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Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a demora dos estados em adotar medidas de restrição no início da segunda onda da Covid-19 impulsionou o aumento de casos e óbitos. Segundo o autor do estudo, o técnico de planejamento e pesquisa Rodrigo Fracalossi de Moraes, os governos agiram sobretudo de forma reativa em relação à segunda onda, ao contrário da postura preventiva observada anteriormente.

"Ao contrário do ocorrido tanto antes como durante a primeira onda da pandemia da Covid-19, a introdução de medidas rígidas de distanciamento por ocasião da segunda onda aconteceu – na maior parte do país – apenas após decorridos vários dias de sua manifestação e, em alguns casos, nem mesmo quando os números de óbitos cresciam de maneira acelerada", diz o pesquisador em nota técnica publicada pelo Ipea.

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Segundo Moraes, as medidas passaram a ser enrijecidas de maneira mais sólida a partir de fevereiro de 2021, "cerca de três meses após o número de novos óbitos voltar a crescer de forma consistente no país." O pesquisador destaca que, apesar da maior gravidade da segunda onda, as medidas ainda se mantêm menos rígidas do que as adotadas antes e durante grande parte da primeira onda. 

Ao Uol, o técnico do Ipea diz que os decretos tardios ajudaram na alta de mortes. "Claro que isso é uma coisa probabilística, não determinística. Mas, se a gente compara as medidas que foram tomadas na primeira e na segunda ondas e compara o número de pessoas que morreram nas duas, podemos chegar a essa conclusão", afirma.

O estudo cita quatro estados que são exceção e agiram de forma relativamente rápida: Acre, Ceará e Espírito Santo. Outros estados optaram por não endurecer as medidas ou até relaxaram, como é o caso de Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. 

"Nota-se que o rigor das medidas foi cerca de 25% menor em março de 2021 ao se considerar dados agregados para o Brasil, tendo se reduzido em 22 das 27 UFs, ainda que o número de óbitos tenha sido bastante mais elevado no segundo período em todas as UFs e onze vezes superior ao se observar dados agregados para o Brasil", diz nota técnica do Ipea.

Moraes acredita que as medidas rígidas de distanciamento são vistas pelos governos como último recurso, quando os sistemas de saúde já estão em situação crítica e não se vislumbra opções adicionais para resolver a situação. "Ademais, em função de longos períodos prévios de isolamento, é possível que grande parte da população esteja experimentando uma 'fadiga', o que diminui sua adesão a normas de distanciamento, ainda que a pandemia se manifeste substancialmente mais grave durante a segunda onda", assinala na nota técnica.

Ao final do estudo, o Ipea oferece duas recomendações: governos devem considerar com urgência a adoção de medidas de distanciamento mais rígidas devido à gravidade da segunda onda e da menor disposição da população em aderir o distanciamento social; e os estados que não possuem planos organizados de distanciamento devem adotá-los com urgência. 

A maioria dos recifenses apoia o fechamento dos setores de alimentação e educação, e das áreas públicas como praias e parques. De acordo com levantamento apresentado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU nesta quarta-feira (31), o agravamento dos índices da Covid-19 ainda preocupa a capital pernambucana e confere apoio às medidas restritivas instituídas pelo Governo de Pernambuco. 

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Com o total de 87 mil casos confirmados e 3.355 mortes, indicadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nessa terça (30), 78% dos entrevistados respondeu que apoia o fechamento dos bares do Recife; 21% são contrários. Em relação aos restaurantes, o alinhamento com a quarentena cai para 66%, enquanto 33% não concordam com a medida.

Impedido duas vezes de abrir as portas em cerca de um ano, o setor de alimentação precisou se desdobrar em pontos de entrega e atendimentos delivery para evitar mais perdas. O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) foi atuante na fiscalização e chegou a interditar estabelecimentos que descumpriam as medidas sanitárias.

Para 69% do entrevistados, parques e praias devem permanecer bloqueados à população, e 39% sugeriu que as atividades físicas individuais ao ar livre devem ser impedidas. Nos dois casos, o número de entrevistados contrários às medidas ficou em 31% e 59%, respectivamente.

Já a retomada das aulas em escolas e universidades deve ser adiada para 67% dos entrevistados, enquanto 29% optam pela reabertura.

A lista é seguida por salões de beleza e templos religiosos, que contam com apoio de 60% e 57% para a proibição. Apesar de movimentar os demais setores, a restrição do comércio tem adesão de 54%.

Apontado como principal vetor do vírus, o transporte público teve os indicativos mais baixos. Tanto o funcionamento do metrô, quanto do ônibus, deve ser suspenso apenas para 26% dos avaliadores.

