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A temporada turística já começou, mas, ao desembarcar em Mikonos, o panorama é impressionante: geralmente cheia de estrangeiros endinheirados, a popular ilha grega se transformou em um território fantasma de becos desertos e lojas fechadas.

Da janela do avião, alguns moradores e jornalistas - os únicos autorizados a desembarcar na ilha desde o início da pandemia de coronavírus - observam as casas cicládicas banhadas pelo sol, com as janelas fechadas, e as piscinas, vazias.

Apesar de a Grécia já estar em uma fase de desconfinamento, e suas lojas poderem abrir desde 11 de maio, Mikonos parece "uma cidade fantasma, não há ninguém nas ruas, é horrível", disse Lorraine McDermott à AFP, que há 26 anos vive nessa ilha do mar Egeu.

"Normalmente, tem gente, barulho e música em todos os lugares, uma circulação enorme", lembra esta irlandesa, casada com um grego, que aluga quatro quartos no labirinto de becos da antiga cidade de Mikonos.

Em 65 anos de atividade, "nunca vi um deserto como esse", afirma Nikos Degaitis, de 86 anos, sentado em um degrau de sua loja de lembranças de viagem, a mais antiga de Mikonos.

"Tenho medo de abrir minha loja, atender clientes e vender um ímã", lamenta o velho. "Não suporto usar máscara [...] prefiro tê-la fechada e dormir em paz", comenta.

"As regras são muito severas. Como respeitar as medidas [de distanciamento social] em uma ruazinha tão estreita?", pergunta seu neto, George Dasouras, que trabalha nos negócios da família.

"Tudo vai depender do número de clientes", diz Vassilis Theodoropoulos, que também não pensa em reabrir seu hotel no final de junho, quando estará autorizado a fazer isso.

"E se houver um caso COVID-19 no hotel e eu tiver que fechar, e isso acontecer o tempo todo, durante toda a temporada?", questiona, preocupado.

Até agora, o coronavírus deixou 152 mortos no país. Apenas dois casos de contágio foram registrados na ilha.

- 'Ano perdido'

Na famosa praia "Paradise", território privilegiado do "jet set" todos os anos, você pode ouvir o canto dos pássaros, em lugar dos alto-falantes do clube de praia Tropicana que geralmente ressoam.

"Está completamente vazio", suspira Damianos Daklidis, de 24 anos, dono do clube e do hotel de luxo nas proximidades, que acaba de ser "completamente reformado".

Nesta sexta-feira, Atenas deve anunciar uma série de medidas para tranquilizar os turistas, na tentativa de recuperá-los o mais rápido possível, seja por via aérea, ou marítima.

"Teremos turistas, apenas não sabemos quantos", disse o porta-voz do governo, Stelios Petsas.

Ontem, o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis prometeu "encontrar uma maneira de trazer as pessoas de volta com total segurança" e disse que os turistas podem começar a chegar ao país "a partir do final de julho".

"Os cruzeiros não chegarão, eles são o alvo favorito do vírus", diz a guia turística Ariadne Voulgari, prevendo um ano "perdido".

"Se Mikonos não funcionar, toda Grécia será afetada", acrescenta ela.

O turismo representa 12% do PIB da Grécia. De acordo com a pasta responsável, a receita do setor no país cairá de 18 bilhões para 8 bilhões de euros.

Com a saída massiva de turistas e a interrupção da movimentação econômica por conta do novo coronavírus, proprietários de pousadas de Fernando de Noronha solicitaram a disponibilização de uma linha de crédito emergencial para evitar que os empreendimentos fechem as portas de vez. Funcionários foram postos em férias coletivas ou realizaram acordos para evitar a perda dos empregos.

Com o decreto que deu início a retirada de turistas e moradores irregulares da Ilha desde o dia 21 de março, a circulação de clientes também foi reduzida drasticamente. Além disso, as condições do cenário pandêmico resultaram em uma enxurrada de cancelamentos e devoluções de reservas. “A parte economia está zerada”, lamentou a secretária-executiva da Associação de Pousadeiros do arquipélago, Auxiliadora Costa.

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Com 126 pousadas registradas, ela reforça o pedido para que os proprietários consigam o empréstimo e que o prazo para o início do pagamento desse financiamento seja "o maior possível. Pois ainda não temos ideia de quando o Turismo vai reabrir", pontuou.

“A condição dos empresários daqui é totalmente diferente de qualquer lugar. Estamos ilhados, há 540 quilômetros do Estado que pertencemos; nossa internet é extremamente oscilante, então para nós acessarmos os bancos também é uma dificuldade, e a gente não tem como conseguir o empréstimo por meio dessa linha de crédito. Pra gente está sendo muito complicado”, descreveu a representante.

A secretária explica que enviou a solicitação nessa quarta-feira (15) para a Administração da Ilha, Governo de Pernambuco e Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). “Pra gente é extremamente difícil, porque nossos imóveis não são nossos. Nós temos um Termo de Concessão de Uso, então não temos como dar garantia e também não podemos estipular carência, pois não temos estimativa de abertura do aeroporto”, complementou.

Contudo, a secretária enxerga o lado positivo dos impactos do decreto e avalia que a diminuição de pessoas em Fernando de Noronha é diretamente proporcional a relação de consumo e abastecimento do local. “Isso pra gente foi muito bom, por que a nossa estrutura de Saúde é pequena, nós estamos dividindo os mercados por que aqui em Noronha é tudo muito complicado [...] então, quanto menos pessoas tiver na Ilha nesse momento, melhora pra comunidade”, finaliza.  

De acordo com a Administração do arquipélago, 24 casos já foram confirmados desde a primeira notificação e uma pessoa foi recuperada da infecção. Novos testes foram enviados para análise nessa quarta-feira (15). “A gente precisa de duas coisas urgentes: linha de crédito e teste de massa. Isso é pra ontem”, reforça Auxiliadora.

Ainda que os efeitos da Covid-19 assustem a maior parte do mundo, um grupo de turistas violou a recomendação de isolamento domiciliar e promoveu uma orgia regada a drogas na cobertura de um edifício de Phuket, na Tailândia. Após denúncias feitas por vizinhos, as autoridades locais encerraram a festa e prenderam os envolvidos.

Ao todo, 14 pessoas foram detidas, dessas nove eram estrangeiras. Apenas cinco mulheres eram nativas, enquanto os demais autuados eram três britânicos, um ucraniano, três ucranianas, um australiano e um americano. No imóvel, os policiais também localizaram maconha e cocaína. O país asiático já registrou, pelo menos, 15 mortes em decorrência da Covid-19.

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Nos últimos dias, um grupo de turistas brasileiros encontra-se vivendo um verdadeiro pesadelo em meio à pandemia global do novo coronavírus. Ao tentarem retornar de suas viagens a Cabo Verde para o Brasil em voos já marcados, descobriram - em pleno aeroporto - que estes haviam sido cancelados pela companhia aérea Cabo Verde Airlines, numa decisão que classificam como motivada por interesses econômicos arbitrários.

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Na imagem, painel do Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na Ilha do Sal, confirma que outras companhias aéreas mantiveram seus voos para fora do país. Foto:cortesia

Segundo as cerca de 80 pessoas de Pernambuco, Amapá, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros, a justificativa inicial dada pela Cabo Verde Airlines foi de que a ação da empresa atendia às decisões do governo local para contenção da pandemia do Covid-19 no país. Porém, a informação foi logo questionada pelos turistas brasileiros que observavam o movimento de passageiros que continuavam a voar para o exterior por outras companhias.

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"Nós vimos que havia determinação do governo, mas ela proibia a entrada e não a saída de estrangeiros do país. Chegamos a nos animar ao ver algumas filas formadas para realização de check-in, mas eram de passageiros da TAP (empresa aérea portuguesa), que estava realizando seus voos normalmente", relatou a pernambucana Lígia Dantas. Ela ainda informou que a Cabo Verde Airlines não forneceu qualquer suporte aos brasileiros - como estadia, transporte ou alimentação - e se limitou a indicar que procurassem o consulado do Brasil para a resolução da situação causada pelos cancelamentos. A companhia também teria negado o acesso dos turistas a um telefone local para a comunicação com o Cônsul Honorário do Brasil na Ilha do Sal.

