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A Polícia Federal (PF) abriu na manhã desta terça-feira (23) uma ofensiva para investigar fraudes de R$ 13 milhões no recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) ao Idoso, que garante um salário mínimo para a população com mais de 65 anos e de baixa renda (com renda familiar igual ou inferior a 1/4 do salário mínimo).

O grupo sob suspeita teria criado 268 CPFs falsos de pessoas com mais de 65 anos, obtendo fraudulentamente 208 benefícios com os documentos forjados. Segundo a PF, a quadrilha atuaria desde 2012 na criação dos documentos para fraudar o BPC.

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Batizada "Melhor Idade", a operação foi às ruas para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão no Distrito Federal, Piauí e Goiás. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal, que cancelou 151 benefícios ainda ativos. Eles geravam prejuízo anual de cerca de R$ 2,7 milhões. Além disso, a Justiça bloqueou imóveis, veículos e contas da quadrilha, até o valor R$ 13 milhões.

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) vai analisar os novos parâmetros econômicos anunciados pelo Ministério da Economia na semana passada e que impactam o projeto do Orçamento de 2023 (PLN 32/2022). Os principais são a redução da estimativa de inflação para 2022, que reduz o teto das despesas para o ano que vem, e o aumento das despesas com benefícios previdenciários e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC). 

Até o dia 19 de outubro, a comissão deve chamar os membros da equipe econômica para discutir os novos números, segundo cronograma do colegiado. 

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O secretário especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, disse que a redução da fila do INSS com a concessão de mais benefícios teve um impacto de mais de R$ 8 bilhões nas estimativas de gastos de 2022. 

“Neste relatório, de forma até um pouco surpreendente, houve um crescimento das despesas obrigatórias que a gente não esperava no volume que veio. Em compensação, temos redução da fila, com uma maior concessão de benefícios”, explicou. 

Como este é um gasto permanente, ele impacta também as contas de 2023. Por causa disso, o governo anunciou um corte extra de R$ 2,6 bilhões no Orçamento de 2022, aumentando o bloqueio de despesas em R$ 10,5 bilhões. Ainda não foram divulgadas as áreas afetadas. 

O corte é necessário porque, apesar de as receitas estarem aumentando, o governo tem que cumprir o teto de gastos previsto na Emenda Constitucional 95, que estipula um limite anual para as despesas. 

Na prática, apesar de o teto ser de R$ 1,68 trilhão em 2022, existem várias despesas fora do teto, como o Auxílio Brasil, por meio de outros dispositivos legais. Desta forma, apesar de todas essas deficiências de recursos, o país deve registrar neste ano o primeiro superávit desde 2014, receitas maiores que despesas, em torno de R$ 13,5 bilhões, segundo Colnago. 

Inflação A redução da previsão de inflação pelo IPCA em 2022, de 7,2% para 6,3%, deve reduzir o teto de gastos de 2023, pois essa é a única forma de correção do limite. 

Já a redução do INPC, de 7,4% para 6,5%, pode reduzir o salário mínimo previsto, que é de R$ 1.302 na proposta. Já a estimativa para o crescimento econômico subiu de 2% para 2,7%. 

Questionado sobre o adiamento de repasses de recursos para o setor cultural (MP 1.135/2022) e a redução da previsão de gastos com ciência e tecnologia (MP 1136/2022), Colnago disse que o Congresso aprovou mudanças que mexem com o Orçamento em curso. 

“Nós entendemos a importância do setor, entendemos o pleito. Mas é importante que se olhe também para a capacidade de o Orçamento absorver essas obrigações. É muito difícil absorver as obrigações de uma hora para outra no Orçamento. O Orçamento não tem essa flexibilidade”, afirmou o secretário especial de Tesouro e Orçamento. 

Apesar dos cortes anunciados, ainda em setembro, um decreto editado pelo governo possibilitou o desbloqueio de parte das emendas parlamentares no Orçamento de 2022. Segundo o secretário, o Orçamento é uma “peça viva” e é preciso ver as prioridades cotidianamente. 

De acordo com o cronograma divulgado pela Comissão Mista de Orçamento, a proposta orçamentária de 2023 será votada pelo colegiado até 12 de dezembro, e pelo Plenário do Congresso, até o dia 19 de dezembro.  Fonte: Agência Senado

Uma vez por semana, Rosane Arruda, de 47 anos, sai com um carrinho de feira pela comunidade onde mora, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Mas não é para colocar frutas ou verduras; e, sim, gravetos, tábuas, restos de obra e o que mais encontrar pelo caminho. Sem dinheiro para comprar gás, Rosane tem cozinhado com lenha, embora, por lei, tenha direito a receber um auxílio que subsidia o botijão.

Ela, porém, nunca viu esse dinheiro, assim como milhares de outras mães solo que têm filhos com deficiência e recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Às vésperas do início do pagamento dobrado do vale-gás, instituído pela PEC Kamikaze, o governo federal deixou sem o benefício mães que têm filhos com deficiência e representam a parcela mais pobre da população. Nas últimas duas semanas, o Estadão conversou com mulheres desassistidas pela ação que subsidia metade do botijão a cada dois meses - e, a partir de agosto, passa a subsidiar 100%.

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O BPC concede um salário mínimo por mês a pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos com renda per capita de até um quarto do salário mínimo (hoje, R$ 303). Já o vale-gás é pago desde janeiro a famílias inscritas no Cadastro Único com renda mensal per capita de até meio salário mínimo e a famílias que possuem integrante que recebe o BPC. No entanto, segundo a Rede Observatório BPC, de um universo de 13 mil mães solo pertencentes à associação - com os cadastros atualizados -, apenas uma recebe o vale-gás. Quando procuram os Centros de Referência de Assistência Social (Cras), saem sem respostas. Procurado pela reportagem, o Ministério da Cidadania preferiu não se manifestar.