Reprodução

As entrevistas foram realizadas no período de 23 a 27 de março, por telefone, com 600 participantes. Os entrevistados tinham acima dos 18 anos e resultado final oferece 95% de confiabilidade, com margem de erro estimada em quatro pontos percentuais.

Com o fim da quarentena em Pernambuco, nesta quinta-feira (1º), a retomada das atividades econômicas volta a ser condicionada por um novo plano de convivência setorial, que orienta o funcionamento do comércio. O destaque fica para o limite de funcionamento das 10h às 20h, no entanto, alguns setores ficam de fora deste prazo e só voltam dia 5.

Sem descartar uma eventual prorrogação, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que o novo protocolo setorial é válido até o dia 25 de abril. Além de reforçar o distanciamento social e facilitar a higienização aos clientes, no geral, os estabelecimentos vão funcionar das 10h às 20h, de segunda à sexta, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

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- Serviços de alimentação, como restaurantes, bares e lanchonetes estão liberados para abrir mais cedo, às 5h, durante a semana. Delivery e pontos de coleta podem ultrapassar às 20h. O atendimento presencial foi restrito à 50% da capacidade;

- O comércio varejista segue o horário geral indicado pelo Governo do estado. Os estabelecimentos devem respeitar a capacidade de um cliente a cada cinco metros quadrados do interior da loja. Shoppings e galerias seguem a regra para o interior das lojas, mas pode receber um cliente a cada dez metros em circulação.

- Para escritórios e prestadores de serviço, a regra é atender com 50% da capacidade e garantir o distanciamento de 1,5 metro entre os pontos de trabalho.

- A atividade física individual nas praias está autorizada a partir da segunda (5). Já as academias e centros de atividade física podem abrir as portas às 5h na semana e, aos fins de semana, domingos e feriados das 5h às 17h. Igrejas e templos religiosos seguem o horário.

- As aulas da rede particular e do ensino médio da rede estadual também só voltam no dia 5, das 6h às 22h, com 50% da capacidade de estudantes. Apenas os ensinos superior, médio, fundamental e infantil estão inclusos no protocolo.

A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), alinhada com a determinaçãoda suspensão de atividades no Estado em razão da Covid-19, a partir desta quinta-feira (18) até o próximo dia 28, continuará com o funcionamento apenas dos serviços essenciais. Foram determinadas, em reunião realizada nessa quarta-feira (17) entre a Reitoria e gestores de setores institucionais, medidas mais rígidas durante o período de quarentena em Pernambuco.

De acordo com a UFRPE, as atividades acadêmicas e administrativas devem ser feitas apenas de maneira remota. Todas as demandas direcionadas aos setores, departamentos, unidades e campi ocorrerão por meio de e-mail. Sobre o acesso de pessoas ao campus, será permitido somente por solicitação ao Comitê de Prevenção ao Coronavírus (Covid-19) da instituição, por meio do e-mail covid19@ufrpe.br.

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Os servidores devem continuar trabalhando de forma remota, e em caso de extrema necessidade, podem solicitar acesso por meio do e-mail citado; os servidores terceirizados devem seguir as instruções dos gestores de contratos.

No que diz respeito aos projetos de pesquisa e de pós-graduação que precisam de acompanhamento continuado, os professores deverão enviar sua solicitação de acesso e dos estudantes para o mesmo Comitê, copiando os diretores de departamento a que estão ligados no e-mail. Na solicitação, é preciso justificar a necessidade do trabalho em laboratório ou outro ambiente, descrevendo as condições de trabalho e a quantidade de discentes que usarão o local por período, sendo recomendado o rodízio a fim de evitar aglomerações. Caso seja autorizado, o Comitê reforçará as instruções para o uso obrigatório de máscaras e EPIs necessários, além de álcool gel ou álcool a 70% dentro dos ambientes utilizados.

Em relação aos programas de pós-graduação, estão suspensas todas as atividades administrativas ou presenciais durante a quarentena. Neste período, serão autorizadas apenas as atividades de pesquisas em laboratórios, contanto que haja justificativas de serem indispensáveis à sua realização no momento, a fim de evitar perda de amostras, principalmente material biológico.

Ainda de acordo com a UFRPE, discentes que estão no início do curso e não trabalham com pesquisas com organismos vivos devem postergar a realização de seus experimentos. A instituição destaca, ainda, a necessidade de manter o revezamento de pessoas nos laboratórios, obedecendo-se a obrigatoriedade de no máximo duas pessoas ao mesmo tempo no mesmo local. Sobre a assistência estudantil, a entrega de chips, com hora marcada, também fica suspensa durante o período.

