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A junta militar governante em Mianmar continuou a intensificar sua repressão aos protestos em massa contra o golpe neste domingo (14), com prisões noturnas e ameaças contra quem abriga os ativistas.

O período democrático de 10 anos do país terminou abruptamente há quase duas semanas com a tomada do poder pelos militares, que derrubaram e prenderam a chefe de governo Aung San Suu Kyi.

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No domingo, pelo nono dia consecutivo, milhares de birmaneses foram às ruas.

Em Yangon, principal cidade do país, eles se reuniram em vários locais, inclusive perto do famoso templo Shwedagon, para exigir o retorno da democracia e a libertação de sua líder.

O conselho liderado pelo general Min Aung Hlaing publicou uma lista de sete dos ativistas que buscam ativamente promover os protestos.

"Se você encontrar algum dos fugitivos mencionados ou se tiver alguma informação sobre eles, dirija-se à delegacia de polícia mais próxima", disse um comunicado à mídia estatal no domingo.

Desde o início do movimento, os militares já prenderam cerca de 400 políticos, ativistas e civis, entre jornalistas, médicos e estudantes.

- Poderes de emergência para as forças de segurança -

Presa novamente em 1º de fevereiro, a chefe de governo não foi vista desde então, embora seu partido diga que ela estava "bem de saúde", mantida incomunicável em uma residência em Naipyidó, capital administrativa de Mianmar.

No sábado, Min Aung Hlaing concedeu poderes de emergência às forças de segurança, que podem conduzir buscas domiciliares sem mandado ou deter pessoas por curtos períodos sem permissão de um juiz.

A situação em Mianmar foi alvo de inúmeras condenações internacionais nas últimas duas semanas, mas elas não tiveram efeito sobre os militares.

A Junta afirma ter assumido o poder de acordo com a Constituição e ordenou aos jornalistas do país que parassem de falar sobre isso como um "governo golpista".

"Alertamos (...) jornalistas e meios de comunicação para não escreverem com o objetivo de causar desordem pública", disse o Ministério da Informação em nota enviada ao clube de correspondentes estrangeiros no sábado.

Também pediu aos jornalistas que sigam a "ética da mídia" ao noticiar os eventos no país.

Houve manifestações de solidariedade aos birmaneses na vizinha Tailândia, que abriga uma grande comunidade de trabalhadores imigrantes do país, assim como nos Estados Unidos, Japão e Austrália.

Mas os aliados tradicionais do exército birmanês, incluindo a Rússia e a China, pedem que não se interfira nos "assuntos internos" de Mianmar.

Cerca de 5 mil pessoas foram detidas pela polícia russa ontem durante protestos pela libertação do líder da oposição Alexei Navalni, segundo levantamento da ONG OVD-Info. Alguns dos detidos foram agredidos, de acordo com a entidade. Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de diferentes cidades do país pelo segundo final de semana consecutivo.

Navalni está preso desde o dia 17, quando chegou de uma viagem da Alemanha, onde se recuperava após ser envenenado em 20 de agosto com o agente nervoso novichock, uma arma química russa. Moscou nega ter envenenado o opositor.

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Ele é conhecido pelo posicionamento anticorrupção e pelas críticas ao presidente Vladimir Putin. Novos protestos a favor de Navalni estão marcados para esta terça-feira, 2, quando o líder opositor enfrentará uma audiência em tribunal que pode mantê-lo na prisão ou reduzir sua sentença de 3 anos e 6 meses de prisão, à qual foi condenado em 2014 por lavagem de dinheiro. Ele diz que a condenação é uma vingança política.

Segundo a OVD-Info, foram registradas neste domingo, 31, prisões em pelo menos 35 cidades russas. As forças de segurança bloquearam o acesso ao centro de várias cidades para impedir as marchas, proibidas pelo governo. Em Moscou, estações de metrô, lojas e restaurantes foram fechados. Os manifestantes chegaram a se dirigir à prisão onde Navalni está detido, mas foram reprimidos por tropas de choque. Entre os detidos em Moscou está a mulher de Navalni, Yulia.

O esquema de segurança foi reforçado depois que dezenas de milhares de manifestantes se reuniram em todo o país no fim de semana passado.

Os atos duraram horas e os participantes gritavam frases como "Renuncie, Putin", "Putin ladrão" e "Abaixo o czar". Os Estados Unidos instaram a Rússia a libertar Navalni e criticaram as prisões. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As autoridades russas prenderam, nesta sexta-feira (22), novos apoiadores do opositor Alexei Navalny, enquanto outros devem comparecer ao tribunal na véspera de um dia de protestos planejados em todo o país.

A equipe de Navalny, que está em detenção até pelo menos 15 de fevereiro e é alvo de vários processos judiciais, convocou protestos para o sábado (23) em 65 cidades russas para exigir a libertação do principal inimigo do Kremlin, reuniões "ilegais" de acordo com as autoridades.

Depois de prender vários colaboradores de Navalny na quinta-feira, a polícia deu continuidade às detenções nesta sexta com a coordenadora da sede do opositor em Vladivostok, no Extremo Oriente, Ekaterina Vedernikova, e uma colaboradora da sede de Novosibirsk, na Sibéria, Elena Noskovets.

A equipe do opositor também informou a prisão da coordenadora de Tyumen, nos Urais, de outra colaboradora do enclave de Kaliningrado e de Serguei Boïko, cuja coalizão em Novosibirsk, na Sibéria, desafiou o partido do Kremlin nas eleições regionais de setembro.

Preso na quinta, uma figura em ascensão do movimento, Liubov Sobol, e a porta-voz de Navalny, Kira Iarmych, devem comparecer perante os juízes nesta sexta por terem convocado manifestações qualificadas como ilegais.