JUSTIFICATIVA DA EMPRESA CONTRARIA MEDIDAS QUE DIZ CUMPRIR

Em resposta à reportagem, por e-mail, a Cabo Verde Airlines afirma ter conhecimento da situação do grupo de brasileiros, lamenta a situação dessas pessoas e confirma que se viu forçada a cancelar seus voos a partir do dia 18 de março. Segundo a empresa, no dia 17, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, anunciou novas medidas do Governo para impedir o alastramento do surto de Covid-19 no país. "Na sequência do anúncio do Governo, a Cabo Verde Airlines não teve outra opção se não suspender, com efeitos a partir de 18 de março de 2020, todas as suas operações para todos os países em que operava até então, nos quais se inclui o Brasil", confirma Raúl Andrade - VP para Sales & Marketing da Cabo Verde Airlines.

No e-mail, para comprovar o cumprimento das medidas estatais, a companhia aérea cita literalmente o anúncio feito por Correia e Silva. Porém omite o trecho seguinte, em que o chefe nacional define justamente as exceções à interdição aérea: "Excetuam-se da interdição, os voos cargueiros e os voos de regresso de cidadãos em férias ou em serviço em Cabo Verde aos seus países de origem ou de residência."

IMAGEM: Pronunciamento do Primeiro Ministro de Cabo Verde explicita justamente as exceções que a companhia aérea se negou a cumprir - Foto:Reprodução

 

IMAGEM: Cabo Verde Airlines cita o Primeiro Ministro em sua resposta, mas omite as exceções determinadas pelo governo e violadas pela empresa Foto: Reprodução

Anteriormente, uma nota publicada no site da Cabo Verde Airlines já justificava os cancelamentos pelas ações de contenção da pandemia do novo coronavírus determinadas pelo Governo de Cabo Verde. 

A reportagem pesquisou nos meios oficiais estatais do país e teve acesso a arquivos com as últimas decisões do governo publicadas no Boletim Oficial até a tarde desta quinta-feira (19/03). Em ambas as fontes, encontrou o anúncio de novas medidas para a contenção do novo coronavírus que tratam da proibição de eventos e aglomerações em locais públicos, fechamento de estabelecimentos noturnos, medidas para o abastecimento do arquipélago, punição para crimes econômicos e avisos que coíbem a realização de estoques pela população. Na única comunicação governamental que trata de interdição das linhas aéreas, datada da manhã do dia 17, o Primeiro-Ministro cabo-verdiano, José Ulisses Correia e Silva, deixa explícito que excetuam-se da interdição de três semanas "os voos de regresso de cidadãos em férias ou em serviço em Cabo Verde aos seus países de origem ou de residência."

Em contato com a embaixada do país em Brasília, a reportagem obteve confirmação de que não há decreto ou outra decisão governamental que determine ou autorize o cancelamento de voos para o regresso de estrangeiros ao exterior. Seguindo orientações, encaminhamos outras questões por e-mail. Perguntas como se o Governo de Cabo Verde tem conhecimento do caso dos brasileiros; se a companhia aérea estaria cometendo alguma infração legal; e qual seria a posição do governo frente ao caso e à assistência aos turistas afetados pelos cancelamentos de voos, não foram respondidas até o fechamento do texto.

"O CONSULADO NÃO DÁ RESPOSTAS CONCRETAS"

É o que afirma Luiz Veiga Neto, um dos brasileiros afetados pela decisão da Cabo Verde Airlines. O empresário e piloto de avião viajava de férias com a família e esperavam retornar para Macapá em um voo da companhia marcado para esta quinta-feira. Eles estão hospedados em um dos poucos hotéis que ainda permanecem abertos na quarentena que foi instalada na cidade de Santa Maria. A iniciativa se deu exclusivamente pela atitude do próprio grupo, que conseguiu negociar um pacote de descontos com o hotel.

"Tem gente que está com o dinheiro contado e não vai ter condições de arcar com os custos por mais dias", revela o amapaense. "Além disso, a embaixada não nos dá uma posição fixa, não diz qual atitude vai tomar. Passamos muito tempo sem notícias e, quando temos, apenas informam que tentaram resolver com a companhia mas não conseguiram." Luiz é um dos turistas responsáveis pelas negociações com a Cabo Verde Airlines e os órgãos de diplomacia brasileiros no país. Sua descrição dos contatos revela um verdadeiro imbróglio de competências entre a empresa, o consulado e o Governo de Cabo Verde.

O grupo está em contato com o cônsul honorário do Brasil na Ilha do Sal, o vice-cônsul do Brasil em Cabo Verde e o atendimento de emergência da Embaixada brasileira. De acordo com o grupo de brasileiros, nenhum dos órgãos tem assumido apoio prático à estadia dos turistas no país estrangeiro e limitam-se a dizer que estão em contato com a companhia aérea. A Cabo Verde Airlines, mesmo violando as exceções às interdições aéreas para regresso de estrangeiros aos seus países de origem, mantém-se intransigente no atendimento aos seus passageiros e exigem que estes “corram atrás” de uma interferência do Governo para solucionar o problema dos voos que a empresa cancelou deliberadamente. 

"Enquanto isso, a companhia diz que a Embaixada é que tem que solicitar ao governo cabo-verdiano que interceda junto a ela para que haja um voo de retorno. A sensação é de que ninguém está fazendo nada para resolver nossa situação." De acordo com o piloto de Macapá, a empresa ainda teria se recusado a fornecer uma declaração por escrito justificando a causa dos cancelamentos, direito que o passageiro teria de acordo com a legislação internacional de aviação civil.

SOB INCERTEZAS E EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Idosos e pessoas com problemas de saúde que as enquadram nos grupos que correm o maior risco de mortalidade pelo novo coronavírus compõem boa parte do grupo de brasileiros impedidos de viajar pelos cancelamentos irregulares da Cabo Verde Airlines. "Há crianças, gente que precisa voltar para cuidar dos filhos e até um adolescente viajando desacompanhado", informa Lígia. "Como aqui é uma ilha, as pessoas estão com medo de desabastecimento. Ontem houve muita correria aos mercados, muita gente está estocando água e alimentos enlatados."

As descrições das condições levantam dúvidas a respeito da segurança do grupo em relação à exposição ao Covid-19. As idas frequentes, e por longos períodos, ao aeroporto para tratar dos problemas com a companhia aérea aumentam as chances de contato dos brasileiros com o vírus. Além disso, precisam recorrer aos poucos restaurantes que permanecem abertos em Santa Maria para se alimentar. Os turistas que ainda estão na cidade são apenas aqueles que não conseguem deixá-la.

Por: Renato Feitosa

O que deveria ser uma viagem dos sonhos, repleta de boas recordações e novas experiências, acabou virando um verdadeiro pesadelo para quatro pernambucanos. De férias no Peru, desde o dia 2 de março, eles foram obrigados a interromper toda a programação de lazer, após o presidente Martín Vizcarra decretar estado de emergência no país, por conta do novo coronavírus. Sem conseguir chegar a capital Lima e sem informações e providências definitivas vindas Governo Federal, os rapazes, que têm entre 28 e 32 anos, seguem proibidos de sair da cidade de Cusco. A reportagem do Leiajá teve contato com um dos brasileiros e traz o relato exclusivo de como está a situação deles no Peru.

“Nós chegamos dia 11 (de março), quando ainda só tinham 30 casos de infectados confirmados (no Peru). Ocorre que, no dia 15, ao meio-dia, o número de infectados subiu para 72 e às 20h o presidente decretou o estado de emergência", conta Emanuel Gonçalves, um dos quatro jovens pernambucanos que está em viagem de férias ao país latino-americano. Ele relata que, após o comunicado do regente, as pessoas informaram que tudo funcionaria normalmente. “No entanto, quando amanheceu, já haviam suspendidos alguns serviços e tivemos que voltar às pressas para Cusco. Nós estávamos em Águas Calientes”, conta.

