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Com a concorrência pelas vagas de emprego está cada vez mais acirrada. Para isso, chamar a atenção dos recrutadores é essencial. Assim, na busca por emprego, uma das primeiras dúvidas de muitos profissionais é como organizar um bom currículo para conseguir participar de seleções. 

Irenilda Souto tem 37 anos, é gerente de recursos humanos e explica que atualmente algumas empresas adotam sistemas de seleção que dispensam o currículo. No entanto, há profissionais e companhias que ainda valorizam esse o resumo das principais informações do candidato. Para esses casos, a gerente indica a elaboração de um currículo honesto e direto, começando com um pequeno resumo que traga algumas das realizações profissionais do candidato até o momento de forma resumida e, sobretudo, sincera.

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“Não adianta florear o currículo para mostrar algo que não corresponde à realidade. Hoje os recrutadores buscam entender os talentos que os candidatos têm. Se você for fazer um currículo, é importante ser breve na descrição das atividades realizadas, colocando o período em que a pessoa ficou no cargo, há quanto tempo está no mercado, que legado deixou e quais são os seus resultados”, disse Irenilda. 

A gerente de RH também destacou a importância de o currículo conter informações como os locais onde o profissional ou estudante estudou e trabalhou anteriormente. Irenilda lembra, porém, que tudo deve aparecer de forma resumida, sem se alongar demais. “O recrutador recebe currículos demais, então hoje o que se busca são perfis objetivos e percebe logo que é uma pessoa com potencial para a vaga que está sendo trabalhada”, disse ela. 

Na opinião de Jessé Barbosa de Araújo, professor universitário e coordenador de treinamentos da Blackbelt It Solutions, um currículo bem estruturado dá mais chance para o candidato a uma vaga ser selecionado. Ele argumenta que não existe um modelo único, mas que é preciso que todo currículo tenha pelo menos informações básicas de contato (nome completo, idade, estado civil, endereço completo, bairro, cidade, telefone e e-mail), e mais alguns detalhes da trajetória educativa e profissional do candidato. 

Jessé explica, por exemplo, que o campo “objetivo profissional” é a vaga que o candidato deseja ocupar. Ainda de acordo com ele, a descrição das experiências profissionais deve trazer os três últimos empregos, com o período em que a pessoa ficou no cargo e um resumo das atividades com no máximo cinco linhas. 

A formação acadêmica, também deve ser ordenada da mais recente para a mais antiga e informar se os cursos já foram concluídos. Cursos correlatos à área em que o profissional deseja trabalhar e atividades extra-curriculares, como trabalhos voluntários e projetos acadêmicos, por exemplo, também foram apontados pelo docente como fatores positivos que devem estar presentes em um bom currículo. 

Outra recomendação do professor para os profissionais e estudantes que desejam uma oportunidade no ano que se inicia é mostrar o currículo a outros profissionais em gestão antes de começar a buscar vagas. “É sempre recomendável, ao produzir um currículo, pedir a um profissional de RH que analise o mesmo. Existe consultoria para isso de ordem paga e alguns profissionais se disponibilizam de forma gratuita”, explica Jessé. Confira, no vídeo a seguir, um exemplo de como organizar um currículo para buscar oportunidades de trabalho em 2020:

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A consultoria de Recursos Humanos Luandre realizou um levantamento de vagas de emprego oriundas do varejo brasileiro. De acordo com a companhia, as oportunidades são fruto da economia aquecida no comércio nacional devido às compras de natal.

Partindo desse cenário, a Luandre destaca dados que projetam bons resultados nas vendas natalina. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a previsão de crescimento de vendas é a maior dos últimos seis anos no período natalino: R$ 35,9 bilhões devem ser arrecadados, gerando um acréscimo de 4,8% nas transações.

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O levantamento da Luandre traz quase 3 mil oportunidades de trabalho em várias regiões brasileiras e para profissionais de níveis médio e superior. Há vagas efetivas e temporárias, com salários que variam de R$ 1 mil a R$ 17.500.

Os interessados podem se inscrever gratuitamente no site da Luandre. Confira, a seguir, as vagas e seus respectivos salários:

Efetivas: 585 vagas

Promotor de Vendas - R$ 1.000,00 – R$ 1.500,00

Atendente de Loja R$ 1.000,00 – R$ 1.500,00

Analista de Vendas Internas - R$ 1.500,00 – R$ 2.000,00

Vendedor Técnico - R$ 3.000,00 – R$ 4.000,00

Gerente de Contas - R$ 17.000,00 – R$ 17.500,00

 

Temporárias: 2230 vagas

Auxiliar de Loja - R$ 1.000,00 – R$ 1.500,00

Operador de Loja - R$ 1.000,00 – R$ 1.500,00

Vendedor - R$ 1.500,00 – R$ 2.000,00

Atendente de Crédito - R$ 1.500,00 – R$ 2.000,00

 

Analista de Vendas - R$ 2.500,00 – R$ 3.500,00

Fim de ano, época em que as empresas aumentam seu quadro de trabalho com profissionais temporários. Oportunidade que as pessoas têm de mostrar suas competências e se estabelecerem no mercado de trabalho. Já para as empresas, interesse em reavaliar seu quadro de funcionários e buscar novos talentos. 

Segundo a coordenadora do curso de Recursos Humanos da Universidade UNG, Denise de Fátima Alonso, algumas dicas são de grande valia para que o profissional se destaque, seja notado pela empresa e desperte a intenção de efetivá-lo. Confira: 

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1º - Cumprimento do horário de trabalho, não atrasar e muito menos pedir para sair mais cedo ou emendar feriados; 

2º - Se adeque às regras da empresa, como o uso de uniforme, respeito à hierarquia, circulação dentro da empresa somente em locais autorizados, bem como o uso de equipamentos da empresa, como telefone, xérox, entre outros; 

3º - Mostre interesse por fazer atividades além do que foi estipulado em contrato. Seu entusiasmo em aprender novas atividades será notado, com certeza; 

4º - Crie oportunidades de mostrar suas competências. Fale para seu chefe de suas experiências anteriores e faça seu marketing pessoal com os colegas de trabalho; 

5º - Mantenha um bom relacionamento com as pessoas e evite comentários que possam ser interpretados como “fofocas”; 

6º - Use o celular somente quando necessário, mantenha seu foco no trabalho e não esqueça que você será observado muito mais do que qualquer outro funcionário efetivo da empresa; 

7º - Não discuta  normas da empresa com sua chefia ou colegas de trabalhos, elas já existiam antes de você entrar. Cabe ao funcionário refletir se é ou não o lugar onde pretende se estabelecer; 

8ª - Solicite ajuda quando não souber resolver um problema e faça anotações para não ter que perguntar diversas vezes o mesmo procedimento, demonstrando atenção e capacidade de compreensão sobre as atividades do cargo; 

9º - Conheça os cargos e oportunidades de carreira que a empresa oferece e mostre interesse em ser contratado; 

10º - Enfim, transforme sua vaga de temporária em uma vaga efetiva! As oportunidades estarão em suas mãos.

 

* Da Assessoria de Imprensa

As comemorações corporativas de final de ano é uma ótima oportunidade para estreitar laços e criar novas chances de evoluir na carreira. Contudo, alguns cuidados são fundamentais para não colocar tudo a perder e se prejudicar com o excesso de exposição.

 “Vale reforçar que é importante a participação na festa. Se ausentar pode passar a impressão de que o funcionário não está interessado em interagir com os colegas da empresa ou pode demonstrar que são antissociais. Exagerar na bebida, usar roupas extravagantes, gritar ou fazer brincadeiras indelicadas podem prejudicar a imagem do participante”, explica Denise de Fátima Alonso, coordenadora do curso de Recursos Humanos da Universidade UNG.