A advogada de Iarmych, Veronika Poliakova, disse à AFP que sua cliente enfrenta 10 dias de detenção. Liubov Sobol, por sua vez, pode pegar 30 dias de prisão, mas pode sofrer, como em prisões anteriores, apenas uma multa por ter um filho pequeno.

Entre os outros apoiadores de Navalny na mira da polícia, estão Georgui Albourov, que participa das investigações anticorrupção do opositor, e Vladlen Los, advogado de sua organização, de nacionalidade bielorrussa, declarado persona non grata na Rússia.

A chefe da equipe de Navalny em Krasnodar, no sul da Rússia, Anastassia Pantchenko, também foi presa na quinta-feira.

- Advertências e apoios -

Diante da mobilização marcada para sábado, o Kremlin, o Ministério Público e o Ministério do Interior advertiram contra a participação nos protestos, sugerindo uma possível dispersão brutal dos manifestantes.

O gendarme de telecomunicações russo, Roskomnadzor, ameaçou as redes sociais com multas se não retirassem as chamadas para protestar e, em particular, alertou as plataformas Tik Tok e Vkontakte, o equivalente russo do Facebook.

A imprensa também noticiou advertências de universidades e escolas para desencorajar os alunos de protestar ou encorajar os pais a "protegerem seus filhos".

Nos últimos dias, milhares de vídeos e mensagens de apoio ao opositor têm circulado no Tik Tok, uma plataforma particularmente popular entre os adolescentes, incluindo chamadas para manifestações, conselhos para não ser preso pela polícia ou usuários se filmando substituindo o retrato de Vladimir Putin pelo de Alexei Navalny na sala de aula.

A chefe do canal de televisão estatal russo RT, Margarita Simonyan, acusou "Tik Tok, de propriedade chinesa, de tentar orquestrar uma guerra entre crianças na Rússia". Ela estimou que a empresa tinha meios de censurar esse conteúdo "em dois minutos".

Navalny também recebeu o apoio de atores, músicos e atletas, incluindo personalidades geralmente afastadas da política, como o ex-capitão da seleção de futebol russa, Igor Denisov, ou do astro da música Monetotchka, muito popular entre os jovens.

Após sua prisão no domingo, Alexei Navalny contra-atacou na terça-feira publicando uma investigação sobre a enorme e suntuosa propriedade do presidente Vladimir Putin nas margens do Mar Negro, e cuja construção teria custado mais de um bilhão de dólares.

Esta manhã, a longa investigação acompanhada por um vídeo de quase duas horas já havia sido vista mais de 53 milhões de vezes no YouTube, um recorde para uma investigação de Navalny.

O opositor foi preso no dia 17 de janeiro, ao retornar de cinco meses de convalescença na Alemanha após suspeita de envenenamento, do qual acusou o Kremlin. Moscou rejeita essas acusações.

Enquanto os Estados Unidos lidam com a repercussão política da invasão do Capitólio na semana passada, aliados do presidente Donald Trump se organizam para realizar novos atos para coincidir com a posse de Joe Biden, no dia 20 de janeiro. Diante da possibilidade de novos episódios violentos, a prefeita de Washington pediu reforços na segurança da cidade para as agências federais.

Até o momento, mais de 100 pessoas já foram detidas por participarem da invasão de quarta-feira, 6 - entre eles o homem que usou chapéu de pele e chifres, cuja imagem viralizou na internet. Enquanto isso, Trump se vê prestes a enfrentar mais um processo de impeachment.

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Nada disso, no entanto, parece intimidar os grupos fiéis ao presidente, que prometem que nada será capaz de pará-los daqui a dez dias. O líder do Partido Democrata no Senado, Chuck Schumer, disse no domingo, 10, que a ameaça de grupos extremistas permanece alta dias após o ataque.

"A ameaça de grupos violentos extremistas continua alta e as próximas semanas são críticas para o nosso processo democrático com a cerimônia de posse do presidente eleito, Joe Biden, e da vice-presidente eleita, Kamala Harris, no Capitólio", destacou ele, afirmando ter conversado com o diretor do FBI, Christopher Wray, para pedir que a agência continue a buscar e prender os invasores.

Em fóruns e sites pró-Trump, manifestantes prometem "liberar o país sem piedade" e "não deixar os comunistas vencerem". Há semanas, organiza-se um ato chamado por seus organizadores de "Marcha do Milhão com as Milícias" para o dia 20.

Eventos também são marcados para os dias anteriores: "Nós recusamos a ser silenciados", dizia uma postagem encontrada pelo Grupo Alethea, que trabalha no combate à desinformação, em uma análise desta semana que levantou diversas postagens deste tipo. "Marcha armada no Capitólio e em todos os Capitólios estaduais em 17 de janeiro", dizia outra.

'Enforquem Mike Pence'

No Twitter, a expressão "enforquem Mike Pence", o vice-presidente dos EUA, chegou a figurar entre os assuntos mais comentados um dia após a expulsão de Trump da rede social por incitação à violência. Já o Parler, rede social usada por trumpistas que foi banida pelo Google, pela Apple e pela Amazon, removeu uma postagem do advogado conservador Lin Wood, um grande aliado do presidente, defendendo o enforcamento de Pence.

Um dos últimos posts de Trump antes de ser banido do Twitter foi afirmar que não comparecerá à posse de Biden, algo visto por muitos como um sinal verde para que o evento seja mirado por seus aliados. Ele será apenas o quarto presidente americano a faltar à posse de seu sucessor - a última vez que isto ocorreu foi em 1869, com Andrew Johnson.

