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Com o início das convenções partidária para oficializar as candidaturas majoritárias e proporcionais na quarta-feira (20), que vai até o dia 15 de agosto, ao menos seis partidos já oficializaram as candidaturas em Pernambuco até então, que foram: PSDB, PL, Solidariedade, União Brasil e UP. Especialistas evidenciaram, ao LeiaJá, a apresentação da experiência política por alguns dos postulantes, e a crítica ao atual governo, sem propostas de possíveis melhorias aos pontos considerados críticos. 

A professora e cientista política Priscila Lapa, observou que quando iniciou-se a movimentação eleitoral em Pernambuco, se viam mais discussões de viabilidade, possibilidades de alianças, formação de palanques, do que promessas e modelos de estruturas. “Ainda está tudo muito confuso para o eleitor, até para a gente que está acompanhando mais, para saber qual é, de fato, o grande diferencial das candidaturas, a não ser a própria vinculação político-ideológica. A gente tem clareza de quem é mais à direita, centro e esquerda, mas o que isso representa em termos propositivos para a eleição?”, questionou ela, ao afirmar que ainda não há nenhuma característica forte neste processo eleitoral. 

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Para ela, os postulantes estão apresentando as experiências como gestores à disposição da população. “Estão sinalizando que os seus governos provavelmente serão a continuidade daquelas ações que eles já vinham desenvolvendo no Executivo, na sua respectiva região e, no caso de Marília Arraes, ela está vinculando fortemente as suas ideias ao lulismo, a uma espécie de governo Lula em Pernambuco”, explicou. 

Em consonância com as ideias de Priscila, o cientista político Alex Ribeiro explicou que os discursos para as convenções são mais elaborados, já que é o cartão de visita do candidato ao eleitorado, e que nenhum detalhe pode passar despercebido. “No caso da ex-prefeita Raquel Lyra, ela irá utilizar de seu legado na gestão do município de Caruaru e de não nacionalizar a campanha; o ex-prefeito Anderson Ferreira coloca também sua experiência de gestor como diferencial em sua candidatura e a defesa da família e de Deus - estes últimos já utilizados em sua vida pública; já o candidato Miguel Coelho também prefere não nacionalizar a campanha e prefere o debate de ideias. Eles utilizam estratégias já traçadas antes mesmo de subirem no palanque. A exceção é da deputada Marília Arraes: líder nas pesquisas, a candidata, ao contrário dos últimos discursos,  prefere não partir para o embate e fugir de um desgaste durante o pleito”, pontuou. 

Ribeiro ressaltou a mudança de estratégia ao longo da campanha, tendo em vista os rumos que podem mudar o pleito. “Eles podem utilizar novos instrumentos para atrair o eleitorado. Lembrando que, em uma campanha nacional polarizada, entre o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro, fugir do debate nacional pode diminuir as chances dos postulantes ao governo do Estado. Neste caso, o desafio maior será para os candidatos Miguel Coelho e Raquel Lyra”, disse o especialista. 

Priscila, por sua vez, complementou que há uma adesão dos postulantes em crítica a forma que a atual gestão de Pernambuco tem gerenciado a competitividade econômica. “A gente percebeu isso em todos os discursos que já vem sendo dito ao longo desses eventos de pré-campanha. A postura é muito mais de dizer que tem um equívoco no direcionamento do governo estadual atualmente, na construção dessa agenda econômica, como se tivesse faltado visão política. Um modelo que pudesse, de fato, tornar o Estado mais competitivo economicamente”, salientou. 

De acordo com Lapa, os candidatos até então não demonstraram nenhuma proposta para os pontos que criticam. “Os candidatos tentam discursar em torno disso, de que Pernambuco precisa retomar o desenvolvimento, que é o Estado do desemprego, da pobreza, falta infraestrutura. Mas falta, de fato, como seria feito, como esses candidatos pretendem reverter essa situação que eles aponto como sendo críticas, e as principais estruturas que precisam ser transformadas numa próxima gestão atual”, analisou. 

O radialista e apresentador de TV Denny Oliveira é candidato a deputado federal por Pernambuco pelo União Brasil, que realizou convenção partidária para oficializar as candidaturas majoritárias e proporcionais para as eleições deste ano, no último domingo (31). O candidato foi denunciado em 2006 por abuso sexual. 

Denny Oliveira ficou famoso em Pernambuco no início dos anos 2000, quando esteve no comando do programa de auditório Tribuna Show, por exemplo, conhecido também pelo bordão “Não diga alô. Diga: Alô, Denny”.

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Em 2006, o apresentador e agora candidato foi denunciado por mães de meninas de 12 anos, por abuso sexual. Um inquérito chegou a ser instaurado na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA) na época, por solicitação da promotoria da Vara dos Crimes contra a Infância. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) apresentou denúncias de atentado violento ao pudor, estupro e oferecimento de bebida alcoólica a menor de 18 anos. 

Ele foi julgado e condenado a 15 anos de prisão por estupro e atentado violento ao pudor contra quatro adolescentes em 2010, tendo aumento de pena em 2011 e revisão deste aumento em 2012. 

Na convenção da sigla no domingo, Denny disse que, se eleito, vai lutar pela causa animal. “É uma surpresa não só para vocês, mas também para toda a minha família. Eu guardo segredo para tudo o que eu venho fazer com amor. Meu trabalho na televisão e no rádio foi feito com amor para levar alegria para todos vocês e o meu trabalho agora como deputado federal, com o apoio de vocês, eu levarei o melhor de mim também. A minha causa principal é a defesa dos animais”, disse. 