O acesso de estudantes às residências universitárias também foi suspenso por causa do agravamento da pandemia. A instituição informa, em nota publicada em seu site oficial, que por obras públicas federais constarem como serviços essenciais no decreto estadual, as obras em andamento na instituição continuarão sendo realizadas. “Considerando o que consta no Decreto estadual, as obras públicas federais são considerados serviços essenciais, e as empresas que estão realizando obras na UFRPE se comprometeram a continuar suas atividades dentro dos cuidados adotados pelo sindicato da construção civil e seguindo as orientações dos fiscais de obras do Núcleo de Engenharia e Meio Ambiente (Nemam). As visitas técnicas de servidore(a)s do setor ocorrerão, na condição de fiscais, em dias alternados e em horários com o menor número de operários nos canteiros”, informa a nota.

Diante da ampliação das medidas restritivas a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus em Pernambuco, as seis unidades do Expresso Empreendedor – situadas nos municípios do Recife, Ipojuca, Caruaru, Petrolina, Salgueiro e Cabo de Santo Agostinho – realizarão atendimento de forma remota a partir da quinta-feira (18), por meio do WhatsApp, das 8h às 13h.Os interessados no atendimento poderão obter informações sobre boletos e orientações.

O serviço de formalização nas unidades ficará suspendido durante a quarentena. Quem tiver interesse em se formalizar deverá acessar a página do Governo Federal e clicar em formalização. Quando as medidas restritivas forem flexibilizadas e o serviço voltar ao funcionamento normal, será possível ir presencialmente, portando a documentação a seguir: RG, CPF, comprovante de residência, título de eleitor ou imposto de renda de pessoa física (caso o faça).

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A formalização assegura benefícios, como a possibilidade de ter um CNPJ, permitindo a emissão de notas fiscais, acesso a cursos e palestras de gestão e linha de crédito para empresários. Veja, a seguir, os números de WhatsApp das unidades:

Recife: (81) 3183.7015

Caruaru: (81) 9 8926.3326

Ipojuca: (81) 3 8117.7203

Petrolina: (87) 99109.4954 (Ana) / (74) 98853.0302 (Nilton) / (87) 9 8805.9553 (Alexandre)

Salgueiro: (87) 9 9612.0103 

No segundo final de semana de medidas de restrição mais duras em Pernambuco, episódios de desrespeito seguem sendo observados na Praia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. Na manhã deste sábado (13), pessoas tomaram banho de mar, andaram em grupos, não usaram máscara e pescaram, desobedecendo os decretos estaduais. No calçadão, várias pessoas caminham sem usar máscara de proteção.

O Governo de Pernambuco proibiu banho de mar nos finais de semana. Ficou permitido apenas o uso da areia para esporte individual, como caminhada e corrida. Atividades que reúnam pessoas, como vôlei e futevôlei, também estão proibidas. 

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Na praia, há agentes da Guarda Civil Municipal, Polícia Militar e de fiscalização da Prefeitura do Recife. Alguns policiais e fiscais entraram na água para orientar os banhistas após notarem a presença da reportagem. Apesar disso, durante o período em que a equipe de reportagem esteve no local, poucas pessoas que tomavam banho de mar foram abordadas.

Em coletiva na última quinta-feira (11), o secretário de Defesa Social (SDS), Antônio de Pádua, fez um alerta com relação às praias. "A utilização das praias também é uma preocupação nossa tendo em vista toda essa extensão de 190 km. As polícias vão atuar juntamente com as guardas municipais dessas cidades litorâneas para inibir esse comportamento que é danoso a Pernambuco", disse na ocasião.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante sua última transmissão ao vivo na quinta-feira (11), leu a carta de um suposto suicida de Salvador-BA para criticar as medidas restritivas tomadas por governos estaduais no país. O filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) compartilhou a foto do suposto corpo nas redes sociais. "Estamos tendo aí casos de suicídio no Brasil por causa de lockdown", disse o presidente antes da leitura. Para especialistas, as posturas do presidente e de seu filho foram equivocadas, pois podem gerar gatilhos para muitas pessoas.

De acordo com a professora de psicologia Rosinha Barbosa, coordenadora do Serviço de Psicologia Aplicada da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade psicossocial podem ser influenciadas por outros casos. "Número de suicídios sempre aumenta quando acontece uma coisa assim, porque gera muita ansiedade. Quanto mais fragilizado mais a gente pode se apegar a alternativas que a gente nem questiona", ela avalia. 

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"Não acho adequado se fazer uma coisa dessas. Não estou dizendo que foi de propósito, acho que foi desconhecimento também, mas você tem que ter cuidado com o que você está falando com o outro e não houve este cuidado. No mínimo, foi um equívoco", complementa Barbosa, que recentemente passou 15 dias internada com a Covid-19. "O lockdown realmente prejudica muitas pessoas, mas sem ele a gente tem o crescimento da pandemia", ela diz.