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De lá para cá as coisas pioraram. Apesar dos primeiros momentos parecerem calmos, as restrições aumentaram em pouquíssimo tempo. “Quando chegamos aqui em Cusco, na segunda (16), tudo parecia normal. Só a presença policial havia se intensificado. Mas tinha muita gente na rua. Todo mundo comprando suprimentos. Muita gente com sacola na mão”, conta Emanuel. “Na Praça de Armas, perto de onde estávamos hospedados, a presença policial era muito forte, e já estavam controlando o fluxo de pessoas, fazendo com que a gente evitasse passar por lá”, diz. 

Natural de São José do Belmonte, cidade do Sertão pernambucano que inspirou o conto de Ariano Suassuna "A Pedra do Reino", Emanuel relata que agora não é possível sair do hostel que está hospedado com outros três amigos. Renan Albuquerque e Amos Rodrigues, do Recife, e José Hélio, natural de Caruaru, seguem isolados com o amigo, aguardando as autoridades brasileiras anunciarem medidas para a retirada dos turistas. “A embaixada brasileira tem sido genérica. As respostas apresentadas são do tipo ‘aguarde e siga a orientação do governo peruano’”, lamenta Emanuel. Três são funcionários do Ministério Público de Pernambuco e um dos rapazes trabalha para o Tribunal de Justiça do estado.

Ruas vazias e multas para quem sair do isolamento

Onde antes haviam moradores e turistas, hoje, só há patrulhas para impedir a população de aumentar o contágio do COVID-19.  “Ontem, saímos do hostel para comprar água e comida, haviam algumas pessoas na rua e muitos policiais. Fomos parados pelo menos três vezes pela polícia que nos orientou a voltar pro hostel e não sair em hipótese alguma”, conta o servidor. “Os policiais informaram que se fôssemos encontrados na rua novamente poderíamos ser detidos e o hostel multado. A saída para compra de suprimentos deveria ser feita pelos administradores do hostel e não por nós”, diz.

A falta do direito de ir e vir não é o único problema enfrentado pelo grupo. Com a passagem de volta marcada para esta quarta-feira (18), mas sem poder embarcar de volta para casa, os pernambucanos seguem assustados também com a falta de programação financeira para esticar a viagem. “Mercados e farmácias estão abertos. A questão é o preço. Como não estávamos programados para ficar mais 15 dias aqui a situação se complica. Temos que pagar hostel, comida e o novo sol custa mais que o real. Felizmente o comércio não apresentou comportamento abusivo, elevando os preços, mas as coisas aqui já são normalmente mais caras. Uma cartela de anti-inflamatório, por exemplo, pode custar 45 soles (cerca de R$ 64)”, explica Emanuel.

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“Parece que nossas vidas não importam muito”

Mesmo negociando com as companhias aéreas muitos turistas não conseguem sair das cidades adjacentes por cancelamentos de transportes locais, como é o caso dos quatro pernambucanos. “Quando soubemos do decreto entramos em contato com a Gol que remarcou o voo pra dia 20, de Lima. Mas a Sky cancelou todos os voos interprovinciais”, relata o turista brasileiro, ressaltando que a falta de atitude do Governo Federal para o resgate é a parte mais decepcionante da viagem.

“A frustração maior agora é a falta de informação da embaixada. Para gente, aparenta uma falta de compromisso do governo brasileiro com seu povo. México, EUA, Argentina e Israel já enviaram aviões para resgatar seus cidadãos. O Brasil está negociando com as companhias aéreas ainda. Parece que nossas vidas não importam muito. A questão financeira dos custos do nosso traslado parece ser mais importantes”, lamenta.

O que diz a embaixada

Em nota, o Itamaraty informou que a embaixada brasileira em Lima solicitou ao Ministério das Relações Exteriores do Peru esclarecimentos sobre autorizações e procedimentos para saída do território peruano por via terrestre com veículos particulares, mas ainda não há resposta do governo peruano. Entre as medidas divulgadas pelo Itamaraty estão a realização de contatos junto a companhias aéreas para viabilizar voos de retorno ao Brasil, prestação de assistência a brasileiros em situação de comprovado desvalimento, entre outras.

Para brasileiros que enfrentam situações de emergência as orientações são o envio de e-mail para a Embaixada (consular.lima@itamaraty.gov.br) ou realização do contato por meio da página oficial do órgão no Facebook. Situações emergenciais poderão ser tratadas por telefone nos números de plantão consular +51 985 039 263 e +51 985 039 253, preferencialmente por mensagens via WhatsApp, sendo classificadas a partir de acidente, morte, doenças graves, detenção no aeroporto, desaparecimento, prisão, violência doméstica, sequestros e casos similares. Para outros, infelizmente, a recomendação é esperar.

Domingo já é tradição no carnaval de Olinda. Uma multidão chega logo cedo, e a movimentação é grande no sítio histórico. O pessoal lota as ladeiras com muita irreverência e criatividade para curtir a festa multicultural. Com muito frevo, maracatu e samba, a cidade fica cheia de turistas encantados com as fantasias e a alegria dos pernambucanos.

Confira os detalhes na reportagem a seguir:

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SpaceX anunciou nesta terça-feira (18) uma nova sociedade para enviar quatro turistas à órbita mais distante já alcançada por um cidadão comum, em uma missão que poderá acontecer em 2022, com custo de US$ 100 milhões.

A empresa fechou um acordo com a Space Adventures, que tem sede em Washington e serviu como intermediária para enviar oito turistas à Estação Espacial Internacional (ISS) por meio das naves espaciais russas Soyuz.

O primeiro deles foi Dennis Tito, que pagou US$ 20 milhões por uma permanência de oito horas na ISS, em 2001. O último a fazer essa viagem foi Guy Laliberte, fundador do Cirque du Soleil, em 2009.

Segundo a proposta, os novos turistas viajariam na cápsula Crew Dragon, da SpaceX, que foi desenvolvida para transportar astronautas da NASA e que deve fazer o seu primeiro voo tripulado nos próximos meses.

"Nossa meta é tentarmos chegar a uma, duas ou três vezes da altura da estação", disse Tom Shelley, presidente da Space Adventure, à AFP.

A ISS orbita a 400 quilômetros sobre a superfície da Terra, mas a altitude exata da missão Space Adventures definiria a SpaceX, acrescentou Shelley.

À princípio, poderia acontecer no final de 2021, ainda que "o mais provável é que ocorra em algum momento de 2022", informou.

A cápsula foi desenvolvida para levar astronautas da superfície da Terra a ISS. Com um espaço de apenas nove metros quadrados, não há áreas privadas para dormir, tomar banho ou usar o banheiro.

A duração da missão dependerá do que os passageiros quiserem, acrescentou Shelley.

- Semanas de trenamento -

Questionado sobre o preço, Shelley ressaltou: "Não é barato".

O custo para o lançamento de um foguete Falcon 9 é de US$ 62 milhões, de acordo com os números públicos, além da fabricação de uma nova cápsula Dragon. Poderia ultrapassar os US$ 100 milhões?

"Sua estimativa é correta, não posso comentar os números específicos, mas sim, esses são os componentes que estarão no custo total", ressaltou.

Diferentemente da viagem turística à estação, que precisou de seis meses de treinamento dos participantes em Moscou, essa missão precisará de quatro semanas de treinamento nos EUA.

Depois de 12 anos, Space Adventures também quer enviar mais dois turistas em um foguete russo a ISS, em 2021.

Em 2005, a empresa anunciou que enviaria dois turistas ao redor da lua, mas Shelley depois confirmou que essa missão foi cancelada.

Outras empresas relacionadas ao turismo espacial é a Virgin Galactic, de Richard Branson, e a Blue Origin, de Jeff Bezos.

