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A polêmica envolvendo o PT e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, chegou ao Congresso. Enquanto militantes da extrema-esquerda desferiam ataques a Bernardo nas redes sociais na internet, parlamentares do PT, PMDB e PSDB saíam em defesa dele. Alvo de radicais que disseram que Bernardo premiava a "sabotagem" das empresas de telecomunicações ao conceder isenções fiscais para o setor, ele manteve a posição e discordou das críticas do PT ao pacote de desonerações.

"O serviço 3G cresceu 100% em 2011 e, no ano passado, cresceu mais 80% em cima disso, ou seja, quase três vezes o que era em 2010. Os consumidores, com razão, querem qualidade e a única saída é fazer investimentos", disse Bernardo. "Nós estamos baixando impostos em várias áreas e as telecomunicações fazem parte desse pacote."

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O governo concedeu alívio fiscal de R$ 6 bilhões às empresas de telecomunicações, mas o PT atacou a medida em resolução intitulada "Democratização da Mídia é Urgente e Inadiável", aprovada no dia 1.º. Ao cobrar do governo a revisão das desonerações - e também a decisão de não enviar ao Congresso o projeto que regulamenta a mídia -, o partido errou o valor das isenções e citou um número dez vezes maior, de R$ 60 bilhões.

O erro foi corrigido, a pedido do ministro das Comunicações, mas, desde então, as críticas a ele só aumentaram na legenda. Bernardo foi chamado de "traidor" e "privatista", entre outros adjetivos. "As pessoas precisam entender que foram desonerados equipamentos de telecomunicação, como celular, e não o conteúdo. Não houve incentivo para nenhuma operadora", disse o senador Walter Pinheiro (PT-BA). Apesar do comentário em favor do ministro, Pinheiro não quis entrar no mérito da polêmica. "Isso é com o PT", esquivou-se. "O meu voto, aqui no Senado, foi favorável à desoneração, assim como fui favorável quando o governo tirou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) da linha-branca."

De acordo com o senador Wellington Dias (PT-PI), os incentivos fiscais têm de ser olhados do ponto de vista da redução do custo-Brasil. "É uma política estratégica e acertada, que precisa ser vista no conjunto", disse. "Alguém pode ser contra por uma questão ideológica, para evitar concentração de renda, mas, nesse caso, não se trata disso. Ao reduzir o custo das indústrias, a medida aumenta o poder de consumo e dá competitividade aos produtos brasileiros."

O presidente nacional do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), comparou a medida ao "Proer dos Bancos" - lançado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para socorrer instituições financeiras em apuros - e disse não ter nada contra as isenções fiscais. "Se as teles estiverem no vermelho, e dependerem da desoneração para não aumentar a tarifa, esse pacote se justifica", afirmou.

Segundo o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), o "equívoco" da administração federal consiste em tentar soluções "a conta-gotas". "O Palácio do Planalto deveria optar por uma reforma abrangente, e não fatiada", disse. Dias disse não ter estranhado o erro do PT, que citou uma desoneração de R$ 60 bilhões na resolução, quando o valor correto era de R$ 6 bilhões. "Estamos acostumados com a manipulação dos números do PT no poder", ironizou, numa referência a "maquiagem" das contas públicas para cumprir a meta de superávit primário.

Na próxima segunda-feira (25) a presidente da República Dilma Rousseff (PT) estará em terras pernambucanas. A visita já foi divulgada pelo Planalto e a expectativa no cenário político do Recife é intensa, principalmente por ser a primeira vez que a petista estará ao lado do governador Eduardo Campos (PSB), após rumores da possível candidatura do socialista. Porém, o socialista está evitando tocar no assunto.

Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (21), sobre meteorologia, no Centro de Convenções em Olinda, o gestor não mudou a pauta e se esquivou dos jornalistas.Os assuntos abordados pelo governador não passaram de chuvas, secas e ações emergenciais.

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Ao término da coletiva sobre a avaliação mensal da Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), o governador foi questionado se encontrou o ex-governador José Serra (PSDB) em São Paulo. “Não meu filho. Eu estava aqui preparando isso”, respondeu ao repórter e saiu sem dar espaço a demais perguntas políticas. 

Depois de ter cancelado a visita que aconteceria no Estado de Pernambuco no dia 18 de fevereiro em virtude de ter machucado o dedo do pé, a presidente Dilma Roussef (PT), remarcou a viagem para a próxima segunda-feira (25). Vista como possível concorrente do governador Eduardo Campos (PSB) nas eleições de 2014, a vinda da petista é esperada com ansiedade no meio político. Na agenda ainda não confirmada oficialmente estão previstas paradas no município de Serra Talhada e na capital pernambucana.

Segundo a Secretaria de Imprensa do Planalto, Dilma participará durante a parte da manhã da cerimônia de inauguração do trecho de obras do Sistema Adutor do Pajeú de Floresta e Serra Talhada incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Ainda na cidade, a petista entregará máquina retroescavadeira.

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À tarde, a agenda da presidente será no Recife. Dilma participará de uma cerimônia alusiva a conclusão do lote 2 da obra de duplicação da BR408.

Os números divulgados nessa terça-feira (19) pela pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Ibope, que mostra aprovação do Governo Dilma Rousseff (PT) foram festejados pelo senador Humberto Costa (PT), na Tribuna do Senado. No discurso, o parlamentar fez questão de frisar os bons resultados apesar das críticas da oposição, disse. 