Sem poder trabalhar

"Boto o fogãozinho a lenha lá no fundo, porque meu filho também tem bronquite", diz Rosane, que tem um filho deficiente visual e outro autista. "Eu sei que é perigoso, mas a gente não tem o que fazer. Não posso trabalhar, porque tenho de cuidar deles o dia todo. Tenho de me virar com o BPC, mas tem muito gasto, tem remédio, comida está caro… e o gás aqui está R$ 110. Não tem condições", diz.

Luana Paula, de 31 anos, é mãe de uma criança cadeirante de 11 anos. Ela também não recebe o vale-gás. Quando busca ajuda no Cras de onde mora, em Santo Antônio do Descoberto (GO), ouve que seu cadastro está atualizado, mas que o pagamento ainda não foi liberado e que nem há previsão. "Não temos direito a nada, só a um salário mínimo. Meu filho toma remédio, usa fralda, eu pago aluguel. Uma fralda está R$ 40, R$ 50. Um leite, quase R$ 10. Eu vivo com ajuda de cesta básica e doação", diz. Onde ela mora, o botijão está custando R$ 140. "Deixo o registro aberto pela metade para economizar. Faço a janta e já deixo para o almoço. Mesmo assim, é muito difícil", contou Paula. Segundo o IBGE, nos últimos 2 meses até junho, o preço do botijão de gás subiu 26,8%.

O presidente da Rede Observatório BPC, Vinícius Mariano, questiona o fato de o decreto que regulamentou o vale-gás, em dezembro, priorizar outros públicos no recebimento do benefício, incluindo beneficiários do Auxílio Brasil. Pelo texto, têm prioridade: Cadastro Único atualizado nos últimos dois anos, menor renda per capita, maior quantidade de membros na família, beneficiários do Auxílio Brasil e com cadastro qualificado pelo gestor por meio do uso de dados de averiguação.

"Além desse ordenamento, o decreto retira o valor do Auxílio Brasil do cálculo da renda per capita, mas não o BPC. Assim, as mães do BPC não conseguirão jamais ter acesso ao benefício", diz Mariano. "O que está acontecendo é um cerceamento de direitos econômicos desse grupo de mães que não podem trabalhar e não têm acesso a um benefício a que elas têm direito por lei."

Joseane Zanardi Parodi, coordenadora do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário em São Paulo, avalia que essas mulheres se encontram em situação de muita vulnerabilidade. "Mãe solo nessa situação é muito comum, pois muitos homens 'caem fora' quando sabem que a criança tem alguma deficiência e precisará de cuidados especiais. Aí, normalmente ela acaba tendo de abandonar o mercado de trabalho para tomar conta em tempo integral dos filhos, já que é muito caro contratar uma pessoa para isso", diz.

"Vira uma bola de neve: fora do mercado, a mulher fica sem o suporte financeiro e não contribui para o INSS. Se algo vir a acontecer com a criança, ela fica totalmente descoberta. São mulheres excluídas - e que precisam de políticas públicas que as incluam."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Projeto de Lei 220/22 permite que a criança ou adolescente com deficiência acumule o Benefício da Prestação Continuada (BPC) com o auxílio-inclusão. O BPC é a garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família. 

Já o auxílio inclusão é garantido às pessoas com deficiência que passam a exercer atividade remunerada. O valor do auxílio-inclusão, devido a partir da data do requerimento, corresponde a 50% do valor do BPC em vigor. 

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Em análise na Câmara dos Deputados, o projeto altera a Lei Orgânica da Assistência Social, que hoje não permite o acúmulo dos benefícios. 

Para o autor da proposta, deputado Nereu Crispim (União-RS), a mudança é necessária para garantir a proteção integral da criança e do adolescente e a efetividade na aplicação das políticas públicas de inclusão, reabilitação e de assistência social. 

Na visão dele, a legislação atual "foi omissa na garantia da proteção integral da criança e do adolescente de que tratam as políticas, ações e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente e do próprio Estatuto da Pessoa com Deficiência". 

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

*Da Agência Câmara de Notícias

A partir das 18h desta segunda-feira (10), as pessoas com deficiência, com mais de 18 anos, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC) já poderão agendar a vacina contra a Covid-19 por meio do aplicativo ou site do Conecta Recife. A imunização desse público começará nesta segunda-feira (11). O gestor municipal João Campos fez o anúncio na manhã desta segunda na Prefeitura da Cidade do Recife.

“A gente começa a semana com um novo anúncio de vacinação. A partir de hoje, às 18h, estará disponível no Conecta Recife, o agendamento para as pessoas com deficiência que são beneficiárias do BPC - Benefício de Prestação Continuada.  Então você que conhece alguém que faz parte desse grupo, ajuda a essa pessoa a fazer o agendamento, que ela já pode se vacinar a partir de amanhã. Lembrando que qualquer unidade de saúde da nossa cidade tem pessoas que podem ajudar a fazer a inscrição no Conecta Recife e o agendamento. Contamos com a solidariedade de todos e todas para poder ver as pessoas com deficiência sendo vacinadas na nossa cidade”, declarou o prefeito do Recife.

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Esse novo público deve anexar no Conecta Recife, além do comprovante de residência, o documento que comprove que recebe o BPC (foto do cartão do benefício, por exemplo). É importante também levar todos os documentos ao local onde será imunizado, no dia e hora agendados previamente para a vacinação.

O app Conecta Recife está disponível gratuitamente na PlayStore, para Android, e AppStore, para quem utiliza o sistema iOS. O endereço do site é http://conectarecife.recife.pe.gov.br.