A psicóloga Giedra Hollanda, professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), também criticou a atitude de Bolsonaro. "Extremamente incorreto em todos os sentidos. Pode ser gatilho para que outras pessoas que estejam nessa situação cometam suicídio. Não se pode expor uma carta de pessoa que tem ideação suicida ou que está tentando suicídio. Foi potencialmente perigoso", resumiu.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um documento intitulado "Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da mídia". O primeiro tópico da lista do que não fazer do manual diz "não publicar fotografias do falecido ou cartas suicidas". Outro item diz para não atribuir culpas.

A população pode buscar ajuda para prevenir o suícidio nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e unidades básicas de Saúde da cidade, além de Unidades de Pronto Atendimento, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e hospitais. 

No telefone 188, a pessoa pode entrar em contato com um voluntário do Centro de Valorização da Vida, que é treinado para conversar com pessoas que procuram ajuda e apoio emocional. O serviço funciona gratuitamente em todo o território nacional, 24 horas por dia. Também é possível conversar por chat no link: https://www.cvv.org.br/chat/.

A Prefeitura do Recife disponibilizou um canal de teleacolhimento para oferecer apoio emocional a quem atravessa momentos de angústia e tristeza por causa da pandemia. O serviço pode ser acessado por meio do ou site do Atende em Casa: www.atendeemcasa.pe.gov.br. A Coordenação de Saúde Mental está evitando consultas presenciais nos Caps devido à pandemia. Os interessados em buscar um Cap podem entrar em contato com a unidade mais próxima. Horários e telefone podem ser encontrados nesta lista.

Apesar do baixo movimento de banhistas, mais cenas de desrespeito ao decreto que limita o acesso ao litoral de Pernambuco foram registradas nas praias do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Este sábado (6) foi o primeiro dia de restrição ao acesso das praias e proibição de atividades comerciais não essenciais. A medida vale até 17 de março, pelo menos.

Com as novas normas para controlar a pandemia da Covid-19 no estado, a população está impedida de circular nas praias, exceto esportistas em atividade física individual, como corrida ou natação. Desse modo, permanecer na faixa de areia, calçadão ou até mesmo o banho de mar estão suspensos.

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O uso de máscaras ainda é obrigatório, no entanto, parte dos banhistas das praias Suape, Paraíso e Gaibu não seguiram a determinação. Com a baixa fiscalização da Secretaria de Defesa Social, alguns entraram no mar e até jogaram futebol na areia sem se importar com a gravidade do vírus.

Pernambuco totaliza 306.320 casos e 11.119 mortes em virtude do novo coranavírus. Desde o início de 2021, os índices da pandemia disparam no estado, que atingiu 94% da capacidade de ocupação de leitos de UTI na rede pública.

Por meio de nota, a Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho esclareceu “que equipes da Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS), Ronda Ostensiva Municipal (Romu), Guardas Municipais, de Trânsito, Controle Urbano, Guarda Ambiental, Patrulha Maria da Penha, Polícia Militar, Reboque e Serviço de Inteligência da Guarda (Sig) trabalham de forma integrada desde as 20h da sexta-feira para fechar os estabelecimentos não essenciais e coibir o uso de paredões nas ruas do Cabo. Além disso, o novo Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICCM) funciona 24 horas realizando o videomonitoramento da cidade”.

A gestão municipal também disse que a SMDS “realizou bloqueios na PE-28, após o pedágio da Rota do Atlântico, e na PE-09, antes do pedágio da Rota dos Coqueiros. A ação tem o intuito de proibir a entrada e circulação de veículos de excursão e turismo no litoral, em concordância com o decreto municipal Nº 2000, que aborda sobre medidas temporárias para a prevenção do contágio da Covid-19 no município do Cabo de Santo Agostinho”.

De portas fechadas no primeiro fim de semana do decreto estadual que restringe o acesso às praias de Pernambuco, comerciantes e pescadores de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, criticaram a nova medida. Com 11.119 mortes e ocupação de leitos de UTI superior a 94%, o Governo do Estado enrijeceu a regras contra a pandemia até o dia 17 de março.

"Eu tô revoltado igual a todos os comerciantes daqui. A gente vive disso aqui e perdemos dois dias de grande movimento", declarou o proprietário do Rosbife da Vera, Gil Souza (foto abaixo). Sem permissão para receber clientes aos fins de semana, ele aproveitou para realizar reparos em seu bar e crítica a gestão pelo fechamento, mesmo após ter adotado o plano convivência para o setor.

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Comerciante Gil Souza, insatisfeito com restrições em Pernambuco

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

O comerciante diz que entende a gravidade do Covid-19, porém a perda de receita ao longo da Pandemia ainda não foi superada. "O nosso movimento é o do final de semana. De sexta a domingo, o pessoal fica, toma uma cerveja, um petisco e passa mais tempo aqui no bar [...] Estamos perdendo basicamente 50% do faturamento com esses dois dias fechado", aponta.