De olho em uma cadeira no Senado, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) disse que acabou com a corrupção do PT e que é o responsável pela prisão de Lula. Embora persista nas críticas ao petista, seu partido deve apoiar o ex-presidente já no primeiro turno.

Na manhã deste sábado (30), Moro foi contundente em suas redes sociais e reafirmou que Lula e o PT não devem voltar ao Poder. Estreante na política, o ex-juiz aspirava concorrer à Presidência, mas, por falta de apoio das ruas, vai disputar a primeira eleição ao Senado pelo estado do Paraná.

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A estratégia de Sergio Moro de estruturar a campanha com o discurso antipetista parece desalinhada com o diretório nacional do próprio partido. O presidente do União Brasil, o deputado federal Luciano Bivar, ainda se apresenta como pré-candidato à Presidência, no entanto, o baixo desempenho nas pesquisas de voto aumenta o rumor de que a sua participação no pleito vai dar lugar ao apoio a Lula já no primeiro turno.

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O senador Jaques Wagner (PT-BA) confirmou que a campanha presidencial petista negocia um apoio do presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2022. "(Bivar) Diz que quer, mas depende dos 60% do acordo", declarou o senador ao Estadão. A porcentagem a que o petista se referiu diz respeito a quantidade necessária para que a Executiva Nacional União do Brasil precisa para tomar qualquer decisão.

O dirigente do União Brasil, partido originado da fusão entre PSL e DEM, também é hoje pré-candidato a presidente, com a convenção partidária marcada para a próxima sexta-feira, 5, mas ele tem sinalizado a aliados que pode abrir mão de disputar o Palácio do Planalto.

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O acordo de Lula com o pernambucano passaria pelo endosso do petista a uma candidatura de Bivar à reeleição como deputado e um possível apoio para que ele concorra ao comando da Casa. Jaques Wagner negou que, para facilitar o apoio de Bivar a Lula, o PT estaria disposto a retirar a candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) para embarcar na de ACM Neto (União) a governador da Bahia. De acordo com o senador, a chance de isso acontecer é "zero".

O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), afirmou que a decisão de retirar a candidatura à Presidência é algo que cabe a Bivar. "Isso é uma coisa dele, ele que decide", declarou. Para o parlamentar, não há chance de o União Brasil apoiar Lula e, de acordo ele, caso não tenha candidato próprio, o caminho mais viável é a neutralidade, com cada filiado liberado para tomar a decisão que achar melhor.

O deputado também disse que Bivar costuma ter diálogo com vários candidatos a presidente. "Conversou com todo mundo, já conversou com Ciro, Simone, conversou com Moro e até trouxe para o partido".

O candidato do PT a governador de São Paulo, Fernando Haddad, também já procurou o União Brasil. Hoje a sigla está com o governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição. A legenda disputa com o MDB a indicação do vice de Garcia. Aliados de Haddad já disseram que, caso apoiem o petista, o União Brasil tem a garantia de indicar a vice.

Apesar do diálogo de Bivar com Lula, o União Brasil tem setores relevantes que são próximos do presidente Jair Bolsonaro (PL). No Mato Grosso, Amazonas e Rio o partido tem uma ala bolsonarista predominante.

O pré-candidato à Presidência da República, Luciano Bivar (União Brasil), sinalizou a desistência da sua candidatura para apoiar o ex-presidente Lula (PT), ainda no primeiro turno das eleições. O pré-candidato terá uma reunião decisiva nesta sexta-feira (29), em Pernambuco, com a família Coelho, liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) para decidir o seu futuro. 

O ex-prefeito de Petrolina e filho do senador, Miguel Coelho (União Brasil), é pré-candidato ao Governo de Pernambuco pela chapa e deve participar do encontro.

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A intenção de Bivar é tentar uma vaga na Câmara Federal, caso a sua desistência seja concretizada. Há uma negociação com o Partido dos Trabalhadores para apoiá-lo à presidência da Câmara, caso Lula seja eleito. 

De acordo com informações do Valor Econômico, integrantes do PT e PSB de Pernambuco demonstram que as chances de Bivar concorrer ao Senado na chapa encabeçada pelo deputado Danilo Cabral (PSB) são mínimas. Para o grupo, seria uma manobra arriscada rifar a pré-candidatura de Teresa Leitão (PT) ao Senado.

Pré-candidato ao Senado pelo Paraná, o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) voltou a atacar a esquerda através do ex-presidente Lula (PT). Nesta segunda-feira (18), ele apontou que a vitória do petista e a volta dos seus aliados será uma "catástrofe".

Moro publicou a foto de um encontro de Lula com líderes dos partidos de esquerda em um teatro lotado. No evento, além da cúpula do PT, estão presentes nomes de fora da sigla, como o senador Randolfe Rodrigues (REDE), os deputados Alessandro Molon (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB), e a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB).

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“Além da catástrofe da possível eleição do Lula, temos que estar atentos ao que viria junto com ele. Sinceramente, o Brasil não merece isso”, escreveu o pré-candidato.

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Com uma pré-campanha ainda tímida, o ex-juiz se restringe a comentar sobre notícias do cenário político nas redes sociais e costuma criticar duramente o petista. Em seu primeiro material oficial após o lançamento da pré-candidatura, Sergio Moro propôs a valorização da família e das liberdades fundamentais.