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 Confira as dicas da professora de como se comportar na festa da firma.

 

Qual o principal objetivo desse tipo de confraternização? 

O principal objetivo das festas em empresas seria o de socializar e integrar os funcionários, promovendo um clima mais favorável e de maior satisfação e aproximação com a organização e chefia, bem como o de retribuir pelo empenho e resultados dos funcionários. 

É indicado aproveitar a ocasião para pedir aumento ou falar sobre anseios profissionais?

Não é de bom tom conversar sobre problemas no trabalho e muito menos solicitar aumento ao chefe em um momento de descontração, onde o foco é outro. O funcionário é visto neste momento como inconveniente e sem bom senso, pois entende que ele deveria perceber que naquele momento o que for discutido não será levado adiante, por se tratar de uma conversa informal e fora do contexto. 

 Que tipo de vestimenta é indicado para homens e mulheres?

O que a ocasião pedir. Verificar o ambiente que será a festa, na própria empresa, restaurante, clube, pois cada local pede um tipo de vestimenta. Para não errar, procure se vestir sem exageros tanto para os homens como para as mulheres. Evite decote, minissaia, roupa justa que poderá causar algum comentário indesejado, pois o corpo fala e a postura ou a vestimenta representa algo para o outro que está observando. Não é o momento de causar e sim de mostrar sua capacidade de se socializar.

 Quais os cuidados cruciais que se deve ter nesse tipo de evento?

Evite faltar nestes eventos, pois a sua presença demonstra participação e interesse pela empresa;

Evitar bebidas em demasia, para não se tornar inconveniente, pois a imagem daquele momento poderá influenciar na percepção e avaliação das pessoas, bem como da sua chefia, que poderá achar que este é seu comportamento habitual;

Evitar comentários negativos, ou piadinhas sobre a empresa e pessoas, tudo que for falado será avaliado por alguém e poderá ser usado contra você;

Evitar intimidades com chefias, por se tratar de um ambiente descontraído, alguns funcionários aproveitam para se tornarem mais íntimos, sem a percepção se o outro está dando ou não esta abertura;

O desconforto maior para os funcionários nestas situações é no dia seguinte, em que ele poderá ser o comentário da festa, o que no momento do evento era diversão, pode se transformar em chacota, não devemos esquecer que a festa é uma extensão do nosso local de trabalho e devemos agir como fazemos todos os dias com todo cuidado e preocupação com a nossa imagem e reputação. 

 É indicado levar parentes na festa?

Depende da situação. Existem festas realizadas com o intuito de integrar a família, com gincanas, presentes e atividades para os filhos e nesse caso cabe levar seus familiares, mas em uma confraternização somente para os funcionários, corre-se o risco das pessoas sentirem ciúmes ou interpretarem de forma errônea amizades e comentários podem surgir, gerando desconfianças, brigas entre casais, bem como algum desconforto no ambiente da festa.

 

* Da Assessoria de Imprensa

A chegada em um novo emprego é um momento em que os funcionários costumam ficar ansiosos. Porém, eles tentam se preparar para que tudo ocorra bem, de forma positiva, tranquila e benéfica. O LeiaJá ouviu o coordenador de treinamentos da empresa Blackbelt It Solutions e professor universitário de pós-graduação, Jessé Barbosa de Araújo, para entender como o trabalhador deve proceder para criar e manter uma boa imagem no primeiro dia de trabalho.

Jessé frisou que tão importante quanto às atitudes do novo colaborador e do setor de RH da empresa é a receptividade, além da organização dos funcionários e gestores do setor onde o recém-chegado irá trabalhar. Para ele, esse momento é um cartão de visitas da empresa para o funcionário que se integra à equipe. 

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“Preparar o gestor e a equipe para o funcionário é importante, isso é um cartão de visitas da empresa. Há pessoas que no primeiro dia desistiram de trabalhar devido à imagem que tiveram da companhia. Todo o time da empresa tem que estar preparado para receber essa pessoa, informá-la sobre suas funções, quem procurar e quem são seus responsáveis diretos. É uma via de mão dupla”, explicou o professor.

O especialista explicou que, no primeiro dia no novo emprego, os funcionários devem ter atenção tanto a questões relativas à sua imagem quanto ao seu comportamento, pois esses dois fatores não se separam na construção do marketing pessoal do trabalhador. “Não adianta estar bem vestido, mas ser indelicado. O colaborador deve conhecer as prerrogativas da empresa para se vestir adequadamente à função e, na dúvida, não se erra com um traje esporte fino. Sobre a competência comportamental, esse funcionário tem que ser cordial, educado, agradecer pela oportunidade dada e se colocar à disposição para aprender o máximo que puder”, disse ele.

Questionado se a imagem de um funcionário pode mudar com o tempo, em relação àquela que foi construída no primeiro dia e nos que transcorreram depois dele, o coordenador de treinamento e professor também ressalta a importância dos feedbacks, ou seja, de que a empresa deixe claro aos trabalhadores o que espera em termos de resultados e mostre como está indo o seu desempenho. “O que se espera é que o funcionário entregue o resultado esperado e a empresa deve entregar de forma clara os seus critérios e indicadores de performance desejados. Se não disser, o funcionário não saberá se está atendendo às expectativas, por isso é importante o feedback”, exlanou.

Jessé detalhou que, conforme passa o tempo, o funcionário tende a criar laços sociais na empresa e a fazer amizade com algumas pessoas, com outras não, porém não deve perder de vista o objetivo de preservar sua imagem como um profissional de excelência. Para isso, ele explica que além de manter a atenção aos resultados, é necessário ter cuidado com a conduta no sentido, por exemplo, de não se envolver com fofocas no ambiente de trabalho, preservando uma conduta ética.

O especialista ainda acrescenta: “Não dá para falhar quando se tem caráter. Reconhecer que não sabe tudo, precisa de orientação e se colocar à disposição para aprender, sua imagem não se tornará negativa. O funcionário novato vai construir uma história sendo disposto, disponível, procurando saber o que pode fazer para ajudar a empresa a crescer. Tendo um bom caráter e sendo um colaborador que procura mesmo ajudar a empresa, ele não vai ter problemas na construção da sua imagem”, afirmou ele.

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Entendo que ser mãe e ser pai é um grande privilégio dado por Deus, é um dom, um presente! Ao mesmo tempo é uma enorme responsabilidade que traz uma série de deveres para com os nossos filhos, dentre eles o dever de educá-los de acordo com os princípios e valores da família. É sim um privilégio, um dever e um direito dos pais que não nos podem furtar…

Nunca pensei que um dia teria que estar a lutar por um direito que nos é outorgado e garantido pelas leis da nossa sociedade. O interessante é que a Declaração Universal dos Direitos do Homem deixa bem claro em seu Artigo 26º que é direito dos pais definir que tipo de educação deve dar aos seus filhos, e além disso, a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia também respeita e nos assegura tal direito, o de educarmos e ensinarmos os nossos filhos de acordo com as nossas convicções religiosas, filosóficas e pedagógicas (n.º 3 do artigo 14.º). Como pode isto não ser observado e respeitado?

O mais incrível ainda é que temos assistido de camarote o Estado insistentemente a usurpar este nosso direito, transferindo para a escola e professores a função de educar segundo as suas conceções e ideias, e contrariando assim o que rege a nossa lei magna ao tratar da liberdade de aprender e ensinar (artigo 43 da Constituição Portuguesa): "O Estado não pode programar a educação e a cultura segundo quaisquer diretrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas".

