Tópicos | vice

Um candidato a vice-prefeito na cidade de Amélia Rodrigues, no interior da Bahia, foi preso após tentativa de suborno contra policiais militares na noite da terça-feira (3). Na delegacia, José Eutanio Gomes Martins, o Totô (PP), confessou que era a voz dele no áudio gravado da tentativa de suborno. 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o político ofereceu dinheiro para liberar um carro apreendido por fazer propaganda eleitoral abusiva. A ação foi gravada por um oficial do 2º pelotão da 20ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Santo/Amaro). 

##RECOMENDA##

O áudio com a tentativa de suborno e o político foram apresentados na 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Santo Amaro. O homem confessou que a voz gravada era dele. Ele foi autuado em flagrante por corrupção ativa e segue custodiado à disposição da Justiça.

A candidata a prefeita do Recife, Marília Arraes (PT), elevou o tom contra o adversário João Campos (PSB) em publicação no Twitter, nesta terça-feira (20), e chamou o pessebista de "frouxo". A postura da prefeiturável foi em reação a uma comparação das propostas deles e o fato da vice na chapa de João, Isabella de Roldão (PDT), ter se posicionado sobre o assunto. 

--> Receba as principais notícias sobre as eleições em Pernambuco todos os dias no seu celular. Entre para o nosso grupo no WhatsApp.

##RECOMENDA##

"João Campos é frouxo, colocou a vice pra criticar nossas propostas", escreveu a petista, citando uma nota que, segundo ela, havia sido enviada para um jornal local ao ser indagada sobre as comparações.

Uma das iniciativas semelhantes é o programa Florescer, apresentado pela petista em seu programa de governo para atender à primeira infância e garantir vagas em creches para crianças de 1 a 4 anos. A proposta é bem parecida com o projeto da Prefeitura do Recife chamado de Pertencer, que teve um reforço quando Isabella era secretária de Habitação da capital pernambucana, com a criação do Espaço de Convivência para acolher crianças de 6 meses a 6 anos em período semi-integral.

Em publicação no Instagram no último sábado (17), sem fazer uma crítica ou citação direta, Isabella juntou recortes de matérias sobre o Pertencer, classificado por ela como "um dos projetos mais importantes" da sua vida e ressaltou: "Essa semente, quem plantou fomos nós".

A fala foi um gatilho para o disparo de Marília, que na mesma postagem no Twitter ainda escreveu: "(...) Mas, ressalto: não debato com vice. Se o candidato quiser, crie coragem e venha discutir o Recife". Em outra rede social, também nesta terça-feira, Marília também alfinetou João pelo apoio que ele deu em 2014 ao tucano Aécio Neves nas eleições presidencial e reclamou da falta de debate na disputa eleitoral deste ano. 

[@#video#@]

O LeiaJá entrou em contato com o candidato João Campos que, por meio da assessoria de imprensa, disse que não comentaria o assunto.

O Exército instaurou um processo administrativo para apurar a conduta da tenente-coronel André Firmo (Republicanos), que é candidata a vice-prefeita na chapa do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Firmo aparece usando sua farda camuflada com boina azul em um "santinho" divulgado pela campanha, ao lado das imagens de Crivella e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O Estatuto dos Militares proíbe que integrantes das Forças Armadas usem "uniformes em manifestação de caráter político-partidária".

##RECOMENDA##

A candidata a vice-prefeita está classificada como "agregada, a fim de concorrer a cargo eletivo", ou seja, ela está afastada para disputar as eleições de 2020.

Firmo disse ao G1 que desconhece qualquer processo administrativo investigativo do Exército e que não foi notificada. A tenente-coronel afirmou que a roupa usada "representa um marco para as mulheres". A boina azul faz referência às Organização das Nações Unidades (ONU). A candidata diz que foi a primeira mulher brasileira a liderar base militar de observadores internacionais em Missão de Paz no Saara.

[@#video#@]

No último dia de prazo do calendário eleitoral, o Republicanos oficializou nesta quarta-feira (16) a candidatura do deputado federal Celso Russomanno na disputa pela Prefeitura de São Paulo e anunciou que o vice na chapa será o advogado Marcos da Costa, do PTB, ex-presidente da OAB paulista. A chapa ingressa na disputa como a dupla preferencial do presidente Jair Bolsonaro na disputa e já recebeu a sinalização de que terá apoio público do mandatário. Tanto o Republicanos quando o PTB integram a base aliada de Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A união aumenta o tempo de rádio e televisão no horário eleitoral gratuito que Russomanno terá à sua disposição.

"Esse alinhamento já existe com o governo federal e será muito bom para São Paulo", afirmou o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, na convenção. "Celso, você é meu candidato e o meu amigo de 20 anos. Estamos juntos mais uma vez", discursou Marcos da Costa. "Essa união propicia uma campanha mais robusta e mais forte", afirmou Russomanno.

##RECOMENDA##

A definição de Marcos da Costa como vice ocorre depois da tentativa de compor aliança com a deputada Joice Hasselmann, do PSL, e com o major Costa e Silva, que disputou o cargo de governador pelo Democracia Cristã (DC) nas eleições de 2018 e que será candidato a vereador pelo PTB. A investida com o PSL não teve sucesso e que o partido teria que abrir mão da candidatura própria. A conversa foi feita com a ala "bolsonarista" da cúpula do PSL nacional, que tenta se reaproximar do presidente, passando por cima da executiva estadual.