Pescadores

No Parque das Esculturas, pescadores esportivos mantiveram a rotina habitual com a autorização do Governo para atividades individuais.

Já o pescador profissional Arnaldo Lima, não pôde pôr o barco no mar e relata ter identificado uma queda considerável de pedidos, sobretudo dos bares e barraqueiros locais.

Para ter comida na mesa e retomar seu ofício com segurança, ele fez um apelo por prevenção. "A população precisa se ajudar. Ninguém tá ajudando a si próprio. Festa, metrô cheio, ônibus cheio, vai fazer o que? Se piorar vai fechar tudo, o mesmo processo da primeira vez", concluiu.

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Um estudo feito pelo grupo de defesa dos direitos digitais Access Now indicou que 29 países tiveram o acesso à internet limitado, de maneira intencional, pelos governos regentes. Segundo a pesquisa, a Índia foi a nação mais afetada; nos períodos de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021, sofreu 109 bloqueios e teve a conexão restrita ao 2G. Na região de Caxemira, o corte de banca chegou a 90%.

Para realizar a pesquisa, a Access Now contou com o auxílio de 243 organizações distribuídas em 105 países, que conseguiram captar os pontos de restrição. De acordo com o relatório, países da África, como a Uganda, tiveram a conexão limitada no período de eleição, quando Yoweri Museveni foi eleito para o 6º mandato presidencial. Aplicativos de redes sociais, como WhatsApp, Facebook, Twitter, Instagram e Skype sofreram com instabilidade de 12 a 18 de janeiro de 2021.

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Os bloqueios costumam ocorrer no período eleitoral ou de protestos, como aconteceu em Belarus, que teve as redes sociais limitada pelo governo local. A restrição também ocorreu de maneira semelhante em Burundi, Guiné, Quirguistão, Tanzânia e Togo. Em países da América Latina, foram registradas limitações de conexão na Venezuela, Equador e Cuba.

A justificativa por parte dos governos é que as limitações combatiam a disseminação de notícias falsas e garantiam a segurança pública e nacional. De acordo com o levantamento da Access Now, ao todo foram 155 restrições, um valor 27% menor quando comparado a 2019, que teve 213.

Embora não esteja na lista, a China é outro país conhecido por aplicar restrições no uso da internet. Em setembro de 2019, durante uma conferência em Geneva, engenheiros chineses apresentaram propostas de um novo protocolo de conexão, que visava transformar o ambiente digital em uma rede controlada pelo governo.

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) emitiu um nota de apoio ao endurecimento das medidas restritivas para conter a pandemia do novo coronavírus.

“Diante da alta crescente do número de contaminados, dos números recordes de mortos no período de 24 horas, da descoberta de novas variantes do vírus e da sobrecarga dos sistemas de saúde, o cuidado deve, indiscutivelmente, ser redobrado”, diz um trecho do texto.

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Neste sentido, resguardado pela legislação vigente e atenta às condições sanitárias locais, a instituição optou por priorizar a realização de forma remota das atividades acadêmicas e administrativas durante março. Dessa forma, ficará a critério da gestão de cada polo, em diálogo com sua comunidade, definir as atividades que precisam continuar sendo realizadas de modo presencial, ou se todas podem ser feitas de forma remota.

Ainda de acordo com a nota, o calendário acadêmico dos campus permanece com as atividades já definidas, a fim de evitar maior prejuízo ao ensino, à pesquisa e à extensão, segundo o IFPE.

“Que brevemente todas as atividades presenciais possam ser retomadas com segurança e tranquilidade. Para isso, conta-se com a celeridade da vacinação e com uma maior eficiência das medidas sanitárias de contenção do vírus. Apenas com o suporte e a atenção de todos os atores sociais essa pandemia será vencida”, diz a instituição em nota.

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta sexta-feira (26), novas medidas restritivas válidas para todo o território. A partir do próximo sábado (27), até 10 de março estará proibida qualquerPernambuco, toque de recolher, atividade, Covid-19, suspensão, coronavírus, UTI, governo, restriçãoatividade não essencial entre as 22h e as 5h. O toque de recolher, segundo o governador Paulo Câmara (PSB), tem o objetivo de conter o novo avanço da doença, "que pressiona o sistema de saúde estadual, registrando atualmente uma taxa de ocupação de UTI acima dos 90%".

O Governo de Pernambuco anunciou, nesta sexta-feira (26), novas medidas restritivas válidas para todo o território. A partir do próximo sábado (27), até 10 de março estará proibida qualquer atividade não essencial entre as 22h e as 5h. O toque de recolher, segundo o governador Paulo Câmara (PSB), tem o objetivo de conter o novo avanço da doença, "que pressiona o sistema de saúde estadual, registrando atualmente uma taxa de ocupação de UTI acima dos 90%".