“A pesquisa CNI/Ibope mostra que, apesar de todo o tiroteio que o governo vem enfrentando dos oposicionistas, a popularidade da presidente continua em alta”, comemorou o senador. Humberto ainda lembrou que a avaliação positiva cresceu, sobretudo, no Nordeste. “Isso mostra que a população faz a sua própria avaliação do governo e não se deixa influenciar pelo discurso da oposição”, alfinetou.

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Segundo o levantamento, 79% aprovam a gestão petista. No Nordeste, este número chega a 85%. A pesquisa ainda apontou recorde na confiança dos brasileiros: 75% da população diz confiar em Dilma, o maior índice desde o início do governo. 

O petista também aproveitou o bom momento para elogiar ações que vem sendo executadas pelo Ministério da Justiça e pediu agilidade na votação  de medidas que tramitam no Senado e que tem como objetivo combater a violência e a corrupção.

Criminalidade - Para Humberto Costa, é preciso aperfeiçoar a legislação para ampliar a atuação do Estado no combate ao crime organizado. O senador defendeu a aprovação do Projeto de Lei nº 6.578, que tipifica criminalmente as organizações delituosas. 

“Com a aprovação dessa proposta, certamente nossas instituições de segurança vão ganhar capacidade para lidar com grupos estruturados, que se valem inclusive das mais recentes tecnologias para a prática de atividades ilegais, danosas ao nosso povo, ao nosso País”, defendeu.

O projeto prevê ainda punições também para o funcionário público envolvido com as organizações criminosas. Se houver a condenação, o funcionário perde o cargo, função, emprego ou cargo eletivo e fica impedido do exercício de função ou cargo público pelo prazo de oito anos subsequentes ao cumprimento da pena. 

 

 

Durante visita a Recife nessa segunda-feira (19), para participar do encontro entre prefeitos das cidades atingidas pela seca no Estado, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (FBC-PSB), negou sua saída para o PT. O socialista também defendeu o governador Eduardo Campos (PSB) e disse que as críticas feitas pelo gestor estadual são apenas “sugestões”.

Após a reunião com os gestores municipais, Fernando Bezerra Coelho foi questionado pela imprensa local se sua saída do PSB para o PT era possível, conforme especulações políticas. Sem muitos detalhes ele negou a possibilidade. “Isso não é verdade. O governador Eduardo Campos disse que isso se tratava de intriga de maledicência. Humberto Costa disse que se tratava de fogo amigo e eu prefeito não opinar, agora, isso não procede”, respondeu.

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Outra indagação dirigida ao ministro foi se ele tinha sido escalado para defender a presidente Dilma Roussef (PT). “Fui escalado pelo meu partido (PSB). Sou ministro de Dilma pela indicação do meu partido e o meu partido é desejoso que essa aliança se mantenha. O meu partido diz que temos que ganhar 13 para manter a aliança em 14 e eu estou trabalhando para ganhar 13”, declarou o socialista. 

FBC comentou ainda as recentes críticas feitas por Eduardo Campos a Dilma e defendeu o governador. “Ele (Eduardo) faz sugestões e aprimoramentos das políticas públicas do governo federal. Ele é um parceiro do governo e da presidente Dilma. O PSB tem legitimidade para estar no governo. Ele (o partido) deu uma grande contribuição à eleição de Dilma”, protegeu Coelho.

Ainda sobre o partido, ele fez questão de ressaltar o crescimento do PSB e apesar de afirmar que não sairia da sigla e que acreditava numa grande aliança entre seu partido e o PT, disse ser natural a evidência buscada pela bancada. “É um partido que cresce e que teve duas grandes eleições, uma em 2010 e outra em 2012 e é natural que busque um protagonismo político maior na cena política nacional”, esclareceu.

Após ter soltado a possível procura pelo ‘protagonismo político’ de seu partido, o ministro tentou rever a frase afirmando acreditar numa grande aliança entre PT e PSB. “Eu do PSB, aposto que nós vamos estarmos unidos numa grande aliança, sem nenhum prejuízo para que o partido possa discutir com a sociedade brasileira a oportunidade ou não, de liderar um projeto político individual”, antecipou discretamente. 

Depois de entrar em contradição dizendo que Eduardo não criticava Dilma, apenas sugeria e em seguida afirmar que o partido tinha crescido nas últimas eleições, FBC confirmou que existem crises em alguns aspectos. “É evidente que existam tensões de relacionamento. Por exemplo, o governador foi claro na Medida Provisória dos Portos. Essa é uma questão que precisa ser aprimorada”, frisou o socialista.

Após lançar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição e de ser acusado de antecipar a disputa eleitoral de 2014, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virou protagonista das inserções do PT paulista na TV, onde aparece dizendo que o projeto petista não se esgota e é chegado o momento de seu partido governar o Estado de São Paulo. "Temos sido o partido que fez mais pelo Brasil. Tá na hora agora da gente ser também o partido a fazer mais por todo o Estado de São Paulo", afirmou o ex-presidente. A presidente Dilma também aparece nas inserções, destacando o combate à miséria no País e dizendo que o desenvolvimento pode ser "mais rápido" em São Paulo.