Sim tem sido usurpado, pois o sistema de ensino do nosso país não mais se limita aos ensinamentos clássicos – formal e intelectual, tem redefinido e fundamentado sua atuação na formação ética, cultural, social, espiritual das crianças, ultrapassando assim o seu lugar do “ensino” para invadir o espaço da “educação” restrito aos pais. As escolas, portanto, têm se transformado em verdadeiros centros de doutrinação ideológica e de autênticos campos de guerra declarada contra a família.

Nos últimos dias, estive a ler e refletir sobre a chamada “Revolução Pedagógica” (que ao meu ver trata-se de uma “Involução Pedagógica”). O francês Pascal Bernardin, em seu livro “Maquiavel Pedagogo ou o ministério da reforma psicológica”, nos adverte para esta pesquisa psicopedagógica que está a decorrer no mundo, e que tem como propósito, segundo pesquisadores, impor uma “ética voltada para a criação de uma nova sociedade”.

A dita “nova ética” nada mais é do que a reapresentação dissimulada e requintada da ideologia comunista, que tem como objetivo modificar os valores e os comportamentos dos alunos, através da utilização de técnicas de manipulação psicológica e de lavagem cerebral (podem ser conferidas no livro). Tal “revolução” pretende anular a influência da família, através do ensino de “novos valores” e do bloqueio dos “antigos valores”, utilizando-se de programas educativos difundidos pelos meios de comunicação social, que contribuirão para neutralizar a transmissão “familiar” dos “preconceitos”, especialmente religiosos, e que representam uma grande barreira para alcançarem a sua missão.

Bernardin apresenta, então, a missão da escola, que pode ser resumida nesta frase: `Esqueçam ensinamentos sólidos com base no conhecimento objetivo, tradicional, e o foco cognitivo da educação. Isso tudo pertence ao passado. As tarefas assumidas pelos pedagogos modernos são mais “progressistas”, mais abrangentes, mais “nobres”: criar seres humanos mais “conscientes”, mais engajados politicamente, mais “tolerantes” e adeptos do multiculturalismo`. Muito bonito este discurso, não é? Pois é, são palavras graciosas e modernas que simplesmente querem dizer: “escola não ensine mais matemática, geografia, português… (conhecimento objetivo), ensine a moral e os valores diferentemente daqueles que eu aprendo na minha casa” (para eles isto é que é ser progressista e nobre).

Triste realidade! Os nossos filhos são cativos em sala de aula por cerca de 8 horas diárias, recebendo gotas de veneno de filosofias e de ideologias contrárias ao que lhes é ensinado em casa. Não é mais novidade o palco de horrores que temos vivenciado nos últimos tempos, não só cá, mas no mundo inteiro, no que se refere ao ensino da ideologia de género[1] nas escolas. E para completar o agravamento da situação, não apenas ensinam que meninos podem ser meninas e meninas podem ser meninos, como agora querem permitir que alguém que se sinta mulher passe a utilizar a casa de banho das mulheres, quer este tenha ou não o órgão genital correspondente. Não queremos este ambiente para os nossos filhos… CHEGA! Deixem-nos educar os nossos filhos!

 

* A autora é brasileira com cidadania portuguesa e é candidata pela lista de Braga as eleições da Assembleia Legislativa 2019 em Portugal.



[1] A Ideologia de Género defende a ideia de que ao nascermos não possuímos género e que o sexo biológico não nos define como homem ou mulher. Para saber mais sobre o assunto leia o livro “Identidade de Género – toda a verdade” da Maria Helena Costa, Editora Emporium.

 

Uma pesquisa realizada pela consultora empresarial ‘DNA Outplacement’ apontou que, no Brasil, 75% dos currículos enviados aos setores de recursos humanos tinham informações distorcidas. Com duração de seis meses, o estudo foi promovido junto a 500 empresas.

Os currículos analisados foram passados aos contratantes em 2018. O levantamento aponta que as principais “mentiras” inseridas nos documentos são relacionadas ao valor do salário atual ou recebido no último trabalho e à fluência em inglês. São considerados tópicos deturpados tempo inativo, grau de escolaridade e cursos realizados.

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De acordo com a pesquisa, a prática de informações inverídicas ocorre tanto com profissionais de carreira consolidada, quanto com os que almejam retornar ao mercado de trabalho. Segundo o diretor regional da ‘DNA Outplacement’, Hugo Liguori, trabalhadores de diferentes níveis recorrem às colocações falsas.

“As razões são diferentes, mas ocorre entre os diversos níveis profissionais. Os jovens normalmente não colocam tanto peso na elaboração de seu currículo, enquanto executivos e gerentes se agarram à urgência em conseguir uma nova oportunidade para cometer essa irregularidade”, comenta Liguori, conforme informações da assessoria de comunicação.

A entrevista de emprego é um dos momentos mais importantes para aqueles que estão no aguardo de uma oportunidade de mostrar seus talentos e de conquistar uma ascensão profissional. Para isso, os entrevistados precisam estar preparados, mostrar interesse e comprometimento.

Entre as dicas para se dar bem e garantir a tão desejada vaga de emprego, a primeira delas é ser pontual, respeitoso e responder todas as perguntas com a verdade, diz a gestora de Recursos Humanos Gislaine Inácio. Para diminuir o nervosismo na hora da entrevista, Gislaine recomenda que os candidatos respirem fundo, se acalmem, tomem água, tomem ar e, caso se sintam inseguros, devem dizer ao entrevistador que estão nervosos. “Aja com tranquilidade e tente passar todas as informações que você acha que sejam pertinentes àquela vaga. Não precisa contar nenhuma história se pintando como o melhor profissional na área, não divague pois estender o tempo de entrevista nem sempre é um ponto a seu favor”, ensina.

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Sobre os currículos, Gislaine sugere que eles sejam rápidos, com foco naquela vaga específica pretendida e, mesmo que o candidato tenha muitas experiências e cursos, o recomendável é resumir. Os candidatos nunca devem informar no currículo número de documentos. "Seja conciso: nome, bairro (não necessita endereço), experiências profissionais referentes à área, conhecimentos e habilidades, e contatos, preferencialmente  e-mail e celular”.

A gestora também aconselha que os candidatos não comam na sala de espera, mantenham o celular no silencioso ou desligado, não façam piadas de baixo calão ou preconceituosas, não usar roupas decotadas e curtas, roupas amassadas ou manchadas e não conversar muito alto, nem falar mal da empresa na sala de espera.

As roupas devem ser de cores leves e as joias discretas. Não se deve usar óculos escuros em entrevista de emprego. Homens podem usar calça jeans de lavagem escura, não sendo necessário o uso de calça social. É permitido o uso de camisetas, desde que sejam lisas e sem estampa. A barba e o cabelo devem estar aparados. Já as mulheres podem usar blusas preferencialmente mais fechadas, não sendo obrigatório o uso de saias ou vestidos. A maquiagem deve ser leve e os perfumes fortes devem ser evitados.  Não é necessário usar salto alto.

Quando for mandar o currículo para as empresas, o candidato deve utilizar um email com perfil profissional, pois muitos programas de e-mail mostram as fotos de perfil utilizadas pelos candidatos. "Ver pessoas de sunga, biquíni, bebidas alcoólicas em mãos e 'duck face' não é nada positivo”, ensina Gislaine.

Também é muito importante fazer pesquisas sobre a empresa, saber o que ela faz, conhecer missão, visão e valores da organização e o que mais for possível aprender.

Para Robbins (2008) quando os gestores dão feedback aos seus colaboradores devem centrar-se nos comportamentos e não na pessoa, devem ser especifícos e não genéricos. Muitas vezes afirmações do tipo: você fez um bom trabalho ou você teve um mau comportamento, são vagas e não são suficientes para definir ou corrigir algo.