No Recife, 348.300 pessoas já foram vacinadas. Dessas, 183.349 já receberam inclusive a segunda dose. O total de doses aplicadas é 531.649.

*Da assessoria 

Integrantes da equipe econômica querem antecipar novamente o pagamento de parcelas do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda que estão na fila do INSS à espera do benefício.

A ideia é liberar assim que o governo Jair Bolsonaro editar a medida provisória (MP) definindo as regras para pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. O valor antecipado do BPC deve ser, como no ano passado, na mesma quantia e duração do auxílio emergencial, agora previsto para durar quatro meses, a partir de abril, com valor médio de R$ 250.

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A fila do BPC tem hoje cerca de 550 mil requerimentos à espera de análise, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Nem todos receberão a antecipação, pois o governo analisará dois critérios: se está inscrito no Cadastro Único de programas sociais e se atende ao critério de renda para acessar o BPC (renda de até R$ 275 por pessoa). A antecipação apenas dispensa, temporariamente, a realização das etapas de perícia médica e avaliação social, que são mais difíceis de serem realizadas durante a pandemia. Para a antecipação, o governo entende que pode usar o próprio Orçamento já previsto para o programa, sem necessidade de crédito extra.

A antecipação semelhante foi realizada no ano passado, quando o governo pagou pela primeira vez o auxílio emergencial, programa criado durante a pandemia de covid-19 para garantir renda aos vulneráveis. Na ocasião, o valor antecipado do BPC e do auxílio era de R$ 600 mensais.

Auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, fazem gestões políticas e já preparam um texto que prevê a antecipação do BPC. O objetivo é incluir o pagamento adiantado nas medidas provisórias que o governo Bolsonaro vai editar, na próxima semana, com as regras do novo auxílio emergencial.

O BPC equivale a um salário mínimo mensal (R$ 1,1 mil) pago a idosos maiores de 65 anos ou a pessoas com deficiência de baixa renda. A renda por pessoa na família deve ser menor que R$ 275 (um quarto do salário mínimo). Quem tem direito precisa requerer o pagamento do benefício ao INSS, que analisa se as condições estão preenchidas. Os valores pagos antecipadamente são deduzidos quando o benefício for concedido.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Novas regras para a concessão, manutenção e a revisão do Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), pago a idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, estão publicadas na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial da União.

Para ter direito ao benefício, no valor mensal de um salário mínimo - R$ 1.045 - é necessário que o rendimento bruto mensal por pessoa da família seja de até 1/4 do salário mínimo (25%), o que corresponde a R$ 261,25. 

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Uma das novidades é que agora os valores mensais gastos com medicamentos, alimentação especial, fraldas descartáveis e consultas médicas passarão a ser deduzidos da renda mensal bruta familiar. Mas, para isso, será preciso comprovar a situação com prescrição médica. Também será preciso comprovar que o requerente não recebe esses itens por órgãos públicos.

Documentos

Pelas novas regras fica dispensada a apresentação de documentos originais do requerente, do representante legal e dos demais membros do grupo familiar, quando a informação puder ser confirmada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por meio de confrontação com bases de dados de órgãos públicos. Caso haja dúvida quanto à autenticidade ou integridade do documento, o INSS pode exigir, a qualquer tempo, os documentos originais, ficando o responsável pela apresentação das cópias sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.

Pessoas com deficiência

No caso das pessoas com deficiência, o benefício estará sujeito à revisão periódica. A concessão do benefício, nesses casos, dependerá da comprovação da deficiência e de renda familiar mensal per capita limitada aos parâmetros de concessão do benefício.

Ainda segundo a portaria, a comprovação da deficiência, para fins de concessão do benefício, levará em conta o impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial e o grau de restrição para a participação plena e efetiva da pessoa com deficiência na sociedade, que implica na incapacidade de trabalhar.

Pela norma, o pedido de benefício será negado se a renda familiar mensal per capita não se enquadrar no limite de 25% do piso nacional ou se a deficiência não for comprovada após a perícia. Apesar disso, quem tiver o pedido indeferido poderá ainda apresentar recurso ao INSS, num prazo de 30 dias.

Assinaturas

Para atestar as informações declaradas no pedido de benefício, além de fazer isso por meio de assinatura que poderá ser eletrônica, ou por acesso com usuário e senha, também serão aceitas, a partir de agora, a certificação digital ou biometria.

Para os não alfabetizados ou impossibilitados de assinar o pedido, será aceita a impressão digital registrada na presença de funcionário do órgão recebedor do requerimento.

O INSS já identificou 177.558 mil brasileiros de baixa renda com algum tipo de deficiência que podem receber a antecipação de R$ 600 do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O órgão, no entanto, ainda não efetuou o repasse dos valores porque o Ministério da Cidadania não editou uma portaria interministerial que regulamenta o pagamento. A lei que autoriza a antecipação foi publicada há um mês, em 2 de abril.

A reportagem procurou o INSS para saber em que pé está a portaria para liberar o pagamento da antecipação do BPC a quem está na fila de espera do benefício, e o órgão informou que "aguarda o Ministério da Cidadania". A pasta, comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni, não respondeu até a publicação deste texto.

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A não publicação da portaria não impede o pagamento, que já está autorizado em lei, mas o regulamento é importante para prever a operacionalização e dispor sobre especificidades do repasse. Sua publicação dá mais segurança à operação.

Segundo as informações do INSS, dos 177.558 que devem ser antecipados neste primeiro momento, 147.999 já estão processados e prontos para pagamento. Ou seja, assim que houver a publicação da portaria, o INSS está pronto para rodar uma folha extraordinária.