Na inserção que dura 30 segundos e que foi ao ar pela primeira vez nesta quarta-feira (13) com o slogan "O partido que mais fez pelo Brasil vai fazer mais por São Paulo", Lula faz menção à presidente Dilma e ao prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao dizer que "o projeto do PT não se esgota". "A coisa que mais me apaixonava no governo era que quanto mais a gente fazia mais eu via novas coisas para fazer e conseguia realizar. A Dilma me contou que sente o mesmo. Sei que o Fernando Haddad vai sentir isso cada vez mais forte. É por isso que o projeto do PT não se esgota e se renova cada vez mais", diz o ex-presidente na sua aparição.

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Em sua participação, que também foi veiculada nesta quarta, Dilma reforça que o governo continuará a propiciar desenvolvimento e o fim da miséria. "Em São Paulo, isso pode acontecer mais rápido, beneficiando a todos", finaliza a presidente, na única menção ao Estado. "Nosso governo tem prioridades claras. Diminuir custos e aumentar oportunidades. Por isso, estamos baixando a conta de luz, os juros, os impostos e diminuindo o custo da cesta básica", afirma a presidente, relembrando os feitos do governo federal. "Continuamos a gerar muito emprego e retiramos 22 milhões de brasileiros da miséria, mesmo com a crise internacional", gaba-se.

"Intromissão"

O governador Geraldo Alckmin reagiu à "incursão" do alto escalão petista na ainda indefinida disputa eleitoral em São Paulo. "Agora é hora de trabalhar", rebateu o governador, após anúncio de um pacote de R$ 2,46 bilhões para prefeituras paulistas."É hora de somar esforços, independentemente de sigla partidária, fazer um grande esforço suprapartidário em benefício da população", completou.

Provável candidato à reeleição em 2014, o tucano disse que não pensa no assunto e que não entraria "no ringue da eleição" fora da tempo."Ele (Lula) não contará com a nossa participação (no ringue da eleição) porque quem é prejudicado com antecipação de debate eleitoral é o povo, porque você encurta o governo", justificou.

Após a vitória do PT na capital e em cidades estratégicas, como São José dos Campos, a legenda de Lula vê chances reais de acabar com a hegemonia tucana de 20 anos no Estado. Os mais cotados para a disputa hoje são os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Alexandre Padilha (Saúde) e Guido Mantega (Fazenda).

A primeira inserção para TV do diretório estadual petista foi ao ar no dia 6 de março, com aparições de deputados federais e estaduais. A cota prevista para inserções do PT no mês de março já se esgotou e o partido só deve voltar à TV em maio, quando vai repetir os programas com Lula e Dilma. Até lá, os vídeos com a presidente e o ex-presidente estarão disponíveis no site do partido.

O deputado federal, Pedro Eugênio (PT-PE), foi aclamado por unanimidade, nesta quarta-feira (13), como o novo coordenador da Bancada do Nordeste da Câmara dos Deputados. Ele assume o posto deixado pelo deputado, José Guimarães (PT-CE), atual líder da Bancada do PT.

A escolha de Pedro Eugênio se deu durante a primeira reunião do grupo em 2013. Os parlamentares se encontraram para fazer um balanço das atividades de 2012 e dar início ao processo de eleição do novo coordenador. Com a unanimidade dos presentes a favor da eleição do pernambucano, o processo foi antecipado e o novo coordenador foi eleito, tomando posse imediatamente e conduzindo os trabalhos.

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“Foi muito gratificante ver a bancada apoiando em peso o meu nome. Até os companheiros que aspiravam ao cargo e possuem grande capacidade, como Júlio César (PSD –PI) e Afonso Florence (PT-BA), passaram a me apoiar. Será um desafio muito grande”, disse Eugênio.

Na ocasião, o deputado fez um balanço positivo da primeira reunião.“Tratamos desde questões institucionais ligadas ao fortalecimento do DNOCS, por exemplo, que estão relacionadas às necessidades de ampliação das ações de recursos hídricos, até questões que têm a ver com o Pacto Federativo. Precisamos de uma política de convergência de ICMS no sentido de permitir que a região, junto com um novo Fundo de Desenvolvimento, deixe de praticar a guerra fiscal, que hoje é um elemento de autodefesa dos Estados e municípios”, detalhou Pedro Eugênio.

Outra questão importante levantada durante a reunião foi das ações de combate aos efeitos da seca com ênfase às questões dos recursos hídricos e do fornecimento de milho para ração animal pela Conab, até a ação da Petrobras na região, dentre outros. 

“Já estamos sistematizando todas as sugestões e construindo uma pauta que não será fruto da vontade ou ideias isoladas da minha pessoa como coordenador. Ela nasce hoje já como plano de trabalho coletivo e articulado com a bancada”, destacou o coordenador.

Atualmente, a  Bancada do Nordeste atua com 140 deputados de todos os partidos. Além de José Guimarães (PT-CE), já teve como coordenadores os deputados Zezéu Ribeiro (PT-BA)  e Gonzaga Patriota (PSB-PE). 

Pedro Eugênio assumirá a bancada do Nordeste em menos de uma semana da festa ocorrida no Recife em comemoração aos 33 anos do PT e 10 no governo federal. Na cerimônia, realizada no último sábado (9), houve bate boca entre militantes de João da Costa e Humberto Costa e mostrou que ainda há feridas internas no partido.

 

 

 

Em resposta às criticas feitas a gestão do ex-prefeito João da Costa (PT) pela vereadora Aline Mariano (PSDB), na sessão plenária desta terça-feira (12), a bancada de parlamentares petistas defenderam o legado deixado para o Recife nos 12 anos de governo.