É preciso ser específico, registrando o fato ocorrido e/ou apresentando as razões das críticas recebidas, como por exemplo: “Estamos satisfeitos com seu trabalho, pois recebemos do cliente elogios ao seu respeito e as suas vendas aumentaram em 30% este mês”; ou “Estamos preocupados com o seu desempenho, pois não fez as entregas no prazo estabelecido, e além disso tem chegado atrasado e saído mais cedo…”

Robbins ressalta, então, que o feedback, especialmente o negativo, não deve ser sentencioso ou avaliativo e sim descritivo, com foco no trabalho realizado e não no colaborador. Portanto, quando o gestor critica o colaborador, deve estar atento, pois esta crítica deve estar relacionado ao comportamento dele no trabalho e não na pessoa dele.

 

Outro aspecto sobre o feedback negativo é que é muito importante saber antes se o colaborador tem algum controle sobre o que ocorreu, pois de nada adiantará apontar uma falha dele, caso ele não tenha qualquer controle sobre o ocorrido. Assim, o feedback negativo deverá estar direcionado exatamente para o comportamento que o colaborador poderia ter controlado e não o fez. Muito cuidado! Queremos corrigir o comportamento que gerou o problema e não denegrir a pessoa.

Por mais que o gestor se sinta tentado a dizer palavras inapropriadas ao seu colaborador, como: “incompetente”, “estúpido”, ou outras do gênero, isso poderá provocar uma reação emocional por parte do colaborador, levando-o a neglicenciar aquilo que é o principal, que foi o seu desempenho.

Assim, o feedback adequado deve ser impressoal e focar-se em comportamentos específicos, deve ser descritivo e não sentencioso, avaliativo. Parece fácil, não é?  Mas como argumenta o autor, este tem sido um conselho que muitos gestores ignoram.

 

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

Na busca por uma oportunidade de emprego, candidatos enfrentam diversas fases durante os processos seletivos. Entre elas, a entrevista, presencial ou online, é considerada por profissionais de recrutamento uma das etapas decisivas na seleção. Nela, os profissionais são avaliados através do comportamento corporal e desenvoltura nas respostas aos questionamentos desenvolvidos pelos recrutadores.

“Durante a entrevista, os selecionadores visam colher informações importantes que auxiliam na identificação do candidato com a vaga e empresa. Identificamos pontos como as competências e história do candidato. Por se tratar de uma etapa de extrema importância, o interessado deve ser sincero”, explica Sérlica Maia, analista de RH da JBV.

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Reconhecer as abordagens que serão desenvolvidas durante a entrevista pode ajudar o candidato. É preciso estar atento às respostas aos questionamentos. De acordo com Alissandra Oliveira, profissional de RH da MSA, não existe fórmula exata de pergunta. “O desenvolvimento da entrevista será ditado de acordo com a postura do candidato. Mas, acima de tudo, tudo será desenhado a partir do cargo pretendido. Há uma abordagem diferente para cada vaga”, ressalta.

As ditas “perguntas chave” estão caindo em desuso, como "quais são seus pontos positivos ou negativos". A consultora de seleção da Luandre RH, Alessandra Ribeiro, destaca que novos modelos defendem a contextualização na abordagem. “Existem casos em que é necessário identificar a partir de uma experiência antiga do candidato. Cabe ao selecionador formular perguntas estratégicas para retirar as informações necessárias”, conclui.

As profissionais detalharam em entrevista ao LeiaJá quais seriam essas informações e pontos importantes que, normalmente, os recrutadores visam identificar durante a entrevista. Elas também destacaram qual é a postura correta dos candidatos frente aos questionamentos.

1 - Pretensões

Reconhecer quais são as necessidades e interesses do candidato frente à vaga pode ser a primeira etapa durante a entrevista. Nesse momento, os selecionadores visam relacionar as expectativas em relação à contratação e atividades na empresa. “Desenhamos uma projeção do candidato na empresa. É importante visualizar o seu interesse e instiga em participar do quadro de funcionários da empresa e como ele visualiza seu futuro na companhia”, destaca Sérlica.

2 - O candidato

Nesse momento os valores e crenças são avaliados. São analisadas as informações relacionadas à figura pessoal do candidato. “Através de perguntas estratégicas vamos identificando quais são esses pontos. O principal é visualizar se batem ou não com o da empresa”, argumenta Alessandra Ribeiro.

3 - O profissional

Com o reconhecimento de valores e crenças pessoais, a partir de agora são desenvolvidas perguntas que visam identificar as competências profissionais dos candidatos. De acordo com Alessandra, cada vaga necessita de uma habilidade diferente. “Precisamos identificar quais são os pontos positivos e negativos desse profissional e a sua relação com a oportunidade, resgatando aspectos importantes da carreira como base na construção dessa ideia”, explica a consultora.

4 - Experiências

Reconhecendo por quais caminhos o profissional trilhou, os recrutadores visam pontuar como essas experiências podem somar e acrescentar na hora de ocupar a nova vaga. “Questionamos muito sobre quais foram as atividades, como foi o processo diário na empresa e os desafios e tarefas desempenhadas”, exemplifica Alissandra Oliveira. 

5 - Formação

Na entrevista também é o momento de confirmar as informações colocadas no currículo e identificar a sua veracidade, além de tentar pontuar novas habilidades. “Não mentir é o segredo para o sucesso. Nesse ponto, vamos conhecer o candidato através dos pontos descritos no documento. As perguntas visam confirmar ou até mesmo colocar o candidato em situação de confronto aos dados informados”, diz Sérlica.

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De acordo com um levantamento realizado pela VAGAS.com, site de recrutamento e seleção de empregos, três em cada quatro profissionais da área de recursos humanos não estão totalmente preparados para o uso de novas tecnologias. Segundo o levantamento, 76% dos participantes da pesquisa afirmaram estar parcialmente preparados para o uso de soluções tecnológicas. Além disso, 16% afirmaram não estarem preparados, enquanto apenas 8% se consideraram totalmente preparados.

Mais da metade dos participantes (58%) ainda afirmou que levaria de um a três anos para incorporar ferramentas ideais de tecnologia no dia a dia de trabalho. Além disso, 24% declararam que em menos de um ano poderiam tê-los e 12% disseram que seria em mais de três anos. Somente 6% têm todas as ferramentas necessárias atualmente.

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"Essa informação converge com o momento atual do RH, onde poucas iniciativas relacionadas à tecnologia estão em desenvolvimento. Esse dado é relevante ao pensarmos que um dos requisitos para um RH de alto impacto é exatamente assumir esse pioneirismo, implementando e utilizando tecnologias para transformar a experiência do funcionário", disse o profissional da da área de Inteligência de Negócios da VAGAS.com, Rafael Urbano.

*Com informações da assessoria de imprensa

Os números impressionam. Mais de 13 milhões de brasileiros procuram emprego, mas não encontram. Os dados do desemprego no país ligam o sinal de alerta referente à falta de oportunidades no mercado de trabalho. O resultado é de uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e abrange o primeiro trimestre de 2018. Desse número, 4,1% já desistiram de procurar vagas.

Com um grande número de pessoas em busca de oportunidades, esse processo deve ter uma atenção redobrada. Mas, com esse cenário, uma pergunta de praxe surge: como buscar emprego? Existe uma maneira correta? O LeiaJá conversou com especialistas em Recursos Humanos (RH) que alertam: os candidatos devem ter atenção nessa fase de busca, pois ela é decisiva em prol da conquista de vagas.

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“É primordial traçar um planejamento para que haja sucesso nesta trajetória. Mesmo com esse cenário de desemprego, os candidatos não devem assumir uma postura de desespero. Essa conduta é a primeira a ser evitada. Após ela, deve-se seguir todos os pontos traçados nesse planejamento inicial”, orienta Luciana Brito, psicóloga e profissional de RH.