As duas estão desenvolvendo naves espaciais para enviar turistas para depois da linha do espaço, situada a cerca de 80 a 100 quilômetros da atmosfera terrestre. As passagens para viajar com a Virgin Galactic têm preços a partir de US$ 250 mil.

A oferta da SpaceX é muito mais ambiciosa e será impulsionada pelo foguete Falcon 9, que colocou satélites no espaço e enviou astronautas a ISS.

Ao mesmo tempo, a Boeing está construindo uma cápsula tripulada chamada Starliner, que também tem a intenção de levar astronautas americanos a plataforma ISS.

Doze navios transatlânticos, transportando 100 mil turistas, passarão pelo Píer Mauá, no Rio de Janeiro, a partir deste domingo (1º) até o dia 29 próximo. Desse total, oito navios são internacionais (Queen Victoria, Oceania Marina, Europa2, Hamburg, Island Princess, Volendam, Celebrity Eclipse e Azamara Pursuit).

É o maior número de transatlânticos internacionais dos últimos 20 anos que aportarão no Rio. O gerente de Operações do Píer Mauá, Alexandre Gomes, disse que esses cruzeiros vão movimentar “cerca de R$ 120 milhões na economia da cidade, em um mês”.

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No período do carnaval, de 22 a 25 de fevereiro, oito desses 12 transatlânticos estarão na capital fluminense, sendo que três passarão a noite de domingo no Rio e três a noite da segunda-feira, para que os passageiros possam ir ao Sambódromo ver os desfiles das escolas de samba do grupo especial. Desses oito navios que vão ficar para o carnaval, cinco são internacionais.

Hoje (1º), chegou ao Píer Mauá o MSC Fantasia que vai retornar ao Rio seis vezes durante o mês de fevereiro. Ele integra as embarcações que realizam viagens curtas com roteiros diversos pela América do Sul. Os outros são o Sovereign, que retornará à cidade sete vezes; o MSC Musica e o Costa Pacifica, que voltarão ao Rio três vezes cada um.

O gerente de Operações do Píer Mauá informou que, pela primeira vez, partindo do Rio, acontecerá a décima quarta edição do Projeto Emoções em Alto Mar, entre os dias 15 e 19 de fevereiro, no MSC Fantasia, com o cantor Roberto Carlos. O projeto foi iniciado em 2005 para reunir amigos e admiradores do artista a bordo de um cruzeiro.

Avaliação positiva

Alexandre Gomes destacou que o Queen Victoria está voltando à costa brasileira depois de dois anos. Para isso, contribuiu a avaliação dos turistas que vieram anteriormente à cidade.

“O Rio de Janeiro tem sido avaliado como o melhor destino da América do Sul. Isso está fazendo um diferencial. E como os armadores são grandes grupos, isso acaba disseminando para todas as empresas dos grupos”, explicou.

Destacou ainda que desde 2016, com a realização dos Jogos Olímpicos no Rio e a inauguração do Boulevard Olímpico, não há nenhuma ocorrência de furto ou roubo no entorno do terminal, que envolve também o centro histórico da capital.

O gerente de Operações salientou que, desde o início da marca, em 1999, o Píer Mauá foi eleito por sete vezes como "O Melhor Terminal de Passageiros da América do Sul" pelo ‘World Travel Awards’, considerado o Oscar do Turismo Mundial.

Temporada

A temporada de cruzeiros iniciada em outubro do ano passado e que se estenderá até abril deste ano engloba  112 atracações de 37 navios, sendo 27 internacionais e dez nacionais. Oito deles estão vindo ao Rio pela primeira vez.

Na última temporada, entre 2018 e 2019, o Píer Mauá recebeu 100 atracações, com a média de 380 mil turistas. Para a atual temporada houve aumento de 12 atracações; o número de navios foi ampliado em dez; e a previsão de turistas no embarque, desembarque e trânsito subiu de 380 mil para 425 mil, expansão de 12% em relação à temporada anterior. O número de navios internacionais também aumentou, passando de 19 para 27.

Cinco dos seis turistas detidos pelas autoridades peruanas no último domingo (12) por danificar a cidade inca de Machu Picchu serão deportados, e outro responderá judicialmente pela retirada de uma pedra do santuário arqueológico. Entre os presos, há dois brasileiros.

Os turistas detidos são os argentinos Nahuel Gómez, de 28 anos, e Leandro Sactiva, de 32 anos; a francesa Marion Lucie Martínez, de 26 anos, o chileno Favián Eduardo Vera, de 30 anos, e os brasileiros Cristiano Da Silva Ribeiro, de 30 anos e Magdalena Abril, de 20 anos.

Segundo as autoridades, Gómez revelou ter tirado uma pedra do muro do Templo do Sol, que ao cair de uma altura de seis metros causou uma fissura no piso do local histórico. Ele foi intimado a comparecer em uma audiência ainda nesta terça-feira. A lei peruana estabelece penas de ao menos quatro anos para quem causa danos ao patrimônio cultural.

Os demais turistas detidos foram levados para a Unidade de Segurança de Cusco, a 80 quilômetros de Machu Picchu, onde será decidido o procedimento de deportação - como informou um funcionário à AFP - por meio das autoridades migratórias e o poder judicial. No entanto, não há previsão para que isso ocorra.

De acordo com as autoridades, os seis turistas entraram em Macchu Pichu no último sábado, onde ficaram escondidos para conseguir passar a noite no local, algo que é proibido.

O local danificado foi o Templo do Sol, espaço sagrado construído há seis séculos com blocos de granito para o culto ao deus Sol, a maior divindade inca. Além dos danos materiais, o chefe de polícia relatou ter encontrado material fecal no templo, que considera como prova de que os turistas defecaram no espaço.

O réveillon carioca bateu o recorde de 1,7 milhão de turistas nacionais e estrangeiros. Na avaliação do presidente da Empresa de Turismo do município do Rio de Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, foi um número "fantástico". "Para o Rio de Janeiro, é uma grande vitória isso. É motivo de muita comemoração e alegria e desafios para a frente, fazer com que a cidade respire mais esse principal negócio que é o turismo”, disse hoje (1º) em entrevista à Agência Brasil. Desse total de turistas, 80% eram brasileiros de outros estados e 20% estrangeiros.

No próximo dia 12, o Rio ainda será palco de uma ação estratégica inédita planejada para manter os turistas na cidade. Trata-se de um ‘show’ de abertura oficial do carnaval do Rio, aproveitando o palco principal da festa do réveillon em Copacabana. “Será um ‘show’ da Favorita e outros blocos, a eleição final da Corte do Carnaval, do Rei Momo, da Rainha, da Princesa do Carnaval”, contou Alves.

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O presidente da Riotur explicou que o objetivo é fazer com que o turista possa se organizar, antecipadamente, para vivenciar o carnaval no Rio. “Serão 51 dias de carnaval. Como a gente está focado em lotar a cidade com turistas, são ações como essa que comprovam e fortalecem essa nossa vocação e solução que é o turismo”, externou.

Empregos

O réveillon injetou $ 3 bilhões à economia do município, segundo o presidente da Riotur. “Isso para nós é importante porque é um consumo significativo na cidade, nos hotéis, nos bares, restaurantes, ‘shoppings’ e, quanto mais consumo, mais emprego. Esses grandes eventos na cidade proporcionam empregos diretos e indiretos, rápido, imediatos. Esse é o nosso foco, para que a cidade saia da crise imediatamente e a gente possa ter, no ano inteiro, esse volume de empregos e de movimentação”.

Marcelo Alves salientou que o mais importante é a movimentação da alegria da cidade no seu DNA, que é receber com cordialidade. “Esse é o nosso principal negócio”.

Pesquisa

De acordo com pesquisa efetuada pela Riotur com 1.312 turistas no período compreendido entre os dias 26 e 31 de dezembro de 2019 no posto de atendimento ao turista montado na praia de Copacabana, 59,3% dos turistas nacionais entrevistados eram homens e 40,7% mulheres.