"A polícia e os órgãos de fiscalização estarão nas ruas para observar o cumprimento desse novo decreto. Vamos monitorar os dados minuto a minuto neste fim de semana e, caso os índices permaneçam piorando, novas medidas restritivas podem ser anunciadas já no início da próxima semana", afirmou Paulo Câmara.

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Na última quarta-feira (24), o governador já havia divulgado ações restritivas para 63 municípios do interior. Nas Gerências Regionais de Saúde (Geres) II, IV e IX, com sedes em Limoeiro, Caruaru e Ouricuri, as atividades econômicas e sociais estão proibidas, entre 20h e 5h. Nos próximos dois finais de semana, as atividades estarão proibidas entre 17h e 5h, nessas regionais.

Também foi anunciada a ampliação das equipes de logística, para diminuir ainda mais o prazo de entrega de vacinas assim que elas chegarem ao Recife. O governador informou que vai aumentar a oferta de vagas de UTI, com a entrada em operação, já neste fim de semana, de mais 30 leitos no Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa, no Recife.

Pernambuco conta com quase dois mil leitos dedicados aos pacientes infectados pelo vírus, sendo 998 de UTI, em 16 municípios. É a segunda maior rede de leitos de terapia intensiva do País, destaca o governo do estado.

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Está em análise na Câmara dos Deputados um projeto de lei (PL 238/21) que determina que companhias aéreas só poderão vender passagens aéreas no limite de 50% dos assentos de cada aeronave, para voos domésticos, enquanto não forem vacinados ao menos 80% da população brasileira contra a Covid-19.

Segundo o texto, se houver necessidade de aumento do número de voos, estes deverão ser requeridos imediatamente a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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“Os voos realizados no Brasil, apesar da pandemia que se instalou, são realizados com a possibilidade de venda de todos os assentos existentes na aeronave, e isso precisa acabar, para não colocar em risco a saúde dos passageiros”, afirma o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP), autor da proposta.

“A redução da venda de passagens em 50% é necessária por medida de distanciamento social para a proteção de todos os usuários”, avalia o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

O governador do estado de São Paulo, João Doria, anunciou na última quarta-feira (3) que o decreto que colocava todo o estado na fase vermelha do Plano São Paulo foi suspenso devido a uma redução de 11% nas hospitalizações por Covid-19. A medida de segurança estava em vigor desde 25 de janeiro.

Algumas cidades e municípios já estão classificados na fase laranja, onde as atividades comerciais em shoppings, academias, salões de beleza, restaurantes, parques e cinemas são autorizadas a funcionar. Vale a partir deste sábado (6).

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Os estabelecimentos poderão funcionar apenas com 40% da capacidade do local, em um período de até oito horas por dia, com início às 6h e prazo de encerramento às 20h.

Na tarde desta sexta-feira (5), uma nova reclassificação do Plano São Paulo colocou a capital na fase amarela, Barretos, Ribeirão Preto, Marília e Taubaté passaram da fase vermelha para a laranja, e Franca, Araraquara e Bauru estão na fase vermelha.

Por Rafael Sales

Começou a valer a partir de hoje (25), e vai até o dia 31 de janeiro, a ampliação de medidas restritivas para reduzir a taxa de infecção pelo novo coronavírus no estado do Amazonas. As medidas foram anunciadas no sábado (23) pelo governador do estado, Wilson Lima, após reunião do Comitê de Enfrentamento da Covid-19 com representantes do comércio e serviços e de órgãos de controle. Entre as novas medidas está a ampliação para 24 horas do período de restrição de circulação de pessoas no estado durante o período de sete dias.

De acordo com decreto publicado pelo governo do estado, poderão funcionar, durante o período de restrição de circulação, apenas supermercados varejistas e atacadistas de pequeno, médio e grande porte e padarias, no período das 6h às 19h. Já os mercados e feiras deverão funcionar das 4h às 8h. As drogarias e farmácias poderão funcionar 24 horas, assim como os serviços essenciais das áreas da saúde e segurança.

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O decreto com as restrições diz que será permitida a circulação para aquisição de produtos essenciais à vida, limitada a uma pessoa por núcleo familiar. Os serviços de delivery só serão permitidos das 6h às 22h para serviços essenciais, como os de venda de alimentação (restaurantes, lanchonetes, etc).

Não serão permitidos serviços delivery ou drive-thru de comércio e serviços não essenciais. Já os postos de combustíveis também poderão funcionar, sem a abertura das lojas de conveniência.

Contaminação

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o índice de contaminação pelo novo coronavírus no estado tem taxa de transmissão de 1,3, a mais alta do país. Isso significa que cada grupo de 100 pessoas infectadas transmite o vírus para 130.