Segurança extra

No domingo, diante do temor de novos episódios de violência, a prefeita da capital americana, Muriel Bowser, pediu ao secretário interino de Segurança Nacional, Chad Wolf, medidas extras de segurança para a posse de Biden.

Citando o que disse ser um "ataque terrorista sem precedentes" e a "insurreição" no Capitólio, Bowser pediu uma extensão do período conhecido como Evento Especial de Segurança Nacional, no qual o departamento de Wolf e o Serviço Secreto ficam responsáveis pela segurança de Washington.

Bowser pede para que o prazo vá de 11 a 24 janeiro, e não apenas entre os dias 19 e 21. Com isso, haveria maior coordenação das agências diante das novas ameaças. Ela também disse que a cidade dará entrada em uma pedido para pré-declaração de desastre, buscando acelerar a assistência federal para os preparativos da cerimônia de posse. O aval para a solicitação, no entanto, cabe a Trump.

Bowser também pediu para que o Departamento do Interior não permita quaisquer eventos públicos na capital nos próximos dias e que o FBI forneça briefings diários de segurança para a polícia da cidade.

Entre as cinco pessoas que morreram nos protestos da última semana estava o policial Brian Sicknick, que não resistiu aos ferimentos sofridos durante um embate com extremistas apoiadores de Trump. Um segundo policial que participou da operação, Howard Liebengood, tirou sua própria vida neste sinal de semana.

Após críticas por não ter ordenado que as bandeiras da Casa Branca fossem postas à meio mastro, Trump emitiu a ordem neste final de semana. (Com agências internacionais).

O Conselho de Estado, máxima jurisdição administrativa na França, proibiu, nesta terça-feira (22), o uso de drones para vigiar manifestações na via pública em Paris, onde nas últimas semanas foram denunciados abusos por parte das forças de segurança durante protestos pela capital.

O chefe da Polícia de Paris, Didier Lallement, "deve cessar imediatamente o uso de medidas de vigilância com drones durante as concentrações de pessoas na via pública", decidiu o Conselho.

A instância agiu após uma denúncia da associação La Quadrature du Net (LQDN), preocupada com o uso de drones "com finalidades policiais administrativas". No mês de maio, o alto tribunal administrativo proibiu o uso de drones para vigiar a capital durante o desconfinamento.

Para o Conselho de Estado, a vigilância policial com drones não pode ser realizada "sem a intervenção prévia de um texto" que a autorize e estabeleça as modalidades de uso.

Caso contrário, destaca a Justiça administrativa, "existe uma séria dúvida sobre a legalidade" de praticar a vigilância com drones.

Muito polêmica, a lei sobre "segurança global" recentemente aprovada em primeira leitura pela Assembleia Nacional prevê regulamentar o uso de drones por parte da polícia.

A cidadela inca de Machu Picchu, localizada na região peruana de Cusco, reabrirá neste sábado (19), após cinco dias fechada devido a protestos de moradores das localidades de Machu Picchu e Ollantaytambo contra as empresas ferroviárias que prestam serviço naquela região, anunciaram autoridades locais.

A Direção Desconcentrada de Cultura de Cusco informou que, após o restabelecimento "da ordem social no distrito de Machupicchu, a partir deste sábado será restabelecido o atendimento e a entrada na cidadela".

O fechamento ocorreu na última segunda-feira (14), motivado por protestos da população, que reclama tarifas mais baratas e uma frequência maior de trens na rota entre Cusco e Machu Picchu às duas empresas que prestam serviço na região, Inca Rail e Perú Rail.

O trem é o único meio de transporte dos turistas que visitam a cidadela, mas também é muito utilizado por moradores da região. As manifestações começaram pacificamente, mas se intensificaram com a ocupação da estrada, confrontos com a polícia e ameaças de ocupação da cidadela.

Machu Picchu havia aumentado sua capacidade em 40% em 1º de dezembro, indo para 1.116 visitantes diários, um mês após sua reabertura, em meio a uma gradual redução das infecções por Covid-19 no Peru. Antes da pandemia, entre 2 mil e 3 mil pessoas entravam por dia no parque

Machu Picchu ('Velha Montanha' em quéchua) foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1983 e, em 2007, foi escolhida como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno em uma pesquisa online internacional. A mítica cidadela, construída no século XV, colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século passado. O local foi "descoberto" pelo explorador americano Hiram Bingham em julho de 1911, embora alguns locais soubessem de sua existência.

O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) surpreendeu, nesta quinta-feira (10), ao anunciar que não vai punir atletas por eventuais protestos e demonstrações de apoio a causas de justiça social ou racial. Além disso, a entidade pediu mudanças na Regra 50 da Carta Olímpica, que impede este tipo de manifestações nos eventos esportivos.

"Tomamos a decisão de que os atletas do 'Team USA' não será punidos pelo USOPC por demonstrações pacíficas e respeitosas em apoio à justiça social e racial para todos os seres humanos", diz comunicado assinado pela CEO do Comitê, Sarah Hirshland.

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"O USOPC valoriza as vozes dos atletas americanos e acredita no direito deles de defender causas de justiça social e racial e que eles são uma força positiva para a mudança, totalmente alinhados com os valores fundamentais de igualdade que definem o 'Team USA' e os movimentos olímpicos e paralímpicos", completou a dirigente.

Além disso, a CEO pediu ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para alterar a controversa Regra 50, que impede "qualquer demonstração de propaganda política, religiosa ou racial em qualquer área, local ou equipamento da competição olímpica". "Vamos continuar a trabalhar com o Comitê Olímpico Internacional e com o Comitê Paralímpico Internacional para que consideram a possibilidade de fazer uma emenda na Seção 2.2 da Regra 50 da Carta Olímpica."