Todo o processo de procura deve obedecer algumas etapas. A primeira dela é definir o objetivo de vaga. Responder às seguintes perguntas: Qual área eu gostaria de trabalhar? Qual empresa é a ideal?; a partir das respostas, o candidato deverá começar a identificar as potenciais oportunidades. “Com o objetivo a conquista é facilitada. É comum a ideia de ‘aceitar qualquer coisa’, muito por desespero, mas é necessário ter conhecimento de todo o processo da função de interesse para que não haja nenhum arrependimento e isso venha a trazer prejuízos ao candidato”, explica Luciana Brito.

Na etapa de busca, o candidato deverá está atento aos diversos meios de anúncio de vagas. O envio de um currículo bem elaborado é visto como uma “porta de entrada”, para isso ter atenção a esse documento é primordial. “O emprego não irá cair no seu colo. Para conquistar, é esperada uma dedicação de um tempo exclusivo no seu dia para esse processo. Seja por meio de sites de vagas, panfletos ou anúncios. Foque no envio, mas não esqueça de realizar o filtro de oportunidades”, detalha Luciana Brito.

Por onde mandar?

Com a internet, a busca por vagas foi facilitada. Hoje, as empresas oferecem em seus sites oficiais espaços de cadastro de currículo e oferta de vagas. Além do novo método, existem outros meios que devem ter a atenção dos candidatos. “Durante a busca, deve-se mapear as principais consultorias em RH para sua área. Ficar atento às oportunidades oferecidas por agências de empregos. Além de fazer o clássico, entregar currículos nas sedes das empresas que você identificou como potencial”, pontua Luciana Guedes Pinto, sócia da Trajeto RH.

Ainda pode ser considerado o cadastro de currículo e busca em sites especializados em oferta de vagas, entre eles estão: Vagas.com, Elancers, Catho, Empregos.com e Manager. Alguns deles cobram uma taxa mensal para permanecer com o seu perfil cadastrado no banco de dados do site.

E as redes sociais?

Surgindo como um ambiente de relacionamento e troca de experiências, as redes sociais podem ser aliadas nesse processo, mas, é necessário ter cuidado para não retomar a conduta de desespero. “O candidato quando as usa de forma correta pode criar uma rede de contribuição sem perceber. Esse contato deverá ser feito com cautela. Não expor na timeline é o primeiro passo. Quando tem conhecimento de alguém que pode ajudá-lo, use a conversa privada”, orienta Luciana Guedes Pinto.

A especialista em RH ainda acrescenta que fazer parte do LinkedIn poderá contribuir muito para a formação de rede de contatos e análise do surgimento de vagas. “Por se tratar de uma rede social destinada ao lado profissional, esse espaço se torna propício nessa criação de contatos. Nela, assim como nas outras, deve-se ter cuidado na abordagem. Mais profissionais devem marcar presença”, pontua.

O boca a boca funciona?

O método tradicional é ainda muito efetivo. Assim como nas redes sociais, a forma de abordagem deve ser pensada. O networking, processo de relacionamento com pessoas que podem ser potenciais auxiliadores no processo de busca de uma oportunidade, poderá ser decisivo, quando, por muitas vezes, a vaga é por indicação. “Manter uma boa rede de relacionamentos é primordial. Quando você está em busca deve-se entrar em contato com eles de forma sucinta e bem clara, sempre apresentando a proposta de que está disponível para contribuir a alguma empresa e solicitando o acionamento assim que tomar conhecimento de uma vaga”, diz Luciana Guedes Pinto.

Não se acomode!

Durante a busca, o candidato não deve acomodar-se. É necessário, portanto, uma busca constante na renovação de competências do currículo, buscando assim uma renovação em cursos, palestras e oportunidades de aprimoramento. Para isso, as especialistas orientam que existem meio pagos e até gratuitos para a conquista desse ponto, seja ele online ou presencial. A segredo é: encarar a ausência no mercado como uma oportunidade para buscar qualificação, para quando retornar ser um profissional mais competitivo e que ofereça a empresa oportunidades de crescimento.

Além da qualificação, é necessário adquirir outros conhecimentos, sendo eles referentes a adequação de currículo, atualização de dados e atenção na hora das etapas seguintes a busca, como a entrevista. Para as especialistas, o currículo abre o espaço do candidato na empresa, mas a partir dessa abertura, caberá a ele a conquista da vaga e fazer valer a pena todo o processo e dedicação durante a busca.

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A busca por uma promoção no ambiente de trabalho é um dos maiores desejos de profissionais em diversas empresas. A ascensão de carreira, muitas vezes, proporciona uma melhor remuneração mensal. Mesmo assim, funcionários quando conquistam a nova função podem encarar uma realidade que leva a uma situação diferente da esperada. O estresse das obrigações, responsabilidade, novos requisitos técnicos e de liderança atribuídas ao novo cargo podem levar ao esgotamento físico e emocional.

Francisco* é um exemplo em que subir de cargo na empresa pode ser uma experiência frustrante, quando não bem avaliada. O jovem de 22 anos, depois de almejar a mudança de cargo, viu que as atividades e a rotina de trabalho da nova função modificaram a sua percepção do sonho.

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“Depois de dez meses como operador, tive duas promoções, a primeira para exercer a função de treinador e a segunda como supervisor. Essa última foi a mais desgastante de todo o processo. A minha rotina mudou completamente, quando antes tinha tempo para estudar e me dedicar a outras ações, com o novo cargo eu desenvolvi um quadro de estresse físico e psicológico muito forte”, explica. Trabalhando em uma empresa de telemarketing, ele pontua que a pressão colocada era muito maior do que pensava, mesmo tendo experiência parecida no treinamento.

Ainda de acordo com o jovem, o dia a dia não contribuia para uma boa relação entre familiares e amigos. “Eu estava sempre ligado às atividades da empresa. Era uma responsabilidade enorme liderar pessoas - eram cerca de 50 -. Mesmo tendo oito horas de trabalho diário, as obrigações passavam esse tempo e tinha que gerenciar a equipe mesmo fora da empresa, quando era solicitado via grupo de WhatsApp e afins. Esse quadro contribuiu para um distanciamento do meu vínculo social e da minha formação acadêmica”, conclui. Ele ainda destaca que graças às atribuições do novo cargo, desenvolveu ansiedade que, também, gerou o seu afastamento da empresa. Hoje, ele trabalha em uma entidade pública e se dedica à aprovação em um novo vestibular.

A experiência frustrada de Francisco abre uma discussão sobre a relação entre a promoção e as suas consequências. A sócia da Ágius RH, Georgina Santos, alerta para esse processo.

“Nem sempre a mudança de cargo é algo necessário. O profissional deve entender que existem outros caminhos para a uma boa posição na empresa, nem sempre subir é a solução. Mas quando acontecer, é primordial, antes de tudo, entender os riscos dessa mudança e, como consequência, visualizar a dinâmica da nova função e quais são as atribuições ligadas à ela”, pontua. Ainda de acordo com a especialista, é comum esses profissionais irem com "muita sede ao pote".

Quando receber a oportunidade, o funcionário deverá entender a função como um novo caminho profissional. Contudo, a promoção pode não ter volta, como alerta Georgina: “Antes de iniciar é primordial ter uma conversa com seu supervisor para repassar as atividades, entender a dinâmica e responsabilidades do cargo. Sem essa conversa, podem acontecer problemas no futuro”, pontua. Ela destaca que se houver o fracasso, a consequência maior vem para o profissional promovido.

Havendo fracasso, a promoção poderá virar um pesadelo e o dia a dia no trabalho terá um profissional desmotivado, pela carga de novas atividades ou por causa da frustração da nova função. A diretora da JBV Soluções em Recursos Humanos, Vanci Magalhães, salienta que essa problemática reflete em todo sistema organizacional do ambiente de trabalho. “Quando esse funcionário está insatisfeito, ele não atenderá às expectativas da empresa e nem dele próprio, quando questionará a sua posição e provocando prejuízos a todo sistema”, explica.