Os outros 30 mil ainda estão pendentes de alguma regularização cadastral, por divergências no nome ou menor de idade sem responsável legal, mas a avaliação do órgão é que os problemas serão facilmente resolvidos.

'Em exigência'

Um outro grupo, superior a 200 mil pessoas, segue na fila do BPC. Elas não podem ter agora a antecipação dos R$ 600 porque estão "em exigência", isto é, precisam fornecer informações complementares ao INSS para ter o pedido processado. Exemplos são casos em que o registro da família no Cadastro Único de programas sociais aponta renda maior que o limite de R$ 261,25 por pessoa para o recebimento do benefício.

A Justiça, porém, autoriza o abatimento de gastos com medicamentos e outras despesas específicas para o cálculo. Por isso, o INSS pede a complementação das informações.

Os pedidos de BPC para pessoas com deficiência passam por três análises: de renda, avaliação social e perícia médica. Como a avaliação social e a perícia estão suspensas durante a pandemia, o governo decidiu fazer a antecipação para não prejudicar as famílias.

Eventualmente, quem ainda não recebeu a antecipação do BPC pode ter sido beneficiado pelo auxílio emergencial de R$ 600. Se isso tiver acontecido e o cidadão receber agora a antecipação, o pagamento em duplicidade será depois abatido do valor a ser recebido como pagamento retroativo do BPC.

Quem tem o benefício concedido recebe o valor, que é de um salário mínimo (R$ 1.045), a cada mês transcorrido desde o momento do pedido. É esse saldo retroativo que será ajustado, caso tenha havido pagamento em duplicidade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Congresso Nacional promulgou a lei que aumenta de ¼ (R$ 261,25) para meio salário mínimo (R$ 522,50) o limite da renda familiar mensal per capita para idosos e pessoas com deficiência terem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O valor do BPC é de um salário mínimo (R$ 1.045).

A nova lei (Lei 13.981/20), que altera a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8.742/93), foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24).

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Veto derrubado

A promulgação da lei ocorre após o Congresso rejeitar, no dia 11 de março, o veto total do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Projeto de Lei do Senado 3055/97.

Ao vetar a  medida, o governo argumentou que o aumento do universo de pessoas que podem ter acesso ao benefício criaria despesas obrigatórias ao Executivo sem indicação da respectiva fonte de custeio, desobedecendo à Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) e ao teto de gastos do Regime Fiscal (Emenda Constitucional 95, de 2016).

Já os parlamentares que defenderam derrubada do veto destacaram a importância social da medida.

Para a execução da nova lei serão necessários ajustes na lei orçamentária para alocação dos recursos. O impacto estimado no Orçamento da União deste ano é de R$ 20 bilhões.

Decisão do TCU

No dia 16, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas chegou a suspender, por meio de medida cautelar, a ampliação do alcance do Benefício de Prestação Continuada. Porém, já no dia 18, o plenário do TCU suspendeu  a liminar de Dantas.

Mesmo com a suspensão  da cautelar, o TCU determinou ao Ministério da Economia que apresente, no prazo de 10 dias, plano de ação para dar execução à nova lei.

Recurso no STF

Nesta segunda-feira (23), o governo entrou com ação no Supremo Tribunal Federal contra as alterações nas regras do BPC.

No documento, a Advocacia-Geral da União argumenta que a pandemia de coronavírus é outro fator para suspender o aumento dos valores do benefício. " A expansão da contaminação do coronavírus representa mais um fator a apontar a necessidade de suspensão imediata do aumento dos valores do Benefício de Prestação Continuada, o qual, como visto, acaba por reduzir ainda mais a restrita flexibilidade orçamentária do governo federal", diz a ação.

*Da Agência Câmara de Notícias

Em um pedido assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, a Advocacia-Geral da União (AGU) moveu uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar derrubar uma decisão do Congresso Nacional que ampliou a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC) - pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda - a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50). Os parlamentares derrubaram no dia 11 veto do presidente Jair Bolsonaro à medida. A ação justifica que é preciso resguardar verbas para o combate ao coronavírus.

O veto de Bolsonaro foi derrubado por 45 votos a 14 no Senado e 302 votos a 137 na Câmara. O governo estima um impacto de R$ 217 bilhões em uma década com a derrubada do veto, sendo R$ 20 bilhões em um ano.

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Por meio do advogado-geral da União, André Luiz Mendonça, Bolsonaro afirma que o "aumento da citada despesa acaba por comprimir ainda mais o orçamento federal, restringindo recursos que agora poderiam ser destinados em políticas públicas específicas voltadas ao combate" do novo coronavírus.

A AGU ainda lembra à Corte que foi decretada calamidade pública no País, mas a medida "em nada altera a obrigatoriedade de observância do teto de gastos previsto no Ato de Disposições Constitucionais Transitórias, estando restrito à dispensa do cumprimento da meta fiscal, o que evita o contingenciamento de recursos para observância de tal meta, bem como permite o descumprimento de limite de gastos com pessoal do funcionalismo público".

"Dito de outra forma, tal decreto em nada impacta nos argumentos postos na presente arguição de descumprimento e também não elide o perigo da demora aqui demonstrado", afirma.

"Tais fatos comprovam que o aumento do valor do citado benefício não apenas não tem relação direta com as medidas de combate à disseminação do coronavírus, como potencialmente se apresentam como um fator negativo de implementação de medidas emergenciais indispensáveis para o momento", sustenta.

O Congresso Nacional derrubou nesta quarta-feira (11) o veto total (VET 55/2019) do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 55/1996. Com a decisão, a renda per capita familiar para se ter acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) sobe de um quarto de salário mínimo (R$ 261,25 em valores atuais) para meio salário (R$ 522,50). O veto foi derrubado por 45 votos de senadores e 302 de deputados.