Ela alega que a questão dos direitos humanos não se enquadram nesta regra. "É necessário afirmar inequivocadamente que os direitos humanos não são uma questão política e que pedidos pacíficos por igualdade e equidade não podem se confundir com demonstrações de divisão."

No mesmo comunicado, Hirshland pediu desculpas em nome da entidade por não ter apoiado atletas como John Carlos e Tommie Smith, que se tornaram famosos nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968, quando protestaram contra a segregação racial nos EUA com os punhos apontados para o céu.

"Está claro agora que esta organização deveria ter apoiado, ao invés de ter condenado. Por isso, pedimos desculpas. E espero por um futuro onde as regras serão claras, onde as intenções serão melhor compreendidas e as vozes serão empoderadas", disse a dirigente.

Hirshland também lamentou por ter repreendido os atletas Gwen Berry, do lançamento do martelo, e Race Imboden, da esgrima, por terem violado a Regra 50 durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado. Na ocasião, Berry levantou o punho e Imboden se ajoelhou no pódio da competição.

Pelo cumprimento das determinações que proíbem a dupla função dos motoristas de ônibus, nesta quarta-feira (9), o Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife impediu a saída de coletivos sem cobrador das garagens. A categoria cobra atenção à lei municipal 18.761/2020 e à portaria 167/2020 do Conselho de Transporte Metropolitano (CTM).

Durante a manhã, representantes dos rodoviários pretendem fiscalizar as garagens das empresas Caxangá, Metropolitana, Transcol e Pedrosa. "A orientação do sindicato para a empresa e para a categoria é que apenas os ônibus com cobrador circulem. Não estamos precisando bloquear. Os ônibus simplesmente não estão saindo por desrespeitar a portaria 167/2020 do Governo do estado", informou a assessoria da entidade. Na rodoviária Caxangá, apenas uma linha entrou em circulação e dificultou a movimentação de passageiros em Olinda.

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No dia que a lei do Recife entrou em vigor, na quinta-feira (3), o Grande Recife Consórcio de Transporte realizou uma fiscalização em caráter educativo. Posteriormente, a medida foi adiada para essa terça (8).

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Em nota, o sindicato das empresas de ônibus mostrou-se surpresa com a ação dos rodoviários e garante que tem cumprido com o que foi acordado na conciliação mediada pelo Tribuna Regional do Trabalho. Confira na íntegra: 

"A Urbana-PE informa que foi surpreendida com mais uma paralisação ilegal do transporte público realizada pelo Sindicato dos Rodoviários, que está impedindo a saída dos ônibus de algumas garagens da Região Metropolitana do Recife. As empresas estão tomando as providências necessárias para assegurar a operação de todas as linhas programadas para esta quarta-feira (09).

A Urbana-PE reitera que as suas associadas têm cumprido todas as cláusulas referentes ao dissídio coletivo da categoria acordadas em mediação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Esclarece também que questionou o Grande Recife Consórcio de Transporte quanto à aplicação e abrangência da Lei 18.761/202, tendo a Procuradoria do Estado de Pernambuco (PGE) se manifestado sobre a sua inaplicabilidade no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife. Logo, a reestruturação de cerca de 67% da frota de ônibus, isto é, 1616 veículos, não pode ser realizada de forma intempestiva e sem as garantias legais de que será mantida."

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O assassinato de João Alberto, homem negro de 40 anos, por seguranças no Carrefour motivou protestos em diversas cidades, nesta sexta-feira (20), convocados pelas redes sociais. Um grupo se manifestou em frente ao mesmo supermercado onde ocorreu o assassinato, na capital gaúcha, com faixas como "vidas negras importam" e exigindo justiça. Em São Paulo, Porto Alegre e Fortaleza, os atos tiveram tumulto. Houve também manifestações nas ruas do Rio de Janeiro, em Brasília e de Belo Horizonte. Neste sábado (21), um ato está marcado para acontecer no Recife, às 11h. 

Na capital paulista, manifestantes se concentraram no vão do Masp, na região central, por volta das 16 horas. Mais tarde, o grupo se direcionou para o Carrefour da Rua Pamplona. Uma pequena parte dos manifestantes pegou pedras dos vasos do estacionamento e arremessou contra os vidros do supermercado.

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Os manifestantes também entraram no supermercado e atearam fogo em alguns produtos. Seguranças e funcionários da unidade usaram extintores para apagar as chamas e fecharam a loja com clientes dentro, para evitar novos tumultos.

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O grupo de seguranças do Carrefour não resistiu à invasão - a própria Polícia Militar não interveio neste momento. A ação durou pouco mais de 10 minutos e clientes ficaram assustados.

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Lideranças da manifestação chegaram a pedir que não houvesse quebra-quebra ou invasão - mas os pedidos não foram atendidos por esse pequeno grupo. A polícia só se aproximou quando todos os manifestantes já tinham saído do supermercado. Até às 20h45, não havia registro de prisões, feridos ou saques ao estabelecimento.

No fim, manifestantes também acenderam velas em homenagem às vítimas da violência.

Porto Alegre

A manifestação em Porto Alegre reuniu milhares de pessoas. No protesto, cruzes e flores foram colocadas em homenagem a João Alberto. Lideranças negras e políticas se revezavam no caminhão de som, além das buzinas de manifestantes que passavam pelo local.

Os manifestantes fizeram caminhada em direção ao estádio de futebol nas imediações do Sport Clube São José, time para o qual João Alberto torcia. Em um momento, um grupo começou a forçar o portão de entrada do Carrefour, que dá acesso ao estacionamento. Entre 20 e 30 pessoas conseguiram entrar no estacionamento e uma parte delas conseguiu chegar à parte térrea da loja, onde ficam pequenas lojas e uma escada rolante que leva ao primeiro andar. Foi possível verificar quebra-quebra no local, muito vidro quebrado, cancelas do estacionamento foram quebradas. O vidro da escada rolante foi quebrado. O Batalhão de Choque foi até o prédio para tentar dispersar os manifestantes.

