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O juiz Paulo Afonso Correia Lima Siqueira, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), repreendeu o policial militar André Gripp durante uma audiência criminal virtual, para julgar se o acusado seria considerado culpado ou não. O magistrado não pareceu ter ficado satisfeito com o depoimento do militar, e o acusou de violação de domicílio e falso testemunho.

No dia 28 de novembro de 2022 o policial foi acionado para uma ocorrência de disparo de arma de fogo em um campo de futebol, em Taguatinga, no Distrito Federal. Descumprindo sua função de resguardar o local do ocorrido, e aguardar a chegada da Polícia Civil para investigar, Gripp teria ido atrás do suspeito, até sua residência e dado voz de prisão. Ao ser questionado no depoimento, o militar disse que não sabia muitas informações do suspeito.

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Após a leitura do auto, o magistrado chegou a indagar ao policial que “essas informações aí só existem na cabeça do senhor”. O juiz interrompeu a fala de Gripp e repreendeu a atitude controversa do militar de ter agido de conduta errada.

“Não é porque o senhor é policial militar que tudo o que o senhor vai dizer eu vou achar que é verdade”, disse o juiz na audiência virtual. Ele ainda complementou comentando a gravidade do caso. “Se o senhor incorre num crime de falso testemunho, a reprovabilidade do seu comportamento é infinitamente maior do que de outra pessoa”.

O magistrado informou ainda que vai mandar comunicar a Corregedoria Geral da Polícia Militar do DF “para apurar esses fatos, que não são os primeiros”. Segundo o juiz, Gripp já teria declarado falso testemunho em outro caso no passado. “Eu só não dou voz de prisão ao senhor [porque a audiência era virtual], eu não sei onde o senhor está”, sentenciou.

Confira o vídeo completo abaixo:

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu nesta terça-feira, 2, uma investigação para apurar suposto abuso de posição dominante por parte do Google e da Meta por terem feito campanha contra o PL das Fake News.

O órgão foi acionado na segunda-feira, 2, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) após o Google publicar, na página inicial do buscador, a mensagem "O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil."

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A mensagem foi removida no período da tarde desta terça, depois de uma decisão do Ministério da Justiça que ameaçou a plataforma com multa de R$ 1 milhão.

Um estudo também apontou que a Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, disseminou notícias falsas a respeito do PL das fake news sem taxar o conteúdo como "político" ou "sensível".

O Instituto dos Advogados Brasileiros aprovou mais um parecer em favor da instauração de processo de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por crimes de responsabilidade envolvendo condutas do chefe do Executivo como a ameaça de não cumprimento de decisões judiciais durante os atos antidemocráticos do 7 de Setembro e as 'reiteradas trocas no Ministério da Saúde em plena pandemia'. Na avaliação do relator, o advogado Joycemar Lima Tejo, os elementos 'são mais do que suficientes' para a instauração do processo de impedimento: "não há alternativa institucional e republicana senão a abertura do processo de impeachment".

Outros pontos citados como crimes de responsabilidade de Bolsonaro no novo parecer da IAB - instituição centenária formada historicamente por quadros destacados da Advocacia - incluem 'os fortíssimos indícios, reunidos na CPI da Pandemia, da criminosa busca pela imunidade de rebanho, a partir da tentativa de permitir a livre circulação do vírus' e 'a crise do oxigênio em Manaus'.

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No caso da bravata envolvendo as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Joycemar Lima Tejo aponta que Bolsonaro infringiu dispositivo da Lei do Impeachment que enquadra atos contra o cumprimento das decisões judiciárias como crime de responsabilidade. "Ainda que se diga tratar-se de mera bravata do presidente, que posteriormente se retratou do palavrório, não se pode negar que o episódio configura flagrante quebra do decoro exigível do chefe do Executivo; portanto, crime de responsabilidade", sustentou.

Joycemar também classificou como crime de responsabilidade cometido pelo presidente a famosa reunião ministerial do 22 de abril, tornada pública no âmbito do inquérito aberto para investigar suposta tentativa de interferência política do presidente na Polícia Federal. De acordo com o relato, 'todo o teor da reunião ministerial é um longo crime de responsabilidade'.