O BPC, no valor de um salário mínimo, é pago a idosos e pessoas com deficiência que não podem se manter sozinhos nem ter o sustento garantido pela família. Atualmente, o critério estabelecido para identificar essas famílias é a renda mensal inferior a 25% do salário mínimo por pessoa, cerca de R$ 260. Com a elevação desse limite, mais famílias seriam contempladas.

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A justificativa do presidente para vetar o texto foi de que a medida criaria despesas obrigatórias para o governo sem indicar fonte de custeio e sem demonstrar os impactos orçamentários. Por isso, segundo Jair Bolsonaro, a mudança violaria a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

O projeto vetado, do ex-senador Casildo Maldaner (SC), foi aprovado pelo Senado em 1997 e ficou 19 anos parado na Câmara, até ser devolvido na forma de substitutivo (SCD 6/2018). O Senado rejeitou as mudanças sugeridas pelos deputados e aprovou o projeto em novembro de 2019.

Para a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), o veto “agrava ainda mais a situação de pessoas em extrema pobreza”.

"Criamos a lei que estabelece o critério de meio salário mínimo. O presidente da República veta e está dizendo que quem ganha R$ 250 têm condições de se manter. Este veto é um crime contra a população excluída deste país", disse.

Para a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), o projeto vetado beneficiaria “pessoas que vivem na miséria”.

"Se a gente melhorar a vida dessas pessoas, é a nossa vida que vai dar um salto de qualidade junto. É tirar uma doença e uma miséria do Brasil. A gente estaria aquecendo a economia e dando oportunidade para as famílias. Não posso acreditar que o governo vai perder a oportunidade de acelerar a vida dessas pessoas", disse.

Defesa do governo

A defesa do veto coube ao deputado Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania da gestão Bolsonaro. Para ele, o projeto inviabiliza outras ações previstas no Orçamento.

"O BPC é o dobro do Bolsa Família. É o maior programa de transferência da renda que tem hoje. Aumentar seu limite significa sair de R$ 60 bilhões para R$ 120 bilhões. Isso inviabiliza todo o Orçamento, inviabiliza inclusive qualquer medida de Orçamento impositivo. Termina tudo, evapora tudo", disse.

O senador Chico Rodrigues (DEM-RR) classificou a mudança do critério para a concessão do benefício como uma “situação de absoluta complexidade”.

"Em 2019, o gasto total com o BPC foi de R$ 55,5 bilhões. Desse total, R$ 31,1 bilhões foram destinados a pessoas com deficiências e R$ 24,4 bilhões com os idosos. Esse impacto, na situação que a economia está hoje, é absolutamente incompatível", disse.

*Da Agência Senado

O Congresso caminha para derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que aumenta o limite de renda familiar para acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Senadores decidiram contrariamente à decisão do presidente por 45 a 14 votos. Agora, para que o veto caia, a Câmara precisa votar pela sua derrubada também.

A equipe econômica do governo, por sua vez, já como certa a derrota. O governo vê risco de impacto superior a R$ 20 bilhões em 2020 com a queda do veto, num momento de perspectiva de piora da economia e de bloqueio de recursos no Orçamento. Um gasto obrigatório maior pode agravar situação.

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A votação dos vetos acontece em um momento em que boa parte das atenções do Congresso está voltada à Comissão Mista de Orçamento que, excepcionalmente nesta quarta, funciona em paralelo ao plenário. Isso para que os projetos do Executivo que regulamentam o Orçamento impositivo seja votado.

Relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que 310 famílias com servidores do governo do Distrito Federal em seus núcleos receberam indevidamente o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O caso mais emblemático de concessão do BPC considerada indevida é o de uma família com renda de R$ 24 mil por pessoa. O valor da renda mensal per capita informada pela mesma família ao Cadastro Único - instrumento de identificação socioeconômica da população de baixa renda - era de R$ 100. O cadastro é autodeclaratório.

"Verifica-se, portanto, indicativo de pagamento de benefícios indevidos a famílias que não atendem os critérios de renda estabelecidos pela legislação do BPC", destaca o relatório de auditoria, publicado em dezembro. A análise apontou que a concessão indevida às 310 famílias consumiu R$ R$ 3,7 milhões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

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O BPC é concedido a pessoas com deficiência e a idosos com mais de 65 anos que comprovam não ter meios de conseguir o próprio sustento ou de tê-lo garantido pela família. Têm direito ao benefício de um salário mínimo (hoje, R$ 1.039) aqueles que vivem com renda mensal por pessoa inferior a 1/4 do salário mínimo - R$ 259,75.

As irregularidades foram apontadas a partir do cruzamento de dados de beneficiários com os da folha de servidores, o que permitiu recalcular as rendas por pessoa das famílias. A auditoria também constatou que em 154 dos 310 casos, o valor da renda por pessoa informada ao Cadastro Único já era maior que o limite legal estabelecido. E em 53 o servidor era o próprio beneficiário.

A auditoria apontou três razões principais para os pagamentos indevidos: ausência de atualização do Cadastro Único por parte dos beneficiários quando um membro da família foi admitido no governo do Distrito Federal; omissão de declaração de renda no ato da inscrição; ou fragilidade dos controles do INSS, uma vez que existem beneficiários com renda informada ao Cadastro Único superior ao limite para o BPC.

Bolsa Família

Outra auditoria da CGU já tinha identificado que 248 servidores do GDF com rendimentos de até R$ 27 mil receberam recursos do Bolsa Família no ano passado. O valor máximo previsto para cadastro no CadÚnico é de R$ 499.