O PTB já tinha realizado no sábado a sua convenção partidária que tinha oficializado a candidatura própria de Marcos da Costa. Com a desistência, o partido mantém a tendência dos últimos 24 anos de firmar uma composição. Nesta terça-feira, o PTB e a assessoria do Marcos da Costa reafirmaram a candidatura própria do advogado e negaram reiteradas vezes a possibilidade de composição com o Republicanos.

O atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), o ex-governador Márcio França e, agora, Russomanno são os únicos candidatos que conseguiram formar coligação para aumentar o tempo de televisão no horário eleitoral.

Na convenção do PTB, Marcos da Costa disse estar alinhado ideologicamente a Bolsonaro. Questionado sobre a relação conturbada do presidente da República com a OAB e de seus apoiadores com integrantes do poder Judiciário, o candidato afirmou ser um democrata e defendeu a Constituição.

Disse também que se identifica com valores do presidente do partido, Roberto Jefferson, apoiador de Bolsonaro: "(Me identifico com) a defesa que ele faz da Pátria. Nunca me vi saindo do Brasil. Quanto à família, casei com minha primeira namorada. Quanto ao credo em Deus, sempre fui cristão, sou estou aqui por causa Dele. Entrei para o PTB sabendo do reposicionamento do partido, mais conservador e à direita. São valores que defendo."

Na convenção, além de aprovar a chapa majoritária (Russomanno-Marcos) e a chapa de vereadores, o Republicanos deu carta branca para que a executiva paulistana do partido realize alterações nos quadros lançados sem precisar de nova consulta aos convencionais.

A pré-candidata à Prefeitura do Recife Patrícia Domingos (Podemos) fez uma coletiva, nesta terça-feira (15), acompanhada do deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) para reforçar o apoio do parlamentar à candidatura da delegada. Eles confirmaram que o candidato a vice na chapa de Domingos será um integrante do Cidadania.

De acordo com Daniel Coelho, o nome ainda não foi decidido e a executiva do partido realiza uma reunião nesta terça-feira para tratar do assunto. O vice será divulgado na convenção do Podemos, agendada para a quarta-feira (16).

##RECOMENDA##

O deputado ressaltou que o nome escolhido deverá ser de alguém que não disputa uma cadeira na Câmara Municipal. "O ideal é que o nome não seja dos que compõem a chapa de vereadores para não desfalcar a chapa, que está muito competitiva", explicou. 

Daniel declarou não estar pensando em disputar a prefeitura como vice. Questionado se haveria a possibilidade de escolherem o empresário Zé Neto, que disputou uma vaga como vereador em 2016 pelo PV e atualmente está no Cidadania sem ser pré-candidato, Daniel disse se tratar de um grande nome. “Não posso adiantar nada nesse momento, mas tem toda capacidade na eleição como candidato a vice.”

O deputado, que desistiu de disputar a prefeitura após não conseguir unir a oposição em torno de seu projeto, disse não haver ressentimento. "Eu por vezes escolhi apoiar candidatura do DEM, apoiei Mendonça pela primeira vez em 2006 e apoiei de novo em 2018. Apoiei Armando em três oportunidades. Agora eles tomaram outro caminho, é legítimo da parte deles", comentou. O político ressaltou que decidiu apoiar Patrícia para evitar um falso segundo turno entre PT e PSB, que representariam o mesmo projeto.

Patrícia Domingos, cuja principal bandeira é o combate à corrupção, fez críticas à gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). "Minha maior crítica é ele e a equipe dele terem transformado a prefeitura num palco de escândalos de corrupção. A prefeitura virou capa de matérias nacionais, já foram cinco operações policiais na prefeitura. Eu mesma denunciei vários contratos que a prefeitura realizou", disse. 

O PDT anunciou a indicação da ex-vereadora Isabella de Roldão para ocupar a vaga de vice na chapa da Frente Popular do Recife. A confirmação foi feita através de nota, divulgada nesse domingo (13), assinada pelo presidente nacional do partido, Carlos Lupi. 

A postura da legenda vai de encontro com o desejo da ala aliada ao presidente municipal do PDT e deputado federal Túlio Gadêlha de indicar um nome crítico ao PSB - o do enfermeiro Rodrigo Patriota. Isabella de Roldão, inclusive, é ex-secretária da gestão de Geraldo Julio (PSB).

##RECOMENDA##

“Após um intenso e amplo debate, a Direção Nacional do PDT anuncia, com base nas Resoluçoes n⁰ 006/2019 e 003/2020, neste domingo (13/09), o apoio do partido à Frente Popular e à candidatura do deputado federal João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife. Uma aliança que foi construída com muito diálogo, envolvendo diferentes agentes políticos e partidários, sempre priorizando as demandas da população e com um olhar para a construção da cidade que queremos”, diz a nota.

“Isabella foi vereadora do Recife, conhece muito bem a cidade, carrega os valores do PDT e mostrou seu compromisso com o povo recifense ao abrir mão de sua pré-candidatura à prefeita pela unidade no campo progressista. Temos certeza de que, juntos, faremos uma campanha bonita e propositiva, para vencer as eleições e seguir avançando nas conquistas populares”, acrescenta o presidente nacional do partido.