O União Brasil anunciou, nesta quinta-feira (7), o apoio à reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). O partido, porém, abriu nova disputa na coligação ao pedir a indicação do vice na chapa, cargo reservado atualmente ao MDB.

O União Brasil, em nota, também constrangeu o PSDB nacional ao afirmar que Garcia vai apoiar o presidente da legenda, Luciano Bivar, na disputa ao Palácio do Planalto. O comunicado ignora o fato de os tucanos terem acerto com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) na eleição deste ano.

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"Após longo período de conversas, o União Brasil e o PSDB chegam a um acordo para as eleições estaduais. O União Brasil vai apoiar a reeleição de Rodrigo e discutirá o nome de vice na chapa", afirma o União Brasil, na nota.

Garcia e Bivar estarão no mesmo palco amanhã em um ato que espera reunir 3 mil pessoas em São Paulo, com a presença do casal Sérgio e Rosângela Moro, ambos filiados ao União Brasil. "O evento também vai marcar o apoio de Rodrigo Garcia a Bivar como candidato a presidente em São Paulo", diz a nota.

O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), foi informado por Bivar do acordo em São Paulo em reunião na terça-feira, em Brasília. O emedebista não se opôs ao acerto, mas quer que o governador também abra palanque para Simone. Bivar chegou a romper com o governador paulista após o PSDB abraçar a pré-candidatura da senadora, mas recuou.

"Se o Rodrigo Garcia apoiar dois candidatos à Presidência da República, deve haver uma compensação digna ao União Brasil, que seria a indicação do candidato a vice. A sobrevivência do PSDB nacional passa pela eleição do governo em São Paulo", disse o deputado federal Junior Bozzella (União Brasil-SP), aliado de Bivar e membro da Executiva Estadual.

Resistência

O MDB, porém, mantém o nome do ex-secretário da Saúde da capital Edson Aparecido, que deixou o PSDB, como uma indicação do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Para Garcia, é importante ter o chefe do Executivo paulistano engajado no projeto estadual. Aparecido já articulou 15 encontros de Garcia com Nunes e militantes na cidade.

Agora, com o fim do impasse, Garcia tem garantido o tempo de TV do União Brasil - 1 minuto e 30 segundos em cada bloco da propaganda eleitoral gratuita -, e assim terá a hegemonia na programação diária. Ele estará à frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).

Na coligação tucana, o Podemos e até o ex-governador João Doria (PSDB) atuam nos bastidores para indicar o candidato ao Senado. Doria defende Henrique Meirelles (União Brasil), e o Podemos, o deputado estadual Heni Ozi Cukier.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) irá anunciar na próxima terça-feira, 12, que será candidato ao Senado pelo Paraná. O pronunciamento será feito em Curitiba e deve contar a presença do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, e do presidente do diretório paranaense da sigla, Felipe Francischini.

Integrantes do União Brasil, em conversas reservadas, confirmam que o ex-ministro da Justiça irá disputar o Senado. Moro evitou antecipar a decisão que será anunciada, mas admitiu que ser senador é uma opção. "Será divulgado na terça. Senado é uma possibilidade", disse ao Estadão.

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O partido no Paraná ainda não definiu quem irá apoiar para governador. A sigla tem negociação aberta com o projeto de reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD), mas ainda não tem previsão de bater ou não o martelo para a aliança. Outros pré-candidatos ao Senado, como o deputado Paulo Martins (PL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), também tentam estar na mesma chapa do governador.

Pesquisa Ipespe divulgada nesta semana mostra Moro em segundo lugar nas intenções de voto para o Senado, com 24%, atrás do senador Álvaro Dias (Podemos), que aparece com 31%.

Já a pesquisa Real Time Big Data divulgada na semana passada aponta Moro em primeiro lugar nas intenções de voto para o Senado, com 30%, e Dias em segundo com 23%. O senador do Podemos foi um dos principais incentivadores para que Moro entrasse na política.

A decisão encerra uma série de idas e vindas que marcou a participação de Moro no período pré-eleitoral. Inicialmente ele foi apresentado como candidato à Presidência da República e para isso se filiou ao Podemos em novembro do ano passado. No entanto, o ex-ministro da Justiça enfrentava resistência de parte da bancada do partido no Congresso, que estava insatisfeita em dividir os recursos financeiros com uma candidatura presidencial.

Em abril, perto do prazo estabelecido pela Justiça Eleitoral para trocar de legenda e participar das eleições, Moro se filiou ao União Brasil, partido originado da fusão do DEM com o PSL e com muito mais recursos financeiros, com uma cifra que se aproxima de R$ 1 bilhão.

Ele entrou na nova sigla já com o aviso de que teria de desistir de disputar o Palácio do Planalto. Caciques do União Brasil temiam que uma eventual candidatura presidencial de Moro contaminasse as eleições para governador em Estados que os eleitores possuem resistência ao ex-ministro.

Quando trocou de partido, Moro também tentou mudar o domicílio eleitoral para São Paulo, mas a Justiça do Estado invalidou a mudança e ele mudou os planos para concorrer no Paraná, sua terra natal.

A advogada Rosângela Moro, mulher do ex-ministro, será candidata a deputada federal por São Paulo. Diferente do marido, ela não teve a mudança de domicílio contestada. Nesta quinta-feira, 7, o ex-juiz compartilhou uma entrevista da advogada publicada pelo jornal O Globo em que ela confirma que irá concorrer a deputada e disse que "tem muito orgulho" dela.