O órgão concluiu o estudo afirmando que as "situações identificadas demonstram oportunidades de melhoria na gestão descentralizada por parte do GDF, naquilo que diz respeito à identificação, ao cadastramento, à atualização e à revisão dos dados" do programa.

O Ministério da Cidadania afirmou, em nota, trabalhar "em parceria com a CGU para melhorar a gestão de programas e benefícios, como o BPC, e realiza, regularmente, batimentos com bases de dados do governo federal para identificar possíveis irregularidades na concessão do benefício". "Os casos citados no relatório serão verificados e, havendo comprovação de recebimento indevido, serão cessados. Apenas em 2019, o Ministério encaminhou ao INSS mais de 320 mil casos com suspeita de irregularidade para apuração", diz a nota.

A Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal afirmou, também por meio de nota, que conhece as conclusões da CGU desde fevereiro passado e, desde então, "adota medidas para apurar os fatos". "A principal informação é que, desde a suspeita, os benefícios em questão já foram suspensos". Também destacou ser rotina na secretaria "averiguações em todos os registros cadastrais com indícios de irregularidades, com redobrada atenção às composições chefiadas ou que contenham servidores públicos". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Congresso Nacional discute um 13º pagamento para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. O abono extra no fim de cada ano pode ser garantido na mesma medida do 13º do Bolsa Família, medida assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

O BPC é um benefício de um salário mínimo pago para pessoas com 65 anos ou mais ou com deficiência que não podem trabalhar por contra própria e garantir sua sobrevivência. O pagamento é feito para quem tem renda familiar inferior a um quarto do salário mínimo, o que equivale hoje a R$ 249,50.

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Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro assinou uma medida provisória dando o 13º pagamento a beneficiários do Bolsa Família neste ano. Como a MP pode tramitar no Congresso até março, parlamentares discutem fazer alterações para ampliar o benefício.

O relator da matéria no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), protocolou um parecer, nesta quarta-feira (18), estendendo o abono para quem recebe o BPC todos os anos. O relatório ainda precisa passar por uma votação na comissão de deputados e senadores que discute o assunto e depois pelos plenários da Câmara e do Senado. Caberá ao presidente Jair Bolsonaro sancionar ou vetar a alteração.

"O BPC tem por objetivo principal amparar pessoas à margem da sociedade e que não podem prover seu sustento. Assim, ao conceder o 13º aos beneficiários do BPC, a emenda visa corrigir essa desigualdade, para garantir a isonomia entre esses beneficiários e os demais do INSS, que já recebem a renda extra no mês de dezembro de cada ano", escreveu o parlamentar no relatório.

Cálculos da equipe econômica apontam para um impacto de R$ 5 bilhões ao ano com a medida. Na terça-feira (17), durante a instalação da comissão, o relator prometeu buscar de onde virão os recursos para bancar os custos. "Nós vamos procurar encontrar a fonte de recursos dentro do Orçamento da União, abrir o diálogo necessário com a Secretaria de Governo, com o Ministério da Economia, buscar todos os meios possíveis para que isso seja estendido e que isso atenda os milhões de famílias do Brasil que necessitam e recebem o benefício", afirmou Randolfe.

Bolsa Família

O relator também ampliou o benefício do Bolsa Família no texto editado pelo governo. A MP prevê o pagamento extra em dezembro apenas neste ano. Randolfe propôs que o 13º seja dado aos beneficiários todos os anos, na proporção de pagamentos feitos ao longo dos 12 meses. Ou seja, quem começou a receber o Bolsa Família em dezembro não ganharia a mesma quantidade daqueles que estiveram no programa todo o ano.

A medida teria impacto de R$ 2,5 bilhões todos os anos, de acordo com cálculos da equipe econômica.

O parlamentar garantiu ainda no relatório o reajuste do Bolsa Família a partir do ano de 2021. O texto prevê que os valores dos benefícios sejam corrigidos pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Atualmente, não há essa regra e o reajuste fica a critério do governo.

Atualmente, uma família em situação de pobreza ou extrema pobreza pode receber até cinco benefícios, no valor de R$ 41 cada, se tiver gestantes, pessoas que amamentam, crianças e adolescentes até 15 anos. No caso de adolescentes entre 16 e 17 anos, a família pode acumular até dois benefícios. O parecer de Randolfe garante o acúmulo de cinco pagamento em todos os casos.

Uma Medida Provisória assinada pelo Governo Federal concede às crianças com microcefalia, que já são beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), uma pensão especial vitalícia no valor de um salário mínimo. A MP assinada nesta quarta-feira (4), define que os responsáveis que optarem pela pensão especial terão que abrir mão do BPC em caso de concessão do benefício vitalício. 

A medida foi proposta pelo Ministério da Cidadania. O órgão aponta que atualmente mais de 3 mil crianças com microcefalia, nascidas entre 2015 e 2018, recebem o Benefício de Prestação Continuada. A pensão vitalícia deverá ser solicitada no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e concedida após a realização de perícia médica que deve confirmar a relação entre a microcefalia  o virus Zika.

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O ministro Osmar Terra aponta que a medida assegura tranquilidade às mães. “São famílias que enfrentam dificuldade financeira para oferecer os cuidados necessários às crianças, que terão muitas dificuldades por toda a vida”, diz.

Os idosos e deficientes nascidos no mês de fevereiro que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) devem ficar atentos. Para evitar a suspensão do valor mensal, o beneficiário da cidade de Paulista, na Região Metropolitana do Recife, deve realizar o cadastramento ou a atualização de dados no sistema CadÚnico até esta terça-feira (30).