O advogado também incluiu no rol dos crimes de responsabilidade o relacionamento do presidente com Fabrício Queiroz, 'que fez depósitos na conta da primeira-dama'. Além disso, citou a participação de Bolsonaro em atos públicos marcados por aglomerações e desrespeito às medidas sanitárias e a demissão, em 29 de março, do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, general do Exército na reserva. "A demissão decorreu da resistência do general às tentativas do presidente de instrumentalizar politicamente as Forças Armadas, utilizando-as para seus fins pessoais", afirmou Joycemar Lima Tejo.

O documento será encaminhado pela presidente da nacional do IAB, Rita Cortez, ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). No mês passado, a advogada enviou ofício ao parlamentar, reiterando a pertinência da abertura imediata do processo de impeachment, em razão dos crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente.

O novo texto elaborado pelo IAB diz respeito a posteriores ao parecer produzido no ano passado pelo advogado Manoel Messias Peixinho, a respeito de atos criminosos imputados ao presidente com relação atos entre março de 2019 e abril de 2020.

Tal documento citava crimes de responsabilidade de Bolsonaro pelo cometimento de atos contra a probidade administrativa - violação das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e comparecimento a manifestação em defesa do fechamento do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional em abril de 2020. Além disso, o parecer indicava que, caso a denúncia de suposta interferência política do presidente na Polícia Federal fosse confirmada no âmbito do inquérito que tramita junto ao STF, haveria 'uma terceira situação concreta para abertura do processo de impeachment'.

A CPI da pandemia da Covid-19 deve ser instalada na próxima quinta-feira (22). O senador Humberto Costa (PT), que é um dos integrantes da CPI que deve analisar as condutas do governo federal, espera que ela consiga apontar quem são os responsáveis pela catástrofe sanitária que a pandemia transformou o Brasil. “Esse é um governo que só funciona sob pressão, e a CPI pode contribuir para que o governo faça a coisa certa”, disse

O senador, que já foi ministro da Saúde no governo Lula (PT), disse em entrevista a Rádio Senado que a pandemia não acabou e é preciso que se cobre a implementação de medidas que ajudem o país a enfrentar o vírus. Além disso, o petista aponta que, mesmo o Senado atuando de forma mista por conta do novo coronavírus, a CPI vai seguir como deve e da forma que o regimento pede.

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“Podemos ter audiências, que podem ser feitas presencialmente, sempre para ouvir testemunhas, analisar decisões de peso. E podemos ter o funcionamento remoto para ouvirmos investigados, autoridades da área de saúde. Eu entendo ser perfeitamente possível, e vai acontecer”, afirma Humberto.

O petista pontua que o governo federal "tem feito uma condução [do combate à pandemia] que é absolutamente improvisada e que vai contra os procedimentos recomendados no mundo inteiro".

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira (24), que determinou a abertura de uma apuração preliminar para a verificação da conduta do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, na publicação da “nota à nação brasileira”.

A nota foi divulgada por Heleno em 22 de maio, onde ele diz que a eventual apreensão de celular de Bolsonaro seria “inconcebível” e que poderia ter “consequências imprevisíveis” para estabilidade do país.

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O texto assinado pelo ministro foi uma reação a decisão do ministro Celso de Mello, do STF, no inquérito que investiga a interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal.

Augusto Aras informou que irá analisar a carta do general Heleno e, caso sejam identificados “indícios mais robustos de possível prática de ilícitos”, será solicitada a abertura de um inquérito criminal no STF.

A “nota à nação brasileira” foi compartilhada através das redes sociais de Heleno, que teve a publicação retuitada por Jair Bolsonaro. Após as reações e críticas argumentando que houve ameaça a membros do judiciário, Heleno afirmou que o texto foi distorcido e que se tratava apenas de uma nota genérica e neutra.