Na última sexta-feira (11), o PDT anunciou a desistência da candidatura própria ao comando da Prefeitura do Recife. Túlio Gadêlha demonstrou insatisfação com a postura.

O vice-presidente Hamilton Mourão foi enfático ao declarar que gostaria de concorrer, novamente, numa chapa Bolsonaro-Mourão em 2022, em entrevista à CNN Brasil na noite deste sábado, 12. "Estou trabalhando pra isso. Venho apoiando todas as iniciativas do presidente, venho procurando facilitar o caminho dele, sendo leal para todas as coisas que ele necessita", disse. "Se ele desejar minha companhia para 2022, marcharemos de passo certo."

Mourão comentou que gostaria de continuar no governo porque isso seria uma forma de prolongar a tarefa de "assentar as bases para que o Brasil tenha um futuro melhor". "Se a gente conseguir terminar todas as reformas que têm de ser feitas de forma que a gente livre o País de toda essa carga que tem de ser retirada, de excesso de tributação, de questão administrativa, que custam muito à Nação... A gente conseguindo fazer tudo isso, deixaria o País num rumo com políticas de Estado bem traçadas."

##RECOMENDA##

De outro modo, Mourão comentou que se Bolsonaro escolher outra pessoa para compor a chapa com ele em 2022, "isso compete a ele". "Não vou sair chorando, de beicinho. Não é assim que funciona. Se ele quiser escolher (outra pessoa), é Brasil. Vamos em frente."

Em relação à disputa direita-esquerda nas eleições, Mourão avaliou que, no campo da direita, Bolsonaro "nada de braçada e nisso ele está tranquilo". Entretanto, o vice disse "não ter dúvidas" de que a esquerda vai tentar construir uma candidatura viável, que "hoje não tem", declarou. "Mas a esquerda tem 25% do eleitorado que vota nela." Sobre o ex-juiz Sergio Moro, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Mourão acredita que ele terá "um longo caminho pela frente" caso queira se candidatar à Presidência. "Ele vai ter de se filiar a um partido... Tem um longo caminho. E se manter no imaginário popular ao combate à corrupção. Temos de aguardar o desenrolar das ações, mas de maneira geral é um nome que sempre é lembrado por parcela da população."

Mourão acredita que as eleições municipais este ano servirão como um bom "termômetro" do que vai emergir em 2022 e afirmou que, "dentro dos limites da lei (eleitoral)", deve apoiar os candidatos do seu partido, o PRTB.

A CNN Brasil indagou Mourão também sobre o ex-assessor da família Bolsonaro Fabrício Queiroz, suspeito de participar de esquemas de "rachadinha" no Rio de Janeiro. "Este assunto está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e temos de aguardar o processo", disse Mourão. "Porque tudo o que temos recebido até agora são vazamentos, já que é um processo que corre em segredo de Justiça. Temos vazamentos pra todo lado." Por isso, Mourão disse preferir aguardar que o processo se desenrole. "Esse episódio é uma coisa que está restrita a um dos filhos do presidente (Flávio Bolsonaro) e, óbvio, uma coisa que atinge sua família é uma coisa que complica. Mas para nós não tem nada a ver. É uma questão particular da família do presidente."

Mourão declarou também que o presidente Jair Bolsonaro "guarda a sete chaves" o nome que indicará para a vaga do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, que se aposenta em novembro. "Isso é um segredo que está nas mãos do presidente e, pelo que eu sei, guardado a sete chaves." Para o vice, porém, o indicado ao STF deveria "ser um jurista de notável saber".

O imbróglio que elevou Michel Temer à cadeira presidencial deu destaque à figura do vice, mas ainda não mobiliza o eleitorado em geral, nem eliminou a visão superficial com a qual o cargo é visto. No Recife, a intensa articulação de pré-candidaturas abafa o mérito dos suplentes e posterga o fechamento das chapas.  

A cientista política Priscila Lapa explica que a Legislação criou a figura do vice para descentralizar poder, e assim, evitar riscos à democracia. No entanto, a Lei não especifica com clareza a participação administrativa que o papel carrega. "Ele funciona como uma espécie de conselheiro. Uma segunda visão para tomar certas medidas. A ideia é que crie uma harmonia e não seja um ator que vai tá ali necessariamente para discordar", avalia.

##RECOMENDA##

Geralmente os critérios de escolha envolvem os ganhos que determinado candidato pode conceder durante a campanha. Além do financiamento em si, os vices fecham alianças partidárias, conseguem angariar apoios políticos pela popularidade e estendem o tempo de campanha na televisão. Lembrado apenas como o substituto nas ausências do prefeito, Lapa reforça a função de acompanhar sistematicamente o desenvolvimento de ações da gestão. "Muitas vezes ele assume projetos ou uma secretaria. Como se fosse uma secretaria executiva dentro do Governo", acrescenta a cientista. 

Por outro lado, “a imagem de sucessor natural” faz com que o titular evite transferir atribuições por medo de criar um cenário interno de concorrência. "Na prática, o vice vira uma figura meramente decorativa, sob a tutela do chefe do executivo, quando não era para ser. É uma distorção do papel do vice", sugere.  