Para a atualização, é preciso que os beneficiários procurem um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) mais próximo da residência com dados pessoais e da família (CPF, RG e Comprovante de Residência). O procedimento é obrigatório. A mesma situação se aplica para os demais idosos e deficientes que recebem o BPC. A diferença é apenas a data de nascimento. 

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Quem nasceu em março, deve fazer o cadastramento ou a atualização de dados no sistema CadÚnico até o dia 30 de agosto. Os nascidos em abril têm até 30 de setembro. O procedimento é o mesmo para todos os beneficiários. A determinação é do Ministério da Cidadania.

Quem regularizar as pendências nos CRAS devem ligar em seguida para o número 135 do INSS. O órgão adotará as medidas necessárias para liberar o benefício.    

Confira os locais de atendimento em Paulista

Sede da Secretaria de Políticas Sociais e Esportes – Av. Prefeito Geraldo Pinho Alves, nº 222, Maranguape I;

CRAS I – Rua Carpina, 45, Arthur Lundgren I;

CRAS II – Av. Ministro Marcos Freire, 45, Jardim Paulista Baixo;

CRAS III – Rua Comendador Figueiroa, 57, Janga;

CRAS IV – Rua 32, 671, Maranguape II;

CRAS V – Rua Funilândia, 3, Nossa Senhora da Conceição;

CRAS VI – Rua 96, 220, Maranguape I.  

 

*Com informações da assessoria

Pessoas com Deficiência e idosos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) devem realizar cadastramento para não perder o Benefício. No Recife, o alerta é da Secretaria de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH) que convoca essas pessoas a se dirigirem à Central de Atendimento do Cadastro Único para Programas Sociais, localizada no bairro de Santo Antônio, ou a um dos 12 Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) da cidade para a atualização de dados.

O Ministério da Cidadania iniciou o bloqueio de quem não se recadastrou conforme a data de aniversário do beneficiário. O benefício poderá ser reativado quando o beneficiário se cadastrar e avisar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que se cadastrou no CADÚnico. A inscrição no Cadastro Único pode ser feita pelo próprio beneficiário ou por qualquer pessoa que tenha mais de 16 anos e more com a pessoa idosa ou com deficiência. É necessário levar documentos de todas as pessoas da casa: RG, CPF, carteira de trabalho, título de eleitor, comprovante de residência e, no caso das crianças, registro de nascimento.

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O endereço da Central de Atendimento do Cadastro Único do Recife é Rua do Imperador Dom Pedro II, n° 307, bairro de Santo Antônio. Uma lista com os endereços dos Cras está disponível no site da Prefeitura do Recife. O horário de funcionamento vai das 7h às 17h. Quem tiver dúvidas pode ligar para o telefone 0800 707 2003.

 

*Da assessoria

O deputado federal Carlos Veras (PT) afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não consegue justificar as alterações que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) quer fazer nas regras da aposentadoria dos brasileiros. O ministro conversou com os parlamentares que analisam a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na quarta-feira (8), durante uma sessão marcada por alfinetadas tanto por parte do ministro e de deputados governistas quanto da oposição.

"Ele é um pouco pavio curto, não consegue trazer respostas, justificar a proposta da reforma da Previdência. Não apresenta os dados, por exemplo, os custos de transição. Eu perguntei a ele: 'é R$ 1 milhão, R$ 1,00 ou R$ 1 trilhão?'. Uma matéria do Correio Braziliense aponta que é R$ 12 trilhões ou mais. Aí me diga, ele quer economizar R$ 1 trilhão e vai gastar R$ 12 trilhões. É justa essa proposta? Sem falar que 90% do R$ 1 trilhão que ele quer economizar é do regime geral da previdência", argumentou Veras, em conversa com o LeiaJá.

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O deputado federal salientou também que ao ver o que diz o texto da PEC é possível constatar que "eles [o governo] colocam como ricos quem se aposenta com R$ 2.231,00 e, por isso, tem que fazer a reforma para combater privilégios".

"O ministro ainda coloca o BPC [Benefício de Prestação Continuada] como uma fraude. Ora, quem se aposenta com um salário mínimo é agricultor familiar, quem vai para o BPC passa 50 ou 60 anos da vida trabalhando. E quando chega na velhice é chamado de criminoso?", indagou o parlamentar petista.

Quanto a proposta de capitalização da Previdência, Carlos Veras ponderou que o ministro da Economia "diz que vai ver depois". "Depois que for aprovada a reforma? Qual é o louco que vai dar um cheque em branco? Ou você acha que os patrões vão preferir deixar seus funcionários no atual regime ou nesse que querem que aprove sem que se saiba os detalhes?", perguntou o deputado, frisando que isso vai resultar na demissão de mão de obra e busca por contratações mais baratas que se submetam ao regime de capitalização.

Sobre a participação de Guedes na comissão nessa quarta, Carlos Veras também lembrou que o ministro disse que "os futuros aposentados e idosos são um problema, um estorvo para a sociedade". E contou que o auxiliar de Bolsonaro não gostou quando foi perguntado sobre quanto o governo está pagando pela aprovação da reforma da Previdência.

"Ele se arretou comigo porque eu perguntei quanto vai custar a aprovação da reforma, porque se ela fosse boa não precisava o governo estar oferecendo emendas parlamentares no valor de R$ 40 milhões e dois ministérios para contemplar partidos e parlamentares. Se tem problemas financeiros, porque a política do toma lá dá cá e a chantagem? Se não tiver a reforma da Previdência não tem dinheiro para educação e saúde", observou.

Carlos Veras ainda considerou ser "um erro" o governo focar apenas na Previdência no Congresso Nacional com outros assuntos pendentes.