Uma minoria começou a atirar pedra e fogos de artifício. O Batalhão de Choque respondeu com bomba de gás. Depois disso, alguns outros portões que dão acesso ao hipermercado foram quebrados. Papéis, cartazes, faixas e até plantas secas foram incendiadas.

A fachada da unidade também foi pichada em protesto: "Assassinos". Rojões também foram arremessados contra o mercado.

Outras cidades

No Rio, dezenas de manifestantes fizeram um protesto no supermercado Carrefour da Barra da Tijuca, na zona oeste. Aos gritos de "Assassino, Carrefour", eles chegaram a protestar até mesmo dentro do supermercado, pedindo para que a unidade fechasse. Antes, o grupo se posicionou no estacionamento que fica em frente ao supermercado e exibiu faixas com mensagens como "Parem de nos matar" e "Sem Justiça, sem paz". O ato foi pacífico.

Na capital mineira, o ato foi organizado por entidades que representam a população negra, como o Núcleo Rosa Egipsíaca Negros, Negras e Indígenas. A integrante do coletivo Nzinga, de mulheres negras, Etiene Martins, de 37 anos, afirma que esse tipo de violência não é um episódio isolado. "Acontece todos os dias. Nesse caso, foi filmado, divulgado, e ajuda a denunciar. Só que nem sempre é assim. Muitas vezes acontece e ninguém vê", diz.

Em Fortaleza, há relatos de uso de spray de pimenta pelos policiais e três manifestantes foram detidos. Em Brasília, as manifestações se concentraram no Carrefour localizado na Asa Sul. O ato começou na rua e depois entrou na unidade para pedir seu fechamento.

Mais de 400 manifestantes foram presos, neste domingo (8), em Belarus durante protestos da oposição em Minsk pedindo a saída do presidente Alexander Lukashenko.

Há três meses, os opositores se reúnem todos os domingos na capital e outras cidades para pedir a renúncia do presidente após a disputada eleição presidencial de 9 de agosto, marcada por acusações de fraude.

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Eles exigem que Lukashenko, no poder desde 1994, dê lugar a sua adversária na eleição presidencial, Svetlana Tikhanovskaya, que teve que fugir para o exterior nas semanas seguintes à eleição para escapar da repressão.

Milhares de manifestantes, muitos vestindo as cores vermelho e branco da oposição, aglomeraram-se no centro de Minsk, cercados por uma grande força policial e onde várias estações de metrô foram fechadas.

De acordo com a organização de direitos humanos Viasna, mais de 400 manifestantes foram presos em Minsk e em algumas outras cidades. Uma dezena de jornalistas estão entre eles, além de atletas, como o medalhista olímpico do decatlo Andrei Krauchanka ou a Miss Belarus 2008, Olga Jinikova, de acordo com a mídia independente Tut.by.

"O país se transformou em uma prisão. É uma junta militar, é impossível suportar essa situação, essa repressão, essas pessoas presas à toa na rua", denunciou Elena Vassilevich, uma aposentada de 65 anos dizendo que espera "viver em um país livre e democrático".

Refugiada na Lituânia, Svetlana Tikhanovskaïa estimou neste domingo que esses 90 dias de manifestações mostram que o "poder perdeu sua legitimidade".

"Ele não quer nos dar o direito de decidir o que vai acontecer em nosso país", escreveu ela no Telegram, acrescentando que os protestos vão continuar "até a vitória".

Tikhanovskaya, que reivindica vitória nas eleições de 9 de agosto, recebeu o apoio de vários líderes europeus que se recusaram a reconhecer o resultado da eleição.

- Esperança em Biden -

No sábado, ela parabenizou Joe Biden por sua eleição para a Casa Branca. "Foi uma verdadeira corrida de ideias, programas e equipes, ao contrário de Belarus, onde os votos foram simplesmente roubados", disse.

Ela acrescentou que acredita que "o novo presidente dos Estados Unidos em breve se encontrará com o presidente justamente eleito de um novo Belarus livre", destacando que Joe Biden "várias vezes assumiu posições firmes de apoio ao povo bielorrusso".

Alexander Lukashenko descreveu no sábado a eleição nos Estados Unidos como uma "paródia da democracia" e disse que não esperava que suas relações com Washington mudassem.

Fora de Minsk, manifestações foram organizadas em grandes cidades do país, mas também por categorias socioprofissionais. No sábado, cerca de cinquenta enfermeiros, por exemplo, protestaram em frente a um hospital em Minsk, segundo a mídia local que garante que vários deles foram presos.

As manifestações de domingo em Belarus reúnem dezenas de milhares de pessoas, às vezes mais de 100.000, constituindo os maiores encontros desde a independência do país em 1991.

As primeiras manifestações, nos dias que se seguiram às eleições que Lukashenko afirma ter ganho com 80% dos votos, foram marcadas por uma repressão violenta que deixou pelo menos três mortos e acusações de tortura apresentadas por manifestantes detidos.

Alexander Loukachenko, que exclui a renúncia, multiplicou suas declarações marciais, por exemplo, tendo garantido que a polícia em breve atiraria com munição real ou pedindo à polícia na semana passada para "não fazer prisioneiros".

Lukashenko, seu filho Viktor e treze outras autoridades bielorrussas foram oficialmente adicionados à lista de sanções da UE na sexta-feira.

