Foram divulgados nesta sexta-feira (5), os cálculos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), sobre o salário mínimo ideal em fevereiro, que deveria ter sido de R$5.375,05. O resultado foi pensado para uma família com dois adultos e duas crianças, e chega a ser 4,89 vezes maior do que o salário em vigor, de R$1.100. Segundo o departamento, essa estimativa supriria as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e Previdência.
Os valores são calculados com base na cesta básica mais cara do país, entre 17 capitais pesquisadas. Em janeiro, o montante de alimentos básicos custou mais caro em Florianópolis, por R$639,81. A cesta básica mais barata foi registrada em Aracaju, custando R$445,90. João Pessoa teve a maior variação percentual no custo da cesta básica, com alta de 2,69%, e passou a valer R$484,54. A maior redução ficou com Campo Grande, onde o preço caiu 4,67%, custando R$551,58.
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O custo médio da cesta básica caiu, em fevereiro, em 12 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Dieese. Nas demais cinco — Porto Alegre, Curitiba, Belém, João Pessoa e Natal —, o preço aumentou. Comparando o valor da cesta com o salário mínimo líquido atual (após descontar o valor da contribuição para a Previdência, de 7,5%), análise mostra que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em média, 54,23% de seu salário em fevereiro para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em janeiro, esse percentual foi de 54,93%.
O tempo médio mensal necessário para adquirir os produtos da cesta, em fevereiro, ficou em 110 horas e 22 minutos, menor do que em janeiro, quando foi de 111 horas e 46 minutos.
Confira o preço médio da cesta básica em 17 capitais e sua variação frente a janeiro, segundo o Dieese:
Florianópolis: R$ 639,81 (-1,77%)
São Paulo: R$ 639,47 (-2,24%)
Porto Alegre: R$ 632,67 (+1,03%)
Rio de Janeiro: R$ 629,82 (-2,20%)
Vitória: R$ 609,27 (-2,46%)
Brasília: R$ 591,44 (-3,72%)
Belo Horizonte: R$ 573,53 (-3,16%)
Curitiba: R$ 572,77 (+2,33%)
Goiânia: R$ 560,67 (-2,45%)
Campo Grande: R$ 551,58 (-4,67%)
Fortaleza: R$ 523,46 (-1,78%)
Belém: R$ 512,95 (+1,11%)
João Pessoa: R$ 484,54 (+2,69%)
Salvador: R$ 479,19 (-1,99%)
Recife: R$ 469,71 (-0,95%)
Natal: R$ 464,43 (+2,19%)
Aracaju: R$ 445,90 (-1,10%).