O União Brasil lançou Luciano Bivar como candidato à Presidência. Mesmo assim, integrantes do partido nos Estados, como o senador Márcio Bittar (AC), o governador do Amazonas, Wilson Lima, e a deputada Clarissa Garotinho (RJ) declaram abertamente o apoio a Bolsonaro.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) Bartolomeu Bueno negou o mandado de segurança de autoria de Mendonça Filho contra o governador Paulo Câmara. Em seu pedido, o ex-deputado cobrava o cumprimento da Lei Complementar 194/22, que prevê a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos (ICMS) sobre combustíveis.

Atual presidente do União Brasil no Recife, Mendonça alegou que a maioria dos estados baixou a taxa da alíquota do imposto em 17% para itens essenciais, como estipula a nova lei, mas Pernambuco ainda aguarda pela apreciação de um projeto de lei estadual que será votado pela Assembleia Legislativa (Alepe).

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O desembargador compreendeu que a situação realmente causa prejuízos financeiros aos pernambucanos, mas negou o mandado pela "ausência de legitimidade do autor para interpor tal recursos em relação ao assunto". Nesse sentido, Mendonça não poderia ter entrado com um mandado de segurança por conta possíveis interesses políticos.

"O objeto passível de tutela referente aos interesses legítimos dos integrantes de partido político, exclui os direitos ou interesses difusos, visto que seriam mais interesses do que direitos, sendo, portanto, incompatíveis com o conceito de direito líquido e certo", avaliou o desembargador.

Diante do exposto, apenas pessoas ligadas por fins comuns, nesse caso, os próprios filiados do União Brasil, poderiam ter entrado com a ação. Bueno ainda expressou dois limites para a impetração de um mandado de segurança coletivo.

“ a) a defesa apenas de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária; b) a proteção apenas de direitos ou interesses coletivos e individuais homogêneos, excluída a proteção aos direitos ou interesses difusos”, reforçou.

 

Com o início do período eleitoral se aproximando, alguns pré-candidatos e pré-candidatas ao governo de Pernambuco já lançaram as suas propostas de governo. Na segunda-feira (13), foi a vez de Miguel Coelho (União Brasil), ex-prefeito de Petrolina e filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), lançar o seu plano de governo, que deve ser construído gradualmente junto à sociedade, através de uma plataforma online

De acordo com o professor da UFPE e cientista político, Arthur Leandro, as propostas divulgadas pela equipe do ex-prefeito “trazem um rol de ações citadas de maneira genérica, sem a indicação clara de onde viriam os recursos, quais seriam as estratégias de implementação dessas ações, ou o que seria prioritário”. “É um anúncio geral, como um manifesto, e que reflete o lugar da candidatura de Miguel no cenário político do Estado, e no contexto nacional que nós estamos vivendo. Ele tem um perfil político ligado à imagem e às conexões do seu pai, tendo, dessa forma, dificuldade de se apresentar com identidade própria”, afirmou. 

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Arthur Leandro explicitou que as propostas do pré-candidato refletem a dificuldade dele ser reconhecido.  “Lemos o plano, e não se identifica o que seria especificamente de Miguel, ou em que isso se diferenciaria de algo apresentado por seus concorrentes. Além disso, falta coesão a esse conjunto de propostas de um ponto de vista técnico; um mínimo detalhamento, para que a gente entenda efetivamente como essas iniciativas vão ser custeadas, principalmente as que têm grande impacto financeiro, como as ações de infraestrutura, as obras”, disse. 

Ainda de acordo com o professor, não há diferenciação em termos de agenda com relação às outras propostas. “Essas iniciativas e sugestões não sinalizam uma diferenciação em termo de política pública, que permitam ao eleitor entender que a divisão na oposição se dava pelo jeito de ver os problemas do Estado. Então, parecem propostas que estão sendo formatadas apenas agora, quando a polaridade nacional sufoca as agendas dos estados, gerando fragmentação de candidaturas que tentam se posicionar mais perto de Lula, ou de Bolsonaro. Daí que temos diversas candidaturas, mas não existe uma diferenciação muito clara em termos de agenda; no caso de Miguel, o debate com a sociedade pernambucana, que seria a fonte de onde emanariam as propostas de um plano de governo, não foi promovido ao longo dos últimos anos. Daí essa indistinção, essa pobreza programática, que tende a ser disfarçada por movimentações de natureza fundamentalmente eleitoral”, salientou. 

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O especialista observou que o pai de Miguel Coelho, o senador Fernando Bezerra Coelho, investe na candidatura do filho há um tempo. “E, inclusive, tinha a intenção de lançá-lo como o nome de Bolsonaro, algo que não ficou viabilizado, então houve a necessidade de pegar algumas das ideias que já estavam prontas, e colocá-las dentro de um pacote que fosse apresentável ao eleitor pernambucano. O fato é que essas propostas não foram construídas com as bases, num processo de negociação e articulação liderada pelo candidato, e seu partido ou grupo político", disse. 

“A gente não vê uma ênfase social clara nas propostas, nem ênfase em desenvolvimento econômico, que são as duas principais expectativas do eleitorado, hoje; a gente não consegue ver nem um ponto e nem outro, porque o plano não diz para que lado vai. Parece que isso não é por acaso, mas reflete a identidade, ou a falta de identidade, da candidatura de Miguel numa disputa vertebrada pela campanha nacional, e na qual o eleitor pernambucano terá ainda de decidir pela permanência ou substituição do PSB com força política hegemônica”, completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um aceno político nesta terça-feira, 31, ao União Brasil, legenda que é dona do maior fundo eleitoral e partidário do País: R$ 1 bilhão. "A decisão é interna do partido, mas gostaria que ele viesse conosco", disse.