Escolhas

Para a líder local do Democratas, a deputada estadual Priscila Krause, postergar o anúncio faz parte do movimento natural da eleição. "Normalmente o vice é escolhido um pouco mais no final do processo. Têm duas perspectivas dessa importância, tanto da composição política, e também alguém que tem uma participação especial no governo", entende. A expectativa é que o vice candidato, que se aliará ao pré-candidato Mendonça Filho (DEM), seja revelado na convenção da sigla, agendada para 16 de setembro.

O presidente do PT no Recife, Cirilo Mota, garante que o vice tem papel fundamental na gestão e oferece experiência à chapa. "Se o candidato precisa de um vice que leve uma aproximação que ele não tem com determinado setor político, o vice vai fazer essa complementação", analisa.

A escolha tardia dá certo impulso na reta final da campanha, contudo, a decisão é do próprio candidato majoritário. "O partido tem o papel de opinar, mas a decisão final cabe ao candidato por que é uma questão de unidade", conclui. 

O PT, que também deve confirmar a candidatura da deputada Marília Arraes apenas nos últimos dias do prazo para o fim das convenções partidárias, ainda não fechou o nome que ocupará a vice da chapa, mas já tem pretendente: o PSOL, único partido aliado da legenda até agora, colocou à disposição o nome de Severino Alves, presidente da sigla no Estado.

Com a deputada estadual Renata Souza confirmada como pré-candidata do PSOL para disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (3), o partido deve anunciar Íbis Pereira, que é coronel reformado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, como vice na chapa puro sangue.

O policial é conhecido na capital como defensor dos direitos humanos e da luta antirracista, já tendo comandado a PM-RJ entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Segundo O Globo, o PSOL chegou a conversar com outros partidos de esquerda, como PCdoB e PT, tendo a conversa com esse último esfriado a partir do momento em que o deputado federal Marcelo Freixo desistiu de concorrer.

##RECOMENDA##

Uma fonte revelou ao jornal que a estratégia do PSOL, em um momento no qual a segurança pública da cidade é um dos principais pontos de preocupação, sinaliza que o policiamento pode caminhar junto com os direitos humanos, e pode atrair os eleitores.

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que seria "inaceitável" uma ordem para sua prisão nas investigações que miram suposto pagamento de propinas por contratos na área da saúde. Em entrevista à rede CNN Brasil, o ex-juiz também diz que seu vice, Cláudio Castro (PSC), está apenas "fazendo o trabalho dele" ao se aproximar da família Bolsonaro.

Witzel é acusado de receber propinas em troca de contrato com organizações sociais da área da saúde. As vantagens indevidas supostamente eram lavadas no escritório da primeira-dama, Helena. O esquema contaria com atuação do presidente do PSC, Pastor Everaldo, preso na última sexta, 28, e o empresário Mário Peixoto, investigado na Lava Jato.

##RECOMENDA##

O governador foi afastado na sexta por decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça. O magistrado negou o pedido da Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir a prisão de Witzel. Segundo Gonçalves, a saída do cargo já seria suficiente para ‘fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro’.

"Eu tenho absoluta certeza que isso seria inaceitável, uma determinação de prisão, diante de todas as medidas que já tomei até agora", afirmou, alegando que afastou servidores ligados aos esquemas de corrupção investigados. "Na decisão de afastamento não há nenhum fato concreto que tenha estabelecido que eu não estava contribuindo com as investigações".

O governador recorreu ao Supremo para retomar o cargo, e diz estar sendo vítima de ‘perseguição’. Enquanto uma decisão não sai, o governo estadual é liderado pelo vice Cláudio Castro (PSC), que nesta segunda entrou em contato com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para tratar do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), medida do governo federal para auxiliar estados com dificuldades para fechar as contas públicas.

A mensagem sinalizou a retomada do diálogo entre o Palácio Guanabara e o Planalto, suspensas desde o racha entre Witzel e a família Bolsonaro no ano passado. Na entrevista, o governador afastado minimizou a aproximação do vice com seus adversários políticos e negou que tenha fechado as portas ao presidente.

Paulo Roberto Netto/SÃO PAULO e Fabio Grellet/RIO

31 de agosto de 2020 | 19h29

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou que seria ‘inaceitável’ uma ordem para sua prisão nas investigações que miram suposto pagamento de propinas por contratos na área da saúde. Em entrevista à rede CNN Brasil, o ex-juiz também diz que seu vice, Cláudio Castro (PSC), está apenas ‘fazendo o trabalho dele’ ao se aproximar da família Bolsonaro.

Witzel é acusado de receber propinas em troca de contrato com organizações sociais da área da saúde. As vantagens indevidas supostamente eram lavadas no escritório da primeira-dama, Helena. O esquema contaria com atuação do presidente do PSC, Pastor Everaldo, preso na última sexta, 28, e o empresário Mário Peixoto, investigado na Lava Jato.

LEIA TAMBÉM

Toffoli pede informações ao STJ e parecer da PGR sobre afastamento de Witzel

Toffoli pede informações ao STJ e parecer da PGR sobre afastamento de Witzel

O governador foi afastado na sexta por decisão monocrática do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça. O magistrado negou o pedido da Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir a prisão de Witzel. Segundo Gonçalves, a saída do cargo já seria suficiente para ‘fazer cessar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro’.

"Eu tenho absoluta certeza que isso seria inaceitável, uma determinação de prisão, diante de todas as medidas que já tomei até agora", afirmou, alegando que afastou servidores ligados aos esquemas de corrupção investigados. "Na decisão de afastamento não há nenhum fato concreto que tenha estabelecido que eu não estava contribuindo com as investigações".