A insatisfação poderá levar a medidas extremas, como a solicitação de desligamento, que poderá ocorrer da empresa ou até mesmo do profissional. Para contornar essa possível atitude, além compreender a nova função antes de aceitar a oferta, o funcionário deverá se dedicar, buscando alternativas para driblar os problemas e se adequar à nova dinâmica.

Vanci ainda reforça que é imprescindível estabelecer o diálogo com os supervisores, mostrar-se claro nas intenções e não aceitar as decisões no impulso. Tudo deverá ser bem pensado para evitar um desligamento e problemas de saúde e emocional.

*Nome fictício utilizado para preservar a identidade da fonte

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“Quais são suas pretensões na empresa?”, “Você poderia se definir?”, “Quais são seus pontos positivo? E os negativos?”. Se você participou de alguma entrevista para vaga de emprego, já deve ter escutado uma dessas perguntas durante o processo. Essa fase é considerada decisiva na hora da contratação. Ter uma boa postura e performance na hora de responder os questionamentos pode contribuir para a conquista da vaga.

Durante um processo seletivo para a função de atendente de telemarketing, o estudante Arthur Barros, 28 anos, foi questionado com perguntas similares. “Fui questionado sobre qual animal seria, me pediram para me definir e pontuar os pontos negativos de minha personalidade, além dos positivos”, diz. Segundo ele, em outras entrevistas foram feitas perguntas semelhantes.

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A entrevista é a etapa em que o candidato será analisado pela empresa. “É o momento de expandir a compreensão dos dados fornecidos pelo currículo do candidato. Nesta fase, é feita uma leitura do dito e do não dito, das expressões, dos movimentos corporais e das atitudes frente às questões expostas durante a entrevista”, explica o consultor de carreiras Alexandre Nunes. Os questionamentos são sempre formulados visando uma melhor compreensão do perfil do candidato.

“É preciso verificar se o candidato se adequa às exigências da empresa. Se ele desenvolve as competências necessárias para o cargo. Conseguimos identificar isso através das perguntas realizadas”, pontua Flávia Oliveira, consultora organizacional da Áurea Recursos Humanos. 

As questões que solicitam do candidato uma autodefinição sobre pontos positivos e negativos são consideradas uma "casca de banana". Antônio Alencar, 35 anos, ficou confuso na hora de responder os questionamentos. “Não queria me gabar, nem muito menos me mostrar fraco e despreparado para o cargo. Fiquei completamente confuso. No final, deu tudo certo, mas na hora parecia um teste”, relembra.

De acordo com o consultor Alexandre Nunes, esses questionamentos são realizados para identificar os seguintes caracteristicas: “Os pontos positivos são solicitados como uma captura de valores mais significativos para uma pessoa. O selecionador verifica de dois a três comportamentos carregados de sentido para o candidato. A partir deles, ele verifica se são compatíveis com a cultura da organização. No que se refere aos pontos negativos (ou a melhorar) é esperada uma autocrítica do candidato e, também, a sua transparência no momento de responder sob pressão”, declara.

Como se sair bem

Diante dos questionamentos, é necessário o candidato firmar uma postura de integridade e segurança na hora das respostas. A empresa deseja conhecer mais sobre o perfil, para isso é necessário bom senso e sinceridade, como diz Alexandre. Uma das orientações para responder sobre os pontos negativos é atribuir que eles fazem parte de um processo de mudança. “É necessário que o candidato fale seus pontos, com clareza, e dê exemplos de ações que tem desenvolvido para modificá-los. Isso o torna humano e, também, disposto a mudanças”, aconselha Flávia.

De acordo com Alexandre, entre os principais erros cometidos durante os questionamentos, estão tentar dar respostas clichês: “...sou muito exigente ou perfeccionista”; tentar se enaltecer como pessoa: “ ...sou muito honesto, verdadeiro e sincero”; ou tentar se colocar no lugar de vítima: “... geralmente quando falho é por  tentar ajudar as pessoas”. Segundo o consultor, essas respostas não passam sinceridade.

Ele ainda dá exemplos de como responder os questionamentos sobre pontos negativos: "Preciso gerenciar melhor o tempo"; "Preciso terminar alguns projetos, como o curso de inglês"; "Controlar a minha pressa". "Quero tudo para ontem". Alexandre ainda reforça que os candidatos devem observar o contexto da pergunta e identificar a melhor forma de respondê-la sempre propondo uma solução.

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Esta é mais uma verdade que o autor do livro “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, Stephen P. Robbins (2008) defende, o que ele chama de “envolvência total”, também designada pelo psicólogo Miháli Csíkszentmihályi de “fluxo”, que nada mais é do que você estar envolvido completa e profundamente com algo, sem que nada mais tenha importância, ou seja, um estado de imersão total a ponto de serem levados por uma corrente, por um fluxo.

Sim, esta tem sido a experiência de muitos profissionais quando se envolvem em algumas atividades, especialmente aquelas consideradas como preferidas, e que chega a consumir totalmente a atenção até perder a noção do tempo. Quem já não passou por uma experiência desta? Esta é a chamada experiência do “fluxo”, trata-se de um momento de grande concentração numa determinada tarefa, que quando concluída, traz uma grande satisfação pelo resultado.

Existem condições apropriadas para a Experiência do Fluxo?

Sim, afirma Robbins (2008), existem condições mais propícias para o fluxo. Ao relatar experiências de pessoas que passaram por este momento de “imersão total”, e que puderam descrever e destacar características comuns nas tarefas que estavam a desempenhar, como por exemplo: a) as tarefas eram desafiantes; b) as tarefas exigiam um alto nível de desempenho; c) as tarefas eram direcionadas a objetivos bem definidos; d) foram fornecidos feedbacks sobre o desempenho nas tarefas; e) as tarefas exigiam total atenção e criatividade. Portanto, desafios e objetivos, nível de capacidade de realização e concentração, retorno sobre o resultado, são pontos comuns neste tipo experiência.

E mais, é importante relatar que a experiência do fluxo não tem sido mencionada em atividades de lazer que são mais relaxantes como ver televisão em casa, mas é facilmente identificada no ambiente de trabalho.

Então, o que o Fluxo tem a ver com a Gestão das Pessoas?

Na visão de Robbins, “os gestores deveriam olhar com mais atenção para o fluxo como uma forma particularmente eficaz de motivar os seus colaboradores.”(p.56).

Quando perguntamos ao colaborador se prefere trabalhar mais ou menos, certamente a resposta é menos, pois existe sempre esta associação entre o tempo mais livre para o lazer com o sentimento de felicidade, ou seja, sou mais feliz se tiver mais tempo. No entanto, existem estudos que demonstram justamente o contrário, quer dizer, quando as pessoas ficam mais tempo em casa, com seu tempo livre, sem terem objetivos e desafios, sem saber o que fazer, com inúmeras distrações, sentem-se aborrecidas e subutilizadas, pois suas capacidades estão sendo desperdiçadas. Sendo assim, o trabalho estimula o fluxo.

Quais as implicações das pesquisas sobre fluxo para área da gestão? Simples, conclui Robbins, o trabalho poderá proporcionar ao colaborador a satisfação que tanto almeja, poderá ser um “motivador”. Mas para isso é necessário que o gestor: 1) defina tarefas que são desafiantes e criativas; 2) apresente objetivos claros a serem alcançados; 3) permita ao colaborador o uso total da suas capacidades; 3) proporcione feedbacks adequados no desempenho das tarefas. E fiquem atentos: os bons profissionais estão sempre absorvidos pelo que fazem. Uma experiência que pode trazer bons resultados.