"A previdência tem que ser a última. Primeiro temos que fazer uma reforma tributária, combater a sonegação, fazer um pacto federativo, gerar emprego, impulsionar a economia. A reforma nestes moldes vai gerar mais desempregos, as pessoas vão ser demitidas, vai deixar de circular vida nos municípios. Vai desaquecer a economia local e gerar desemprego e desigualdade", finalizou.

Vice-presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara Federal, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) afirmou, neste sábado (4), em entrevista ao LeiaJá que há um consenso no Congresso Nacional sobre a necessidade de uma revisão nas regras da aposentadoria e isso deve ajudar na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em análise. Para ele, contudo, ainda não há garantias de que o texto que passará a reger a Previdência será o enviado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

“Há um sentimento no Congresso hoje de pró-reforma, um sentimento majoritário de entender que a reforma é fundamental para o país. Entretanto, qual é a reforma que será aprovada no final?”, indagou Silvio Filho, reforçando a tese de que cinco itens da proposta da gestão Bolsonaro estão na mira dos parlamentares e devem ser retirados ou modificados.

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Esses assuntos mais polêmicos citados pelo vice-presidente da comissão são o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a aposentadoria rural, os critérios para aposentadorias de professores, a capitalização e o abono salarial do PIS/Pasep.

“O consenso entre a maioria dos líderes é a retirada do BPC e do trabalhador rural. A questão dos professores está crescendo consideravelmente. Até porque o impacto fiscal dos professores, tirando os Estados, é na ordem de R$ 12 bilhões”, detalhou deputado.

Apesar do consenso notório exposto por Silvio Costa Filho, nesta semana o deputado federal Paulinho da Força (SD) chegou a afirmar que o Centrão precisava trabalhar para “desidratar” a reforma, pois sua aprovação poderia ajudar na reeleição de Bolsonaro em 2022. Sobre este cenário, de possibilidade de intervenção dos líderes de forma negativa, Silvio disse que é preciso trabalhar para que o país dê certo.

“A declaração de Paulinho, que tenho muito respeito por ele e atenção, acho completamente inoportuna, contraproducente em um momento tão importante que vive o país. Ela não ajuda o Brasil. Independente do presidente temos que torcer para que o Brasil dê certo. Esse deve ser o intuito e o desejo de todo Congresso Nacional”, salientou.

A atuação da oposição na comissão

O governo, além dos próprios líderes de partidos que podem compor a tão sonhada base, também terá que enfrentar a oposição que promete ser ferrenha na tramitação do texto. Para Silvio Costa Filho, contudo, a parte bancada opositora tem sido demagoga e feito discurso populista.

“O que a gente tem colocado é que a oposição precisa apresentar ideias, propostas. Qualquer presidente da república teria que fazer a reforma. Estamos vendo parte da oposição fazendo demagogia, discurso fácil e populista tentando jogar para a opinião pública. Espero que a oposição possa refletir a situação que estamos vivendo no Brasil”, ressaltou o deputado.

Na avaliação de Silvio, o país vive um momento dramático. “A própria oposição sabe que se a reforma da previdência não for aprovada o Brasil e os Estados vão quebrar nos próximos quatro anos. Alguns estados já começaram a quebrar e podem chegar no final de 2020 mais de 19 estados em falência fiscal”, acrescentou.

Como um dos líderes do colegiado, Silvio disse que o grupo já travou conversas com alguns deputados do PT, PDT, Orlando Silva (PCdoB) e Julio Delgado (PSB).

Na terça-feira (7), a comissão especial inicia o calendário de trabalho do grupo. De acordo com Silvio, a ideia é analisar neste primeiro momento todos os requerimentos de audiência pública, para ouvir o ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe. 

Líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) acredita que a comissão especial da reforma da Previdência da Câmara dos Deputados vai rever as mudanças propostas pelo governo no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria dos trabalhadores rurais. Os dois assuntos estão entre os mais polêmicos do texto e os que mais enfrentam resistência de parlamentares da oposição e do governo.

“Essas duas matérias têm boas chances de serem modificadas ou até mesmo retiradas, porque o BPC não é previdência, é assistência social. Os ajustes irão ocorrer, mas a reforma a ser aprovada terá um forte impacto fiscal que vai apontar para o equilíbrio das contas públicas”, afirmou o senador pernambucano. Ainda assim, de acordo com Bezerra Coelho, a reforma terá um impacto fiscal forte que deve equilibrar as contas públicas.

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Na ótica de FBC, mesmo com o atual modelo de previdência começa a dar sinais de esgotamento, a mudança para o modelo de capitalização depende de uma ampla discussão.

“Ainda há muitas perguntas a serem respondidas. A capitalização não pode ser feita apenas com a contribuição do trabalhador. É preciso que haja a contribuição patronal e é preciso que haja um certo nível de coordenação e supervisão do poder público federal para que se possa assegurar pisos mínimos de pagamentos de aposentadoria, para que nenhum brasileiro possa viver o dissabor de, ao chegar à sua aposentadoria, não ter proventos que sejam, pelo menos, equivalentes ao salário mínimo”, considerou.

De acordo com o líder do governo, é consenso entre as lideranças partidárias a necessidade da Reforma da Previdência para a retomada do crescimento econômico e da geração de emprego. “Todos têm manifestado a sua concordância com a iniciativa da reforma. Sem reforma, o Brasil quebra. E são muitos brasileiros desempregados ou desalentados que precisam de uma sinalização de que o governo vai ajustar suas contas e que a economia vai voltar com força”, disse.

Fernando Bezerra Coelho acredita ainda que a comissão especial da Câmara votará uma “boa reforma do ponto de vista social: aqueles que ganham menos vão pagar menos e aqueles que ganham mais vão pagar mais”, além de estabelecer regras de transição para assegurar direitos e expectativas de direitos dos brasileiros.

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