O União Brasil lança hoje o deputado federal Luciano Bivar (PE) como pré-candidato à Presidência, mas já liberou filiados a apoiar Bolsonaro. Atualmente no comando do União Brasil, Bivar foi presidente do PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito nas eleições de 2018 e depois se desfiliou por divergências internas. O PSL se uniu ao DEM na formação do União Brasil.

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De acordo com Bolsonaro, Luciano Bivar tinha "um sonho" de ser candidato a vice quando estavam no mesmo partido. "Agora (o sonho) de ser a voz (da legenda) e ser candidato a presidente", afirmou o pré-candidato à reeleição em entrevista ao apresentador Ratinho, na Massa FM.

Como mostrou o Estadão, integrantes do União Brasil dizem que receberam aval do partido para apoiar Bolsonaro logo no primeiro turno. Afirmam, ainda, que a ofensiva para ter Bivar como candidato reflete uma estratégia que tem como objetivo rachar a terceira via e auxiliar na tentativa de reeleição de Bolsonaro.

Na entrevista, o presidente disse que a terceira via "dificilmente" vai se viabilizar e minimizou o desembarque do ex-governador João Doria (PSDB), seu ex-aliado e atual desafeto, da corrida pelo Palácio do Planalto. "Não fazia diferença. Ele estava na casa de 1%. O eleitor que decide. Está polarizado, dificilmente teremos uma terceira via no Brasil. O eleitor do Doria que decide entre eu e o Lula", afirmou.

Embora tenha citado porcentual de Doria, o chefe do Executivo ainda repetiu que não acredita em pesquisas de intenção de voto. "Existe algum interesse nisso tudo. A gente luta dentro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que as eleições sejam realizadas sem qualquer sombra de irregularidades.".

"Entendo que o TSE deveria não brigar comigo, mas fazer audiência pública com técnicos das Forças Armadas para dizer quem tem razão", acrescentou Bolsonaro, sobre os questionamentos dos militares a respeito da urnas eletrônicas.

O TSE reafirmou a segurança do sistema brasileiro e já classificou os questionamentos dos militares como "opinião".

De acordo com Bolsonaro, sua segurança pessoal teme uma nova facada ao longo da eleição. "Tentamos desvendar o atentado em 2018, mas há uma rede de proteção em cima do Adélio Bispo", afirmou, sem apresentar provas.

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, vai lançar nesta terça, 31, oficialmente sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto ao mesmo tempo em que seu partido liberou seus filiados para apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) logo no primeiro turno.

Integrantes da legenda dizem que Bivar só entrará na disputa para negociar mais adiante sua retirada, em troca de espaço em uma aliança. Afirmam, ainda, que a candidatura tem como objetivo rachar a terceira via e auxiliar na tentativa de reeleição de Bolsonaro.

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"O apoio ao Bolsonaro permanece. O acordo que fiz com o partido foi para que ele me deixasse livre para apoiá-lo", afirmou ao Estadão o governador do Amazonas, Wilson Lima, que trocou o PSC pelo União Brasil e vai tentar a reeleição.

Deputado federal por Pernambuco, Bivar já foi candidato a presidente em 2006, quando ficou em último lugar, com 0,06% dos votos válidos. Dono dos maiores fundos eleitoral e partidário, perto de R$ 1 bilhão, o União Brasil é alvo da cobiça de vários pré-candidatos a presidente, de Ciro Gomes (PDT) a Bolsonaro.

Em mais de uma ocasião, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, manifestaram o desejo de ter o novo partido - fruto da fusão entre o DEM e o PSL - na coligação do presidente.

O União Brasil já abriga muitos apoiadores de Bolsonaro. A deputada Clarissa Garotinho (RJ), por exemplo, é uma delas. Assim como o governador do Amazonas, Clarissa afirmou que Bivar não proibiu o apoio a Bolsonaro. "O Bivar tem deixado a bancada muito à vontade. Ele entende que todo mundo tem uma posição construída até aqui", disse.

Terceira via

Inicialmente, o União Brasil fazia parte do grupo da terceira via, composto pelo MDB, PSDB e Cidadania e dizia estar interessado em construir uma candidatura única para se contrapor a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No início deste mês, no entanto, a legenda decidiu sair do grupo e anunciou que lançaria a pré-candidatura de Bivar, mesmo sem acordo com os outros partidos. O MDB e o Cidadania já anunciaram apoio à pré-candidatura de Simone Tebet e a tendência é que a cúpula do PSDB siga o mesmo caminho.

Como mostrou o Estadão, a iniciativa de não se aliar às outras siglas da terceira via ocorreu após pressão do Palácio do Planalto, que ameaçou retirar cargos controlados por dirigentes do União Brasil.

O líder do partido na Câmara é o deputado Elmar Nascimento (BA), padrinho político do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Moreira Pinto. Relator do Orçamento de 2021, o senador Márcio Bittar (União-AC) também é, atualmente, um dos principais aliados de Bolsonaro no Congresso. Bittar foi um dos mais beneficiados pelo orçamento secreto, em que o pagamento de emendas de relator é feito a redutos eleitorais dos parlamentares, em troca de apoio ao governo no Congresso.