Grupos de diversos Estados estão convocando protestos nas redes sociais para pedir justiça pela influenciadora digital Mariana Ferrer. O julgamento de uma denúncia de estupro feita pela jovem, de 23 anos, ganhou repercussão nesta semana após o site Intercept Brasil divulgar trechos da audiência em que o advogado do acusado, Claudio Gastão da Rosa Filho, insultou a influenciadora.

Os atos em busca de justiça pelo caso da jovem e de outras mulheres estupradas e humilhadas no ambiente do Judiciário no Brasil estão marcados para este fim de semana, 7 e 8 de novembro. A maioria das manifestações pede para que os participantes usem roupas pretas como forma de protesto e luto à ausência da voz feminina e levem cartazes de repúdio, além de exigir o uso de máscara como proteção contra o novo coronavírus.

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Protesto semelhante já foi realizado na noite da última quarta-feira (4) em frente à sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Dezenas de mulheres com cartazes criticaram a absolvição do acusado no caso Mari Ferrer, o empresário André de Camargo Aranha, e pediram mais respeito e se manifestaram contra a cultura do estupro.

Neste sábado (7), foram convocadas manifestações em várias cidades do Estado de São Paulo (Jundiaí, Araras, Bauru, São José do Rio Preto), além de Foz do Iguaçu (PR), Belo Horizonte (MG), Florianópolis(SC).

No domingo (8) atos acontecerão na capital paulista, no Masp, em Campinas, Santos, São Carlos, Guarujá (SP), além do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre e Caxias do Sul (RS), Manaus (AM) e Ponta Grossa (PR).

O mau futebol apresentado pela equipe dentro de campo, aliado à interminável crise financeira, fizeram com que parte da torcida do Botafogo pichasse, nesta quinta-feira, os muros do Estádio Engenhão. O alvo, mais uma vez, foram dirigentes e jogadores, assim como nos protestos de quarta-feira.

O motivo que fez a torcida perder de vez a paciência foi derrota da equipe por 1 a 0 para o Cuiabá, terça-feira, em pleno Engenhão, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O resultado também causou a queda do técnico Bruno Lazaroni, que estava no cargo havia apenas um mês.

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O time vai levar toda esta crise para o gramado no sábado às 17h, quando vai receber o Ceará, em duelo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Neste jogo, a equipe será comandada pelo preparador de goleiros, Flávio Tenius.

O time soma apenas 19 pontos e é o 16º colocado, uma posição à frente da zona de rebaixamento. O Botafogo soma três vitórias, dez empates e quatro derrotas. São 17 gols a favor e 20 contra.

O Parlamento israelense aprovou, nesta quarta-feira (30), uma lei que limita as manifestações durante o reconfinamento decretado no país, devido à pandemia da Covid-19 - uma regra que, segundo seus críticos, tem como objetivo silenciar os protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Aprovada por 46 votos a favor e 38 contra, a lei faz parte de uma série de regulamentos a serem aprovados no país para apertar as restrições impostas para conter a pandemia.

De acordo com esta nova disposição, o governo terá autorização para declarar "estado de emergência especial, devido à nova pandemia do coronavírus", durante períodos renováveis de uma semana.

Neste período, deslocamentos de casa de mais de um quilômetro estarão restritos à compra de alimentos e de remédios, ou para receber atenção médica. Ir às ruas para fazer manifestações está, portanto, proibido.

Meir Cohen, do partido de oposição Yesh Atid-Telem, classificou essa medida que limitará os protestos como uma "ladeira escorregadia". Yair Golan, do partido de esquerda Meretz, advertiu que essa lei não vai impedir as manifestações.

Netanyahu tem sido alvo de um grande movimento de protesto há meses, que critica sua forma de lidar com a crise econômica e de saúde da pandemia. Seu governo se vangloriou das decisões tomadas na primeira onda e rapidamente suspendeu as restrições para relançar a economia.

O país de nove milhões de habitantes viu, então, as infecções dispararem nas últimas semanas e impôs um novo confinamento em 18 de setembro.

Até o momento, o país registra 237.000 infecções, das quais 1.528 morreram. Pelo menos até 11 de outubro, sinagogas e locais de entretenimento serão fechados e apenas os setores de mão de obra considerados essenciais podem continuar funcionando, segundo o governo, que também restringiu voos internacionais.

Apesar da manhã de protestos organizados pelo Sindicato dos Rodoviários, nesta segunda-feira (28), a Câmara Municipal do Recife resolveu adiar a votação do Projeto de Lei 05/19, de autoria do vereador Ivan Moraes (Psol), que pede a proibição da dupla função dos motoristas de coletivos. Esta é a principal pauta da categoria, que interditou o cruzamento entre a Avenida Guararapes e a Rua do Sol, no bairro de Santo Antônio, além de motivar a paralisação de coletivos em vias importantes como a Avenida Cruz Cabugá, a Treze de Maio e a Rua do Príncipe, na área central da capital pernambucana.

O PL 05/19 estava na ordem do dia, mas teve sua votação adiada para daqui a seis dias úteis depois que o vereador Rodrigo Coutinho (Solidariedade) sugeriu uma emenda, apesar do quórum de 25 parlamentares na sessão, o que viabilizaria a votação do projeto. “Gostaria de apresentar uma emenda ao plenário, que já se encontra na sala da presidência, sobretudo porque a gente de uma forma geral faz muitas leis importantes para cidade. [...] Uma emenda sugerindo que essa discussão fosse ampliada para ouvirmos outras entidades, outras pessoas, outros especialistas e discutirmos a viabilidade e aplicabilidade desse projeto”, argumentou Coutinho.