 

O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Foto: Adriano Machado / Reuters

O governador recorreu ao Supremo para retomar o cargo, e diz estar sendo vítima de ‘perseguição’. Enquanto uma decisão não sai, o governo estadual é liderado pelo vice Cláudio Castro (PSC), que nesta segunda entrou em contato com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) para tratar do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), medida do governo federal para auxiliar estados com dificuldades para fechar as contas públicas.

A mensagem sinalizou a retomada do diálogo entre o Palácio Guanabara e o Planalto, suspensas desde o racha entre Witzel e a família Bolsonaro no ano passado. Na entrevista, o governador afastado minimizou a aproximação do vice com seus adversários políticos e negou que tenha fechado as portas ao presidente.

"O vice-governador está fazendo o papel dele. Eu sempre estive à disposição do governo federal, nunca fechei as portas, nunca fechei o diálogo a quem quer que fosse", afirmou. Witzel também afirmou que não tinha a intenção de disputar a presidência da República contra Bolsonaro em 2022. "Meu objetivo era seguir junto e formarmos uma nova liderança política no País".

Witzel diz que Flávio indicou secretários para o governo; senador reage: ‘Mentiroso’

Na mesma entrevista, o governador afastado Wilson Witzel afirmou que nomeou dois de seus secretários, Gutemberg Fonseca (Governo) e Leonardo Rodrigues (Ciência e Tecnologia), por indicação de Flávio Bolsonaro. A declaração provocou reação do senador, que chamou o ex-juiz de ‘mentiroso’.

"Além de traidor e psicopata, (Witzel) é mentiroso! No dia seguinte à sua eleição pedi meu espaço em seu governo: NENHUM!", escreveu Flávio, no Twitter. "Não cola a estratégia infantil de Witzel de me vincular às suas roubalheiras, conhecidas em qualquer roda política e assunto de conversas de botequim", completou o senador.

Até a publicação desta reportagem, Witzel não havia se manifestado sobre as críticas recebidas.

No fim da noite dessa terça-feira (18), o vice-prefeito de Olinda, Márcio Botelho (SD), foi sequestrado por quatro suspeitos na região da Ilha do Rato. Ele foi encontrado pelas autoridades cerca de 1h depois, na PE-60, na altura do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.

Após participar de um evento com o prefeito Lupércio Nascimento (SD), Márcio deixou o gestor e um amigo em casa e logo depois foi abordado pelo grupo armado. Eles seguiram no veículo e o deixaram às margens da rodovia, sem celular.

##RECOMENDA##

Márcio conseguiu entrar em contato com o irmão, que acionou a polícia e informou que o carro roubado era monitorado por GPS. Em posse do destino dos criminosos, agentes do Grupamento de Apoio Tático Itinerante (Gati) montaram bloqueio e abordaram o veículo em Rurópolis, em Ipojuca.

Um dos criminosos foi preso em flagrante e encaminhado a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), onde revelou que seria pago pelo veículo roubado. Já o vice foi resgatado em um posto de gasolina e, de acordo com o secretário de Segurança Urbana de Olinda, coronel Pereira Neto, passa bem.

Senadora democrata pela Califórnia e apontada nesta terça-feira, 11, como companheira de chapa de Joe Biden na corrida pela Casa Branca, Kamala Harris já citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro em sua conta no Twitter. Em mensagem de agosto de 2019, ela afirmava que Bolsonaro "precisa responder por esta devastação", referindo-se a queimadas na Amazônia.

Em outra mensagem, também de agosto do ano passado, Kamala Harris defendia que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não buscasse um acordo comercial com o Brasil até que Bolsonaro "reverta suas políticas catastróficas e lide com os incêndios" florestais, além de agir contra desmatadores e mineradores que destruíam o meio ambiente, e pedindo que os EUA mostrassem "liderança para salvar nosso planeta".

##RECOMENDA##

O rapper Diddy, o apresentador de rádio Charlamagne tha God e diversas figuras religiosas e do esporte estão entre os 100 afro-americanos que pediram nesta segunda-feira (10) ao candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, que escolha uma mulher negra para compor sua chapa nas eleições presidenciais de novembro.

"Não optar por uma mulher negra em 2020 significa que você perderá a eleição", disseram em uma carta aberta publicada na mídia norte-americana. Entre os signatários está também o astro da NBA Chris Paul.

Segundo o grupo, eles não querem "ter que escolher o menor dos males" entre Joe Biden e o republicano Donald Trump. O candidato democrata disse que anunciará nos próximos dias o nome de quem irá às urnas com ele contra a tentativa de reeleição do atual presidente.

“Por tempo demais, foi pedido às mulheres negras que fizessem de tudo, desde mobilizar tropas até arriscar suas vidas pelo Partido Democrata, sem reconhecimento, respeito ou visibilidade, e certamente sem apoio suficiente”, afirmaram os signatários. "E nós, homens negros, nos solidarizamos com elas."

Biden, o ex-vice-presidente de Barack Obama, que foi o primeiro presidente negro dos Estados Unidos e antecessor de Trump, prometeu em março escolher uma mulher como sua companheira de chapa, que em caso de vitória se tornaria a primeira vice-presidente do país.