Aliança formal

Uma aliança formal com o PL de Bolsonaro, porém, é considerada muito difícil pela cúpula do União Brasil por causa de arranjos estaduais. O ex-prefeito de Salvador ACM Neto é um dos que mais tentam se descolar da imagem de bolsonarista. Pré-candidato a governador da Bahia, onde Lula tem altos índices de popularidade, e rival histórico do PT no Estado, Neto já disse que não dará palanque a nenhum candidato a presidente.

"Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado", afirmou o ex-prefeito de Salvador, que é secretário-geral do União Brasil. "No nosso caso aqui na Bahia, (a decisão) é de não ter candidatura à Presidência oficial. É deixar o palanque aberto", disse ele.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato Miguel Coelho vai anunciar as suas diretrizes do Plano de Governo na próxima segunda-feira (30), no Recife. Ele também vai falar das principais ações e investimentos que serão implementados em quatro anos. A entrevista coletiva para a imprensa terá a participação da prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, coordenadora do Plano de Governo do pré-candidato do União Brasil.

O documento propõe soluções para superar os desafios do Estado nas áreas da saúde, educação, infraestrutura, segurança pública e social. Para isso, Miguel quer triplicar os investimentos do Estado em quatro anos, atingindo o total de R$ 12 bilhões.

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“Pernambuco amarga indicadores que refletem a omissão do governo do estado nos últimos oito anos. Queremos fazer uma grande transformação, recuperando o protagonismo e promovendo o bem-estar do povo pernambucano. Nosso objetivo é fazer de Pernambuco o melhor lugar para se viver e empreender. É para isso que estamos trabalhando”, disse Miguel Coelho.

Serviço 

Evento: Anúncio das diretrizes do Plano de Governo do pré-candidato Miguel Coelho

Data: 30/05/2022, às 10h

Local: Auditório do Bristol Hotel & Conventions – Rua Maria Carolina, 661 – Boa Viagem.

O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (União Brasil) tenta se lançar pré-candidato ao Executivo fluminense com aval do presidente nacional do partido, Luciano Bivar, que pretende concorrer ao Planalto. A volta de Garotinho ao cenário afastaria seu partido da aliança em torno do governador Cláudio Castro e do palanque local do presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL. Apesar das consequências nacionais, o movimento de Garotinho envolve uma questão paroquial: sua insatisfação com Castro por causa de uma disputa por espaço em sua base eleitoral no interior.

A principal condição do clã Garotinho para apoiar a reeleição de Castro era que o governador se afastasse politicamente do secretário de Governo, Rodrigo Bacellar. Trata-se de um político local, deputado estadual em primeiro mandato, com base eleitoral em Campos dos Goytacazes (RJ). Lá, é rival dos Garotinhos.

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A discórdia ganhou contornos de rixa pessoal e se tornou pública nas redes sociais. O prefeito de Campos, Wladimir Garotinho (União Brasil), filho do ex-governador, criticou o secretário por ter se reunido com o ex-prefeito Rafael Diniz, derrotado na última eleição para a prefeitura da cidade. Em resposta, Bacellar chamou Wladimir de "filho dos ex-presidiários" - Garotinho e a mulher, Rosinha, foram presos - e atacou a mulher do prefeito, Tassiana Oliveira. Os insultos destruíram as pontes que vinham sendo construídas entre a família e Castro.

Sem nenhum indicativo de que o governador se afastaria do secretário, a família Garotinho focou na busca de apoio direto de Bolsonaro. Diante das dificuldades que encontrou com outras pré-candidaturas, o ex-governador agora tenta se lançar, para pressionar Castro pela ameaça de implosão do seu palanque local. A iniciativa conta com o aval da executiva estadual do União Brasil e será avaliada pela direção nacional. A ideia é que Garotinho dê palanque no Estado para Bivar.

PURO-SANGUE

"Seria palanque puro-sangue, Anthony e Bivar. Para Bivar, é de grande valia, porque ele passa a ter no Rio um palanque que não tinha antes", disse ao Estadão/Broadcast o presidente do União Brasil no Rio, Wagner Carneiro, o Waguinho.

Até então, o União Brasil do Rio apoiaria a reeleição de Bolsonaro. A família Garotinho já se movia em busca de um palanque alternativo, encabeçado pelo ex-governador, quando o partido não havia definido a candidatura de Bivar ao Planalto. A deputada Clarissa Garotinho (União Brasil-RJ) dizia ser defensora da proposta por se queixar da falta de apoio de Castro a Bolsonaro.

O ex-governador precisa, no entanto, resolver problemas com a Justiça para ser candidato, já que foi condenado duas vezes em segunda instância por improbidade administrativa e cooptação de votos. Isso o tornaria inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Garotinho aposta em um recurso pendente no Tribunal Superior Eleitoral para concorrer.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pernambuco é o estado com a maior taxa de crimes violentos do país. São 10 mortes por cada 100 mil habitantes, com aumento de 2,4 casos entre janeiro e março de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

Em número absoluto de vítimas, Pernambuco aparece em 2º lugar nacional, com 963 mortes, atrás apenas da Bahia, que registrou 1.326 no primeiro trimestre do ano. O aumento da violência em Pernambuco está na contramão do cenário nacional. Enquanto o Brasil registrou queda de 6% no número de assassinatos, o estado teve aumento de 16,3%.

