no início da noite desta terça-feira, 13, na Cinelândia, no Centro do Rio. O ato, que contou com caminhada por algumas ruas da região, transcorreu normalmente até que um grupo decidiu ocupar a escadaria da Câmara Municipal. Alguns picharam a parede frontal do prédio e a polícia interveio.

Imagens nas redes sociais mostram corre-corre após a ação da PM, que chegou a lançar bombas de efeito moral. Ainda não há informações sobre eventuais feridos.

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O protesto foi convocado por diferentes movimentos sociais. Diversas pessoas carregavam faixas contra o presidente, com mensagens como "Bolsonaro genocida", "Bolsonaro assassino" e "Povo na Rua, #forabolsonaro".

A manifestação começou por volta das 17h, com concentração próximo à Igreja da Candelária. Durante o trajeto até a Câmara Municipal, a avenida Rio Branco chegou a ficar interditada. O VLT teve circulação parcial durante o período.

Cuba registrou, nesse domingo, 11, protestos de rua em várias cidades, no que vem sendo considerada a maior demonstração de insatisfação ao regime comunista, em território cubano, desde 1994.

As manifestações ocorrem em meio a um cenário de crise econômica e sanitária no país, agravada pela pandemia do novo coronavírus. Segundo o governo revolucionário, liderado pelo presidente Miguel Díaz-Canel, a crise no país é provocada pelos embargos econômicos dos Estados Unidos à ilha.

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Representantes da comunidade internacional se dividiram nas reações aos protestos. EUA, União Europeia e ONU pediram respeito ao direito de manifestação do povo cubano nesta segunda-feira, 12, após o governo reprimir os manifestantes e convocar apoiadores a "enfrentar" as provocações na noite de domingo. A Rússia pediu respeito à soberania cubana, enquanto o México ofereceu apoio ao governo cubano para enfrentar a atual crise.

O que está acontecendo em Cuba?

Milhares de manifestantes saíram às ruas de cidades cubanas no domingo, 11, para protestar contra o governo em meio a uma grave crise econômica e sanitária no país. O protesto vem sendo considerado a maior demonstração de descontentamento do povo cubano contra o governo revolucionário desde a manifestação de 1994, em Havana, que ficou conhecida como "maleconazo".

Onde ocorreram e como estão sendo as manifestações?

O principal protesto foi registrado na cidade de San Antonio de los Baños, a 33 km da capital, Havana, mas também houve marchas nos municípios de Güira de Melena e Alquízar - ambos na Província de Artemisa -, Palma Soriano, Santiago de Cuba, em alguns bairros de Havana e no malecón.

Em San Antonio de los Baños, os manifestantes conseguiram transmitir parte do protesto ao vivo pelo Facebook, mas os vídeos foram retirados do ar. Gritando principalmente "Pátria e vida", título de uma canção polêmica, mas também "Abaixo a ditadura!" e "Não temos medo", os manifestantes, na maioria jovens, caminharam pelas ruas.

Pelas imagens compartilhadas nas redes sociais, a marcha seguia pacífica até ser interceptada por forças de segurança e partidários do governo, o que levou a violentos confrontos e prisões.

O movimento ganhou projeção com o engajamento de cantores, atores e influenciadores digitais, que compartilharam a hashtag #SOSCuba nas redes sociais. A cantora cubana Camila Cabello foi uma das que compartilhou a hashtag e comentou sobre os protestos, pedindo apoio.

Em Cardenas, a cerca de 145 km a leste de Havana, manifestantes viraram um carro da polícia. Outro vídeo mostrou pessoas saqueando uma loja administrada pelo governo cubano - conhecida por vender itens caros, em moedas que a maioria dos cubanos não possui.

Por que as pessoas estão se manifestando em Cuba?

Os protestos eclodiram em meio a uma grave crise econômica e de saúde em Cuba, onde a pandemia do novo coronavírus ganha força, ao mesmo tempo em que o país perde cruciais dólares vindos do setor do turismo.