Biden deve muito de sua vitória nas primárias democratas aos eleitores negros, que lhe deram uma enorme vantagem sobre os rivais no final de fevereiro na Carolina do Sul, após três derrotas humilhantes em outros estados. A mobilização dessa importante minoria será crucial para a conquista da Casa Branca.

Os apelos para que Biden tenha um candidato a vice-presidente negro ao seu lado se multiplicaram desde que um histórico movimento de protesto contra o racismo e a violência policial tomou conta dos EUA após a morte de George Floyd, um homem negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, em maio.

Biden deve revelar sua decisão antes da convenção nacional democrata, que será realizada de 17 a 20 de agosto e vai oficializar a candidatura. O evento está previsto para acontecer em Milwaukee, Wisconsin, mas será transmitido pela internet devido à pandemia de coronavírus.

O pré-candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, prometeu escolher em breve quem o acompanhará como vice-presidente na chapa para enfrentar Donald Trump em novembro. Pelo menos uma coisa já se sabe: a eleita será uma mulher.

O ex-vice-presidente de Barack Obama, líder das pesquisas para as presidenciais de 3 de novembro, disse dias atrás que tomaria a decisão sobre sua colega de chapa "na primeira semana de agosto", mas pode anunciá-la até a semana seguinte. Em março, ele havia anunciado que seria uma mulher.

A escolhida seria a terceira candidata à vice-presidência da história dos Estados Unidos, depois de Geraldine Ferraro, em 1984, e de Sarah Palin, em 2008, quatro anos depois de Hillary Clinton se tornar a primeira mulher nomeada à disputa presidencial nos Estados Unidos.

Entre as possíveis candidatas uma se destaca como forte concorrente: a senadora pela Califórnia Kamala Harris, que em dezembro surpreendeu ao renunciar à corrida pela indicação presidencial e em março declarou apoio a Biden.

Seu nome ganhou força desde que fotógrafos o flagraram escrito em um caderninho de notas que Biden levava consigo na semana passada. Debaixo de "Kamala Harris", podia-se ler: "não guarda rancor", "muita ajuda na campanha", "grande respeito por ela". Na ocasião não foram vistas ou não se permitiu que se vissem outras anotações sobre outras possíveis candidatas.

Coincidência ou não, o influente site informativo Politico deu Harris como certa para vice na chapa democrata dias atrás em uma nota datada de 1º de agosto, da qual a publicação se retratou em seguida, destacando que tinha sido preparada de antemão e que divulgá-la tinha sido um erro.

O certo é que o currículo e a trajetória de Harris, uma advogada de 55 anos, filha de uma indiana tâmil e um jamaicano, reforçam suas chances.

- Possível vice negra -

A pressão para que a vice-presidente democrata seja negra cresce depois de primárias com grande diversidade de concorrentes e de uma campanha eleitoral marcada pela pandemia do novo coronavírus, que tem castigado especialmente os afro-americanos, não apenas entre os mortos, mas também entre os afetados pela profunda recessão econômica. A isto se soma a recente onda histórica de protestos contra a violência policial e o racismo.

Neste contexto, Harris poderá contribuir para um democrata chegar ao Salão Oval? Muitos acreditam que sim, embora para outros seu passado como promotora linha-dura na Califórnia possa jogar contra ela.

Por este motivo, outras políticas proeminentes são consideradas.

Uma é a legisladora pela Califórnia Karen Bass, que aos 66 anos lidera o grupo de congressistas negros que redigiu o projeto de lei de reforma da polícia que leva o nome do afro-americano George Floyd, cuja morte, no fim de maio, asfixiado por um policial branco, foi o estopim para as manifestações multitudinárias que sacudiram o país.

Outro nome de destaque é o de Susan Rice, de 55 anos, ex-assessora de segurança nacional de Obama, a quem Biden conhece bem de seus anos na Casa Branca. Outra forte candidata é a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, de 50 anos, que tem se destacado em meio à crise sanitária e que declarou precocemente seu apoio a Biden há mais de um ano.

Biden poderia, no entanto, visar outro eleitoral crucial para os democratas: o hispânico. Ali tem chances Michelle Lujan Grisham, de 60 anos, primeira governadora democrata do Novo México.

Também estão na disputa duas senadoras de destaque: a veterana de guerra ferida em combate Tammy Duckworth, de 52 anos, do Illiniois; e outra pré-candidata que desistiu da corrida presidencial: Elizabeth Warren, de Massachusetts. Aos 71 anos, ela gera interrogações não só por suas posições consideradas de esquerda, assim como as defendidas por Bass, bem como por sua idade.

- Chave para 2024 -

A escolha do vice-presidente costuma deixar Washington em vigília. Mas agora é particularmente importante, visto que Biden completará 78 anos em 20 de novembro. Assim, se ele vencer Trump será o presidente mais idoso a assumir o cargo, superando o republicano Ronald Reagan, que tinha quase 74 quando iniciou seu segundo mandato, em 1985.

"A eleição do vice-presidente este ano é muito mais importante do que normalmente porque as pessoas esperam que Biden só cumpra um mandato", disse David Barker, professor de governo da American University em Washington.

"E então, quem ele eleger como vice-presidente provavelmente será a próxima candidata à Presidência dentro de quatro anos", destacou.