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Os dados foram apontados pelo pré-candidato a governador Miguel Coelho (União Brasil) como uma clara evidência da crise de segurança em Pernambuco. Durante um encontro, nesta quarta-feira (18), com representantes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), o político sertanejo disse que o Governo do Estado precisa reagir e dar condições de trabalho para as forças de segurança conterem a onda de criminalidade.

“Tenho dito que o Pacto pela Vida faliu, que precisamos atualizar a forma de combater a violência. O crime evoluiu e não são dadas as condições adequadas para a polícia enfrentar os bandidos. O resultado está aí, Pernambuco volta a ser o estado mais violento. O PSB perdeu completamente as condições de conduzir essa renovação, falta liderança. Precisamos reagir, e para isso é necessária uma grande mudança nos rumos de Pernambuco”, afirmou o pré-candidato a governador do União Brasil.

*Da assessoria

O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, confirmou o desembarque do partido da chamada terceira via e a manutenção de uma candidatura própria à Presidência da República. O União saiu da aliança negociada anteriormente com MDB, PSDB e Cidadania, que anunciaram a intenção de lançar um candidato único ao Planalto. A decisão representa mais um fator que mina a união da terceira via nas eleições.

O Palácio do Planalto ameaçou retirar os cargos apadrinhados por integrantes do partido se o União Brasil apoiasse a terceira via. Oficialmente, Luciano Bivar justificou a decisão alegando que não houve unidade no grupo das legendas que discutiam um acordo eleitoral.

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"Esperamos até o último momento para ver se fazíamos uma coligação com outros partidos, entretanto, os outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil", disse Bivar, em vídeo divulgado pela assessoria às 21h20 desta quarta-feira, 4, citado como o "Dia D" para a definição.

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Bivar lançou pré-candidatura própria ao Planalto. "Eu me recuso a aceitar os extremos que estão aí estabelecidos", disse. O apoio da legenda, dona de quase R$ 1 bilhão em verbas do fundo partidário e do fundo eleitoral neste ano, ainda é buscado por outros presidenciáveis. Ciro Gomes (PDT), por exemplo, quer fechar uma aliança com a sigla e admite oferecer a vaga de vice para Bivar na chapa.

Secretário-geral do União Brasil, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, não garante que o correligionário Luciano Bivar terá palanque único nos Estados, caso o partido mantenha a candidatura dele à Presidência.

Apesar de enfatizar que a entrada de Bivar na disputa foi decisão unânime da sigla, ACM destacou que a pré-candidatura própria não altera a liberdade para que os diretórios estaduais apoiem quem quiser em âmbito nacional.

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"Essa pré-candidatura não conflita com a posição de independência de cada Estado. No nosso caso aqui da Bahia, de não ter candidatura à Presidência oficial, de deixar o palanque aberto", afirmou o pré-candidato ao governa da Bahia em entrevista coletiva nesta terça-feira, 3.

"Mais adiante, caso a pré-candidatura se oficialize, vamos ver qual será a posição do União Brasil sobre isso", ponderou o também ex-prefeito de Salvador.

O União Brasil pretende desembarcar da chamada terceira via, que articula lançar um único nome na corrida presidencial, e colocar Bivar na disputa por fora da aliança. Como mostrou o Broadcast Político, ele teria se sentido esnobado por outros partidos do grupo que não levaram a sério sua postulação como pré-candidato à Presidência.

O Estadão/Broadcast mostrou também que o Planalto ameaçou retirar cargos do partido, caso a legenda continuasse a terceira via.

ACM Neto negou ainda que o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) por parte de candidatos a governador do partido em Mato Grosso e Amazonas signifique uma reaproximação com o presidente.

"Cada Estado tem liberdade para adotar sua estratégia e promover alinhamento político mais adequado. Não há nenhuma surpresa no posicionamento do Amazonas e de Mato Grosso. Não existe orientação nacional de aproximação ou distanciamento com ninguém", declarou.

O pré-candidato ao governo do estado, Miguel Coelho (União Brasil), disse, nesta segunda-feira (2), que pretende lançar um grande programa de investimentos para alavancar a geração de emprego em Pernambuco. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no estado é de 19,9%.

Para mudar esse cenário, além da ampliação dos investimentos públicos, Miguel defende o modelo de concessões e parcerias público-privadas para solucionar problemas estruturais do estado, como o abastecimento de água e o saneamento básico. 

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O pré-candidato lembrou que mais de 7 milhões de pernambucanos não têm acesso aos serviços de coleta e tratamento de esgoto, e a água não chega na torneira em metade dos domicílios do estado.

Segundo Miguel, o programa de governo prevê a concessão de alguns serviços que funcionam em "estatais ineficientes". O pré-candidato defende, por exemplo, um novo modelo para a água e o esgoto de Pernambuco, com a participação de grupos privados na distribuição e no saneamento básico, enquanto a captação e o tratamento da água continuarão sob responsabilidade da Compesa.

Privatizar estradas

Miguel ainda pretende alocar recursos públicos e privados para impulsionar o potencial logístico de Pernambuco. De acordo com recente pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), o estado possui uma das piores malhas viárias do país.

“Pernambuco tem 4 mil quilômetros de estradas estaduais que precisam, por ano, de R$ 500 milhões para recuperação e manutenção, além de novos investimentos. No caso das estradas que têm potencial de carga, frete e logística, é possível estudar a viabilidade econômica de uma PPP ou de outra forma de concessão. Mas muitas estradas do interior, no Agreste e no Sertão, precisam de investimentos do estado, o que é possível fazer já que Pernambuco arrecada R$ 38 bilhões por ano”, explicou.