A sondagem revela que os visitantes de São Paulo lideraram o ranking de turistas nacionais, com 29,6%, seguidos de Goiás (14,1%) e Rio Grande do Sul (12,5%). O levantamento ainda mostrou que 70% das pessoas chegaram ao Rio de avião, 22% de ônibus e 8% de carro. Os meios de hospedagem preferidos se dividiram entre hotel (55,6%), casa de parentes (18,5%), ‘apart-hotel’ (7,4%) e casa ou apartamento alugado (7,4%). Marcelo Alves destacou que a proximidade entre Rio e São Paulo faz com que os paulistas sejam maioria na festa carioca. “Mas também a alta do dólar foi importante para nós, porque favorece o turismo nacional”, apontou.

Dentre os turistas internacionais, 62,1% são do gênero masculino e 37,9% são do gênero feminino. Eles chegaram de avião (98%) e de navio (2%). A escolha da hospedagem desses turistas foi hotel (62,1%), albergue (15,2%) e ‘apart hotel’/’flat’ (13,6%). Os argentinos foram os campeões do ranking, seguidos dos chilenos, revela a pesquisa da Riotur. “Sucesso total, para nós comemorarmos”, sustentou Marcelo Alves.

Recorde no ano

De acordo com a Riotur, os números promissores não se limitam ao período do réveillon, mas se estendem a todo o ano passado, que marcou recorde no turismo. Entre os meses de janeiro e novembro de 2019, a cidade registrou aumento de 12% no desembarque de passageiros no Píer Mauá e de 5% na rodoviária do Rio. O fluxo de visitantes em pontos turísticos também aumentou. O crescimento da visitação no Trem do Corcovado atingiu 17% e, no Pão de Açúcar, chegou a 7%.

Na noite da virada, a ocupação hoteleira de Copabana alcançou 100%, de acordo com pesquisa do Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio de Janeiro (SindHotéis Rio), realizada no dia 30 de dezembro do ano passado. Em seguida, aparecem Ipanema/Leblon e Flamengo/Botafogo, com 94% cada, além de Barra da Tijuca, na zona oeste, e o centro da cidade, com 90% de ocupação cada. Cerca de 81% dos turistas da rede hoteleira são provenientes de São Paulo, Minas Gerais e estado do Rio de Janeiro, enquanto os turistas estrangeiros são, em sua maioria, oriundos da Argentina, Chile e Estados Unidos. (Alana Gandra)

O turista suíço Michele Galli, de 75 anos, continua internado em estado grave no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na zona norte do estado do Rio de Janeiro. Ele foi baleado no último domingo (29) por criminosos que seriam da comunidade da Cidade Alta, também na zona norte da cidade.

Ele estava acompanhado da mulher, Miranda Pia Regazzoni, que sofreu apenas escoriações devido a estilhaços. Segundo a Polícia Civil, o casal seguia para Paraty, no sul do estado, onde passaria a virada do ano.

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Ainda de acordo com a polícia, eles saíram do Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da cidade, mas o GPS do carro os levou até a rodovia Rio-Petrópolis. Na altura do Trevo das Missões, próximo à Cidade Alta, eles teriam sido vítimas de um arrastão (tipo de roubo em que assaltantes roubam várias pessoas ao mesmo tempo).

As primeiras informações da Polícia Civil indicam que os criminosos teriam tentado levar o carro dos turistas, que não falam português e se assustaram com as armas.

Em um dia atípico, sem compromissos na agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro voltou nesta quinta-feira (26) a surpreender turistas e apoiadores ao descer no meio da Praça dos Três Poderes, quando voltava do Centro de Inteligência do Exército, no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Como havia feito mais cedo, quando foi a uma lotérica para jogar na Mega da Virada, ele cumprimentou populares e tirou muitas fotos com todos que o abordaram no local.

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Ao voltar, há pouco, para o Palácio da Alvorada, mais uma vez Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar pessoas que o aguardavam.

De manhã, ele foi a uma casa lotérica no Cruzeiro Velho, bairro tradicional de Brasília, para apostar na Mega da Virada. Bolsonaro também cumprimentou os que faziam o jogo e mostrou a mão com os números anotados, entre eles 13, 24 e 25.

O presidente disse que fez apenas dois "joguinhos" e não quis adiantar o que faria com o dinheiro, caso ganhasse.

 

Nem palmeiras, nem areia fina... Corpos seminus mergulham na água gelada na frente de pinguins: horizonte fora de alcance, a Antártica tornou-se um playground para turistas, correndo o risco de precipitar sua metamorfose.

Aproveitando a sede de novidades de uma clientela abastada e tomado de um sentimento de urgência de descobrir países ameaçados pela perturbação climática, os cruzeiros se aventuram em cantos cada vez mais remotos e selvagens.

Continente de todos os superlativos - o mais frio, mais ventoso, mais seco, mais remoto, mais deserto, mais inóspito ... -, a Antártica, ao mesmo tempo estéril e borbulhante de vida, é hoje um destino privilegiado.

Para muitos, é a última fronteira. Uma fronteira que deve ser alcançada a todo custo antes que desapareça na sua forma atual.

"É como uma facada". Em seu maiô, Even Carlsen emerge de uma água a 3° C na Ilha Half Moon, na ponta da península antártica.

Ao redor, blocos de gelo em forma de panela, de origami ou até anfiteatro flutuam, fotogênicos. Na costa, uma equipe médica assiste a cena.

"Não é uma praia típica, mas é genial", acrescentou o barbudo norueguês de 58 anos após um "mergulho polar" sob o paralelo 62.

Ele é um dos 430 passageiros do Roald Amundsen, o primeiro navio de cruzeiro com motor híbrido do mundo a atravessar o Oceano Antártico apenas alguns meses depois de deixar o estaleiro.

Uma equipe da AFP estava a bordo, convidada juntamente com outros jornalistas pela Hurtigruten, a empresa proprietária do barco.

- Aquecimento -

Se o Tratado da Antártica, assinado há 60 anos, transformou o continente em uma terra dedicada à paz e à ciência, o turismo também se desenvolveu. Com um claro impulso nos últimos anos.

A única atividade econômica ao lado da pesca - alvo de um cabo de guerra internacional em torno da criação de santuários marinhos -, concentra-se principalmente na península, de acesso mais fácil e clima mais ameno do que o resto do território.

Neste pedaço de terra que escapa do círculo polar e se estende em direção à América do Sul, observamos uma fauna que geralmente vemos apenas em zoológicos, documentários ou filmes de animação.

Paisagens de gelo deslumbrantes, onde o branco toma tons pastel quando chega o amanhecer e o anoitecer. Colinas cravadas de sulcos como suspiros, cumes como chantilly...

"Pureza, grandeza, desmesura", descreve maravilhada Hélène Brunet, uma aposentada francesa de 63 anos. "É incrível, totalmente incrível. É um enorme prazer estar aqui"

Nem um lixo à vista. Mas por trás dessa limpidez estão, invisíveis, as marcas das atividades humanas.

Carregados pelas correntes oceânicas, os microplásticos estão por toda parte. "Detectamos nos ovos de pinguim", diz o diretor do Instituto Antártico Chileno, Marcelo Leppe.

A Antártica é, acima de tudo, "o coração da Terra", ele explica. "Provavelmente desempenha um papel importante no controle das mudanças climáticas".

Mas esse órgão vital é vítima do aquecimento.

Em particular, a península, uma das regiões que aquece mais rapidamente. Quase 3°C nos últimos 50 anos, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), três vezes mais rápido que a média global.

Em março de 2015, uma estação de pesquisa argentina chegou a medir 17,5°C. Nunca visto antes.

"Todos os anos vemos as geleiras derretendo, o gelo do mar desaparecendo e, nas áreas sem gelo, a recolonização de plantas e outros organismos que não estavam presentes na Antártida antes", adverte Leppe.

- 'O equivalente a um estádio' -

Espera-se que cerca de 78.500 pessoas visitem o continente entre novembro e março, segundo a Associação Internacional de Operadores de Turismo Antártico (IAATO).