Barker disse considerar improvável que Biden tome uma decisão de "alto risco" quando está à frente de Trump nas pesquisas por uma margem confortável, de até dez pontos em algumas, inclusive em 'swinging states', com votação ora em republicanos, ora em democratas.

Será que as conjecturas vão terminar esta semana?

Biden poderia optar por alguém, mas não fazer o anúncio antes da Convenção Nacional Democrata, que começará em 17 de agosto em Milwaukee, Wisconsin.

No evento tradicional, que será reduzido para evitar contágios, ele deve aceitar formalmente sua indicação como candidato democrata à Casa Branca.

Sob pressão das redes sociais bolsonaristas, 16 dos 172 deputados que subscreveram uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo PT para impedir o vice de assumir o mandato em caso de afastamento do titular, tentam apagar suas digitais. Nos últimos dias, eles ingressaram com requerimento pedindo para retirar suas assinaturas. A maioria alega que nem sequer leu o que avalizou.

A PEC, que recebeu apoio de sete deputados do PSL, partido de Jair Bolsonaro, prevê eleições diretas três meses após o afastamento do presidente, prefeito ou governador, seja qual for a circunstância. Nesses casos, o vice só ficaria no cargo durante esse período. A proposta não deixa brecha para que ele assuma o posto depois desse prazo. A emenda foi apelidada de "anti-Mourão", em referência ao vice-presidente Hamilton Mourão, que já entrou em atrito com a família Bolsonaro.

##RECOMENDA##

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já começou a indeferir pedidos para a retirada das assinaturas, sob a alegação de que a proposta está tramitando. Diante desse obstáculo, o líder do Podemos, Diego Garcia (PR) - um dos arrependidos - se movimenta em busca de 87 deputados que se disponham a apoiar um requerimento para retirar de circulação a proposta do deputado Henrique Fontana (PT-RS).

O petista classificou a PEC como uma medida "anti-conspiração". "Se ela já tivesse sido aprovada, o Temer não seria presidente", disse ele, em alusão a Michel Temer, que assumiu a Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Após a proposta ser divulgada, porém, vários deputados disseram ter se enganado. Na lista dos que retiraram as assinaturas, estão General Girão (RN), Major Fabiana (RJ) e Daniel Silveira (RJ), todos do PSL, que apresentaram a mesma justificativa por ter ajudado o PT a levar a PEC adiante. "Não me recordo com exatidão do momento em que assinei", escreveram. A deputada Major Fabiana disse, ainda, que jamais apoiaria um projeto que "desnatura" o papel do vice. "Certamente fui induzida a erro quando abordada para assinar essa proposição." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, irá para Colômbia na próxima segunda-feira (25) representar o Brasil no Grupo de Lima (que reúne 14 países), em um encontro em Bogotá, comandado pelo presidente colombiano, Iván Duque, e no qual estará presente também o vice-presidente norte-americano, Mike Pence.

Mourão confirmou sua presença na reunião em mensagem postada na conta pessoal no Twitter. Segundo ele, foi designado pelo presidente Jair Bolsonaro para participar da reunião em Bogotá, capital da Colômbia. O porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros, confirmou que o ministro das Relações Exteriores, Eenesto Araújo, participará do encontro no dia 25. 

##RECOMENDA##

“Por determinação do presidente @jairbolsonaro estarei na segunda-feira, 25, em Bogotá, na Colômbia, para representar o Brasil na reunião do Grupo de Lima. Discutiremos os desdobramentos da crise na Venezuela, que fechou sua fronteira hoje com nosso país.”

A reunião ocorre poucos dias depois de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciar o fechamento da fronteira com o Brasil, previsto para ocorrer na noite de hoje (21).

Com a fronteira fechada, aumenta a dificuldade para o repasse de ajuda humanitária, organizada pelo Brasil, que instalou duas centrais de distribuição em Boa Vista e Pacaraima, em Roraima. No entanto, o governador de Roraima, Antonio Denarium, afirmou hoje à Agência Brasil, que busca alternativas para garantir que medicamentos e alimentos cheguem aos venezuelanos.

A crise humanitária e o agravamento da situação política e econômica na Venezuela levaram o Brasil e 11 dos 14 países que integram o Grupo de Lima a reconhecer como presidente interino, Juan Guaidó, considerado o governante legítimo.

O ator britânico Christian Bale, ganhador do Globo de Ouro pelo protagonista do filme "Vice", afirmou nesta segunda-feira em Berlim que o vice-presidente de George W. Bush, Dick Cheney, é um personagem muito melhor que Donald Trump para interpretar.

"Dick Cheney teve um papel extraordinariamente central durante estas últimas décadas nos Estados Unidos e em situações políticas mundiais", disse Bale, indicado ao Oscar de melhor ator por este personagem, ao apresentar em coletiva de imprensa na Berlinale o longa "Vice", de Adam McKay, que está fora de competição.

##RECOMENDA##

"Apesar de que poder ter conduzido a esta era, ele é completamente diferente de Trump no sentido de que Cheney sempre foi muito ruim de campanha política e não gostava nada disso. Já Trump parece ser a única coisa que ele gosta", disse à imprensa.

"Cheney entendeu o poder do silêncio (...). Não podemos dizer isso de Trump. Ele gostava de saber que o verdadeiro poder estava nas sombras e de trabalhar desta forma".