A chegada em um novo emprego é um momento em que os funcionários costumam ficar ansiosos. Porém, eles tentam se preparar para que tudo ocorra bem, de forma positiva, tranquila e benéfica. O LeiaJá ouviu o coordenador de treinamentos da empresa Blackbelt It Solutions e professor universitário de pós-graduação, Jessé Barbosa de Araújo, para entender como o trabalhador deve proceder para criar e manter uma boa imagem no primeiro dia de trabalho.

Jessé frisou que tão importante quanto às atitudes do novo colaborador e do setor de RH da empresa é a receptividade, além da organização dos funcionários e gestores do setor onde o recém-chegado irá trabalhar. Para ele, esse momento é um cartão de visitas da empresa para o funcionário que se integra à equipe. 

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“Preparar o gestor e a equipe para o funcionário é importante, isso é um cartão de visitas da empresa. Há pessoas que no primeiro dia desistiram de trabalhar devido à imagem que tiveram da companhia. Todo o time da empresa tem que estar preparado para receber essa pessoa, informá-la sobre suas funções, quem procurar e quem são seus responsáveis diretos. É uma via de mão dupla”, explicou o professor.

O especialista explicou que, no primeiro dia no novo emprego, os funcionários devem ter atenção tanto a questões relativas à sua imagem quanto ao seu comportamento, pois esses dois fatores não se separam na construção do marketing pessoal do trabalhador. “Não adianta estar bem vestido, mas ser indelicado. O colaborador deve conhecer as prerrogativas da empresa para se vestir adequadamente à função e, na dúvida, não se erra com um traje esporte fino. Sobre a competência comportamental, esse funcionário tem que ser cordial, educado, agradecer pela oportunidade dada e se colocar à disposição para aprender o máximo que puder”, disse ele.

Questionado se a imagem de um funcionário pode mudar com o tempo, em relação àquela que foi construída no primeiro dia e nos que transcorreram depois dele, o coordenador de treinamento e professor também ressalta a importância dos feedbacks, ou seja, de que a empresa deixe claro aos trabalhadores o que espera em termos de resultados e mostre como está indo o seu desempenho. “O que se espera é que o funcionário entregue o resultado esperado e a empresa deve entregar de forma clara os seus critérios e indicadores de performance desejados. Se não disser, o funcionário não saberá se está atendendo às expectativas, por isso é importante o feedback”, exlanou.

Jessé detalhou que, conforme passa o tempo, o funcionário tende a criar laços sociais na empresa e a fazer amizade com algumas pessoas, com outras não, porém não deve perder de vista o objetivo de preservar sua imagem como um profissional de excelência. Para isso, ele explica que além de manter a atenção aos resultados, é necessário ter cuidado com a conduta no sentido, por exemplo, de não se envolver com fofocas no ambiente de trabalho, preservando uma conduta ética.

O especialista ainda acrescenta: “Não dá para falhar quando se tem caráter. Reconhecer que não sabe tudo, precisa de orientação e se colocar à disposição para aprender, sua imagem não se tornará negativa. O funcionário novato vai construir uma história sendo disposto, disponível, procurando saber o que pode fazer para ajudar a empresa a crescer. Tendo um bom caráter e sendo um colaborador que procura mesmo ajudar a empresa, ele não vai ter problemas na construção da sua imagem”, afirmou ele.

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 O clima acirrado entre oposição e governo tem baseado e inflamado os discursos dos deputados e senadores no Congresso Nacional nos últimos meses. Vez ou outra é possível ver os parlamentares extrapolando nas alfinetadas e desagradando seus opositores, mas até que ponto eles podem falar o que querem no plenário das Casas legislativas e nas comissões? 

O artigo 53 da Constituição Federal (CF) garante a chamada “imunidade parlamentar” para que os detentores de mandato possam falar de acordo com as suas convicções e ideologias sem serem incriminados judicialmente por isso, mesmo que as posturas sejam expostas fora do Congresso Nacional.

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Entretanto, nem tudo passa despercebido. Isso porque, os regimentos internos da Câmara e do Senado preveem punições específicas para quem, ao se exaltar demais, quebra o decoro, que versa sobre a conduta parlamentar. As penas vão desde advertência até perda do mandato e as denúncias são avaliadas pelos Conselhos de Ética de cada Casa, a partir dos regimentos internos.

Em regra geral, a CF diz, no seu artigo 55, que “é incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas (art. 53) asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas".

Entre outras atitudes, ferem o decoro parlamentar o uso de expressões que configuram crime contra a honra, o recebimento de vantagens indevidas, a divulgação de fatos que aconteceram em reuniões com o sigilo pré-estabelecido e o abuso de poder.

As punições acontecem?

Na última legislatura (2015-2018), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi acionado 27 vezes por quebra de decoro, mas apenas dois parlamentares foram punidos: Eduardo Cunha (MDB), que perdeu o mandato, e Jean Wyllys (PSOL), que foi advertido com uma “censura por escrito”. Os demais casos foram arquivados no dia 31 de janeiro deste ano, quando iniciou uma nova legislatura.

Em 2016, Cunha perdeu o mandato por quebrar o decoro ao mentir durante depoimento na CPI da Petrobras. Na ocasião, ele negou ser titular de contas no exterior. O ex-presidente da Câmara perdeu o mandato e ficou inelegível por oito anos. Eduardo Cunha segue preso, desde aquele ano, por condenações na Lava Jato. 

Já Jean Wyllys foi punido em abril de 2017. Wyllys foi advertido por ter cuspido no então deputado federal Jair Bolsonaro durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. 

Atualmente, o Conselho de Ética da Câmara tem três representações por quebra de decoro em análise e uma arquivada. Elas apuram acusações ou agressões (verbais e físicas) de parlamentares. Um recente episódio que deve virar representação no Conselho de Ética, foi o discurso do deputado Glauber Braga (PSOL) que chamou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, de "ladrão" durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça. O PSL já afirmou que pretende acionar contra Glauber por quebra de decoro. 

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, cobrou explicações do ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), para que informe sobre seu encontro com o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, no último dia 22.

Foi instaurado um ofício de pedido de providências. O ministro do TST terá 15 dias para apresentar as informações.

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Na decisão, o corregedor observa que o encontro pode ir contra a conduta vedada a magistrados (CF/1988, artigo 95, parágrafo único, III; LOMAN, artigo 36, III e Provimento 71/2018 da Corregedoria Nacional de Justiça).

Um dos artigos prevê que a liberdade de expressão, como direito fundamental, não pode ser utilizada pela magistratura para o exercício de atividade político-partidária.

Dois policiais civis e um policial militar foram presos em flagrante na quarta-feira (4) com uma carga de 130 mil cigarros contrabandeados do Paraguai. Eles são acusados de revender a mercadoria ao invés de encaminhar o material para a delegacia.

A prisão ocorreu nas proximidades do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa), no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife. O proprietário da mercadoria também foi detido.

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Segundo o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, a participação de policiais em desvio de cargas estava sendo investigada desde dezembro de 2017. "Que isso sirva de exemplo, que seja pedagógico. Não vamos aceitar condutas como essa de desvio e cometimento de crimes", afirmou Joselito.

Um dos policiais civis estava afastado desde 2015 por estar respondendo a um processo criminal. O segundo policial civil estava na ativa. Já o policial militar estava afastado por licença médica.

"Diante de uma situação de desvio de conduta, ele [policial militar] será submetido a procedimento administrativo em paralelo ao que se passar na área criminal", resumiu o major Luiz Brito. O PM estava há nove anos na corporação e era lotado no 16º Batalhão, que atua no centro da capital.

Os crimes pelos quais os presos vão responder são peculato, contrabando e organização criminosa armada. Presos em flagrante, os policiais vão passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (5), podendo ter a prisão preventiva decretada.

O teatro Old Vic de Londres anunciou nesta quinta-feira que recebeu 20 denúncias de conduta inapropriada por parte do ator Kevin Spacey, que foi diretor artístico do local, durante uma investigação sobre o ator americano.

Os investigadores registraram 20 testemunhos pessoais narrando "supostas condutas inadequadas" por parte de Spacey.

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A assessoria do Palácio do Planalto não demorou para se pronunciar sobre as denuncias envolvendo o presidente Michel Temer (PMDB), que foram divulgadas na noite desta sexta (17) pelo jornal O Globo . A nota utilizou a palavra “jamais” para dizer que o peemedebista não participou de nada que comprometesse a sua conduta. 

“O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”, diz uma parte do texto. 

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Apesar de negar qualquer envolvimento, outra parte da nota afirma que houve o encontro com o empresário Joesley Batista, o dono da JBS e que fez a suposta gravação envolvendo Temer, mas sem dar nenhum detalhe sobre a reunião entre os dois. “O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República”.

Ainda diz, na parte final, ressalta que “o presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados”

 

Diante da denúncia publicada pelo LeiaJa.com, que aponta indícios de que a presidente da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), Simone de Souza, estaria agindo de forma ilícita em processos em favor da Engea Consultoria Ambiental, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e do Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape) encaminhou, na última terça-feira (21), um documento ao governador Paulo Câmara pedindo o afastamento da gestora. 

Segundo o Sintape, a iniciativa tem como objetivo pedir a apuração da denúncia, buscando preservar a imagem do órgão e de seus servidores. No documento, o sindicato afirma que qualquer denúncia contra um agente público deve ser investigada e ressalta o quanto é necessário a transparência, lisura e impessoalidade nas ações da CPRH. “Fizemos o papel que tínhamos que fazer quanto sindicato”, afirmou o presidente do Sintepe, Manoel Marques. 

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Novas denúncias

Com a repercussão da denúncia publicada pelo LeiaJá - com base em revelações de uma fonte que preferiu não se identificar, por medo de represálias - outras pessoas entraram em contato com a nossa reportagem. Servidores do Estado fizeram novas denúncias, que além de confirmar o que a fonte havia dito, ampliam as suspeitas sobre a presidente Simone de Souza e familiares.

Um documento, entregue ao LeiaJá, lista uma série de irregularidades cometidas pela presidente e alguns de seus assessores mais próximos. Uma delas, diz respeito ao ex-diretor de recursos florestais e biodiversidade, Walber Allan de Santana - apontado como braço direito de Simone.

Segundo o documento, vários servidores estariam sendo vítimas de assédio moral por parte de Santana, que mesmo afastado do cargo, participa de reuniões no CPRH e estaria ameaçando funcionários para obter o que quer, sob pena de serem perseguidos e sofrerem processos administrativos, como advertências, suspensões e até demissões. Por este motivo, alguns trabalhadores teriam chegado a entrar em depressão e pedir licença médica.

Sem resposta

Antes mesmo do LeiaJá publicar a denúncia, no dia 3 de janeiro deste ano, o Sintape já havia se manifestado contra a conduta da atual diretoria. A categoria afirmou que abusos são recorrentes nesta gestão. 

A reportagem teve acesso ao documento enviado à presidência da CPRH, que repudia a postura da coordenadora jurídica, Renata Farias, com a servidora Patrícia Miron. Renata teria cometido atitudes de constrangimento e abuso de poder contra Patrícia, e o sindicato interveio, porém, de acordo com os servidores, nada foi feito em relação ao caso.

Esclarecimentos e contradições

Preocupada com a dimensão que a denúncia tomou, o secretário de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, a quem Simone Souza responde, solicitou esclarecimentos à presidente da CPRH. O LeiaJa.com teve acesso ao documento, que também foi encaminhado a diversos setores do Governo do Estado. Nele, a presidente do CPRH se diz vítima de uma "devassa na vida pessoal" e diz que é "inaceitável invocar a relação de parentesco inexistente com minha figura pública".

Sobre essa questão, o LeiaJá esclarece que não devassou a vida de nenhum servidor do Estado. No entanto, as relações de parentesco entre a presidente do órgão e as pessoas que hoje - em teoria - comandam a Engea Consultoria, não estão escondidas. O atual diretor da empresa, Waldir Aracaty é tido como "namorido", ou seja, tem uma relação estável com Simone Souza. O filho dele, Victor, foi chefe de gabinete da CPRH durante muito tempo. Além disso, a filha de Simone, Raquel Souza Ferreira, que segundo documento da Junta Comercial do Estado de Pernambuco (JUCEPE) mora no mesmo apartamento da gestora, é a sócia administradora da Engea. 

A denúncia de que Simone Souza estaria beneficiando a Engea - que teve 15 licenças ambientais aprovadas pela CPRH - foi informada aos citados, dando o pleno direito de resposta e contestação. No documento de esclarecimento enviado ao secretário Sérgio Xavier e também ao governador Paulo Câmara, a gestora alega que são inverídicas as acusações feitas pela nossa fonte. 

De fato, como a presidente justifica, ela não pode interferir nas decisões do corpo técnico da agência. Isso em teoria. Porém, segundo os servidores estaduais que procuraram o LeiaJá, os subordinados a Simone Souza é que exercem esse papel. Especialmente o já citado Walber Allan de Santana.

Um dos casos, ao que tudo indica, foi o de Assis Lins de Lacerda Filho. Ele já era gerente de unidade quando Simone Souza assumiu a presidência da CPRH. Após 19 anos de serviços prestados ao órgão, Assis foi afastado de suas funções de fiscal e recentemente - no dia 20 de março - foi devolvido ao seu órgão de origem. Ele teve todo o seu acesso ao sistema e às contas de email profissionais bloqueado de forma abrupta. "Fui supreendido pela decisão. Não tinha interesse em sair da CPRH. Esta remoção foi a revelia e sem nenhuma justificativa técnica", afirmou Assis, sem se alongar muito.

Fim do expediente

A nossa reportagem procurou a CPRH para ouvir o órgão sobre as novas informações. Por telefone, a assessoria afirmou que só responderia aos questionamentos na quarta (29), já que o expediente já havia se encerrado. A assessoria também informou que a presidente Simone Souza está de férias.

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--> Após denúncia do LeiaJá, CPRH exonera chefe de gabinete

Após ter zombado de um paciente nas redes sociais por ele ter falado errado as palavras "pneumonia" e "raio X", o médico plantonista Guilherme Capel Pasqua, de Serra Negra, no interior de São Paulo, foi neste fim de semana à casa do mecânico José Mauro de Oliveira Lima, de 42 anos, para pedir desculpas. "Eu errei, me arrependi e me sinto mal com isso", postou o médico na mesma página da rede social em que havia escrito "Não existe peleumonia e nem raôxis".

"Este pedido de desculpas vai a todos os brasileiros que se ofenderam com a brincadeira da 'peleumonia'. O sr. José Mauro hoje tornou-se meu amigo", informou na postagem.

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Após a brincadeira, Pasqua foi demitido do Hospital Santa Rosa de Lima, onde dava plantões. Mesmo assim, se dispôs a ajudar a organização não governamental Reviver, que apoia a instituição, oferecendo-se para realizar plantões voluntários, nos quais o dinheiro arrecadado seria destinado ao hospital.

O mecânico contou ter ficado surpreso com a visita do médico. "Foi inesperado, mas gostei da atitude dele de vir pedir desculpas. Eu o desculpei, pois é uma pessoa boa que teve um momento errado", afirmou. "Ele é muito jovem e vai aprender com o tempo, não vou guardar mágoa disso."

Lima disse que considera Pasqua um bom médico que teve uma atitude errada. "Ele atende muito bem, minha esposa acha que é um bom médico. Espero que volte a trabalhar no hospital." Segundo o paciente, o médico disse que vai cuidar dele até que se recupere totalmente da pneumonia.

A direção do Hospital Santa Rosa de Lima, onde Pasqua dava plantões por meio de uma empresa terceirizada, informou nesta segunda-feira, 1º, que ele não deve prestar mais serviços à instituição.

"Foi bom ele se retratar, mas, infelizmente, por conta do ocorrido, ele foi desligado do nosso quadro de colaboradores. Espero que não faltem opções de trabalho para ele em outros locais", disse o advogado Leandro Tomazi, do departamento jurídico do hospital.

A atitude do médico, formado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), repercutiu nas redes sociais. "É muito palhaço, se fosse com minha família, abria um processo", postou a internauta Cellia Lima.

"Não sejamos extremistas, o que ele fez foi ridículo, mas ele reconheceu o erro e pediu desculpas. Todos merecem uma segunda chance", escreveu Fernando Rodrigues.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu sindicância para apurar se a conduta do médico feriu o código de ética da profissão. A apuração deve levar de seis meses a dois anos.

O dito popular "achado não é roubado" é um dos mais conhecidos e falados entre os brasileiros, principalmente entre os que se apropriam e não devolvem objetos achados, que foram anteriormente esquecidos ou perdidos por alguém. Sob a justificativa de que permanecer com algo que foi encontrado não é considerado furto, nem roubo, muitas pessoas insistem em não devolver, por exemplo, relógios, carteiras ou celulares, mesmo sabendo a quem o objeto pertence. Na teoria, a legislação brasileira, no entanto, não é tão branda e obriga o cidadão a devolver o objeto sob pena do crime de apropriação de coisa achada, através do Código Penal no artigo 169.

Devolver algo que foi achado vai muito mais além do que um debate sobre ética e moral. Na configuração jurídica do Brasil, o achado, de fato, não é roubado, visto que é considerado roubo no Código Penal o ato de subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel com a utilização de violência ou grave ameaça (Art. 157 do Código Penal). Porém, apesar de não ser configurado como roubo, o ato de permanecer com um objeto de um terceiro é considerado crime e no Código Civil, através do Art. 1.233, que diz: "Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor. Não o conhecendo, o descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o encontrar, entregará a coisa achada à autoridade competente."

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No Recife, um caso reacendeu o debate sobre a apropriação de coisa achada. O fato ficou famoso nas redes sociais com a hashtag #DevolveCinthia, em que a designer Célia Lins perdeu seu celular em Olinda durante o Carnaval de 2016. Célia prestou queixa na delegacia e seus amigos iniciaram uma campanha na Internet para que o celular fosse devolvido. Ela localizou a suspeita que estaria com o seu smartphone e decidiu publicar no Facebook imagens da negociação com Cinthia, suspeita que teria encontrado o aparelho celular. As conversas inusitadas e as tentativas falhas da devolução do celular foram compartilhadas nas redes sociais milhares de vezes.

Apesar de acreditar que a lei não fosse funcionar para ela, Cinthia foi localizada pela Polícia Civil de Olinda e um inquérito para investigar o caso foi aberto. Nessas situações, a lei prevê que quem achou um objeto que não lhe pertence tem a obrigação de devolver ao dono ou, caso não saiba quem é o proprietário, entregá-lo à autoridade pública, dentro de um prazo de 15 dias, podendo sofrer detenção de um mês a um ano. No caso de Cinthia, o celular foi devolvido todo quebrado, mas a investigação ainda não foi concluída. Ela pode responder por furto e receptação.

Para o advogado criminalista, Giovanne Alves, caso alguém encontre um objeto, não há necessariamente a obrigação de procurar o dono. "Eu interpreto que se um cidadão acha um celular, por exemplo, na rua, ele não tem a obrigação legal de procurar o dono, não é de sua competência", argumenta. Mas ele afirma que se o dono do objeto entrar em contato com quem achou, já se torna uma obrigação. "Se o dono entrar em contato com esse cidadão, ele tem que devolver. Outra situação é quando o artefato achado dá dicas suficientes de quem é dono, uma carteira com os documentos, por exemplo, também dá margem para que seja devolvido ao dono, sob pena de punição", explica.

A delegada Euricélia Nogueira explicou que o crime não está configurado em achar algo perdido. "Encontrar uma coisa que foi perdida por alguém não é um ato criminoso. É considerado crime quando quem achou o objeto se recusa a devolvê-lo". Ela explica que existe um prazo de 15 dias para que o achado seja devolvido. "Quando não se sabe quem é o proprietário, é necessário legalmente que o objeto seja devolvido a uma autoridade policial". A Delegacia onde o achado foi devolvido, tem a obrigação de fazer a apreensão e buscar identificar o proprietário. A delegada contou que em caso de perda, é importante que as pessoas prestem a queixa para que a Polícia possa investigar. 

A página inicial do Google está diferente para os franceses desde a última sexta-feira (8). Abaixo do buscador, o site passou a contar com um aviso escrito pela Justiça da França. Segundo o órgão, a companhia deverá pagar uma multa de 150 milhões de euros por violação da Lei de Processamento de Dados e Liberdades. O texto vem acompanhado com um link que redireciona os usuários à página que contém a decisão.

"O comitê de sanções da Comissão Nacional de Informática e Liberdade ordenou o Google a pagar uma multa de 150 milhões de euros por violação da Lei de Processamento de Dados e Liberdades", afirma o comunicado publicado em francês.

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A briga judicial se dá por causa da nova política de privacidade adotada há dois anos pela Google para setenta dos seus serviços, como o YouTube, Gmail, Google Maps e o Google Docs, por exemplo. Alguns pontos desta conduta violam leis europeias, o que gerou a ação dos órgãos reguladores. Apesar de ter sido avisada, a gigante não alterou os termos, o que ocasionou a sentença junto com multa milionária.      

A Google até tentou recorrer afirmando que a mensagem exibida na página inicial causaria danos irreparáveis à sua imagem, mas os franceses foram irredutíveis e a mensagem continua no ar. Segundo o Mashable, até o tamanho do texto foi determinado pela Comissão. A mensagem não aparece para quem acessa o site do Brasil.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco constatou irregularidades cometidas contra empregados da empresa Transportes Vasconcelos LTDA. A investigação apontou excessos de jornada de trabalho, não cumprimento de intervalos intra e interjornada e falta de remuneração por horas extras trabalhadas. 

O órgão entrou na justiça do trabalho com ação civil pública requerendo pagamento por parte da empresa de multa por danos morais no valor de R$ 200 mil. O MPT também concluiu que a empresa de transportes não concedia férias aos funcionários, nem Equipamentos de Proteção Individual (EPI), não havia o pagamento de ajuda de custo suficiente para as viagens dos motoristas, de vale-transporte, do valor correspondente às horas extras trabalhadas, e nem repouso semanal remunerado.

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Alguns funcionários chegaram a declarar que já haviam trabalhado 16 horas em um só dia, relatando também a precariedade por que passavam quando viajavam a trabalho. Durante as tratativas, o MPT propôs assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta para que a empresa regularizasse a situação. Diante da falta de resposta, não restou alternativa ao órgão senão entrar na justiça contra a Transportes Vasconcelos.

O MPT, por sua vez, pediu à justiça que a empresa fique obrigada a manter registro da jornada de trabalho dos motoristas (horários de entrada, saída e períodos de repouso); respeitar a jornada legal de trabalho de, no máximo, oito horas, a acrescentar, no máximo duas horas extras; garantir intervalos de, no mínimo, uma hora para refeição, além de intervalo de 11 horas consecutivas entre jornadas e descanso semanal de 35 horas; computar e pagar adequadamente as horas extras trabalhadas pelo motorista; ressarcir despesas advindas de problemas com o veículo, casualmente pagas pelos empregados; conceder ajuda de custo suficiente para cobrir despesas de viagem – relativas à hospedagem e alimentação; abster-se de estipular metas de produtividade para os motoristas em função da distância percorrida, do tempo de viagem e/ou da natureza e quantidade de produtos transportados; manter os empregados com o respectivo registro em Livro, Ficha ou Sistema Eletrônico competente e com as Carteiras de Trabalho e Previdência Social assinadas.

A ação, movida pela procuradora do Trabalho Vanessa Patriota, tem base na recente lei 12.619, de 2012, conhecida popularmente como Lei dos Motoristas, que regulamenta a profissão de motorista do transporte de cargas e de passageiros, pontuando aspectos ligados à jornada, à remuneração e à segurança destes trabalhadores.

Com informações de assessoria

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