Muitas pessoas não conseguem trabalhar porque restaurantes e outras empresas estão fechadas há meses. Além disso, desde o começo da pandemia, os cubanos são obrigados a esperar em longas filas para obter alimentos, uma situação que se somou a uma grave escassez de medicamentos, o que desencadeou um mal-estar social generalizado.

"As pessoas estão morrendo de fome!", gritava uma mulher durante um protesto filmado na província de Artemisa. "Nossos filhos estão morrendo de fome!"

Quanto à pandemia, o país registrou, no domingo, mais um recorde de infecções por covid-19 em 24 horas, com 6.923 novos casos e 47 mortos. A situação é especialmente tensa na província turística de Matanzas, localizada a 100 km de Havana, onde o alto número de infecções pode causar o colapso dos serviços de saúde.

O que o governo cubano diz sobre os protestos?

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, esteve em San Antonio de los Baños no domingo, e se reuniu com partidários em uma praça da cidade. Ele atribuiu ao embargo dos EUA a falta de alimentos e remédios na ilha.

No fim da tarde do domingo, Díaz-Canel falou à nação pela TV e acusou os Estados Unidos de serem responsáveis pelo protesto. Ele enviou as forças especiais às ruas da capital, pediu a seus apoiadores que enfrentassem as "provocações", e disse que seus partidários estão dispostos a defender o governo com suas vidas. "A ordem está dada. Às ruas, revolucionários", incentivou.

Nesta segunda-feira, 12, Díaz-Canel voltou a acusar Washington de impor "uma política de asfixia econômica para provocar revoltas sociais no país". Em transmissão ao vivo pela televisão e pelo rádio, o líder comunista, rodeado por vários de seus ministros, garantiu que seu governo está tentando "enfrentar e superar" as dificuldades diante das sanções dos Estados Unidos, reforçadas desde o mandato de Donald Trump.

"O que querem com essas situações? Provocar revoltas sociais, provocar mal-entendidos" entre os cubanos, mas também "a famosa mudança de regime", denunciou o presidente.

O que diz a oposição ao regime cubano?

Exilados cubanos manifestaram apoio aos protestos em Cuba e pediram aos Estados Unidos que liderem uma intervenção internacional para evitar que os manifestantes sejam vítimas de "um banho de sangue".

"Chegou o dia em que o povo cubano se levantou", disse Orlando Gutiérrez, da Assembleia de Resistência Cubana, uma plataforma de organizações opositoras de dentro e fora da ilha. Gutiérrez, que vive exilado em Miami e também preside o Diretório Democrático Cubano, destacou que, segundo suas fontes em Cuba, ocorreram protestos em mais de 15 cidades da ilha. "Está muito claro o que o povo de Cuba quer, que termine esse regime", afirmou.

Como a comunidade internacional reagiu aos protestos?

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu ao governo cubano que não use de violência contra os protestos de rua e declarou apoio aos manifestantes. "Fazemos um chamado ao governo de Cuba para que se abstenha de violência", disse a repórteres.

Antes, em um comunicado divulgado à imprensa, Biden já havia pedido que as autoridades cubanas "escutassem o seu povo"."Nós apoiamos o povo cubano em seu claro pedido por liberdade", disse o presidente. E completou: "Os Estados Unidos chamam o regime cubano a ouvir seu povo e servir seu interesse neste momento vital, em vez de enriquecer a si mesmo"

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse, nesta segunda-feira, que o líder cubano errou ao culpar os Estados Unidos pelos protestos. "Seria um grave erro do regime cubano interpretar o que está acontecendo em dezenas de vilas e cidades em toda a ilha como resultado ou produto de qualquer coisa que os Estados Unidos tenham feito."

A ONU se manifestou nesta segunda-feira e cobrou que as autoridades locais respeitem plenamente a liberdade de expressão e de manifestação da população. "Estamos, simplesmente, observando o que acontece e queremos que os direitos básicos das pessoas sejam respeitados", afirmou o porta-voz da agência, Farhan Haq, em entrevista coletiva.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, instou Cuba a permitir a realização de manifestações pacíficas e a "escutar" seus participantes. "Quero pedir ao governo que permita essas manifestações e que escute ao descontentamento dos manifestantes", disse.

A Rússia, um dos principais defensores do regime cubano desde os tempos soviéticos, alertou nesta segunda-feira contra qualquer "interferência externa" na crise.

"Consideramos inaceitável qualquer ingerência externa nos assuntos internos de um Estado soberano e qualquer ação destrutiva que favoreça a desestabilização da situação na ilha", disse Maria Zakharova, porta-voz do ministério russo das Relações Exteriores.

Enquanto isso, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, rejeitou a política "intervencionista" da situação em Cuba e se ofereceu para enviar ajuda humanitária.

O México poderia "ajudar com remédios, vacinas (contra a covid-19), com o que for necessário e com alimentação, porque saúde e alimentação são direitos humanos fundamentais", disse o presidente. (Com agências internacionais)

Milhares de cubanos marcharam neste domingo (11) pelas ruas da pequena cidade de San Antonio de los Baños, a 33 km da capital, Havana, no primeiro protesto contra o governo desde a manifestação de 1994 em Havana, que ficou conhecida como "maleconazo".

A marcha pacífica, que ocorreu em meio a uma grave crise econômica e sanitária no país, foi interceptada pelas forças de segurança e partidários do governo, o que levou a violentos confrontos e prisões.

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Além de San Antonio de los Baños, um pequeno município rural de 50 mil habitantes, também foram registrados pequenos protestos nos municípios de Güira de Melena e Alquízar - todos na Província de Artemisa -, Palma Soriano, em Santiago de Cuba, e em alguns bairros de Havana.

Gritando principalmente "Pátria e vida", título de uma canção polêmica, mas também "Abaixo a ditadura!" e "Não temos medo", os manifestantes, na maioria jovens, caminharam pelas ruas da cidade para manifestar sua frustração por meses de crise, restrições por causa da pandemia e o que eles qualificam de negligência do governo.

"Ai, meu Deus!", ouve-se em um vídeo uma mulher dizer enquanto a passeata passa por ela aos gritos de "Queremos liberdade" e insultos ao presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

O presidente cubano foi no domingo a San Antonio de los Baños e se reuniu com partidários em uma praça da cidade e atribuiu ao embargo dos EUA a falta de alimentos e remédios na ilha.

No fim da tarde, Díaz-Canel falou à nação pela TV e acusou os Estados Unidos de serem responsáveis pelo protesto. Ele enviou as forças especiais às ruas da capital, pediu a seus apoiadores que enfrentem as "provocações", e disse que seus partidários estão dispostos a defender o governo com suas vidas. "A ordem está dada. Às ruas, revolucionários", incentivou.

Também neste domingo, 11, os exilados cubanos manifestaram seu apoio aos protestos em Cuba e pediram aos Estados Unidos que liderem uma intervenção internacional para evitar que os manifestantes sejam vítimas de "um banho de sangue".

"Chegou o dia em que o povo cubano se levantou", disse Orlando Gutiérrez, da Assembleia de Resistência Cubana, uma plataforma de organizações opositoras de dentro e fora da ilha. Gutiérrez, que vive exilado em Miami e também preside o Diretório Democrático Cubano, destacou que, segundo suas fontes em Cuba, ocorreram protestos em mais de 15 cidades da ilha. "Está muito claro o que o povo de Cuba quer, que termine esse regime", afirmou.

A Assembleia de Resistência Cubana exortou o povo a permanecer nas ruas e pediu à polícia e às Forças Armadas que fiquem do lado do povo.

Desde o começo da pandemia do coronavírus, os cubanos são obrigados a esperar em longas filas para obter alimentos, uma situação que se somou a uma grave escassez de medicamentos, o que desencadeou um mal-estar social generalizado.

Cuba registrou no domingo mais um recorde de infecções por covid-19 em 24 horas, com 6.923 novos casos e 47 mortos. Desde o início da pandemia, o país registrou 238.491 infecções e 1.537 mortos, segundo números do governo.

"São números alarmantes, que aumentam a cada dia", disse o chefe de epidemiologia do Ministério de Saúde cubano, Francisco Durán.

A situação é especialmente tensa na província turística de Matanzas, localizada a 100 km de Havana, onde o alto número de infecções pode causar o colapso dos serviços de saúde.

Com hashtags como #SOSCuba, #SOSMatanzas e #SalvemosCuba, os pedidos de ajuda se multiplicam nas redes sociais, até mesmo por artistas e famosos. A população também pede ao governo que facilite o envio de doações do exterior.

No sábado, 10, um grupo de oposição pediu a criação de "um corredor humanitário", iniciativa rapidamente rejeitada pelo governo. "Conceitos ligados a corredor humanitário e ajuda humanitária estão associados a zonas de conflito e não se aplicam a Cuba", disse o diretor de Assuntos Consulares e Atenção aos Cubanos Residentes no Exterior, Ernesto Soberón, em entrevista coletiva.

Soberón também denunciou "uma campanha" que tem como objetivo "apresentar uma imagem de caos total em Cuba, que não corresponde à situação atual do país". No entanto, Soberón anunciou que o governo abrirá uma conta de e-mail para agilizar as doações do exterior. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Centrais sindicais brasileiras convocam nesta sexta-feira, 2, todos os entes da base de apoio e a militância para irem às ruas no sábado, 3, e participarem dos atos pelo impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro. "O Brasil não aguentará o governo genocida, e agora investigado por corrupção, de Jair Bolsonaro até 2022. O impeachment é urgente, tem de ser agora", destaca o texto divulgado.

Em nota, as centrais sindicais pedem para que todos os interessados em participar dos atos contra o presidente neste sábado atendam aos protocolos sanitários e aqueles que não se sentirem seguros para protestar nas ruas, se manifestem pelas redes sociais.

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Na pauta das entidades, estão também o pedido pela volta do auxílio emergencial de R$ 600, aumento da oferta de vacinas contra a covid-19 e ações de combate à fome, à pobreza, e às privatizações.

Os atos também contam com o apoio de partidos políticos e outras entidades sociais, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

O pré-candidato às eleições de 2022 e vice-presidente do PDT, Ciro Gomes (CE), declarou apoio às manifestações deste sábado (3) contra o presidente Jair Bolsonaro. Para Ciro, as manifestações vão ajudar a tirar a "inércia" da Câmara dos Deputados sobre os processos de impeachment contra o chefe do Executivo.

Centrais sindicais e partidos políticos estão convocando militância à manifestação programada para este sábado contra o presidente. Os protestos estavam inicialmente programados para ocorrerem no final do mês, mas foram antecipados após as suspeitas de corrupção nas negociações da compra da vacina contra Covid-19 Covaxin pelo governo federal.

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"Os políticos estão de olho na carne, estão comendo dentro do chafurdo de ladroeira, de corrupção, de clientelismo que é o governo Bolsonaro", declarou o pedetista. "Se a gente empurrar, Bolsonaro cai", afirmou. Apesar do apoio, na quinta-feira (1º), em entrevista ao Estadão, Ciro descartou participar das manifestações de amanhã.

Diante do avanço da CPI da Covid sobre suspeitas de irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde, partidos de esquerda e movimentos sociais anteciparam as manifestações contra o governo Jair Bolsonaro de 24 de julho para o próximo sábado, 3. De acordo com os organizadores dos protestos, o objetivo é pressionar pelo impeachment do presidente.

Em depoimento à CPI nesta sexta-feira, 25, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) confirmou que Bolsonaro citou o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), quando se referiu a um deputado que queria fazer "rolo" com a compra da vacina indiana.

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Segundo Miranda, ele e seu irmão Luis Ricardo Miranda, servidor de carreira do Ministério da Saúde, avisaram o presidente sobre suspeitas de corrupção na negociação da Covaxin.

Após esses desdobramentos, os organizadores da "Campanha Fora Bolsonaro", que têm realizado atos contra o presidente nas últimas semanas, se reuniram na tarde deste sábado, 26, e decidiram antecipar as novas manifestações.

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) disse ao Broadcast que os organizadores dos atos chegaram a cogitar realizar o protesto no dia 10, mas preferiram adiantar ainda mais o calendário. "Eles acharam que os desdobramentos disso serão muito rápidos", afirmou o parlamentar.

"Eu acho que vai ter notícia-crime contra o Bolsonaro no Supremo, através da CPI, e acho que o governo entrou um uma encalacrada", declarou Valente, em referência ao eventual crime de prevaricação do presidente. Na visão do deputado, a marca anticorrupção do governo já vinha sendo desmontada, mas a situação muda de patamar quando envolve o nome do próprio chefe do Planalto.

O parlamentar do PSOL disse que o objetivo das manifestações é pressionar pelo impeachment de Bolsonaro. "A chave da questão é essa. E também pressionar o Centrão. O Arthur Lira não pode ficar sentado", acrescentou, em referência ao presidente da Câmara, a quem cabe abrir um processo de impeachment contra o presidente.

Antes dos protestos do dia 3, um grupo de partidos e movimentos sociais de um amplo espectro ideológico protocolará um "superpedido" de impeachment que reúne acusações de ao menos 22 crimes que teriam sido cometidos por Bolsonaro. A iniciativa conta com a participação, por exemplo, dos deputados federais por São Paulo Joice Hasselmann, que está de saída do PSL, e Alexandre Frota (PSDB). Ambos já fizeram parte da base do governo na Câmara.

No dia 1º de julho, será realizada uma plenária dos movimentos sociais para organizar os atos nacionais do dia 3. "Há um fato novo na conjuntura, na compra de vacina da Índia, que precisa ser examinado com muito cuidado pela CPI. Nós avaliamos que é importante ter pressão popular para a CPI ganhar força. Por isso nós vamos para as ruas, fazer uma grande mobilização", disse ao Broadcast o agricultor João Paulo Rodrigues, que faz parte da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "Enquanto Bolsonaro estiver no governo, nós vamos continuar pressionando", acrescentou.

Além do MST, também fazem parte da "Campanha Fora Bolsonaro" as frentes Povo sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Central de Movimentos Populares (CMP) e a Uneafro Brasil.

De acordo com Ivan Valente, apesar da participação dos partidos de esquerda nos movimentos, a ideia é não dar um caráter "muito partidário" aos atos. Ele disse esperar, por exemplo, a adesão do Movimento Brasil Livre (MBL).

Grupos de esquerda e estudantes protestaram, no fim da tarde deste sábado, contra o presidente Jair Bolsonaro. A concentração do ato foi no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, de onde a marcha saiu em caminhada, no sentido Consolação.

O grupo desceu a Rua Augusta e se encontrou com outro, que protestava na Rua Maria Antônia. Esse segundo ato, denominado Geração 68 contra Bolsonaro, contava com lideranças históricas do PT, como os ex-deputados José Genoino e José Dirceu.

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 Movimentos sociais realizarão uma nova manifestação pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no dia 24 de julho. A decisão é fruto de debates da Campanha Nacional Fora Bolsonaro, fórum de entidades que convocaram as mobilizações anteriores, nos dias 29 de maio e 19 deste mês. Os manifestantes também reivindicam aceleração da vacinação contra covid-19 e auxílio emergencial de R$ 600.

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“O próximo ato Fora Bolsonaro já tem data! Dia 24 de Julho acontecerá o 3º dia Nacional de Mobilizações contra o genocídio. Mais uma vez estaremos nas ruas contra o governo de Bolsonaro”, divulgou o senador Paulo Rocha (PT-PA), em suas redes sociais.

Em razão da crise sanitária, os organizadores veem as ações de rua com cautela. Apesar disso, foi avaliado que será possível obedecer regras sanitárias de prevenção ao novo coronavírus, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

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