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A emenda foi assinada por mais 16 vereadores. São eles Antônio Neto, Benjamin da Saúde, Davi Muniz, Eduardo Chera, Eriberto Rafael, Felipe Francismar, Fred Ferreira, Hélio Guabiraba, Júnior Bocão, Marcos de Bria, Michelle Collins, Renato Antunes, Romerinho Jatobá e Samuel Salazar.

Para Ivan Moraes, a emenda é apenas uma forma de adiar a votação do PL. “O vereador Rodrigo Coutinho teve um ano e meio para aprimorar o projeto. Poderia ter apresentado essa emenda há duas semanas. Fica parecendo uma estratégia agora para não votar”, protestou.

Mais de mil pessoas desafiaram na quinta-feira (24) a segunda noite do toque de recolher em Louisville, em protesto pelo não indiciamento dos policiais envolvidos na morte da afro-americana Breonna Taylor, e alguns manifestantes buscaram refúgio em uma igreja.

Dois policiais foram atingidos por tiros na noite de quarta-feira (23), depois que as autoridades anunciaram que um grande júri decidiu não acusar ninguém pela morte de Taylor, uma enfermeira de 26 anos que morreu em março durante um tiroteio quando a polícia invadiu seu apartamento.

Na quinta-feira à noite, mais de mil pessoas caminharam pelo centro da cidade, uma área bloqueada em grande parte ao trânsito e com as fachadas dos estabelecimentos comerciais protegidas contra eventuais distúrbios.

"Não temos como permanecer pacíficos", disse Michael Pyles, um negro de 29 anos, que indicou esta protestando há 120 dias e que carregava uma pistola 9 mm.

"Saímos para proteger nosso povo e as pessoas que nos apoiam", declarou. "Estamos sob ataque", completou. Sob toque de recolher entre 21H00 e 6H30, mais de 100 pessoas buscaram refúgio em uma igreja.

Policiais fortemente armados cercaram o local, enquanto helicópteros sobrevoavam a área, mas os manifestantes foram autorizados a sair às 23H00.

A morte de Taylor se tornou um símbolo para o movimento "Black Lives Matter" (Vidas Negras Importam) e a decisão do grande júri provocou novas demandas por justiça racial nos Estados Unidos. Milhares de pessoas protestaram na quarta-feira após a decisão judicial para exigir justiça.

As manifestações, pacíficas em um primeiro momento, se tornaram violentas. Vários participantes enfrentaram a polícia, que usou bombas de efeito moral para dispersar os protestos.

Dois agentes foram atingidos por tiros. O prefeito da cidade, Greg Fischer, informou que um foi tratado por ferimento na perna e recebeu alta, enquanto o outro, atingido por um tiro no abdome, passou por uma cirurgia.

O chefe de polícia, Robert Schroeder, anunciou que um suspeito, Larynzo Johnson, foi detido e acusado por agressão e por colocar em risco a vida de outras pessoas.

Schroeder informou que 127 pessoas foram detidas na cidade, a maior de Kentucky, com uma população de 600.000 habitantes.

Taylor morreu na noite de 13 de março quando três policiais com trajes civis entraram em sua casa com uma ordem de busca.

Depois que o namorado da jovem abriu fogo contra os agentes, segundo ele após confundi-los com ladrões, este atiraram e várias tiros balas atingiram Breonna Taylor.

Mais de seis meses depois, um grande júri decidiu na quarta-feira indiciar um dos policiais, Brett Hankison, por colocar em risco a vida de outras pessoas, neste caso três vizinhos da vítima.

Porém, Hankison e os outros dois policiais que usaram armas na casa de Taylor não foram foram acusados por sua morte.

O presidente Donald Trump, que transformou o lema "lei e ordem" em um do motes de sua campanha para as eleições de 3 de novembro, tuitou que rezava pelos policiais hospitalizados.

Dois policiais foram feridos a bala e um suspeito foi detido na cidade americana de Louisville, no estado de Kentucky, onde nesta quarta-feira (23) surgiu uma manifestação antirracista ligada à morte em março da afro-americana Breonna Taylor.

"Dois agentes da polícia ficaram feridos a bala", declarou em coletiva de imprensa o chefe interino da polícia de Louisville, Robert Schroeder, antes de revelar que os policiais "não correm risco de vida".

"Temos um suspeito sob custódia", continuou. A cidade, que pediu calma à população, declarou estado de emergência e acionou o toque de recolher a partir de 21h locais.

Milhares de pessoas foram às ruas desta cidade do estado de Kentucky após a justiça acusar, indiretamente, somente um dos policiais envolvidos no tiroteio que causou a morte de Taylor, uma enfermeira negra de 26 anos cujo nome se tornou um emblema do movimento Black Lives Matter.

Uma grande contingente policial foi mobilizado na cidade de 600.000 habitantes e várias pessoas foram presas durante a tarde. Alguns comércios no centro protegeram suas fachadas diante do temor de uma nova onda de violência.

Aos 82 anos, a atriz Jane Fonda é uma ávida militante de diversas causa, como veganismo e aquecimento global. I,possibilitada de ir às ruas por conta da quarentena, ela tem feito o que pode através das redes sociais. Os protestos virtuais, no entanto, não têm o mesmo impacto e Jane afirma estar com saudade até mesmo de ser presa. 

Para não deixar de atuar em prol das causas que acredita, Jane tem militado em suas redes sociais, na quarentena. Semanalmente, ela faz protestos virtuais sobre as mudanças climáticas, por exemplo. Além disso, a atriz tem aproveitado esse período para colocar a leitura em dia além de estar trabalhando como garota propaganda da marca de maconha Uncle Bud's. 