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Sobre a questão relacionada “herança maldita”, Luiz Eustáquio (PT) rebateu que a oposição tem batido tanto na gestão passada dizendo que a vereadora tucana parece uma viúva (política) do ex-prefeito João da Costa (PT) e que as dispensas de licitação estão em acordo com a lei 8.666 que trata sobre o assunto.

“Penso que a vereador virou viúva de João da Costa, pois mesmo depois de sua saída ela só fala nele e parece que quer que ele volte. Mas o nosso governo não deixou uma herança maldita, deixamos uma herança bendita, os contratos com dispensa de licitação seguem o que determina a lei de inexigibilidade”, defendeu Luiz Eustáquio ao destacar que não foi uma má administração que fez o PT perder o comando da capital pernambucana.

“O que nos tirou da Prefeitura não foi uma má gestão, mas a disputa interna do partido. Nós construímos casas populares, cuidamos dos morros. Recebemos em 2002, do governo do ex-prefeito Roberto Magalhães (DEM) 27 equipes de Saúde da Família e entregamos a gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), que é continuidade do nosso trabalho, 267”, discursou  Eustáquio que também apresentou obras e serviços viabilizados durante os 12 anos de gestão petista.

Já o vereador Jurandir Liberal (PT) argumentou que a oposição só tece críticas a gestão passada do PT. “Eles não têm coragem de criticar o governo de Geraldo Julio, aí fazem críticas ao PT, ficam falando de obras inacabadas, mas não dizem que as obras que fizemos foram erradas. Um exemplo é o parque Dona Lindu, fizeram movimento, audiência e a oposição nunca disse se foi boa ou não, mas a população que frequenta o espaço diz que o PT acertou“ , ressaltou o vereador.

 

Outro parlamentar, Jairo Brito (PT), cunhado e defensor do ex-prefeito João da Costa (PT) destacou que a dispensa de licitação teve o parecer da procuradoria e vai passar por análise do Tribunal e Contas do Estado (TCE) e que as obras inacabadas acontecem por causa do aumento de arrecadação. “O Recife aumentou sua capacidade de arrecadação, por isso temos o canteiro de obras. A frente popular trouxe o melhor para a cidade”, defendeu.

O PT entrou em campo nesta terça-feira para blindar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desqualificar declarações que o ligam ao mensalão. Senadores do partido articularam uma votação contra requerimento que convidaria o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para falar ao Senado.

Além disso, eles tentaram diminuir o depoimento de setembro do operador do esquema à Procuradoria-Geral da República (PGR) no qual o empresário acusa Lula de ter dado "ok" à compra de votos de parlamentares, além de dizer que o dinheiro do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" do ex-presidente. O depoimento foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo em dezembro passado.

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Dos 13 senadores presentes na Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), pelo menos sete rejeitaram o requerimento, em uma ação coordenada pelo PT.

Originalmente, o requerimento do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) pedia esclarecimentos de Valério acerca das afirmações dele, no mesmo depoimento, sobre o Banco do Brasil. O receio governista, porém, é que, uma vez no Congresso, falando sobre operações financeiras do mensalão, Lula acabasse na linha de tiro.

Segundo afirmou o empresário no depoimento, dirigentes do Banco do Brasil cobraram, desde 2003, uma espécie de "pedágio" das agências de publicidade: 2% dos contratos eram repassados para o caixa do PT. Em dois anos, os repasses do banco às cinco agências de publicidade com quem mantinha contrato superaram R$ 400 milhões - uma delas era a DNA Propaganda, de Valério.

O suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil, de acordo com o depoimento de Valério.

Para Jorge Viana (PT-AC), o fim do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) esgotou o assunto. "Teria sido importante para o País se ele tivesse contado a origem que ele montou, inclusive envolvendo partidos que governaram esse país antes a gente, mas que ainda está dependendo de um julgamento do Supremo.", afirmou.

Aníbal Diniz (PT-AC) deixou claro o temor de atingir o ex-presidente. "É chegada a hora de o Brasil seguir em frente. Se temos um processo eleitoral por acontecer em 2014, vamos tratar dele, mas sem expor nomes, como do ex-presidente Lula."

O seminário do PSDB "Recuperar a Petrobras é o nosso desafio - A favor do Brasil, a favor da Petrobras" criou uma briga entre os partidos de oposição e o governo. Enquanto falava o engenheiro Alfredo Renault no evento tucano, o PT divulgava entrevista da presidente da empresa, Graça Foster, ao site do partido, para dizer que "não há crise" na estatal.

"Temos, como sempre tivemos, em 60 anos de história, grandes desafios a superar, que são também enormes oportunidades de crescimento para a companhia", afirmou Graça Foster. Segundo ela, no pré-sal, "muito ao contrário do que se diz, as metas estão sendo cumpridas e os resultados são os melhores possíveis".

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Graça Foster disse que no final de fevereiro foi atingida a meta de 300 mil barris de petróleo produzidos por dia no pré-sal. "Isso, apenas sete anos depois da primeira descoberta de petróleo naquela camada, ocorrida em 2006. No Golfo do México, por exemplo, foram necessários 17 anos para se alcançar a produção de 300 mil barris de petróleo por dia. E conseguimos isso no pré-sal com apenas 17 poços produtores, o que mostra a elevada produtividade dos campos já descobertos no pré-sal", afirmou Graça Foster.