O governador disse que a restrição é necessária devido à mutação do novo coronavírus, identificado no estado e que tem maior capacidade de transmissão. Ele disse ainda que apesar das medidas restringirem bastante a circulação de pessoas, não se trata de um fechamento total, o chamado lockdown.

“Não há lockdown no estado do Amazonas. Há muita gente disseminando informações que não são verdadeiras, estão propagando fake news. Essa é uma medida para que a gente possa diminuir aglomerações e, consequentemente, quebrar essa cadeia de transmissão do vírus, que, desta vez, de acordo com especialistas, tem uma capacidade muito grande de transmissão”, afirmou o governador Wilson Lima, durante o anúncio das novas regras.

A FVS disse ainda que foi constatado aumento de 135% no número de casos de covid-19 detectados nos últimos 14 dias, saindo da média móvel diária abaixo de 500 casos diários, na primeira quinzena de dezembro de 2020, para mais de 2 mil por dia em janeiro, tendo recorde neste ano de mais de 5 mil casos registrados em um único dia.

Confira as medidas de restrição – De 25 a 31 de janeiro

O que pode funcionar

• Supermercados varejistas e atacadistas de pequeno, médio e grande portes e padarias – das 6h às 19h, com venda restrita a produtos de higiene, limpeza e alimentação

• Drogarias e farmácias – 24 horas, com venda restrita a produtos de higiene, medicamentos e outros produtos farmacêuticos

• Mercados e feiras – das 4h às 8h

• Delivery de serviços de alimentação – das 6h às 22h

• Indústria – em turno de 12 horas (exceção para alimentos e produtos farmacêuticos e hospitalares)

• Transporte de cargas – apenas de produtos essenciais, como alimentação, combustíveis e produtos das áreas de saúde e segurança

• Postos de combustíveis

Quais atividades ficarão suspensas

• Não essenciais, incluindo lojas de conveniência de postos de combustíveis

• Delivery e drive-thru de comércio e serviços não essenciais

Circulação de pessoas

• Permitido deslocamento de uma pessoa do núcleo familiar para estabelecimentos do grupo de serviços essenciais

• Permitida a circulação de trabalhadores de estabelecimentos considerados essenciais

• Permitida circulação de pessoas para acesso a serviços de saúde, clínicas e laboratórios

• Permitido o deslocamento de agentes públicos que trabalham na área de saúde ou em ações de enfrentamento, e de profissionais de imprensa.

O ministro dos Transportes do Reino Unido disse que estão proibidas as entradas no país de pessoas vindas de Brasil e seus vizinhos, além de Portugal, por causa do medo da variante do novo coronavírus.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (14) pelo ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, em sua conta no Twitter.

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“Tomei a decisão urgente de proibir chegadas da Argentina, Brasil, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela - a partir de amanhã, 15 de janeiro às 4h, após a evidência de uma nova variante no Brasil”, tuitou.

Portugal também foi adicionado à lista de banidos por causa de ligações estreitas de viagens com o Brasil, acrescentou Shapps em outra mensagem no Twitter.

Ainda de acordo com o ministro, esta medida não se aplica a cidadãos britânicos, irlandeses e nacionais de países terceiros com direitos de residência, mas os passageiros que retornarem desses destinos devem se isolar por dez dias junto com suas famílias.

Da Sputnik Brasil

No segundo dia de endurecimento da quarentena em São Paulo, lojas e estabelecimentos comerciais reabriram normalmente, desrespeitando a fase vermelha do Plano São Paulo de combate à pandemia. Nesse sábado (26), um dia após o Natal, os flagrantes foram mais comuns na região da Lapa, zona oeste, e em Santo Amaro, zona sul da cidade. Nesta fase de restrição, no período entre 25 e 27 de dezembro e 1 e 3 de janeiro, só é permitido o funcionamento dos serviços essenciais.

A Rua 12 de Outubro, na Lapa, zona oeste da cidade, viveu um sábado de movimento intenso no comércio. Estabelecimentos que deveriam estar fechados ignoraram o decreto estadual e abriram as portas. Na loja de calçados Pontal, o movimento era alto. O gerente Marcelo Arena reconheceu a irregularidade, mas questionou o decreto estadual. "Nós precisamos trabalhar. Estamos correndo risco de multa, mas não temos opção. Todos os funcionários são comissionados. Se a loja não abrir, eles não ganham. De que adianta uma fase vermelha de apenas um dia? O Natal, dia 25, e o domingo, dia 27, não contam para o comércio", diz o gerente de 54 anos. "As vendas de 2020 já são 40% menores que as de 2019. Abrir a loja é uma necessidade", argumenta.