O Palácio do Planalto entrou em campo para forçar o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), a retirar o partido do grupo que tenta tornar viável um candidato da terceira via na eleição presidencial. A ala governista da legenda tem recebido sinais de que perderá cargos, caso seja oficializada a aliança com MDB, PSDB e Cidadania. O recado partiu da Casa Civil, comandada pelo ministro Ciro Nogueira.

O líder do União Brasil na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA), é hoje o principal articulador da candidatura de Bivar, independentemente do time da terceira via. O objetivo dele, porém, é evitar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) perca votos para o grupo que se autointitulou "centro democrático". A ideia é levar o União Brasil, que tem quase R$ 1 bilhão de recursos dos fundos eleitoral e partidário, além do maior tempo de TV na campanha, para apoiar o projeto de reeleição de Bolsonaro.

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Elmar tem muito a perder em eventual rompimento com o governo. Ele controla a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), considerada a "estatal do Centrão". Interlocutores dos quatro partidos do bloco disseram que o deputado já foi avisado de que perderá influência na companhia.

É de Elmar a indicação de Marcelo Moreira Pinto para a presidência da Codevasf, empresa na qual o orçamento secreto ganhou mais evidência, em troca de apoio político para o governo. O esquema foi revelado pelo Estadão. O deputado também chegou a indicar o irmão, Elmo Nascimento, para a superintendência de Juazeiro (BA). Hoje, o cargo é de um outro aliado, José Anselmo Moreira Bispo.

A superintendência de Bom Jesus da Lapa (BA) é do correligionário Arthur Maia (BA), que apadrinhou Harley Xavier Nascimento. Maia acaba de ser eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, substituindo a bolsonarista Bia Kicis (PL-DF).

Deputados de perfil governista, Maia e Elmar protagonizaram a debandada no antigo DEM na disputa para a presidência da Câmara, no ano passado. Numa virada, passaram a apoiar Arthur Lira (Progressistas-AL), que ganhou a eleição com apoio de Bolsonaro.

Mágoas

O episódio deixou mágoas e desconfiança até hoje. Na ocasião, esse grupo acabou por enfraquecer a candidatura do deputado Baleia Rossi (SP), presidente do MDB, que contava com apoio não só do DEM, mas de outros partidos que agora tentam construir a chamada terceira via, como PSDB e Cidadania.

Formado a partir da fusão do DEM com o PSL, o União Brasil é o partido ao qual o ex-ministro e ex-juiz da Operação Lava Jato, Sérgio Moro, se filiou, após deixar o Podemos. Moro chegou a ser lançado pré-candidato à Presidência da República pelo antigo partido, mas não conseguiu decolar. Agora, seu futuro político ainda é incerto.

O nome do próprio Bivar foi apresentado como opção para o grupo da terceira via, mas tudo indica que o União Brasil caminha, agora, para uma jogada própria. Os outros pré-candidatos do grupo são o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também do PSDB, corria por fora, mas recuou. Todos esses nomes, no entanto, registram desempenho pífio nas pesquisas de intenção de voto.

Enquanto isso, porém, o Planalto continua na ofensiva sobre Bivar e Antônio Rueda, outro homem de confiança do governo no União Brasil. Ao Estadão, Bivar disse que não fazem sentido rumores de que seu partido trabalha para fortalecer Bolsonaro. Ele minimizou o fato de seus correligionários controlarem cargos importantes no governo federal, mas confirmou manter conversas com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Assim que assumiu posição de destaque no comitê do pai, após a filiação ao PL, Flávio disse que o União Brasil era um dos partidos que tentaria atrair para a órbita de aliados do presidente. A resistência, porém, continua sendo de políticos como o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, secretário-geral do União Brasil e candidato ao governo da Bahia. Elmar também é muito ligado a Neto. Nos bastidores, parlamentares do União Brasil já tiveram sinal verde de Bivar para apoiar Bolsonaro e candidatos dele nos Estados.

Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (27), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) disse que o Partido dos Trabalhadores vai “perseguir todo mundo que foi contra a corrupção no governo dele”, e pediu que o eleitorado tivesse atenção no voto. A fala de Moro foi em resposta a uma ação judicial que ele recebeu de deputados do PT para indenizá-los por prejuízos ocasionados pela Operação Lava Jato. 

“Tem horas que você não sabe se o PT é um partido político ou um grupo de comediantes. A novidade da vez é que alguns deputados petistas entraram com uma ação judicial contra mim pedindo indenização por supostos prejuízos que a Lava Jato teria ocasionado”, informou. 

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Em seguida, Moro falou sobre o “rastro de lama que o PT deixou”, e que “você [eleitor] decide quem prejudicou quem”. “Vou lembrar rapidamente o rastro de lama que o PT deixou ao longo de 14 anos e você decide quem prejudicou quem: compra de deputados no famoso caso do mensalão, refinaria superfaturada, financiamento de porto em Cuba, o petrolão. Quem acabou com a economia e o desemprego foi o PT, aliando incompetentes e corrupção”. 

Em tom de campanha, o ex-juiz faz um “aviso” ao eleitorado. “A Lava Jato impediu que a Petrobras quebrasse e permitiu que ela recuperasse mais de R$ 6 bilhões. Quem você acha que deve ressarcir quem? Fique atento. Se você continuar, eles vão voltar com tudo e perseguir todo mundo que foi contra a corrupção no governo dele, inclusive quem saiu às ruas”. 

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