E repetiu: "A Petrobras não passa por qualquer dificuldade financeira. Nossos investimentos em 2012 chegaram a R$ 84,1 bilhões, a maior realização na história da Petrobras."

Integrantes do PT, do PSOL e do PSB na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados vão protocolar nesta terça-feira pedidos de mandados de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contestando a sessão que elegeu o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como presidente da Comissão. Esses parlamentares pretendem obter uma liminar cancelando a sessão da eleição e, dessa forma, suspender a escolha de Feliciano.

Os parlamentares contrários a Feliciano alegam que a sessão foi realizada a portas fechadas, sem a presença dos movimentos sociais, o que fere o regimento da Câmara e invalidaria a eleição. Esses deputados também pretendem entregar, ainda nesta terça, documento ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), contestando a participação do PSC na Comissão. O PSC tem uma bancada de 17 deputados, mas conta com cinco vagas na comissão de Direitos Humanos.

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"É inimaginável que depois da ditadura se faça uma sessão com portas fechadas, barreiras e policiais", disse o ex-presidente da comissão, deputado Domingos Dutra (PT-MA). Na tarde desta terça, às 15h30, a bancada do PSC se reúne para avaliar a permanência de Feliciano na comissão. "Vamos levar os posicionamentos da sociedade contra e favor de Feliciano para a bancada", afirmou o líder do partido na Câmara, André Moura (SE).

O fim de semana para os militantes e simpatizantes do PT está bastante movimentado na cidade do Recife onde acontecerá um evento em comemoração 33 anos de fundação do Partido e aos 10 anos de comando do Governo Federal. O encontro que começa às 18h e vai até às 22h, não contará com a presença da presidenta Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Lula, fato ocorrido no seminário Organizado pela fundação Perseu Abramo, em Brasília e Fortaleza.

Segundo o deputado federal e presidente estadual da legenda, Pedro Eugênio, o reunião não é um evento organizado pela nacional do PT, mas pela estadual, por isso a não presença de algumas lideranças nacionais. “Em Recife vamos fazer uma coisa simples e discutir as mudanças implementadas pelo partido em todo o Brasil”, contou.

Ao falar sobre a história do PT, o deputado destacou que a legenda surgiu num momento bastante conturbado da vida política do país e tem suas origens nos movimentos sociais e na luta sindical. Outros pontos abordados diz respeito ao redirecionamento de forças políticas para a eleição de Lula em 2002. 

“O PT entendeu que era preciso fazer políticas de alianças com partidos que defendem ideologias diferentes, mas que convergem para o desenvolvimento do país conseguindo implementar conquistas reais na vida dos brasileiros. Estabelecemos um modelo de desenvolvimento que não é subordinado a países estrangeiros, não segue os ditames do FMI que aconselhava a privatizar todas as empresas estatais e manter somente seguranças e saúde no comando do estado. Mas hoje em dia eles estão elogiando a nossa política econômica”, defendeu Pedro Eugênio.

Já o presidente municipal do PT, Oscar Barreto, reforçou que o partido foi construído com a ajuda da Igreja Católica e do sindicalismo e que nasceu no momento que o cidadão brasileiro lutava pela democracia. “Ao longo dos anos construímos um projeto socialista, mas somos um partido novo que tem muito o que fazer e a cada ano se renova e se atualiza” ressaltou Barreto.

Ele também contou que a Câmara dos Vereadores do Recife prestará uma homenagem ao partido durante uma sessão especial. “No Brasil todo está acontecendo em comemoração a esse aniversário e o vereador, Osmar Ricardo (PT) procurou o presidente da casa legislativa, Vicente André Gomes (PSB), para realizar uma sessão especial”, contou Oscar ao falar que a data para esse evento vai depender da agenda da Câmara.

O PT em Recife viveu um momento de conflito interno quando o ex-prefeito João da Costa (PT) teve sua reeleição preterida pela executiva nacional do partido e indicou o senador Humberto costa (PT) para disputar o executivo municipal. Sobre a busca de diálogo entre as lideranças políticas, Barreto contou que o evento deste sábado servirá para mobilizar a militância e apresentar as modificações implantadas no Brasil.

“Com vigor e compromissos com o socialismo vamos apresentar nosso projeto nacional que mudou o Brasil, sobre os conflitos internos que aconteceram no recife, não vamos olhar para trás, vamos olhar para frente e caminhar em busca da Unidade”, comentou Barreto. O PT tem como data oficial de sua fundação o dia 10 de fevereiro de 1980.

 

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PT divulgou uma nota à imprensa lamentando a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, ocorrida nesta terça-feira. Na nota, o partido afirma que Chávez foi um "herói da América Latina e Caribenha".

Assinada pelo presidente do PT, Rui Falcão, e dirigentes da sigla, o comunicado afirma que os aliados do presidente venezuelano podem contar com o PT para dar prosseguimento "às grandes conquistas políticas e sociais iniciadas pelo governo de Hugo Chávez".

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Segue a íntegra da nota:

"O Partido dos Trabalhadores lamenta profundamente o falecimento de Hugo Chávez, presidente da República Bolivariana da Venezuela, destacado protagonista da integração de Nossa América e uma liderança mundial das forças populares. Em 2012, Lula disse a Chávez: 'tua luta é nossa luta, tua vitória será nossa vitória'.