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

A Faculdade Senac Pernambuco está com seleção aberta para professores que também possam atuar como coordenadores em cursos de ensino superior. As vagas são nas áreas de gastronomia (Graduação Tecnológica em Gastronomia e Gestão) e gestão (Bacharelado em Administração e Graduação Tecnológica em Gestão de Recursos Humanos). Os interessados têm até o próximo dia 31 de janeiro para enviar os currículos.

Para concorrer às vagas os candidatos devem ter formação acadêmica na área, pós-graduação - de preferência, mestrado e doutorado -, disponibilidade para trabalhar 40 horas semanais, experiência no mercado de trabalho (mínimo três anos) e docência no ensino superior. O processo seletivo conta com análise de currículo, entrevista, prova escrita (discursiva) e avaliação prática (miniaula).

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O e-mail para envio dos currículos é selecao@faculdadesenacpe.edu.br. Nele o candidato deve manifestar a área de interesse. A Faculdade Senac fica na Avenida Visconde de Suassuna, 500, bairro de Santo Amaro, área central do Recife. 

 

A entrevista de emprego é um momento importante na busca por uma recolocação no mercado de trabalho. Nela, profissionais e empregadores devem avaliar um ao outro para que se possa decidir se o empregado tem o perfil da empresa para a qual está se candidatando. No entanto, não é raro que as corporações cometam abusos ao tentar saber mais detalhes a respeito do comportamento dos candidatos, passando dos limites profissionais e entrando na esfera pessoal, invadindo a vida privada.

Apesar de não haver vínculo empregatício, a fase de seleção, juridicamente chamada de pré-contratual, também conta com leis que protegem empregadores e candidatos, sendo possível haver condenação às empresas que cometam violações de direitos na seleção. Ocorreu punição recentemente com a American Airlines, empresa aérea condenada pelo Tribunal Superior do Trabalho por usar um polígrafo, equipamento conhecido popularmente como detector de mentiras, durante uma entrevista de emprego, além de realizar perguntas invasivas. O LeiaJá ouviu especialistas e uma profissional do ramo de recrutamento para entender como a busca por informações é conduzida nas seleções de candidatos e quais são os limites legais inseridos nesse contexto. 

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Condenação com caráter pedagógico

A juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, Renata Nóbrega, quando perguntada se as empresas podem entrar no âmbito da vida pessoal dos candidatos, a resposta foi taxativamente “não”. Ela justificou citando a resolução 111 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Constituição Federal de 1988, que vedam a discriminação de qualquer natureza aos candidatos, além de assegurar-lhes o direito à honra, dignidade, privacidade e silêncio. 

Renata destaca também que os empregadores têm recursos alternativos à invasão da privacidade para assegurar a competência do candidato e proteger seu patrimônio. “Além de solicitar referências a antigos empregadores e realizar entrevistas, os empregadores podem firmar contratos com período de experiência e solicitar reparação caso seja lesado por um empregado”, diz. 

A juíza também reforça que, mesmo sem vínculo empregatício, quem se sentir lesado pode recorrer à justiça para buscar reparação, e que há diferenças de penalização às empresas se a ação for individual ou coletiva. “Se o candidato se sentir lesado ele vai à justiça e em caso de condenação, a empresa pode pagar multa na ação individual. Já na ação coletiva, o impacto é maior em caso de condenação, pois além de uma multa que pode ser aplicada, há um Termo de Ajuste de Conduta para que a empresa se adeque, sob pena de multa e de outras sanções, pois o importante é corrigir o erro para que o meio ambiente do trabalho melhore, dando à condenação um caráter pedagógico”, explica juíza.   

O que não é permitido

A procuradora do Trabalho Melícia Carvalho também afirma que o interesse da empresa em relação às informações sobre os candidatos deve se limitar ao que tiver relação com a função a ser desempenhada e ao que é determinado ou permitido por lei. Ela explica que é indicado solicitar o currículo, documentos, pedir referências sobre o profissional, entrevistar fazendo perguntas em relação às competências, à escolaridade e experiências do candidato. “Mas não é adequado perguntar sobre religião, família, orientação sexual, posicionamento político, pretensões de casamento e filhos”, nem solicitar certidão negativa de órgãos de proteção ao crédito, antecedentes criminais e realizar buscas em redes sociais. A procuradora ainda explica que há casos em que existe um choque entre direitos, e o bom senso e razoabilidade vão determinar naquela circunstância qual deles vai prevalecer. 

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Como reunir provas

Perguntada de que forma os candidatos podem reunir provas e registrar uma denúncia formal, Melícia orienta que em caso de dinâmicas de grupo em que ocorra uma invasão de privacidade ou discriminação, o candidato deve falar com outros candidatos que podem testemunhar no processo. Já em caso de entrevistas individuais e privadas, a procuradora explica que pode ser pedida uma resposta da empresa quanto à razão da não contratação, caso haja suspeita de que o candidato foi recusado para a vaga por algum critério discriminatório. 

“O candidato pode perguntar, por telefone ou e-mail, por que não foi aprovado na seleção. Caso a empresa não responda, é possível fazer o mesmo questionamento pessoalmente, indo à sede da empresa e gravar a resposta, para o caso de necessitar provar a razão da recusa. Por outro lado, se o candidato não conseguir provas, recomenda-se registrar a denúncia, pois em geral ele não foi o único que passou por uma eliminação discriminatória ou teve sua intimidade invadida nestes casos”, explica a procuradora, que também reforça que Ministério Público do Trabalho está apto a receber denúncias de candidatos e trabalhadores. 

Entrevista não é interrogatório

Siedja Luna é coordenadora de recrutamento do Grupo Ser Educacional e explica que o momento da entrevista de emprego deve fluir de forma tranquila e leve, tanto para o candidato quanto para o recrutador. De acordo com ela, a seleção deve “ser uma conversa, ter leveza e deixar a pessoa à vontade, não deve ser um interrogatório”.

Ela também explana que durante o processo de entrevista de emprego, os recrutadores jamais devem fazer perguntas ofensivas ou que possam encabular os candidatos à vaga. "Todas as perguntas devem ser abertas, para que a pessoa se abra evitando discursos prontos, e precisam estar voltadas para questões como a capacidade de comunicação, o comprometimento, a forma de liderança, gestão e a maneira do candidato de lidar com situações de conflito”, pontuou a recrutadora.

Segundo Siedja, durante o processo de seleção, as empresas buscam saber sobre aspectos do comportamento dos candidatos que possam influir no dia a dia de trabalho com o restante da equipe; há maneiras de ter todas as informações necessárias sem invadir a privacidade dos candidatos. “Nós utilizamos dinâmicas de grupo para ver como os candidatos agem em equipe e sua interação nos relacionamentos interpessoais. Também temos testes e as referências de antigos empregadores, além da própria entrevista”, explica ela.

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Esta é uma das populares frases que muitos gestores utilizam para motivar seus colaboradores no alcance de objetivos: “Dêem o seu melhor!”. Mas seria esta uma forma adequada de desafiar os colaboradores? Na  verdade número 11 sobre gestão de pessoas, Robbins defende que os colaboradores terão melhores desempenhos se possuírem objetivos específicos, do que objetivos generalistas – “ faça o seu melhor”, e que também objetivos difíceis (ao invés de fáceis), darão origem a desempenhos superiores.