Bale disse ser incapaz de se imaginar fazendo os esforços necessários para encarnar o atual ocupante da Casa Branca porque acha seu personagem pouco interessante.

"Acho que teria muitas pessoas melhores interpretando Trump. Provavelmente você viu algumas imitações bem boas dele", disse.

De acordo com Bale, "em termos de consequências reais das eleições que participou, de poder, entre outras, (Cheney) é muito mais poderoso e aterrorizador que qualquer outro personagem que eu tenha estudado para interpretar", explicou.

"Uma coisa essencial é saber que vocês ficarão obcecados com ele (Cheney) durante pelo menos três meses", garantiu o ator, irreconhecível no filme.

Cheney representa a linha-dura dos neoconservadores americanos e foi secretário da Defesa de 1989 a 1993, durante a primeira Guerra do Golfo (1991).

Foi criticado por suas afirmações sobre a presença de armas de destruição em massa no Iraque e por justificar a tortura, que chamava de "técnicas melhoradas de interrogatório".

O senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que está garantido no governo de Jair Bolsonaro. Cotado para o que vem sendo chamado de “Ministério da Família”, que agregará as pastas de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Magno afirmou em entrevista ao jornal O Globo: “Vou ser ministro, sim!”. 

Reforçando a ideia ao falar que o próprio Bolsonaro vai anunciar qual ministério ficará sob o comando do senador. “Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar”, disse Malta, que esteve na companhia do presidente eleito na última quinta-feira (1º), para discutir o lugar do até então senador no novo governo.

##RECOMENDA##

O futuro político de Magno Malta, que é aliado de Bolsonaro há alguns anos mas há fotos ao lado de Dilma, Lula e Temer circulando nas redes sociais com duras críticas a este fato. Magno é questionado e visto com incerteza por muitos, uma vez que ele não conseguiu se reeleger. Há também comentários sobre Magno supostamente ter perdido o posto de vice na chapa de Bolsonaro para o general Hamilton Mourão, que há pouco tempo o chamou de “caso a ser resolvido” no governo.  

“Ele deve estar à procura [de um ministério]. É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo”, disse o general eleito vice-presidente.

“Quem decidiu isso de não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois [ele e Bolsonaro]. Então, eu não quero responder ninguém em jornal, quem chegou no ‘ônibus’ depois”, revidou Magno. Ele também reafirmou que está com Bolsonaro há anos, que foi o primeiro aliado a iniciar a corrida rumo ao planalto e atribuiu sua derrota eleitoral a ter se dedicado mais à campanha de Bolsonaro do que à sua própria candidatura no Espírito Santo. 

“Era muito mais importante eu no Senado, mas nós não contávamos com uma facada no meio do caminho. Depois da facada, quem foi cumprir o papel dele (Bolsonaro) pelo Brasil. Eu tive que assumir. Não podia ser ninguém, tinha que ser eu. É isso que as pessoas não conseguem entender. Quem dirige a história é Deus. Se não tivesse facada no meio do caminho, eu também tinha ganho no meu estado", completou ele.

LeiaJá também

--> Mourão sobre Magno Malta: 'É um elefante no meio da sala'

--> Bolsonaro diz que Magno Malta estará com ele no Planalto

O economista e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello (PSC), candidato a vice-presidente em chapa liderada por Álvaro Dias, representou o presidenciável e cumpriu agenda em Recife nesta sexta-feira (21). Ele apresentou e debateu o plano de governo no auditório do Bloco B do Centro Universitário Maurício de Nassau (UNINASSAU), com participação de alunos e convidados.

Dentre as propostas apresentadas, Paulo afirmou que Álvaro tem a intenção de realizar investimentos no Nordeste, alegando que a região tem sido prejudicada na repartição da verba pública. O vice-candidato contou ainda que é à favor do porte de arma e que segurança se faz com investimemento na polícia. Atualmente o candidato Álvaro Dias conta com 3% das intenções de voto, segundo pesquisa relazada pelo Datafolha. Confira os detalhes da visita: 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

Um dia após declarar que defende uma Constituição não elaborada por pessoas eleitas, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), reagiu às críticas de que teria uma postura antidemocrática. "Não sei por que eu sou antidemocrático. Mas, tudo bem, deixa pra lá. É um carimbo que querem colocar em mim, que eu rejeito", declarou. E completou: "Se eu fosse antidemocrático, não estaria participando de uma eleição. Estaria limpando as armas e aguardando o momento".

Mourão disse que sempre fala em suas palestras que existe um consenso dos pensadores brasileiros que a Carta de 88 é um problema. "Seria muito bom que pudéssemos trocá-la. Mas, todo mundo sabe muito bem que o presidente da República, por si só, não tem esse poder. As pessoas têm de ter consciência disso. O pessoal não gosta, acha um absurdo, mas eu tenho direito de externar a minha opinião", comentou, citando a candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, que o criticou. "É um direito dela."

##RECOMENDA##

Mourão falou à reportagem, por telefone, ao desembarcar em Manaus nesta sexta-feira, 14, antes de fazer uma palestra para 300 empresários. O candidato a vice também comentou as críticas que tem recebido por parte de setores da própria campanha, segundo as quais ele estaria querendo substituir Bolsonaro. "O pessoal dispara tiro pra tudo que é lado", minimizou. "Eu estou fazendo minha parte. Como eu vou tomar o lugar dele? O candidato é ele", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando