Uma estudante brasileira de 15 anos de idade virou assunto na imprensa estrangeira depois de obter nota máxima na "Samrændu próf" ("Prova Uniforme", em português), uma espécie de “Enem” da Islândia, sendo considerada a melhor estudante do país.
Nascida em Jundiaí (SP), Beatriz Ladeira se mudou para a capital da Islândia, Reykjavík, no verão de 2016 com seus pais e irmãos, após serem aprovados em um programa de evangelização da Igreja Católica.
##RECOMENDA##Para ela, ser considerada a melhor estudante do país gelado dos vikings, que tem uma população de 350 mil habitantes, foi uma surpresa difícil de acreditar. Beatriz afirmou, em uma entrevista concedida ao site G1, que a prova é muito difícil, exige preparação dos estudantes com antecedência e, apesar de não ser essencial para cursar o nível colegial, uma boa nota aumenta as chances de entrar nas melhores escolas.
Para Beatriz, o idioma nórdico, que pertence ao ramo germânico setentrional e passou por uma reforma sendo chamado de Islandês Moderno desde 1500, foi o maior desafio. “Muitas vezes eu me desesperava, não entendia nada. Havia poemas e textos de séculos atrás, regras gramaticais que era praticamente impossível de entender”, conta a adolescente.
No início de sua vida na Islândia, Beatriz falava inglês e espanhol, o que a fazia se sentir muito sozinha pois, de acordo com ela, as outras meninas de idade próxima à sua não faziam questão de manter um diálogo demorado com uma estrangeira que não sabia falar a sua língua. “fiz um trato comigo mesma e prometi que só falaria islandês, mesmo que errado. No começo, eu demorava muito para entender, formar frases, mas foi indo, até minha relação com as pessoas melhorar", explicou a jovem.
a repórter Inga Rún Sigurðardóttir, do veículo islandês MBL.is, entrou em contato com a jovem em busca de fazer uma reportagem contando a sua história e, depois disso, Beatriz virou tema de destaque na imprensa islandesa. “Achei que seria uma entrevista pequena e que se tratava de um jornal de bairro, mas, na verdade, era um jornal de circulação nacional e minha matéria saiu na capa", explicou ela.
"O fato mais interessante é que ela mora no país há apenas um ano e meio. Sabemos que ninguém no país teve uma nota tão boa quanto a dela no teste de matemática. Posso dizer que, após a minha reportagem, ela se transformou em um modelo positivo para outros alunos", disse a jornalista.
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