Portanto, objetivos tanto específicos como difíceis, no entendimento de Robbins, conduzem a um maior nível de desempenho. Quando específico, atua como um estímulador interno, transmitindo aos colaboradores o que exatamente precisa ser feito e o quanto de esforço será necessário para fazê-lo. E quanto mais difícil for o objetivo, mais se poderá desafiar o colaborador a se esforçar ao máximo para atingi-lo, basta que o aceite. Certamente que os objetivos fáceis são mais aceitáveis e bem recebidos pelos colaboradores, mas se o colaborador aceitar um objetivo difícil, provavelmente se esforçará mais para alcançá-lo, levando-o assim a trabalhar mais empenhadamente. Este será, então, um desafio para os gestores: terem colaboradores que vejam os objetivos difíceis como alcancáveis.

A importância do feedback na concretização dos objetivos

Robbins entende ainda que o feedback atua como um “guia orientador do comportamento”, ou seja, ele contribui para identificar as discrepâncias entre o que já foi atingido e o que ainda falta atingir. Quando o colaborador tem feedback constante sobre suas tarefas, será possível acompanhar o progresso na concretização dos seus objetivos. Um outro aspecto relevante é o chamado feedback auto-gerado, é quando o colaborador acompanha o seu próprio desempenho para alcance dos objetivos, sem ser necessário haver feedback externo – do gestor ou colegas. A grande questão é que, como alguns estudos revelam, na prática os colaboradores além de não possuírem objetivos específicos como já referido, não têm também recebido  feedbacks sobre o seu desempenho, e quando recebem estes não são os mais adequados.

Sobre este assunto, convidamos o leitor a assistir um breve vídeo que apresenta o feedback na avaliação de desempenho de um colaborador: 

Por fim, o estabelecimento de objetivos parece exigir uma certa independência e autonomia dos colaboradores para alcançarem objetivos específicos e difíceis, bem como demonstra a necessidade dos gestores darem a devida importância ao desempenho do colaborador, e consequentemente a sua avaliação e retorno sobre a mesma. Pense nisso!

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

A 10ª verdade que o autor Robbins aborda em gestão de pessoas trata sobre a relação entre felicidade e produtividade. Segundo ele, parece lógico que trabalhadores felizes são mais produtivos. No entanto, satisfação no trabalho não é sinônimo de produtividade.

São inúmeras as iniciativas e os recursos que são gastos pelas empresas para elevar o nível de satifação dos seus colaboradores, como por exemplo, oferecer horário flexível, creches para os filhos, planos atraentes de aposentadoria, dentre outros. Mas mesmo com estes benefícios, percebe-se que a produtividade não aumenta e a rotatividade cresce.

O que parece é que a produtividade causa a satisfação e não a satisfação é que leva a produtividade.

Qual a relação, então, entre a satisfação e a produtividade?

As pesquisas demonstram que não existe esta relação direta entre satisfação e produtividade, ou seja, trabalhadores mais satisfeitos não significa dizer que produzem mais e melhor. Por outro lado, os estudos sobre tal relação também sugerem que trabalhadores mais produtivos são os mais felizes, ou seja, quanto mais o colaborador produz, mais satisfeito ele fica.

Quando fazemos um bom trabalho na empresa, internamente ficamos satisfeitos com o resultado. E este resultado, poderá levar também ao reconhecimento e recompensa por parte da empresa, o que elevará ainda mais o nível de satisfação no trabalho. Mas lembre-se: tudo começa quando somos produtivos! Quanto mais produzimos e vemos o resultado, mas satisfeitos ficamos. Portanto, realizar um trabalho de qualidade pode conduzir à satisfação.

Qual a importância disto para a gestão de pessoas?

É importante que os gestores de pessoas reflitam sobre esta questão para que não foquem sua atenção em apenas aumentar o nível de satisfação do trabalhador. O esforço deve ser concentrado em conduzir os colaboradores a tornaram-se mais produtivos. Como fazer isso? Simples! Investindo mais em desenvolvimento dos seus colaboradores e na melhoria do ambiente de trabalho; fornecendo instrumentos adequados de trabalho; procurando eliminar qualquer coisa que impeça os colaboradores de realizarem um bom trabalho, enfim, dando todas as condições necessárias para que os seus colaboradores realizem um trabalho com qualidade superior. Certamente estas e outras ações poderão conduzi-los a uma maior satisfação. Experimente!

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

Iniciamos este ano, retomando o assunto das  53 “verdades” sobre gestão de pessoas proferidas por Robbins (2008). A 9ª verdade trata de um assunto tão antigo e ao mesmo tempo atual, tão polêmico e muitas vezes ignorado pelas empresas – é a questão da “Motivação” dos funcionários, ou seja, porque muitos colaboradores são se sentem motivados no trabalho, hoje em dia?

Muitos gestores lamentam que os seus subordinados não estão motivados para trabalhar. Mas quem será o “culpado” disto?  Para Robbins, se existe a falta de motivação dos colaboradores, deve-se a cinco áreas: 1) a seleção; 2) o estabelecimento de objetivos ambíguos; 3) o sistema de avaliação de desempenho; 4) o sistema de recompensas da empresa; 5) a incapacidade do gestor em ajustar as perspectivas dos colaboradores aos sistemas de avaliação e recompensa. Vamos trabalhar em apenas algumas destas áreas.

Como entender a motivação dos colaboradores? 

A melhor maneira de perceber a motivação dos colaboradores, é pensar nela como depedentes de 3 relações, ou seja, quando tais relações são fortes, a tendência será os colaboradores se sentirem motivados, e quando são fracas, haverá uma consequente desmotivação. São estas as relações:

1ª Relação: Será que os colaboradores acreditam que, ao se esforçarem ao máximo, serão reconhecidos em sua avaliação de desempenho? A resposta é não, pois, na visão dos gestores, o nível de aptidão e esforço do colaborador não parece ser o suficiente para atingir um alto desempenho. Assim, uma das origens da baixa motivação relaciona-se ao fato de que o colaborador acredita que por mais que se esforce em seu trabalho, não obterá uma avaliação à altura.

2ª Relação: Será que os colaboradores acreditam que se tiverem uma boa avaliação receberão prêmios? A questão é, os gestores geralmente recompensam os colaboradores por coisas que vão além do desempenho, como por exemplo, o tempo na empresa, ou o bem relacionamento com seu gestor. Os colaboradores percebem, então, que esta relação entre o desempenho e a recompensa é fraca, sem sentido, o que gera a desmotivação do colaborador.

3ª Relação: As recompensas que são oferecidas aos colaboradores são as que eles preferem? As expectativas dos colaboradores podem ser diferentes das que são dadas pela empresa, como nos exemplos: um colaborador se esforça no trabalho pensando que poderá ser promovido, no entanto, ele recebe um aumento salarial; um colaborador se empenha para ser transferido para Paris, mas é enviado para outra localidade;  um colaborador prefere um trabalho mais desafiante do que ele faz, mas no final só recebe palavras de elogio.

O que fazer, então, para que os colaboradores se sintam mais motivados?

Um dos aspectos a ser considerado é: adaptarmos as recompensas às necessidades individuais de cada colaborador. A ideia errada dos gestores, de que todos os colaboradores querem a mesma coisa, além de não valorizar os efeitos motivadores que esta diferenciação de recompensas poderão trazer, interferirá na definição do sistema de avaliação e recompensas da empresa.

Portanto, a desmotivação dos colaboradores ocorre pelo fato deles considerarem fraca esta relação entre esforço e desempenho, ou entre desempenho e sistema de recompensa da empresa, ou ainda, entre as recompensas que recebem e aquelas que eles realmente preferem.

Para ter colaboradores motivados, é preciso fortalecer estas relações!

Convido você a assistir este vídeo que aborda sobre as diferentes expectativas e perspectivas do gestor e do colaborador na avaliação de desempenho: 


 

 

* Robbins, Stephen P. “O Segredo na Gestão de Pessoas – Cuidado com as Soluções Milagrosas”, 1ª ed., Lisboa: Centro Atlântico, 2008.

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