Um salto de 40% em relação à temporada anterior, devido em parte à passagem rápida pela região de alguns novos navios transportando mais de 500 passageiros e que, portanto, não podem desembarcar, de acordo com as regras estabelecidas pela IAATO.

"Alguns diriam que 80.000 pessoas nem sequer lota um estádio de futebol e que não é grande coisa se comparado às 275.000 pessoas que visitam Galápagos todos os anos", aponta a porta-voz da associação, Amanda Lynnes.

"Mas a Antártica ainda é um lugar especial que deve ser gerenciado como tal", diz ela.

Nessas terras imaculadas, a moda é cruzeiros intimistas, chamados de expedição, que rompem com o gigantismo dos cruzeiros de massa, criticados por seu lado poluidor e invasivo.

Em navios mais limpos do que os mastodontes que navegam nos trópicos - o combustível pesado é proibido na Antártica desde 2011 -, as companhias aumentaram a conscientização sobre questões ambientais como um argumento de venda, que às vezes despertam acusações de 'lavagem verde'.

A bordo do Roald Amundsen, não há pista de dança ou cassino, mas microscópios e experiências participativas.

E conferências sobre baleias, grandes exploradores, Darwin... mas estranhamente quase nada sobre as mudanças climáticas, evocadas apenas em linhas pontilhadas.

"Porque é bastante controverso", justifica Verena Meraldi, cientista chefe da Hurtigruten. "Várias vezes tivemos conferências especificamente dedicadas às mudanças climáticas, mas isso cria conflitos".

- Lugar aos "exploradores" -

O léxico foi habilmente reformulado. Não se fala mais de "passageiro", mas de "convidado", nem de "cruzeirista", mas "explorador".

"Exploradores" geralmente mais velhos, muitas vezes aposentados que viajaram muito e que agora tomam seus bastões de marcha para desvendar o sexto continente. "Meu 107º país", diz um dinamarquês ao pisar em terra.

"Convidados" mimados que, no Roald Amundsen, têm a opção entre três restaurantes, desde comida de rua até a mesa mais seleta. O glorioso aventureiro norueguês que deu seu nome ao barco, teve que comer seus cães de trenó para conquistar o Polo Sul em 1911.

"Exploradores", finalmente, com certa riqueza, capazes de pagar 7.000 euros cada um por um cruzeiro de 18 dias em uma cabine de nível básico. E até 25.000 euros para a suíte com terraço privativo e jacuzzi.

Algumas companhias apostam no ultra-luxo, com navios a la James Bond transportando helicópteros e submarinos, suítes de mais de 200 metros quadrados e serviços de mordomo.

Com um hidroavião como bônus, o mega-iate SeaDream Innovation fará cruzeiros de 88 dias a partir de 2021. As duas suítes mais caras, a 135.000 euros por pessoa, já estão reservadas.

- Encontro de dois mundos -

Tanta modernidade e conforto contrastam com o caráter primitivo da imensidão selvagem.

Indiferente aos bípedes envoltos em seus blusões fluorescentes e protetor solar fator 50, a vida é abundante nesta primavera austral, em um silêncio ensurdecedor.

Pinguins tão desajeitados no chão quanto na água, baleias jubarte pesadas mas majestosas, leões-marinhos e focas apáticas que se aquecem ao sol...

Na Ilha Half Moon, os pinguins de barbicha - chamados por causa da linha preta que circunda o queixo - são numerosos nesta temporada de acasalamento, esticando o bico para o ar do alto de seus ninhos.

"Isso significa dizer para os outros machos que é o seu espaço e também, talvez, que é sua fêmea", diz a ornitóloga Rebecca Hodgkiss.

Eles têm motivo para trabalhar, a colônia de 2.500 palmípedes tem diminuído ao longo dos anos. Declínio relacionado ao homem ou a uma simples mudança de local? Ninguém sabe.

- Veneza sob a água -

Em contrapartida, sabemos que o futuro de milhões de pessoas e de outras espécies que vivem em áreas costeiras a milhares de quilômetros da Ilha Half Moon dependem do que acontece aqui.

Enorme congelador que abriga 90% das reservas de água doce do planeta, a Antártica também é uma bomba-relógio.

Como resultado do aquecimento global, o derretimento da calota glaciar, no oeste do continente, reformulará radicalmente o mapa do mundo, contribuindo cada vez mais para o aumento do nível do mar.

Uma contribuição de 50 centímetros até 2100, e muito mais além, segundo Anders Levermann.

"Para cada grau de aquecimento, o nível da água aumentará 2,5 metros. Não durante este século, mas a longo prazo", observa o climatologista do Instituto de Pesquisa do Impacto Climático de Potsdam.

"Mesmo que o respeitemos, o Acordo Climático de Paris (que visa limitar o aquecimento a menos de 2° C) nos dará pelo menos cinco metros de elevação do mar: Veneza estará sob a água, Hamburgo estará debaixo d'água, Nova York, Xangai, Calcutá... ", diz.

Quando exatamente? Difícil dizer, mas o processo parece inevitável.

Porque, assim como um navio a vapor não pode parar de repente, o gelo continuará a derreter e os oceanos subirão mesmo que paremos as emissões de gases do efeito estufa da noite para o dia.

- Pegada de carbono -

Para os profissionais do turismo, as mudanças na Antártica têm sua origem a mil léguas de distância, nas atividades realizadas pelo homem nos outros cinco continentes.

Eles juram praticar turismo responsável. Seu lema: "A única coisa que tiramos são fotos, a única coisa que deixamos são pegadas, a única coisa que guardamos são memórias".

As excursões em terra são regidas por uma série de instruções: limpar seus objetos pessoais para não introduzir espécies invasoras, manter-se a uma distância respeitosa dos animais para não estressá-los, não pegar qualquer coisa...

"Estragamos o resto do planeta, não vamos estragar a Antártica", observa um inglês tirando os pelos de gato no velcro de sua roupa.

E, no entanto... Algumas vozes questionam a relevância do turismo nesta região.

"O continente ganharia mais se fosse deixado apenas para pinguins e pesquisadores, mas isso provavelmente nunca acontecerá", constata o professor Michael Hall, especialista em regiões polares da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia.

Os polos atraem os turistas. Com o francês Ponant, que construiu um navio quebra-gelo para atravessar o Polo Norte do outro lado do globo.

"Como apreciar algo à distância parece impossível para os seres humanos, devemos garantir que seja feito com riscos para o ambiente antártico e com uma pegada de carbono o mínima possível", continua Hall.

"No entanto, quando toda viagem turística à Antártica libera em média mais de 5 toneladas de emissões de CO2 por passageiro, é um desafio", aponta.

A maioria dos visitantes vem do hemisfério Norte, Estados Unidos e China representando quase metade deles.

Mesmo antes de embarcar em navios de cruzeiro que partem da América do Sul - o itinerário mais comum - atravessaram o globo de avião, ajudando a enfraquecer a natureza que querem admirar.

Uma questão de consciência difícil a resolver.

"Eu sinto culpa ao dizer que tomei um avião para chegar aqui", diz Francoise Lapeyre, uma francesa de 58 anos.

- 'Embaixadores da Antártica'? -

Os profissionais garantem que querem tornar os visitantes "embaixadores" que, depois de saborearem esse lugar único, pregarão por sua salvaguarda.

"É bom para a vida animal e para a proteção da Antártica que as pessoas veem o quão bonita é essa área", afirma Daniel Skjeldam, chefe da Hurtigruten.

"Quando vi uma oferta para esta viagem, achei melhor vir enquanto ainda não foi destruída", declarou Mark Halvorson, texano de 72 anos.

"Agora que vi pessoalmente, estou ainda mais determinado a ser o mais ecológico possível".

Mas os críticos denunciam uma forma de "turismo de última chance" esse desejo de visitar destinos vulneráveis.

Vindos da África do Sul, Cathy e Roland James, 68 e 75 anos, dizem-se sensíveis às considerações ecológicas. Mas admitem que não pensaram em sua própria pegada. "Infelizmente, não estou preocupado em parar de viajar", declarou.

Martina e Guido Höfken, 50 e 52, gostam de pensar fora da caixa. Eles pagaram um adicional para compensar o CO2 gerado por seu voo da Alemanha.

Futuros "embaixadores da Antártica"? "Talvez um pouco, mas acho que não vou mudar o mundo", afirmam. "O melhor seria que ninguém viesse."

A partir de 1º de julho de 2020, os turistas terão de pagar uma taxa de até oito euros, o equivalente a R$ 36 pela cotação atual, para entrar no centro histórico de Veneza.

Os valores foram estabelecidos nesta quinta-feira (24) pela Câmara Municipal, que aprovou o novo regulamento da Prefeitura para combater o turismo de massa na cidade.

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A taxa será de três euros (R$ 13) nos dias comuns; seis euros (R$ 27) nos dias de "selo vermelho", ou seja, quando é previsto um "fluxo crítico" de pessoas; e oito euros no dias de "selo preto", quando é previsto um "fluxo crítico excepcional" de turistas.

Em 2021, esses valores subirão para seis, oito e 10 euros (R$ 45), respectivamente, e será criada uma taxa de três euros para os raros dias de "selo verde", com baixo fluxo de viajantes. O calendário de selos será divulgado previamente pela Prefeitura.

Já turistas que chegarem em navios de cruzeiro pagarão uma tarifa fixa de cinco euros (R$ 27,50) em 2020 e de sete euros (R$ 31) a partir de 2021. As multas para quem burlar os controles serão de 100 a 450 euros (R$ 446 a R$ 2 mil).

A cobrança é voltada a pessoas que visitarem o centro histórico de Veneza e as ilhas da cidade, como Murano e Burano, mas sem pernoitar nessas regiões.

Aqueles que dormem na área da Lagoa de Veneza já pagam a "tassa di soggiorno", que varia de um a cinco euros por diária. Por outro lado, adeptos do chamado "bate e volta" hoje não arcam com nenhuma taxa para entrar no superlotado centro histórico da cidade.

Ao todo, 22 categorias serão isentas, como moradores da região do Vêneto, pessoas em busca de tratamento médico, deficientes físicos, trabalhadores pendulares e estudantes.

A Prefeitura pretende desenvolver nos primeiros meses de 2020 um sistema para solicitação de isenção e outro para fazer a arrecadação da taxa online. Também haverá postos de cobrança em terra firme e nas províncias vizinhas a Veneza.

Da Ansa

Uma equipe de 21 militares do Corpo de Bombeiros de Goiás realiza desde as primeiras horas desta terça-feira (22) uma operação de busca para localizar cinco pessoas que estão desaparecidas na Chapada dos Veadeiros desde a última sexta-feira (18). Elas foram identificadas como: Maria de Cássia Ferreira Sanches, Gustavo Bacelar, Mauro César, Aline Ferreira e Juliana Silva.

O coronel Fernando Augusto Caramaschi de Mello, assessor de imprensa da corporação, ouvido pelo Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília, disse que o grupo formado por turistas de Brasília planejou fazer uma caminhada de 50 quilômetros, através de uma trilha não catalogada, com previsão de retornar no domingo (20) à noite.

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Segundo o coronel, o Corpo de Bombeiros foi acionado ainda no domingo e, imediatamente, deu início à operação para localizar o grupo. Ele informou ainda que a equipe de busca manteve contato com um guia, identificado como Zezinho, que relatou ter visualizado as pessoas desaparecidas numa área chamada de Macacão, no sábado (19) pela manhã, chegou a conversar com elas e todos estavam bem. O militar disse que essa foi a última vez que o grupo foi visto.

A preocupação do coronel Caramaschi é com a previsão de chuva para hoje na região, que pode prejudicar as buscas. Mas que está otimista, pois com a intensificação dos trabalhos, inclusive com a ajuda de guias turísticos acostumados com a região, acredita poder localizar logo os desaparecidos.

Para além do mundo dos negócios, a valorização da moeda americana também é motivo de preocupação de quem tem viagem marcada para o exterior. Enquanto o dólar comercial, utilizado em operações como importações e exportações, fechou ontem em R$ 4,14, o dólar turismo, cotação praticada na venda de papel moeda para viagens internacionais, bateu em R$ 4,38. No mês, a alta acumulada é de 2,54%.

A advogada Rosana Matos ainda não comprou dólares para a viagem que fará para Orlando, nos Estados Unidos, em meados de outubro. "A gente esperou, para ver se haveria alguma baixa com o avanço na reforma da Previdência. Estamos esperando que ainda aconteça alguma coisa", explica.

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O plano da advogada é ir a três parques da Disney, mas ela admite que se o dólar não recuar, os passeios podem ser cortados: "A prioridade é fazer o enxoval da minha cunhada."

A estudante That Loranny Lima também adiou a compra de dólares à espera de uma baixa. "Comprei agora assustada, porque um tempo atrás eu já tinha o dinheiro disponível e o dólar estava R$ 3,74, mas decidi esperar. Foi a maior besteira que eu fiz", desabafa.

That viaja para Orlando, na Flórida, no próximo dia 26, e já refez sua programação. Ela visitaria quatro parques da Disney e um do Universal Studios, com valor total dos ingressos estimado em R$ 2.800. Agora, o roteiro foi reduzido a três parques, que vão custar mais de R$ 2.900.

Os planos de compra também mudaram. "A gente estava se programando para trazer muita coisa, como eletrônicos e perfumaria, mas não está compensando mais", afirma That. O grupo esperou para reservar o aluguel do carro e, com isso, amargou R$ 300 de prejuízo.

That passou a manhã de ontem procurando as melhores cotações. "Tenho amigos que não compraram dólar até hoje, minha mãe também não comprou. A gente está um pouco desesperado", afirma. O melhor preço encontrado por That foi de R$ 4,35, no banco em que é correntista. Nas casas de câmbio, a cotação chegou a R$ 4,38.

Com o avanço do dólar, as atrações turísticas dos Estados Unidos pesaram mais no bolso de quem ganha em reais. Em uma agência de turismo da zona norte de São Paulo, a entrada do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), que custa US$ 32, passou de R$ 112 para R$ 120 entre o último dia 10 e ontem.

O ingresso do musical Rei Leão na Broadway vendido a U$ 311, saltou de R$ 990 para R$ 1.150. Apesar da alta, a agência afirma que ainda não repassou a flutuação do dólar turismo de ontem e que trabalha com uma cotação promocional.

Proteção

 

A diretora da casa de câmbio GetMoney, Vanessa Blum, afirma que, para evitar as oscilações da moeda, o melhor é se planejar e não esperar um suposto momento de queda. "Uma orientação unânime no mercado é que as pessoas se programem e façam as compras fracionadas, por exemplo um lote de dólares por mês. Quem faz isso não pega o melhor momento do mundo, mas também não pega o pior, fazendo um preço médio", afirma.

Essa também é a orientação de Mauriciano Cavalcanti, gerente de câmbio da OuroMinas. "O turista não deve especular, apostar que a cotação vai cair. Ele deve aproveitar os momentos de leve baixa para comprar um pouco de dólares. Não precisa comprar tudo de uma vez, é melhor fazer uma média para não ter surpresas", recomenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um grupo turistas e seu guia local foram arrastados neste domingo por uma tromba d'água repentina no parque nacional de Hell's Gate, famoso por ter sido locação do filme "Tomb Raider", informou o Serviço de Conservação da Fauna do Quênia (KWS).

Segundo o organismo, foram encontrados dois corpos. Outras cinco pessoas ainda são procuradas. Os desaparecidos estão "possivelmente mortos", declarou um policial que pediu anonimato à AFP.

O KWS, que gere o parque, publicou um comunicado nesta noite. "Tememos que um número desconhecido de turista tenham se afogado em um tromba d'água relâmpago", afirmou. "O Ministério do Turismo coordena as operações de busca e resgate".

O diretor do KWS e o alto comando policial questionados pela AFP indicaram que sete pessoas foram arrastadas na água: um guia queniano e seis turistas quenianos, três homens e três mulheres.

Eles visitaram a pé a garganta de Ol Jorowa, na parte sul do parque. Dois dos sobreviventes alertaram os guardas do parque, que iniciaram as buscas.

Vários funcionários do parque indicaram a princípio que o trabalho de busca seria interrompido na noite deste domingo, mas o KWS acabou anunciando que as operações vão continuar. Um helicóptero será enviado da capital Nairóbi.

Como um guia turístico especializado nas mortes mais proeminentes de Hollywood, Scott Michaels está ciente do fascínio dos americanos pelo lado obscuro do mundo dos astros e estrelas.

Mas nunca viu algo parecido ao furor provocado pelo 50º aniversário do assassinato da atriz Sharon Tate e outras quatro pessoas por Charles Manson.

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"Não tem precedentes, de verdade. Nunca vi tanta fascinação", explicou à AFP em seu museu de Los Angeles. "Fiz tours adicionais, dois ou três por semana. O sucesso é uma loucura".

Michaels leva seus clientes a Cielo Drive, a rua arborizada e sinuosa em Beverly Hills onde a esposa do diretor Roman Polanski, Sharon Tate, foi esfaqueada até a morte quando estava grávida de oito meses e meio, em 9 de agosto de 1969.

No ano passado, um de seus clientes foi o diretor de cinema Quentin Tarantino, que buscava informações para seu novo filme, "Era uma vez... em Hollywood", cujo pano de fundo são os incidentes de Cielo Drive.

Os assassinatos aterrorizaram Hollywood e dominaram as manchetes do mundo todo.

Manson, retratado em seu julgamento como um jovem solitário, louco pelas drogas e com fascinantes poderes de persuasão, ordenou a seus devotos que realizassem assassinatos em bairros brancos ricos com o objetivo de desencadear uma guerra racial.

No filme, que intensificou o interesse por uma tragédia muitas vezes descrita como um momento crucial na história dos Estados Unidos - o fim da era da paz e do amor -, Margot Robbie encarna a inocente e despreocupada Tate.

"Sharon era bonita... Tornou-se um símbolo verdadeiro do bem absoluto, enquanto Manson era todo o contrário", diz Michaels, que foi creditado como assessor técnico no filme.

- Estrelas de rock e monstros -

Manson morreu em uma prisão da Califórnia em 2017, mas os detalhes horripilantes dos assassinatos que ordenou ainda continuam vivos.

Tate, que tinha 26 anos, suplicou pela vida do filho que carregava dentro da barriga enquanto os discípulos de Manson a esfaquearam até a morte. Quatro deles irromperam em sua casa à noite.

Polanski estava na Europa, mas outros quatro convidados que estavam em sua casa também foram assassinados.

Abigail Folger, uma herdeira do café, estava lendo tranquilamente um livro na cama quando os agressores irromperam e a mataram.

O museu "Dearly Departed", de Michaels, em Los Angeles oferece uma variedade de lembranças macabras e visitas guiadas sobre mortes que vão desde Janis Joplin até a "Dália Negra", mas os assassinatos de Manson são os que mais atraem a atenção do público.

"É meu caso favorito. Favorito soa horrível. Mas é, devo admiti-lo", diz Michaels, apontando que a história "inclui estrelas do rock, estrelas de cinema, glamour e monstros".

Peggy Miles, uma mulher de 56 anos que cresceu perto dos assassinatos e ainda está fascinada, fez o "Helter Skelter" tour.

Disse que para muitos americanos, os assassinatos transformaram a contracultura hippie de uma curiosidade marginal a algo perigoso ou malvado.

"Ver os hippies se tornou algo realmente terrível", explicou.

Muitos de seus vizinhos instalaram cercas ou compraram armas, e ela foi proibida de ir sozinha para a escola.

- "Mataram por ele" -

O tour leva o nome do plano de Manson de começar uma guerra racial nos Estados Unidos. Ele o nomeou assim por uma canção dos Beatles.

No ônibus também está Lauren Kershner, de 28 anos, que ficou obcecada com o culto a Manson quando era adolescente e leu cinco vezes o livro de Vincent Bugliosi sobre o caso.

"Estou aqui pelo 50º aniversário", admitiu.

"Manson tinha tanto controle mental sobre as pessoas que conseguiu fazer com que matassem por ele. Isto me fascina", explicou a jovem.

Michaels diz que tal fascínio pelos detalhes é normal, tanto que até Tarantino entrou em contato com ele antes de filmar "Era uma vez... em Hollywood" para pedir ajuda com a pesquisa e as localizações.

O diretor fez perguntas intermináveis a Michaels, desde quem eram os ocupantes anteriores da casa em Cielo Drive até que livro Folger estava lendo quando foi assassinada.

"É um tema sobre o qual nunca cansei de ler ou de debater", explicou o guia. "Não o comemoro. Mas é a isso que me dedico".

Um elefante atacou um veículo de um resort no Parque Nacional Bandipur, que fica no sul do estado indiano de Karnataka.

Nas imagens é possível ver o animal gigantesco estilhaçando o vidro frontal do veículo e logo depois recuando e indo embora. O incidente ocorreu no domingo (28).

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O veículo pertencia a um resort dentro da Reserva Tiger, que é um popular destino turístico no sul da Índia, comunicou o Bangalore Mirror.

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Há poucos dias, outro elefante atacou um ônibus de passageiros na rodovia nacional que passava pelo mesmo parque.

O parque é atravessado por uma estrada nacional, ligando Kozhikode em Kerala e Mysore em Karnataka. O tráfego nesta estrada é proibido do crepúsculo ao amanhecer para permitir a livre circulação de animais selvagens, já que houve muitas mortes de animais selvagens causadas por veículos em excesso de velocidade.

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O Parque Nacional Bandipur é o maior habitat de vida selvagem protegido do sul da Índia e a maior reserva de elefantes selvagens do sul da Ásia. Ele se estende por uma área de 874 quilômetros quadrados, abrangendo os estados do sul de Karnataka, Kerala e Tamil Nadu.

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Da Sputnik Brasil

Um lago artificial contaminado com a aparência de um paraíso tropical tornou-se recentemente um ímã para os turistas, que buscam a selfie perfeita nessas "Maldivas" siberianas. O local, que serve para o despejo de resíduos de uma usina térmica de Novosibirsk, rapidamente se tornou um fenômeno no Instagram com suas brilhantes águas.

O fenômeno se deve à dissolução do óxido de cálcio descartado pela empresa que administra o local. Apesar dos cartazes que alertam sobre a periculosidade do local, alguns não hesitam em arriscar as consequências, como irritação da pele ou problemas mais sérios, para obter a foto perfeita.

"Eu vim para tirar uma foto bonita. Nossa cidade é cinza e este é um dos únicos lugares bonitos", disse à AFP Alexei Sherenkov, um dos primeiros a ter popularizado este lugar com uma foto em que é visto numa boia em forma de unicórnio branco.

Tirar esta foto custou uma irritação nos pés, que já "desapareceu", segundo ele. O homem, por outro lado, não aconselha "ninguém a experimentar esta água". Segundo ele, a ausência de vigilância explica a presença de turistas no lago, onde alguns "até fazem churrascos".

A fotógrafa Ekaterina Aksiutina foi com alguns clientes, um casal ansioso para ser fotografado vestidos de noivos.

"Era uma data importante para a relação e eles me pediram uma sessão de fotos aqui", declarou. Mas "ninguém veio para se banhar ou tocar na água porque sabemos que é perigoso", acrescentou a fotógrafa.

Diante de tamanho entusiasmo, a empresa responsável pela administração da fábrica concordou em lembrar em seu site que se trata de "uma área industrial, não uma reserva natural ou um parque aquático".

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