Hoje, neste momento de tristeza e dor, abraçamos os familiares, amigos, colegas de farda e camaradas de crença de Chávez, e dizemos: contem conosco, contem com o Partido dos Trabalhadores, para dar prosseguimento às grandes conquistas políticas e sociais iniciadas pelo governo de Hugo Chávez.

Saudações petistas a este herói da América Latina e Caribenha. Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores - Iriny Lopes, secretária de relações internacionais do PT - Marco Aurélio Garcia, do diretório nacional do PT - Valter Pomar, do diretório nacional do PTN".

Em 1994, FHC foi eleito presidente da República com o auxilio do Plano Real. Em 1998, FHC foi reeleito por conta do Plano Real e da expectativa da população quanto ao aumento do consumo, pois a redução da inflação, proporcionada pelo Plano Real, possibilitava tal expectativa. Com reduzida aprovação, FHC encerra a sua era.

Para dar suposta continuidade a era FHC, o PSDB opta por José Serra, ex-ministro da Saúde de FHC, na eleição de 2002. Serra, diante da conjuntura econômica desfavorável, opta por não usar em seu discurso a expressão continuidade e sugere aos eleitores que o seu governo é de ruptura com a era FHC. Por outro lado, sabiamente, o PT utiliza, de modo discreto, em seu discurso, a continuidade, a qual foi expressada na Carta aos Brasileiros.

A Carta aos Brasileiros foi um adequado instrumento de comunicação, pois, mesmo diante do pífio crescimento econômico e da expectativa de aumento do consumo frustrada, parte dos brasileiros e o PIB nacional reconheciam a contribuição do governo FHC para a economia brasileira. Portanto, a opção do PT foi a utilização da continuidade das coisas boas no âmbito da economia e avanços na área social.

Lula é eleito presidente da República em 2002. Em 2006, após o escândalo do mensalão, o qual ocorreu em 2005, o PSDB escolhe Geraldo Alkmin para disputar com Lula. No auge do escândalo do mensalão, segundo semestre de 2005, variados membros do PSDB davam como impossível a reeleição de Lula. Mas Lula foi reeleito em razão do discurso baseado em três pilares: 1) “Não existiu mensalão, mas Caixa 2”; 2) “Caixa 2 todo mundo faz”; 3) “Deixe o homem trabalhar. Por que trocar?”.

Por sua vez, Alkmin optou por negar, assim como fez José Serra na eleição de 2006, a era FHC. Alkmin chegou ao ponto de ir contra as privatizações, mesmo diante de um contexto em que as pessoas viviam intensamente a democratização do uso de celulares. A redução da inflação foi esquecida pelo PSDB, mesmo o partido sabendo que a queda desta possibilitou o aumento do consumo na era Lula. Lula é reeleito em 2006.

Em 2010, o consumo brasileiro fervia. Indicadores sociais avançavam. Um clima de euforia estava presente na sociedade brasileira. Lula apresenta Dilma e mostra que com ela, as ações meritórias do seu governo continuarão. Mais uma vez, Serra é o candidato do PSDB. Ele opta por se associar a Lula, inicialmente. No segundo turno, ele escolhe fazer oposição a Lula.  Só na reta final da disputa eleitoral ele opta por mostrar que é mais capaz do que Dilma para governar o Brasil. Dilma é eleita presidente da República.

Aécio Neves deverá ser o candidato do PSDB na eleição presidêncial de 2014. Então,  qual será a estratégia do PSDB? Observo que os últimos atos de FHC e de Aécio tiveram o objetivo de ressuscitar a disputa histórica entre o PT e o PSDB. Estratégia equivocada, pois o PT, Lula e Dilma têm mais admiradores no eleitorado brasileiro do que o PSDB, FHC e Aécio. Então, qual deve ser a estratégia de Aécio?

Competência na realização da gestão. Críticas pontuais ao estado da economia. Além de propostas que contemplam às demandas da população, as quais são identificadas através de pesquisas. Estas são alternativas (hipóteses). Porém, observo que dois riscos rondam a candidatura de Aécio, quais sejam: 1) Tenho a hipótese de que Aécio não é mais o novo em virtude da polarização histórica entre PT e PSDB; 2) Se esta polarização voltar a ocorrer, Eduardo Campos poderá ser o beneficiado. Portanto, o PSDB deve fugir da disputa com o PT. A estratégia do PSDB deve negar o PT.  Este só deve existir em discursos pontuais.

O PMDB aprovou hoje uma moção de "defesa intransigente da liberdade de imprensa". Foi uma resposta ao aliado PT, que, na véspera, decidiu iniciar campanha de coleta de assinaturas para apoiar um projeto de iniciativa popular sobre um novo marco regulatório das comunicações.

Responsável por apresentar a moção na convenção do PMDB, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (BA) afirmou que o partido precisava dar uma resposta à pretensão do aliado. "Não podemos permitir que uma agremiação defenda o cerceamento da liberdade de imprensa. A sociedade é devedora da imprensa, que é peça fundamental na democracia. Essa moção é em defesa do Brasil", insistiu Vieira Lima.

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A polêmica discussão sobre o tema está parada no Ministério das Comunicações, que recentemente anunciou mais um adiamento do novo marco regulatório. O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou que o assunto não está na pauta do governo.