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A abertura das lojas foi marcada por clima de tensão e preocupação entre os lojistas. Havia medo de fiscalização e multa. Por isso, algumas lojas abriram as portas apenas parcialmente. Os clientes tinham de se agachar para entrar, mas, lá dentro, a movimentação era grande, como na loja de roupas Eskala. Na maioria, funcionários ficavam do lado de fora, prontos para baixar as portas de vez. Era um jeito de burlar as restrições estaduais.

O cenário foi semelhante no Largo 13 de Maio, em Santo Amaro, na zona sul. Para minimizar o risco de multas e continuar funcionando, algumas lojas deixavam aberta apenas a entrada dos funcionários. Bastava que o cliente se aproximasse e perguntasse sobre o funcionamento para ser conduzido ao interior da loja. "Eu precisava comprar roupas para o final de ano. Só tinha o dia de hoje", justificou a empregada doméstica Carla Rodrigues, de 35 anos, saindo de uma dessas portinhas.

Na região central da cidade, o cenário foi diferente. Praticamente nenhuma loja abriu. Com fiscalização ostensiva nos principais centros de comércio popular, como a Rua 25 de março e a região do Brás, todas as lojas estavam fechadas. Ruas inteiras foram bloqueadas pela prefeitura. Mesmo assim, a movimentação foi grande.

Ao Estadão, a Subprefeitura da Lapa informou que as equipes de fiscalização estiveram na região da Rua 12 de Outubro. Lojistas foram orientados quanto aos decretos municipais. Caso insistissem em manter as lojas abertas, eles seriam multados.

Segundo levantamento do IBGE, 577 mil pernambucanos (5,8%) não adotaram qualquer medida de restrição de contato social em outubro – mais do que o dobro registrado no mês de setembro, quando o percentual foi de 2,7% e de 255 mil pessoas. O número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa também subiu: de 3,5 milhões (37,4%) para 3,8 milhões (40,3%).

Com isso, caiu mais um pouco o número de pessoas que ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas, de 3,7 milhões (39,6% da população) para 3,6 milhões (38,5%). O mesmo ocorreu com quem ficou rigorosamente isolado: eram 1,8 milhão (19,7%) em setembro e, em outubro, o número diminuiu para 1,4 milhão (14,9%), uma diferença de 400 mil pessoas. Em comparação a julho, quase um milhão de pernambucanos deixaram o isolamento rígido.

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Entre os que não adotaram nenhuma medida de restrição, os homens ainda são maioria, com 6,5%, enquanto as mulheres compõem 5,1%. No entanto, proporcionalmente, mais mulheres deixaram o isolamento rigoroso do que os homens: a porcentagem entre eles passou de 19,1% para 14,5%, uma diferença de 4,6 pontos percentuais. Já entre as mulheres, a diferença foi maior, de 4,9 pontos percentuais, saindo de 20,2% em setembro para 15,3% em outubro.

A proporção de pessoas que não fizeram nenhuma restrição aumentou e o isolamento rígido diminuiu em todas as faixas de idade. A faixa etária que tem maior percentual de pessoas que não fizeram nenhuma restrição na convivência com outras pessoas em outubro foi a de jovens de 20 a 24 anos: 7% se encaixam nesse perfil. Entre os idosos, com 60 anos ou mais, o percentual subiu de 1,5% em setembro para 3,4% em outubro.

Tóquio pedirá a seus moradores que evitem deslocamentos desnecessários e solicitará aos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas que fechem mais cedo para lutar contra o aumento de contágios de Covid-19 no Japão, informou a imprensa local.

O Japão foi relativamente pouco afetado até o momento pela pandemia - com quase 2.000 mortes e 135.400 contágios, segundo os números oficiais - e não determinou medidas de confinamento como outros países.

Mas atualmente o arquipélago nipônico registra dados recordes de contágios diários. A cidade de Tóquio já elevou o nível de alerta ao grau máximo.

"Gostaríamos de pedir aos residentes de Tóquio, se puderem, que evitem passeios não essenciais na medida do possível para prevenir a propagação da infecção", disse a governadora Yuriko Koike. Ela também incentivou os habitantes de Tóquio a trabalhar de casa.

Além disso, Koike pediu aos estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas, incluindo casas de karaoke, que fechem às 22h00 a partir de sábado por três semanas. As empresas devem receber uma indenização.

As medidas não têm caráter obrigatório. Durante o estado de emergência declarado na primeira onda da pandemia, o país não aplicou sanções às pessoas que não permaneceram em casa ou às lojas que se negaram a fechar as portas.

Na semana passada, o primeiro-ministro Yoshihide Suga declarou que o Japão estava em "alerta máximo" depois de registrar um número recorde de infecções diárias, o que obrigou o governo a desistir de uma polêmica campanha para promover o turismo interno.

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