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Com saudade das ruas, Jane Fonda já tem planos para quando a quarentena acabar. Em entrevista para a revista InStyle, ela contou o que pretende fazer. "Bem, há muito o que protestar agora, então mal posso esperar para poder protestar pessoalmente. E também para ser presa", disse aos risos. 

 

Um homem negro foi morto na segunda-feira, 31, em Los Angeles pela polícia, que afirma que ele tinha uma arma, mas que jogou fora durante a operação. O novo incidente ocorre em um clima geral de tensão e desconfiança em relação às forças de ordem, após vários casos de violência policial contra afro-americanos nos Estados Unidos.

O homem, que segundo a polícia tinha cerca de 30 anos e não teve sua identidade divulgada, andava de bicicleta na tarde de segunda-feira quando policiais tentaram prendê-lo por uma infração de trânsito, disse em entrevista coletiva o tenente Brandon Dean do gabinete de polícia do Condado de Los Angeles.

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Segundo as autoridades, o homem "fugiu correndo" deixando sua bicicleta para trás e, quando os policiais conseguiram prendê-lo, ele acertou um deles no rosto. Nesse momento, dizem, teria deixado cair várias peças de roupa que carregava com ele. "Os policiais notaram que dentro da pilha de roupas havia uma pistola semi-automática preta", acrescentou Dean.

O homem, alvejado por várias balas, morreu no local. De acordo com o The New York Times, ele chegou a ser algemado mesmo depois de ter sido baleado. As autoridades não especificaram se o homem estava procurando sua arma quando recebeu os disparos. Dean informou que foi aberta uma investigação sobre o caso.

Os disparos foram registrados por pessoas que passavam pelo local, que protestaram contra o uso fatal da força pelas autoridades. À noite, uma multidão de manifestantes já havia se aglomerado no Bairro de Westmont, onde aconteceu o episódio. Segundo a imprensa local, quase 100 pessoas se reuniram no local na noite de segunda-feira para exigir justiça.

O departamento de polícia local informou que o incidente estava sendo investigado por várias entidades, incluindo a promotoria e o Escritório de Assuntos Internos, uma prática padrão quando um civil é morto por um policial.

Como os agentes federais insuflaram a violência em Portland

Os disparos foram feitos a cerca de 6,5 km ao norte de onde policiais atiraram fatalmente em um homem latino de 18 anos cinco vezes nas costas em junho, em Gardena, um uso da força que a família do homem afirma ter sido injustificada.

Os Estados Unidos têm sido palco de uma onda de protestos antirracistas após a morte de George Floyd em maio, um homem negro sufocado pelos joelhos de um policial branco em Minneapolis. As manifestações voltaram a ganhar força na semana passada depois que outro policial branco disparou sete vezes à queima-roupa contra um homem negro, Jacob Blake, em Kenosha, Wisconsin.

O presidente Donald Trump, que nesta terça-feira, 1º, visita essa pequena cidade, não planeja encontrar a família de Jacob Blake, que ficou paralisado da cintura para baixo por esse novo aparente caso de abuso policial. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajará na terça-feira a Kenosha, a cidade onde a polícia local deixou gravemente ferido o afro-americano Jacob Blake, anunciou a Casa Branca.

Trump visitará a cidade de Wisconsin, estado do Meio Oeste do país, para reuniões com funcionários responsávels pelo cumprimento da lei e "examinar os danos dos distúrbios recentes" nos protestos contra o racismo e a brutalidade policial, afirmou o porta-voz da Casa Brlanca, Judd Deere.

Blake recebeu pelo menos sete tiros nas costas diante de seus filhos, quando tentava entrar no carro, um ato que impulsionou os protestos iniciados em maio, após a morte por asfixia de George Floyd, um homem negro, depois que um policial branco ajoelhou em seu pescoço por vários minutos.

Deere não informou se Trump terá um encontro com a família de Blake, que sobreviveu aos tiros mas está paralisada da cintura para baixo.

Trump se refere aos manifestantes, que em sua maioria participaram em protestos pacíficos ao longo do país, como agitadores violentos, parte de uma retórica enraizada no respeito à lei e ordem e que integra sua campanha de reeleição.

Uma pessoa morreu e duas ficaram feridas depois que foram atingidas por tiros na terça-feira à noite em Kenosha, na terceira noite de protestos antirracistas nesta cidade de Wisconsin, norte dos Estados Unidos.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram pessoas correndo pelas ruas de Kenosha quando tiros são ouvidos. Outros vídeos mostram um homem caído em uma calçada.

David Beth, xerife no condado de Kenosha, afirmou que três pessoas foram atingidas por tiros e uma delas faleceu, segundo o jornal New York Times.

O tiroteio aconteceu durante a terceira noite consecutiva de protestos em Kenosha após a divulgação de um vídeo que mostra o afro-americano Jacob Blake sendo baleado sete vezes à queima-roupa por um policial branco de Kenosha no domingo.

As imagens gravadas com smartphones mostram Blake, de 29 anos, perseguido por dois policiais quando pretendia entrar em seu carro, onde estavam seus três filhos.

A ação policial recordou a morte de George Floyd em maio. Ao menos um pequeno grupo de homens brancos fortemente armados estava na cidade na noite de terça-feira. Eles afirmaram que pretendiam protegar as propriedades.

O New York Times informou que a polícia investiga se os tiroteios de terça-feira à noite foram motivados por "um conflito entre uma milícia que vigiava um posto de gasolina e manifestantes".

Vários civis armados estavam nas ruas de Kenosha na terça-feira, enquanto uma reduzida presença policial foi observada perto do tribunal de justiça.

Durante os protestos também foram registrados confrontos entre a polícia e os manifestantes, que lançaram fogos de artifício contra as forças de segurança, que responderam com balas de borracha.

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