Em resolução aprovada na sexta-feira, porém, o Diretório Nacional petista sustenta que "a despeito das dificuldades para a instituição de um marco regulatório para a mídia, o PT continuará lutando pelo alargamento da liberdade de expressão no País". O documento, que passou pelo crivo do PT, recebeu um nome sugestivo: "Democratização da mídia é urgente e inadiável".

Entre as mudanças desejadas pelos petistas está a legislação sobre concessões de rádio e TV e a adequação da produção e difusão de conteúdos a normas da Constituição. O PT critica o que chama de "oligopólio midiático", que faria "oposição" ao governo federal. (Eduardo Bresciani)

Um dia após o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que ficou em 0,9%, abaixo das expectativas do governo, a presidenta Dilma Rousseff (PT) disse hoje (2), durante a Convenção Nacional do PMDB, que o Brasil voltará a crescer este ano. Ela criticou os “mercadores do pessimismo”, que apostam no fracasso do país.

Ao lado das principais lideranças peemedebistas, como o vice-presidente da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Dilma frisou que vão errar aqueles que apostam no fracasso econômico do Brasil.

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“Mais um vez, os mercadores do pessimismo vão perder. Vão perder como perderam quando previram o racionamento de energia em janeiro e fevereiro e, mais uma vez agora, quando apostam todas as fichas no fracasso do país. Eles vão se equivocar. Tenho certeza de que todos vocês sabem que torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil”, discursou a presidenta para militantes do PMDB.

Dilma acrescentou que, com o apoio do PMDB, o governo petista realizou feitos importantes para o país, como a saída de 22 milhões de brasileiros da extrema pobreza. “Juntos [PT e PMDB] fizemos muito, o que parecia impossível e o que os nossos adversário políticos, quando puderam, não fizeram ou não quiseram fazer.”

Em um discurso preparado e lido em cerca de 40 minutos, Dilma defendeu a aliança com o PMDB e ressaltou a importância do partido para a governabilidade do país. “Muito do que conseguimos alcançar no meu governo deve-se à presença do meu companheiro e vice-presidente Michel Temer e ao apoio dos parlamentares do PMDB”, acrescentou.

“É uma grande honra participar da Convenção Nacional do partido, que é o maior parceiro do meu governo. O convite do PMDB para estar aqui ofereceu uma oportunidade extraordinária para que possamos, juntos, celebrar essa parceria sólida, produtiva e que, sem dúvida, terá longa vida”.

A presidenta ainda defendeu a política de coalizão e ressaltou que, desde a redemocratização, todos os presidentes, exceto Fernando Collor de Mello, foram eleitos com aliança entre partidos. “Desde que começamos a eleger presidentes, apenas um governo não teve amplo apoio e apenas um não concluiu seu mandato. Em meu governo, a ampla coalizão que conseguimos formar tem obtido resultados e isso é um passo fundamental para a superação da miséria extrema no Brasil."

“Temos que ressaltar a indispensabilidade dessa aliança”, disse o vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer. “O PMDB tem uma honra extraordinária de participar desse governo”, acrescentou.

Segundo o senador José Sarney (PMDB-AP), a aliança entre os dois partidos é programática. “Temos lealdade recíproca e objetivo comum”.

A presidenta Dilma Roussef (PT) participa, neste sábado (2), do encerramento da convenção do PMDB no centro de Convenções Brasil XXI, na cidade de Brasília. Seu discurso está marcado para ocorrer às 11h. O evento conta com a presença do presidente nacional do PT, Rui Falcão, que deve entregar uma carta do ex-presidente Lula destacando a parceria entre os dois partidos. Os peemedebistas vão escolher os membros do Diretório Nacional da comissão de Ética e Disciplina da Executiva Nacional e do Conselho Fiscal, das 9h às 17h, em um hotel de Brasília. 

Viagem - Na segunda-feira (4), a presidenta visita a Paraíba para acompanhar as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) realizadas no canal adutor da vertente litorâneo, chamado de “Acauã-Araçagui”, na cidade de Itatuba, no agreste do Estado. Ela também fará a entrega de obras do Governo Federal em parceria com a prefeitura de João Pessoa.

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Na visita, Dilma Roussef estará acompanhada do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Com intuito de conter rebeliões da base aliada que possam prejudicar o projeto da reeleição de Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem a mais contundente declaração aos partidos da coalizão, interpretada como um recado direto ao governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos: "Se alguém quiser romper conosco, que rompa".

Lula fez a afirmação numa reunião fechada do Diretório Nacional do PT, em Fortaleza. "Não queremos romper com ninguém. Queremos fortalecer, só que não podemos impedir as pessoas de fazer o que é de interesse dos partidos políticos. O ideal é que a gente consolide as forças políticas que estão ajudando esse país a mudar", acrescentou. Campos estuda a possibilidade de se lançar candidato à Presidência, mas não quer antecipar a decisão para 2013 e já avisou que permanecerá na base ao longo deste ano. O PSB detém dois ministérios no governo Dilma (Integração Nacional e Portos) e não pretende entregar os cargos.

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Após a reunião do PT, em rápida conversa com jornalistas, Lula elogiou Campos, de quem disse ser "muito, muito amigo". "(O governador) tem uma personalidade que pode desejar qualquer coisa que ele queira nesse País". Mas, em seguida, afirmou ser preciso avaliar "se estrategicamente PT e PSB devem colocar em risco uma aliança que tem dado tão certo nesse País".

O petista, contudo, disse defender a "liberdade incondicional de cada partido de fazer o que bem entenda" e declarou que não impediria qualquer aliado de se candidatar. "Teimei muitas vezes, perdi muitas vezes até chegar à Presidência da República. Portanto, eu jamais tomaria qualquer atitude para impedir que um companheiro fosse candidato a presidente."

Em Pernambuco, Eduardo Campos criticou o PT por ter antecipado a campanha presidencial (leia abaixo). Lula lançou Dilma à reeleição na festa de 33 anos do PT, comemorada no dia 20 de fevereiro. Desde então, o ex-presidente tem enaltecido os partidos que integram a base aliada e reafirmado a tese de que o "êxito" dos governos petistas se deve ao amplo leque de alianças que ele construiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta sexta-feira, ao abrir a reunião do diretório nacional do partido em Fortaleza, que esteja tentando impedir uma possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência da República em 2014. Mas o petista afirmou que a entrada do aliado na disputa eleitoral poderia colocar em risco a parceria "histórica" entre as duas siglas.

"Defendo a liberdade incondicional de cada partido de fazer o que bem entenda. Se não fosse assim, o PT não teria chegado à Presidência da República. Portanto, eu jamais tomaria qualquer atitude para impedir que um companheiro fosse candidato a presidente", disse Lula nesta sexta-feira, em Fortaleza, onde está para uma reunião do diretório nacional do PT. "O que temos que ver é se, estrategicamente, é importante a gente colocar em risco uma coisa que tem dado tão certo nesse País, que é a aliança histórica entre PT e PSB."

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O petista lembrou que ainda faltam quase dois anos para a eleição presidencial e que, "se a gente ficar fazendo política do 'diz que diz' ou 'diz que não diz', a gente vai dar trombada desnecessariamente".

Lula teceu elogios a Eduardo Campos, e disse que é muito amigo do governador de Pernambuco, do governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e de seu irmão, Ciro Gomes (PSB).

"Ele (Eduardo) é uma personalidade que pode desejar qualquer coisa que ele quiser nesse País", afirmou. "O meu papel é fazer todo o esforço para que a gente esteja junto. Temos que construir uma aliança muito forte."

'Todos serão salvos'

O ex-presidente rebateu comentários do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB). Semana passada, ele chegou a dizer que Lula teria indicado que a vaga de vice da presidente Dilma Rousseff (PT) permaneceria com o PMDB, nas mãos de Michel Temer. O comentário foi feito em meio a especulações de que Dilma poderia ceder a vaga de vice a Eduardo Campos, com o objetivo de manter a aliança com o PSB.

"Deixa eu falar uma coisa em alto e bom som: quem escolhe vice é a presidenta, não sou eu. Quando fui presidente da República, escolhi duas vezes o meu vice, José Alencar. Jamais iria escolher um vice para a Dilma. É ela que vai escolher o melhor partido para indicar. Não serei eu", disse Lula. "Como ela tem uma bela amizade com o PSB e nossa relação é histórica, e ela tem uma boa amizade com o Eduardo Campos, no momento certo eles vão conversar e, no final, entre mortos e feridos, todos serão salvos."

Lula evitou comentar a declaração do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que disse que os réus condenados no processo do mensalão seriam presos até o fim de junho. "Não dou palpite sobre a Suprema Corte. A Suprema Corte decidiu, está decidido e acabou. Posso concordar ou não, mas jamais daria palpite sobre as decisões deles, até porque fui presidente da República e muitos deles fui eu que escolhi."

Integrantes do Diretório Nacional do PT endossaram nesta sexta-feira a declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita na noite de quinta-feira (28/02) em Fortaleza, de que envolvidos em casos de corrupção devem ser punidos. No primeiro seminário que o PT fez para comemorar os dez anos à frente do governo federal, Lula afirmou na capital cearense que está disposto a fazer o debate sobre corrupção com a oposição. "Somos seres humanos. Alguns de nós podem cometer erros e, quando cometer, tem de ser julgado, como todos têm de ser julgados. Errou tem que ser punido", declarou.

Segundo petistas, Lula, quando presidente, promoveu medidas de aprimoramento dos mecanismos de controle da gestão pública e chegou a tomar medidas punitivas contra aliados próximos. Amigo de longa data de Lula, o deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP) citou os casos dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci para argumentar em favor da declaração do ex-presidente. "O que o Lula falou ali, ele repetiu o que falou lá atrás. Quando o próprio José Dirceu saiu do ministério e voltou para a Câmara, foi um recado: 'Olha, quem fez, paga'. A mesma coisa foi o Palocci. Dentro do governo, quem errar tem que pagar", comentou.

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O deputado federal André Vargas (PT-PR) disse "não ter dúvidas" de que o discurso de Lula está correto. "Aliás, o nosso governo é exemplar nisso. A presidenta Dilma tomou todas as medidas, o presidente Lula também afastou gente, inclusive ministros que estavam muito próximos a ele sem nenhuma dificuldade", afirmou.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi na mesma linha. "É natural que, se houver pessoas que por ventura tenham cometido erros graves, sejam responsabilizadas e punidas na forma da lei", disse.

O deputado federal José Guimarães (CE), líder do PT na Câmara e irmão do deputado federal José Genoino (PT-SP), condenado no processo do mensalão, foi mais brando em suas declarações e disse que é preciso respeitar o trânsito em julgado dos processos. Ele afirmou que "a Justiça que condena é a mesma que tem que inocentar".

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